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Historial d OSMUSIKÉ

Jorge do Nascimento Silva, presidente da direção jorgenascimentosilva@gmail.com

Conferência pelo professor Paulo Lameiro

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Lançamento do CD de músicas infantis (25/06/2003) Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães OSMUSIKÉ é uma associação sociocultural de direito privado sem fins lucrativos, com sede na Escola Secundária Francisco de Holanda (CFAE CFFH), Alameda Doutor Alfredo Pimenta, em Guimarães, que continua a ser a sua sede fiscal, criada em 2002, aquando do desempenho das funções de diretor do Centro de Formação Francisco de Holanda por Jorge do Nascimento Silva, e oficializada, através de escritura pública, apenas em vinte e sete de julho de 2009 por vontade dos seus elementos, com a denominação de “OSMUSIKÉ – ASSOCIAÇÃO MUSICAL E ARTÍSTICA DO CENTRO DE FORMAÇÃO FRANCISCO DE HOLANDA”. O seu nome provém das palavras gregas musiké téchne que significa MÚSICA, a arte das musas, e tem por símbolo o louva-a-deus, pretendendo fazer significar a música como arte divina. No CFFH, a formação sentia-se, respirava-se e às vezes cantava-se, sobretudo nos momentos mais altos da vida do Centro de Formação Francisco de Holanda (CFFH). A sua identidade é produto de um caminho bem longo, iniciado com uma ação de formação na área da expressão musical, na modalidade de Oficina de Formação, subordinada ao tema

“Musiké: a experiência musical da arte de ensinar”, iniciada em março e concluída em junho de 2002 (considerada a data da sua criação), realizada na escola de Santa Luzia, na Quintã, de que foi formador Óscar Ribeiro, que com o seu entusiasmo e competência levou o diretor do CFFH a manter este projeto como um dos mais marcantes na história do Centro, para além de outros que ainda sobrevivem atualmente, tornando esta Instituição singular no todo nacional. Nesse primeiro momento, estabeleceram-se as bases da cultura musical, pois professores e educadores aprenderam a tocar diversos instrumentos (xilofone, flauta, maracas, cavaquinho e viola), bem como a cantar e a coreografar músicas infantis com o objetivo

Osmusiké cantando para crianças das Escolas de Guimarães, na UM

Reisadas

de envolver os alunos na Música. Havia lacunas na formação inicial musical dos educadores e professores do 1º CEB a ultrapassar e o formador Óscar Ribeiro deu um grande contributo nesta área da formação. O sucesso da formação inicial projetou a sua continuidade e, em fevereiro de 2003, depressa evoluiu para nova ação, que teve lugar na EB2/3 D. Afonso Henriques, continuando a perseguir os mesmos objetivos e foi assim que surgiu a gravação de um CD com músicas infantis, cujo lançamento se deu em vinte e cinco de junho desse ano, no Paço dos Duques de Bragança, um dos lugares mais nobres da nossa cidade, numa cerimónia muito significativa. Este trabalho de parceria permitiu recuperar memórias musicais da infância destes educadores e professores, perpetuando o seu passado coletivo. É opinião unânime que a música contribui para formar indivíduos e ajuda no desenvolvimento intelectual das crianças. Gerou-se uma unanimidade e um sentir

Capa do CD Os Nossos Reis, lançado em 21de janeiro de 2017, no Paço dos Duques de Bragança

comum entre o diretor do CFFH e o Formador da área da Música, com o apoio da Comissão Pedagógica do CFFH, ao tempo, de forma que, em janeiro de 2004, surgiu nova ação de formação, intitulada “Todos ao Palco”, mantendo-se o núcleo duro dos mesmos formandos, que foram instados a pesquisar, ler, selecionar, sintetizar e transformar prosas históricas sobre Guimarães em poesia, posteriormente adaptadas a músicas, compostas pelo formador Óscar Ribeiro, no decorrer da formação. Em janeiro de 2005, a formação continuou com “Cantar Guimarães” que, para além da componente pedagógico-didática, pretendia divulgar temas inéditos ligados às tradições e à História de Guimarães, dando lugar à preparação da gravação de um novo CD. Com este trabalho, OSMUSIKÉ teve a intenção de ser suporte de práticas de professores e educadores, na contínua descoberta do maravilhoso mundo da música e da cultura local. A formação continuou, em 2006, com “Cantar Guimarães na Sala de Aula, na Escola e na Vida”, surgindo, então, a gravação do CD Cantar Guimarães, no Estúdio da Vimúsica, em ambiente de festa. Mais tarde, o grupo alargou-se, através da proposta “Anda a cantar e traz um amigo” na altura das Reisadas. Ao fim de alguns anos foi decidido registar as diversas músicas em CD.

O grupo participou todos os anos nas Reisadas promovidas pela Câmara Municipal de Guimarães e atuou, ao longo dos tempos, em Lares de Idosos, no Estabelecimento Prisional, em Agrupamentos de Escolas, em Juntas de Freguesia, em Centros Sociais e Paroquiais, em instituições de cariz solidário, junto de populações do nosso Concelho… e, naturalmente, nas Atividades promovidas pelo Centro de Formação Francisco de Holanda, cujo diretor era Jorge do Nascimento, que, com Inauguração da da Estátua da Repúlica, 25.04.2017 o seu staff de apoio do CFFH, assumiu a responsabilidade de manter viva a chama e coordenar a associação (de início, de caráter informal) que não mais parou. Participou também em cerimónias oficiais promovidas pelo CFFH, conquistando visibilidade, o que motivou convites para atuar em todo o concelho. Osmusiké Cantar Guimarães tem partipado em cerimónias de elevado significado para a cidade. É o caso da Inauguração da Estátua da Repúlica conforme Inauguração do ADARVE da Muralha, 30.06.2019 foto próxima. Esteve presente na inauguração do ADARVE DA MURALHA O historiador Amaro das Neves, (in Os Vimaranenses, edição do Cineclube, Guimarães, 2007) afirma que “Os vimaranenses apareceram antes de Portugal (aliás, como em Guimarães todos sabem, foi por já haver vimaranenses que, depois, pôde haver Portugal). Gente solidária e guerreira, com uma profunda devoção

Osmusiké Cantar Guimarães mo concerto Sons do pelas marcas da sua identidade, que se inscrevem no seu

Temp(l)o no 24 de junho de 2019

código genético. Por aqui ainda persistem as ideias de fidelidade aos ancestrais e de pertença a uma estirpe única, embebida na tradição cavaleiresca e medieval. É nesse espírito que os vimaranenses se reveem. Entre eles, o cimento identitário é sólido e inquebrantável.”

Ao longo do CD Gentes de Guimarães tentámos dar a conhecer este caráter, esta alma, esta identidade das gentes de Guimarães, os seus ofícios, a sua hospitalidade e, acima de tudo, o seu amor à terra onde Capa do CD Gentes de Guimarães, lançado em outubro de 2016, no auditório da Universidadedo Minho nasceram ou onde vivem. Nesse sentido, incluímos no CD temas ligados à História, aos seus Heróis e Santos, à Toponímia … Os vimaranenses são conquistadores! Cá ou em qualquer ponto do universo! Por isso o património imaterial da cidade está sempre presente nas nove músicas do CD. Osmusiké tem vido a organizar saraus, sessões de poesia, projetos de animação da cidade e da periferia. Recentemente tem primado pela organização de um Concerto anual denominado SONS DE OUTONO, cuja intenção é proporcionar a fruição de vários estilos de música com coro, orquestra, solistas, momentos de teatro e declamação de poesia apelativos, com um nível de qualidade que se aproxima dos momentos altos que Guimarães tem vivido em termos culturais, por forma a Concerto Sons de Outono, no dia 7 de novembro de 2019, no MIT Penha desenvolver, naqueles que tiveram a felicidade de conseguir um lugar nas salas dos Concertos, a sua cultura musical e uma forte vontade de voltarem a participar em eventos culturais, poéticos e musicais realizados em Guimarães, organizados por Osmusiké. Tem envolvido mais de uma centena de coralistas, orquestra, solistas e um Maestro convidado. As diversas valências entrecruzam-se proporcionando um espetáculo diversificado e de elevada qualidade. Atores e

Representação de “O Rei da Ilíria”

“O Avejão” de Raúl Brandão, 2017

Osmusiké Teatro nas escolas atrizes de Osmusiké oferecem performances de teatro ao longo do evento e um grupo de bailado das alunas da Escola Secundária Francisco de Holanda dão cor e vida ao espetáculo.

Em 2008, expandiu o seu campo de atividade ao Teatro, integrando esta nova valência por proposta de colegas professoras e educadoras (Emília Ribeiro e Madalena Antunes a liderar), já com alguma experiência cénica desde meninas que, com a designação de Osmusiké Teatro aderiram à filosofia deste projeto, começando a percorrer escolas, lares, associações num trabalho contínuo cuja prova está nas dezenas de Peças de teatro encenadas e representadas por todo o concelho e concelhos circunvizinhos. Estiveram por várias vezes em programas de mais do que um Canal de televisão e ganharam prestígio pela qualidade das suas atuações. Em anexo, podem consultar a atividade desta associação ao longo da última década.

Da mesma forma, foram sendo criadas outras VALÊNCIAS que permitissem que este grupo de educadores, de professores e de outos profissionais, que se lhe foram juntando ao longo da caminhada, pudessem dedicar-se àquilo que mais gostavam de fazer, mantendo sempre bem vivo o ideal d’OSMUSKÉ.

Foi assim que surgiu Osmusiké Cantares Populares

Decorria o ano de 2012, quando se começou a sentir e a pensar na necessidade em acrescentar algo mais a Osmusiké, isto porque, na Valência Cantar Guimarães como o próprio nome indica, predominava o canto sobre a toponímia da cidade, seus Heróis, História da cidade, monumentos, tradições, lendas e suas gentes e santos, por todos sobejamente conhecido. Assim, no ano de 2013, emerge do seio desta Valência, outra que passou a designar-se de Osmusiké Cantares Populares composta por alguns dos seus membros, tendo como objetivo preencher um vazio que se fazia sentir em momentos de convívio e de necessidade de implementar algo mais que alargasse o leque de oferta, noutra área, por parte da Associação. Havendo potencial para tal (instrumental e vozes) deu-se início ao projeto, fazendo-se recolha e efetuando os possíveis arranjos do Cancioneiro Popular (música tradicional), de acordo com a disponibilidade, habilidade e traquejo a que cada Osmusiké Cantares Populares elemento se mostrava vocacionado. Entretanto, a sua composição, desde então, e ao longo dos anos, sofreu algumas alterações de pormenor, por variadas razões, principalmente no que diz respeito a vozes. Da sua atividade constam variadíssimas atuações, em situações e lugares diversificados do conselho de Guimarães: Arraiais, Lares de Idosos, Juntas de freguesia, espetáculos solidários, animação de festas e romarias, etc.

Osmusiké Poesia – Paço dos Duques de Bragança

instrumentistas do coro Cantar Guimarães.

E outras Valências surgiram: Comungando das ideias do Fernando Capela Miguel, quando afirma que “(…) se questionados todos dirão que sabem muito bem o que é a poesia, mas nunca pensaram para que serve, para além do óbvio”, foi criada a Valência Osmusiké Poesia.

Hoje, esta valência tem um grupo que possui uma paixão especial pela declamação de poetas de Língua Portuguesa. Tem um conjunto de pessoas que ama a poesia e, assim, por causa disso, é capaz de – Poetizar. Osmusiké – Sons de Outono, 7. 11. 2019

Poetizar?!!! Sim poetizar!!!” Só acrescentaria que, para além dos poetas de língua portuguesa, também temos presentes os grandes vultos da poesia mundial. Por onde têm passado, a alegria e boa disposição demonstrada, que se imprimia no decorrer da atuação, alicerçada no reportório diversificado e na sua interpretação, do qual constavam temas de cariz popular, desde o Minho ao Algarve, não esquecendo as Regiões Autónomas, e ainda música tradicional Galega que contagiava quem assistia. Colabora com as diversas Valências de OSMUSIKÉ, nomeadamente como

Sob a orientação do Capela Miguel, com um conhecimento profundo da história local da cidade, descobrimos, durante muitos domingos, os recantos mágicos da cidade de Guimarães, incorporados na valência Osmusiké Visitas Culturais… fica um dos muitos registos à porta da Igreja da Senhora da Oliveira. Criou-se também a Valência Osmusiké Projetos, coordenada pelo Jorge do Nascimento que se faz acompanhar de alguns elementos disponíveis e com competências específicas para cada projeto concreto. Foi o caso desta publicação –

OsmusikéCadernos1.

OSMUSIKÉ assume-se como uma instituição com Osmusiké Visitas culturais um espaço próprio na dinamização cultural, musical, artística, recreativa e associativa do Concelho de Guimarães. Pretende: contribuir para a promoção, preservação, defesa e divulgação do Património tradicional e cultural local/nacional; colaborar com o Município, no Desenvolvimento Associativo, Musical, Cultural, Artístico e Recreativo; fomentar e desenvolver atividades musicais, teatrais e de poesia, diversificadas e afins, para uma itinerância municipal e intermunicipal; estabelecer parcerias com diversas Instituições socioculturais que permitam um trabalho em rede; desenvolver Visitas Guiadas tendo por base o Património histórico e cultural regional e nacional; criar e Celebração de Guimarães Património da Humanidade, 13.12.2017 dinamizar projetos formativos, culturais e educativos; organizar eventos culturais que sejam uma mais-valia para a cultura da nossa terra. Pretende, em poucas palavras, ser um espaço de agregação de pessoas que se sentem bem, prioritariamente no desenvolvimento cultural de Guimarães, mas também do país.

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