Revista Olhar n.6

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olhar OPTIVISÃO LIFESTYLE MAG

#6. INVERNO 2011 TRIMESTRAL

OLHAR A MODA Tendências para os dias frios FIM-DE-SEMANA Descobrir o charme do Vidago Palace

GANHE

VALES DE DESCONTOS E POUPE ATÉ

30

%

OLHAR CLÍNICO Saiba mais sobre lentes de contacto



sumário INVERNO #6 CORES DE INVERNO

4 Olhar por si. Novidades a não perder 8 Olhar a cultura. Sugestões que valem a pena 10 Olhar a moda. Propostas e tendências para os dias frios 18 Olhar o shopping. Novas armações 20 Olhar a saúde. Cuidado com os excessos da quadra 22 Olhar a actualidade. Rival do GPS chama-se Galileo

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24 Olhar as pessoas. Hélder Rodrigues, um campeão do mundo 28 Olhar clínico. Saiba mais sobre lentes de contacto 30 Olhar a tecnologia. Gerir o dia-a-dia com um smarthphone

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32 Olhar o perfil. Steve Jobs 34 Olhar o grupo. Novas colecções Moss, Pepe Jeans e Hello Kitty 38 Olhar indiscreto. Andreia Rodrigues na primeira pessoa 39 Olhar a acção. Redescobrir Lisboa de bicicleta 40 Olhar o horizonte. Hotel Vidago Palace 44 Passatempo. Ganhe um smartphone Optimus Stockholm AndroidTM 46 Olhar as lojas. A Optivisão está perto de si 47 Olhar os descontos. Poupe dinheiro com os nossos vouchers 50 Último Olhar. New York Yankees, um ícone norte-americano

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Estamos no Inverno e, nos campos, o dourado do mato contrasta com a força verde do musgo. As árvores perderam as folhas ou impressionam nos ocres e nos dourados daquelas que resistem. São estas as cores dominantes das terras transmontanas que visitámos nesta edição para descobrir o Palace do Vidago, como são também as das tendências de moda que reunimos para si. O tempo frio convida a ambientes quentes, que obrigam a ter cuidados com as lentes de contacto, como nos referiu o optometrista Henrique Nascimento. Porém, quem não abdica dos seus óculos, pode ficar a conhecer as novas colecções Pepe Jeans, Hello Kitty e Moss, apresentadas num evento da Optivisão, onde as roupas Pepe Jeans e Hello Kitty também foram vedetas. O novo ano deixa-nos mais perto do futuro e, com ele, as tecnologias continuam a evoluir, como acontece com os smartphones, que nos ajudam a gerir o diaa-dia, mas também projectos ambiciosos, como o Galileo, um novo sistema europeu que pretende rivalizar com o GPS norteamericano. O Mundo é feito de mudança, mas ainda há velhos prazeres, como andar de bicicleta, como vos mostramos mais à frente, e caras novas ligadas à Optivisão, como é o caso de Andreia Rodrigues, a nova embaixadora da Moss. Por tudo isto, esperamos que aprecie a nossa companhia ao longo deste Inverno e desfrute desta edição, onde poderá ganhar um Optimus Stockholm Android TM.

Maria Adelaide Penedo Presidente do Conselho de Administração do Grupo Optivisão

Director: Maria Adelaide Penedo. Direcção editorial: Rui Faria (ruifaria@revistas.cofina.pt).Redacção: Av. João Crisóstomo, 72, 1069-043 Lisboa. Tel. 21 330 94 00/21 330 77 09. Textos: Rui Faria e Paula Santos. Copy desk: Carla Sacadura Cabral. Fotografia: Getty Images e Pedro Sampayo Ribeiro. Direcção de arte: Sofia Lucas. Design gráfico e paginação: Sandra Nascimento. Produção: Cofina Media. Pré-impressão: Graphexperts, Lda., Av. Infante Santo, 42 A/B, 1350-179 Lisboa. Impressão: Lisgráfica S.A., Estrada Consigliéri Pedroso, 90, Casal de S.ª Leopoldina, 2745-553 Queluz de Baixo. Propriedade: Optivisão, Óptica Serviços e Investimento, S.A., Alameda Salgueiro Maia, 4, 2.º, 2660-329 St.º Ant.º dos Cavaleiros. Depósito legal: 315261/10. Registo na E.R.C. com o n.º 125.945. Tiragem: 68.000 exemplares. Distribuição: gratuita. Periodicidade: trimestral.

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olharpor si

SAMADI HOUSE OF COOL

ESPRIT ET17339 WOMEN

O espírito Esprit, descontraído, casual e soalheiro, ilumina todos aqueles que instintivamente gostam de seguir as últimas tendências para estarem sempre no seu melhor. Esta luminosa armação inspirada no modelo Panto destaca-se pela sua versatilidade, pelo estilo e pela comodidade, onde uma camada transparente assegura um toque confortável. O efeito de dois tons, incluindo azul-marinho, roxo, castanho ou o clássico preto, torna este modelo num dos acessórios indispensáveis desta temporada.

A Samadi House of Cool é onde o surf, o skate e a moda se misturam com a arte, onde pode relaxar e comer qualquer coisa ou então beber apenas um copo, enquanto assiste à actuação de músicos e DJ em live act. No seu novo espaço, na Rua Augusta, pode encontrar uma grande oferta das melhores marcas de calçado, roupa, relógios, headphones, bonés e uma grande secção dedicada ao skate. Ao mesmo tempo, pode ainda sentar-se numa das esplanadas e desfrutar do dia ou da noite numa das mais bonitas avenidas de Lisboa. No primeiro piso, surge a pizaria bar, a zona chill out com free wi-fi, art exhibition e live DJs. Neste espaço estão expostas várias obras de arte de diversos artistas. A Samadi House of Cool abriu a sua primeira loja de surf na Costa de Caparica, em 1987, a Samadi Surf Shop, e estendeu-se, entretanto, a Lisboa, com uma loja no Atrium Saldanha, e à Amadora, no Dolce Vita Tejo.

AZEITE PREMIUM O azeite virgem extra com a assinatura de João Portugal Ramos segue a linha do sucesso alcançado no ano passado e a nova colheita do azeite Oliveira Ramos Premium já está disponível no mercado. Um azeite que arrecadou a medalha de ouro no Concurso Nacional de Azeite Virgem Extra 2010 e que foi distinguido com a medalha de prata na edição de 2011 do referido concurso e, na categoria de Delicate, na Los Angeles International Extra Virgin Olive Oil Competition deste ano. Com uma acidez de 0,1º, é produzido com azeitonas das castas Galega, Cobrançosa e Picual, e alia frescura, elegância e um frutado intenso. 4 Inverno 2011

HELLO KITTY FOR TEENS Neste Natal, surpreenda quem mais gosta e ofereça uns óculos de sol da marca Hello Kitty, um exclusivo Optivisão. É um presente ideal para teenagers que gostam de seguir as tendências e de marcar a diferença. O modelo da marca Hello Kitty apresenta um design arrojado, em vermelho, a cor quente deste Inverno. É um modelo que revela a personalidade forte do segmento teen a que se destina.


A 11.ª versão de coleccionador da Sisley é a Eau du Soir, uma fragrância de culto com rasto floral e Chipre. Com notas de cabeça de tangerina e toranja, coração floral de jasmim, ylang ylang, lírio do vale, musgo de carvalho, pimenta e cravinho, termina com uma nota de fundo de almíscar e de âmbar. O frasco combina azul abissal com preto, resultando numa decoração misteriosa e aveludada. Está limitado a 10 mil exemplares para o Mundo.

ANDREIA RODRIGUES É A NOVA CARA DA MOSS A última novidade da Nespresso em termos de máquinas de café chama-se Latissima+, uma máquina que responde às exigências de quem gosta de apreciar um bom café e é um amante de leite. Uma inovadora tecnologia de vapor e a perfeição da espuma de leite são os renovados argumentos que vão ao encontro da exigência dos apreciadores de um expresso, de um cappuccino ou um de latte.

A famosa apresentadora do Famashow é a nova aposta da Optivisão. Depois de Isabel Figueira e de Helena Coelho, a Optivisão escolhe Andreia Rodrigues como a nova embaixadora da Moss, completando assim o trio mais sexy e famoso de Portugal. A marca de óculos, exclusiva do Grupo Optivisão, vai apostar, mais uma vez, numa campanha publicitária arrojada, que irá ser fotografada já em Dezembro deste ano. A modelo e apresentadora Andreia Rodrigues promete surpreender com a sua beleza e sensualidade. As armações e os óculos de sol Moss são peças com design clássico, criadas a pensar em homens e mulheres dos 20 aos 45 anos de idade, com materiais muito leves e modernos, e irão, com certeza, surpreender com a campanha protagonizada por Andreia Rodrigues. Inverno 2011 5


REUNIÃO DE FRANQUIADOS OPTIVISÃO

O Grupo Optivisão, o maior grupo óptico português, levou os seus franquiados numa viagem a Viena de Áustria para realizar a assembleia de franquia. Este encontro anual, que reuniu cerca de 200 dos 270 franquiados da Optivisão, permitiu a partilha de experiências entre todos e ainda um balanço da actividade do grupo, onde foi definida a estratégia publicitária para 2012.

Para este Natal de 2011, a Versace apresenta um modelo de óculos de sol feminino de edição limitada. Uma iniciativa exclusiva, proposta como emblema do fascínio requintado e da elegância contemporânea que, desde as suas origens, caracterizam e distinguem a Maison Versace. O perfil do modelo (VE4224K) em acetato evoca o glamour e o inesquecível gosto retro, realçado pelas amplas formas da armação e pelos delicados matizes das lentes. O requinte moderno é evidenciado Inverno 2011

pelo detalhe da Medusa banhada a ouro, aplicada sobre uma elegante base de madrepérola. O motivo da Medusa, símbolo sofisticado e inconfundível de Versace, neste modelo, é montado nas dobradiças das hastes e retomado como elemento decorativo pelo botão banhado de ouro no estojo dos óculos, uma clutch exclusiva para a noite, fabricada em pele ecológica. O modelo encontra-se disponível numa paleta de cores que abrangem o preto com lentes pretas dégradées ou polarizadas e a havana com lentes dégradées marrons.

As lentes progressivas permitem corrigir a sua visão para longe, intermédio e perto, de uma forma suave e progressiva. No passado, esta correcção era aplicada em duas direcções de visão, mas a tecnologia não deixa de surpreender-nos e os novos avanços em lentes permitem traduzir a sua graduação, ponto por ponto, para conseguir a correcção em todas as direcções de visão, obtendo como resultado uma visão em alta definição. Hoje, o desenho Hoyalux Summit está disponível em duas versões: Hoyalux Summit Pro e Hoyalux Summit CD. Ambos combinam o máximo conforto visual com um equilíbrio perfeito entre longe e perto. A tecnologia TrueForm acrescenta a este desenho o mais alto nível de precisão visual para a sua prescrição individual. As lentes Hoyalux Summit TrueForm podem ser fabricadas numa ampla gama de diferentes materiais, cada um com as suas próprias características de qualidade, todos eles leves e extremamente cómodos, para além da garantirem uma visão em alta definição.

A Giorgio Armani, sempre na vanguarda da utilização de materiais preciosos, especialmente em produtos icónicos, apresenta a colecção Precious Materials (materiais preciosos). Óculos únicos, exclusivos, trabalhados à mão por artesãos especialistas, num estilo requintado e inconfundível. É o que acontece com os GA 902/S, óculos ultra-femininos e luminosos, graças à estrutura minimal em metal, ou os GA 905/S e os GA 931, onde é usada pele de galuchat. Singulares e exclusivos, os novos óculos Armani Gold & Horn Edition GA 769/G/V/S, com um estilo aviador, apresentam uma armação em ouro de 22 quilates, com cinco mícrones de espessura, ostentando a ponte e os terminais em corno natural, que se caracterizam por uma agradável sensação táctil. As preciosas lentes de vidro, material transparente e imutável ao longo do tempo, são polarizadas para garantir a máxima qualidade óptica e uma visão excelente. O logótipo GA está gravado sobre a lente direita e sob o verniz na parte interna dos terminais e a inscrição Giorgio Armani encontra-se gravada sobre a haste esquerda. O modelo está disponível exclusivamente em dourado, com lentes verde-escuras, e será acompanhado de um estojo em pele muito suave, com um acabamento em castanho-escuro.


O PRODUTO Lytot é uma inovação patenteada. Lytot destina-se a crianças dos 0 aos 36 meses. Divide-se em cinco formas e quatro cores: cristal, rosa, azul e verde. Há dois tamanhos: small, dos 0 aos 12 meses, com tetina 0-6 meses, e medium, dos 6 aos 36 meses, com tetina 6-18 meses.

A TÉCNICA AO SERVIÇO DA CRIANÇA E DO AMBIENTE As exigências de fabrico da Lytot são superiores às normas em vigor. Para a segurança da criança, a Lytot, passou com sucesso a norma da puericultura EN71-3, que garante um produto sem ftalatos, os quais são autorizados nas normas dos óculos mas proibidos nas normas dos brinquedos.

LYTOT

OS ÚNICOS ÓCULOS DE SOL CHUPETA Um dia, o designer Ahmed Zekri recebeu a visita da sua filha no seu atelier de óculos. Ela estava a usar a chupeta e colocou-a à frente de uns óculos e, nesse momento, a ideia germinou na cabeça de Ahmed. A sua filha, como muitas crianças, não suportava os óculos de sol e tirava-os porque as hastes ou a fita a incomodava. Por isso, Ahmed imaginou uns óculos que pudessem integrar-se na chupeta de maneira a que a sua filha usasse naturalmente os óculos de sol, sem contrariedades, assegurando a máxima protecção.

NASCEU ASSIM O CONCEITO LYTOT. Lytot só está disponível nas ópticas e é distribuído em Portugal pela

A Lytot responde a duas normas : puericultura e ocular. Estas proporcionam a este produto uma segurança acrescida para as crianças.

A TÉCNICA AO SERVIÇO DA CRIANÇA E DO AMBIENTE Lytot é fabricada em acetato de celulose recortado feito à mão. Este acetato de celulose foi desenvolvido para responder às normas da puericultura. Este acetato de celulose é de fonte bio, pois o petróleo não entra na sua composição. Os diferentes modelos da Lytot foram especialmente concebidos com formas suaves, adaptadas à segurança das crianças. Lytot não tem dobradiça o que retira o risco de beliscão.

MANUFACTURING Garante a origem de fabrico de todos os componentes e compromete-se sobre o made in France, ao publicar a lista dos seus fornecedores que se comprometeram a fabricar no seu país de origem. Criador: Ahmed ZEKRI Oyonnax F01100 Acetato. Fabricante: Optisun Oyonnax F-01100. Lentes: Christian Dalloz Sunoptics St Claude F39200. Tetina: Paltifal Corveissiat F-01250. Corte das lentes e aplicação: Oculista La Mouille F-39400. Web Site MBI Dortan F-01590


olhara cultura

Formas diferentes de olhar o design no MUDE

O museu Soumaya é uma nova referência cultural Esculturas com a assinatura de Rafael Bordalo Pinheiro

RETRATOS EM BARRO A escultura é uma das facetas menos conhecidas de Rafael Bordalo Pinheiro quando comparada com a sua actividade no campo da cerâmica decorativa e utilitária. Para mostrar esta faceta, o museu Bordalo Pinheiro (Campo Grande, Lisboa) reuniu um conjunto de peças para dar corpo à exposição Retratos em Barro, que está patente ao público até ao dia 8 de Janeiro. O barro é a matéria-prima de eleição para os trabalhos realizados por encomenda ou por iniciativa própria do artista. Os “retratos” são diversos bustos, muitos dos quais de personagens anónimas, colocados sobre peanhas que lhe dão um “estatuto” que tem muito a ver com a ironia de Bordalo Pinheiro. 8 Inverno 2011

A Disney está a recuperar os seus maiores sucessos

DISNEY APOSTA NO 3D A Walt Disney está apostada em recriar as suas produções de animação, estando a converter alguns dos seus maiores êxitos à tecnologia 3D, depois do sucesso de O Rei Leão, que lucrou 46,179 milhões de euros nas bilheteiras dos EUA, dezassete anos após a sua estreia. Este filme chega a Portugal a 22 de Dezembro. Em 2012, será a vez de A Bela e Monstro, À Procura de Nemo e de A Pequena Sereia. Em 2013, surgirá a nova versão de Monstros e Companhia, agendada para o mês de Janeiro, algum tempo antes da estreia da nova sequela que a Pixar está a ultimar, sob o nome Monsters University.

MORTE AO DESIGN! VIVA O DESIGN O Museu do Design e da Moda, MUDE, reuniu cerca de cem peças do seu acervo para criar a exposição Morte ao Design! Viva o Design, que está patente ao público até ao dia 15 de Janeiro. É como que um regresso a 1980, quando os herdeiros dos movimentos AntiDesign e Design Radical da década de 60 preconizaram a sua crítica ao racionalismo e a sua cumplicidade com o sistema produtivo, aprofundando temas que questionam a própria definição de design e abrindo novos caminhos que conduziram à exaltação do Experimentalismo.

GERARD CASTELLO-LOPES Aparições é o nome da exposição dedicada a Gérard CastelloLopes, que pode ser visitada no espaço BES Arte e Finança. Nos anos 50, este fotógrafo foi, a par de Sena da Silva e de Carlos Afonso Dias, uma referência em Portugal,apresentando trabalhos ao nível do melhor que se fazia internacionalmente. No ano da sua morte, surge esta exposição retrospectiva, que reúne 153 trabalhos, um terço dos quais inéditos, algumas provas vintage e também retratos seus tirados por outros fotógrafos, para já não falar de objectos pessoais, como máquinas fotográficas ou agendas.

ARTE NO MÉXICO O Museu Soumaya é a mais recente coqueluche cultural da cidade do México, quer pela arquitectura do seu edifício, desenhado por Fernando Romero, quer pela colecção da Fundação Carlos Slim, o multimilionário coleccionador de arte que reuniu o maior acervo de Rodin fora de França, para além de notáveis trabalhos de El Greco, Rubens e Brueghel, a par de uma vasta colecção de arte mexicana, fotografia e até moda dos séculos XVII ao XX. O espaço estende-se por seis mil metros quadrados, divididos por cinco pisos e a entrada é livre.


Gérard Castello-Lopes (à esq) e Gustavo Fernandes (em baixo)

Esculturas em papel numa exposição em Serralves l

Serralves recorda a obra de Eduardo Batarda

Natureza - morta dos séculos XIX e XXI na Fundação Gulbenkian

A propaganda na II Guerra Mundial é olhada como forma de arte

GUSTAVO FERNANDES Expõe no Centro Cultural Palácio do Egipto, na zona histórica de Oeiras. De 14 de Janeiro a 18 de Março, o artista apresenta obras de pintura e de escultura realizadas sob uma temática onde o vinho é uma constante, honrando a Confraria do Vinho de Carcavelos. Os trabalhos expostos irão mostrar abordagens diferentes, que o artista divide em três grupos: O vinho e a mulher, O vinho e a música e Monumentos emblemáticos do Concelho de Oeiras e o Vinho. As esculturas serão marcadas por um conceito inovador, surgindo numa instalação que une as temáticas expressas ao vidro e à pedra.

ARTE DA GUERRA O Museu Colecção Berardo, em co-produção com o Museu do Caramulo, apresenta a exposição A Arte da Guerra, patente ao público até 8 de Fevereiro. A mostra faz um percurso por mais de duzentas peças originais, como cartazes, panfletos, filmes ou crachás de vários países intervenientes numa guerra, como EUA, Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Japão ou a ex-União Soviética, mostrando a propaganda sob o enquadramento de forma de arte que ela assumiu e cumprindo o objectivo de uma qualquer outra obra de arte: provocar emoções nas pessoas e mudar o Mundo.

EDUARDO BATARDA Está patente ao público até 26 de Fevereiro, na Fundação de Serralves, uma exposição de Eduardo Batarda, que “apresenta trabalhos antigos, que permitem leituras políticas antifascistas, anti-colonialistas e anti-imperialistas, e pinturas recentes, que partilham o mesmo humor dessacralizante e paródico”. Este conjunto de obras, que vai da década de 60 até à actualidade, é uma forma de conhecer melhor o vencedor do Grande Prémio EDP, um dos mais prestigiados prémios artísticos nacionais.

NATUREZA-MORTA Na sequência da exposição realizada em 2010 sob o tema Natureza-Morta, a Fundação Gulbenkian tem patente ao público, até 8 de Janeiro, a sua segunda parte, dedicada à modernidade do século XIX e às inovações do século XX. São mostrados trabalhos de pós-impressionistas como Cézanne, Van Gogh e Gauguin, e a forma como o tema foi abordado por Picasso, Bracque e Matisse, para não falar na abordagem introspectiva de Magritte e Dalí. É uma viagem por vários tempos e géneros pictóricos, com obras dos maiores autores que reflectiram sobre este tema.

ESCULTURAS EM PAPEL Mais de noventa artistas que marcam diversas linguagens relevantes do século XX integram uma exposição que está patente ao público até 5 de Fevereiro em Serralves. É uma viagem pelo Construtivismo, pela Arte Pop, pela Arte Conceptual, pelo Novo Realismo, o Fluxus e a Poesia Visual. Na exposição Da Página para o Espaço: Esculturas de Papel Publicadas, sobressaem esculturas surpreendentes como o Rato Geométrico, de Claes Oldenburg, as esculturas livros de James Lee Byars, o teatro de marionetas de Gérard Garouste e os chapéus de papel de Robert Filliou ou de Roy Lichtenstein. Inverno 2011 9


olhara moda

Camisola em malha, 竄ャ 49,90, Geox. Colar em pedra chifre, prata e fita de seda, 竄ャ 183, MdeM (www.mdemjewellery.com) テ田ulos mod. 3081 C3, 竄ャ 133, Pepe Jeans. 10 Inverno 2011


ESSENCIAIS

O tempo frio chegou e, com ele, as cores quentes, as texturas dos tecidos e as malhas misturadas com a leveza da seda. Juntam-se acessórios sofisticados e obtém-se o look ideal para um passeio a dois. FOTOGRAFIA DE CARLOS RAMOS. REALIZAÇÃO DE SANDRA NASCIMENTO.

(Ele) Camisola, € 87,70, e calças, € 93,20, ambas RVCA. Óculos mod. 250 C3, € 102, Moss. (Ela) Vestido malha, € 98,81, Billabong. Carteira Divided it, € 254, Furla. Colar em réplica de âmbar e madeira com fita de seda, € 161, MdeM (www.mdemjewellery.com) Anel, € 4,95, H&M. Óculos mod. 1106 C3, € 133, Pepe Jeans. Inverno 2011 11


Sobretudo, € 546, Guess. Relógio, € 129,97, Nixon. Óculos mod. PJ 5056 C3, € 112, Pepe Jeans. 12 Inverno 2011


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1. Mod. 24-273 62/18, preรงo sob consulta, Jawbone. 2. Mod. Graphix3 WBYHD 56/19 130, preรงo sob consulta, Dior. 3. Mod. Mo360 360 363 09, preรงo sob consulta, Mormaii.

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1. Mod. CD 3219 791 140, preรงo sob consulta, Dior. 2. Mod. KZ2152 C03 140 53/17, preรงo sob consulta, Kenzo. 3. Mod.135 22-202 Black, preรงo sob consulta, Muffler.

14 Inverno 2011


Camisa em seda, € 296, Trussardi. Calças de ganga elástica, € 84,40, Element. Chapéu em feltro, € 75, e pulseira, € 69, ambos Furla. Clutch, € 19,95, anel € 4,95, ambos H&M. Óculos mod. PJ 7104 C3, € 112, Pepe Jeans. Inverno 2011 15


Cardigan em malha, € 229, e lenço, € 105, ambos Trussardi. Óculos mod. 4108 C001, €167, Pepe Jeans 73.


(Ele) Blazer, € 533, Trussardi. Camisola, € 47,50, Element. Calças de ganga escura, € 160, e cachecol em malha, € 123, ambos Trussardi. Óculos mod. 281 C3, € 112, Moss. (Ela) Camisola, € 52,71, Element. Calças ganga elástica preta, € 206, Trussardi. Luvas vermelhas em pele, € 80, e carteira Piper, € 434, ambas Furla. Colar em pedra chifre e prata com fita de seda, € 58,23, MdeM (www.mdemjewellery.com) Óculos mod. 244 C5, € 77, Moss.

Assistente de fotografia: Pedro Faria. Maquilhagem e cabelos: Joana Moreira. Modelos: Ana Paula e Edgar Gonçalves (Central Models). Inverno 2011 17


olharo shopping 1

1. Mod. OP281 C3, € 112, Moss. 2. Mod. OP255 C3, € 102, Moss. 3. Mod. Rodney PJ7106 C2, € 112, Pepe Jeans. 4. Mod. OP259 C1, € 102, Moss. 5. Mod. OP254 C3, €102, Moss. 6. Mod. Adam PJ1079 C2, € 133, Pepe Jeans. 7. Mod. OP217 C1, € 77, Moss.

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5 1. Mod. Ansley PJ 3074 C3, € 133, Pepe Jeans. 2. Mod. Randi PJ7103 C2, € 87, Pepe Jeans. 3. Mod. Jude PJ7109 C2, € 112, Pepe Jeans. 4. Mod. PJ 2106 633, € 167, Pepe Jeans 73. 5. Mod. Gladys PJ7095 C4, € 112, Pepe Jeans. 6. Mod. Lila PJ3083 C3, € 133, Pepe Jeans.

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18 Inverno 2011


Visão em Alta Definição

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olhara saúde

ABUSAR DO CHOCOLATE No Natal, parece que os chocolates nascem nas árvores. E, na verdade, nascem. Sombrinhas, pais natais, sinos, são várias as formas que decoram os pinheiros com cacau. E o stock é de tal forma ilimitado que ainda sobram bombons para espalhar sob a toalha natalícia. E, quando damos por nós, já perdemos a conta aos chocolates que desembrulhámos e alojámos confortavelmente no estômago. A ira é o sentimento que se segue, mas reaja com calma. O chocolate não é dos piores pecados. Tem benefícios antioxidantes e estimulantes, e é uma boa fonte de magnésio, podendo, por isso, ser consumido com moderação. Em vez das tabletes, prefira as figurinhas, que são ocas e têm chocolate em menos quantidade. E, para enfeitar a mesa, opte antes pelos frutos secos. Ricos em proteína e gorduras insaturadas, ajudam a controlar o mau colesterol, a regular a pressão arterial e a proteger o coração, sem aumentar o peso, como revela um estudo publicado no British Journal of Nutrition. EXAGERAR NOS DOCES Se aguardamos dez pessoas para jantar, porque enfiamos o dobro dos bolos no forno? Faz sentido numa pastelaria, não na sua cozinha. A temperança é a melhor arma para triturar a gula e recordar as dicas a colar

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20 Inverno 2011

A altura é propensa a “ofensas” nutricionais, mas há truques para limitar os exageros. São pequenas dicas que cabem em qualquer sapatinho e têm um efeito enorme na mesa da Consoada. E na balança.

PECADOS DE GULA...


com íman ao frigorífico: natas, margarinas, farinhas e leites condensados fazem parte de uma mistura explosiva que geralmente explode… Na zona abdominal. Mais complicado é ser simples: prefira as frutas naturais e as gelatinas. E não faça comida a dobrar. Planeie. O menu planner do National Heart, Lung and Blood Institute, disponível no site http://hp2010.nhlbihin.net, dá uma ajuda.

Filhós, rabanadas, azevias. Alguém resiste? Em caso de inevitável resposta negativa, prepare-se para pôr as mãos na massa e aplicar algumas mudanças às receitas tradicionais. Prefira as farinhas integrais, leite de soja ou magro em vez de gordo, reduza as quantidades de açúcar e, na altura de polvilhar, volte a diminuir e a compensar com canela. Quanto às gorduras, o problema está frequentemente no modo como são confeccionadas. A maioria dos óleos vegetais degrada-se em altas temperaturas (superiores a 180º C), conduzindo à formação de tóxicos cancerígenos. Opte pelo óleo de amendoim, é mais resistente à fritura. Porém, sempre que possível, prefira o forno. A Associação Portuguesa de Nutricionistas sugere uma óptima receita de rabanadas no forno, no site www.apn.org.pt Não procurar alternativas saudáveis é um caso sério de preguiça que tende a traduzir-se em quilos na balança.

A tradição manda não brindar com água, mas a saúde diz o contrário. Neste jogo de forças, há que encontrar o meio-termo, que, salvo contra-indicações, consiste num ou dois copos de vinho. O coração agradece. E a carteira também. Em The Wine Diet, o autor e cardiologista Roger Corder reforça o “segredo” do vinho tinto: composto por flavonóides, que actuam na prevenção das patologias cardiovasculares. Aposte por isso numa boa garrafeira de tintos e não fique com inveja dos amigos com prateleiras bem recheadas de whisky, bebidas destiladas ou champanhe – por ser gaseificada através de métodos artificiais, o consumo generoso desta bebida pode causar complicações gástricas.

Mais uma vez, aplique o truque infalível da moderação. No lugar de um buffet

abastado de queijos, chouriços, presuntos e salpicões, integre também frutas e vegetais, e corte, assim, na gordura. Um dos mais recentes estudos conduzidos pelos investigadores da Population Health Research Institute, da Universidade de McMaster, em Toronto, no Canadá, sugere que uma dieta rica em fruta e vegetais reduz o risco cardiovascular, mesmo em pessoas geneticamente predispostas a esta patologia. É fácil perder a cabeça com uma tábua de queijos, mas será difícil perder a barriga. Para atenuar a avareza nutricional, opte pelos queijos magros e pelo requeijão, sem esquecer de tirar a gordura visível do presunto. Pecado por pecado, acompanhe-o com melão e reserve o pão.

À Braz, assado ou gratinado, mas sempre cozido no Natal. O bacalhau é o rei da Consoada e com toda a lógica: É um dos peixes com mais proteínas e menor teor de gordura, é uma excelente fonte de ácidos gordos ómegas 3, que ajudam a baixar os níveis de mau colesterol e a regular a pressão arterial, é rico em vitaminas e em minerais, sendo ainda um alimento de fácil digestão. Manter a tradição com um prato de bacalhau à mesa não é vaidade. É, antes de mais, uma questão de orgulho… Nutricional.

BOLO-REI VEGANO

Ingredientes: 100 g de farinha de trigo integral 200 g de farinha de trigo 40 g de manteiga vegana 15 g de fermento de padeiro 1,3 dl de leite de soja 2 colheres de sopa de malte de trigo 30 g de açúcar mascavado frutos secos q.b. (miolo de nozes, pinhões, amêndoas peladas e avelãs) 40 g de passas de uva leite de soja q.b. (para pincelar) Preparação: Numa tigela, junte bem todos os ingredientes, excepto as passas e os frutos secos. Amasse bem e depois deixe descansar cerca de vinte minutos. De seguida, acrescente os frutos secos e as passas, e forma uma bola com a massa. Deixe repousar mais uns minutos. Depois, forme com a massa uma coroa (um círculo com um buraco no meio) e coloca num tabuleiro untado e polvilhado com farinha. Pincele o bolo com algumas gotas de leite de soja e decore com mais alguns frutos secos. Leve ao forno cerca de 30 minutos.

É possível combinar dieta com bolo-rei. Basta ser criativo. Faça uma pesquisa, vista o avental e altere a receita. O Centro Vegetariano (www.centrovegetarinao.org), por exemplo, propõe um bolo-rei vegano (ver caixa). Luxúria não é apresentar uma mesa farta em quantidades, é partilhar refeições de qualidade. E quem se preocupa com a saúde, deve dar-se a esse luxo.

DE OLHOS POSTOS NO NATAL...

Alimentos ricos em vitaminas A e C, em carotenóides e bioflavonóides ajudam a manter uma visão saudável e a prevenir doenças como cataratas, degeneração macular ou retinopatia diabética. Inclua ovos (vitamina A), couves (carotenóides e vitamina C) e laranjas (vitamina C e bioflavonóides) na sua ceia de Natal.

Inverno 2011


olhara tecnologia

GALILEO é o futuro GPS A União Europeia colocou em órbita o primeiro de uma série de satélites que vão permitir à Europa libertar-se da dependência norte-americana ao nível do sistema global de navegação (GPS) POR RUI FARIA

O Global Positioning System, ou GPS pura e simplesmente, como é conhecido, começou por ser uma “arma” secreta dos norte-americanos nos tempos da Guerra Fria, mas, hoje, a sua utilização banalizou-se tanto que está presente em muitos automóveis e mais ainda em telemóveis, bem como numa infinidade de gadgets. Faz parte da nossa vida quotidiana e não é de estranhar que a União Europeia (UE) pretenda emancipar-se dos EUA, assumindo o controlo de um sistema próprio para guiar as suas armas e os seus exércitos ou para vendê-lo para fins civis. Esta ideia esteve na origem do projecto Galileo, com início em 2003. Oito anos e muitos milhões de euros depois foi lançado, do Centro Espacial da Guiana Francesa, em Kuru, o primeiro dos trinta satélites que irão permitir à União Europeia (UE) libertar-se da dependência norte-americana ao nível do sistema global de navegação Navstar (GPS) norte-americano. Para os defensores do projecto, foi o primeiro passo para a emancipação estratégica da Europa e para a afirmação da sua capacidade tecnológica, embora não deixe de ser algo bizarro que o satélite tenha sido colocado em órbita por um foguetão Soyuz, tanto mais que a Rússia também é um “concorrente” de peso nesta área, com o seu sistema Glonass. É certo que a Agência Espacial Europeia poderia ter utilizado um foguetão Ariane 5, mas este foi considerado demasiado grande para a missão, tanto mais que pode transportar uma carga com um peso variável entre cinco e dez toneladas, face às 2,8 toneladas de carga do Soyus. O acordo acabou por ser vantajoso para ambas as partes, já que permitiu à UE economizar e, ao mesmo tempo, abrir as portas de Kuru (assente na linha do Equador) à Rússia, o que é uma excelente alternativa em 22 Inverno 2011

relação ao centro russo de Baikonur, no Cazaquistão, permitindo por si só aumentar em mais 1,1 toneladas a capacidade de carga dos foguetões Soyuz. FASES DO PROJECTO Este foi apenas um pequeno passo para o Galileo, já que será necessário esperar que a rede de satélites se complete. Agora, resta aguardar que o sistema possa começar a funcionar (ainda com muitas limitações) em 2014, já que apenas em 2019 deve ficar totalmente operacional. Mesmo assim, os responsáveis de Bruxelas estão mais do que optimistas, sublinhando, com veemência, o impacto económico do projecto, calculado em 90 mil milhões de euros, incluindo neste valor os empregos altamente qualificados que vai gerar nos próximos vinte anos, período em que se pensa que os produtos e serviços relacionados com a navegação por satélite venham a ter um incremento significativo, passando dos actuais 124 mil para 244 mil milhões de euros em 2020. Contudo, estes números estão longe de afastar vozes críticas, num momento em que a UE em geral e a Zona Euro em particular atravessam um período de acentuada crise económica, tanto mais que os custos do projecto têm vindo a derrapar em virtude do atraso no seu cronograma inicial. Para além disso, também há quem se interrogue sobre a real necessidade do Galileo e quem questione a apetência do investimento privado que ele exige no seio da UE, tanto mais que, do budget inicial, avaliado em 3.400 milhões de euros, já se fala que serão necessários pelo menos 5.300 milhões de euros até 2020. CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES O projecto Galileo irá ser composto por trinta satélites (27 operacionais e três de

reserva), tecnologicamente mais avançados dos que os 24 que integram o sistema GPS controlado pelos EUA. No entanto, esta guerra só agora começou e a Navstar norte-americana já anunciou que, em 2014, vai potenciar o sistema GPS, exactamente na altura em que o Galileo pode começar a disponibilizar os seus primeiros serviços. Esta decisão é tanto mais natural quanto se sabe que o Galileo pode ser mais preciso (erros inferiores a um metro) e mais completo em termos de versatilidade, tanto em termos civis, como militares. Este conflito de interesses já começou a fazer vítimas e o responsável por uma empresa alemã ligada ao projecto foi despedido depois de ter sido transcrita no Wikileaks uma afirmação em que dizia que o Galileo “é uma estupidez ao serviço dos interesses franceses”. Até pode ser, mas ninguém esquece que ele permite libertar a Europa da dependência norte-americana, bem patente em momentos críticos como as guerras no Kosovo, no Iraque e no Afeganistão quando os militares americanos desligaram o sistema GPS a nível global. Apesar deste conflito de interesses militares e civis, o acordo que deu origem ao projecto Galileo afirma a compatibilidade dos serviços em ambas as áreas, o que poderá permitir que, mesmo em caso de conflitos localizados, o utilizador comum mantenha o acesso ao serviço sem interferência dos militares, embora essa situação pareça algo utópica para a maioria dos observadores. Seja como for, o simples facto de a concorrência ter chegado ao universo da navegação por satélite só pode traduzir-se num benefício para quem pretende apenas saber o melhor caminho para as suas deslocações... l



olharas pessoas

Hélder Rodrigues

Campeão do mundo Hélder Rodrigues venceu o campeonato do mundo de todo-o-terreno e foi eleito pelo público como Atleta Masculino do Ano, na gala de desporto nacional, numa iniciativa onde estavam nomeados diversos campeões, entre os quais Cristiano Ronaldo Hélder Rodrigues é um nome conhecido no mundo das provas de todo-o-terreno e um piloto respeitado no Dakar, a mais importante prova do calendário. A conquista do título de campeão do mundo, conquistado este ano, foi “um objectivo que eu perseguia desde que participei pela primeira vez no Dakar”, começou por referir-nos o piloto. “Desde essa altura, quis disputar o campeonato do mundo, mas nunca tive essa possibilidade, que só surgiu há três anos. Poderia ter chegado ao título no ano passado, mas as coisas começaram a correr mal com a mecânica da moto logo na primeira prova e foi impossível ganhar.” Este ano, tudo correu pelo melhor e “tive uma óptima temporada”, admitiu-nos Hélder Rodrigues, que se afirmou “num campeonato muito variado, onde não se disputam muitas corridas, mas todas elas são muito duras e extensas”. Para além da técnica do piloto e da aturada preparação 24 Inverno 2011

física, a moto tem um papel determinante, “porque temos de fazer grandes alterações de corrida para corrida ao nível de afinações e especificações do motor, o que exige muita experiência, já que os desertos têm características distintas. O Dubai é diferente da Tunísia e quase se pode dizer que a moto que utilizei na Tunísia não foi a mesma que levei para a Sardenha, o mesmo acontecendo em relação ao Egipto”. Logo na primeira experiência no Lisboa– Dakar de 2006, Hélder Rodrigues logrou um nono lugar, apesar das dificuldades que sentia ao nível da navegação no meio do deserto, mas amadureceu e ganhou competitividade. “Foi uma evolução normal. Quando entrei pela primeira vez no Dakar, era rápido, fisicamente estava bem preparado, mas não entendia nada da corrida e não sabia navegar, a situação mais difícil para quem anda de moto”, reconheceu. “É muito difícil aprender a


navegar e ninguém o consegue num ano ou dois. Senti muitas dificuldades, porque, nas motos, não é a mesma coisa que num carro, onde o piloto tem um navegador com a experiência de muitos anos, conhece o terreno e lê as notas, enquanto nós estamos sozinhos.” Mas a dificuldade foi superada. “Trabalhei muito e, hoje, posso dizer que sei navegar bem, embora possa cometer alguns erros, como todos cometem”, acrescentou Hélder Rodrigues. Quem vê as imagens do Dakar na televisão, não pode deixar de impressionar-se com a velocidade a que rodam as motos mais rápidas, em terrenos muito difíceis, sabendo-se que os pilotos têm de estar atentos às indicações escritas no caderno de itinerários que está colocado no meio do guiador, o que só é possível “graças à experiência e a muito treino”, admitiu-nos Hélder Rodrigues. “Temos de estar sempre muito concentrados, porque, num só dia, podemos mudar três ou quatro vezes de tipo de terreno, e tudo o que está no caderno de itinerários é importante. Depois, temos de decorar a indicação que lemos, para deixar-nos o máximo de tempo para poder olhar apenas para a pista. Se não houver essa capacidade de memorização, temos de estar sempre a olhar para o caderno e é impossível andar depressa.”

ESTRATÉGIAS DEFINIDAS Hélder Rodrigues é, antes de mais, um piloto determinado, que fixa objectivos e estabelece uma estratégia para atingi-los. “Sempre fiz isso desde o meu primeiro Dakar, quando apontei para chegar ao fim no top 10. Nos últimos anos, sabendo que sou rápido e capaz de garantir um bom resultado, tenho decidido não partir muito depressa nos primeiros dias e, depois, vou aumentando progressivamente o ritmo para chegar aos meus objectivos.” Se os resultados têm sido positivos, não deixa de ser uma estratégia de risco, mas tem uma justificação. “Não temos tido uma equipa suficientemente grande” para competir com os principais pilotos oficiais, mas, “este ano, gostava de começar mais forte desde o início e atacar sempre”, admitiu-nos Hélder Rodrigues, embora tudo dependa “dos patrocinadores e dos apoios que possam dar-me para eu poder conseguir esses objectivos, porque, sem reunir todas as condições, é impossível fazer melhor do que fiz no ano passado”. Depois do terceiro lugar conquistado na última edição do Dakar, “gostaria muito de poder melhorar, mas, entre esse objectivo e a realidade, há uma grande diferença, porque, neste momento, ainda não tenho as verbas suficientes para poder pensar que Inverno 2011 25


PARTA À AVENTURA

As motos de todo-o-terreno são uma chave capaz de abrir as portas para pequenas grandes aventuras, mas importa não esquecer a segurança. As protecções são tão fundamentais como umas botas ou um capacete. Nas lojas Optivisão, pode encontrar máscaras Demetz, compatíveis com o capacete, com fivela flexível, mousse termoformada, ecrã esférico simples em policarbonato, para além de permitirem a correcção visual com o kit Opticob.

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será possível conseguir chegar mais à frente. Os meus apoios apenas me permitem pensar em voltar ao Dakar, mas são insuficientes para poder discutir o que quer que seja”. Mesmo assim, Hélder Rodrigues não quer “baixar os braços” e promete continuar a tentar reunir as condições para poder lutar pela vitória, “porque é para isso que trabalho ao longo do ano”. PAIXÃO DE CRIANÇA Esta determinação vem de infância e é alimentada por uma grande paixão pelas motos. “Sempre gostei de motos e, desde os seis anos, sonhava ter uma e, aos oito anos, o meu pai ofereceu-me uma Morini pequenina. Eu não podia andar todos os dias, mas andava nela tantas vezes que, num ano, a destruí completamente. Dei cabo dos pneus, do motor, de tudo o que se pode imaginar...”, recordou Hélder Rodrigues. “Fiquei um ano sem moto, mas o meu pai tinha uma KTM 125 cc, uma moto muito grande para um miúdo tão pequeno como eu. Tinha onze nos e andei muito tempo a namorá-la, até que, um dia, como não tinha força para empurrá-la, pedi ajuda a um amigo e tirei-a da garagem. Arranjei-a e comecei a andar nessa moto pelos caminhos perto de minha casa”, recordou-nos o piloto. Aos catorze anos, “um primo que conhecia o dono da Moto Belas, o pai de António

Oliveira, o campeão de motocross da altura, falou-lhe de mim e o senhor Salgueiro disse-lhe: ‘Ele que venha cá e, se for bom, ponho-o a correr.’” O teste correu bem. “Estava nervosíssimo, cometi algumas loucuras, mas deram-me a oportunidade de começar a competir.” A carreira desportiva começou da melhor maneira. “Na minha primeira corrida do regional de motocross, garanti o segundo lugar”, a mesma posição com que terminou o campeonato. Hélder Rodrigues foi competindo em motocross, “mas acabei por parar porque não tinha nenhuma equipa, nem grandes condições”. Em 1997, “tinha eu dezoito anos, estava a andar de moto numa pista que tinha junto à minha casa e, no mesmo local, o Dr. Pedro Barradas estava a treinar com o filho. Ele desafiou-me para fazer uma corrida de enduro, um sonho que eu tinha desde pequeno, quando via as provas do Miguel Farrajota e do Paulo Marques”. Esta experiência também foi um sucesso. “Ganhei a corrida disputada na Lousa”, acrescentou-nos Hélder Rodrigues. Foi o início de uma carreira que o levou à conquista do campeonato nacional de enduro, em 1999, “e, até 2006, ganhei todos os campeonatos de enduro”, recordou-nos. Fora de portas, “fui terceiro no campeonato do mundo de juniores e vice-campeão da Europa sénior, apesar de não ter ainda idade, e, em 2000, ganhei o mundial de juniores”. Em 2000, já com idade para competir entre os seniores, “comecei a fazer uma carreira internacional no enduro e, em 2002, tive uma temporada extraordinária e contrataram-me para a equipa oficial da KTM, onde estive dois anos”. Para um piloto que chegou ao topo no enduro, o Dakar era o passo seguinte. “Desde 1999 que eu pensava no Dakar, mas não era muito normal para um miúdo dessa idade e, quando estive na KTM, eles nem queriam ouvir falar nisso.” A concretização deste sonho também surge após o desafio de um amigo. “Estava na pista do Pedro Amado, um ex-piloto do Dakar, e ele perguntou-me se eu não ia à prova de 2006, tanto mais que a partida era de Lisboa. Ele fez tanta força que eu comecei a tratar das coisas e conseguiu reunir as condições para fazer a prova com o Bianchi Prata.” Estava lançada uma nova fase da carreira de Hélder Rodrigues, o único piloto de motos português que venceu dois campeonatos do mundo da Federação Mundial de Motociclismo.



olharclínico

Saiba mais sobre

lentes de contacto As lentes de contacto são uma excelente alternativa ao uso de óculos, mas há muitos aspectos que devem ser ponderados antes e depois de assumir a sua utilização, como nos referiu o optometrista Henrique Nascimento POR RUI FARIA

28 Inverno 2011


As lentes de contacto são uma solução ou apenas uma vaidade? Podem ser uma solução ou uma vaidade, mas podem dar ambas as respostas. Onde está a solução e onde começa a questão da vaidade? A solução surge em determinados casos onde a melhor resolução para garantir a compensação óptica passa pela adaptação de uma lente de contacto e a pessoa tem mais benefícios em usar lentes de contacto do que óculos; mas posso admitir que as situações em que o uso de lentes de contacto é uma mais-valia pode rondar os 30% e o restante passa por questões estéticas e pelo amor próprio de cada um. A evolução das lentes de contacto tem sido grande. O que é que realmente mudou? Quase posso dizer que, hoje, é demasiado fácil para qualquer pessoa usar lentes de contacto. A evolução foi tão grande que, actualmente, estão disponíveis produtos que, há cerca de quinze anos, seriam impensáveis. A evolução do conceito das lentes descartáveis, por exemplo, permitiu uma massificação e essa situação exige cuidados, porque se criou a ideia errada de que um tipo de lentes de contacto pode servir para todos os casos, o que não é bem assim. Os olhos diferem muito de pessoa para pessoa, o que exige uma adequação correcta e personalizada, que deve ser feita por um optometrista, já que é uma questão muito importante para dar a melhor resposta em termos da saúde ocular. Como é que um indivíduo pode saber se pode, ou deve, usar lentes de contacto? Essa uma questão muito importante, porque o uso de lentes de contacto deve ser sempre antecedido por uma consulta

Ideal para um estilo de vida actual: muitas horas de uso, ambientes secos e lágrimas com pouca qualidade. São ainda ideais para pacientes com intolerância às soluções de manutenção e tem uma excelente manipulação e comodidade ao longo do dia.

de um técnico especializado, seja ele um optometrista ou um oftalmologista, pois só eles podem responder correctamente a essa pergunta. Embora, na maioria dos casos, as pessoas possam ou devam recorrer a lentes de contacto, também há casos em que não podem ou não o devem fazer, pelo que só exames específicos é que podem dar respostas correctas. Para além disso, quem usa lentes de contacto deve ser sempre acompanhado, porque eu posso colocar umas lentes numa pessoa e a adaptação até pode ser fácil, mas, com o passar do tempo, essa lente pode vir a criar algum problema, pelo que a monitorização regular é fundamental. É por isso que lamento que, no nosso país, não haja nenhum tipo de legislação sobre a utilização de lentes de contacto, um problema que é muito mais abrangente, tanto mais que, hoje, até é possível comprar medicamentos pela Internet. Que passos devem seguir-se quando se equaciona a hipótese de usar lentes de contacto? Se essa pessoa já usa óculos, está farta deles e quer passar a usar lentes de contacto, deve começar por fazer uma consulta com um especialista, que lhe dará a resposta sobre as vantagens ou os inconvenientes que podem surgir com o uso das lentes de contacto. Tanto os optometristas como os oftalmologistas são as únicas pessoas com capacidade para fazer essa avaliação, bastando dizer que um dos grandes campos da optometria passa pelo estudo da aplicação de lentes de contacto, o que nos dá uma vasta informação sobre a utilização e as implicações que os diversos tipos de lentes de contacto podem ter em termos da saúde ocular. A proliferação de tipos de lentes de contacto é uma realidade... É verdade, mas o que a maioria das pessoas desconhece é que, apesar de haver uma grande oferta de lentes descartáveis, na maior parte dos casos, as principais características dessas lentes são exactamente iguais. Por isso, o problema não passa por saber se devemos adoptar a lente A ou a lente B, mas sim escolher a lente que pode beneficiar o utilizador. Não é uma questão de qualidade dos produtos, porque essa está garantida pela aprovação de organismos como a FDA norte-americana, ou até da geometria das lentes; a principal questão é saber se elas vão resolver os problemas, já que eles são muito variados. Temos de atender ao facto de saber se há falta de lágrima e se essas lentes podem ser prejudiciais ou não, se a lágrima não tem qualidade, se há algum keratoconus (desordem degenerativa) e se há ou não vantagem no uso das lentes. Há muitas coisas que dever ser estudadas em cada caso. A utilização diária das lentes está muito associada aos ambientes em que vivemos. O ar condicionado, o tabaco e a poluição exigem cuidados específicos? Esse tipo de ambientes é muito negativo para quem usa lentes de contacto e a lágrima é muito importante, tendo duas vertentes: a quantidade de lágrima produzida é tão relevante como a sua qualidade, já que há pessoas que têm uma boa produção de lágrima, mas a sua qualidade, em termos aquoso e lipídico (o que garante a lubrificação do olho e até a sua capacidade para não se evaporar rapidamente), pode não ser suficiente. Há muitos parâmetros importantes a este nível, porque é a lágrima que garante a protecção do olho ao corpo estranho que é a lente de contacto e, se ela não actuar de forma eficaz, vão surgir problemas a médio ou a longo prazo. Quais são os grandes cuidados de um utilizador de lentes de contacto? Para além da consulta com o especialista determinar, havendo vantagens na utilização das lentes, qual o tipo que deve ser escolhido nos dois grandes grupos (rígidas ou descartáveis), ele também pode indicar os principais cuidados que devem ser observados, que passa pelas soluções de limpeza, e o tempo de utilização que deve ter das lentes ao longo do dia, respeitando os períodos de descanso indicados para cada pessoa, já que eles são muito variáveis. É muito importante que cada um cumpra as indicações individuais que lhes são dadas, já que há situações que se podem tornar dramáticas. Há pessoas que usam água para poupar no líquido de manutenção, não substituem periodicamente os estojos onde guardam as lentes ou não os limpam de forma adequada, e esses casos são focos de instabilidade para a saúde ocular. l Inverno 2011 29


olhara actualidade

SMARTPHONE UM ASSISTENTE PESSOAL AO SEU SERVIÇO Quem disse que, num “dia de loucos”, não consegue gerir, sem problemas, a sua vida profissional e resolver problemas pessoais? Só tem mesmo de ter à mão um smartphone POR SUSANA ESTEVES (SHIFT DIGITAL) Nos primeiros três meses deste ano, foram vendidos, em Portugal, 1,36 milhões de telefones móveis. Porém, “falar ao telefone” é, talvez, das coisas que as pessoas, hoje, menos fazem. Como se justifica, então, este número, especialmente numa altura de contracção económica? Os tradicionais telemóveis há muito que deixaram de ser exclusivamente equipamentos usados para fazer chamadas de voz. Hoje em dia, são ferramentas de trabalho, acessórios de moda, objectos que 30 Inverno 2011

traduzem status, autênticos sistemas de chat, máquinas fotográficas, câmaras de filmar, leitores de música… Quase minicomputadores que ajudam os consumidores a gerir tanto a sua vida profissional, como a pessoal. Contudo, nem só de iPhones e de equipamentos que custam mais de quinhentos euros vive o mercado. Com mais ou menos funcionalidades, maior ou menor qualidade, existem smartphones para todos os bolsos à venda em qualquer espaço

comercial. E, se estes não trouxerem de origem tudo aquilo de que precisa (e não precisa), as lojas on-line de aplicações colocam à disposição um sem-número de soluções de software para todos os gostos. Basta clicar e instalar, uma vez que existem milhares de aplicações totalmente gratuitas que fazem de tudo um pouco. Hoje em dia, qualquer pessoa que possua um smartphone, ou um tablet, poderá gerir totalmente a sua vida, independentemente do local onde se encontra. Não acredita?


7:00 Acordar com a voz “quente” de Michael Bubble ao ouvido dá outro ritmo ao nosso dia. Para além de poder acordar com a música de que mais gosto, a aplicação Despertador Extreme permite definir quanto tempo quero que o despertador toque e a intensidade do volume (que pode ser crescente). Para além disso, já nem preciso de andar à pesca do botão de desligar, basta pegar no telefone e agitá-lo para ele parar de tocar. Maravilhas da tecnologia.

8:00 É hora da corrida matinal. Os afazeres são muitos, mas, para o momento saudável do dia, tem de haver sempre tempo. O telefone vai atrás, não só porque tenho de manter-me sempre contactável, mas também porque é o meu personal trainer e leitor de MP3. A aplicação Nike + GPS ajuda-me a contar os quilómetros percorridos e também a traçar o trajecto no mapa, a contar as calorias perdidas e a controlar o meu ritmo cardíaco.

9:45 A caminho de uma reunião importantíssima com um cliente, o carro simplesmente pára na auto-estrada. Mecânica não é o meu forte. Pego no telefone, acedo à aplicação iBrisa e envio um pedido de SOS. Enquanto espero pela equipa de apoio, aproveito e, uma vez que tenho a aplicação aberta, marco a inspecção do meu carro na Controlauto. Dois ou três cliques é o suficiente. Menos um problema para resolver.

11:00 Carro funcional, mas reunião perdida. Através da aplicação VTok – Google Talk, entro em videoconferência com o cliente. A reunião decorre sem problemas. Os documentos necessários para levar para o congresso de hoje, em Madrid, são-me enviados por e-mail. São precisas algumas alterações, mas nada que não possa ser feito através do Quick Office Pro que tenho instalado no telefone. Este software permite não só aceder e ler todo o tipo de documentos do Office, como também editá-los.

12:30

23:00

Já em casa, uma visita à aplicação do Continente Chef On-line dá-me logo uma ideia do que posso fazer para almoçar. Cozinhar não é o meu forte, mas esta aplicação mostra, passo-a-passo, em vídeo, o que tenho que fazer.

Antes de adormecer, agendo uma série de tarefas e lembretes para o dia seguinte, aproveito para marcar uma consulta através do site do hospital e para ler um livro através da aplicação iBooks.

13:30

Este é apenas um exemplo do que podemos fazer com um smartphone. O universo das aplicações móveis é vastíssimo e incluiu muitas opções para a área de jogos, entretenimento e multimédia que nem mencionámos.

Através da aplicação Páginas Amarelas, encontro o número dos táxis. A caminho do aeroporto, aproveitei para pagar o telemóvel, a conta da água e para fazer uma transferência bancária através do MB Phone, a aplicação que disponibiliza no telefone todos os serviços de uma caixa multibanco.

14:00 Acedo à aplicação da TAP para confirmar a porta e o terminal de embarque. Há muito que viajo sem bilhete físico. O bilhete está no smartphone e a única coisa que tenho de fazer é passar na porta de embarque com ele.

16:00 A minutos de fazer a apresentação num congresso em Madrid, a pen drive deixa de funcionar. No smartphone, vou à minha conta na Dropbox e retiro o powerpoint que tinha preparado.

19:00 Porque o roaming está caro, aproveitei a rede wi-fi para contactar com a família e os amigos sem pagar um cêntimo. Telefonei através do Skype e do Viber, e acedi ao WhatsApp Messenger para enviar a alguns familiares umas fotografias e vídeos de Madrid, conversar por chat com uma amiga e mandar um recado de voz a um colega de trabalho. Tudo, de forma fácil, rápida e gratuita. Enquanto espero pelo avião, vejo um filme no telefone.

21:00 De regresso a Lisboa, pego no smartphone e dou um “salto” à Telepizza. A piza está encomendada e vai chegar a casa à hora combinada. A aplicação Farmácias de Portugal diz-me, com base na minha localização, qual a farmácia de serviço mais perto. Como a localização é mostrada no mapa, é só seguir as indicações. Já no táxi, a caminho de casa, aproveito para fazer umas compras de última hora no Jumbo.

Nota: Este texto foi feito com base nos sistemas iOS e Android. Inverno 2011


olharo perfil

32 Inverno 2011


STEVE JOBS ÍCONE DA ERA DIGITAL Os óculos redondos marcaram a imagem de Steve Jobs, um visionário que inovou com produtos que alteraram a indústria e modificaram os hábitos das pessoas, apesar da sua imagem ter estado sempre próxima da de uma estrela do rock. POR RUI FARIA

A irreverência e o inconformismo marcaram a vida de Steve Jobs. É certo que ficou para sempre conotado com o sucesso e o seu nome surge misturado com os dos grandes pioneiros da era digital, destacando-se como um protagonista da indústria contemporânea e da economia deste milénio. No entanto, a sua história tinha todos os ingredientes para acabar mal. Nascido de uma relação entre um sírio e uma norte-americana, foi adoptado por Paul Jobs e pela sua mulher, Clara, logo após o nascimento (São Francisco, 24 de Abril de 1955). Em 1972, entrou para um colégio, que abandonou alguns meses depois. A sua grande paixão era a Informática, tendo pirateado cabines telefónicas públicas para falar em rede com os amigos. Em 1974, ingressou na Atari, de Nolan Bushnell (outro grande nome da tecnologia), onde conheceu Steve Wozniak, que começou por tornar-se num amigo e, mais tarde, num sócio. Ambos trabalharam na lógica do Breakout (um videojogo de sucesso) e ambos saíram em 1976, para fundar uma empresa cujo nome Steve Jobs foi buscar a uma canção dos Beatles: Apple. Um ano depois, lançaram o primeiro produto Apple, ganharam o primeiro milhão de dólares e, graças ao sucesso de outras versões da mesma plataforma, a Apple passou a estar cotada na bolsa. Nos anos 80, a empresa decidiu ir mais longe ao nível da facilidade de utilização e aposta forte num novo produto informático, simples e lógico para o utilizador. Surgiu o Lisa, um novo computador que Jobs terá baptizado com o nome de uma filha que não quisera assumir após o nascimento. Tão eficaz como caro, o Apple Lisa não se afirmou no mercado, mas lançou a sementes para o Macintosh, que viria a afirmar-se por apostar mais na facilidade de utilização do que nos conhecimentos informáticos dos seus utilizadores. O Mac foi um sucesso comercial, tanto mais que passou a propor várias e interessantes aplicações, embora esse sucesso não lhe permitisse ultrapassar os gigantes do sector, o que só veio a acontecer quando propôs o primeiro sistema operativo Wimp. Nessa altura, deixou de ser olhada como uma marca de nicho. O crescimento rápido provocou uma revolução na empresa. Wozniak abandonou a Apple e John Sculley, que assumira o cargo de administrador delegado, afastou Steve Jobs, acusando-o da responsabilidade pela quebra nas vendas. O despedimento acabou por ser uma nova oportunidade e Steve Jobs criou a NeXT, com o objectivo de desenvolver um computador topo de gama para aplicações profissionais. Apesar de o novo produto contar com leitores ópticos e CD-Rom, enquanto os concorrentes ainda utilizavam disquetes de cinco polegadas, Steve Jobs não conseguiu bater a compatibilidade dos PC nem o seu preço muito mais reduzido. Apesar do flop, este trabalho acabou por dar resultados, tendo sido como a antecipação do sistema MacOs X. Em 1986, Steve Jobs deu uma volta à vida. Comprou a Pixar à Lucasfilms, assumindo a empresa que produzia filmes de animação digital e, numa década, revolucionou o cinema,

introduzindo no mercado a banda desenhada electrónica com o sucesso que teve o filme Toy Story, em 1995. REGRESSO À APPLE Enquanto isto, os negócios da Apple não corriam pelo melhor. Steve Jobs vendeu a Pixar à Disney e regressou para reconquistar o controlo da empresa, utilizando o sistema operativo NeXT para revolucionar os produtos Mac, ao mesmo tempo que recriou o conceito do computador portátil e revolucionou a oferta e o design. O boom comercial foi assinalável, tendo sido marcante a adopção do sistema MacOs X em 2001. Surge depois o grande ícone digital do século XXI, o iPod, que começou por ser um mero reprodutor de música digital para tornar-se num instrumento que revolucionou a indústria da música, que passou a ser distribuída via Internet, algo que culminou em 2010 com a entrada dos Beatles no catálogo da iTunes, terminando com décadas de litígio entre a Apple Computer e a Apple Records, que discutiram, desde sempre, a propriedade do nome. Em 2007 a Apple deixou de ser apenas um produtor de computadores e, depois do sucesso do iPod, surgiu o iPhone, que, apesar do seu preço, bateu recordes de vendas, passando a ser um objecto de culto. Durante toda esta revolução, o estado de saúde de Steve Jobs foi-se deteriorando e, em 2009, recebeu um transplante de fígado. Tim Cook assumiu a gestão da Apple, mas, no início de 2010, Steve Jobs voltou a subir ao palco para apresentar um novo produto. Quando mostrou o iPad, Steve Jobs citou Mark Twain, “as indiscrições sobre a minha morte são claramente exageradas”, disse. O sucesso do iPad foi imediato e os lucros das aplicações vendidas nas Apple store foram tremendos. Em Março deste ano, Steve Jobs voltou a surpreender o Mundo com a apresentação do iPad 2, mas, desta vez, não falou da sua saúde. No dia 25 de Agosto, escreveu uma carta de despedida a todos os funcionários da Apple e acabou por morrer no dia 5 de Outubro de 2011, em Palo Alto, na Califórnia. l Inverno 2011 33


olharo grupo

Optivisão fez a festa A esplanada do Coconuts, virada para o mar, às portas de Cascais, num fim de tarde magnífico que se prolongou por uma noite aprazível, foi o cenário para um desfile que serviu para mostrar as novas colecções de óculos de Pepe Jeans, Hello Kitty e Moss, e mostrar as tendências de moda com as assinaturas Pepe Jeans e Hello Kitty. Para todos os presentes, foi uma noite que ficará na memória...

Pepe Jeans

Ambiente Carl Zeiss

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Moss

Pepe Jeans Moss Inverno 2011 35


Andreia Rodrigues escolhe os seus 贸culos

Moss

Hello Kitty

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olharindiscreto Última viagem: Nova Iorque.

Destino perfeito: Rio de Janeiro, Australia

O carro de sonho: O meu, tenho um BMW.

Nos tempos livres: Ginásio

Eu sou assim...

Os segredos de Andreia Rodrigues revelados na primeira pessoa...

Peça favorita: Mala estilo Dandy

O melhor presente que recebeu: Um relógio

Cor que não passa de moda: Castanho

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O que traz sempre na carteira? “O meu telemóvel, os meus óculos de sol e hidratante para os lábios.” Nunca sai de casa sem... “Os meus telemóveis.” Uma peça favorita da nova estação: “Uma mala estilo dandy.” Qual a cor que não passa de moda? “Há muitas, por exemplo, o preto, o castanho...” Essencial para os olhos: “Uns bons óculos de sol.” Sinónimos de sexy: “Acho que uma mulher sexy é também uma mulher que sabe estar, que se produz com cuidado e sem excessos. Uma mulher sexy é uma mulher que tem atitude. Para mim, a sensualidade está, e muito, na inteligência de uma mulher. Para terminar,

tenho de falar do olhar... Há olhares fortíssimos e isso é sexy.” Um defeito: “A falta de paciência e a urgência com que vivo as coisas... Mas estou bem melhor.” Uma vaidade: “Não sou muito vaidosa. No entanto, gosto de vestir-me bem. Porém, aquilo que me deixa mais vaidosa é, sem dúvida, o meu trabalho. Apesar de estar consciente de que tenho muitíssimo que aprender, tenho orgulho no que faço.” Qual foi o melhor presente que recebeu? “Não foi só um. [Risos] Acima de tudo, foram especiais, mas gostei muito de um relógio.” Qual a sua última compra? “Um perfume.” Na mesa de cabeceira...

“O meu telemóvel, que serve de despertador, e um livro.” Qual a sua última viagem? “Nova Iorque.” Drama, comédia ou musical? “Drama e comédia... Mas adoro música.” Gostava de trabalhar com... “Com quem trabalho.” O carro de sonho: “O meu. Tenho um BMW.” Um destino perfeito: “Rio de Janeiro, Austrália...” Nos tempos livres... “Ginásio, ler, ver televisão e, às vezes, gosto de não fazer nada. [Risos] Isto porque é raro ter tempo livre.” Andreia rima com... “Ideia. Ando sempre cheia de ideias.” l


olhara acção

DESAFIO EM 2 RODAS As bicicletas estão de volta ao nosso dia-a-dia e podem ser uma forma aliciante de passar um dia diferente em família ou em companhia dos amigos. É esta a proposta da Rent a Fun...

OUTRAS ALTERNATIVAS

Lisboa está muito longe de ser a única cidade portuguesa onde pode encontrar bicicletas eléctricas para alugar. Experimente ir ao Google e fazer uma busca por “aluguer de bicicletas eléctricas + o destino pretendido” e ficará surpreendido com a quantidade de respostas que vai encontrar. Por isso, seria exaustivo fazer uma lista de todas as possibilidades, embora seja curioso destacar que, em Sintra, na Torre do Relógio, pode alugar uma bicicleta por trinta euros, o que dá ainda direito a entrada nos parques de Monserrate, Capuchos e Pena e no Castelo dos Mouros. Em Águeda, este serviço é assegurado pela câmara municipal e o preço é de apenas dois euros para um seguro de acidentes pessoais.

As vias cicláveis estão a crescer um pouco por todo o país e particularmente em Lisboa, onde se vêem algumas pessoas as deslocar-se de bicicleta, para já não falar de muitos que aproveitam o fim-de-semana para fazer exercício. No entanto, para quem não tem bicicleta, há alternativas curiosas que permitem um passeio diferente ou ver a cidade numa perspectiva completamente nova. A Rent a Fun é uma empresa sedeada no velho Bairro de Alfama (na Rua Cais de Santarém) que propõe o aluguer de bicicletas convencionais, mas também equipadas com um pequeno motor eléctrico, capaz de ajudar os menos musculados a escalar as sete colinas da cidade sem a exigência física de um “prémio da montanha” na Volta a Portugal... Esta empresa, criada por gente jovem e activa, permite o aluguer das suas bicicletas por meio-dia ou durante o dia inteiro, mas também disponibiliza guias para passeios que permitem (re)visitar locais mais ou

menos esquecidos de Lisboa. O programa Go 7Hills propõe a visita às sete colinas e subir ao Miradouro do Senhor do Monte (Graça), passar pelo Torel e pela Penha de França, para espreitar o Miradouro do Monte Agudo, acabando por ser mais fácil do que parece, mesmo para quem pensa que já não tem “canetas” para estas andanças. As propostas são muito mais variadas e permitem passear por Lisboa à noite ou atravessar o Tejo num velho cacilheiro para ver o belo panorama de Lisboa na margem sul do rio. Em qualquer dos casos, os guias estão presentes para ajudar e para marcar o ritmo mais adequado a cada grupo, que pode sempre escolher um local para retemperar forças, como uma esplanada, ou até para almoçar num restaurante recomendado. Rent a Fun Rua Cais de Santarém, 34, Alfama, Lisboa Tel. 92 414 27 85/21 888 81 29 www.rentafun.com Inverno 2011 39


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REGRESSO

À BELLE ÉPOQUE

O Vidago Palace Hotel é um local ideal para namorar, descansar e retemperar forças, num ambiente que nos remete para o glamour feito do bom gosto e de requinte que marcaram os anos loucos da Belle Époque... POR RUI FARIA


Fotografia: Pedro Sampayo Ribeiro

O Vidago Palace Hotel tem tudo para encantar. Quem chega, é imediatamente conquistado pela monumentalidade de um edifício cujas origens remontam ao traço inicial do arquitecto Ventura Terra, figura marcante do início do século XX. A grandiosidade do projecto é tão cativante hoje como o foi no tempo do Rei D. Carlos, o soberano que nunca chegou a visitar o Palace por ter sido assassinado a 1 de Fevereiro de 1908. Curiosamente, a inauguração ocorre a 6 de Outubro de 1910, no dia seguinte à Implantação da República, o que não impediu que o hotel se tenha afirmado como destino de eleição para a aristocracia portuguesa e estrangeira. Um relato da época, publicado na Ilustração Portuguesa, referia que «havia, em cada andar, uma secção de banhos de imersão e duche. Além disso, não há sala ou quarto, na enorme vastidão do edifício, que não tenha telefone, comunicando com a central, que fazia as ligações, com o pessoal da casa ou qualquer outra sala ou outro quarto. Os telefones, representando uma inovação nos hotéis portugueses, constituem uma raridade mesmo em hotéis no estrangeiro». Porém, o Palace não sobreviveu à erosão do tempo. Foi perdendo brilho e clientes nos anos 60, enquanto envelhecia e se

degradava ao mesmo ritmo em que cresciam os cedros, os plátanos, os pinheiros e os azevinhos que se espalham pelo vasto parque que se estende por dez hectares. O bosque foi-se transformando no esconderijo para o vetusto Palace, que parecia ter uma morte anunciada, mas sempre adiada. Chegou aos cem anos e o centenário ofereceu-lhe a salvação. A UNICER tomou conta do espaço e apostou na recuperação de uma jóia que parecia perdida. Neste contexto, surgiu Grace Leo, a quem foi colocado o desafio de salvar o moribundo. A fundadora da GLA Hotels (projectam e gerem hotéis de luxo por todo o Mundo) apercebeu-se das características de um projecto quase místico, que caracterizou com um conto de fadas onde cabia “ao príncipe despertar a bela adormecida”. Tal como acontece nos contos de fadas, o final acabou por ser feliz, mas, para que tal tenha acontecido, foi necessário recorrer a vários “príncipes” para acordar a “bela adormecida”. Para a recuperação de um edifício que evoca o nome de Ventura Terra, não poderia haver melhor alternativa do que Siza Vieira, que também assumiu o projecto do novo spa. A decoração dos interiores foi entregue aos arquitectos José

O aspecto majestoso do Palace tem uma correspondência natural no seu interior. As fontes do parque (em cima) parecem casas dos “sete anões”

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olharo horizonte ONDE COMER

A grande sala do restaurante foi um ponto de encontro para grandes nomes nos loucos anos 20. Foi um local onde era importante “ser visto”. nos anos 50/60. Hoje, é um local de refêrencia no hotel (à direita). Chaves é uma cidade onde é impossível esquecer as memórias do passado (em baixo).

Vidago Palace Hotel O restaurante do hotel tem um código para o vestuário, mas, apesar dos cuidados com a etiqueta, vale a pena desfrutar das iguarias do chef basco Jesu Sodano-Martin, que alia a criatividade da cozinha contemporânea com sabores tipicamente transmontanos.

ADEGA DO FAUSTINO Travessa do Olival, Chaves Tel. 276 322 142 Encerra ao domingo. Já foi uma verdadeira adega e os tonéis que ainda lá permanecem recordam outros tempos. Hoje, é uma referência na gastronomia regional, onde há mais opções para entradas do que o estômago será capaz de conter. Para além disso, vale a pena provar o delicioso bacalhau assado ou os pratos com base na deliciosa vitela barrosã.

CASA DE SOUTO VELHO EN 311, Praia de Vidago, Chaves Tel. 276 999 250 É melhor reservar. É o reino de D.ª Eufrásia, que alia a frescura dos legumes que chegam directamente da horta a ingredientes com sabores que já se perderam nas grandes cidades. A cozinha é regional, mas as propostas tão apelativas como o galo com míscaros ou o arroz de pica-no-chão (cabidela).

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Pedro Lopes Vieira e Diogo Rosa Lã, que, sendo fiéis ao espírito Belle Époque do edifício, restauraram os soalhos com madeiras iguais às originais, preservaram a magnífica escada monumental em madeira que marca o lobby, cobrindo-a com requintados tapetes de Beiriz (tecidos de acordo com os desenhos da época os quais foram recuperados na tecelagem), recorreram a madeiras raras, como o paurosa, para realizarem algumas peças de mobiliário e adquiriram inúmeras antiguidades. As madeiras exóticas, as tapeçarias e o mobiliário garantem o conforto dos hóspedes, da mesma forma que o mármore e a elegância dos grandes espaços comuns nos transportam para o glamour do passado, como acontece na sala dos pequenos-almoços, onde a beleza do piso de mármore e a beleza dos candeeiros venezianos nos deixam sem saber para onde olhar primeiro, para já não falar na elegância das pastilhas Fantini que decoram a ala direita, ou a exclusividade dos papéis de parede De Gournay, pintados à mão. O cuidado com o detalhe é sublimado na Sala das Quatro Estações, um dos mais belos espaços comuns, onde a iluminação faz com que este hotel seja tão acolhedor, como luxuoso.

Espaços comuns não faltam. Vale a pena passar pelo bar do hotel (também há bares no spa e no golfe), onde há publicações em quase todas as línguas, desfrutar da esplanada (se o tempo permitir) e não perder o restaurante onde “oficia” o chef basco Jesu Sedano-Martin (passou pelo famoso Ivy em Londres e pelo Eurostars Madrid Tower Hotel). As propostas do chef têm um carácter mediterrânico e a originalidade de pratos como as vieiras grelhadas com alheira de Mirandela, feijão -verde, pó de laranja e alecrim, ou o polvo assado com rúcula e avelãs torradas deve ser saboreada. A intimidade dos quartos é feita de espaço, cor, conforto e requinte, sublinhado pelas tapeçarias de Beiriz. As chaises-longues são convidativas e as casas de banho, enormes. Todos os quartos têm vista para o bosque, mas não há melhor do que aqueles que têm acesso directo ao parque. O bosque que cerca o Palace mais parece o reino da Branca de Neve. Nesta época do ano, o dourado dos plátanos centenários contrasta com o verde dos majestosos pinheiros e as folhas atapetam os caminhos da “floresta” onde as edificações das fontes ao estilo Belle Époque quase fazem lembrar a casa dos sete anões. O espaço é tanto que convida a passear sem rumo nem


direcção, ao ritmo do romance ou da amena cavaqueira. Só as aves quebram o silêncio do vale entre montes, onde, em 1936, foi construído um campo de golfe de nove buracos com a assinatura de Ross MacKenzie. A renovação do Palace dilatou o campo que, hoje, conta com dezoito buracos de beleza ímpar. Para os amantes do jogo, o percurso é imperdível e, depois de um jogo, não há nada melhor do que uma passagem pelo spa, que propõe os mais diversos tratamentos com a assinatura Aromatheraphy and Associates e MCCM Medical and Cosmetics. Mais de um século depois de o Palace ter conquistado os redactores da Ilustração Portuguesa, o novo Palace caiu no goto dos jornalistas da revista norte-americana Traveller, propriedade da Condé Nast, que o colocou na sua hot list. FORA DE MUROS Chaves está a dois passos. Os romanos desfrutaram das suas águas termais e chamaram-lhe Aquae Flaviae. Terra rica em ouro, foi conquistada por suevos, visigodos e mouros antes da fundação da nacionalidade. A ponte romana que cruza o Rio Tâmega foi construída nos tempos do Imperador Trajano (100 d.C.) e continua a dar acesso a uma cidade onde a Praça de Camões é o epicentro da zona histórica e a sua torre, do século XIV, é a única recordação do castelo de D. Nuno Álvares Pereira, a quem D. João I deu “as Chaves do norte”. Vale a pena conhecer a Igreja Matriz, com o seu belo portal românico, ou visitar o palácio dos Duques de Bragança, onde funciona o pequeno museu da região flaviense. Nas instalações termais, ficam as nascentes das águas mais quentes da Europa, que saem, borbulhantes, da terra a mais de 70º C. Chaves é uma terra onde se come bem e os seus presuntos gozam de uma fama perfeitamente justificada. Depois de um bom almoço, vale a pena partir à descoberta dos arredores numa paisagem feita de verde e marcada pelo rumor dos riachos que correm a caminho do Tâmega. Para noroeste, fica o curioso Penedo do Outeiro, um megálito com cerca de cinquenta metros de comprido, cheio de símbolos celtas, cujo significado é desconhecido. Perto de Bolideira, outra grande pedra, esta, partida ao meio, tem a curiosidade de oscilar ao mais pequeno empurrão, apesar das suas grandes dimensões. l

COMO IR

ONDE FICAR

Vidago está a quinze quilómetros de Chaves, a 45 quilómetros de Vila Real, a 140 quilómetros do Porto e a 460 quilómetros de Lisboa Os principais acessos rodoviários são: Do Porto A4/IP4 até Vila Real/EN2 em direcção a Chaves. Ou A7 até Vila Pouca de Aguiar e A24 em direcção a Vidago De Lisboa A1 até ao Porto; A4/IP4 até Vila Real/EN2 em direcção a Vidago. Ou A1 até à saída de Viseu; IP3/A24 em direcção a Vidago.

Vidago Palace Hotel Parque de Vidago Tel. 276 990 920 www.vidagopalace.com São setenta quartos num ambiente de requinte num “palácio” cujo restauro rondou os 48 milhões de euros. Conta com um restaurante, bares, spa, piscinas interior e exterior, campo de golfe com uma elegante club house, onde também são servidos almoços.

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Localizado a cerca de uma hora do Porto e a quinze minutos de Chaves, este emblemático hotel abriu pela primeira vez em 1910. Cumprido o seu cent enário, renasce totalmente reconstruído e remodelado, preservando a herança arquitectónica dos edifícios e volta a afirmar-se como uma referência entre os resorts históricos da Europa. Setenta quartos e suites, um campo de golfe de dezoito buracos e um spa com vinte salas de tratamento numa nova ala modernista, projectada pelo arquitecto Siza Vieira. O spa recorre à utilização da água mineral de Vidago e apresenta a assinatura da Clarins e Aromatheray & Associates.

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new york yankees Os New York Yankees são uma das mais famosas equipas da norte-americana Major League Baseball (MLB), onde competem há cerca de 150 anos com grande sucesso desportivo. O campeonato movimenta multidões nos Estados Unidos e, actualmente, há trinta equipas a competir na MLB. Quase todas se afirmaram como marcas de prestígio e, algumas, como ícones da moda norte-americana, como aconteceu com os New York Yankees, que apostam em produtos com uma ligação muito forte à cultura do país. O melhor exemplo são os bonés NY, reconhecidos em todo o Mundo e vistos como parte integrante da cultura jovem, mas os New York Yankees produzem muitos outros produtos, com destaque para os óculos, que assumem um estilo urban chic. Produzidos com matérias de alta qualidade, são elegantes no design, mostrando sempre o monograma NY, colocado de forma subtil. São excelentes opções para homens jovens, embora muitos dos seus modelos tenham um carácter unissexo. A nova colecção de óculos NY aposta num look vintage, marcado pela sobriedade e pela elegância, o que lhe confere a harmonia da cor e da forma. Utilizando celulose na parte frontal, contam com hastes com metal lacado e um design inspirado nos tacos de baseball. No nosso país, estão disponíveis em três cores: preto, preto e tartaruga, e cinzento. l

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