October Doom Magazine #64

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LANÇAMENTOS + RESENHAS + SHOWS + MATÉRIAS + ENTREVISTAS

ANO II Nº64

MAGAZINE

TAMBÉM NESTA EDIÇÃO

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VEM AÍ O SEGUNDO VOLUME

Coletânea da October Doom Magazine, em parceria com a Stoned Union Doomed Bandas que lançaram álbuns ou EP's a partir de julho de 2016 CONTATE-NOS PELO EMAIL CONTATO@OCTOBERDOOM.COM

#FeelTheDoom 2


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Nº NOV/2016

By October Doom Entertainemnt

A October Doom Magazine é resultado da parceria e cooperação de alguns grupos e iniciativas independentes, que trabalham em função de um Underground Brasileiro mais forte e completo, além de vários individuos anônimos que contribuem compartilhando e disseminando este trabalho. EDITOR CHEFE: Morgan Gonçalves COLABORADORES NESTA EDIÇÃO: Fabrício Campos | Cielinszka Wielewski | Matheus Jacques | Jenny Sousa | Gustav Zombetero | Merlin Oliveira | Raphael Arizo | Leandro Vianna | Billy Goate | Rafael Sade | Erick Cruxen | Amilton Jr | Aaron Pickford | André Nespoli EDITOR DE ARTE:

Márcio Alvarenga | noisejazz@gmail.com issuu.com/octoberdoomzine/ Facebook.com/OctoberDoomOfficial octoberdoom.bandcamp.com/ COLABORADORES:

/FuneralWedding //DoomedStoned

/SUDORDER

/A-Música-Continua-a-Mesma

EDITORIAL O valor do underground brasileiro

F

azer uma revista focada em um gênero no qual o Brasil (ainda) não é referência é um grande desafio. Quando se fala em stoner, sludge ou doom metal, dificilmente a primeira banda que vem à sua cabeça é de um grupo brasileiro, e isso precisa mudar. A October Doom Magazine é uma revista de amplo alcance, com leitores em vários países, mas nós somos “made in Brazil”, e isso precisa significar algo. Nosso país tem se tornado um fértil celeiro para bandas de stoner, sludge e doom metal, que só não alcançam proporções internacionais dado o tradicionalismo alimentado pelo dogma de que só os EUA e a Europa são capazes de alcançar elevados níveis de qualidade sonora, e isso não é verdade. Por isso, depois de uma ou outra sequência de capas e reportagens especiais com alguns dos maiores nomes do underground mundial, é essencial que redefinamos nosso foco e olhemos com mais atenção para o cenário nacional. Essa é a forma que definimos para apoiar estas bandas incríveis e profissionais que temos dentro das nossas fronteiras, com o intuito de expô-las ao mundo. Nesta edição, da capa à agenda do mês, trouxemos as melhores entrevistas, resenhas e matérias que nossos leitores poderiam querer. Então, mergulhem em cada conteúdo e deixem-nos saber de quais vocês mais gostaram, de quais menos e, acima de tudo, sintam-se parte dessa edição, porque ela foi feita para cada um de vocês.

É essencial que redefinamos nosso foco e olhemos com mais atenção para o cenário nacional.”

/The-Sludgelord

Obrigado e Boa Leitura. CONTATO:

contato@octoberdoom.com

MORGAN GONÇALVES Facebook.com/morgan.goncalves.1 EDITOR CHEFE


SUMÁRIO RESENHA

42 ENTREVISTA + resenha

46 ESPECIAL

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RESENHA

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RESENHAS

ALBUM DO MÊS NOV2016

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ENTREVISTA CROBOT

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RESENHA

SELF-HATRED

30 ENTREVISTA + RESENHA


ENTREVISTA + resenha PEDRO SALVADOR GUITARRA - NECRO

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O Necro indo Adiante UM DOS MAIORES NOMES DO ROCK PSICODÉLICO BRASILEIRO, NECRO LANÇA SEU NOVO ÁLBUM, ADIANTE

POR | Amilton Jr

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uando falamos em doom metal old school no Brasil, é impossível não falar em Necro. Em atividade desde 2009, a banda de Maceió, Alagoas, tem tocado bastante, lançou recentemente o single “Viajor” e é uma das mais promissoras do cenário nacional. Há pouco mais de um ano, a vocalista e que atualmente vem assumindo o baixo (antes ficava nas guitarras), Lillian Lessa conversou com a ODM e falou um pouco sobre a carreira até então. Nessa edição, batemos um papo com o Pedro Salvador, que agora vem tomando conta das guitarras. OD | A

Nada é definitivo: podemos mudar tudo de novo em um próximo disco.” PEDRO SALVADOR - NECRO

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ENTREVISTA + resenha PEDRO SALVADOR GUITARRA - NECRO

Amilton Jr: Primeiramente, agradeço pela oportunidade de mais uma vez podermos entrevistar a Necro. E já que falamos que você agora está mais nas seis cordas, eu queria saber: a que se deve e como foi essa mudança da guitarra pro baixo? Essa troca é definitiva ou vocês se alternam nos instrumentos? Pedro Salvador: Agradeço

à ODM e aos leitores pela oportunidade de fazer essa conversa. A troca de instrumentos foi acontecendo de forma gradual e natural. Lillian e eu, cada qual em seu caminho musical, gradualmente nos dedicávamos mais ao outro instrumento. E assim foram surgindo músicas novas, sempre inseridas nos shows à medida em que eram compostas. Em pouco tempo já tínhamos material para um disco inteiro nessa formação. A princípio trocávamos de instrumento ao longo dos shows, o que não costumamos mais fazer hoje em dia, por questões práticas de palco. Mas acredito que nada é definitivo: podemos mudar tudo de novo em um próximo disco.

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Quem acompanha o trabalho da banda deve ter notado uma evolução na qualidade sonora das gravações, que ficou ainda mais perceptível no último single lançado, “Viajor”. O que mudou para que isso acontecesse? Como tem sido o processo de gravação dos últimos trabalhos? Pedro Salvador: Todos os

trabalhos anteriores foram gravados em nosso estúdio caseiro, enquanto “Viajor” foi gravada, mixada e masterizada pelo Gabriel Zander no estúdio Superfuzz, assim como todo o disco Adiante. Nossa primeira experiência gravando em estúdio profissional.

Uma coisa que logo de cara chama nossa atenção no trabalho da Necro são as artes. E tirando um ou outro trabalho, a maioria foi feita pelo Cristiano Suarez que também é de Maceió. Como começou essa parceria e como se dá a concepção das artes? Vocês costumam opinar e dar ideias para as capas?

Há muito som incrível rolando Brasil: Son of a Witch, Psilocibina, Cattarse, Monstro Amigo, Augustine Azul, Wolftrucker, Overfuzz, Rakta... A lista segue.” PEDRO SALVADOR - NECRO

Pedro Salvador: Era 2011 e estávamos em busca de uma capa para o nosso primeiro disco, The Queen of Death. Lillian, que já conhecia o Cristiano, fez o convite, o qual ele topou na hora. Desde então ele tem criado toda a identidade visual da banda, sempre muito elogiado e chamando muita atenção por onde nossos discos passam. Geralmente jogamos algumas ideias e referências para o Cristiano, mas ele tem sempre liberdade total para pensar a arte e sempre nos surpreende e encanta. Também trabalhamos com Estúdio Cumbuca, de Maceió (na capa do single “Contact”) e com Fernando JFL, do RN (na capa do single “Deuses Suicidas”). OD | A


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ENTREVISTA + resenha PEDRO SALVADOR GUITARRA - NECRO

Do ano passado para cá, vimos que a banda tem ido bastante ao Sudeste para shows e gravações, e acredito que muito se deve ao trabalho realizado com a produtora Abraxas. Como surgiu essa parceria? Vocês têm mais planos juntos para o futuro? Pedro Salvador: Tocamos

no Sudeste desde 2013, quando fizemos os primeiros shows em São Paulo. A partir de 2014 contamos com o apoio da Abraxas na produção de alguns eventos e logística. Ela também colaborou com as gravações do disco no Rio de Janeiro. A parceria com a Abraxas nos abriu muitas portas e nos permitiu circular bastante, o que também só foi possível

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graças a todas as pessoas, bandas e produtoras que nos acolheram nas cidades

Em 2015 vocês também lançaram um split com a pernambucana Witching Altar. Existem planos de fazer outras parcerias do tipo? Tem alguma banda nacional que você tem ouvido ultimamente ou que poderia vir a trabalhar junto com a Necro no futuro? Pedro Salvador: No mo-

mento não há planos nesse sentido, mas estamos sempre abertos às possibilidades e oportunidades. Há muito som incrível rolando Brasil afora: Son of a Witch, Psilocibina, Cattarse, Monstro Amigo, Augustine Azul, Wolf-

trucker, Overfuzz, Rakta... A lista segue indefinidamente.

Falando em futuro, vocês têm previsão de novos lançamentos? Como anda a agenda de vocês quanto a novos trabalhos? Pedro Salvador: Estamos

lançando o disco novo, chamado Adiante. Nos próximos meses tentaremos tocar o máximo possível para divulgar o álbum, mas sons e ideias já começam a surgir para o futuro.

Saindo agora um pouco do assunto “música”... Com o recente impeachment e agora a eleição do Trump nos EUA, os nervos estão à flor da pele quando se fala de política e a


FICHA ORIGEM Maceió, Alagoas

GÊNERO

Doom / Psychedelic rock

CURRENT MEMBERS

Lillian Lessa Baixo, guitarra, vocal, moog Pedrinho Baixo, guitarra, vocal, mellotron Thiago Alef Bateria e percussão

bipolarização extremada só vem aumentando. Nesse contexto, você acha que as bandas deveriam participar mais ativamente da política ou seria melhor se focassem apenas no som? A Necro se posiciona de alguma forma na política? Pedro Salvador: Impos-

sível não se posicionar politicamente, principalmente quando se trabalha em comunidade. Mas “política” aqui entendida para além do jogo eleitoral-partidário mitômano, “política” como um processo de construção de um espaço livre, justo e com consciência histórica, na vivência/convivência real das ruas e das pessoas comuns. E

não há lugar melhor para participar desta construção do que em uma banda de rock.

Por fim, agradecemos a entrevista e reservamos esse espaço para você mandar um recado, um abraço ou simplesmente mandar alguém praquele lugar. Pedro Salvador: Agradeço

novamente pelo espaço, que a ODM tenha vida longa! Convido todos a ouvirem nosso Bandcamp e nosso canal do YouTube. No mais, assistam às bandas do rolê ao vivo! OD | A

Witching Altar / Necro (EP 2015)

LINK https://www.facebook.com/pages/Necronomicon/

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ENTREVISTA + resenha

RESENHAS

PEDRO SALVADOR GUITARRA - NECRO

no submundo, fora dos clichês A POTENCIA DO NOVO TRABALHO DO TRIO ALAGOANO: ADIANTE POR | Matheus Jacques

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A

ntes mesmo de iniciar a resenha do novo álbum da banda alagoana Necro, ja fica o aviso: da próxima vez que aquele seu chegado vier comentar com você qualquer coisa do tipo “o rock morreu”, “não existe bom rock no Brasil” ou qualquer outro chavão, faça um favor a mim e a seu amigo: apresente essa nova compilação da Necro para ele. Já peço isso de antemão. A verdade irrefutável sobre essa maravilha sonora alagoana é que o cenário do nosso rock autoral respira bem (e muito bem, obrigado!) no “submundo”, fora dos clichês, do “televisionável”, do radiofônico e “arrumadinho”. O rock (muitas vezes não tão) pesado transpira criati-


NECRO ADIENTE

2016

BRASIL WEB

NECRONOMICON.BANDCAMP.COM

1 - Orbes A 2 - Adiante A 3 - Azul Profundo A 4 - Viajor A 5 - Entropia A 6 - Espelhos e Sombras A 7 - Deuses Suicidas

vidade e a devida originalidade no “oculto”, no underground, sobrevivendo a duras penas e seguindo adiante graças a bandas como esta que aqui escrevemos sobre. Adiante é justamente o título do novo trabalho do trio formado por Lilian Lessa, Pedro Salvador e Thiago Alef, que nasceu como Necronomicon, e há algum tempo cortou o nome pela metade. Em meio a um caldeirão de influências, inspirações e desatinos, com uma boa dose de brasilidade, Adiante abre com a faixa “Orbes”,

que carrega uma tônica setentista trazida para o campo da atualidade. A abertura em estilão daquela época, retrô e com algum apelo bluesy, pode remeter àquela vibe sueca de algumas bandas mais atuais, mas mantendo uma roupagem que é toda da Necro. Apreciadores de Pentagram certamente encontrarão motivos para achar “Orbes” muito aprazível, com uma veia de doom rock setentista pulsante, densa, inebriante. Ponto positivo e OBRIGATÓRIO de se destacar: os vocais de Pedro Salvador e Lilian

Lessa, cada um deles positivamente atuante em seu momento, em seu “palco”. O casamento das vozes na faixa é apaixonante. A faixa que dá nome ao novo trabalho começa com um encaminhamento mais “animadinho”, enérgico, uma faixa pulsante e cheia de coração. Lilian Lessa toma as rédeas aqui e a conduz de uma forma suavemente poderosa, ou poderosamente macia - como preferir. O contraste entre a densidade (principalmente no instrumental) e a maleabilidade vibrante e sólida da voz desta mulher é incendiário. O tom da música varia entre uma pegada meio country, meio rockão de raiz, e um lance puxando para a psicodelia setentista e o blues. Em alguns momentos - talvez viagem da minha OD | A octoberdoom.com

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ENTREVISTA + resenha

RESENHAS

PEDRO SALVADOR GUITARRA - NECRO

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cabeça -, um quê de Mutantes vem à tona em algumas passagens (é meu sentimento). Esta canção é um dos melhores momentos do álbum, e Lilian é um show à parte no vocal. “Azul Profundo” é mais uma empreitada psicotrópica conduzida pelos vocais de Lilian e Pedro e com uma veia ainda mais carregada de brasilidade e energia embaladas pelo “duelo” vocal dos dois. O órgão ao fundo complementa a roupagem um tanto soturna e por vezes tétrica, tudo conectado por uma energia musical mística e envolvente apresentada de forma impecável e fantástica pela Necro. A psicodelia, o hard rock e até reminiscências do occult rock, tudo se engata de forma perfeita. “Viajor” mescla com eficiência

verves distintas, o lance meio onírico, viajante e delirante à psicodelia em grande forma e à densidade mais hardeira e bluesy do instrumental. Os riffs são precisos, cravados na mente e reverberantes, e a cozinha praticamente exerce uma força de gravidade própria, tão densa e sólida que é. O bailar da Necro em “Viajor” pode levar os ouvintes a estados diferenciados de percepção, existências paralelas em outras realidades, transgressões catárticas e tudo o mais. A aura setentista novamente permeia fortemente o ambiente em “Entropia”. Pedro e Lilian coabitam a música de forma harmoniosa com um complementando o outro, solidificando uma parceria massiva e encantadora, tanto em


ABRAXAS FEST Porto Alegre/RS - por Billy Valdez

suas vozes quanto em seus instrumentos, e reiterando que a troca de instrumentos (Lilian toca baixo e Pedro fica na guitarra nesse álbum, alterando as posições em campo) funciona muito bem. O hard rock blueseiro das antigas preenche os espaços em “Entropia” e rola bonito, macio e fluente, com boas intervenções psicodélicas e (novamente) o órgão marcando presença forte na faixa. “Espelhos e Sombras” e “Deuses Suicidas” fecham Adiante. A primeira é um agradável hard rock grooveado, malemolente e cadenciado, desenvolvendo-se e concluindo-se como uma faixa muito correta e interessante. “Deuses Suicidas” é diferenciada. A maravilhosa faixa com apelo blueseiro tem a presença fantástica

da voz de Pedro com um destaque na entonação, no sotaque, evocando bastante de nossa própria música típica, associada ao jeitão meio de stoner rock da faixa, algo mais “reto” e direto ao ponto. Essa combinação cria uma música fora de série, destacada, contando ainda com ótimos riffs e uma temática muito bacana e chamativa. Vários elementos se juntam para criar uma aura especial neste disco (somados obviamente ao talento indiscutivel do trio alagoano): todas as letras são em português; a produção de primeira no estúdio Superfuzz; o ponto interessante das vocalizações de Diogo Oliveira nas faixas “Azul Profundo” e “Entropia”; e a adição de alguns elementos retrô e bluesy. Enfim, Adiante é uma bandeira

fincada no fértil terreno do rock autoral, demonstrando que ainda existe muito da mágica e poder do rock em nosso país, feito (ainda por cima) o quanto é possivel “à brasileira”, com uma roupagem adequada a toda a particularidade e a excelência de nossa terra. Não é exatamente rock televisionável, arrumadinho e passa longe de ser lugar-comum, mas é aquele respiro forte e veemente de criatividade que precisamos. Não custa lembrar: mostre Adiante ao seu conhecido, aos seus amigos, a qualquer um que puder, talvez ele se torne seu disco favorito. OD | A

LINK https://necronomicon.bandcamp.com/

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ENTREVISTA

BEMVINDOS À CIDADE DO GROOVE! 16


Matheus Jacques: Venho acompanhando o som da banda desde o ano de seu primeiro lançamento, Legend of the Spaceborne Killer, de 2012. Foi um dos grandes achados daquele ano pra mim. Desde então, o som que vocês vêm desenvolvendo segue pela linha criada no debut, sem variações drásticas, mas certamente reforçando as nuances, o groove e o peso em cada novo trabalho. As três faixas que ouvi do novo trabalho, o vindouro Welcome to Fat City, apenas me fazem reforçar isso. Você diria que são do lema “se não quebrou, não mexa?” O que podemos esperar do novo álbum? Crobot: Não mudamos nada

DEPOIS DO LANÇAMENTO DE “WELCOME TO FAT CITY”, O CROBOT FALA PARA OS LEITORES DA ODM POR | Matheus Jacques

A

banda americana Crobot atinge o ápice de suas habilidades no melhor trabalho de sua carreira, e conta pra gente os corres pelas turnês mundo a fora apresentando o novo trabalho, Welcome to Fat City .

no processo de composição. Como você mesmo disse, se não está quebrado, não precisamos consertar. O novo material com certeza é mais pesado, as coisas mudaram, mas na mesma direção – uma evolução, se quiser chamar assim. Isso provavelmente se deve ao fato de que, por termos feitos tantos shows juntos, tornou-se um processo praticamente natural.

A Crobot me soa como uma banda extremamente irreverente, tanto nas enérgicas apresentações no palco quanto na temática das músicas e nos divertidos videoclipes. O quanto disso vocês levam para suas vidas pessoais, ou o quanto isso vem de suas próprias experiências do cotidiano? OD | A octoberdoom.com

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ENTREVISTA PEDRO SALVADOR GUITARRA - NECRO

Crobot: Tentamos não nos levar a sério e sempre nos divertirmos. Isso torna a vida na estrada muito mais fácil e menos monótona. Se as pessoas não gostarem do nosso som, pelo menos podemos fazer elas rirem ou sorrirem um pouco. Sobre Welcome to Fat City, o novo álbum que sai muito em breve. Mais ou menos quando começou o processo de concepção desse sucessor de Something Supernatural (2014) e quais têm sido as primeiras reações das pessoas que já tiveram a chance de ouvir esse trabalho, ou ao menos alguns sons que já foram disponibilizados para audição? O feedback

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tem sido positivo e agradado vocês? Crobot: O feedback tem sido positivo e as pessoas gostam da progressão do som da nossa banda. Tornamos-nos compositores mais maduros, embora piadas de pinto peido ainda nos façam gargalhar.

A capa novamente é um trabalho do talentoso guitarrista da banda, Chris Bishop, que pelo visto demonstra ser tão prodigioso com o trabalho de ilustração quanto com uma guitarra. Chris, quais tuas principais referências e influências na hora de criar as artes para o Crobot, e quais foram elas especificamente nesse novo trabalho?

O novo material com certeza é mais pesado, as coisas mudaram, mas na mesma direção – uma evolução, se quiser chamar assim. Crobot


FICHA ORIGEM USA

GÊNERO

Hard Rock

Além disso, quais as suas principais inspirações como guitarrista? Crobot: Eu diria que a mú-

sica é a maior influência para as (minhas) artes. Neste álbum, quis criar a terra que Brandon descreve na música “Welcome to Fat City”. Queria uma sensação de Simpsons viajado no ácido. Como guitarrista, alguns dos meus músicos preferidos são Audley Freed (Cry of Love), Moses Mo (Mother’s Finest), Tim Sult (Clutch) e muitos outros que poderia citar... Eu gosto de música boa. E, quando ouço uma música boa, isso me inspira a tocar.

Vocês certamente já colocaram na lista vários feitos grandiosos (e merecidos) nesses anos: shows nos festivais Hellfest e Download, um show no Motorboat 2015 (ao lado de nomes como Motörhead e Anthrax), uma apresentação marcada para o ShipRocked em 2017 com bandas como Monster Truck, Sevendust, Alter Bridge e Mothership, entre outras. Já podemos contar com vocês para a primeira edição de um festival no Lado Escuro da

Lua daqui uns anos? (risos) Crobot: Engraçado você

mencionar isso, sempre brincamos sobre ser a primeira banda a tocar na Lua. Fizemos muitas turnês e isso certamente é um teste de durabilidade pra qualquer ser humano. Ainda assim, amamos o que fazemos, aprendemos bastante, e vamos continuar aprendendo.

CURRENT MEMBERS

Brandon Yeagley Lead vocal, harmonica Chris Bishop Guitar, vocals Jake Figueroa Bass Paul Figueroa Drums

De verdade, qual é a impressão de vocês sobre o ponto até o qual chegaram e qual a expectativa dos próximos passos, as próximas grandes conquistas? Ou querem simplesmente tocar hoje, se divertir e dane-se o amanhã? Crobot: À medida que cres-

cemos, é inevitável pensarmos no futuro. Gostamos de saber sobre tudo o que está acontecendo hoje na nossa carreira para pensar melhor o amanhã. Não somos uma banda que deixa a equipe fazer tudo e aí a gente simplesmente sobe no palco e toca. Ser músico hoje é muito mais do que tocar um instrumento. Você tem que estar envolvido em todas as etapas para ter futuro.

Welcome to Fat City (2016)

Na hora de compor as músicas, quais são as pri- OD | A octoberdoom.com

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ENTREVISTA

meiras referências que vêm à mente de vocês para escrever as letras? Quais tipos de temas os inspiram: HQs, cinema, sci-fi...? Seriam vocês assumidamente "nerds", abrangendo elementos dessa cultura? Crobot: É sempre diferente.

Uma musa inspiradora pode aparecer de várias maneiras e formas diferentes. Quadrinhos, livros (ficção e não-ficção), ficção científica, mesmo outdoors, tudo pode fazer parte das anotações pras letras. Mas a gente é “nerdão” sim. Dito isso, algumas das letras parecem simplesmente escoarem da minha boca enquanto estou escrevendo, para depois acontecer um processo de análise do material até eu estar satisfeito. Acho que essa é a forma mais produtiva e saudável de compor - as ideias surgem livremente, se não for assim é como bater num tijolo. Esses tijolos, “blocos de texto”, são sinônimo de falta de inspiração.

O groove, o peso, os refrões marcantes e grudentos: esse conjunto é sempre evidente e marcante nos sons da Crobot. Parece ser uma característica que evoca bastante o melhor do hard rock feito nos anos 1970, de bandas como Led Zeppelin, Free, Cactus e Rush, e também alguns bons nomes do rock dos 1990, como Soundgarden. E

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o balanço de vocês me parece muito vir do funk, que imagino ser algo que vocês também curtam. Estariam esses grupos na lista dos nomes que serviram de alguma forma para inspirar o som de vocês? E, além delas, quais outras ajudaram a compor um "painel sonoro" para a banda? Quem sabe James Brown e Funkadelic aí na mistura? (risos) Crobot: Rapaz, acertou

em cheio (risos). Tudo isso nos influenciou de alguma maneira. Gostamos de stoner rock e promo-metal, como Leaf Hound, Atomic Rooster, Wishbone Ash, até o funk de George Clinton, passando ainda por Clutch, Queens of the Stone Age e Black Sabbath. Tem muita coisa mesmo influenciando a nossa música, além da cerveja e dos baseados.

Pegando o trabalho anterior e o novo e perguntando agora a cada um da banda (ou a um todo, se entrarem em consenso): existe uma canção preferida de cada um em Something Supernatural; e alguma que vocês diriam que, definitivamente, balançará a cabeça das pessoas em Welcome to Fat City a ponto de derreter os miolos? Crobot: A faixa-título, “Welcome to Fat City”, definiu o processo

Estamos em turnê na Europa junto com o Volbeat e o Airbourne, tocando em arenas lotadas e, rapaz, que jornada tem sido essa!” Crobot


O CROBOT É DE POTTSVILLE, na Pensilvânia

criativo do restante do álbum, e foi por isso que a escolhemos para dar nome ao disco. Tem bastante funk, e talvez seja o “dragão de funk” que vamos caçar pelo resto da nossa carreira. E isso é bom!

Vocês são daqueles grandes colecionadores de CDs, possuindo algumas raridades em suas casas e participando de todo esse grande "ritual" que envolve esse lance de procurar, comprar, experimentar aquele primeiro momento com o álbum recém-adquirido ou não ligam muito para isso particularmente? Crobot: Mothership Connection, do Parliament. O funk é forte nesse aqui. Abra e cheire primeiro, porque é muito além de maduro!

(Aqui ele faz a comparação com uma fruta. Acho que fica meio estranha a frase em português.)

Sobre o futuro: quais são os próximos compromissos de vocês, datas da tour, alguns shows, festivais e tudo o mais? Crobot: No momento estamos em turnê na Europa junto com o Volbeat e o Airbourne, tocando em arenas lotadas e, rapaz, que jornada tem sido essa! Depois disso vamos tirar um mês de folga antes de ir pro ShipRocked 2017. O ano novo traz uma série de novos shows e em breve vamos nos organizar para os próximos meses.

Existe a vontade de entrar em territórios não explorados na tour do novo álbum

nos próximos tempos, algo como Japão ou alguns países pela América do Sul? Essa é uma coisa que você diria ser fundamental nesse lance da música com a possibilidade de ir "além-mar", ou você se sente mais confortável tocando no "quintal de casa" mesmo, para alguns rostos mais conhecidos? Crobot: Adoraríamos tocar em

lugares em que nunca estivemos, especialmente na América do Sul. Gostamos do desafio de tocar para pessoas que talvez não saibam quem nós somos. OD | A

LINKS https://www.facebook.com/Crobotband/?fref=ts http://www.crobotband.com/

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ENTREVISTA RESENHAS

PEDRO SALVADOR GUITARRA - NECRO

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H N E S E R ALBUM DO MÊS NOV2016

A D N I A AIS M SADAODO E Z I L P O O C L A –E ULISTA A P A Ç N E BRAGA MAIS D S A R A OS C AINDA M U B L Á LANÇAM ENSO ED PESADO

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POR | Matheus Jacques e Morgan Gonçalves

O

I Am the Sun finalmente saiu dos estúdios em que gravaram Death Water, que sucedeu Drink, Destroy, Repeat, lançado em fevereiro de 2015. Acompanhando a repercussão positiva do novo trabalho da banda de Bragança Paulista, a October Doom Magazine elegeu Death Water o álbum do mês de novembro e, não satisfeitos, entrevistamos o vocalista/baterista dos caras. Confiram agora o resultado dessa parada. OD | A octoberdoom.com

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ENTREVISTA

PEDRO SALVADOR GUITARRA - NECRO

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H N E S E R

Parece que está cada vez mais impossível de chamar gente pra colar nos shows.” Marco di Sordi - I AM THE SUN

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October Doom: Salve galera! Essa é a segunda vez que vocês batem um papo com a ODM, e não vou me estender muito nas apresentações, então falem um pouco de vocês. Quem e o que é o I Am the Sun? Marco di Sordi: Primeiramente, obrigado pelo espaço mais uma vez! E, respondendo à sua pergunta, o I Am the Sun é uma banda de rock do capiroto com três integrantes que ainda não aprenderam a tocar direito e bebem muito além do que deviam.

Tenho visto, e me corrija se estiver errado, a cena do rock autoral do interior paulista sendo fomentada de forma consistente. Temos bandas como a I Am the Sun, Funeral Sex, Spiral Guru e outras. O que vocês

poderiam dizer a respeito do crescimento dessa cena por aí, e com que olhos veem as novas bandas que vêm surgindo? Marco di Sordi: Existem bandas boas de fato, já tocamos com o Funeral Sex e os caras do Spiral Guru algumas vezes e eles representam mesmo. O que fode, como sempre, é o público. Parece que está cada vez mais impossível de chamar gente pra colar nos shows.

O tom de Death Water segue basicamente a premissa do EP anterior, Drink, Destroy, Repeat: pancadaria, visceralidade e rock and roll. Esse é, afinal, o "lema de vida" do I Am the Sun ou vocês já pensam em se permitirem a explorar novas possibilidades em futuros trabalhos? OD | A


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ENTREVISTA RESENHAS

ALBUM DO MÊS NOV2016

PEDRO SALVADOR GUITARRA - NECRO

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H N E S E R

Marco di Sordi: Estamos

abertos a tentar ideias novas com certeza, até porque passar a vida toda tocando a mesma coisa enche o saco. Desde que não seja forçado e soe natural, topamos.

Apesar de manter a pegada violenta e pesada, Death Water traz uma ideia diferente de seu antecessor. O que mudou na banda pra causar essa diferença entre um disco e outro? Marco di Sordi: Acho que

evoluímos um pouco e amadurecemos as ideias originais. Dessa vez, o nosso gancho principal foi que não iríamos nos prender a nenhum

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estilo - stoner, hard, death, samba ou qualquer porra que fosse. Fomos com o que soava legal pra gente, mesmo que fosse algo completamente fora do padrão. Isso é fácil de se perceber ao se ouvir o Death Water. Ele ficou um álbum bem variado, cada música tem uma pegada diferente.

O disco foi gravado e mixado em Americana, São Paulo, e masterizado pelo casca-grossa Jaime Gomez, em Londres. Como rolou essa parceria com o produtor e quais resultados diferentes do trabalho anterior esta produção trouxe pra vocês?


FICHA ORIGEM

Bragança Paulista - SP

GÊNERO

Stoner Rock

CURRENT MEMBERS

Nenê Pister Baixo Vocal Marco ‘Horror’ De Sordi Bateria/Vocal Marcelo Leme Guitarra

I AM THE SUN DRINK, DESTROY, REPEAT

2015

Marco di Sordi: O CD já estava gravado e mixado, só faltava a masterização. Desde o início, nós queríamos alguém fera, que soubesse do estilo e fosse acima do padrão. Entramos em contato com vários produtores, inclusive um cara que tinha feito Faith No More, mas não sentimos firmeza em nenhum. Nosso batera (Marco Horror) é muito fã do primeiro álbum do Ghost, ele foi atrás do nome, achou o cara no Facebook e apresentou o trampo. O resto foi fácil. O resultado é só ouvir no CD, a pressão sonora da masterização ficou insana.

Dessa vez, o nosso gancho principal foi que não iríamos nos prender a nenhum estilo.” Marco di Sordi - I AM THE SUN

A bela capa de Death Water é obra do artista alagoano Cristiano Suarez. Essa piração veio totalmente da cabeça fantasticamente perturbada do sujeito ou vocês deram algum direcionamento no que pretendiam para esse trampo? OD | A octoberdoom.com

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ENTREVISTA PEDRO SALVADOR GUITARRA - NECRO

RESENHAS

+A

H N E S E R

ALBUM DO MÊS NOV2016

Marco di Sordi: A piração original veio do Marco. Ele passou mais ou menos o que tinha em mente pro Cristiano, e dali os dois foram aperfeiçoando os detalhes pra chegar no resultado totalmente foda que ficou a capa final. O cara desenha muito! Até agora, qual a música (do primeiro EP ou do novo álbum) que vocês mais vêm curtindo executar ao vivo? Marco di Sordi: “The Bur-

nout”. Aquela música é o equivalente sonoro de um soco na cara. Estamos fechando os shows com ela.

Com o disco lançado e essa recepção calorosa, quais os planos da banda para 2017? Rola uma turnê por outros estados? Marco di Sordi: Com cer-

teza. Acabamos de gravar um clipe novo, que será lançando em dezembro pra manter a chapa quente até o ano terminar. A partir de janeiro vamos correr atrás de datas. Esperamos fechar algumas turnês em breve.

Aqui a gente se despede, parabenizando a banda pelo novo trabalho, agradecendo pelas respostas e abrindo espaço pra vocês deixarem

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Parece que está cada vez mais impossível de chamar gente pra colar nos shows.”

2

Marco di Sordi - I AM THE SUN

aquele recado para os fãs da banda e leitores da ODM. Marco di Sordi: Valeu pela

força mais uma vez, manos! Torcemos bastante pelo sucesso de vocês e estamos aqui pra apoiar sempre. Pra quem quiser saber mais sobre nosso trampo, é só colar no site, lá tem tudo na mão pra conferir.

LINKS https://www.facebook.com/pg/iamthesunrocks http://www.iamthesun.net/

I AM THE SUN DEATH WATER PROPHECY

2016

BRASIL WEB

IAMTHESUN.NET

1 - Dark Clouds 6’11’’ A 2 - I Saw The Reaper 3’45’’ A 3 - Woke Up In Space 4’48’’ A 4 Grit 4’14’’ A 5 - Death Water 3’02’’ A 6 - The Burnout 5’53’’ A 7 - Hard To Believe 4’06’’ A 8 - Mare 5’04’’ A 9 - Wicked Thing 4’22’’ A 10 - We Know You Hate Us 5’20’’


O T I L O N O M NORO SOBRE SO DAS! RO

LISTA U A P O I R LHO DE T NTE, A B A R T NOVO TORDOA A A É N U S I AM THE O E FAZ HONRAS NT BARULHE BLIN E RED FANG GO ORANGE

POR | Matheus Jacques

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eath Water é o novo trabalho do trio I Am the Sun, de Bragança Paulista, interior de São Paulo. Sucedendo o EP Drink, Destroy, Repeat, a novidade mantém sua linha de execução e carrega na dose de rock violento, visceral, aquela caminhada dividida entre as as zonas do rock and roll e do metal, tudo com uma boa medida de "chapação" e lombra. Com influências que demonstram passar por nomes como Red Fang, Orange Goblin, Corrosion of Conformity, Planet of Zeus e outras do gênero, a banda formada atualmente por Marco de Sordi (vocal/bateria), Nenê Pister (vocal/baixo) e Marcelo Leme (guitarra), mas que neste álbum em questão conta com Diogo Baker nas seis cordas, destila em 10 faixas uma muralha de riffs cavalares, energia

sônica e empenho em entregar um resultado que pode agradar a fãs de heavy metal, stoner e até mesmo thrash metal e punk rock. No fim das contas, é o "bom e velho rock and roll" com diferenciadas dosagens em cada uma das canções. Faixas como "Dark Clouds" e "The Burnout" remetem a essa veia mais "rockão", verdadeiras viagens motorizadas através do deserto a bordo de um Interceptor V8. Outras, como "Woke Up in Space", "Hard to Believe" e a faixa-titulo "Death Water", se entregam a uma cadência mais compassada com um groove denso e rochoso dando a tônica de seus desenvolvimentos. Temos ainda "Grit", uma interessante e divertida faixa que soa como uma espécie de releitura metalizada de rockões oitentistas de bandas como Def Leppard, um movimento muito bem feito e marcante dentro do universo de Death Water.

Todas as outras faixas do trampo carregam seus (enormes) méritos próprios, interligando-se e construindo um massivo libelo rock and roll que se desprende da necessidade de rotulações, amarras e definições, servindo apenas com um grande desatino musical, uma possibilidade de entregar-se de coração aberto à música pesada e divertir-se pra cacete com isso. Todas certamente soariam muito bem ao vivo e serviriam de pano de fundo perfeito para uns "bate-cabeças" e umas quebradeiras. I Am the Sun proporciona isso: música vibrante muito bem feita para se divertir, beber umas (ou muitas!) e esquecer dos problemas do dia a dia. Só dar o play e curtir sem compromisso, a satisfação é garantida. OD | A

LINK https://iamthesunrocks.bandcamp.com/album/death-water

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ENTREVISTA Jayn H Wissenberg darkher

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sombrio mistico espiritual POR | Leandro Vianna

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ão se deixe enganar pela frágil aparência de Jayn H. Wissenberg, o nome por detrás do Darkher. Essa falsa fragilidade esconde uma artista talentosíssima, capaz de compor músicas que despertam os mais profundos sentimentos nos ouvintes, graças à forte carga emocional e espiritual que as mesmas carregam. Após o magnífico EP de estreia, The Kingdom Field, lançado em 2014, Jayn está lançando o seu primeiro trabalho completo, Realms. e é sobre ele que tivemos a oportunidade de conversar. OD | A octoberdoom.com

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ENTREVISTA Jayn H Wissenberg darkher

Leandro Vianna: Em 2014 você lançou o EP The Kingdom Field, que foi muito bem recebido pela imprensa especializada e pelo público. Isso causou algum tipo de pressão durante a composição de Relms? Jayn H. Wissenberg: Não, acho que se eu tentasse compor pensando nos outros, isso reprimiria qualquer inspiração que eu tivesse. Acho melhor ficar focada em fazer com que as faixas sejam as mais puras possíveis, sem influência do mundo exterior.

A crítica tem sido elogiosa com o novo álbum. Mas como tem sido a recepção do público a Realms? Jayn H. Wissenberg: Tem sido uma surpresa ouvir as reações ao álbum - da crítica e do público. Parece que ele foi recebido de um jeito bem positivo, depois de não sabermos muito bem o que esperar.

Poucas vezes escutei um trabalho com tamanha carga emocional e capaz de despertar tantos sentimentos durante sua audição. Essa era a sua intenção com Realms? Jayn H. Wissenberg: Sinto que o maior elogio que o álbum pode receber é quando uma pessoa me diz que ele se conectou aos seus sentimentos, portanto, muito obrigada. Não comecei a trabalhar no álbum com qualquer intenção que não fosse a de uti-

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lizar minhas composições como uma forma de expressar meus próprios pensamentos e sentimentos. Da mesma forma que alguém pode manter um diário ou escrever poesia, a criatividade é bem terapêutica. Essa é a razão pela qual faço música, para me sentir conectada à minha alma.

Suas letras e músicas despertam uma vasta gama de emoções nos ouvintes. Realms em muitos momentos traz a tona o lado mais escuro de nossos sentimentos, e muito disso vêm da melancolia que ele emana, além do clima introspectivo. Sendo assim, é inevitável de perguntar. A solidão te inspira? É dela que tira forças para compor temas tão fortes? Jayn H. Wissenberg: Eu realmente passo bastante tempo sozinha e sempre gostei da solidão, mas nunca me senti lá muito solitária. Gosto de criar espaço para as ideias surgirem e se materializarem. Assim que as músicas passam do estágio de composição, tenho o prazer da companhia criativa no estúdio e, claro, também ao vivo, o que realmente é o melhor dos dois mundos.

Ainda sobre inspiração. Assistindo a seus vídeos no YouTube, me chamou a atenção a forte ligação que você tem com a natu-

Eu realmente passo bastante tempo sozinha e sempre gostei da solidão, mas nunca me senti lá muito solitária.” Jayn H. Wissenberg - DARKHER

reza. O quanto isso desperta sua criatividade? Jayn H. Wissenberg: A natu-

reza em si e estar na presença dela é a maior inspiração para essa música, juntamente com as emoções - é por esse motivo que gosto de gravar clipes ao ar livre, já que isso dá mais vida às canções.

Em suas composições, podemos perceber estilos diversos, como Post-Rock, Doom, Gothic, Atmospheric e Folk, sendo difícil definir sua música. Como escrevi na crítica que fiz de Realms, sua música me soou como se Chelsea Wolfe se juntasse ao Sosltafir, mas com a Loreena McKennitt nos vocais. Quais artistas tiveram alguma influência na construção dessa sonoridade única e difícil de rotular que possui? OD | A


PROJETO GRĂ FICO DESIGN lodocontatos@gmail.com

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ENTREVISTA Jayn H Wissenberg darkher

Jayn H. Wissenberg: Nenhuma banda específica influenciou o meu som, apesar de eu estar certa de que absorvi muito desses estilos que você citou com o passar dos anos. Quanto à produção, a intenção foi mais a de criar climas e contrastes com os sons que achei que complementassem as músicas - como uma paisagem emocional.

eu compus as músicas para o EP, a intenção sempre foi a de que ela fosse parte do álbum. Ela foi escrita logo após uma enchente que ocorreu neste vale em 2012. Quando outra enchente atingiu o Vale novamente, mas em uma escala maior, pareceu adequado incluí-la no álbum, já que tinha uma relevância bem forte com o tema em evidência.

Realms se mostra um trabalho ainda mais intenso que The Kingdom Field. Essa intensidade se dá por agora trabalhar como um trio? Esse é o caminho a ser seguido no futuro do Darkher? Jayn H. Wissenberg: Nesse

O componente pessoal em suas canções me parece bem nítido e tenho a impressão que suas experiências pessoais têm forte peso nas mesmas. “Moths” é uma das canções de Realms que mais desperta o lado espiritual de quem a escuta. Você acredita em vida pós-morte e em um mundo espiritual? Jayn H. Wissenberg: Sim,

álbum, meu marido e guitarrista Martin T Wissenberg contribuiu bastante com as guitarras atmosféricas sobrepostas às minhas guitarras mais pesadas ou mais delicadamente dedilhadas, e essa junção tem sido uma união criativa perfeita. Considero o Martin uma parte permanente e vital da banda, entretanto, nem sempre tocamos com um baterista. Mas como parece que funcionamos bem como um trio, essa certamente é a direção que eu imagino para o futuro.

“Foregone” estava presente no EP de 2014. Por que a opção de a incluir em Realms? Jayn H. Wissenberg: Quando

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acredito e muito. Sempre acreditei na vida após a morte ou no reino espiritual desde pequena. Talvez seja reconfortante pensar que exista vida após a morte porque a morte é realmente aterrorizante e a perda daqueles que amamos é arrasadora, mas a espiritualidade é muito importante para mim.

“Lament”, apesar de surgir pela primeira vez em Realms, data de 2012, sendo anterior até mesmo a The Kingdom

DARKHER THE KINGDOM FIELD

2014

Field. Ainda existem canções inéditas desse período? Jayn H. Wissenberg: Não, a

única outra música desse período, mais antiga, na verdade, era "The Wreckage", que é lá de 2010 e teve sua demo incluída no CD bônus da versão especial de Realms.

Ainda sobre “Lament”, ela contrasta com o clima sombrio de Realms, encerrando o trabalho de forma bela e positiva. Essa opção foi proposital? Jayn H. Wissenberg: No fim, depois que tudo foi mixado e fina-


FICHA ORIGEM UK

GÊNERO

Metal, Dark, Folk

lizado, senti que essa era a melhor posição para a música, por ter um declínio natural. Também gostei da ideia de colocar a primeira música composta por último no álbum.

Recentemente tocaram pela Inglaterra com o SubRosa e abriram para o Wardruna agora em novembro, além das diversas participações em festivais. Como tem sido a recepção do Darkher ao vivo? Jayn H. Wissenberg: Semana

passada, abrimos para o Wardruna na Union Chapel em Londres e o público foi maravilhoso. Na verdade, temos tido uma resposta incrível do público mesmo sendo um show acústico sem bateria. É bem legal saber que as músicas funcionam bem de ambos os jeitos ao vivo.

Por fim, agradeço pela entrevista e espero ter a chance de um dia a ver tocando ao vivo no Brasil. E o espaço é todo seu para suas considerações finais. Jayn H. Wissenberg: Muito obrigada por apoiar a nossa música e esperamos ir ao Brasil e tocar aí um dia. OD | A

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Talvez seja reconfortante pensar que exista vida após a morte porque a morte é realmente aterrorizante.”

https://www.facebook.com/DARKHERMUSIC/ https://www.youtube.com/c/thevideowitchery

Jayn H. Wissenberg - DARKHER

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ENTREVISTA Jayn H Wissenberg darkher

RESENHAS

Fascinante, belo e escuro DA ANGÚSTIA A PAZ, UMA VIAGEM TRANSCENDENTAL E TORMENTOSA PELA ALMA DE JAYN H. WISSENBERG POR | Leandro Vianna

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ormalmente, quando pensamos em uma música que soe sombria, claustrofóbica e que possua uma atmosfera de escuridão, já nos vem à cabeça guitarras pesadíssimas, vocais guturais assustadores e outras coisas do tipo. Mas nada pode ser mais equivocado do que esse tipo de pensamento, e Realms, primeiro álbum do Darkher, vem para provar isso de uma vez por todas. Para quem não conhece, o Darkher é um projeto da inglesa Jayn H. Wissenberg (vocal/guitarra), que é acompanhada de seu marido, o guitarrista/baixista Martin T Wissenberg, e do baterista Shaun 'Winter’ Taylor-Steels (ex-My Dying Bride e Anathema). Musicalmente, passei um tempo buscando uma forma de definir a sonoridade do grupo. Cheguei à conclusão que me soa como se a Chelsea Wolfe se juntasse ao Sólstafir, mas com a Loreena McKennitt nos vocais. Ainda assim, por mais contraditória que minha descrição possa parecer, o Darkher não se parece com nada disso, já que trans-

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pira identidade própria. Sua música mescla elementos de folk, gothic, post rock, ambient e doom metal no mesmo caldeirão, fazendo surgir daí uma música sombria, emocional e no mínimo inquietante. O maior destaque certamente é a voz de Jayn. Sinceramente, gostaria de descobrir seu segredo, pois ela consegue soar ao mesmo tempo frágil e sombria. Aliás, essa dicotomia permeia todas as nove canções aqui presentes, já que conseguem despertar no ouvinte emoções totalmente díspares. Sentimentos como medo, melancolia, serenidade, êxtase, tudo vem à superfície durante a audição de Realms. O trabalho de Martin também ajuda muito nisso, já que não é exagero dizer que o contraste entre as guitarras e os vocais são o ponto central de várias composições. O álbum abre com “Spirit Waker”, de clima bem sombrio e que serve de introdução para “Hollow Veil”. Aqui já temos a primeira amostra do que iremos encontrar. Guitarras suaves, atmosféricas, com riffs de pegada doom, travando um embate com os vocais de Jayn. Soma-se a isso o trabalho de bateria de Shaun e temos um clima para lá de

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DARKHER REALMS PROPHECY PRODUCTIONS

2016

UK WEB

DARKHER.SQUARESPACE.COM

1 - Spirit Waker 2’03’’ A 2 - Hollow Veil 5’28’’ A 3 - Moths 5’09’’ A 4 - Wars 6’23’’ A 5 - The Dawn Brings A Saviour 3’54’’ A 6 Buried Pt. I 2’10’’ A 7 - Buried Pt. II 5’49’’ A 8 - Foregone 7’26’’ A 9 - Lament 6’31’’

sombrio. A faixa seguinte, “Moths”, mantém essa mesma pegada, com destaque para seu início, apenas com violão e voz. Já “Wars” faz jus ao título, mais uma vez repetindo o embate entre a voz e a guitarra, enquanto é guiada por uma bateria marcante. “The Dawn Brings a Saviour” vem para acalmar as coisas. Acústica, com um quê de post-rock, tem um clima totalmente místico e esotérico. As duas partes de “Buried” trazem de volta o clima de escuridão ao trabalho, com bons riffs e uma atmosfera bem sombria. O ponto mais alto de Realms se dá com suas duas últimas faixas. “Foregone”, presente no aclamado EP de 2014, The Kingdom Field, traz novamente o post-rock à tona, além de possuir uma melodia dessas que ficam marcadas na memória do ouvinte. Já “Lament” é o encerramento perfeito, com toda a sua carga emocional e seu clima quase transcendental. Confesso que poucas vezes tive a chance de escutar canções com tanta carga emocional quanto as que apreciei aqui. Com uma melancolia perturbadora, e um lado espiritual muito aflorado, Realms é uma verdadeira viagem para a alma. Sua atmosfera intensa e inquietante é capaz de te levar da serenidade à angústia em questão de minutos, em um verdadeiro turbilhão de sentimentos. E, convenhamos, quantos artistas possuem tal capacidade nos dias de hoje? Um dos melhores álbuns dos últimos anos e simplesmente essencial na coleção de qualquer fã de boa música. OD | A

LINKS http://darkher-uk.bandcamp.com/ https://twitter.com/DARKHERMUSIC

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RESENHAS

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MY DYING BRIDE MEISTERWERK III

2016

UK CD 1: 1 - Symphonaire Infernus et Spera Empyrium (Demo) A 2 - The Crown of Sympathy A 3 - The Grief of Age (Demo) A 4 - A Kiss to Remember A 5 - Grace Unhearing (Portishell Remix) A 6 - For You A 7 - Unreleased Bitterness A 8 - Sear III A 9 - Follower | CD 2: 1 - Sear Me MCMXCIII A 2 Vast Choirs (Demo) A 3 - She Is the Dark A 4 - Catching Feathers (Demo) A 5 - Two Winters Only A 6 - Your River A 7 - Some Velvet Morning A 8 - Roads A 9 - My Hope, the Destroyer | CD 3: 1 - The Wreckage of my Flesh A 2 - Feel the Misery A 3 - Deeper Down (Uberdoom Edit) A 4 - Kneel Till Doomday A 5 - She Heard my Body Dying A 6 - Bring my Victory A 7 - To Remain Tombless A 8 Seven Times She Wept A 9 - The Manuscript A 10 - Scarborough Fair A 11 - I Almost Loved You

DIVULGUE SUA BANDA Envie seu material com todas as informações para nosso email contato@octoberdoom.com

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POR | Edi Fortini

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amos falar sobre um assunto demasiadamente polêmico: coletâneas. Dividindo opiniões, críticas e elogios, desde os que mal as conhecem até os fãs mais passionais, o público no geral certamente já passou os ouvidos por um título que reúne clássicos ou raridades das bandas mais variadas. De todos os estilos musicais, de todas as épocas e lugares. Alguns ouvintes garantem que as preferem à audição de álbuns completos, principalmente quando se trata de bandas com extensa discografia. Tem quem goste de ouvir as músicas mais conhecidas enquanto fazem tarefas cotidianas. Também há os criadores de suas próprias compilações e que escolhem os momentos mais marcantes de sua paixão musical. Há os que consideram os “grandes sucessos” o maior nível de caça-níquel que uma gravadora pode atingir.

Seja qual for sua concepção do tema, asseguro que vale a pena conhecer a coletânea Meisterwerk III, dos ingleses do My Dying Bride, lançada no final de outubro pela Peaceville no Reino Unido, mas ainda sem previsão de lançamento por aqui. Dispensando maiores apresentações, a novidade revisita os 25 anos de carreira de um dos grupos mais importantes do doom metal. A compilação física conta com três discos e um livro de 16 páginas que é um “item obrigatório” para os colecionadores de CDs. Os 29 registros escolhidos para a ocasião totalizam três horas e 15 minutos de uma grande viagem, passando desde por sua primeira demo de 1990 com “Symphonaire Infernus et Spera Empyrium” até “I Almost Loved You”, do último trabalho de estúdio, Feel the Misery (2015). Até “Follower”, do quase esquecido 34.788%... Complete (1998) está contemplada, assim como “Seven Times She Wept” do maravilhoso Evinta (2011). OD | A octoberdoom.com

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RESENHAS

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A maior parte das covers que o My Dying Bride já fez marcam presença: “Roads” (Portishead), “Scarborough Fair” (tradicional inglesa, conhecida por Simon & Garfunkel) e “Some Velvet Morning” (Nancy Sinatra). As novidades ficam por conta de versões de “Grace Unhearing” e “Deeper Down” que ganharam uma roupagem especial, além das versões demo da já citada “Symphonaire...” e também de “Vast Choirs”.

Em resumo: não falta nada! Tanto para os recém-chegados ao mundo musical maldito dos ingleses, quanto aos fãs de longa data, Meisterwerk III é um trabalho completo e por carregar esse passeio aos 25 anos de uma trajetória vitoriosa, merece todo o nosso respeito. OD | A

LINKS https://www.facebook.com/My-Dying-BrideOfficial-uk-282179138510618 http://www.mydyingbride.net/


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RESENHAS

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POR | Rafael Sade

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pós lançar a demo Magnitude Oculta (1999), ficar uma década em silêncio e voltar com o EP Velado por Entidades (2014), a Pantáculo Místico, veterana banda de Fortaleza, traz seu primeiro full-length: Hermético. Os temas abordados nas canções discorrem sobre ocultismo, misticismo e força ritual. Dissertam sobre relações de autoconhecimen-

to e elevação para algo que transpõe o material sem se prender ao tangível. Com letras em português, a absorção de cada verso se torna maior ao passar de todo o álbum. Formado pelos integrantes Lidio Barros (vocais), Cicero Rui (baixo e backing vocals), Edson Monteiro (guitarra), Leandro Rodrigues (guitarra), Tork Highill (teclado) e Moisés Sousa (bateria), o sexteto ainda conta com participação recorrente de um violino durante as músicas.


PANTÁCULO MÍSTICO HERMÉTICO

2016

ODICELAF, THEMETALVOX, NUKETEMERON

BRASIL 1 - Onde os Extremos se Tocam A 2 - Viagem Astral A 3 - Vagando por Caminhos Desconhecidos A 4 - 666+777 - União do XIII A 5 - Luz do Profundo Abismo A 6 - Velados por Entidades A 7 - Magnitude Oculta

O que vemos aqui é uma obra fantástica, com sete faixas que prendem a audição do início ao fim. Destaque para a abertura “Onde os Extremos se Tocam”, primeira faixa liberada na grande rede, com introdução de piano e um potente coral em latim. A banda sempre mesclou seu death/doom ao black metal, mas vemos aqui que uma desacelerada nas músicas, como nas clássicas “Viagem Astral” e “Magnitude Oculta”, que ficaram

muito bonitas em sua versão final. A inédita “Vagando por Caminhos Desconhecidos” é uma das melhores deste disco, assim como “666 + 777 - A União do XIII”. Com esse lançamento, o Pantáulo Místico se afirma como um dos principais nomes do estilo no país e referência no Nordeste brasileiro. Podemos afirmar que Hermético é um dos melhores álbuns de 2016. OD | A

LINK https://www.facebook.com/pg/iamthesunrocks

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RESENHAS

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POR | Edi Fortini

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Self-Hatred é uma banda de atmospheric doom death formada em Plsen, na República Tcheca em 2014 e conta com Kaťas (vocal), Pavel Janouškovec (guitarra), Aleš Vilingr (guitarra), Štěpán Eret (baixo), Michal “Datel” Rak (bateria) e Michal Šanda (teclados). Seu primeiro álbum, “Theia”, foi lançado pela Solitude Productions no início de setembro e conta com 7 registros que nos deixa almejando já por um próximo

lançamento. Combinando o tom clássico do doom nos anos 90 com direito a vocais femininos e muitos, mas muitos temas com teclados, o álbum é um doce passeio pelos pesadelos tradicionais que fizeram o doom ser estilo maravilhoso como o desfrutamos hoje. Alguns dos músicos já participaram de outras bandas, tais como Et Moriemur, Dissolving Of Prodigy e Silent Stream Of Godless Elegy, o que deixa bem explícita a experiência em saber fazer bem feito num trabalho de estreia. Os 40 minutos de Theia mescla


SELF-HATRED THEIA

2016

REPÚBLICA TCHECA 1 - Guilt 6’08’’ A 2 - Theia 1’42’’ A 3 - Slither 6’51’’ A 4 - Attraction 5’35’’ A 5 - No Judgement 7’07’’ A 6 - Self-reflection 3’31’’ A 7 - Memories 9’05’’

passagens sombrias, clássicas, ora mais rápidas (Como em “Slither”), ora mais pausadas (como em “Memories”) como se nos permitisse

aproveitar a passagem durante uma viagem dentro de nós mesmos. Há também uma música que mescla o doom clássico com elementos do post-punk, “Self-reflection”, também excelente. Se há a ser apontado no trabalho é o pouco uso dos vocais femininos, que aparecem nesse primeiro registro apenas como um pano de fundo, quando na verdade é belíssimo e merecia ser melhor explorado, mas é um fator não desabona em nada o trabalho por completo. A descrição na página do Fa-

cebook da banda diz: “Self-Hatred segue o legado da antiga cena tcheca de doom metal, mas a seu jeito. Nos encontre ao vivo e você entenderá”. Bem, os fãs brasileiros adorariam vê-los, com toda certeza. Espero que isso algum dia aconteça! OD | A

LINKS https://www.facebook.com/selfhatreddoom/ http://bandzone.cz/selfhatred https://self-hatred.bandcamp.com/ https://www.youtube.com/watch?v=vF2pyhM9aFk

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ESPECIAL

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ANOS DE FUNERAL DOOM UM DOS PRINCIPAIS NOMES DO DOOM METAL BRASILEIRO ESTÁ COMEMORANDO 20 ANOS DE ESTRADA

POR | Rafael Sade

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ssim como acontece com algumas bandas, em 1996 o HellLight nasceu do sonho de tocar como os ídolos. Músicas no repertório de nomes como Danzig, Dio e, principalmente, Black Sabbath davam os primeiros acordes daquilo que viria mais tarde, chamando a atenção pelo andamento lento e a afinação baixa.

Sem demora, com canções próprias e formação consolidada, é lançado o disco Fear no Evil (1998), que deixa bem clara sua origem e suas influências. Após um hiato, é lançado o In Memory of the Old Spirits (2005), no qual eles fincam seus pés no funeral doom metal e evidenciam os vocais guturais. Depois, Funeral Doom (2008) é o álbum que traz a temática do seu estilo para a capa e pelas longas músicas em seu repertório OD | A e abre as portas para octoberdoom.com

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ESPECIAL FORMAÇÃO

In Memory of the Old Spirits (2004)

o exterior, sendo lançado pela gravadora alemã Ancient Dreams Records. Entre os anos 2011 e 2013 o grupo fecha com a gravadora russa Solitude Productions, e então são lançados o EP The Light that Brought Darkness e os álbuns ...and Then, the Light of Consciousness Became Hell... e No God Above / No Devil Below, nos quais a HellLight trabalhou como um duo. Já em 2015, com 50% da formação original, os bangers lançam o Journey through Endless Storms, aclamado no Brasil e no exterior, e que possibilitou o lançamento nacional com a Mutilation Records. Falamos com Fabio de Paula, guitarrista, vocalista e fundador, que nos conta sobre toda essa trajetória, sobre o lançamento da coletânea e um show comemorativo de 20 anos.

October Doom Magazine: Nesses 20 anos de underground, qual o foi o melhor acontecimento que fez valer a pena estar ativo até hoje? Fabio de Paula: Na minha

opinião, o melhor acontecimento foi, na verdade, o reconhecimento que a banda adquiriu diante do público tanto brasileiro quanto estrangeiro. Este sempre foi um motivo de muito orgulho, pois todos sabem quão difícil é se manter

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Pré Funeral Doom (2006)

…And Then, The Light Of Consciousness Became Hell… (2011) e No God Above - No Devil Below (2013)

Journey Through Endless Storms (2015)


durante tantos anos no underground - especialmente fazendo um estilo de música tão impopular. Durante todo esse tempo, muitas coisas boas e ruins aconteceram. Muitas discussões, muitas desilusões... Porém, tivemos muitos momentos épicos e emocionantes com muitos dos shows que fizemos. É a emoção e a paixão que nos manteve e que nos manterá na ativa por muitos anos ainda.

A banda anunciou uma coletânea com download gratuito. Qual foi o critério para a escolha das músicas? Fabio de Paula: Nós qui-

semos fazer uma compilação com músicas de todos os álbuns, e tentamos colocar aquelas que mais tocamos ao vivo durante todos esses anos, justamente pela identificação que muitos fãs possuem com algumas delas. A ideia de soltá-lo com download gratuito veio do momento celebrativo. Achei incoerente cobrar os fãs por um material que é fruto de uma data comemorativa e tão importante para nós.

No último sábado de novembro, a HellLight fará um show com entrada franca para comemorar os 20 anos de underground. Podemos esperar alguma surpresa? Fabio de Paula: Sim, essa

foi a data escolhida para essa celebração e esse será um dia muito especial para nós. Será um show muito emocionante, pois tentaremos contar por meio de nossas músicas, e alguns diálogos, a trajetória destes

Tivemos muitos momentos épicos e emocionantes com muitos dos shows que fizemos. É a emoção e a paixão que nos manteve e que nos manterá na ativa por muitos anos ainda.” Fabio de Paula - HELL LIGHT

últimas duas décadas e, além disso, fazer com que essa emoção seja passada para o público presente. Afinal, muitas das pessoas que estarão lá nos acompanham desde o começo. Isso é, na minha opinião, o objetivo máximo de qualquer artista: conseguir dividir sua arte com o público de forma tão intensa que as pessoas passem a acompanhar toda a sua trajetória. Acredito que será uma grande noite que marcará o ciclo desses primeiros 20 anos e, certamente, o começo dos próximos 20. OD | A

LINKS

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ANOS DE FUNERAL DOOM DISCOGRAFIA + GALERIA DE FOTOS

https://www.facebook.com/helllightdoom helllight.bandcamp.com/album/journey-throughendless-storms

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FICHA

FOTOS BY EDI FORTINI

ORIGEM

São Paulo, BR

GÊNERO

Funeral Doom

DISCOGRAFIA

In memory... (2004)

And then, the light... (2011)

Funeral Doom (2012)

No God above... (2013)

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ANOS DE FUNERAL DOOM 50

Journey Throgh endless Storm (2015)


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ESPECIAL

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CÂNCER DE PRÓSTATA:

O QUE É, COMO TRATAR, PRECONCEITO E ORGULHO SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA E COMO CUIDAR DA SUA SAÚDE POR | Jenny Souza

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á vamos nós para uma nova matéria sobre conscientização da saúde. Afinal de contas, se nossos ídolos ficam doentes, podemos tê-los como exemplos e não passarmos pelos momentos de dor que eles tiveram. Neste mês está rolando a campanha “Novembro Azul”, no qual a atenção é voltada para as palestras e demais ações relacionadas à prevenção do

câncer de próstata, da mesma forma em que o mês anterior foi chamado “Outubro Rosa”, que chamava o público a conhecer e se prevenir contra o câncer de mama. Então, rapazes, não sejam orgulhosos. Este tipo de câncer pode matar se não forem tomados os devidos cuidados. Vamos primeiro saber o que é, além de vermos fatores de risco e tratamento, para depois irmos a alguns exemplos, de forma a ilustrar a doença. OD | A octoberdoom.com

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ESPECIAL

CÂNCER DE PRÓSTATA A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz que só os homens têm. Fica logo abaixo da bexiga e na frente do reto e da uretra. O canal que transporta urina passa através dela. A próstata contém pequeninas glândulas especializadas que produzem parte do líquido seminal ou sêmen, que protege e nutre os espermatozoides. Na maioria das vezes, o câncer de próstata tem desenvolvimento lento e alguns estudos mostram que cerca de 80% dos homens de 80 anos que morreram por outros motivos tinham câncer de próstata e nem eles nem seus médicos desconfiavam. Em alguns casos, porém, ele cresce e se espalha depressa. Alguns especialistas acreditam que o câncer de próstata começa com pequenas mudanças no tamanho e forma das células das glândulas da próstata. Essa alteração, conhecida como neoplasia intraepitelial prostática (PIN), pode ser de baixo grau (quase normais) ou de alto grau (anormais). Biópsia de próstata com PIN de alto grau indica grande chance de haver células cancerosas e exige novo exame. Em 2016, cerca de 61 mil brasileiros receberão diagnóstico da doença, sendo a segunda causa de morte por câncer entre homens, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. Nos Estados Unidos, as estatísticas indicam que um cada

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seis homens vai ter câncer de próstata, mas apenas um em cada 34 vai morrer por causa da doença. A taxa de mortalidade da doença está em queda, em parte porque está sendo diagnosticada precocemente.

TRATAMENTO Pacientes com câncer de próstata podem ter de escolher entre uma série de diferentes tratamentos, cada uma com riscos, efeitos colaterais e consequências diversas para a sua vida. É preciso ter calma, assimilar bem as informações do médico e tirar dúvidas, ações estas que dão mais segurança quanto às escolhas terapêuticas. O melhor tratamento para cada caso depende de uma série de fatores, como idade e estado geral de saúde. Também contam os sentimentos de cada um em relação aos efeitos colaterais de cada terapia, o estado da doença e a chance de cada tratamento de cura. Cirurgia, radioterapia e terapia hormonal são as opções mais comuns de tratamento. A quimioterapia pode ser usada em alguns casos e, em outros, médico e paciente podem optar por apenas acompanhar a evolução da doença, sem nenhuma forma ativa de tratamento.

ESPERAR PARA VER

Como alguns tipos de câncer de próstata crescem devagar, certos pacientes podem nunca precisar de tratamento, especialmente quando

eles são idosos ou têm outros problemas de saúde. Nestes casos, o médico pode optar por acompanhar a doença e, literalmente, esperar para ver. O especialista vai acompanhar a doença por meio do teste de PSA (do inglês prostate-specific antigen, ou antígeno prostático específico, que é a substância produzida pelas células da glândula prostática) e toque retal, sem recomendar cirurgia ou radioterapia, especialmente se o câncer não causa sintomas, tem crescimento lento e está restrito a uma área da próstata. Se o crescimento do tumor se acelerar, médico e paciente discutem a forma de tratamento. Esta não é uma opção para homens jovens, com boa saúde e câncer de crescimento rápido.

FATORES DE RISCO

O câncer de próstata pode ser diagnosticado precocemente pela combinação de um exame de sangue, que avalia os níveis de PSA e pelo exame de toque retal. Como a próstata fica logo em frente ao reto, o exame permite que o médico sinta se há nódulos ou tecidos endurecidos, indicativos da existência de câncer, provavelmente em estágio inicial. É bom lembrar que esses exames não têm 100% de precisão e que a realização de novos testes vai depender de vários fatores, entre eles sua idade e estado geral


GRANDES NOMES DO ROCK VÍTIMAS DO CÂNCER

JAMES BROWN

de saúde. Pacientes jovens com este malefício e que não seja diagnosticado precocemente podem ter reduzida sua expectativa de vida, enquanto que em pacientes idosos com saúde já abalada o câncer de próstata pode nem ser um problema sério, já que seu crescimento é lento. A recomendação padrão é que homens saudáveis façam exames anuais de PSA e toque retal a partir dos 50 anos. Homens com risco maior (aqueles que têm parentes que tiveram câncer de próstata jovens) devem começar os exames mais cedo, aos 45 anos. Agora que vocês já viram como funciona essa doença silenciosa, vamos aos nossos exemplos dentro no rock e no metal. Prevenir, se cuidar e esquecer o lance do orgulho que a maioria dos homens tem é um passo ENORME para evitar problemas de saúde como este. Ainda há preconceito quando o assunto é referente à saúde íntima dos homens, mas, convenhamos: não é melhor se cuidar para aproveitar a vida do jeito que deseja? OD | A

morreu no dia 28 de dezembro do ano passado, aos 70 anos, ainda era diabético.

O “pai do soul” foi diagnosticado com câncer de próstata em 2004, mas passou pela cirurgia e se recuperou. Ironicamente, não foi o câncer que o levou à morte, em 2006, mas uma insuficiência cardíaca causada por complicações de uma pneumonia.

FRANK ZAPPA

LEMMY KILMISTER O músico da banda de metal britânica Mötorhead, morreu em decorrência de um câncer de próstata, segundo certificado de óbito do departamento de saúde pública de Los Angeles obtido pelo site americano TMZ. No relatório ainda consta que o baixista apresentava arritmia cardíaca e insuficiência cardíaca. Lemmy, que

Faleceu em decorrência de um câncer de próstata, em 1993. A maioria dos projetos de Zappa tiveram uma parada em 1990, quando ele foi diagnosticado com um câncer de próstata terminal. A doença tinha sido desenvolvida sem constatação por dez anos e era considerada inoperável. Depois do diagnóstico, Zappa devotou a maior parte da sua energia para trabalhos orquestrais modernos e no Synclavier. Em 1993, ele completou Civilization, Phaze III pouco antes de sua morte. Foi o maior trabalho no Synclavier que ele tinha começado desde os anos 1980. Frank Zappa faleceu em 4 de dezembro de 1993, em sua casa, com as companhias de sua esposa e filhos. Em uma cerimônia privada no dia

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ESPECIAL

seguinte, foi enterrado em um túmulo não marcado no Westwood Village Memorial Park Cemetery, em Westwood, Los Angeles. Na segunda-feira, 6 de dezembro, sua família anunciou publicamente que o “Compositor Frank Zappa foi para a sua última turnê pouco antes das 18h no sábado”.

JOHNNY RAMONE Em 15 de Setembro de 2004, aos 55 anos, o guitarrista morreu em Los Angeles depois de cinco anos lutando contra o câncer de próstata. Estavam ao lado de Johnny (foto ao lado) em seus últimos momentos de vida sua mulher, Linda, e astros do rock como o vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder, o guitarrista dos Red Hot Chili Peppers, John Frusciante, e o músico/produtor/cineasta Rob Zombie.

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Espero sinceramente que matérias como esta ajudem abrir a mente do público em geral. Sempre tem informações sobre esse tipo de assunto em sites de hospitais, ONGs que cuidam dos assuntos de oncologia e instituições do gênero.

Não deixem de consultar um médico quando chegar a sua vez. A ODM deseja muita saúde para todos.

FONTE http://www.accamargo.org.br/tudo-sobre-ocancer/prostata/32/


PREVINA-SE

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AGENDA AGENDA OCTOBER DOOM

UMA SELEÇÃO DOS MELHORES EVENTOS, FESTIVAIS E SHOWS QUE ACONTECEM DURANTE OS PRÓXIMOS DIAS.

DIVULGUE SEU EVENTO Envie para nossa redação, as informações e links. contato@octoberdoom.com.br

Não nos responsabilizamos por mudanças ocorridas na programação

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SHOW BLACK WITCH, PROJETO TRATOR E MONAURAL

8/12

TALIESYN ROCK BAR

FLORIANÓPOLIS/SC ACESSE

DE SÃO PAULO PARA FLORIPA, BLACK WITCH E PROJETO TRATOR SE SOMAM AO MONAURAL PARA MAIS UM ROLÊ DA MÚSICA PESADA E DISTORCIDA

https://www.facebook.com/events/1059165304206640/


FESTIVAL

MANIACS METAL MEETING 2016 9 a 11/12

FAZENDA EVARISTO – RIO NEGRINHO – SC O INTERIOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA VAI TREMER! ACABA DE SER CONFIRMADA A REALIZAÇÃO DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO MANIACS METAL MEETING, O MAIS NOVO GRANDE FESTIVAL DE HEAVY METAL DO PAÍS.

ACESSE https://www.facebook.com/ events/1753950011492950/

FESTIVAL

9/12 22H

DOOM NATION EM CURITIBA

92 GRAUS THE UNDERGROUND PUB ACESSE

A DOOM NATION LEVA PELA PRIMEIRA VEZ, SEU FEST PESADO E CABULOSO PARA FORA DE SÃO PAULO, E CURITIBA É A CIDADE ESCOLHIDA PARA ESSA REESTREIA COM AS BANDAS AGHARTA, CASSANDRA, E RUÍNAS DE SADE.

https://www.facebook.com/events/1231235420281095/


AGENDA FEST DOOM OVER BH

FEST RUÍNA FEST

17/12 22H

EL GATO NEGRO – ASSIS/SP AS BANDAS LO-FI, DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, E OESTE, DE MARÍLIA, SE APRESENTAM EM ASSIS PARA MOVIMENTAR O UNDERGROUND NO INTERIOR PAULISTA.

ACESSE

10/12

SANTA PRAÇA

BELO HORIZONTE/MG

19H

https://www.facebook.com/ events/1808856536004934/

FEST 18/12 16H

RAROZINE FEST CENTRO CULTURAL GERALDO PEREIRA – BRAGANÇA PAULISTA/SP

NA PRIMEIRA EDIÇÃO DE FESTIVAL DEDICADO AO DOOM METAL AS BANDAS PESTA, THEEVIL, KALFAS E FALLEN IDOL (LANÇANDO SEU DISCO SEASONS OF GRIEF) SE APRESENTAM NUMA NOITE SIMPLESMENTE CONDENADA AO SUCESSO.

A COMEMORAÇÃO DE FIM DE ANO DA RAROZINE FOI ANTECIPADA, E CONTARÁ COM AS BANDAS SORRY FOR ALL, ECHINOCHESS, DRAKULA E BURT REYNOLDS.

ACESSE

ACESSE

https://www.facebook.com/events/1817729901839959/

FESTIVAL

BLACK WITCH, PROJETO TRATOR, LAMBATE! E MARTE

11/12 19H CRAZY PUB – CURITIBA/PR ACESSE

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https://www.facebook.com/events/1384014611643665/

https://www.facebook.com/ events/1174118172678158/

DANDO CONTINUIDADE A TURNÊ DAS ALIADAS BLACK WITCH E PROJETO TRATOR, AS BANDAS SE ENCONTRAM COM MARTE E LAMBA-TE!, EM CURITIBA, PARA MAIS UMA APRESENTAÇÃO FOD@!



FOTO BY EDI FORTINI

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