1st, November, 2014

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QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

1ª Quinzena de Novembro de 2014 Ano XXXIV - No. 1189 Modesto, California • $2.00 / $45.00 Anual

Thornton

P.15 a 19

A Nova Igreja de Hilmar Novo Livro

P.8,10

Inauguração em Março 2015

Sugestões •

Novembro 1 Festival das Bandas em Hilmar

Novembro 2 - Apresentação do Livro de João Pires, em Gustine.

Novembro 4 - Dia de Eleições

Novembro 7 - Apresentação do Livro dos 100 Anos da Paróquia das

The California American Portuguese Veterans Memorial has been approved! P27

Álamo Meneses: "A relação entre cidades é uma relação entre ins-

Cinco Chagas, pelas 7:00m na IES •

Novembro 7 - Apresentação do Livros de Julia Borba, na Casa do

tituições geridas por pessoas, e por isso mesmo, a

Benfica 8:30 pm •

Novembro 7-9 - Convenção da PFSA em Newark

Novembro 8 - Banquete dos 100 Anos da Paróquia das Cinco Chagas

Novembro 14 - Concerto de Ana Moura em Los Angeles

Novembro 16 - Apresentação do Livro de Julia Borba em Turlock

Novembro 22 - Aniversário do GF Vida Ribatejana

sua força será aquela que colectivamente lhe quisermos dar. Há vontade em ambos os lados e estou seguro que esta relação se vai traduzir em maior P.14

intercâmbio e em maior conhecimento mútuo"


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SEGUNDA PÁGINA

EDITORIAL

uma região empobrecida, que não se sustenta por si própria, autorizar a abertura de um Casino em Ponta Delgada nem lembra ao Diabo nem sequer aos mais incrédulos açorianos. Alguém pensa que o turista que vem a São Miguel está interessado em casinos? Alguém pensa que os milhares de turistas que passam em dezenas de navios de cruzeiro irão jogar ao casino em vez de darem a volta a tão linda Ilha? Será que este Governo não vive na realidade actual? Será que este Governo não tem visões de futuro? Como exemplo, podemos dizer que o Hawaii que está a anos-luz distante dos Açores em termos de Turismo, não tem casinos. Apostaram no Turismo e nas suas belezas naturais. Tal como aconteceu com a SATA que quiz usar sapatos maiores do que os pés, os casinos irão sim empobrecer ainda mais muitas famílias já pobres de si. Será uma enorme derrocada familiar numa ilha ainda com tantas desigualdades. Oxalá estivessemos errados.

1 de Novembro de 2014

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Comprar, mas bem

aqui a poucos dias a Paróquia das Cinco Chagas irá completar a bonita idade de 100 Anos. Cem anos dedicada à religião e a suportar a religiosidade de muitos milhares de açorianos que no passado residiam à volta de tão bonita Igreja. Para lembrar o que foi a viagem no tempo destes cem anos de actividade, Miguel Avila, meteu mãos à obra de escrever a história da Paróquia. Monsenhor Ribeiro era um Homem muito metódico e escreveu um diário que ajudou a compreender todos os seus passos durante toda a sua vida. É uma obra importante para todos aqueles que querem compreender como fomos e o que fizemos num passado muito diferente do actual. Foram precisos Homens de barba rija liderados por um Homem, padre, do Faial que sabia muito bem o que queria. E isso é já meio caminho andado em quaisquer circunstâncias. Convém registar que esta importante obra foi produzida por uma empresa de grande sucesso de Fremont, Spectrum Lithograph, de Dino e Fernanda Pereira e editada pela nossa já muito conhecida e galardoada Portuguese Heritage Publications of California, a quem já se devem grandes obras sobre a nossa estadia em terras da California e não só. O Design e Layout do

livro é do Director Artístico do Tribuna, Roberto Avila. Não percam esta obra porque nos conta muito do importante que se fez no princípio do Século XX.

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odos os dias lemos, ouvimos e vemos, o que se diz sobre alimentação e o cuidado que devemos ter de como adquirir produtos de boa qualidade. Infelizmente todas as grande superficies comerciais fazem vista grossa a muita coisa e a muitos produtos que são consumidos em grande escala. Dou-vos um exemplo: percorremos vários supermercados e investigámos a procedência do camarão vendido. Maioria dele da Ásia: Vietname, Indonesia, Tailândia e todo ele de viveiro. Quem já teve a sorte de ver na televisão como em alguns destes países se processa o crescimento destes deliciosos mariscos, fica-nos a sensação que a gerência desses supermercados, das duas uma: ou sabem das más condiçoes ou então fecham os olhos e como sabem que o camarão é um dos produtos mais vendidos na América, calam-se porque o lucro manda mais, do que o mercúrio, o selénio e outras coisas que estejam dentro desses pequenos bichinhos.

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É pena que não possamos comprar camarão das nossas costas, mesmo dos nossos viveiros, caso sejam tratados com toda a tecnologia existente. E já para, não falar nos peixes de água doce que vem desses mesmos países, e de Africa, onde os rios não tem controle, onde a maioria dos esgotos são atirados para essses mesmos rios e lagos. Um perigo para a saúde.

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esde que o processamente da distribuição deste jornal mudou de Stockton para Sacramento temos apreciado um retrocesso no tempo de entrega deste jornal para certas áreas do Vale Central. O ultimo jornal que saíu no dia 13 de Novembro ainda hoje, Novembro 26, não chegou a muitas casas dos nossos subscritores. Já exigimos aos Correios uma total investigação e muita embora não sejamos culpados do acontecimento, apresentamos mesmo assim as nossas desculpas. jose avila

Year XXXIV, Number 1189, Nov 1st, 2014 $45.00


PATROCINADORES

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COMUNIDADE

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Homenagem ao Centenário da Paróquia das Cinco Chagas Ao seu original Pároco Monsenhor Henrique Augusto Ribeiro Monsenhor Ribeiro realizou Portugueses emigrantes Precisam de ter seu lar E uma Igreja começou E com ele 81 Fundadores Prontos para o ajudar! Construída Bela e Linda Igreja Arquitetura estilo de Portugal Bem dito louvado seja O nome que Lhe foi dado Também na Bandeira de Portugal Assim como na Igreja para sempre marcado D'um valor sem igual. Sentimento como tal não se pode imaginar Teve o Pároco do Faial Ver Torres Elevadas Ouvir Sinos Badaladas Comunidade Abençoar sua missão completar! Igreja, são tantos os seus encantos Com seus sete altares Imagnes de muitos Santos Altar Mór, Cúpula azul do Infinito Onde no sacrário guarda Corpo de Cristo Nem só serviu para Orar Ponto de encontro dominical Portugueses ali vinham Ver amigos saudar abraçar Na sua cultura e língua natal Ainda hoje se faz como tal! Conhecido Monumento Na Cidade de San José Quer por dentro ou por fora Da Dioceses a mais Bela Assim dizem quem vem a Ela! Neste simples poema Não quiz pôr obstáculos Senti impulso dever de Louvar e Homenagear Igreja de fama Que o povo tanta ama E um poema escrever!

Este humilde poema Com palavras de fervor Pedi a Deus para o tema Que me iluminasse Sehor!

Por cem anos e até agora Portugueses a tem zelado Com o seu trabalho doado Sempre linda como outrora

Monsenhor Ribeiro Emigrante Faialense Alma cheia de inteiro Inspirações de querente!

Monsenhor Ribeiro E todos que trabalharam Fundadores homens, mulheres Muitos sacrifícios fizeram

Portuguese Education Foundation of Central California

tudo e Reconhecimentos 22 horas - Sarau Dançante 23 horas - Encerramento Além da apresentação das Bolsas de Estudo, serão reconhecidos o Estudante, Professor, Empresário e Cidadão do Ano 2014. O custo dos bilhetes é de $40.00 por pessoa e os mesmos encontram-se à venda com todos os membros desta Fundação. Reservas poderão ser feitas até ao dia 10 de Novembro de 2014. Para mais informações poderão ligar para Luís de Oliveira - 209-704-8850, ou Eileen Faria - 209-614-8428. Não haverá venda de bilhetes à porta.

A Fundação Portuguesa de Educação para o Centro da California leva a efeito o seu Banquete Anual no Salão Paroquial de Nossa Senhora da Assunção dos Portugues em Turlock, no dia 21 de Novembro de 2014, com o seguinte programa: 18 horas - Hora Social (No-Host Cocktails) 19 horas - Jantar 20 horas - Apresentação das Bolsas de Es-

Responsabilidades tomaram E este tesouro nos deixaram! Portugueses que vem participar Quer de perto quer de longe Nesta herança compartilhar Povo humilde mas orgulhoso Da beleza que tem p'ra mostra! Na Igreja das Cinco Chagas Desde que o Sr. Padre Nóia saíu Tribulações e injustiças Mau gosto nela caíu Origens da cultura a tratar Que estava a governar Não percebeu p'ra oficiar Ficando mais de uma década Oprimidos sem resultar! Dos Portugueses Património. Eles alegres a sorrir Lá nos diz o ditado Tal pecado roubar Como deixá-lo ir Monsenhor Ribeiro E sua comitiva 100 anos a continuar Faço súplica respectiva Para Deus todos abençoar

Olga Maria de Vargas olgam7@att.net


COLABORAÇÃO

Manuel Inácio Pamplona Corte Real

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O Combatente

á exatos 254 anos, a 3 de julho de 1760, nascia Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real, o 1º Conde de Subserra, em Angra. Este foi uma figura de proa do Liberalismo em Portugal. Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real era descendente de duas estirpes fundadoras da nossa Ilha, os navegadores Corte-Reais e de Gonçalo Álvares Pamplona, o portuense que, no século

XVI, se tornou no 1º morgado da Casa da Salga. Figura indelével da História do nosso país, Manuel Pamplona Corte Real era filho de André Diogo Martins Pamplona Corte Real, o 8º morgado da Casa da Salga, e de sua mulher Josefa Jacinta Merens de Távora, da família Merens, responsável pelo governo da cidade de Angra desde o início da colonização dos Açores. Pamplona Corte Real estudou em Angra, partindo depois para a Universidade de Coimbra, onde obteve o bacharelato em Matemática. Iniciando, então, uma profícua carreira militar, como cadete no Regimento de Cavalaria de Santarém, mais tarde elevado, neste mesmo regimento, a oficial. Pamplona Corte Real tinha um forte espírito de aventura, por isso, pediu licença para abandonar o exército português e tornou-se mercenário, partindo, em 1787, para a Europa de Leste, com Gomes Freire de Andrade. O primeiro teatro de combate foi na Guerra da Crimeia, como voluntário pela Rússia de Catarina II, a Grande contra o Império Otomano. Continuando, em 1790 e 1791, às ordens da Czarina, foi agraciado com a grã-cruz da Ordem de Alexandre Nevsky e feito cavaleiro da Ordem de São Vladimir. Em 1791, Pamplona Corte Real regressou a Portugal, onde permaneceu por pouco tempo. A Santa Aliança (Inglaterra, Rússia, Áustria e Prússia) iniciou uma guerra contra a França, onde entretanto rebentara uma Revolução e Pamplona Corte Real alistou-se pelos aliados, comandados à época pelo Duque de York. Em 1793, participou na tomada da cidade francesa de Valenciennes. De regresso a Portugal, Pamplona Corte Real foi chamado para ajudante general da Divisão Auxiliar Portuguesa à Coroa de Espanha na Campanha do Rossilhão (1793-1795), em que Portugal participou ao lado do país e da Inglaterra contra a França. Portugal enviou 5 400 homens, que ficaram sob o comando do tenente-ge-

neral britânico John Forbes. Pamplona Corte Real foi agraciado, pelo seu brilhante desempenho, com a Granada de Ouro, com a Ordem de Cristo, recebendo ainda a grã-cruz da Ordem Militar da Torre e Espada. Foi também nomeado tenente-coronel e 2º comandante da Legião de Tropas Ligeiras. Em 1801, Pamplona Corte Real tornou-se coronel do Regimento de Cavalaria n.º 9 e assistiu, em finais de 1807, à desmobilização do exército nacional, em virtude da I Invasão Francesa. Foi integrado na Legião Portuguesa, sob as ordens do exército francês, partindo, de imediato, para Salamanca. Deixou-nos o seu diário, infelizmente grande parte já se perdeu, com as suas aventuras e desventuras ao serviço da França napoleónica. A 1 de agosto de 1808, Pamplona Corte Real foi nomeado Comandante dos Caçadores a Cavalo da Legião Portuguesa e a 22 de abril de 1810 ficou encarregado de comandar uma brigada portuguesa. Tornou-se, também, Governador militar de Coimbra. Foi ainda nomeado Comandante do 2º Regimento Português da 6ª Divisão do 2º Corpo do exército francês na Rússia, tornando-se membro da Legião de Honra. Depois da queda de Napoleão continuou em França e serviu o novo Rei (Luís XVIII), que o fez barão e foi promovido a tenente-general honorário a 24 de abril de 1822. Pamplona Corte Real entrou, deste modo, em contacto com os ideais da Revolução Francesa e tornou-se, assim, maçon.

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e regresso a Portugal, onde se tornou um liberal da ala mais conservadora do vintismo, foi amnistiado pelas Cortes, iniciando a sua vida política. Foi Ministro da Guerra, depois tornou-se deputado pelo círculo eleitoral dos Açores, eleito pela Terceira, defendendo a unidade açoriana. Aproximou-se de D. João VI, regressado do Brasil, e esteve ao seu lado durante o golpe da Vilafrancada, defendendo a integridade do Rei, entrou, então, em confronto com D. Miguel. Foi, assim, feito 1º Conde de Subserra e gentil-homem da câmara de D. João VI e seu conselheiro de Estado. Nomeado, entretanto, para a pasta da Marinha e depois para Ministro assistente ao despacho, ou seja, 1º ministro. Este governo, apelidado de governo dos inauferíveis direitos de El-Rei, era constituído maioritariamente por defensores do Rei na Vilafrancada. Pamplona Corte Real foi nomeado embaixador de Portugal em Espanha, entre 1825 e abril de 1827, altura em que regressou definitivamente ao país. Tornou-se também vegetariano e fez alguma propaganda em defesa dos direitos dos animais. Contudo, em 1828, com o retorno de D. Miguel e a instauração de uma Monarquia Absolutista, Pamplona Corte Real foi preso por ordem direta do novo Rei, que se recordava da derrota na Vilafrancada. Foi guardado em isolamento na Torre de Belém, depois em São Julião da Barra, passando depois para São Lourenço do Bugio e, por fim, no Forte da Graça de Elvas, onde morreu a 16 de outubro de 1832, poucos meses depois do desembarque dos

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Notas Históricas

Francisco Nogueira franciscomgl@gmail.com

Bravos do Mindelo, que partiram da sua terra natal rumo ao Continente, em defesa do Liberalismo. Quanto à sua vida familiar, Pamplona Corte-Real casou-se, a 19 de março de 1806, aos 45 anos, com a viúva Isabel Lemos Carvalho e Menezes, da família dos senhores da Trofa, e herdeira de vasta fortuna que incluía a Quinta da Subserra, em São João dos Montes, concelho de Vila Franca de Xira. Foi da sua Quinta da Subserra que D. João VI originou o título para o seu amigo, Conde de Subserra. Não tiveram filhos, mas Pamplona Corte-Real criou a sua enteada como filha. O casal, após o seu regresso a Portugal, em 1821, introduziu diversos melhoramentos na Quinta, a qual viria, já na dos seus descendentes, a tornar-se num dos lugares mais afamados de encontro da alta nobreza portuguesa. Maria Mância de Lemos Roxas Carvalho e Menezes viria a ser, por herança do padrasto, a 2ª condessa de Subserra e, depois de casada, marquesa da Bemposta, senhora do mesmo lugar onde Pamplona Corte-Real tinha defendido D. João VI na Vilafrancada. A História tem desses acasos… Pamplona Corte Real foi um liberal, combatente pelos seus ideais e como poucos deixou a sua marca junto dos inimigos. Após o fim da Guerra Civil (1832-1834), onde a sua fação venceu, os seus restos mortais foram trasladados para a Er-

mida de Santa Catarina, na freguesia dos Biscoitos, junto de seu antepassado Gonçalo Álvares Pamplona, no panteão de sua família. Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real é um exemplo para todos os terceirenses e portugueses em geral, pois foi alguém que defendeu ferozmente aquilo em que acreditava e não se deixou abater pelas conjunturas, mesmo quando se viu preso pelos inimigos, não renunciou aos seus princípios. Exemplos desses devem ser divulgados, meus conterrâneos, não podemos, nem devemos, deixar-nos enfraquecer pelos nossos rivais, mas “empenhar” a nossa espada e ir para a Guerra… não conseguimos ganhar todas as batalhas, mas com força, garra e princípios, venceremos a guerra.


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Ao Sabor do Vento

José Raposo

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jmvraposo@gmail.com

aros leitores do Tribuna e assinantes do mesmo. Em primeiro lugar quero dizer que qualquer dos comentários que tenho escrito e escreverei, nunca foi nem será com o intuito de menosprezar instituições ou indivíduos, mas sim com o fim de que certas coisas sejam corrigidas para o bem de todos nós e da comunidade em geral. Como disse o grande Seneca, “Errare humanum est, perseverare autem diabolicum, et tertia non datur”. Errar é humano, permanecer no erro é diabólico e a terceira não é opção. Porém alguns de nós Portugueses permanecemos no erro e os novos erros que cometemos é mesmo de bradar aos céus. José Ávila no seu ultimo editorial dava a ideia para que de quatro em quatro anos não tivéssemos festas. Eu acho que isso seria uma excelente ideia, porque se não tivéssemos festas num ano, no ano seguinte haveriam algumas que desapareceriam por completo e aconteceria o que venho dizendo há muitos anos. Instituições juntar-se-iam e a comunidade ficaria mais forte e mais unida. Mas, quer queiramos ou não, pela ordem natural das coisas, isso mais tarde ou mais cedo irá acontecer. É muito fácil ver os problemas e criticá-los, mas achar solução é que é difícil ou até, talvez, impossível. Por exemplo: fui aos fados a Thornton e pelo caminho recebi uma mensagem de uma pessoa amiga que me pediu para eu guardar seis lugares numa mesa. Eu respondi que não concordava muito com isso, mas que tentaria. Antes da hora dos fados entrei para o salão, pela porta da cozinha, a convite de uns amigos e depois de ter falado com dois senhores, membros da comissão da festa, os mesmos autorizaram-me a que pusesse as cadeiras

Portuguese Time

encostadas contra a mesa, sinal que esses lugares estavam guardados. Minutos depois três pessoas, que não eram nenhumas para as quais eu havia guardado os lugares sentaram-se nas ditas cadeiras. Eu disse que as mesmas estavam guardadas, entretanto não fizeram caso e eu não me preocupei. As portas do salão abriram-se. Empurrões de um lado, chanfalhões do outro, ao ponto de uma amiga minha me ter contado que ela entrou sem ter tocado

este problema, mas talvez fosse bom experimentar num ano, o seguinte: reservar umas tantas mesas para as pessoas que a direção da irmandade achar por bem e não deixar entrar ninguém pelas portas do lado ou da cozinha e sim abrir as portas da frente. As pessoas sentar-se-iam à medida que fossem chegando. De qualquer maneira houve lugar para todos. Ok! Alguém vai dizer que o vinho, a massa sovada e o queijo vão desaparecer antes dos fados

com os pés no chão. As pessoas que entraram correram como vacas sedentas, e tenho quase a certeza que a maioria não era do vale. Esfomeadas, atiraram-se à massa sovada e ao queijo como se não tivessem comido há três dias. Convém dizer que desses lugares que eu guardei, nenhum era para mim. Eu sento-me em qualquer parte e ao lado seja de quem for, até mesmo de quem não gosta de mim. Como disse, não sei qual é a solução para

começarem. E eu pergunto, onde está o problema? Quando acabar acabou. Enfim, começaram os fados. Devo dizer - isto na minha opinião - que o maior problema que os fadistas têm é a falta de ensaios. Todos cantaram da melhor maneira que puderam se bem que eu acho que alguns, principalmente os menos experientes, deveriam ter mais cuidado com os fados que escolhem para cantar. “Quem vai para o mar avia-se em terra.” e mesmo

que o barco seja negro, logo que tenhamos bússola, céu estrelado e vento, poderemos chegar a qualquer lugar sem motor. Continuem a cantar, para que possam fazer mais e melhor e sem dúvida alguma que verão o produto do seu esforço e nós ficaremos todos satisfeitos por ver e escutar pessoas nascidas nesta terra que têm coração e alma de fadistas. Outro problema nestas festas é não haver receptáculos suficientes para por o lixo que se faz e pessoas encarregadas de verificar se os quartos de banho estão em condições ou se precisamos de botas de cano para entrar lá dentro. Resolvi ir à tourada ou toirada. Eu não vou comentar sobre os touros, porque disso percebo muito pouco e nunca compreendi o que é a nobreza de um touro. A raiva? Sim! Essa compreendo e muito bem. Paguei o meu bilhete, aliás um amigo é que pagou para mim. Esperamos mais de meia hora para que a tourada começasse. Fomos informados que a ambulância ainda não havia chegado e não é permitido começar a tourada sem ela estar presente. A dada altura o pessoal, impaciente, nas bancadas, começou a fazer o tal chamado “wave” e acho que o apresentador teve um momento infeliz ao dizer que tivessem respeito porque aquilo não era nenhum jogo de baseball. Um pedido de desculpa, sem mais comentários teria sido o suficiente. Quem faltou ao respeito a toda a gente que estava na praça foi quem organizou a tourada e não fez o possível para quem pagou o seu bilhete tivesse um espetáculo que começasse na hora certa e sem ser ofendido. Não me venham com a história que é Portuguese time.


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Rasgos d’Alma

Válido Voto

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chegada deste jornal às mãos dos seus leitores vai quase coincidir com o resultado ainda fresquinho das correntes eleições. Tal como deve ter acontecido com muitíssimos milhares de californianos, até à última da hora, fomos constantemente bombardeados, cá em casa, com telefonemas e panfletos publicitários promovendo candidatos e candidatas aos poleiros vagos por aí. Faz parte da propaganda política habitual. Habitualíssimo também é fazer-se a vida cara aos políticos, em geral, nicando-lhes a reputação aqui e acolá. Claro que nem todos merecem a pancada por igual. Mas é a lei da vida. Por uns, que metem a pata na poça da lama que os trama, acabam por pagar muitos outros incapazes de escaparem à frustração dos eleitores desiludidos com tanta desonestidade e corrupção a agravarem-se a par e passo. O voto é uma arma, costuma-se cantar aos quatro ventos. Só que, escaldados de retórica oca e pólvora seca, os votantes estão fartos de cantigas cheias de promessas vazias. E, talvez por isso, cada vez menos aparecem nas urnas. A abstenção, por quase todo o lado, alastra-se como caruncho reles para a consciência toldada da classe política descontente com a apatia das massas. Ao contrário dos políticos, os números não mentem. Cá e lá, o povo não esconde estar danado com a demagogia e hipocrisia por parte de quem o devia defender mas, vezes demais, acaba por lixar. Não admira, por conseguinte, que se diga por aí: os políticos são como as fraldas. Escravos dos ‘lobbies’ que os ‘compram’ e privile-

giados pelos ‘favores’ que os protegem, esquecem-se dos ‘interesses’ que deviam defender acima de tudo, com unhas e dentes – os de quem os elege e, bem feitas as contas, acaba por pagar o salário. Pagará a pena votar? É o que tanta boa gente, lesada e descrente, ao olhar para a fronha hipócrita de certos candidatos ou candidatas, se interroga pouco convencida. Admito que, às vezes, muito por culpa dos agentes políticos, percamos a noção válida da importância do voto como direito sagrado, um trunfo precioso à nossa disposição. Convém, no entanto, convencermo-nos de que, no renhido jogo da vida, ou somos a favor ou somos contra. Isso de nos abstermos não tem piada nem faz sentido. Sobretudo, quando depois gostamos de encher a boca a criticar por tudo e por nada. Convenci-me e, desta vez, nem foi preciso sair de casa. No aconchego do lar que me alberga há já mais de três décadas, cá em San Leandro, preenchi o boletim de voto e enviei as minhas escolhas seladas pelo correio. Confesso que, votar, sobretudo nas eleições locais, traz-me um sabor particularmente caseiro. Talvez por se tratar de gente como nós mas que se aventura e dá a cara para bem do lugar onde mora. À partida, há que conceder-lhes o benefício da dúvida. Nunca se sabe quando aparece a pessoa certa no lugar indicado. Dentre as várias opções cá no meu ‘town’, este ano despertou-me especial interesse o desfecho final para a cadeira vaga à frente dos destinos locais. Espero que seja uma mulher a nova mayor. Acho ser tempo de uma senhora voltar a liderar a coisa pú-

Luciano Cardoso lucianoac@comcast.net blica nesta airosa cidade das cerejas. Das duas possibilidades femeninas, uma traz-nos um cheirinho português com o seu nome já americanizado, Diane Souza. San Leandro, que contou durante alguns anos com descendentes ‘portugas’ na sua liderança, também já acolheu uma dama como mayor da cidade. Já lá vão uns bons anos. Mais concretamente, no início da década de quarenta, a presidente da câmara local chamava-se Helen Lawrence, nome também americanizado duma menina oriunda do norte de Portugal que viera para este país ainda criança batizada como Helena Lourenço. Isso ainda no tempo em que os portugueses se prezavam de serem etnia largamente maioritária nesta pequenina localidade, então apenas com dezanove mil habitantes. Quando cá fixei residência há já mais de trinta anos, a presença lusa impunha-se ainda vibrante na vida social e cultural da comunidade dinamizada por gente jovem que enchia a igreja, os clubes, os bailes, as festas, enfim... o nosso idioma era ouvido e falado com vigor e entusiasmo de boca em bocas bastantes para nos fazerem pensar que tudo isto poderia durar muitos mais anos. Bastou apenas uma geração. A emigração estancou e a diferença está à vista. San Leandro há já algum tempo que deixou de ser a cidade dos portugueses. Com o passar do tempo, foram-

Casino em Ponta Delgada O Governo dos Açores autorizou a concessão dos direitos de exploração do jogo no arquipélago a uma nova empresa, que terá de abrir o Casino de Ponta Delgada até 28 de janeiro de 2016. Este dia é também a data limite para começar a funcionar o Hotel Príncipe do Mónaco, na marginal de Ponta Delgada, dentro do qual funcionará o casi-

no, anunciou hoje o executivo regional. A empresa Romanti Casino Azores é a empresa que fica com a concessão da exploração do jogo nos Açores e terá de ter a funcionar, ainda até ao final de janeiro de 2016, as salas de bingo e de jogo na ilha Terceira. Quanto às termas das Furnas (ilha de São Miguel) terão de abrir até 28 de janeiro de 2015. Todas estas informações constam de uma resolução aprovada na reunião do Conselho do Governo dos Açores que teve lugar na ilha do Pico na passada terça-feira e cujas conclusões foram hoje apresentadas aos jornalistas pela secretária regional Adjunta da Presidência para os Assuntos Parlamentares, Isabel Rodrigues. A resolução agora aprovada segue o Plano Especial de Recuperação (PER) da ASTA Atlântica, homologado este ano pelo tribunal de Ponta Delgada. A ASTA Atlântida era a empresa proprietária dos projetos do casino e do

hotel de Ponta Delgada e do Hotel Spa das Furnas, que estão todos por terminar. Ao abrigo do PER, os projetos dos dois hotéis passaram para o fundo de investimento Discovery, que se comprometeu a abrir as termas das Furnas até seis meses após a concretização da compra da ASTA e o de Ponta Delgada até 18 meses após a mesma data. Os prazos foram impostos pelo Governo Regional, que em troca aceitou passar a concessão do jogo para outra entidade. No caso de Ponta Delgada, o executivo açoriano impôs ainda uma diminuição da volumetria das galerias comercias adjacentes ao edifício do hotel e a criação de um espaço público de lazer numa parte dos terrenos, localizados na zona da Calheta. Por outro lado, também até 28 de janeiro de 2016, o Fundo Discovery tem de ter a funcionar o parque de estacionamento adjacente ao hotel e terminar as obras do posto de turismo previsto para o local. Isabel Rodrigues vincou hoje que "estes prazos" fixados na resolução do Governo Regional "respeitam as condições definidas" pelo executivo no plano homologado judicialmente. "O nosso desejo é de que os prazos sejam cumpridos e que tudo corra pelo melhor", acrescentou. Na reunião de terça-feira, o Conselho do Governo dos Açores aprovou também alterações ao regulamento "do processo de reconhecimento e acompanhamento dos Projetos de Interesse Regional (PIR)", para lhe dar "maior eficácia" e o adequar aos novos sistemas de incentivos, "alargando deste modo o âmbito dos setores económicos passíveis de serem abrangidos".

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in açoreanooriental

-se as ilusões e a realidade não engana. Os nossos filhos e netos estão-se a integrar progressivamente na realidade americana porque esta é a sua terra e a saudadezinha já não entra no seu reportório. Os nomes vão-se americanizando e o viver também. Oxalá percebam, a tempo e horas, e para bem dos seus interesses, que o cinismo e a indiferença dos votos em branco não são caminho a seguir. Votar válida e conscientemente é um dever cívico a quem ninguém se devia esquivar.


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Falecimento

Ao Cabo e ao Resto

José Manuel Santos

Victor Rui Dores victor.dores@sapo.pt

"Abana", do Pico

O José Manuel Santos, também conhecido por José Manuel da Fiat, faleceu a 19 de Outubro em Lamego, Portugal, quando se encontarava de férias. Deixa de luto sua esposa Maria Filomena Meneses, de Hollister, três irmãs e muitas sobrinhas residentes em Alcobaça, Portugal, onde José Manuel nasceu. Serviu no Exército Portugês como Paraquedista. Depois de terminar o seu tempo militar, veio viver para a Ilha Terceira, onde trabalhou na FIAT e mais tarde teve um negócio de distribuição de vinhos. A sua paixão por rallys de automóveis e pela forcadagem nas corridas de toiros, era de todos conhecida e apreciada. Criou profundas amizades com muita

gente devido a estas suas paixões. Cerca de 1976/77 deslocou-se à California com outros elementos da Tertúlia Tauromáquica Terceirense para ajudar na fundação e no ensinamento dos futuros Forcados Amadores de Turlock. Em 1986 emigrou para a California e viveu em Gilroy, Santa Clara e mais tarde Hollister depois de se reformar do um trabalho de sucesso na industria de drywall. Tribuna Portuguesa envia sentidas saudações a toda a familia Santos.

Novo Livro de Liduino Borba Vai ser lançado no Salão de Festas de Gustine Pentecost Society no dia 2 de Novembro pelas 8:30 pm o novo livro do escritor terceirense Liduino Borba. Este livro biográfico de João e Cecília Pires, residentes em Gustine, industriais de lactícionos conta a história de um casal de sucesso na nossa diáspora californiana. Ivo Rocha, no prefácio do livro diz: "Esta biografia que relata a história de duas pessoas simp-

les, humildes, honestas, mas ricas de caráter, merece ser lida por todos os que, de uma forma ou outra, tenham ligaçnoes com a emigração, ou se interessem por este fenómeno cíclico das nossas terras, para que possam compreender como se trilha, com os pés, o caminho sinuoso do sucesso em terra alheia, sem profanar principios, alterar convicções, e sem explorara sentimentos".

s instrumentos tradicionalmente usados nas ilhas do Pico e do Faial, nos serões de baile (as folgas), eram duas violas da terra e uma rabeca. Das duas violas, uma tocava rasgado (acompanhamento), a outra ponteado (solo). Com o passar do tempo, houve, nas referidas ilhas açorianas, um fenómeno que não se verificou nas restantes sete. É que, logo no primeiro quartel do século XX, a viola da terra acabaria por ser destronada pelo bandolim, instrumento de origem napolitana introduzido na ilha do Faial pela família Dabney que aqui permaneceu durante praticamente todo o século XIX. Pela iconografia da época, reparamos que muitos elementos daquela família norte-americana tocavam bandolim. E de tal maneira esta influência se espalhou no Faial e no Pico que o bandolim chegou a fazer parte do espólio da noiva, sendo que ainda hoje muitas mulheres e raparigas faialenses e picoenses tocam o referido instrumento. Este goza igualmente da preferência masculina, havendo quem, entre nós (o professor José Maria Silva, por exemplo), alcance patamares de virtuosismo em termos de execução. De resto, não é segredo para ninguém que as melhores tunas dos Açores são as existentes no Faial e no Pico. Hoje a viola da terra tem pouca expressão nestas duas ilhas, e a sua função é mais de acompanhar e não de pontear. Vem isto a propósito da cantiga “Abana”, também conhecida por “Ciranda”, originária da ilha do Pico, e que no Faial tem o nome de “Casaca”ou “Eu cá sei”, tendo em comum o facto de possuí-

rem a característica da música assentar num ritmo binário (2 por 4) e de a melodia e letra serem praticamente idênticas. O mesmo se diga em relação á marcação coreográfica. “Abana” é uma cantiga alegre e com quadras de índole divertida: Eu tenho sete casacas Todas elas são de estopa Minha avó para as fiar Caiu-lhe os dentes da boca Para trás, para diante Hei-de te fazer andar As solinhas dos sapatos Hei-de tas fazer gastar. Uma coisa é certa: o “Abana” é de criação local, pois não consta nos Cancioneiros a nível nacional.


COMUNIDADE

Federação Associativa da Diáspora vai promover cultura e tradições lusas A Constituição Escritura dos estatutos foi assinada no mês de Março. 26 dirigentes associativos da diáspora portuguesa participaram num Curso Mundial de Dirigientes Associativos da Diáspora, organizado pela Confraria dos Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”, com o Alto Patrocinio do Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Representantes do Brasil, Africa do Sul, Argen-

guns dos dirigentes associativos da diáspora que estiveram na génese da plataforma. Depois de uma reunião, o grupo procedeu à assinatura da escritura dos estatutos, no cartório da notária Anabela Ferreira. Seguiu-se uma visita do grupo ao centro histórico. Em comunicado, a Confraria destaca o papel decisivo do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Jose Cesário, através

Bom Halloween tina, Estados Unidos da America, Luxemburgo, Canada, Alamenha, Suica, Belgica, Franca, Espanha e Andorra reuniram em Lisboa, e decidiram durante esse encontro criar uma plataforma inter-associativa a nível mundial, cuja estrutura deveria constituir-se de forma autónoma do Governo ou de movimentos políticos, empenhando-se no desenvolvimento de projectos que promovam o trabalho em rede e o reforço da participação cívica. O projecto tornou-se uma realidade, com a criação da Federação Associativa da Diáaspora, numa cerimónia que contou com a presenca do almoxarife da Confraria dos Sabores e Sabores da Beira “Grão Vasco”, José Ernesto da Silva, que tem estado a liderar e a intermediar todo o processo, e al-

do apoio na realização do curso de formação de dirigentes associativos da diáspora e por ter lançado o desafio ao grupo para que se organizassem de forma autónoma. A Federação tem como objectivo promover o intercâmbio entre diversas associações portuguesas espalhadas pelo mundo, garantindo assim que as tradições, a língua e a cultura não se percam nas comunidades lusas que vivem no estrangeiro. Para tal, será criada uma Plataforma Mundial na Internet através da qual será fomentada a interactividade entre as associações, divulgando as iniciativas que cada uma das instituições pretende levar a cabo.

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Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz Borges d.borges@comcast.net

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Tulare-Angrense Atlético Clube fez cinquenta anos. Quem vive nesta zona do Vale de São Joaquim, conhece bem esta associação, agora com metade de um século de existência. Não é todos os dias que uma das nossas coletividades celebra as suas bodas de ouro. Daí este ser um momento de regozijo e de reflexão. Primeiro, e acima de tudo há que saudar todos quantos através dos anos têm trabalhado para esta associação. O sonho de meia dúzia de atletas e amantes do futebol que pouco a pouco foi ganhando espaço na comunidade. Tal como foi dito algures, é mais fácil começar-se uma associação do que mantê-la viva e ativa, particularmente nas novas comunidades que despontam todos os dias. Por isso, é importante agradecer-se a quem no Tulare-Angrense, e em todo o nosso movimento associativo, trabalha, arduamente, pela manutenção e pela transformação que mais tarde ou mais cedo todas as nossas coletividades de origem portuguesa em terras americanas terão que fazer. O Tulare-Angrense nasceu como uma equipa de futebol. Foi fundado em fevereiro de 1964. A vasta maioria dos seus fundadores eram então jovens emigrantes acabados de chegar dos Açores, que nutriam, o gosto pelo futebol. Durante vários anos triunfou nas ligas locais e estaduais. Um dos seus auges foi quando o famoso futebolista António Simões treinou a equipa. Apesar dos vales e montes, próprios de tudo na vida, ainda hoje o Tulare-Angrense mantém a sua equipa de futebol e explora diversificar-se para outras modalidades. Com os anos, o Tulare-Angrense adquiriu a sua própria sede e hoje é um dos dois salões portugueses que a cidade de Tulare, com cerca de 60 mil habitantes, perto de dez mil de origem portuguesa, possui. Hoje, o Tulare-Angrense, que abre o seu salão diariamente para sócios e amigos do clube,

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As Bodas de Ouro

é um centro de convívio para o quotidiano de muitos desses então jovens dos anos sessenta, hoje aposentados ou à beira da aposentação. É ainda um espaço utilizado para várias celebrações do nosso calendário social, particularmente de índole popular. No ano do seu cinquentenário, o Tulare-Angrense fez história nesta pacata cidade elegendo a primeira direção totalmente composta por mulheres. Algumas das nossas associações nesta cidade irmã de Angra do Heroísmo já tiveram elementos femininos nos seus corpos diretivos. Até porque nesta contemporanei-

por senhoras é um passo gigantesco. Ainda bem que o Tulare-Angrense deu esse passo. Mais, esta associação, tal como várias outras coletividades lusas espalhadas por este estado, também já teve uma amalgama de jovens, incluindo vários jovens luso-descendentes, com menos de 35 anos de idade, que assumiram a presidência do clube durante a última década. Todos estes são passos importantes que uma associação tem que dar para entrar e manter-se ativa no século vinte e um. É que, tal como todo o nosso movimento associativo (mesmo aquelas associações que

-Angrense, com os passos que já deu, e com outros que ainda dará, particularmente a infusão de gente nova que tem outras ideias e outras formas de ver as novas comunidades, deverá continuar por muitos anos. Aliás, como já o disse, em outros reflexos e outros espaços comunitários, a nossa juventude, os novos adultos que por aí estão, e aqueles que ainda querem entrar no nosso movimento associativo, também terão que ser inovadores, porque se repetirem o mesmo que já foi feito isso não funciona, melhor, trabalhará a curto prazo mas não operará a longo prazo,

dade nem se deveria olhar a esse pormenor, mas a verdade é que ainda se olha, e na sociedade em geral, particularmente nos Estados Unidos, onde o sexo feminino representa 52% da população, as mulheres apenas ocupam 24% dos postos políticos. E atrás de muitos países deste belo planeta, só teremos a primeira mulher presidente em 2016. Daí que em Tulare, eleger-se uma direção para uma associação desportiva e recreativa composta totalmente

não o queiram admitir), o TAAC tem à sua frente uma amalgama de desafios. Os próximos anos na vida das nossas coletividades serão, indubitavelmente, anos de metamorfose e inovação. Quem não tiver uma imaginação colossal e quem não quiser aceitar a transmutação que ocorre diariamente nas nossas comunidades e nas nossas famílias estará sujeito ao desaparecimento. Quero acreditar que, a contrário de outras coletividades, o Tulare-

nem é bom para as comunidades. Não é benéfico para as comunidades que os jovens envolventes no nosso movimento associativo queiram, simplesmente, copiar, com uma mera mudança numa virgula ou num ponto exclamativo, o que os pais e os avós fizeram ou ainda fazem. Se não tiverem a ousadia, o intelecto e a visão para mudar, em alguns casos, radicalmente, as atividades e o funcionamento das nossas associações, então deixemo-las

continuar nas mãos daqueles que as construíram e que ainda as alimentam com muito carinho. É necessário que tenhamos jovens inovadores, criativos e audazes. Disso refletirei em outro espaço e outro momento. O importante neste momento é celebrar-se as bodas de ouro de uma das nossas mais emblemáticas associações portuguesas de Tulare. Uma associação conhecida em todo o estado e até mesmo nos Açores, particularmente na ilha Terceira, devido à forte ligação Tulare-Angra. Aliás, há várias décadas, antes dos intercâmbios que hoje se fazem, o Tulare-Angrense, com muito trabalho e sacrifício, sem ter o alicerce de uma abastada conta bancária, levou a sua equipa de futebol à ilha Terceira. É também outro aspeto que temos que ter nas nossas comunidades o sentido de história. Há ainda que salientar e saudar, efusivamente, uma das formas que o Tulare-Angrense quis celebrar o seu cinquentenário. A sua presença no mundo americano. É que durante a feira do condado de Tulare, precisamente no desfile, o qual traz às principais artérias desta cidade mais de 30 mil pessoas, a atual direção do TAAC construiu um carro alegórico, composto pelo tema forte da instituição, o desporto e desfilou-o neste que é o maior certame que a cidade de Tulare tem. Esta é, como já o disse, repetidamente, e quase ad nauseam, o caminho certo para as nossas associações. Têm que saír do seu gueto. Há que penetrar, de uma vez por todas, o mainstream americano. Mas por incrível que pareça há jovens adultos, luso-descendentes, que não compreendem isto! Ainda bem que o Tulare-Angrense compreende, daí ter levado as suas bodas de ouro, e por osmose o próprio clube e toda a nossa comunidade, junto de toda a população de Tulare. Foi a melhor forma de celebrarem os seus 50 anos. Bem-hajam, meus amigos! Parabéns!

Convite Julia Borba convida os amigos e a comunidade em geral para assistirem ao lançamento do seu livro de poemas "O Canto da Minha Poesia" nas seguintes localidades: Dia 7 de Novembro 2014 (Sexta-feira) às 8:30pm Na Casa do Benfica de San Jose 1098 Esat Santa Clara Street, San Jose Dia 16 Novembro 2014 (Domingo) 3:00 da tarde East Lake Ranch 14011 East Ave, Turlock, CA


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Temas de Agropecuária

Egídio Almeida eialmeida@yahoo.com

A Industria de Lacticínios e o Salário Mínimo

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esta altura e durante este ano 2014, um dos topicos de discussão mais quentes tem sido o salário mínimo. É realmente expetacular quantos grupos políticos e não só, têm opiniões diferentes àcerca do que deveriam ser esses numeros, e da realidade de que este não tem nada a ver com os negócios própriamente ditos, especialmente na industria dos laticínios. O Presidente Obama recomendou que o salário minimo Federal deveria subir de $7.25 por hora, para $10.10. Muitos Estados da União estão no processo de fazer o mesmo, ou mais que isso, até ao máximo de $15.00 por hora, que foi já adaptado em Seattle, Washington, em junho passado. Alguns grupos acreditam que este seria o numero mágico para equilibrar o orçamento de todos os Estados Unidos. A inflação, ou perda do poder de compra, é fácil de compreender, tem havido uma massiva quantidade desta, desde que foi implementado o primeiro salário mínimo Federal de $.25 cêntimos por hora em 1938. Mas desde quando é que o salário

sua qualidade e higiene. Numa sondagem do ”Western Magazine” a produtores de leite nos Estados do Oeste, todos são da opinião de que um possível aumento do salário mínimo, não terá consequências na produção de leite que há muito ultrapassou esse limite. Ainda mais concluíu duas realidades no mercado do trabalho: empregados mal pagos é um risco na qualidade dos produtos, máquinas e animais, e a mão de obra é o lugar errado para poupar dinheiro, o que pode trazer consequências a médio e longo prazo.

mínimo começou a fazer parte do debate politico acerca de pobreza, emigração, direitos sociais e beneficios fiscais? E a pergunta feita por ”Western Watch” num artigo publicado numa credível publicação agrícola por todos os Estados Unidos, sobre a agricultura e agropecuária. Muitos artigos relacionados com a possível subida do salário mínimo, escritos ou falados, chamam-nos a atenção que não há nada mínimo no que pagam pela mão de obra os produtores de leite do Oeste dos Estados Unidos. Segundo este articulista, produtores pagam mais porque os mercados de qualidade assim o exigem, não se podendo produzir leite sem apostar na quantidade da mão de obra qualificada para esse fim. O debate normalmente nao é o quanto custa, mas sim o quanto vale a experiência, para a qualidade e segurança dos produtos do leite, e estas são as razões porque a mão de obra qualificada está há muito acima do salário mínimo, porque normalmente produtores pagam bem por essa mão de obra qualificada para produzir um produto que é pago mediante a

trabalho aumentarao também trazendo os numeros para um total de 420. A fábrica agora recebe cerca de 200 camiões-tank de leite por dia. A crescente produção de leite, e um estável regulamento ambiental, faz de Texas um excelente lugar para investimento, afirmou Jonh Jeter, CEO e Presidente. Hilmar Cheese Campany construíu esta fábrica no sítio de uma pastagem em 2005 e a companhia comecou a produzir quejo e proteínas do soro em 2007. Em 2010 a companhia iniciou a fase 2 que incluio 4 baias de receber leite, aumentou a capacidade de produzir queijo, e aumentou os diferentes produtos de proteínas do soro de 4 para 7. No princípio deste ano a companhia iniciou a fase 3, uma expansão na produção de queijo. Esta nova expansão, que estará completa em 2015 aumentará a capacidade de produção em 20%, para acompanhar o crescente apetite dos mercados internacionais, principalmente Asiáticos, pelos produtos do leite dos Estados Unidos.

HILMAR CHEESE CAMPANY Inc. Com a sua sede e a fábrica principal em Hilmar, California, está aumentando a sua capacidade de produção de queijo na sua fábrica em Dalhart, Texas. Este crescimento aumenta os alicerces originais e a capacidade de receber maiores quantidades de leite, maior espaço de refrigeração e equipamentos para processar queijo em blocos de 40 libras, postos de

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Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

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água é irrefutavelmente imprescindível p’rà nossa existência. Não é, porém, propósito da minha parte alongar-me em considerações ou tecer comentários àcerca da importância vitalícia da água. Atrevo-me, no entanto, a transcrever um episódio picaresco narrado pelo meu estimado amigo Manuel Falcão Viveiros Estre­la, publicado no seu livrinho “Mosaicos à sombra” e agora parcialmente transplantado p’ra este recordando. “Antigamente alguns lavradores, donos de vacas leiteiras, misturavam água no leite a fim da produção render mais ao tempo da respetiva distribuição e venda do leite pela freguesia. Havia mercearias que aceitavam garrafas vazias dos clientes p’ra enchê-las de leite logo de manhãzinha. Um dia, numa dessas modestas explo­rações de vacas leiteiras, dois bezerros desamarraram-se de noite e mamaram as mães, faltando evidentemente leite p’rós fregueses. Aconteceu que o filho dum lavrador ao chegar à mercearia com o leite, avisou o proprietário: “Olhe, os bezerros soltaram-se esta noite e não temos o leite do costume p’rá devida distribuição.” Tranquilamente o dono da loja respondeu: “Não faz moleste. Eu acres­cento-lhe um pouco d’água.” Ao que o rapaz inocente­mente replicou: “O senhor não faça isso. O meu pai já misturou água bastante no leite.” Como apropriadamente escreveu Manuel Estrela: “Se a água é vida, ela dava mais vida ao leite. É certo que ninguém morreu por isso. Foi-me até dito por um antigo lavrador que assim o leite ficava mais magro, o que era bom p’rá saúde e p’rás dietas.” Recordo-me, neste momento, do que se dizia na mi­n ha terra àcerca dum indivíduo

Recordando água, vocábulos e adágios

gabarola: “Na pia batis­mal ele tomou tamanha dose d’água benta e presunção p’ra um século de vida.”

Water é o vocábulo inglês p’ra água. Eis umas amostras curiosas: Water beetle (barata), water bug (percevejo), water flea (pulga), water cress (agrião), water melon (melancia), water chestnut (castanha), water closet (re­t rete), water color (aguarela), water mill (moinho), water fall (catarata), water willow (salgueiro), water lily (açu­cena), water spring (nascente), water wheel (turbina), water hose (mangueira), water pail (balde). Das peculiares expressões inglesas, mas em português, destaco: Manter a cabeça acima d’água (evitar ruína financeira), encontrar-se debaixo d’água (estar em apuros), cair em água a ferver (meter-se em sarilhos), atirar pão sobre as águas (fazer bem sem olhar a quem), deitar água na fervura (acalmar as coisas), gastar dinheiro c’ma água (desperdiçar). Passo agora a transcrever adágios extraídos quer do adagiário continental português, quer do adagiário regional açoriano: Dos Açores temos: Água d’agosto tira

o sol do rosto, consola o corpo, dá mel e mosto. Água de janeiro todo o ano tem conserto, e água de fevereiro mata o onzeneiro. Água de maio e três d’abril valem por mil. Água de mar­ço é pior que nódoa no fato, e água de maio pão p’ra todo o ano. Água de S. João tira o vinho e não dá pão. Água ao figo e à pêra vinho. Água da serra e sombra de pedra. Água e mulher só boa se quer. Água boa dá anos e água má faz danos. Água e pão comida de cão. Água fria e pão quente nunca fizerem bom ventre. Água limpa nunca engordou o porco. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Água não quebra osso. Água o deu, água o levou. Água que não hei-de beber, deixá-la correr. Água parada cria limos. Água que não soa não é boa. Água sobre água, não suja nem lava. Águas d’abril são moios de milho. Água sobre mel sabe mal e não faz bem. Águas verdadeiras por S. Mateus as primeiras. Águas passadas não fazem andar moínhos, não fazem correr ribeiras e não moem farinha.

Do Continente recolhemos: A quem Deus quer dar vida, água fria é mezinha. A quem tem vida, água fria é mezinha. Água fria tem mão na vida. Água fria sarna cria e água roxa sarna escocha. A água não empobrece nem envelhece. Água quente, nem a são nem a doente. Água quente, saúde p’ró ventre. Água salobra na terra seca é doce. Quem ceia vinho almoça água. Quem com águas se cura pouco dura. Mas vale a água do céu que todo o regado. Arco-da-velha por água espera. Com água e sol Deus é criador. Água e pão de corrida se vão. Névoa na lama água demanda, névoa em alto água em baixo e névoa do mar água a pingar. A água tudo lava menos quem se ouva e as más-línguas. Água-pé e água-mel cada um faz a que quer. Água e conselhos só se dão a quem os pede. A água é fria mas mais é quem com ela convida. Não comas mel onde água não houver. Não há bom caldo só com água. A fechar, da autoria do saudoso João Teixeira de Medeiros (1901-1995), esta quadra: Se fosse água toda a mágoa Que vivemos a penar, Espaço p’ra tanta água Não haveria no mar.


DNA Testing To Connect Azores to Mainland Portugal

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f we have ever wondered about our origins beyond the Azores, with the advent of DNA testing, we now have a real tool with which we can eventually discover this. A friend of mine with Pico Island ancestry like myself brought up an excellent question when he wondered if anyone with Azores ancestors and who has done DNA testing has ever found a DNA match to someone who has ancient Mainland Portuguese roots. If we want to know where we came from in the continent before our ancestors settled in the Azores, we can't do that alone. All we can do is test our DNA and just wonder where they came from. Sure, we don’t need anyone’s help to learn what general part of the world our ancestors came from 5,000 to 50,000 years ago, but that is a study in Anthropology. If we are researching our genealogies, we need to put a name to a place in time, not some general idea of some unnamed ancestor we can only imagine in some vague part of the ancient world. Anthropology is not as real to the individual as knowing their family tree. From history books, we know most of the original settlers in the Azores from the 1400s and 1500s came from Continental Portugal. Thus we can assume that most Azores descendants today who do DNA testing will have ancestors whose origins came from the continent. Of course, there are documented settlers coming from other countries, like Spain, Flanders, France, England, etc. But the vast majority came from Continental Portugal. So what type of testing will allow us to discover our origins? There are three DNA tests and only two of them are specific enough to reveal this, but the third one

helps in its own way. There is male-only testing for the Y-chromosome (Y-DNA test). Since only males have this chromosome, only males can do this test. When someone gets this test, the results show only the direct male line of father to son to grandson DNA passed down. Then there is the DNA we get from our mothers which is called mitochondrial DNA (mtDNA) for the direct maternal line of mother to grandmother to great-grandmother going back into the far and distant past. The third test is the one that shows DNA from all ancestors from everyone in the family tree which is called Autosomal DNA. Because this test is not specific, it won’t reveal origins in the same way as the first two tests, but it looks at the entire picture of your DNA and you do learn the percentages of your ethnic origins, such as 90% Western European, 3% British Isles, 2% Eastern European, 3% Middle East, 1% North African, 1% Central African, or something similar. Let’s assume you have already done all three DNA tests. We can use my own Y-DNA test as an example. My father's test shows our Haplogroup as R-M269 which is very common in Europe. Our oldest known direct paternal line (Y-DNA) ancestor was Miguel Gil. He was born in the middle 1500s on the island of Terceira, probably in the village of São Bartolomeu. I doubt he was himself native of the mainland, so maybe his father or grandfather was one of the original settlers. But where did he come from in continental Portugal? It's anyone's guess, but maybe from the north. My father’s mtDNA test (maternal line) leads back to Leonor Toste who was

Carlos Avalon em Concerto

On Saturday, November 15th, at 8PM, Carlos Avalon celebrates 40 YEARS OF MEMORIES & MUSIC at the Smith Center- Ohlone College, Fremont, CA. In 1974, fresh from an engagement with the band AZORES 68, and his first recording "Eu Sou Aquele", a young man packed his bags, kissed his mother goodbye and departed California for the land of pineapples, sunshine and Aloha. The rest, as they say, is history. 40 years, 52 countries, and more than 10,000 shows later, Carlos is still going strong. As a performer and entertainer, a recording artist singing in English, his na-

Due to a wide variety of musical performance-from romantic ballads to country to Broadway, Carlos is a hit wherever he goes and has developed a fan base throughout the world. For tickets, call 209-830-7619 or visit the box office at oholonecollege.com

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Doug da Rocha Holmes

born in the middle 1500s, found in the Pico records, but probably herself born in Terceira where most named Toste are from, based on my own research into the families of Terceira and Pico. She belongs to Haplogroup H which is another one common in Europe. Assuming my two ancestors representing my direct paternal and direct maternal lines have ancestors coming from the mainland, I have yet to see a match to anyone with mainland ancestors. But, if we started a campaign to really push to get more and more people with continental Portuguese ancestors to do these tests, we will increase our chances of finding people who match those of us who have Azores ancestors. Maybe in a few months from now we find 100 people with mainland Portuguese ancestry to do the Y-DNA test (males only) and we get real lucky that one also matches me. So we excitedly trace the paternal line back through the records and discover in the middle 1500s the ancestor of this person who matches me was from some location like Porto. While we still probably won't know exactly the names of our common ancestors (who might be born in the 1400s), we might be able to pinpoint where my line came from before settling in the Azores. If we can do that for 1,000 other Azores families, we will have effectively identified a significant number of the original settler population as to their origins. It all starts with getting people with Azores genealogy to test and then get people with mainland Portuguese ancestors to do the same Y-DNA and mtDNA testing. We need to build up the database at Family Tree DNA which is already the largest in the world, but needs to grow much more to be the most effective for all.

The Y-DNA test has several levels from 37 to 111 markers. If you can afford it, get tested for 111 markers, but at least do 67 markers and you can always upgrade to 111 in the future. If you are female, find a brother, father, uncle or male cousin whose direct paternal line is the same as your direct paternal line to do the test for you. There is likely no additional benefit for two brothers or a father and son to do the same Y-DNA test. So save your money for other tests. The mtDNA test is called Full Sequence mtDNA. Like the Y-DNA test, there is no extra benefit for two or more siblings and a mother or grandmother to do the mtDNA test. It will all show as the same exact results. So save your money and test only one person for this one. But a father and a son have two different maternal lines and you can test each of them. And the autosomal test is called Family Finder. If you have Azores ancestors, you will probably match at least 100 other people at this time. I’m not sure what to expect if you have only mainland Portuguese ancestors, but it will be much fewer. That’s why we need so many more to do the test. Test everyone you can with this one. Get all your brothers, sisters, parents, aunts, uncles, grandparents and cousins to do this test. You will all have different results that will really help you out in analyzing your test results. If you would like to do a test, go to their website and place your order: www.FamilyTreeDNA.com And if you have questions about DNA or about tracing your own Portuguese ancestors, feel free to contact me at this email: Terceira@dholmes.com Or visit my website: www.dholmes.com

Ana Moura em Los Angeles

tive Portuguese, and Spanish, as well as a talented pianist and composer in his own right, Carlos still displays the pride in his heritage, the passion in his music and the love of the profession he chose. Music, no doubt runs through his veins. Both his father, Eduino Bulcao Avila, and his grandfather were conductors of local bands in Horta, Faial in the Azores, Portugal. Carlos's long history of live performance as a solo artist began in Hilo ,Hawaii. He then played the demanding lounges of Atlantic City and Las Vegas. In 2002, Carlos was offered a long term contract at Castlewood Country Club in Pleasanton, CA , giving him the opportunity to stop touring and perform where he was raised in the San Francisco Bay Area. Then in 2007, he signed with Celebrity Cruise Lines and Azamara Club Cruises performing up to six months a year at sea. Now Carlos is looking to get back into doing concerts and shows in his favorite type of venue, the Casino-Hotel market while pursuing his lifelong dream of doing a televised concert in the city of Horta, where he was born in the Azores, Portugal.

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crossover coll a b o r a t io n s with musical giants in rock, pop, and jazz.

Ana Moura, the internationally recognized Portuguese fado singer, and the youngest fadista to be nominated for a Dutch Edison Award in Los Angeles. 2 concerts November 14 at 6:00pm & 9:00pm There is no other voice in Fado quite like that of Ana Moura. She strolls freely through tradition but flirts elegantly with pop music, broadening the spectrum of Fado, so typical of Lisbon, in a very personal way. But what sets her apart is not only the low-pitched and sensual tone, so unique – Ana Moura instantaneously transforms any melody to which she lends her voice, into Fado. It’s an immediate spark, an emotional explosion aimed ruthlessly at the listener’s heart Her stage presence embodies the spirit of the iconic fadista, and has captured the attention of Caetano Veloso, The Rolling Stones and Prince giving rise to inspired

“ D e s f a d o ”, the latest Ana Moura’s release, was honored with the Amalia Rodrigues Award for “Best Album”. This prize was given to the double CD version of the album, entitled “Desfado / Caixa Alfama “, which hit stores in December 2013, one year after the release of the standard version. Joining Desfado’s most popular songs, like the homonymous theme by Pedro da Silva Martins, this release also includes singles from previous albums like ‘Leva-me aos Fados’, ‘Caso Arrumado’ and the inevitable ‘Os Búzios’. Don’t miss her fabulous concert. Only in Los Angeles November 14 for 2 amazing concerts at 6:00 and 9:00 pm. She will be performing with Angelo Freire, Pedro Soares Andre Moreira, Joao Gomes and Mario Costa. - See more at: http://www.theatreray mondk abba z .com /2014/0 8/04/ ana-moura-fado-concerts/#sthash. dpuOPB85.dpuf


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COMUNIDADE

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Álamo Meneses

"Angra, memória dos meus encantos"

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lamo Meneses, Presidente da Câmara de Angra do Heroísmo veio de visita às Cidades Irmãs - Tulare, Gilroy e Gustine, para melhorar as relações entre elas e discutir a participação dessas cidades nas Sanjoaninas futuras. Qual foi o objectivo da vossa visita à California? A minha visita à Califórnia teve um duplo objectivo: estabelecer contacto formal com as municipalidades com as quais a cidade de Angra mantém acordos de geminação, nomeadamente as cidades de Gilroy, Gustine e Tulare, e participar no processo de promoção e organização das Sanjoaninas de 2015, cujo tema central é a relação dos angrenses com a diáspora que tem raízes na ilha Terceira e em particular no nosso concelho. A questão da relação com as cidades irmãs é particularmen-

Que tal foram os encontros com os responsáveis das Cidades-Irmãs? Foram encontros extremamente amigáveis e úteis em que foi possível, para além do estabelecimento do conhecimento pessoal entre autarcas, visitar instalações e serviços e trocar experiências. Espero que desses encontros resulte um reforço dos laços de amizade e cooperação entre as cidades, em particular no que respeita ao intercâmbio juvenil, para o qual Angra já dispõe de um regime de bolsas de estudo, e à troca de experiência em matéria de gestão autárquica, em particular nas áreas do saneamento e da gestão pública. Creio que estes encontros, em particular a forma tão cortês como fomos recebidos, honram este relacionamento entre cidades. Quero nessa matéria expressar o meu profundo agradecimento aos presidentes de câmara, membros dos conselhos municipais, administradores dos serviços autárquicos que responsabilidades. A mudança nada tem a ver com o modelo da festa, apenas com a vertente de gestão financeira que lhe está associada. Qual a temática da mesma e se iremos ter participação da Diáspora?

te significativa pois estamos a chegar ao meio século de geminação com Tulare, um relacionamento pioneiro nos Açores e que merece a organização de um conjunto de eventos condigno. No que respeita às Sanjoaninas, demos sequência aos convites anteriormente feitos, nomeadamente a uma das filarmónicas da cidade de São José, e tentámos criar a dinâmica necessária para que a comunidade da Califórnia se faça representar no cortejo de abertura das festas através de uma jovem que integre o séquito real e da presença de representantes das suas instituições que se integrem no desfile.

tão bem nos souberam receber. Porquê a mudança de liderança nas Sanjoaninas? A mudança de liderança nas Sanjoaninas resulta da necessidade de dar cumprimento a normas de contabilidade pública que obrigaram a aumentar o grau de responsabilização da própria autarquia em tudo o que represente despesa. O apertar dessas regras, reflexo da crise das finanças públicas que nos tem afectado, levou à extinção da Culturangra, a entidade que vinha a realizar estes eventos, e à assunção directa pela Câmara das correspondentes

O título das festas de 2015 é "Angra, memória dos meus encantos", tendo como cartaz de lançamento uma reprodução artística da saída do Pátio da Alfândega de um dos navios que nos anos de 1950 ainda faziam ligações de passageiros com a América, e tendo como tema base a relação entre Angra e a diáspora açoriana. O objectivo central é o envolvimento das comunidades emigradas no reavivar das suas memórias dos tempos antes da partida e a criação de pontes com as novas gerações, já nascidas fora da ilha, partilhando com elas essas memórias e a matriz cultural que lhes está associada. Para isso contamos com a participação de todos os que viveram essa realidade, partindo ou ficando, com destaque para as organizações cívicas da diáspora. Quero aqui deixar o convite a todas elas, aos seus membros e a toda a comunidade que tem raízes na ilha, para que participem, não apenas como espectadores, mas como parte dos desfiles, dos concertos e das muitas manifestações culturais, de todos os tipos, que ocorrem durante as Sanjoaninas. O que é que achou da California? Foi um prazer voltar à Califórnia e poder testemunhar a vitalidade da comunidade

Fotos de Al Pinheiro

de origem açoriana e o seu crescente peso social e político. Na visita pude contactar com muitas pessoas, não tantas como gostaria dado o tempo limitado e as grandes distâncias a percorrer, tendo sido uma grata supresa a realidade que vim encontrar. Nesta matéria impõe-se um especial agradecimento a Al Pinheiro, antigo mayor de Gilroy, que nos apoiou e acompanhou, tirando do seu precioso tempo e generosamente assumindo os múltiplos encargos resultantes. A Câmara de Angra e os seus autarcas ficam em dívida. Também agradeço a paciência e a generosidade de muitos outros que nos receberam e acompanharam em todas estas cidades e em dezenas de eventos e locais. Como poderemos ter melhores relações, a todos os níveis, entre as nossas Cidades-Irmãs? A melhoria das relações, que felizmente já são boas e que no caso de Tulare se aproximam dos 50 anos de geminação, pode ser melhorada com um maior empenhamento nosso e um incremento na participação cívica. A relação entre cidade é uma relação entre instituições geridas por pessoas, e por isso mesmo, a sua força será aquela que colectivamente lhe quisermos dar. Há vontade em ambos os lados e estou seguro que esta relação se vai traduzir em maior intercâmbio e em maior conhecimento mútuo. Espero que seja possível desde já lançar as bases de um bom programa comemorativo da relação pioneira com Tulare, com eventos em ambas as cidades, e que já no próximo ano escolar tenhamos alguns jovens bolseiros entre nós.


THORNTON

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Festa de Thornton

Diversos aspectos do Bodo de Leite . A ultima foto mostra a rectaguarda das festas. A mais "nova" das Senhoras tinha sómente 92 anos. Um caso para reflectir.

Participe nas nossas festas. É sempre bom rever amigos


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THORNTON

1 de Novembro de 2014

Festa de Nossa Senhora de FĂĄtim

Debbie e Dennis Goodrich (VP); Janice e Joe Sousa (Pres.), Laura Pereira, (Sec.), Mary Reiswig (Tes.)

JosĂŠ Rodrigues, um padre muito querido em Thornton

Rainha Pequena Jadyn Sousa, aias Madison Faria Kimoto e Emma Russel

Rainha Grande Jordan Sousa, aias Sara Toste e Lillyanna Azevedo


ma em Thornton

Coroação das Rainhas e Presidentes

THORNTON

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THORNTON

1 de Novembro de 2014

Christina e Stanley Chaves, Debby e Dennis Goodrich, José Rodrigues, Janiece e Joe Sousa, Mary Reiswig, Laura Pereira e Frank Chaves

Cada vez mais pessoas e motorhomes

Luís Nunes, Manuel dos Santos, José Ribeiro, António Azevedo, Abel Raposo e João Pinheiro

Toiros controlados electrónicamente. Será este o futuro? Grupos Folclóricos

Embaixo: Al Magina no seu melhor ambiente - arrematações

Homenagem aos 40 Anos do 25 de Abril


THORNTON

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Em pé: Dennis e Debby Goodrich, Marylou Lawrence, Diana Mendes, Pedro Botas, Lysandra Jorge, Paulo Matos, Janiece e Joe Dousa, Frank Chaves. Sentados: George Costa Jr., Manuel Escobar e João Cardadeiro

Final e começo da Procissão que teve a presença de 65 organizações, incluindo as Filarmónica Nova Artista Açoreana de Tracy, Azores Band of Escalon, Lira Açoriana de Livinsgton e Filarmónica União Portuguesa de Santa Clara

O novenário desta festa começou no dia 13 de Outubro e teve como celebrante o já muito conhecido e apreciado padre vindo de Bragança, José Rodrigues. Na Quinta-feira, dia 16, além da Missa houve Benção aos Doentes, seguindo-se Baile com o Conjunto "Sombras", de Sacramento, acabando a noite com a apresentação das Rainhas e Oficiais. Na Sexta-feira, Missa em Honra dos ultimos Presidentes da Sociedade e às 9 horas, Noite de Fados com Diana Mendes, Pedro Botas (vindos da Costa Leste), Lysandra Jorge, e Marylou Lawrence, acompanhados por George Costa Jr., Manuel Escobar e João Cardadeiro. O MC foi Paulo Matos. No outro salão, baile com o Conjunto Luso-Tones. No Sábado, missa pelas 9 horas, seguida de Bodo de Leite e Pézinho, com os improvisadores Manuel dos Santos, João Pinheiro, Adelino Toledo, António Azevedo, Abel Raposo, José Ribeiro, acompanhados por Dimas Toledo, Pedro Reis, Manuel Avila e Jorge Reis. De referenciar um carro alegórico homenageando os 40 Anos da Revolução do 25 de Abril em Portugal.

Durante a tarde, actuação dos grupos folclóricos presentes. Às 3 horas deveria ter começado a Corrida de Toiros, mas devido a atrazo da ambulância, esta só começou cerca de 40 minutos depois. Tourearam Rui Fernandes e Paulo Ferreira, Forcados de Turlock e do Aposento de Turlock. Toiros da Ganadaria Açoriana. Director de Corrida, João Gonçalves. Praça quase cheia, num dia apropriado de temperaturas amenas. Às 7 horas Missa seguida da Procissão das Velas. A noite acabou com baile pelo Conjunto Raça e cantoria no Salão. No Domingo teve lugar a Missa Campal da Festa seguindo-se a Procissão acompanhada por 65 organizações portuguesas. Foi servido almoço a cerca de 6000 pessoas. Durante a tarde houve a habitual arrematação, baile com os Sombras e Cantoria. Na Segunda-feira, fecho da festa com a segunda Corrida da Feira Taurina, onde actuaram Rui Fernandes, Paulo Ferreira e Sário Cabral. Forcados de Turlock e de Merced. Toiros de Joe Souza e Germano Soares.


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COLABORAÇÃO

1 de Novembro de 2014

Do Tempo e dos Homens

Manuel Calado

É

mbcalado@aol.com

fantástico o que acontece no curto espaço de duas semanas. O tempo necessário para tomar um banho de mar em Cocoa Beach, provar a “pasta” nos Italianos, a sopa de cebola nos franceses, a pizza nos gregos, dar a passeata de três quilómetros de manhã e à noitinha, e regressar a penates. Estava um dia olhando o mundo atraves do meu “New York Times” quando recebi uma chamada do Francisco, do “Portuguese Times,” perguntando: “Então esta semana não há crónica ?”Que não senhor, respondi. Estou aqui, deste lado do mundo, perto de Cabo Kennedy, onde um dia, no outro século, se escreveu uma história que a humanidade já esqueceu, embebida nos milagres do seu telefone “Super Seis”. Na verdade às vezes chega-se à triste conclusão de que o mundo, é uma massa embrutecida, que gira no vácuo sem nexo nem destino. Já perguntei ao meu Amigo da Galileia, como “raio” - usei mesmo o termo raio, e não corisco, à açoriana - é qe o Pai, que é todo SABER, criou uma coisa tão destemperada. Tão odiosa. Tão assas-

O Mundo Gira

sina. Tão raivosa. As gazetas de todos os tipos, dizem-nos o que se passa lá pelas areias da chamada “Terra Santa”!! Santa ? Santa em Quê ? Neste momento vive-se por lá um dos maiores dramas de terror e sangue, que o mundo jamais viu. Excepto nos dias áureos das nossas cristianíssimas queimas e torturas., ou das camaras de gás hitlerianas. E este pobre e triste rebento humano, por cá vai despejando vitriol. E esta pobre e rica nação de nações, que voluntáriamente assumiu o papel de “polícia mundial” não sabe o que fazer à vida. Como o meu PÁ da Galileia, que um dia foi aclamado como salvador, e no outro dia levado ao Gólgota, tambem o nosso Chefe está sofrendo a fuga dos “amigos” que ontem o aplaudiam e hoje se escondem. Calculem que a vergonhosa fuga chegou ao ponto em que, um antigo apoiante, a quem ele foi fazer uma festa de angariação de fundos, fugiu e nem seguer esteve presente para o receber. A política, às vezes assume proporções barbáricas. E

afinal, a culpa não é de alguem em particular, mas do sistema que, apesar de ser o melhor que temos, não está ainda afinado como deve ser. O sistema politico, é o retrato da nossa evolução e capacidade de descernimento. E, como seres imperfeitos, nem mesmo em democracia conseguiremos chegar ao Céu. O Chefe, na sua missão de pôr àgua na fervura sem chegar a vias de facto, como querem os gaviões, lá vai atamancando a coisa, sem agradar a gregos ou troianos, e perdendo todos os dias o apoio que as massas um dia lhe deram. E foram precisamente os Gaviões que nos levaram pró Iraque, com razões inventadas, e por lá andamos uma década de sangue e sacrificio, destruindo e matando, e o resultado é o que estamos a ver agora. Tentando vender ou impor democracia, num país dividido por crenças religiosas nacionalísticas, foi pior emenda que o soneto. Dez anos de vidas e fazenda, queimados ingloriamente no altar duma política estulta, baseada na forca da pólvora e

PFSA Convention Program Friday, November 7, 2014 Sunday, November 9, 20014

Friday, November 7 9:00 am: Past Presidents & Spouses Association Breakfast Meeting 10 am - 12 pm: Registration 12:30 - 4:30 pm: Fraternal Councils Secretaries Workshop 1:30 - 4:30 pm: Registration 7:30 pm: Evening of Fun and Dancing (Hosted by "Supreme 20-30's Adults" and "Supreme

Youth Council"

Saturday, November 8 6:30 am - 7:30 am: Registration 8:00 am - 12:00 pm: Opening Cerimonies - Session Begins 10:00 am - 12:00 pm: Supreme Youth Council Meeting, Nominations and Elections of Officers 10:00 am - 12:00 pm: Supreme 20-30 Adults Meeting, Nominations and Elections of Officers 12:00 - 1:30 pm: Lunch Break 1:30 - 5:00 pm:

Pomar das Castanhas

Amaral Chestnut Orchard

Serafim (Sam) & Maria (Zita) Amaral 1009 Timbell Road, Waterford, CA 95386 Phone 209-874-3237 info@pomardascastanhas.com pomardascastanhas.com WE SHIP ANYWHERE IN THE USA

do canhão, que deixou a nação a sangrar. E os povos que fomos para “libertar”, envolvidos numa guerra sangrenta e destrutiva, que neste preciso momento ameaça o resto do mundo. E o “pobre” homem encarregado da fazer face a este estrondoso descalabro, procurando combater o fogo com uma defeituosa agulheta de bombeiro sertanejo, e na busca da possível adesão das gentes de outros continentes. Este é um jogo que a democracia não pode perder, sob o risco de ver lançar uma parte do mundo, sob o jugo da escuridão e do fanatismo E depois de tudo isto, PÁ, porque razão o Pai nos manda o Ebola, o Cancro, a Sífilis, e todos os milhões de micróbios, para atacar a destruir a mais magnífica obra da sua criação? Já não era bastante a nossa ignorância, fanatismo e falta de amor e de razão???

Double Tree by Hilton Hotel Newark-Fremont 39900 Balentine Drive, Newark, California Continuation of Session 6:00 pm: No Host Social 6:30 pm: Installation Banquet followed by Grand Ball

Sunday, November 9 10:30 am: Memorial Service and Mass 12:00 pm: No Host Social 12:30 pm: Lunch / Visitors Hour / PFSA Portuguese Community Service Award. Roll Call & Adjournment


COMUNIDADE

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Quem quer participar no Livro dos 100 Anos? Dear friends, The Five Wounds Portuguese National Parish is proud to present its publication celebrating the centennial of our parish in San Jose, California: A Vestibule to Heaven - Five Wounds Portuguese National Parish. This magnificent publication, authored by Miguel Valle Ávila, edited and with preface by Lúcia de Fátima Soares, and designed by award-winning designer Roberto Ávila, will feature for the first time, the complete history of the Five Wounds Parish from its inception in the early 1900s to the present day. Full 200 color pages in a limited edition, deluxe hardback book with never before seen photographs and illustrations from the turn of the century to today. I'm writing you today to request your assistance in a form of a tax-deductible donation to make this project come to fruition in November 2014. All author, editor, and designer proceeds revert to the parish’s Centennial Celebrations. Will you contribute to this historical event and leave a legacy of memories for the current generation and beyond? Five Wounds of Our Lord Benefactor (Donation of $5,000 and above) 6 Tickets to the Centennial Banquet on Nov. 8 ($450 value) 5 Vestibule Books ($200 value) 3 Commemorative Medallions ($300 value) Listing in Vestibule Book Total of $950 value in gifts Sacred Heart of Jesus Benefactor (Donation of $2,500-$4,999) 3 Tickets to the Centennial Banquet on Nov. 8 ($225 value) 2 Vestibule Books ($80 value) 2 Commemorative Medallions ($200 value) Listing in Vestibule Book Total of $505 value in gifts Our Lady of Fátima Benefactor (Donation of $1,000-$2,499) 1 Ticket to the Centennial Banquet on Nov. 8 ($75 value) 2 Vestibule Books ($80 value) 1 Commemorative Medallion ($100 value) Listing in Vestibule Book Total of $255 value in gifts Bom Jesus Benefactor (Donation of $500-$999) 1 Vestibule Book ($40 value) 1 Commemorative Medallion ($100 value) Listing in Vestibule Book Total of $140 value in gifts Santo António Benefactor (Donation of $150-$499) 1 Vestibule Book ($40 value) Listing in Vestibule Book Our Lady of Lourdes Benefactor (Donation up to $149) Thank You Card Listing in Vestibule Book Please take a look at the attached for a glimpse of this excellent upcoming publication. We would appreciate your donation be sent directly to Five Wounds Portuguese National Church, 1375 East Santa Clara Street, San José, CA 95116 (Memo: Vestibule Book) to be received no later than Monday, September 29, 2014. All donations are tax-deductible. I’d appreciate an email confirmation if you decide to donate. I thank you in advance for your support. Muito Obrigado, Miguel Ávila Author, "A Vestibule to Heaven" Chairperson, Five Wounds Portuguese National Parish Centennial Executive Committee

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COMUNIDADE

1 de Novembro de 2014


DESPORTO

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Campeonato 2014/15

Sporting 4 Marítimo 2 - Primeira derrota do Benfica

Braga 2 - Benfica 1

CLASSIFICAÇÃO da I LIGA

J V E D G P

Apesar de um golo madrugador, o SL Benfica não resistiu à resposta do SC Braga e perdeu, por 2-1. Quanto ao Sporting Clube de Portugal, venceu o CS Marítimo e está a três pontos do rival lisboeta.

1Benfica 8 6 1 1 20-6 19 2FC Porto 8 5 3 0 15-3 18 3V. Guimarães 8 5 2 1 15-7 17 4Sporting 8 4 4 0 17-6 16 5SC Braga 8 4 2 2 12-6 14 6P. Ferreira 8 4 2 2 10-8 14 7Belenenses 8 4 2 2 11-10 14 8Marítimo 8 4 0 4 14-12 12 9Rio Ave 7 3 2 2 13-7 11 10Moreirense 8 2 4 2 5-7 10 11Nacional 8 2 2 4 6-9 8 12V. Setúbal 8 2 2 4 6-12 8 13Académica 8 1 4 3 6-8 7 14Boavista 8 2 1 5 5-15 7 15Arouca 8 2 1 5 4-15 7 16Estoril 8 1 3 4 11-17 6 17Penafiel 7 1 1 5 3-13 4 18Gil Vicente 8 0 2 6 6-18 2

O Benfica começou o jogo praticamente a vencer, pois logo no primeiro minuto, numa jogada conduzida pela esquerda, Eliseu serviu Anderson Talisca, que em zona frontal não perdoou. A resposta do Braga surgiu aos 27 minutos, quando a defesa local cortou um lance de perigo adversário e lançou o contra-ataque rápido, que culminou com uma assistência de Felipe Pardo para remate rasteiro de Eder. Na segunda parte, as defesas superiorizaram-se aos ataques, mas só até aos 80 minutos, quando o suplente Salvador Agra, com um remate forte e rasteiro, ba-

Liga 2

J V E D G P 1Freamunde 12 8 1 3 18-6 25 2Benfica B 12 6 5 1 24-14 23 3Chaves 12 6 5 1 18-12 23 4Oliveirense 11 6 3 2 14-11 21 5FC Porto B 12 6 1 5 20-11 19 6União 12 5 3 4 17-13 18 7V. Guimarães B12 5 3 4 21-18 18 8Beira-Mar 12 5 3 4 14-14 18 9Tondela 12 4 6 2 15-15 18 10Sporting B 11 5 2 4 15-10 17 11Portimonense 12 4 5 3 15-12 17 12Leixões 12 5 2 5 15-17 17 13Farense 12 5 2 5 9-11 17 14Covilhã 12 4 4 4 16-16 16 15Académico 12 3 5 4 14-17 14 16Feirense 12 3 4 5 17-18 13 17Santa Clara 12 2 7 3 12-16 13 18Olhanense 12 3 4 5 15-20 13 19Atlético 12 3 3 6 18-20 12 20SC Braga B 12 3 3 6 16-18 12 21Aves 12 3 3 6 7-15 12 22Oriental 12 2 5 5 8-11 11 23Marítimo B 12 3 2 7 11-24 11 24Trofense 12 3 1 8 11-21 10

Uma primeira parte demolidora permitiu ao Porto vencer o Arouca, por 5-0, e recuperar o segundo lugar da Liga, perdido na sexta-feira para o Guimarães, e ficar a um ponto do líder SL Benfica. No quarto jogo da oitava jornada, o primeiro sinal de perigo pertenceu à turma da casa, que aos 10 minutos, num remate de André Claro, podia ter inaugurado o marcador, valendo uma excelente defesa de Fabiano. Só que aos 23 minutos, começou o festival ofensivo dos "dragões". O mote foi dado por Juan Quintero, que com um forte remate de fora da área, que sofreu um desvio, bateu Mauro Goicoechea. Quase de seguida, Jackson Martínez dilatou a vantagem, concluindo à boca da

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o SIM! Desejo ser assinante do Tribuna Portuguesa.

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!

"verde-e-brancos", aos 66 minutos, com um golo de belo efeito, em que recebeu no peito e rematou de primeira à meia-volta. Durante a tarde realizaram-se dois jogos. O mau momento do Estoril Praia prosseguiu, com uma derrota caseira frente ao CF Os Belenenses, por quem Miguel Rosa (20) inaugurou o marcador. Kleber restabeleceu a igualdade aos 58 minutos, só que o empate durou apenas dois minutos, já que Deyverson acertou no alvo e deu os três pontos à formação do Restelo. Na Madeira, o CD Nacional, com um tento solitário de Marco Matias, aos 66 minutos, bateu a A. Académica de Coimbra e deixou o 16º lugar, por troca com o Estoril. A jornada conclui-se na segunda-feira, com o jogo entre Rio Ave FC e FC Penafiel.

Arouca 0 Porto 5

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Cupão de Assinatura

teu Artur. O Benfica pressionou mas encontrou em Matheus um obstáculo intransponível. Já em tempo de compensação, e após a expulsão de Danilo, o guardião brasileiro, com duas grandes defesas na mesma jogada, evitou o empate. Com este resultado, os "encarnados" têm apenas um ponto de vantagem sobre o FC Porto, segundo classificado. Antes, o Sporting tinha somado uma vitória por 4-2 na recepção ao Marítimo. Ao intervalo, o jogo parecia decidido a favor dos "leões", mercê dos três golos apontados, o primeiro um auto-golo de Patrick Bauer e os restantes da autoria de João Mário e Paulo Oliveira. No entanto, nos instantes iniciais da segunda parte, no espaço de quatro minutos, Moussa Maazou bisou (50 e 54) e relançou a incerteza no resultado. Coube a Fredy Montero tranquilizar os adeptos

baliza um bom trabalho de Yacine Brahimi na esquerda. Aos 38 minutos, Casemiro, com um remate de cabeça na sequência de um canto, fez o 3-0. A segunda parte foi menos movimentada, mas nem por isso o Porto deixou de marcar. Num lance idêntico ao do seu primeiro golo, só que desta vez num cruzamento da direita, Jackson Martínez bisou, aos 58 minutos. A quatro minutos do fim, Vincent Aboubakar foi solicitado por Ricardo Quaresma na área e colocou a bola por entre as pernas do guardião uruguaio, selando o resultado final. Na sexta-feira, no duelo entre Vitórias, levou a melhor o conjunto de Guimarães, vencendo por 1-0 na deslocação a Setúbal, graças a um cabeceamento cer-

teiro do defesa João Afonso, aos 61 minutos. Já este sábado, o Boavista FC foi derrotado em casa pelo FC Paços de Ferreira. Os visitantes colocaram-se no controlo do jogo mercê dos tentos de Paraíba (14) e Bruno Moreira (72), e não o perderam apesar de Michael Uchebo ter reduzido a quatro minutos do fim. Em Moreira de Cónegos, o Moreirense bateu o Gil Vicente FC, com golos de Gerso (62) e Arsénio (82), e manteve a formação gilista no último lugar. in uefa.com


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1 de Novembro de 2014

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Reflexões Taurinas

Joaquim Avila bravoi3@sbcglobal.net

C

omo tem acontecido já há muitos anos, a minifeira da Festa de Nossa Senhora de Thornton encerrou a época taurina 2014 da Califórnia. A minifeira foi composta por duas corridas, uma no dia 18 de Outubro às 3 horas da tarde e a outra na Segunda-Feira, dia 20 de Outubro, com os seguintes carteis:

disso eu posso testemunhar da corrida do Sábado. Não sei bem qual foi a intenção dos organizadores desta minifeira. Será que não gostam do toureio a pé? Será que é para se poupar dinheiro? A resposta até nem interessa neste contexto, porque uma organização que monta corridas, deve pensar nos aficionados e não nos seus gostos.

Penso que a ganadaria Açoriana está num bom caminho quanto à idade dos touros que se devem apresentar nas nossas praças. Agora, o que será importantíssimo é realmente que esses novilhos tenham mais um pouco de apresentação. Os novilhos de Sábado tinham cara mas com peso muito reduzido para oferecer a emoção requerida num espetáculo destes. Tenho visto muitas novilhadas na internet em Espanha e México e vê-se muitos novilhos com mais peso que muitos touros de 4 anos que se têm corrido aqui na Califórnia. A idade pouco antes da maturidade dos 4 anos é importante, mas o peso suficiente também é essencial para haver um bom equilíbrio.

Se tivesse que escolher um vencedor desta corrida, eu daria o titulo a Paulo Ferreira pela maneira que toureou o seu primeiro, segundo e quarto novilhos. Esteve muito alegre, principalmente na preparação e ar-

Não vos poderei falar da corrida de Segunda-Feira, mas posso e devo, mencionar o desapontamento que senti ao ver que nesta minifeira não haveria matadores. Duas corridas com só 3 cavaleiros é realmente de se lamentar. Não digo isto contra os cavaleiros, porque com certeza tentaram fazer o seu melhor nas duas corrias, e

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Minifeira de Thornton 2014

No cartel estava anunciado 6 touros, mas para surpresa de todos nós, foi anunciado mais um novilho para um toureio a duo. Penso que foi uma boa decisão, porque além do sétimo novilho não ser muito alegre e pronto nas suas investidas, serviu bem para o toureio eficaz de Rui Fernandes e Paulo Ferreira, recompondo assim um pouco a falta de qualidade de alguns dos antecedentes.

Eu só vos poderei falar da corrida do dia 18 de Outubro porque foi a única corrida que pude assistir. Infelizmente comprometi-me com um outro evento no mesmo dia sem pensar que era dia de touros e não quis faltar à palavra. Eu normalmente tenho muito cuidado com estas coisas, porque não quero faltar aos touros, mas desta vez aconteceu e foi logo a ultima corrida do ano. Eu não faltei ao meu compromisso mas a minha mente estava sempre a pensar na corrida. Felizmente tive um bom amigo que me ia descrevendo, touro a touro, como estava tudo a decorrer. Valha-nos as tecnologias de hoje em dia e a boa vontade de um bom aficionado e amigo.

TAUROMAQUIA

Principalmente na corrida do Sábado deveria haver mais um pouco de consideração pelos aficionados porque todos pagam o seu bilhete. O mais interessante é que os grandes sucessos desta minifeira, dos anos passados, foram todos em corridas em que estiveram em praça cavaleiros e matadores. Se realmente há provas de grandes sucessos com os dois tipos de toureio porque não contratam matadores? Por agora fico por aqui mas voltarei novamente ao mesmo assunto numa das minhas futuras reflexões taurinas. Agora concentrando-me no que poderei compartilhar convosco, gostaria de começar com as minhas reflexões sobre a corrida do Sábado, descrevendo o curro para o mano a mano de Rui Fernandes e Paulo Ferreira. Na verdade, penso que numa maneira geral, os novilhos não ofereceram grandes qualidades para o sucesso dos cavaleiros, a não ser o segundo da tarde muito bem toureado por Paulo Ferreira.

rematação dos deus ferros curtos. Infelizmente Rui Fernandes apanhou o pior lote nas sortes, tendo-se destacado um pouco mais no novilho toureado a duo com Paulo Ferreira. As sete pegas da tarde foram consumidas à primeira tentativa, caso este não muito registado nas corridas à portuguesa. Todas as pegas foram muito fáceis, tendo a pega ao quinto novilho, conseguida por Jorge Martins Jr. do grupo de forcados Amadores de Turlock, sido a de mais realço porque o novilho recebeu o caras com derrotes, ao contrário do que aconteceu com os outros. As pegas do grupo de forcados Aposento de Turlock foram todas tecnicamente perfeitas mas com o resto do grupo a tardar um pouco nas ajudas. Com novilhos de pequena estatura como estes, as ajudas não são tão importantes, mas quando se tem que enfrentar touros com idade e peso, então as ajudas são essenciais para o sucesso da pega. A corrida numa maneira geral teve altos e baixos, tal como a maioria das corridas, mas para mim a maior desilusão foi não ter visto o toureio a pé, mesmo sabendo de antemão que a corrida seria composta só por dois cavaleiros. A bem da festa brava

Festival Taurino rendeu $26,000.00 para ajudar Crianças A Angariação de Fundos que teve lugar num Festival Taurino conseguiu $26,000.00 para ajudar Crianças com Câncer e Famílias com Crianças Autistas. A Organização Portuguese California Bloodless Bullfight e a Fundação Carlos Vieira organizaram a sua Terceira Tourada a 20 de Setembro de 2014. As duas organizações juntas conseguiram $26,000.00 para ajudar crianças com câncer e famílias com autismo. A fundação Carlos Vieira e a Organização California Portuguese Bloodless Bullfight gostariam de reconhecer e agradecer todos os ganaderos de touros, toureiros e cavaleiros, forcados e ajudantes por terem doado o seu tempo e colaborado para que este evento anual tivesse imenso sucesso. Muito obrigado também ao Stevinson

Pentecost Hall por doarem a Praça de Ttoiros e a Sociedade Filarmónica Lira Açoriana de Livingston por ter abrilhantado a noite com a habitual música de tourada. Por fim, mas não com menos apreço, gostaríamos de agradecer a todos os que assistiram à tourada este ano. O seu apoio é imprescindível para ajudar muitas famílias necessitadas. A Organização Portuguese California Bloodless Bullfight e a Carlos Vieira Foundation organizarão este evento de angariação de fundos no ano 2015. Se não puderam assistir este ano, esperamos que o possam estar connosco no 4º Portuguese California Bloodless Bullfight. Mais uma vez, muito obrigado a todos os que fizeram donativos, fizeram voluntariado e participaram. Todos juntos conseguimos fazer a diferença.


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CULTURA

1 de Novembro de 2014

João Dias Afonso

Apenas Duas Palavras

* pressurosa e AFANOSA PLUMA *

Álamo Oliveira

A

Biblioteca Pública e A rquivo Regional de Angra do Heroísmo tem uma mostra biobibliográfica de João Dias Afonso, titulada de João Afonso pressurosa e afanosa pluma e comissariada pelo investigador Jácome de Bruges. Nesta exposição, apresenta-se uma breve leitura da personalidade deste terceirense, que foi bibliotecário, jornalista, poeta, crítico literário, amante da sua ilha Terceira, investigador e historiador, intelectual imprescindível nos organismos culturais açorianos, nomeadamente no Instituto Histórico da Ilha Terceira e no Instituto Açoriano de Cultura. Releve-se que João Afonso, na qualidade de jornalista e escritor, coordenou um dos suplementos de Artes e Letras de maior duração, onde registou toda a vida literária e cultural dos Açores de então, revelando os novos nomes que se estreavam na escrita e nas artes plásticas. Paralelamente, dava também destaque ao que surgia no país e no resto do Mundo, sobretudo no Brasil. Curiosamente, foi nas páginas deste suplemento do jornal «Diário Insular» que João Afonso informou a ilha sobre a projeção que Vitorino Nemésio ia merecendo na Europa e no Brasil, o mesmo acontecendo com António Dacosta. Entusiasta de causas de matriz cultural

com caráter universal, João Afonso entregou-se, de forma denodada e generosa à criação e instalação do Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico, trabalho esse que culminou com a edição do livro-álbum Mar de baleias e Baleeiros, livro que contou com a colaboração de artistas plásticos como Dacosta, Júlio Pomar, David de Almeida, Aube Breton Elléouet e o signatário deste texto, a quem coube também orientar o aparato gráfico. Por volta de 1978, João Afonso deu início a outra tarefa gigantesca: a elaboração da bibliografia geral dos Açores e que considerou ser a «sequência do Dicionário Bibliográfico Português». É trabalho que sempre estará incompleto, uma vez que a dinâmica editorial tem tocado, nos Açores, níveis consideráveis. No entanto, João Afonso conhecia perfeitamente até onde podia levar a sua recolha da bibliografia açoriana. Elaborou milhares de fichas, parte delas impressas em três volumes e as restantes em edição eletrónica. Empenho e afeto colocou João Afonso em todo o processo de geminação das cidades de Tulare e Angra do Heroísmo. Em 1967, foi assinado o protocolo de geminação, cabendo a João Afonso a animação e concretização de eventos que contribuíssem para a aproximação e melhor conhecimento das gentes de ambas as cidades. Apesar de Angra estar geminada com outras cidades, esta primeira geminação, pese embora as gerações que já passaram, continua a promover encontros com ambas as partes, com predominância em atividades culturais e na sua divulgação. Em 1992, ao completar 25 anos de geminação, João Afonso esteve em Tulare, fazendo parte, muito justificadamente, da comitiva angrense que se deslocou para festejar essa celebração. Consigo levou um folheto, por

ele preparado, para celebrar a efeméride, podendo ler-se na capa: «De/ ANGRA/ para/ TULARE/ Mensagem do Presidente da Municipalidade Angrense/ e/ Um Texto para as Comunidades Açorianas/ quando na Cidade-Irmã/ se falar de Emigração na Literatura/ Setembro de 1992/ nos 25 anos de Tulare-Angra». Foram muitas as causas que João Afonso abraçou e, por elas, trocou correspondência com personalidades dos quatro cantos do Mundo, sobretudo com açorianos emigrados e/ou descendentes destes. O seu acervo epistolográfico mostra dezenas de nomes, quase todos ligados às áreas da escrita e das artes. Se fosse possível quantificar os diversos trabalhos de João Afonso, bem se poderia falar em obra grandiosa. Por tais trabalhos mereceu reconhecimento público e oficial. Em 1989, o Presidente da República, Mário Soares, atribuiu-lhe a insígnia da Ordem do Infante D. Henrique, Grau de Oficial. Em 2004, foi galardoado com a Medalha de Honra do Município de Angra do Heroísmo. Em 2005, recebeu a chave de Tulare, pelo seu contributo na geminação de Angra-Tulare. O Município Angrense voltou a homenagear João Afonso por ocasião do seu 90º aniversário. Esta modesta evocação, em memória de João Dias Afonso, pretende ser, acima de tudo, um agradecimento pela partilha que fez dos seus múltiplos conhecimentos, dos quais fui um recebedor privilegiado. Durante muitos anos, foi-me possível colaborar com ele em muitos projetos, como o Museu dos Baleeiros com a criação do cartaz e medalha destinados à inauguração. Poucos anos depois, a medalha foi selecionada pela Fundação Calouste Gul-

Diniz Borges d.borges@comcast.net Em pleno mês das almas, esta Maré Cheia, traz-nos dois textos do meu grande e velho amigo, camarada de tantas atividades culturais, o distinto escritor Álamo Oliveira. Um fala-nos de uma exposição que a biblioteca pública, cujo diretor é o meu Angra-Brother, o poeta Marcolino Candeias, promoveu sobre o recentemente falecido escritor, João Dias Afonso. Um homem do jornalismo e da literatura, que tal como o poeta Álamo Oliveira escreve, muito contribuiu para a geminação de Angra com Tulare. O outro texto, é uma resenha, extremamente bem escrita, como apenas o Álamo sabe fazer, sobre a morte, também recentemente, do poeta Borges Martins. Um dos grandes poetas dos Açores. Sou um leitor assíduo da poesia de Borges Martins e tenho na gaveta, para rever um dia destes, uma amalgama de traduções de poemas dele, que ainda um dia vou publicar, porque merece ser conhecido por quem não lê português. abraços diniz benkian para figurar numa mostra internacional de medalhística. João Dias Afonso nasceu a 27 de agosto de 1923; faleceu a 19 de fevereiro de 2014. Texto escrito para o suplemento «Maré Cheia», do jornal «Tribuna Portuguesa», na Califórnia

J.H.Borges Martins - 1947-2014 Após doença prolongada, J. H. Borges Martins faleceu a 25 de Agosto do corrente ano. Natural de Angra do Heroísmo, publicou o seu primeiro livro de poemas (Silêncio Vertical), em 1971, quando ainda cumpria o serviço militar. Regressou a Angra nesse mesmo ano e começou a fazer parte do grupo «Glacial», colaborando no suplemento do mesmo nome, que se publicava no jornal «A União». Sendo editor de grande parte dos seus livros de poemas, Borges Martins logo começou por surpreender ao apresentar uma poesia que poderia designar-se por pós-surrealista em estado único. Era dado aceite a «morte» do surrealismo português. Porém, isso não o desmotivou. Responsabilizou-se por escrever poesia alicerçada em outros processos criativos, inspirados em temas de reconhecida universalidade. É curioso verificar que a insularidade, com todas as suas especi-

ficidades, lhe mereceu sempre um entendimento comovidamente universal e surrealizante. A sua originalidade, por sua vez, é responsável por uma poesia atrevidamente encantatória. São oito os livros de poemas publicados, todos eles com nomes que informam o quanto repre-

senta o poder criativo de Borges Martins. Começando com a conceção de Silêncio Vertical até à síntese do seu surrealismo com Nas Barbas de Deus (2001), ele passeia Por Dentro das Viagens (1973), em Galope de Quatro Esporas (1976), romantiza, amarga e ironicamente, em Cardiolírica (1983), descodifica a Mitologia das Armas (1987), informa que Os Deuses Morrem de Costas (1993) e segue com a litania de um Salmo para a Rainha de Sabá e Outros Poemas (1997). Pedro da Silveira, sempre tão avaro em apreciações elogiosas, dizia que a poesia de Borges Martins ainda iria ficar ao lado do que de melhor se tem escrito em Língua portuguesa. Aguarda-se que este vaticínio se concretize, uma vez que se continua a encher gavetas de silêncios alimentados por memórias curtas. Borges Martins não se ficou pela poesia. Pacientemente e inspirado em trabalhos começados por

Gervásio Lima e João Ilhéu, ele organiza uma completa antologia de poesia popular, na modalidade do improviso, incorporando na reedição de 1989, 95 cantadores sob o título de Improvisadores da Ilha Terceira (suas Vidas e Cantorias). A primeira edição (1980) ficara titulada assim: Cantadores e Improvisadores da Ilha Terceira (Sécs. XIX e XX). O sucesso editorial desta antologia veio mostrar o conseguimento de Borges Martins na valorização da poesia popular e dignificação dos seus criadores. Ainda como complemento deste seu interesse pela criatividade poética do povo, acrescentou outra antologia, coligindo, desta vez, As Velhas, Cantigas de Escárnio e Maldizer (1996), bem como pequenos ensaios sobre alguns dos poetas populares mais significativos, que reuniu em Da Terceira (...) Cantadores (1984. Mas outros interesses no âmbito da cultura popular, nomeada-

mente nas áreas da antropologia e etnografia, motivaram Borges Martins. Durante anos, procedeu a um exaustivo trabalho de campo, gravando centenas de cassetes, que lhe deram informação para fazer publicar um grosso volume sobre A Justiça da Noite (2006) mais os dois volumes que enformam as Crenças Populares da Ilha Terceira (1994). A jeito de post-scriptum, refira-se que a poesia de Borges Martins, para além do seu indiscutível valor literário, está socialmente comprometida com a denúncia das injustiças e tiranias perpetradas sobre os mais fracos e os pobres. Por isso, ele vai continuar a dizer: hoje o mar é livre entra-me pelo/ corpo num abraço/ e sabe-me a/ cansaço tão perto e longe/ a memória. Raminho, 27 de Agosto de 2014

ÁLAMO OLIVEIRA


COMUNIDADE

The California American Portuguese Veterans Memorial has been approved! Eddie Maria, Chairman of C.A.P.V.M. just send us a note about the Veterand Memorial: "After much negotiation and meeting with multiple state agencies along with two separate branches of government, the “California American Portuguese Veterans Memorial” has been approved for design and placement in the California State Capitol Park-“Veterans Memorial Grove”. In 2012, the California State Legislature passed AB#1652 unanimously, which authorized the California American Portuguese Veterans Memorial in Capitol Park, it was signed into law by Governor Edmund Gerald "Jerry" Brown, Jr. on September 23, 2012. Since the passage of AB#1652, the “APC” Veterans Memorial committee has been trying to get the memorial built and has run into issues with unclear definitions of the “All Veterans Memorial” area and bureaucratic red tape. The Moratorium of Memorials has caused a backlog of memorials waiting to be built. Capitol Park has been without a Master Plan since the 90's and there is no movement to complete it any time soon. We proceeded to fight; we wouldn’t stop and didn’t stop. We were not going to give up, and we didn’t give up. The “APC” Veterans Memorial committee carried this process through with patience and determination. Eddie Maria, “CAPVM” chairman met with various political figures; he contacted many California State Assembly- persons, and Senators, the California Historic State Park Commission and the California State Department of Veterans Affairs; he contacted the Governor’s office and asked for their help. A representative from Governor Brown’s staff was appointed as a principal advisor to oversee all meetings. A meeting was then held at the State Capitol between the Department of General Services, the State Government Organization Committee, California State Department of Veteran Affairs, Assemblymember Kristen Olsen’s office and Eddie

Maria, CAPVM chairman; an agreement was reached. The California American Portuguese Veterans Memorial will be a Sierra White Granite Memorial Bench. The bench will be 70 inches long (or wide), consisting of 2 separate 35 inch benches connected (or butted) together; accompanied by a large Engraved Granite Paver; it will be located in the California State Capitol Park “Veterans Memorial Grove”. The C.A.P.V.M. committee and the American Portuguese Club Inc. have contracted the bench with Silva’s Family Memorial in Antioch, California. Proposed installation date and festivities are scheduled for June, 2015. The California American Veterans Memorial will be a model for veterans memorials in the years to come. The California American Portuguese Veterans Memorial Committee: Al Balshor, Jack Cornelius, Gus Kanelos, Loretta Kanelos, Manuel Perry, Rod Rosa, Wesley Silva, Philip Soto and Monica Souza. Any questions, please contact: Loretta Kanelos, 916-684-7041 - lkanelos@frontiernet.net or Al Balshor, 916441-3023.

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ENGLISH SECTION

1 de Novembro de 2014

SERVING THE PORTUGUESE–AMERICAN COMMUNITIES SINCE 1979

portuguese

Mais Lúcia Soares

• ENGLISH SECTION

luciasoares@yahoo.com

Photo by Miguel Ávila

Five Wounds Parish The Onset of National Parishes

W

hen the Five Wounds parish was founded, it was established as a Portuguese National Church, not a territorial parish church. This conscious difference shaped the vision and mission of its people and the community with which it would interact throughout the coming years. The concept of the national church started in Chicago during the late 1800s when Chicago’s multi-cultural diversity flourished as a result of steady immigration. During the 1900s, ninety-six languages were spoken in Chicago.1 The richness of this diversity did not produce the legendary melting pot of American culture. Instead, the ethnic communities in Chicago were a mosaic of rich traditions, distinctly set in their own neighborhoods, but nevertheless comprising one overall portrait of Chicago’s American immigrant experience. The strongest immigrant presence in Chicago during the early 1900s centered around the Irish, German and Polish communities. From a religious perspective, the Irish and Polish ethnicities were devoutly Catholic; the German community also had a strong penchant for Catholic representation in Chicago. The shared faith would seem to foreshadow a reason for these communities to work together. Contrary to these expectations, the cultural religious differences of these groups proved to be a dividing force. Much of the tension within immigrant Catholics stemmed from their ability to dominate the English language. “Because of their numbers, early arrival, and ability to speak English, the

Irish held the dominant role in the Catholic Church in Chicago for decades. Until 1916 all the Catholic bishops in Chicago, except one who served for five years, were of Irish birth or parentage.”2 With the dominance of the Catholic Irish presence, came also the subduing of Polish, Italian and German cultural traditions that had been celebrated as part of their Catholic faith in their home communities. The need to foster their own cultural identity became closely linked with a need to re-build their national Catholic identity. In the early 1900s, other immigrant communities started to grow faster than the Irish immigration, and their national identity began to take firmer root: “The Italian communities of Chicago were enriched by a phenomenon all too rare in their towns of origin — voluntary associations. By the 1920s in addition to the paesani-based mutual benefit societies, the Italians in Chicago had church and school-oriented clubs and sodalities that worked at fundraising, as well as specialinterest organizations sponsored by the settlement houses.”3 By 1930, the U.S. Census reported that more than 400,000 Polish immigrants resided in Chicago, outgrowing other immigrant groups. The Polish Catholics formed the largest Catholic population in the United State’s largest Catholic diocese.4 Tensions between these local Polish parishes and the Vatican rose when disputes over how funds from these local parishes should be allocated – to support local parishes, or to be sent abroad in support of the parish’s national interests.5 The social consequences of establishing “national” parishes

were obvious. On the one hand, this form of institution allowed for a remembrance of the old country and a preservation of both national and religious identity; on the other hand, it became a form of religious/cultural segregation, closing the immigrant community within itself. But as the rate of immigration slowed, and the Americanization of the second and third generations began, national churches were no longer needed by the religious communities: “This system began to change slowly toward the end of the nineteenth century. By 1900 there were large numbers of Americanborn German Catholics who used English as their first language. As a result, existing German national parishes gradually became English-speaking ones, and hardly any new German national parishes were created. When established, new territorial parishes were intended for Germans as well as for the Irish” and other communities.6 Not too soon after allowing the establishment of national churches, the Vatican decided to revise its law. “National parishes with but a few exceptions were replaced by territorial parishes in 1918.”7 This would not end up impacting the status of Five Wounds as a Portuguese national church. The Code of Canon Law states: “As a general rule, a parish is to be territorial, that is, it is to embrace all Christ’s faithful of a given territory. Where it is useful however, personal parishes are to be established, determined by reason of the rite, language or nationality of the faithful of a certain territory, or on some other basis.”8 Msgr. Ribeiro requested that Five Wounds be a national parish. The reasons that prompted this action echo what occurred in Chicago’s Catholic immigrant experience. Msgr. Ribeiro and the Portuguese immigrants wanted to re-create their religious national identity, and over the years, Five Wounds became a prototypical national parish: it established a school, a hall, and ties to the community that allowed the Portuguese to work within the community, attracting Portuguese immigrants from various areas in California.

Notes: 1.

Parot, Joseph John. “Multicultural Difficulties in Chicago’s Polish Catholic Community: Historical Perspectives.” Illinois History Teacher. Illinois Historic Preservation Agency, Springfield, Illinois:Volume 6:2 1999. P. 23-25 2. Funchion, Michael F. “The Irish in Chicago.” Illinois History Teacher. Illinois Historic Preservation Agency, Springfield, Illinois: Volume 6:2 1999. P. 12 - 22 3.

Candeloro,

Dominic.

“Chicago’s Italians: Immigrants, Ethnics, Achievers, 1850-1985.” Illinois History Teacher. Illinois Historic Preservation Agency, Springfield, Illinois: Volume 6:2 1999. P 37

4. Parot, Joseph John. “Multicultural Difficulties in Chicago’s Polish Catholic Community: Historical Perspectives.” Illinois History Teacher. Illinois Historic Preservation Agency, Springfield, Illinois:Volume 6:2 1999. P. 23 5. Parot, Joseph John. “Multicultural Difficulties in Chicago’s Polish Catholic Community: Historical Perspectives.” Illinois History Teacher. Illinois Historic Preservation Agency, Springfield, Illinois:Volume 6:2 1999. P. 26

Historic Preservation Agency, Springfield, Illinois: Volume 6:2 1999. P. 13 7.

Parot, Joseph John. “Multicultural Difficulties in Chicago’s Polish Catholic Community: Historical Perspectives.” Illinois History Teacher. Illinois Historic Preservation Agency, Springfield, Illinois:Volume 6:2 1999. P. 27 8. Canon 518, Catholic Code of Canon Law. N.d. Web. 31 July 2005. <http://www.vatican. va/archive/ ENG1104/__P1U. HTM>

6. Funchion, Michael F. “The Irish in Chicago.” Illinois History Teacher. Illinois

A Vestibule to Heaven: Five Wounds Portuguese National Parish by Miguel Valle Ávila Edited and Prefaced by Lúcia de Fátima Soares Designed by Roberto Ávila Proudly Printed in the USA by Spectrum Lithograph Published by Portuguese Heritage Publications Hardbound Deluxe Edition with 192 pages in full color $45.00 (tax included) All proceeds benefit Five Wounds National Parish Available on November 7, 2014


ENGLISH SECTION

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Azorean artist José João Dutra exhibits in San José Born on November 30, 1970 in Angra do Heroismo, Azores, José João Dutra lives in Porto Judeu in Angra do Heroismo to where he has his studio and develops his artwork. He is a member of the Associação de Artistas Oficina d’Angra and the Associação da Amizade e das Artes Galego Portuguesa (AAAGP). Dutra is self-taught in art, for which he awoke from an early age and began to learn from some painting masters. He has come to mature throughout his artistic journey that has developed for 20 years, since its curriculum consisting varied works from design to illustration. His work has been published in two books by Azores’ Regional Directorate of Environment, his scenography has been elaborated for various local theater groups. He has also drawn decorative work in commercial spaces and public events where he has used his creativity to the ornamentation of the same. Dutra is also a sculptor and already has a vast works on parade floats for various festivities of Terceira Island, as an artist has been responsible for designing many of the parades with large styrofoam sculptures, including the Festas do Porto Judeu and the Sanjoaninas where he has been a regular contributor. He has recently used fiberglass and resins in conception of his pieces. His sculptures are also represented in some public spaces and private collections. Dutra also develops the art of scrimshaw (whale tooth recording) although the raw material (the tooth) is increasingly scarce his work is represented in many collections internatio-

nally, as it is one of the last artists to develop this art in Azores and is represented in a book about the art of engraving on whale tooth edited by the Regional Secretariat of Culture of the Azores. José João Dutra is also a fine arts instructor in drawing and painting. As a painter, Dutra has a preference for oil painting which predominates in most of his work taking as a surrealistic and hyper-realistic. Throughout his career as an artist, he has had solo and group exhibitions mostly in Terceira and had his national debut in 2011 followed by some international exhibits and an invitation to exhibit in San José as part of the Five Wounds Portuguese National Parish centennial celebrations. ‘“Origins’ is an exhibition comprising 12 works addressing our strong connection with the Elements of Nature in a perspective of being an ‘islander’ to where your power is over those orders, making us an odd Azorean people with a strong connection to the Divine and a genuine culture between the profane and the religious who intend to illustrate with this dedicated to our emigrants shows that both feel their land and their origins.” said Dutra. At the San José exhibit, Dutra will also present the models for the 2015 Sanjoaninas opening parade and those festivities’ poster and a promotional video. The exhibit will open on Saturday, November 7, 2014 at 7 PM at IES.

The Portuguese-American Forum of Santa Clara once again hosted a Candidates’ Night on Thursday, October 16, 2014 at the SES Hall with the presence of the School Board and City Council candidates. The Portuguese-American community of Santa Clara was able to listen to each candidate’s positions and be better informed for the upcoming elections on Tuesday, November 4. The session was moderated by Maria Fernanda Ricardo. Other prominent Portuguese-American communities throughout California should consider hosting similar events to become better connected with the local political scene. Clockwise from top right: Portuguese-American Forum joined all the candidates for a group photo; Santa Clara School Board candidates; Santa Clara mayoral and city council candidates; moderator Maria Fernanda Ricardo supported by Steven Nascimento; attendees singing the Star Spangled Banner

Photos by Miguel Ávila

Portuguese-American Forum hosted Candidates’ Night


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COMUNIDADE

1 de Novembro de 2014

Ajudar Crianças dos Açores

Foi neste Hangar onde Dan Costa estaciona os seus dois aviões, que se realizou o jantar de angariação de fundos para beneficiar a Pediatria do Hospital do Espírito Santo de Angra do Heroísmo. A angariação de fundos rendeu $21.500 dólares

Natalia Serpa e marido, Maria Cardoso, Bruno Cardoso, Jorge Eliseu Fernandes e Bill Goulart

O jovem médico pediatra terceirense Bruno Cardoso tem sido o motor do empenho em humanizar cada vez mais o espaço dedicado às crianças e famílias na Pediatria de Angra.

Bill Goulart, Maria Gallo e Manuel Parreira Maria Cardoso trouxe da Terceira muitos artefactos regionais para arrematar

Bill Goulart, o iniciador desta manifestação de solidariedade com o Hospital de Angra apresentou o médico pediatra Bruno Cardoso, que em poucas palavras explicou as razões que o levaram a empreender este esforço de alterar quanto possível

a fisionomia física da pediatria, para que as criancas se sintam quase como se estivessem na sua própria casa. São conceitos novos para abreviar a dureza de uma estadia das crianças num lugar que não conhecem.


COMUNIDADE

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Aspecto da parte norte do hangar durante o jantar

Laurénio Bettencourt, Alcides Machado e Emily colaboraram com esta inicitiava de solidariedade. Também actuou a jovem Liliana Fisher

ULTIMA HORA A gerência da Donkin' Donuts, da Costa Leste doou $100,000 dólares para a Pediatria do Hospital do Espirito Santop de Angra do Heroísmo. Mais uma vez as nossas comunidades responderam positivamente à necessidade de se criarem estruturas modernas no Hospital de Angra para que as crianças e as suas famílas se sintam bem, quando por necessidade tenham de estar no Hospital por alguns dias. Bem hajam!

Natália Serpa, co-Chairman desta festa de angariação de fundos.

PROJECTO DE HUMANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE PEDIATRIA Hospital de Santo Espírito. Ilha Terceira. A passagem pelo Hospital é uma situação crítica e delicada na vida de qualquer ser humano e tem contornos especiais quando se trata de uma criança, pois implica uma mudança de rotina de toda a família e expõe a criança, num momento especialmente vulnerável, a ambientes estranhos, cheiros

diferentes, pessoas novas, procedimentos mais ou menos invasivos. As crianças sentem falta do conforto do seu ambiente familiar e passar uma noite no hospital pode ser assustador e muito desconfortável. Acreditamos que o objectivo do arquitecto, no âmbito de um projecto de humanização do es-

paço, é também cuidar e tratar do doente, da sua angústia, da família e da equipa que o trata. Reconhecendo a interactividade do processo que ocorre entre o ser humano e o meio construído que o rodeia, a humanização do ambiente hospitalar deverá ser entendida como procedimento capaz de pro-

porcionar bem-estar físico e psíquico, colaborando activamente na terapêutica dos doentes e contribuindo para a qualidade dos serviços de saúde prestados. (parcial do prospecto de apresentação)


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ULTIMA PAGINA

1 de Novembro de 2014

No Salão e nos terrenos anexos à Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Hilmar.

O Décimo Primeiro Festival das Filarmónicas Portuguesas da California, terá lugar este ano de 2014, nos dias 31 de Outubro e 1 Novembro, no Salão e nos terrenos anexos à Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Hilmar. A organização do festival está a cargo da Direção da Sociedade Filarmónica Lira Açoriana de Livingston, com o seguinte programa: Sexta-feira , 31 de Outubro Das 8 à meia noite, dança de Halloween com musica por LUSO TONES. Prémios serão entregues para as fantasias mais bem apresentadas.

Sábado, 1 de Novembro 9 horas da manhã - Desfile de todas as Filarmónicas Portuguesas da California 11 horas da manhã - Concerto pelas 14 Filarmónicas participantes no Festival Das 9 da noite à 1 da manhã, dança com musica por Alcides Machado.

A Direção da Sociedade Filarmónica Lira Açoriana de Livingston, em nome do seu Presidente Brian Lopes e do Mestre Joey Bertão, cordialmente convidam o publico em geral, para participarem e apoiarem mais uma iniciativa que muito prestigia e engrandece a nossa cultura em terras da California.

Servico de restaurante, bar e snack bar. Leilão de ofertas. Desde já pedimos a colaboração dos nossos caros amigos, oferecendo prendas para arrematar. Entrada grátis para o Festival.

Filarmónicas Uma Paixão do Povo Português


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