Oswaldo Cruz Cultural – Ed 29

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REVISTA

OSWALDO CRUZ

CULTURAL

Uma publicação do Laboratório Oswaldo Cruz de São José dos Campos o

Ano VI - n 29 - Set/Out 2012 - Distribuição gratuita e dirigida

LABORATÓRIO

OSWALDO CRUZ

Editorial Nada mais adequado para justificar o editorial na primeira página da Revista, do que constatar que no início eram seis páginas, logo se transformaram em oito e agora, as doze atuais não comportam mais tudo o que temos a dizer, e até a página reservada para este texto já foi utilizada com outras notícias. Este fato nos deixa a sensação de estar cumprindo nossos objetivos, quais sejam, divulgar a cultura em todos seus aspectos, colocando nossos pacientes e amigos mais próximos de uma importante realidade em nossas vidas. E como Cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade, nada mais inovador do que sistematizar esses hábitos e colocá-los nestas páginas. E já que inovamos na última edição colocando o tema «Saúde também é Cultura», continuaremos divulgando dicas úteis sobre alimentação e saúde, como forma de prevenir doenças. Caro leitor, participe ativamente desta Revista, com sugestões, textos, dicas e tudo aquilo que achar pertinente. Ao final, você é o fiel destinatário de nossa ação. Até a próxima!! a direção

As universidades Harvard e Cambridge publicaram recentemente um compêndio com 21 Conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual:

05- Adotar a regra dos 80% Servir-se menos 20% da comida que costuma comer, evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração. 06- LARANJA o futuro está na laranja, que reduz em 30% o risco de câncer de pulmão. 07- Fazer refeições coloridas como o arco-íris Comer DIARIAMENTE, uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, Verde, roxo e branco em

21 conselhos das Universidades de Medicina HARVARD e CAMBRIDGE 01- Um copo de suco de laranja Diariamente para aumentar o Ferro e repor a vitamina C. 02- Salpicar canela no café (mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue). 03- Trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral O pão integral tem 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais Ferro que tem o pão branco. 04- Mastigar os vegetais por mais tempo Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se cozinham os vegetais, melhor efeito preventivo têm.

frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais. 08- Comer pizza, macarronada ou qualquer outra coisa com molho de tomate. Mas escolha as pizzas de massa fininha. O Licopeno, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e ademais é melhor absorvido pelo corpo quando os tomates estão em molhos para massas ou para pizza . 09- Limpar sua escova de dentes e trocá-la regularmente As escovas podem espalhar gripes e resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes à semana

Especial I:

Especial II:

Especial III:

MÚSICOS DO MUNDOS

PARADIGMAS:

DIA DA SECRETÁRIA

Saiba de primeira mão as maiores curiosidades acerca dos músicos do mundo. Uma divertida série de contos sobre a história deles nos leva ao mundo desconhecido destes compositores famosos. Confira!

“Na escuridão da noite planetária que atravessamos, no pressentimento de uma manhã ensolarada e de um oásis secreto a nos aguardar e redimir no tempo justo, nossa tarefa é a de seguir adiante...”

Lilian Sholes, que nasceu em 30 de setembro de 1850, tornou-se a primeira mulher a escrever numa máquina datilográfica, em público. Desse modo, Lilian se transformou num símbolo e a data do seu nascimento é lembrada como o dia da secretária.


2 (aproveite o banho no chuveiro), sobretudo após doenças, quando devem ser mantidas separadas de outras escovas. 10- Realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam sua memória... Faça alguns testes ou quebracabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, alguma habilidade nova... Leia um livro e memorize parágrafos; escreva, estude, aprenda. Sua mente agradece e seus amigos também, pois é interessante conversar com alguém que tem assunto. 11- Usar fio dental e não mastigar chicletes Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos a sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam aos dentes e o corpo. 12- Rir Uma boa gargalhada é um 'miniworkout', um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa e os anticorpos. 13- Não descascar com antecipação Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o câncer. Sucos de fruta têm que ser tomados assim que são preparados. 14- Ligar para seus parentes/pais de vez em quando Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em poucos anos .

Expediente Editor Geral: Dr. Enrique Giana Produção: Departamento de Comunicação & Marketing Reportagem e Fotos: Claudia M. S. de Lima Editoração Eletrônica: Paulo J. S. de Lima Periodicidade: Bimestral Tiragem: 3.000 exemplares Distribuição gratuita e dirigida

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* Nossa matérias são extraídas de Internet.

entre as refeições reduz o risco de diabetes. 20- Uma banana por dia quase dispensa o médico, vejamos: Pesquisa da Universidade de Bekeley?. A banana previne a anemia, a tensão arterial alta, melhora a capacidade mental, cura ressacas, alivia azia, acalma o sistema nervoso, alivia TPM, reduz risco de infarto, e tantas outras coisas mais, então: é ou não é um remédio natural contra várias doenças?

15- Desfrutar de uma xícara de chá O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá Verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelenses também concluíram que beber chá aumenta a sobrevida depois de ataques ao coração. 16- Ter um animal de estimação As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de estresse e visitam o médico regularmente, dizem os cientistas da Cambridge University. Os mascotes fazem você sentir-se otimista, relaxado e isso baixa a pressão do sangue. Os cães são os melhores, mas até um peixinho dourado pode causar um bom resultado. 17- Colocar tomate ou verdura frescas no sanduíche Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo cientistas da Harvard Medical School; vantagens outras são conseguidas atráves de verduras frescas. 18- Reorganizar a geladeira As verduras em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonóides que combatem o câncer que todo vegetal tem. Por isso, é melhor usar á área reservada a ela, aquela caixa bem embaixo ou guardar em um tape ware escuro e bem fechado. 19- Comer como um passarinho A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes

21- e, por último, um mix de pequenas dicas para alongar a vida: -comer chocolate Duas barras por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio. - pensar positivamente Pessoas otimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que, além disso, pegam gripes e resfriados mais facilmente, são menos queridos e mais amargos. - ser sociável Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contato com a família. - conhecer a si mesmo Os verdadeiros crentes e aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo, e de ter qualidade de vida... 'Não parece tão sacrificante, não é verdade? Uma vez incorporados, os conselhos, facilmente tornam-se hábitos. É exatamente o que diz uma certa frase de Sêneca:

"Escolha a melhor forma de viver e o costume a tornará agradável.» "Crie bons hábitos e torne-se escravo deles, como costumamos ser dos maus hábitos".

MOVIMENTO VIDA

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Rua Eugenio Bonadio, 89 – Centro – CEP 12245-660 – São José dos Campos – SP tel: (12) 3019-6365 CNPJ: 02.860.152/0001-90 Utilidade Pública: Municipal Nº 6114/02 / Estadual: Nº 12.420 www.movimentovida.com.br movimentovida@hotmail.com

AGORA NOVA UNIDADE CONTÊINER!


Especial I

por Dr. Héctor Enrique Giana Diretor Presidente do Laboratório Oswaldo Cruz

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MÚSICOS DO MUNDO - CURIOSIDADES!

Ludwig van Beethoven

Beethoven era canhoto e devido à sua pele morena e cabelos muito negros, era tratado como "o espanhol". O sobrenome Beethoven significa horta de beterrabas. Seu problema de audição manifestou-se aos 26 anos de idade e aos 46 estava praticamente surdo. Na primeira apresentação pública da 9ª Sinfonia, Ludwig assistiu a regência de Umlauf absorto na leitura da partitura e não percebeu que estava sendo ovacionado até que Umlauf, tocando em seu braço, voltou a sua atenção para a sala, e só então Beethoven viu que a platéia o aplaudia em pé.

Mozart, cujo nome de batismo era Johann Chrysostom Wolfgang Amadeus Mozart, começou a compor minuetos para cravo com a idade de cinco anos e compôs mais de 600 obras. Morreu aos 35 anos (em 5 de Dezembro de 1791, pouco antes de completar 36 anos em 27 de janeiro), deixando mulher e dois filhos. Foi enterrado em uma vala comum, sem a presença de nenhum parente ou amigo. Até hoje não se sabe ao certo onde seu corpo está enterrado.

Tchaikovsky sentia-se atormentado por tendências homossexuais desde a juventude e tentando combater seus desejos, desposou uma aluna do Conservatório de Moscou, mas o casamento foi um suplício para ambos. Durante 14 anos a baronesa Nadyezhda von Meck apoiou financeiramente o compositor e durante este período trocaram numerosas cartas sem jamais terem se encontrado.

Antes do funeral de Chopin, de acordo com seu desejo ao morrer, seu coração foi retirado devido ao seu temor de ser enterrado vivo. O coração foi posto em uma urna de cristal selada e permanece até hoje lacrado dentro de um pilar da Igreja da Santa Cruz (Kościół Świętego Krzyża) em Krakowskie Przedmieście, debaixo de uma inscrição do Evangelho de Mateus: "onde seu tesouro está, estará também seu coração". Foi salvo da destruição de Varsóvia pelos nazistas, em 1944, pelo general das SS, Erich von dem BachZelewski.

Bach teve sete filhos fruto do seu primeiro matrimónio e treze do segundo. Uma de suas maiores obras, A Paixão segundo São Mateus, um oratório que representa o sofrimento e a morte de Cristo segundo o Evangelho de São Mateus, tem duração de mais de 2 horas e meia (em algumas interpretações, mais de 3 horas) é a obra mais extensa do compositor. Bach ficou cego no final da vida e morreu devido a uma intervenção cirúrgica fracassada nos olhos. O compositor Händel também morreu cego.

Schubert, apesar de ter morrido precocemente aos 31 anos, escreveu mais de 600 canções (o "Lied" alemão), bem como óperas, sinfonias, incluindo sonatas entre outros trabalhos.


4 Em março de 1857, Wagner foi surpreendido por uma mensagem de Sua Majestade Imperial Dom Pedro II, Imperador do Brasil, que estava muito interessado no trabalho do compositor e queria que ele fosse para o Rio de Janeiro. Wagner enviou partituras ricamente encadernadas e autografadas de O Navio Fantasma, Tannhäuser e Lohengrin para o Brasil e ficou aguardando uma resposta que (nunca chegou). Wagner acreditou mesmo que havia sido alvo de uma brincadeira quando, anos mais tarde, o próprio Pedro II compareceu para cumprimentá-lo pessoalmente no primeiro Festival de Bayreuth. A resposta aguardada por Wagner nunca chegou, e o mais provável é que o Imperador tenha sido dissuadido por seus ministros, devido ao envolvimento do compositor com atividades revolucionárias.

Puccini. Pressionada por Elvira, que passou a infernizar sua vida, Dora cometeu suicídio bebendo veneno na cozinha da casa dos Puccini. A autópsia confirmou a virgindade da moça e Elvira teria sido presa por cinco meses por injúria contra a empregada, além de pagar indenização à família da acusada. Puccini e Elvira se separaram após o episódio mas depois se reconciliaram. "Que tema para uma ópera!" teria dito um colunista da época. Com toda razão.

Beethoven, Carl Czerny, Johann Nepomuk Hummel, Franz Liszt, Giacomo Meyerbeer, Ignaz Moscheles, Franz Schubert e Franz Xaver Süssmayr e também ao filho mais novo de Mozart, Franz Xaver.

Em 1703, Vivaldi tornou-se padre e ensinou violino num orfanato de moças chamado Ospedale della Pietà em Veneza. Apesar do sacerdócio, supõe-se que tenha tido vários casos amorosos, um dos quais com a cantora Anna Giraud. A maior parte do seu repertório foi descoberto apenas na primeira metade do século XX em Turim e Génova e publicado na segunda metade.

Schumann morreu aos 46 anos em um asilo. No final de sua vida, perturbado mentalmente, afirmava escutar a nota lá em todos os lugares, o que lhe perturbava profundamente, o que o levou a uma tentativa de suicídio dois anos antes de sua morte.

O famoso coro Va pensiero su ali dorate (Vai, pensamento, em asas douradas) da ópera Nabucco, de Verdi, foi considerado um símbolo nacional pelos italianos e quase tornou-se o Hino Nacional. La Traviatta, uma das óperas mais encenadas no mundo todo, fracassou em sua época. Verdi dedicou-se ainda à política, sendo eleito deputado em 1861 e, posteriormente, senador.

Puccini, autor de La Bohème, Tosca e Madama Butterfly vivenciou uma grande tragédia pessoal. Sua esposa, Elvira Gemignani, extremamente ciumenta, acusou a empregada da família Dora Manfredi de seduzir e manter relações sexuais com

Apesar do filme Amadeus retratar Antonio Salieri como um compositor invejoso, mesquinho e medícore, a realidade não condiz com a ficção. Alcançou uma elevada posição social e desempenhou um papel importante na música clássica do século XIX. Ensinou

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Especula-se se Rachmaninoff era portador da Síndrome de Marfan (também conhecida como Aracnodactilia, uma desordem do tecido conjuntivo caracterizada por membros anormalmente longos) devido ao fato de que suas mãos largas eram capazes de cobrir um intervalo de uma 13ª no teclado (um palmo esticado de cerca de 30 centímetros.

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Recepção confortável


Especial II

por Dr. Héctor Enrique Giana Diretor Presidente do Laboratório Oswaldo Cruz

PARADIGMAS... Em tempos de Inquisição medieval, uma jovem moça está prestes a ser lançada do alto de uma ponte.

São tempos medievais, e a morte é o destino certo de todos aqueles que não se alinham com os dogmas impostos pela Igreja Católica. Na sentença acusatória são apontados como hereges, praticantes de bruxaria, ou simplesmente seguidores de outra crença que não o catolicismo. Mais terrível do que qualquer episódio da história humana até então, a Inquisição enterrou a Europa sob um milênio de trevas, deixando um saldo de incontáveis vítimas de torturas e perseguições. No chamado “auto-de-fé”, o inquisidor fazia pública a sentença, – um ritual de penitência pública, uma cerimônia de humilhação daqueles condenados por heresia.

Em tais ocasiões, espectadores de todas as partes do reino lotavam as praças, – em sua maioria, vibravam. A iminente queda no vazio. A fragilidade do corpo diante de um cruel destino. O destino mais freqüente daqueles julgados culpados era a fogueira. A Inquisição – um tribunal eclesiástico constituído para defender a fé católica, a vigiar, perseguir e condenar aqueles que ousassem professar outras

5 crenças e ideias. O terrorismo consciencial. Ideias inovadoras têm que ser combatidas, defendia a Igreja, diante do receio de que viessem a conduzir os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade do Papa. A imposição de uma severa vigilância sobre o comportamento moral dos fiéis; a censura de toda produção cultural, a forte restrição a toda manifestação do pensamento crítico, e qualquer inovação científica. A chama em nome de Deus acesa, a consumir a delicada carne. O fim dos sonhos, anseios, e das mais tênues esperanças... Sobe para as abóbadas o canto dos pássaros. Subirão ou não ao céu as preces dos humanos... Inquisição constituiu a mais insana contradição. Como se pode, em nome da verdade, e ainda mais de uma verdade religiosa, perseguir, torturar, matar tanto e de forma tão obsessiva? Diante de tal absurdo contexto, um grupo de seres humanos traumatizados conspirou, em meados do século XVIII, por um novo paradigma. (cabe aqui um elogio aos traumatizados, esses que captam na própria pele a dor de uma humanidade dilacerada, muitas vezes, mortalmente ferida)

Os filósofos iluministas pretenderam substituir a ideia de salvação pela de felicidade na terra. Os dogmas de paraíso e vida eterna foram rechaçados, a providência divina foi substituída pela certeza científica e pela ideologia do progresso material. A transcendência, a religiosidade e a espiritualidade seriam preteridas, postas de lado, desprezadas. As ideias de progresso material, de perfectibilidade humana, aliadas à defesa do conhecimento racional, passariam então a ocupar o centro das atenções da sociedade humana. A nossa atual sociedade e o mundo moderno se apoiam nos conceitos que tais pensadores desenvolveram. Inegável é o valor do legado que deles herdamos:... Galileu, – ao abandonar a servil obediência às autoridades estabelecidas, ao senso comum e à tradição –, iniciou a renovação da ciência de sua época.

As questões científicas, afirmava, devem ser confirmadas ou refutadas através da experiência e da observação, estabelecendo a Natureza como 'o livro da ciência'. A discussão dos problemas naturais, defendia, deve começar pelos experimentos objetivos e não pelos textos sagrados ou escrituras. Após Galileu, considerado o “pai da física moderna”, outros pensadores levariam avante a revolução iniciada no pensamento humano.

Francis Bacon, – tido como o arauto e fundador da ciência moderna, o “primeiro dos modernos e último dos antigos” –, argumentou que a ciência deve restabelecer o 'imperium hominis' (império do homem) sobre as coisas. O conhecimento, o saber, seria um meio seguro e vigoroso de conquistar poder sobre a natureza, que deve ser, conforme defendia, dominada e subjugada em favor do homem.


6 Descartes, “o pai da razão”, tão traumatizado estava pelos dogmas de então, que partiu da dúvida como método sistemático: “para duvidar eu penso e, se eu penso, logo existo”. Filósofo, físico e matemático, Descartes sugeriu a fusão da álgebra com a geometria – fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas, fazendo dele uma das figuras-chave na revolução científica. Finalmente podemos citar Isaac Newton, que fez a síntese da matematização de Galileu, do empirismo baconiano e do racionalismo de Descartes.

Ao destrinchar a física mecânica, extrapolou a metáfora da máquina para o universo inteiro, regido por leis precisas. No entanto, aquilo que era para ser o movimento compensatório dialético, histórico, infelizmente levou a uma outra esclerose. A revolução científica conduziu a humanidade de um extremo, onde a ciência era reprimida em nome de algo que confusamente era chamado Deus,... ...para os momentos obscuros da modernidade, onde a experiência sublime, onde toda essa dimensão essencial – de onde jorram os princípios da ética – é reprimida em nome de algo que confusamente tem sido chamado ciência. E o cego apego ao progresso tecnocientífico, sem a contraparte de transcendência, de espiritualidade, do divino, fez com que as mesmas trevas medievais recaíssem sobre os nossos atuais tempos modernos.

Robert Oppenheimer, nesta foto ao lado de Einstein, era uma das mentes mais brilhantes de sua época.

E por ser uma das mentes mais brilhantes de sua geração, foi designado pelo governo norteamericano para liderar a 'Operação Manhattan'. Durante 28 meses – de abril de 1943 a agosto de 1945 –, Oppenheimer encabeçou uma equipe formada por centenas de cientistas de ponta, e outros milhares de técnicos e assistentes. E como resultado desta incansável dedicação: a primeira bomba nuclear. Uma enorme concentração de energia engendrada em um pequeno espaço, capaz de ser liberada subitamente, com resultados devastadores, aliada a um subproduto letal: a radioatividade.

O dia 6 de agosto de 1945 tinha tudo para ser apenas mais uma segundafeira como tantas outras.

O sol já despontara, e os habitantes da cidade de Hiroshima, ao sul do Japão, se preparavam para a semana por começar. Seria um dia como tantos outros, não fosse o avião a sobrevoar sorrateiramente a cidade, e lançar, às 8h 16min, a primeira bomba atômica jogada sobre uma cidade povoada. “Meu Deus, o que foi que nós fizemos?” Foi a primeira interrogação de um dos tripulantes do avião diante da cena de absoluta devastação. Cerca de 100 mil pessoas morreram instantaneamente, – as vítimas eram civis, cidadãos comuns, já que a cidade não era um alvo militar importante. Gerações inteiras, pais e filhos, avós e netos, crianças, jovens e velhos, cães, gatos, e passarinhos, dizimados num piscar de olhos.

A chama que devora a delicada carne, transformando-a em cinzas. Dor, sofrimento, suplício, – o fim de toda esperança. Sobe para as abóbadas o canto dos pássaros. Subirão ou não ao céu as preces dos humanos... Que pensamentos terão ecoado na mente de Oppenheimer diante dos resultados do mais avançado projeto científico de sua época, que ele liderou com tamanho afinco? Além dos cem mil mortos no ataque, outros tantos milhares viriam a falecer em consequência das feridas e do envenenamento radioativo. E três dias mais tarde, na manhã do dia 09 de agosto de 1945, a chama radioativa consumiria outros 80.000 em


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Oppenheimer, ao refletir sobre o resultado de seus esforços, quase enlouqueceu, e disse a célebre frase: “O maior perigo da humanidade é o cientista alienado”. A alienação, a desumanização a que Oppenheimer fez referência, se alastra hoje pelos mais diversos campos da sociedade. Hoje, o maior perigo para a humanidade é o cientista alienado, o político alienado, o educador, o aluno, o profissional alienado, o consumidor, o cidadão, o ser humano alienado. Uma alienação que põe em risco o próprio projeto civilizatório.

Tempos confusos estes em que nos coube viver.

Dias desleais, de fria indiferença diante do essencial. A chama da bondade, da fraternidade e da compaixão, tão trêmula, vacilante e fraca, a passar a impressão de que a qualquer momento pode se apagar. Os paradigmas do passado já não atendem aos graves desafios que encontramos pela frente. Toda a violência que nos cerca,, a ignorância existencial que se alastra, todas as crises que se espalham por todos os recantos da Terra. Em que curva da estrada foi que perdemos o nosso rumo? O mundo contemporâneo atravessa uma de suas mais graves crises, – uma crise de demolição, caracterizada pelo desmoronar de velhos padrões e certezas. Nestes tempos de vidraças quebradas e flores partidas, haverá tarefa mais urgente do que reconduzir os passos em direção à senda que conduz à plenitude esquecida?

Da mesma forma que a religião sem ciência nos conduziu à degradação no passado, na atualidade, a ciência sem religião está nos levando à autodestruição. A ciência tem um caminho próprio, que é o analítico. A religião tem um caminho próprio, que é o sintético. Um não precisa do outro. Mas como afirmou Fritjof Capra: “o ser humano precisa de ambos”. Ciência & Religião São as duas pernas que o ser humano necessita para empreender

A Densitometria analisa seus ossos! A Densitometria Óssea torna-se o método mais moderno, aprimorado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea relacionado a padrões estabelecidos para idade e sexo. O Laboratório Oswaldo Cruz é capaz de diagnosticar em poucos minutos como anda a saúde de seus ossos.

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uma jornada com o coração. São tempos existencialmente duros estes que nos coube vivenciar. O momento que vivemos encontrase refletido na seguinte metáfora: “a lagarta já morreu e a borboleta ainda não nasceu”. É, sem dúvida, um tempo decisivo, de desafios sem precedentes que ombreamos, – todos nós, a quem coube vivenciar estes tempos de transição, de passagem para uma nova época.

“A lagarta já morreu, e a borboleta ainda não nasceu”. O resgate necessário, da transcendência, da espiritualidade, da arte, da poesia. Esta apresentação é baseada em textos do terapeuta holístico Roberto Crema. Possa a citação a seguir, que finaliza esta mensagem, servir de inspiração e alento para todos aqueles atentos aos desafios e oportunidades dos nossos dias.

“Na escuridão da noite planetária que atravessamos, no pressentimento de uma manhã ensolarada e de um oásis secreto a nos aguardar e redimir no tempo justo, nossa tarefa é a de seguir adiante...” “Peregrinar sempre, repousar no orvalho da pausa, despertar no Instante, ser agente de um cuidado integral e sorrir para o Grande Mistério da Vida. Em marcha!”

CUIDE BEM DE SEUS OSSOS

Nagasaki. Philip Morrison, um físico que participou decisivamente na criação da bomba, viajou ao Japão logo após a explosão, em 1945, e confessou ter ficado chocado com o que viu. “Não havia restado nada, apenas uma 'cicatriz' sobre o solo”.


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CURIOSIDADES DO MEIO LITERARIO O escritor Wolfgang Von Goethe escrevia em pé. Ele mantinha em sua casa uma escrivaninha alta. O escritor Pedro Nava parafusava os móveis de sua casa a fim que ninguém os tirasse do lugar. Gilberto Freyre nunca manuseou aparelhos eletrônicos. Não sabia ligar sequer uma televisão. Todas as obras foram escritas a bico-de-pena, como o mais extenso de seus livros, Ordem e Progresso, de 703 páginas. Euclides da Cunha, Superintendente de Obras Públicas de São Paulo, foi engenheiro responsável pela construção de uma ponte em São José do Rio Pardo (SP). A obra demorou três anos para ficar pronta e, alguns meses depois de inaugurada, a ponte simplesmente ruiu. Ele não se deu por vencido e a reconstruiu. Mas, por via das dúvidas, abandonou a carreira de engenheiro. Machado de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras sociais bem como físicas. Machado teve uma infância sofrida pela pobreza e ainda era míope, gago e sofria de epilepsia. Enquanto escrevia Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado foi acometido por uma de suas piores crises intestinais, com complicações para sua frágil visão. Os médicos recomendaram três meses de descanso em Petrópolis. Sem poder ler nem redigir, ditou grande parte do romance para a esposa, Carolina. Graciliano Ramos era ateu convicto, mas tinha uma Bíblia na cabeceira só para apreciar os ensinamentos e os elementos de retórica. Por insistência da sogra, casou na igreja com Maria Augusta, católica fervorosa, mas exigiu que a cerimônia ficasse restrita aos pais do casal. No segundo casamento, com Heloísa, evitou transtornos: casou logo no religioso. Aluísio de Azevedo tinha o hábito de, antes de escrever seus romances, desenhar e pintar, sobre papelão, as personagens principais mantendo-as em sua mesa de trabalho, enquanto escrevia. José Lins do Rego era fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio, e chegou a chefiar a delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em 1953. Aos dezessete anos, Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), depois de um desentendimento com o professor de português.

Advocacia * Trabalhista * Cível - Empresarial - Sucessões - Cobranças de Condomínios

Imitava com perfeição a assinatura dos outros. Falsificou a do chefe durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou. Tinha a mania de picotar papel e tecidos. "Se não fizer isso, saio matando gente pela rua". Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto. "Experimentei, ficou apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas não se impressione, amanhã lhe dou outra igualzinha." Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta Fernando Pessoa no café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se ao meio-dia e esperou em vão até as duas horas da tarde. Decepcionada, voltou para o hotel, onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com o exemplar, a explicação para o "furo": Fernando Pessoa tinha lido seu horóscopo pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro. Érico Veríssimo era quase tão taciturno quanto o filho Luís Fernando, também escritor. Numa viagem de trem a Cruz Alta, Érico fez uma pergunta que o filho respondeu quatro horas depois, quando chegavam à estação final. Clarice Lispector era solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os amigos e dizia coisas perturbadoras. Imprevisível, era comum ser convidada para jantar e ir embora antes de a comida ser servida. Monteiro Lobato adorava café com farinha de milho, rapadura e içá torrado (a bolinha traseira da formiga tanajura), além de Biotônico Fontoura. "Para ele, era licor", diverte-se Joyce, a neta do escritor. Também tinha mania de consertar tudo. "Mas para arrumar uma coisa, sempre quebrava outra." Manuel Bandeira sempre se gabou de um encontro com Machado de Assis, aos dez anos, numa viagem de trem. Puxou conversa: "O senhor gosta de Camões?" Bandeira recitou uma oitava de Os Lusíadas que o mestre não lembrava. Na velhice, confessou: era mentira. Tinha inventado a história para impressionar os amigos. Foi escoteiro dos nove aos treze anos. Nadador do Minas Tênis Clube, ganhou o título de campeão mineiro em 1939, no estilo costas. Guimarães Rosa , médico recémformado, trabalhou em lugarejos que não constavam no mapa. Cavalgava a noite inteira para atender a pacientes que viviam em longínquas fazendas. As consultas eram pagas com bolo, pudim, galinha e ovos. Sentia-se

culpado quando os pacientes morriam. Acabou abandonando a profissão. "Não tinha vocação. Quase desmaiava ao ver sangue", contaAgnes, a filha mais nova. Mário de Andrade provocava ciúmes no antropólogo Lévi-Strauss porque era muito amigo da mulher dele, Dina. Só depois da morte de Mário, o francês descobriu que se preocupava em vão. O escritor era homossexual. Vinicius de Moraes, casado com Lila Bosco, no início dos anos 50, morava num minúsculo apartamento em Copacabana. Não tinha geladeira. Para aguentar o calor, chupava uma bala de hortelã e, em seguida, bebia um copo de água para ter sensação refrescante na boca. José Lins do Rego foi o primeiro a quebrar as regras na ABL, em 1955. Em vez de elogiar o antecessor, como de costume, disse que Ataulfo de Paiva não poderia ter ocupado a cadeira por faltar-lhe vocação. Jorge Amado para autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, impôs que o papel principal fosse dado a Sônia Braga. "Por quê?", perguntavam os jornalistas, Jorge respondeu: "O motivo é simples: nós somos amantes." Ficou todo mundo de boca aberta. O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu. Mas ele se levantou e, muito formal disse: "Muito prazer, encantado." Era piada. Os dois nem se conheciam até então. O poeta Pablo Neruda colecionava de quase tudo: conchas, navios em miniatura, garrafas e bebidas, máscaras, cachimbos, insetos, quase tudo que lhe dava na cabeça. Vladimir Maiakóvski tinha o que atualmente chamamos de Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC). O poeta russo tinha mania de limpeza e costumava lavar as mãos diversas vezes ao dia, numa espécie de ritual repetitivo e obsessivo. A preocupação excessiva com doenças fazia com que o escritor de origem tcheca Franz Kafka usasse roupas leves e só dormisse de janelas abertas – para que o ar circulasse -, mesmo no rigoroso inverno de Praga. O escritor norte-americano Ernest Hemingway passou boa parte de sua vida tratando de problemas de depressão. Apesar da ajuda especializada, o escritor foi vencido pela tristeza e amargura crônicas. Hemingway deu fim à própria vida com um tiro na cabeça.


Especial III

por Dr. Héctor Enrique Giana Diretor Presidente do Laboratório Oswaldo Cruz

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30 de setembro - Dia Nacional da Secretária Além do 30 de setembro ser a data oficial do dia da secretária no Brasil, existe também o “Dia Internacional da Secretária” que é comemorado no restante do mundo sempre na última 4ª feira do mês de abril. Você sabia? São Jerônimo é o Santo protetor das Secretárias. Um grande Parabéns a todas as secretárias de São José dos Campos e do país, que trabalham com dedicação e firmeza para fazer um Brasil cada vez melhor. São os desejos da turma do Laboratório Oswaldo Cruz e da nossa Revista Cultural!

Algumas qualidades para ser uma Secretária Executiva Durante a segunda fase da Revolução Industrial (fase esta iniciada em 1860), Christopher Sholes inventou um tipo de máquina de escrever. A sua filha, Lilian Sholes, que nasceu em 30 de setembro de 1850, testou tal invento, tornando-se a primeira mulher a escrever numa máquina, em público. Desse modo, Lilian se transformou num símbolo e a data do seu nascimento é lembrada como o dia da secretária. Por ocasião do centenário de seu nascimento, as empresas fabricantes de máquinas de escrever fizeram diversas comemorações. Entre elas, concursos para escolher a melhor datilógrafa. Tais concursos alcançaram sucesso, passando a repetir-se anualmente. Como muitas secretárias participavam, o dia passou a ser conhecido como o "Dia das Secretárias". A profissão de secretária exige muito esforço e organização, ainda mais nos dias de hoje onde as atribuições são cada vez maiores. Quem opta pela profissão de secretária deve gostar do que faz, investir sempre no seu crescimento pessoal é importantíssimo pois ela é o espelho da organização que representa.

MOTIVAÇÃO – sendo esta, um elo entre a alta hierarquia e demais clientes internos, a motivação deve ser a base para uma atuação adequada e harmoniosa. A secretária pode atuar como agente motivador, transmitindo uma imagem positiva da sua área de atuação e promovendo o intercâmbio entre subordinados e chefias. Detalhes como cumprimentar as pessoas; tratar a todos com igualdade, independente das diferenças culturais, sociais, econômicas, raciais e hierárquicas são fatores essenciais para a motivação; além de, lembrar detalhes pessoais como data de aniversário; elogiar um bom trabalho realizado, contribui, sobremaneira, para a motivação das pessoas. LIDERANÇA – Observamos que essa habilidade hoje faz parte do contexto pessoal e profissional de uma Secretária Executiva. O líder é alguém que sabe o que precisa ser feito e como conseguir que seu pessoal execute as tarefas, permanecendo motivados, em constante harmonia. O líder compartilha, delega, mas não “manda”, por isso, sua postura diante dos funcionários já é sempre positiva. COMUNICAÇÃO – O êxito da empresa, da gerência, da Secretária, depende essencialmente da habilidade dos indivíduos se comunicarem. A comunicação deve ser clara, objetiva e flexibilizada de acordo com a cultura de cada funcionário, pois, para se concretizar uma comunicação é necessário que a mensagem enviada seja plenamente

entendida e recebida pelo interessado. ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO – saber planejar e organizar sua rotina diária, a fim de que o trabalho seja desenvolvido, sem afetar sua qualidade de vida e saber organizar-se utilizando o tempo de forma adequada e “eficaz”, é um desafio que, para muitos gerentes tem sido o objetivo prioritário nas organizações, que dedicam várias horas em treinamento especializado no assunto. É preciso administrar o próprio tempo e o do executivo também, tarefa árdua! RESPONSABILIDADE E DECISÕES – As atividades de uma Secretária ultimamente estão sendo enfatizadas pelo maior poder de decisão com que vêm atuando nos mais diversos segmentos organizacionais. A responsabilidade está sendo exigida a cada trabalho executado e a participação nas tomadas de decisões tem sido um verdadeiro desafio na carreira de uma Secretária. INFORMÁTICA – Além da sua contribuição estratégica proporciona inovação no trabalho Executivo/Secretária tornando-o mais ágil e eficiente. É um processo que possibilita novos desafios que motivam a profissional a acompanhar as novas exigências da empresa. Secretária é uma profissão e não apenas uma função. É imprescindível estar sempre buscando o aperfeiçoamento e se atualizando. As empresas buscam Secretárias empreendedoras e polivalentes, com perfil de assessora, e que não somente atendam aos executivos, mas também estejam inteiradas das metas e resultados. IDIOMAS – Num mundo globalizado é impossível esquecer a real importância de se dominar um segundo idioma. A língua mais imposta pelos países é o inglês, que deixou de ser apenas desejável para ser imperativa, porém, hoje o idioma espanhol está dominando também, o mundo dos negócios. Aprender um novo idioma não é mais um diferencial de um universo restrito de pessoas, mas uma necessidade básica para profissionais que atuam nas mais diversas áreas e para quem está se preparando para ingressar no cada vez mais competitivo mercado de trabalho. O mercado atualmente considera requisito básico, no momento da contratação, que o candidato domine o inglês e, se possível, conheça um outro idioma, como espanhol ou alemão, por exemplo.


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MEDITAÇÃO DO MÊS SANTIAGO BOVISIO Nasceu na cidade de Bérgamo, ao Norte da Itália, no dia 29 de setembro de 1904 e, desde muito pequeno, manifestou extraordinárias faculdades de clarividência e profecia que, com o tempo, a disciplina e o conselho de instrutores físicos e astrais, alcançaram níveis excepcionais. Ainda jovem, ingressou na Ordem dos Cavalheiros do Fogo ramo europeu (C.H.E.F.), em Veneza. A 10 de janeiro de 1926, já com o grau de Cavalheiro Ordenado, fundou a União Savonaroliana em Buenos Aires. Mais tarde fundou, em Rosário, a Universidade Espiritualista Argentina, à qual aderiram grupos de diferentes origens. No dia 3 de março de 1937, junto com três companheiros, fundou Cafh, sigla da Sagrada Ordem dos Cavalheiros Americanos do Fogo de Hes. Preparava-se para empreender uma viagem terrestre às Serras Madre de Dios, a noroeste de Machu Pichu, para descobrir uma terra não pisada por pés humanos - prometida a Cafh pela Divina Mãe para construir uma Comunidade Mística secreta, OM HES, de Sacerdotes Ordenados, para dirigir, desde ali, a obra americana da Nova Era de Aquário (Hidrochosa) - quando a morte o surpreendeu num acidente rodoviário nos arredores de Rio Quarto, na manhã de 3 de julho de 1962.

CURSO “A ASCÉTICA DA ORAÇÃO” Ensinança 2: Discernimento da Ascética Para guiar as almas na ascética da oração é fundamental saber discernir. Que tipo de exercício é apropriado às características interiores de cada principiante, conhecer qual é o tipo de mística conveniente para ele. Dar a Ensinança adequada a cada momento de seu desenvolvimento espiritual. Não querer acelerar os processos interiores, mas deixar que a Divina Mãe opere neles. Não permitir que se deixem os exercícios de meditação somente por haver tido um vislumbre de contemplação. Conhecer de antemão quais serão as possíveis dificuldades e provas que terá que vencer nas diferentes etapas físicas, racionais, afetivas e espirituais. Guiar sem tocar, particularmente na via iluminativa. Não perder de vista continuamente a integralidade da realização no caminho místico. Evitar os perigos fundamentais, os desvios psíquicos e a desumanização. Conhecer por experiência a trajetória humana e espiritual que a alma deverá seguir. Não há meios seguros para ter este conhecimento. Somente a vida interior profunda e a participação anímica dão o conhecimento certeiro das almas e de seu caminho. 'Nada é difícil para quem ama'. A vida no mundo é uma ascética, porém não uma ascética dirigida e concentrada na realização divina - que é a dos valores integrais do ser - mas uma ascética dispersa, desordenada e carente de um objetivo consciente por parte do homem. A ascética humana até agora não foi um meio eficaz para a realização do indivíduo. O progresso das instituições significou como que abstrações independentes da realidade humana. A ascese do mundo, mais que um meio de realização é uma expiação contínua dos erros do homem. Por isso, todos os esforços dos caminhos místicos tendem a que as almas deixem de identificar-se com o mundo para fazer dele o que é: um instrumento de realização. Como é preciso grande clareza de discernimento e força interior para transcender a atração dos bens humanos, são postas em jogo todas as forças mentais e emotivas para produzir

o desapego do mundo. Não basta saber que não é nosso mundo. É necessário aborrecê-lo, sentir-se desolado nele. Ao mesmo tempo, faz-se surgir toda a força do sentimento desde as profundezas desconhecidas do coração, para mantêla cada vez mais com maior união no pensamento e a imagem ideal do Bem Divino que se aspira realizar. São dadas as normas exteriores e interiores adequadas para que, dentro deste mundo - e de acordo com o lugar que se ocupa nele e o tipo de vida que se elegeu - todos os atos simples da vida sejam transformados em meios eficazes de realização divina. E são ensinados exercícios específicos que guiem os afetos, dominem as paixões e fortaleçam as forças mentais do ser.

«O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.» Albert Einstein


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ESCRITORES BRASILEIROS Augusto Boal Augusto Pinto Boal (Rio de Janeiro, 16 de março de 1931 — Rio de Janeiro, 2 de maio de 2009) foi diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta brasileiro, uma das grandes figuras do teatro contemporâneo internacional. Fundador do Teatro do Oprimido, que alia o teatro à ação social, suas técnicas e práticas difundiram-se pelo mundo, notadamente nas três últimas décadas do século XX, sendo largamente empregadas não só por aqueles que entendem o teatro como instrumento de emancipação política mas também nas áreas de educação, saúde mental e no sistema prisional.

Nas palavras de Boal:

«O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores - porque atuam - e espectadores porque observam. Somos todos 'espect-atores'» O dramaturgo é conhecido não só por sua participação no Teatro de Arena da cidade de São Paulo (1956 a 1970), mas sobretudo por suas teses do Teatro do oprimido, inspiradas nas propostas do educador Paulo Freire. Sua obra escrita é expressiva. Com 22 livros publicados e traduzidos em mais de vinte línguas, suas concepções são estudadas nas principais escolas de teatro do mundo. O livro Jogos Para Atores e Não Atores trata de um sistema de exercícios ("monólogos corporais"), jogos (diálogos corporais) e técnicas teatrais além de técnicas do teatroimagem, que, segundo o autor, podem ser utilizadas não só por atores mas por todas as pessoas.

Apesar de existirem milhares grupos e centros de estudos sobre o Teatro do Oprimido no mundo (mais de 50 países nos cinco continentes), apenas o Centro de Teatro do Oprimido (CTO) do Rio de Janeiro é reconhecido como o ponto de referência mundial da metodologia. Localizado na Avenida Mem de Sá nº 31, bairro da Lapa, Rio de Janeiro - RJ- Brasil, o CTO foi fundado em 1986 e dirigido por Boal até o seu falecimento, em maio de 2009. Augusto Boal nasceu no subúrbio da Penha, Rio de Janeiro. Filho do padeiro português José Augusto Boal e da dona de casa Albertina Pinto, desde os nove anos dirigia peças familiares, com seus três irmãos. Aos 18 anos vai estudar Engenharia Química na antiga Universidade do Brasil, atual UFRJ, e paralelamente escrevia textos teatrais. Na década de 1950 enquanto realizava estudos em nível de Ph.D em Engenharia Química, na Columbia University, em Nova York, estuda dramaturgia na School of Dramatics Arts, também na Columbia, com John Gassner, professor de Tennessee Williams e Arthur Miller. Na mesma época, assistia às montagens do Actors Studio. De volta ao Brasil, em 1956, passa a integrar o Teatro de Arena de São Paulo, a convite de Sábato Magaldi e José Renato. O Arena tornou-se uma das mais importantes companhias de teatro brasileiras, até o seu fechamento, no fim da década de 1960. Sua primeira direção é Ratos e Homens, de John Steinbeck, que lhe valeu o prêmio de revelação de direção da Associação Paulista de Críticos de Artes, em 1956. Seu primeiro texto encenado foi Marido Magro, Mulher Chata, uma comédia de costumes. Depois de uma série de insucessos comerciais e diante da perspectiva de fechamento do Arena, a companhia decide investir em textos de autores brasileiros. Superando as expectativas Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, dirigido por José Renato, torna-se um grande sucesso, salvando o Arena da bancarrota. O grupo ressurge, provocando uma verdadeira revolução na cena brasileira, abrindo caminho para uma dramaturgia nacional. Para prosseguir na investigação de um teatro voltado para a realidade do Brasil, Boal sugere a criação de um Seminário de Dramaturgia que se tornará o celeiro de vários novos dramaturgos. As produções, fruto desses encontros, vão compor o repertório da fase nacionalista do conjunto nos anos

seguintes. Sob direção de Boal o Arena apresenta Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho, 1959, segundo êxito nessa vertente. Depois de dirigir, em 1959 A Farsa da Esposa Perfeita, de Edy Lima, Boal apresenta Fogo Frio, de Benedito Ruy Barbosa, em 1960, uma produção conjunta entre o Arena e o Teatro Oficina, através da qual orienta um curso de interpretação. Dirige também, para o Oficina A Engrenagem, adaptação dele e de José Celso Martinez Corrêa do texto de Jean-Paul Sartre. Em 1961, Antônio Abujamra dirige um outro texto de Boal, José, do Parto à Sepultura, com os atores do Oficina, que estreia no Teatro de Arena. No mesmo ano, o espetáculo Revolução na América do Sul estreia, com direção de José Renato. Augusto Boal se torna um dos mais importantes dramaturgos do período.

Em 1962, o Arena inicia nova fase: a nacionalização dos clássicos. José Renato deixa a companhia e Boal torna-se líder absoluto e sócio do empreendimento. Encerra-se a leva de encenações dos textos produzidos no Seminário de Dramaturgia. Em 1963 encena O Noviço, de Martins Pena e Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams, no teatro Oficina, em colaboração com grandes artistas do teatro brasileiro, tais como o cenógrafo Flávio Império e Eugênio Kusnet, responsável pela preparação dos atores. Ainda desta fase são O Melhor Juiz, o Rei, de Lope de Vega e Tartufo, de Molière, produções de 1964. Depois do golpe militar, Boal dirige no Rio de Janeiro o show Opinião, com Zé Kéti, João do Vale e Nara Leão - depois substituída por Maria Bethânia). A iniciativa surge de um grupo de autores (Oduvaldo Vianna Filho, Paulo Pontes e Armando


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Costa) ligados ao Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, posto na ilegalidade. O grupo pretendia criar um foco de resistência política através da arte. De fato evento é um sucesso e contagia diversos outros setores artísticos. O Opinião 65, exposição de artes plásticas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), surge na sequência, aglutinando os artistas ligados aos movimentos de arte popular. Esse é o nascedouro do Grupo Opinião. A partir de Opinião, Boal inicia o ciclo de musicais no Arena, com Gianfrancesco Guarnieri e Edu Lobo, apresentando Arena Conta Zumbi (1965), primeiro experimento com o sistema curinga onde oito atores se revezam, fazendo todas as personagens. O sucesso de público abre caminho para Arena Conta Bahia, com direção musical de Gilberto Gil e Caetano Veloso, e Maria Bethânia e Tom Zé no elenco.

Em seguida, é encenado Tempo de Guerra, no Oficina, com texto de Boal e Guarnieri, poemas de Brecht e vozes de Gil, Maria da Graça (Gal Costa), Tom Zé e Maria Bethânia, sob a direção de Boal. No ano seguinte, é a vez do espetáculo Arena Conta Tiradentes, centrado em outro movimento histórico de luta nacional - a Inconfidência Mineira. Também uma aplicação do sistema curinga, a peça não propõe retratar os fatos de forma ortodoxa e cronológica, mas criar conexões com fatos, tipos e personagens que se referem constantemente ao período pré e pós-1964. A Primeira Feira Paulista de Opinião, concebida e encenada por Boal no Teatro Ruth Escobar, é uma reunião de textos curtos de vários autores - um depoimento teatral sobre o Brasil de 1968. Estão presentes textos de Lauro César Muniz, Bráulio Pedroso, Gianfrancesco Guarnieri, Jorge Andrade, Plínio Marcos e do próprio Boal. O

Edward Rasquinha

ER

Assessoria esportiva

(12) 9600 9028

RASQUINHA edrasq@ig.com.br

* Atividade Física assistida e personalizada. * Elaboração e prescrição de atividades que irão atender suas necessidades.

diretor apresenta o espetáculo na íntegra, ignorando os mais de 70 cortes estabelecidos pela censura, incitando a desobediência civil e lutando arduamente pela permanência da peça em cartaz, depois de sua proibição. Com a decretação do Ato Institucional nº 5, em fins de 1968, o Arena viaja para fora do país, excursionando, entre 1969 e 1970 pelos Estados Unidos, México, Peru e Argentina. Boal escreve e dirige Arena Conta Bolívar. Em seu retorno, com uma equipe de jovens recém-saídos de um curso no Arena, cria o Teatro Jornal - 1ª Edição, experiência que aproveita técnicas do agitprop e do Living Newspaper, grupo norte-americano dos anos 1930 que trabalhava com dramatizações a partir de notícias de jornal. A Resistível Ascensão de Arturo Ui, de Brecht, é a última incursão de Boal no sistema curinga, que entretanto não acrescenta grandes novidades na linguagem do grupo. Em 1971, Boal é preso e torturado. Na sequência, decide deixar o país, com destino à Argentina, terra de sua esposa, a psicanalista Cecília Boal. Lá permanece por cinco anos e desenvolve o Teatro Invisível. Naquele mesmo ano, Torquemada, um texto seu sobre a Inquisição, é encenado em Buenos Aires. Em 1973, vai para o Peru, onde aplica suas técnicas num programa de alfabetização integral e começa a fazer o Teatro Fórum. Em 1974, seu texto Tio Patinhas e a Pílula é encenado em Nova York. N o E q u a d o r, d e s e n v o l v e , c o m populações indígenas, o Teatro Imagem. Esse período é representado por Boal em seu texto Murro em Ponta de Faca. Muda-se para Portugal, onde permanecerá por dois anos. Ali, com o grupo A Barraca, realiza a montagem A Barraca Conta Tiradentes, 1977. Lá também escreve Mulheres de Atenas, uma adaptação de Lisístrata, de Aristófanes, com músicas de Chico Buarque. Finalmente, a partir de 1978 estabelecese em Paris, onde cria um centro para pesquisa e difusão do teatro do oprimido, o Ceditade (Centre d'étude et de diffusion des techniques actives d'expression). Lá, com ajuda de sua esposa desenvolve um teatro mais interiorizado e subjetivo, o Arco-íris do desejo (Método Boal de Teatro e Terapia). Enquanto isso, em São Paulo (1978) Paulo José dirige, para a companhia de Othon Bastos, Murro em Ponta de Faca, texto em

que Boal enfoca a vida dos exilados políticos. Boal visita o Brasil em 1979, para ministrar um curso no Rio de Janeiro, retornando, no ano seguinte, juntamente com seu grupo francês, para apresentar o Teatro do Oprimido, já consagrado em muitos países. Em 1981, promove o I Festival Internacional de Teatro do Oprimido. Volta ao Brasil definitivamente em 1986, instalando-se no Rio, onde inicia o plano piloto da Fábrica de Teatro Popular, que tinha como principal objetivo tornar acessível a qualquer cidadão a linguagem teatral e cria o Centro do Teatro do Oprimido. Uma das canções de Chico Buarque é uma carta em forma de música - uma carta musicada que ele fez em homenagem a Boal, que vivia no exílio em Lisboa, quando o Brasil estava sob a ditadura militar. A canção Meu Caro Amigo, dirigida a ele, foi gravada originalmente no disco Meus Caros Amigos 1976. Augusto Pinto Boal é Patrono da Presidente/ALB/Piracicaba/SP Academia de Letras do Brasil. A primeira escritora a imortalizar Augusto Boal em Academia de Letras foi a escritora Branca Tirollo aos 12 de agosto de 2009 na cidade de "Piracicaba São Paulo" Boal preconizava que o teatro deve ser um auxiliar das transformações sociais e formar lideranças nas comunidades rurais e nos subúrbios. Para isto organizou uma sucessão de exercícios simples, porém capazes de oferecer o desenvolvimento de uma boa técnica teatral amadora, auxiliando a formação do ator de teatro. Augusto Boal foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2008, em virtude de seu trabalho com o Teatro do Oprimido. Em março de 2009, foi nomeado pela Unesco embaixador mundial do teatro. Augusto Boal morreu por volta das 2h40' do dia 2 de maio de 2009, aos 78 anos, no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, por insuficiência respiratória. Boal sofria de leucemia. Suas ideias, adotadas em diversas iniciativas em todo o mundo, renderam-lhe um reconhecimento que pode ser expresso nos seguintes comentários, que figuram no seu livro Teatro do oprimido e outras poéticas políticas (ISBN 85-2000-0265-X):

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