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LITTERA Poemas Jacarienses - Larissa Ferreira, Carlos Guedes, Alison Silva, André Siqueira e Pedro Paiva

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Criaturas da Noite

Criaturas da Noite

Poemas Vital.

Querer viver clichês

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na mesma veracidade

que se almeja diplomas.

Se pressionar ao êxito

numa via sem erros,

mas esquece da realidade.

Ninguém nasce pronta.

Não pode correr tanto

sem dar atenção à respiração.

Pela boca corre o risco de nunca sair

as palavras guardadas no coração.

Desejos, sonhos e objetivos

sem condenação ao corpo feminino.

A mínima importância se quer uma

carreira bem sucedida ou filhos, talvez

queira os dois, ou apenas jogar boliche.

A única preocupação deveria

ser a felicidade.

Se eu me amo sendo quem sou,

o resto é pura vaidade.

Poeta: Larissa Ferreira

OLHOS DO VER ERE-VERSO DO VER

Temos todos os olhos,

aqueles que insistem de olhar para fora

em que tudo parece estar a morrer

os que olham para dentro

espantados de esperanças,

nos olhos de fora

calamidades me encontram

os de dentro buscam acreditar

onde as vertentes das lágrimas

tem seus próprios lagos,

nos olhos de fora uma represa das

covardias,

no de dentro se invadem de coragem,

os olhos de fora ainda enxugam palavras

para serem o estar próximo das horas,

nos olhos de fora a miopia das cores,

no de dentro o bagaço incolor

de ser um abismo aberto de rugas,

no de fora sente a queda,

no de dentro tropeço em cacos a ferir

meus passos,

no olhar de fora vejo mortes,

no de dentro abraço a vida

a ser o sobrevivente dos muitos olhares

ainda a se perderem !

Poeta: Carlos Bueno Guedes

Isto

Isto tem que acabar

Isto tem que morrer

Isto está sendo mais forte que eu

Simplesmente isso

É o que eu mais odeio em mim

Amar, sem entender os porquês!

Isso me consome as entranhas

Me faz sentir coisas estranhas

Nós não deveríamos existir

Seria uma história a menos

Uma poesia nunca inventada

Uma saudade desolada

Não consigo mais explicar o que eu sinto

Só sei querer me encontrar,

No seu olhar.

Isto não pode durar para sempre

Morra este sentimento

Ou que morram meus sentidos.

Pra não sentir sua pele

Pra não lembrar o seu cheiro

Para não beijar seu gosto

Para não ver seu brilho

Para não escutar a sua voz.

Quem somos nós?

Nós nos nós do Universo?

Em que verso nós nos realizamos?

Em que único momento

Nos entrelaçamos?

Quem vai contar a nossa história

O nosso filme de amor

Quem vai mostrar a beleza da cor?

Nossa história eu sei de cor.

Não corro mais ao encontro

Nem mesmo do desencontro

Sou apenas açoite

Nos versos da noite

A procurar entender.

Poeta: Alison Silva

SUICIDÁRIO

No pão falido

De cada dia

Livrai-nos do horror

Do país

Que aqui se cria

Poeta: André Siqueira

Vermelho

Fogo que não quer parar!

Às vezes azul,

Às vezes laranja

e muitas vezes vermelho! N

os traz calor

e aconchego!

Poeta: Pedro Paiva

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