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Alegria é com Osmusiké

Vítor Oliveira, Chefe de Gabinete de Apoio à Presidência

Guimarães é um concelho de afetos, de laços criados entre as suas gentes, com espírito empreendedor, que aposta no setor da Educação como meio impulsionador em prol de uma sociedade melhor. A Escola, independentemente do nível de ensino, deve fazer com que o aluno se sinta preparado para fazer parte desse processo, daí o permanente investimento do Município de Guimarães no setor da Educação, contribuindo para a formação cívica e crescimento social dos nossos jovens, na diária missão de criarmos uma sociedade de valores, de trabalho, de relações democráticas e solidárias. O nascimento da associação cultural “Osmusiké”, muito por obra do Professor Jorge Nascimento, constitui uma extensão do trabalho desenvolvido em ambiente escolar. Os docentes do Centro de Formação da Francisco de Holanda, que somaram uma carreira a ensinar milhares de alunos, iniciaram há 18 anos uma outra carreira: dinamizar Guimarães, com as suas experiências, a sua sabedoria, o seu valor acrescentado que resulta de uma vida, também académica. Ser Vimaranense é isto. Não estar parado. Procurar algo mais. Indagar. Saber onde podemos continuar a ser úteis. Seja qual for a função. Afinal, ser de Guimarães é ter o ADN de um país. É ter os vasos sanguíneos de Afonso Henriques a fervilhar em cada opinião, atitude ou comportamento mais determinado. Ser de Guimarães é honrar a confiança que nos foi concedida pela Rainha D. Maria II, em 1853. Foi nesse ano, a 22 de junho, que elevou Guimarães ao estatuto de cidade, depois de uma visita efetuada em maio de 1852. Recebida perto do Toural, junto às "Portas da Villa", onde as importantes individualidades eram solenemente recebidas, o então Presidente de Câmara entregou-lhe as chaves da vila. Nessa visita, deslocou-se até à Igreja da Oliveira, percorrendo a hoje "Rua da Rainha D. Maria II", antigamente designada por Rua Sapateira (troço da Porta da Villa à Torre dos Almadas) e Rua dos Mercadores (troço da Torre dos Almadas à Oliveira). Esteve dois dias alojada no palacete do Conde de Arrochela, atual Vila Flor. A simpatia dos vimaranenses e a forma calorosa como foi recebida determinaram a elevação de Guimarães a cidade. Uma cidade que se orgulha como ninguém do seu passado e que tem nas suas gentes a força motriz, capaz de gerar experiências memoráveis para quem a visita. Tal como fizemos com D. Maria II... É essa simpatia, o saber-fazer, a experiência de uma vida, que “Osmusiké” acumulam nas histórias que nos contam. E Guimarães é um concelho com História, com uma grande oferta de atividades e um alternativo

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conjunto de momentos culturais que preenchem o calendário todo o ano. É uma cidade familiar, que gosta e sabe receber. É o Berço de todos os portugueses e a nossa cidade fundadora. Hoje, aos olhos do Mundo, Guimarães é uma referência de cultura, de património, de conhecimento e de investigação. É, ainda, uma cidade universitária, voltada para o futuro. Ontem como hoje, a Escola é um ecossistema de valores nas áreas artística, desportiva, ambiental, tecnológica ou de participação, contribuindo para a formação cívica e crescimento social dos nossos jovens, na diária missão de criarmos uma sociedade de relações democráticas e solidárias. A Escola Francisco de Holanda, as raízes d’Osmusiké, sempre teve um carismático projeto educativo, muito centrado nos valores, na inclusão de todos, assumindo-se como uma Escola para todos, promotora de sucesso escolar e de qualidade de ensino, com um excelente corpo docente e não docente. É uma referência no ensino, mas também no forte investimento que estabelece com as pessoas, caracterizando-se por uma grande abertura à sociedade civil. E os frutos são conhecidos… Mas, na cidade fundadora da Nação, há igualmente a solidariedade. Que se traduz no ato de ser voluntário, tal como sucede com os membros que integram “Osmusiké”. Há cidadãos que, dentro das suas competências, dão um pouco de si à comunidade nas mais diversas expressões culturais, associativas, desportivas ou exclusivamente sociais. Com alma, empatia e alegria interior. Em nome da concretização de sonhos e de causas. E de fazer acontecer. Têm um ideal por bem fazer, correspondente a uma decisão (e adesão) livre, apoiada num conjunto de motivações, que vão desde o altruísmo à necessidade de socializar e de partilhar experiências, passando pela realização profissional e necessidade de melhorar as competências técnicas e práticas. É um encontro de vontades comprometidas numa relação solidária dos cidadãos com a sua comunidade resiliente. A vida não é gratificante se não dermos aos outros um pouco do nosso tempo, das nossas competências, das nossas capacidades, a par desta consciência do sentimento de pertença e de solidariedade. O gesto –pequeno, determinado, digno e intencional – faz a diferença. Pode levar tempo, mas vale sempre a pena. Hoje, no silêncio da noite, pergunte-se que causa o move. E mova-se por ela. Em prol do bem comum. Obrigado “Osmusiké”!

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