
3 minute read
LITTERA Poemas Jacarienses - Larissa Ferreira, Carlos Guedes, Alison Silva, André Siqueira e Pedro Paiva
Poemas Vital.
Querer viver clichês
Advertisement
na mesma veracidade
que se almeja diplomas.
Se pressionar ao êxito
numa via sem erros,
mas esquece da realidade.
Ninguém nasce pronta.
Não pode correr tanto
sem dar atenção à respiração.
Pela boca corre o risco de nunca sair
as palavras guardadas no coração.
Desejos, sonhos e objetivos
sem condenação ao corpo feminino.
A mínima importância se quer uma
carreira bem sucedida ou filhos, talvez
queira os dois, ou apenas jogar boliche.
A única preocupação deveria
ser a felicidade.
Se eu me amo sendo quem sou,
o resto é pura vaidade.
Poeta: Larissa Ferreira
OLHOS DO VER ERE-VERSO DO VER
Temos todos os olhos,
aqueles que insistem de olhar para fora
em que tudo parece estar a morrer
os que olham para dentro
espantados de esperanças,
nos olhos de fora
calamidades me encontram
os de dentro buscam acreditar
onde as vertentes das lágrimas
tem seus próprios lagos,
nos olhos de fora uma represa das
covardias,
no de dentro se invadem de coragem,
os olhos de fora ainda enxugam palavras
para serem o estar próximo das horas,
nos olhos de fora a miopia das cores,
no de dentro o bagaço incolor
de ser um abismo aberto de rugas,
no de fora sente a queda,
no de dentro tropeço em cacos a ferir
meus passos,
no olhar de fora vejo mortes,
no de dentro abraço a vida
a ser o sobrevivente dos muitos olhares
ainda a se perderem !
Poeta: Carlos Bueno Guedes
Isto
Isto tem que acabar
Isto tem que morrer
Isto está sendo mais forte que eu
Simplesmente isso
É o que eu mais odeio em mim
Amar, sem entender os porquês!
Isso me consome as entranhas
Me faz sentir coisas estranhas
Nós não deveríamos existir
Seria uma história a menos
Uma poesia nunca inventada
Uma saudade desolada
Não consigo mais explicar o que eu sinto
Só sei querer me encontrar,
No seu olhar.
Isto não pode durar para sempre
Morra este sentimento
Ou que morram meus sentidos.
Pra não sentir sua pele
Pra não lembrar o seu cheiro
Para não beijar seu gosto
Para não ver seu brilho
Para não escutar a sua voz.
Quem somos nós?
Nós nos nós do Universo?
Em que verso nós nos realizamos?
Em que único momento
Nos entrelaçamos?
Quem vai contar a nossa história
O nosso filme de amor
Quem vai mostrar a beleza da cor?
Nossa história eu sei de cor.
Não corro mais ao encontro
Nem mesmo do desencontro
Sou apenas açoite
Nos versos da noite
A procurar entender.
Poeta: Alison Silva
SUICIDÁRIO
No pão falido
De cada dia
Livrai-nos do horror
Do país
Que aqui se cria
Poeta: André Siqueira
Vermelho
Fogo que não quer parar!
Às vezes azul,
Às vezes laranja
e muitas vezes vermelho! N
os traz calor
e aconchego!