15th, September, 2014

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QUINZENÁRIO INDEPENDENTE AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA

2ª Quinzena de Setembro de 2014 Ano XXXIV - No. 1186 Modesto, California • $2.00 / $45.00 Anual

Tribuna Portuguesa

KLBS

Agropecuária

Artesanato Scrimshaw

RECONHECIMENTOS

P. 18–23,31

Gary J. Rohrbaugh, Jr. Novo CEO da P.F.S.A.

P. 29

Próxima edição

P. 5

Sugestões • • • • • • • • • •

Setembro 27, 28 - Festival Cabrilho, San Diego Setembro 26-Out. 5 - Festa de Fátima em Turlock Setembro 28 - Livro de Batista Vieira na Assunção 12pm Outubro 3-5 - Festa N.Sª. de Fátima em Turlock Outubro 11 - PALCUS - 2014 Annual Leadership Awards Gala in the Washington, D.C. area. Outubro 1-20 - Festa N.S.Fátima em Thornton Outubro 17 - Vindimas at the Mansion - Morgan Hill Outubro 18 - 1ª Corrida da Feira de Thornton Outubro 20 - 2ª Corrida da Feira de Thornton Outubro 25-26 - Festa de N.S. do Rosário em Hilmar


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SEGUNDA PÁGINA

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Estradas? Que estradas?

EDITORIAL

ode o Governador da California vangloriar-se de ter salvo este Estado da bancarrota? Pode. Pode este Governador estar contente por ser um homem de consenso e ser capaz de trazer consigo a direita e a esquerda para levar por diante boas ideias? Pode. Pode este Governador ser adepto de mais Casinos na California, mesmo que já tenhamos 60? Pode. Pode este Governador ter a certeza de ganhar as próximas eleições de Novembro? Pode. Pode este Governandor ter outras caracteristicas boas de um político experimentado? Pode e tem. Infelizmente este Governador preside a um Estado com miseráveis estradas, com miseráveis ruas em todas as nossas cidades deste grande e belo Estado. Miseráveis, impróprias de um economia que se gaba ser a 6ª do Mundo. Miseráveis, até em comparação com Países do Terceiro Mundo. Será que este Governador e todos os seus antecessores nunca andaram de carro? Será que este Governador não tem asses-

sores inteligentes e não subservientes, para o avisar do estado calamitoso em que as nossas estradas estão? Justo dizer-se que algumas estradas estão em renovação depois de mais de 20 anos sem nada fazer. Teríamos vergonha de ser Governador deste grande e belo Estado, com estas miseráveis estradas à volta de todos nós. Nós que há 40 anos éramos os melhores! Como compreender isto? Digamos em boa verdade, que em auto-estradas poderemos dizer que 30% dos troços estão bons e 70 % muito maus. No respeitante às ruas e avenidas das nosas cidades o rácio será pior, de 80 % más e 20 % boas. Uma desgraça total.

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m tempos de vacas magras devemos ter a consciência que nem tudo é igual aos tempos das vacas gordas. Sendo assim, as nossas organizações têm o dever de balancear a sua vida financeira de acordo com a realidade de agora. Um exemplo simples: se uma organização, só porque dava uma corrida de toiros nos anos anteriores, não se deve sentir obrigada a dar uma corrida quando

as finanças para isso não apontam. Deixar dívidas a futuras direcções é um sinal mau e que pode assustar muita gente, em especial os mais jovens, que ainda não têm o conhecimento de toda a comunidade dadora que contribui para as nossas festas. Pede-se disciplina de gastos de acordo com as necessidades.

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enho a certeza que a visita de Vasco Cordeiro deve ter servido para ele compreender a necessidade urgente de uma melhor e mais profunda relação a todo os níveis - culturais, artísticos, políticos, entre os Açores e a Diáspora. Ficaríamos todos a ganhar. A existência da SATA ou de outra companhia aérea que queira servir as comunidades só servirá para encurtar distâncias da saudade e resolver problemas que nem sempre são bem compreeendidos por ambas as partes. Vejamos um exemplo: é muito bonito que os primeiros 4 ou 5 voos para a Terceira estejam cheios, mas é importante que os de regresso nos tragam pessoas dos Açores para minimizar custos de transporte. A SATA tem de aprender, tal como a SUNTRIPS aprendeu no passa-

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do, em poder oferecer passagens dos Açores para as Americas a preços baixos para evitar os aviões de andarem vazios nesses 4 ou 5 voos. A SATA tem de ser criativa como a SUNTRIPS o foi há vinte anos viagens de $99.00 dos Açores, com volta estipulada para certas datas. Será que a SATA não tem gente criativa?

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atista Vieira e a Paróquia das Cinco Chagas em livro, quer dizer que deixaremos um legado de futuro para que a nossa comunidade jovem possa compreender o valor de dois Homens - um ainda activo e o outro já nos céus dos bons. Construir uma Igreja, construir uma organização como a IES, em tempos de outras eras, é de difícil compreensão. A obra de Batista Vieira é muito mais simples de entender num tempo que ainda nos lembramos. De qualquer maneira o valor de ambos em termos de sonhadores e de homens de acção não se podem esquecer. Parabéns a Batista Vieira e parabéns à obra de Monsenhor Henrique Augusto Ribeiro. jose avila

Year XXXIV, Number 1186, Sept 15th, 2014 $45.00


PATROCINADORES

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PATROCINADORES

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COMUNIDADE

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Batista Vieira – construtor de sonhos e realidades

Davide Vieira, habitual MC de outros eventos, desta vez foi-o para seu pai

José João Encarnação, profundo conhecedor de Batista Vieira

Álamo Oliveira autor da biografia de Batista Vieira.

"Diga-se, desde já, que não é fácil ser emigrante e todos quantos passaram e passam por essa situação sabem que assim é. ... Por isso, a emigração tem sido como os campos de batalha: por entre sangue, suor e lágrimas não pára de criar heróis que, na maioria das vezes permanecem desconhecidos. Para sempre. A memória continua curta. Este livro pretende deixar registada uma história, felizmente inacabada de um

A Família Vieira

Emb: Batista Vieira

emigrante açoriano que vem a merecer conhecimento publico generalizado e que é referido como personalidade que importa reconhecer. Para tal, recorreu-se a quanto vem a ser dito e a uma vasta iconografia. Quando se escreve sobre uma pessoa é imperioso comnhecer mais do que aquilo que se diz dela. Há que dizer tudo o que se sabe, embora esse tudo nem sempre seja importante. Nem sempre é possível haver consensos unilaterais, mas as diferenças, quando bem assimiladas, servem exactamente para enriquecer o entendimento

Dolores e Batista Vieira

que se tem sobre as pessoas e os factos. Merecer ou não merecer o reconhecimento publico depende apenas do ângulo de visão, pois ninguém está encarregado de ultrapassar a relatividade das amizades que os factos podem suscitar. Em geral, nem sempre se vê tudo. Vê-se a saliência, o ângulo que se aproxima de quem observa. Quando se lê uma biografia, olha-se mais para a faceta que reflecte a própria vida do que para o resultado desse olhar. Álamo Oliveira, pág. 10 e 11

Fotos de Filomena Rocha

Realizou-se no Salão de Festas da Banda Portuguesa de San José no dia 5 de Setembro de 2014, a apresentação do livro Batista Vieira: Construtor de Sonhos e Realidades, da autoria de Álamo Oliveira e coordenação, design e layout de Tony Goulart. Davide Viera foi o mestre de cerimónias, tendo a apresentação do livro ficado a cargo de José João Encarnação e de Álamo Oliveira. No fim Batista Vieira agradeceu a presença de todos. A receita da venda do livro reverterá para a POSSO.


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COLABORAÇÃO

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Ao Sabor do Vento

José Raposo

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jmvraposo@gmail.com

á anos, estava eu numa das barraquinhas do Campo de San Francisco, durante a festa do Senhor Santo Cristo, a beber uma cerveja e a conversar com o meu amigo de escola, o José Maria Pacheco e, à hora combinada, a minha sobrinha Helena Silveira foi-me buscar. Ao despedir-me dele, ela perguntou-me: “O tio sabe com quem é que estava falando?” Respondi que sim e disse que era com o meu amigo Zé Maria. Ela diz: “Ele é a tia Maria do Nordeste”. Embora eu não visse razão alguma para a minha sobrinha não estar dizendo a verdade, fiquei assim um pouco duvidoso, pois havia assistido um ou dois dias antes a um espetáculo da Tia Maria do Nordeste e de forma alguma reconheci o meu amigo. Voltei atrás e perguntei-lhe se ele era realmente quem ela falara ao que ele disse que sim. Eu não queria acreditar pois conhecia o Zé Maria perfeitamente do tempo da Escola Industrial. Era um rapaz calmo, nunca havia entrado nas peças de teatro que se fazia na escola e até parece-me que nunca havia escutado uma anedota da sua boca. A minha sobrinha muitas vezes já o havia visto na televisão e ouvido no rádio e disse-me que era grande fã do seu trabalho, mas que o “José Maria” ela não conhecia. Apresentei-o a ela nessa altura. Este ano quando fui a São Miguel pensei logo fazer uma entrevista à Tia Maria do Nordeste. E aqui está o que conversamos. - Como é que o pacato Zé Maria se transformou na Tia Maria do Nordeste? Bem, diz ele, a transformação não foi uma coisa rápida. Como sabes, eu na escola nunca entrei nas peças de teatro. Era

A Tia Maria do Nordeste

tímido, os professores não me convidavam para participar e eu também não me oferecia. Quando, por vezes, nas férias os seminaristas regressavam, eu entrava nos espetáculos que faziam. Há 20 e poucos anos participei de uma peça no teatro Micaelense e interpretei o papel de uma senhora mandona, que até mandava no marido. O nome era Rosalina. No programa Tele-manhã é que fui “batizado” por Tia Maria do Nordeste, pelo Carlos Tomé, de quem te deves lembrar. Depois na revista “A rir é que a gente se entende”, é que a Tia Maria fez a sua apresentação e confesso que desde esse dia tem sido um grande sucesso.

lar Inglês. Eu por mim falo muitas línguas e desenrascar-me-ia em qualquer parte do mundo. Além disso, sei falar à moda do Nordeste e isso só por si vale muito dinheiro.

Em seguida perguntei se a Tia Maria quando atuava, preparava-se antes ou se as suas atuações eram improvisadas. Ela respondeu que tanto ela como o marido, sempre se preparavam com antecedência e estudavam o que iriam dizer, no entanto muitas vezes, tanto um como o outro improvisavam. Quando lhe disse que havia lido no jornal Açores que o Zé Maria não se gostava de vestir de mulher e que agora estava a pagar pela língua, ele começou a rir e disse: -Sim é verdade, mas eu não me importo que me chamem de Tia Maria. As pessoas respeitam-me, os amigos continuam a serem meus amigos e o povo em geral gosta do papel que a Tia Maria desempenha. Diz-me uma coisa Tia Maria, já pensaste alguma vez em candidatar-te para um lugar no Governo dos Açores? - Bem, eu tenho aspirações mais altas e se

me for candidatar a qualquer posto político será a nível nacional para poder endireitar este país. - Mas, tia Maria, se as coisas estão assim tão más, há sempre a possibilidade de emigrar. Já pensaste nisso? E que tal ir para a América ou o Canadá? Ouvi dizer que a Tia Maria se queixa um pouco do reumático e o clima da Califórnia é muito bom para isso. - Eh home, diz ela, o meu marido nunca iria concordar de deixar a nossa querida ilha e ir para tão longe. Ele não sabe fa-

- Pois, disse eu, sei que a Tia Maria já esteve em Toronto e outras cidades na costa Leste dos Estados Unidos. Gostaste? -Sim gostei muito diz ela. Fui muito bem recebida e aplaudida em todos os espetáculos. Perguntei-lhe se a roupa que a tia Maria usava era roupa de marca ou se comprava algumas nas lojas chinesas. Ela respondeu logo que só vestia roupa de marca ou expressamente feita para ela e disse: -Sabes uma coisa amigo Vicente? Tenho um fato que a tua mãe é que fez e foi o que eu usei quando entrevistei a tua sobrinha a Dra. Helena Silveira. Até os homens olham todos para mim quando eu visto esse fato. Esta conversa foi durante um jantar em casa de minha irmã Conceição e meu cunhado Duarte Silveira, para o qual eu havia convidado a Tia Maria. Claro que ao ouvirem isso, foi logo uma rizada. O meu amigo teve que ir à sua vida. Despedi-me dele, convidei-o a vir a Califórnia e assim terminou uma conversa amiga com a Tia Maria do Nordeste.


Meu infinito amor

N

a passada manhã do dia cinco deste mês, devido ao débil estado de saúde de minha mãe, preparava-me para confirmar com o meu amigo, Bernie Ferreira, uma viagem de emergência à ilhas dos meus amores. Ele chegava ao escritório por volta das dez. Pouco antes de lhe ligar, de súbito, o telefone tocou-me... no fundo do coração: “A mãe faleceu.” Eu quase desfaleci. E desliguei. As lágrimas tomaram conta de mim. Perdi a habilidade momentânea de falar. Valha-me este terapêutico refúgio do escrever. Aqui deixo o desabafo. Acabo de perder a melhor parte de mim. Aquela que me moldou assim. E assado agora me deixas, mãe, em brasa viva de dor perpétua. Arde-me no peito a última lágrima do teu derradeiro suspiro. Bem sei que chamaste por mim. Mas não sabia o quanto doía perder-te, por fim. Já sinto o gelo ferino da tua dolorosa ausência. Confesso que não estava preparado para o vil golpe da partida. Deixar de poder beijar-te, acariciar-te, devolver-te os mil e um mimos com que me banhaste ao longo de toda uma vida? Dói demais este rude apagar-se da chama acesa entre nós naquela distante primavera de 1955, quando o teu ventre me acolheu e o teu coração me embalou... até há pouco. Agora, francamente, não sei o que fazer. Perdi-te e sinto-me perdido. Sem o calor terno do teu abraço doce, tudo vai ser tão diferente. Por quanto tempo mais resistirei à falta aflita da tua voz meiga que o chão frio da ilha para sempre abafou? Aí voltaste há muitos anos mas falámos sempre no correr dos dias. Passam tão depressa. E calam-nos à bruta. Detesto este silêncio sepulcral. Pena não haver telefones no céu. Tanto que já tenho para te contar. Sei que acabas de aí chegar para ficar. É o meu consolo. Quero acreditar que partiste desta para melhor. O teu debilitado corpo já não aguentava mais. A tua benévola alma, porém – essa sim, mãe, tão genuína e generosa – inspira-me para o resto do tempo que nos separa do reencontro inadiável. Cabe-me manter viva essa esperança de poder rever-te como sempre te vi – uma mulher formidável. Não te conheci até aos 22 mas disseram-me maravilhas da tua jovem formosura ainda antes de te perderes de amores pelo babado pai dos teus filhos – joias lindas dos teus olhos – como adoravas tratar-nos. E que bem nos trataste, minha veluda heroína de tantos serões bordados pelo romper das madrugadas deliciadas com a frescura melodiosa da tua voz cativante. De pote ao quadril, ou com as costas já dobradas sobre a pia de lavar, antes da

roupa subir à corda, o sol espreitava e sorria enquanto cantavas. E encantavas-nos, toda airosa, nesse teu inconfundível jeito de entoar alegres alecrins aos molhos. Por causa de ti, minha doce dama de honor etéreo, choram agora os meus olhos ao lembrarem-te de avental pegado à cintura, pá à boca do forno, olho preso na panela, pão fresco sobre a mesa de jantar servido sempre a tempo e horas alegres... até ao dia em que o carteiro nos entregou a carta de chamada. E a alegria mudou de tom mal a saudade entrou em cena. Chamaram-nos da América e tu gostaste porque a tua felicidade dependia sobretudo do nosso futuro risonho. Ainda bem que nos viste sorrir, os netinhos a crescerem, com os anos a fugirem e a ilha, sempre a ilha-mãe saudosa, a chamar-te de volta. Para a saboreares a gosto antes de partires de vez. Tornou-se bem doce-amargo o teu regresso, à despedida. Oitenta primaveras depois do quentinho berço... a gélida sepultura a abrir-nos este vazio medonho que deixas no âmago ferido das nossas vidas abaladas, empobrecidas, pesarosas. Podíamos engolir, à uma, o desgosto sem quaisquer palavras. Podia mas prefiro não abafar mais esta mágoa imensa. Também não eras pessoa de calar desabafos, à toa. Trazias as emoções à flor da pele e dizias na cara o que te fervia no peito, deixando o coração falar por si. Não conheci outro mais amável. Amou até mais não poder. Devo-lhe a fortuna de ser quem sou – o teu rebento primogénito, eternamente orgulhoso de ti, minha inesgotável fonte de pura doçura. Irradiaste felicidade à tua volta. É essa doce imagem que quero guardar e vou aqui partilhar com o teu sedutor sorriso de rapariga divertida e sempre amiga de quantos e quantas disfrutaram o prazer do teu convívio, o perfume da tua amizade, a ternura do teu amor inexcidível. Foste exemplo claro de mulher digna, esposa íntegra, pessoa da máxima fé – raínha amorosa de um lar que te venera para sempre – minha santa mãe adorada. Minha preciosa flor. Um beijinho e... até breve, (esta vida é um sopro leve) minha joia. Meu infinito amor.

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Rasgos d’Alma

Luciano Cardoso lucianoac@comcast.net

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Água Viva

Ao Cabo e ao Resto

filomenarocha@sbcglobal.net

victor.dores@sapo.pt

Filomena Rocha

A minha vida

dava um livro

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á quantas vezes ouvi esta frase... "A minha vida dava um livro"... Não tem conta! E ultimamente, parece estar na moda. Eu até penso que cada uma pessoa o devia fazer. Alias, eu ja referi isso mesmo, numa outra ocasião. Também já muitas vezes me disseram o mesmo. O dilema está em, como comecar? Se eu contar, ainda que pequenos momentos da minha vida, eu não falarei só de mim. Eu terei que sempre envolver outras pessoas. Entao, já nao será apenas o livro da minha vida... Forçosamente, estarei contando sobre a vida dos outros! E eu sei lá se essas pessoas envolvidas na minha história de vida, gostarão ou não! Poderei começar, talvez, pelo Dia em que nasci, uma Quarta para Quinta-feira, à meia-noite. Tinha que ser depressa e bem cedo de madrugada, porque havia festa na vizinha Ilha Graciosa, e meu pai tinha de viajar para lá. Não por causa da festa, mas por causa da Musica. Ele tocava trompete (como bem poucos) e tinha de acompanhar a Banda Filarmónica, julgo que naquela altura, a da freguesia de Terra-Chã. Minha mãe, minha saudosa confidente, não era uma mulher ciumenta, mas às vezes, ficava sentida com esta encantadora rival: a Musica! Naqueles anos, quase ninguém sabia que iriam nascer mais crianças na família, a não ser quando estava chegada a hora, ou logo depois do nascimento. Minha irmã, Maria Elvira, ficou super contente, e meu irmão Lucio, teve de fazer uma crítica do genero: mais uma para dar trabalho... Ainda me lembro de tão raríssimos pormenores daquele tempo, que minha mãe dizia ser impossível eu ter viva memória deles, mas depois ela dizia-me que sim, que se tinham passado. Eu sempre gostei de falar de coisas antigas, de invocar os antepassados, das avós que infelizmente, não conheci nem o avô materno, por terem morrido demasiado novos. Mas como me lembro de visitar a titia Elvira, que era muito alegre, gostava muito de rir, contar histórias, e "essa sim", como dizia a minha mãe, "cantava como tu, quando tinha a tua idade...". Mais uma que a morte levara cedo. Ficou-me na memória ainda fráagil, o seu carinho, os lindos vasos de avenca por dentro da janela, as arcas do trigo e das cobertas do tear no corredor da casa, as rasoiras e outras medidas, o moinho de pedra que a jumentinha fazia andar, e entre outros utensílios, o bordão de conteira amarela, com o qual ela alisava a cama, e que havia sido tambem do meu avô Joao, o Salgado da Serreta. Com o passar do tempo, percorremos muitos caminhos, e muitas memórias se esfumam, ou por algum tempo, ocupamos espaços, com outras personagens. Aprendemos, ou não com os outros, mas sempre tiramos ilacções de

como podíamos ter feito assim ou assado. Durante a bonita sessão de lançamento da biografia de Batista S. Vieira, Constructor de Sonhos e Realidades, escrito pelo grande Escritor Terceirense Álamo Oliveira, muitas lembrancas, povoaram a minha mente, desde o tempo em que o conheci, o tempo em que trabalhei nas suas estações de Rádio, o tempo em que apenas nos conhecemos e nos cumprimentamos, o tempo... Tantas vezes perdido a analizar factos e palavras! Duas coisas, sim aprendi com o mais medalhado e condecorado português desta California: "Nunca ensines aos outros tudo o que sabes, pois logo hão-de querer tirar-te o lugar". Ao contrário, minha mãe sempre dizia: "Quando tiveres que dar algo aos outros, dá sempre do melhor que tiveres". A segunda frase que me disse Batista Vieira, foi: "Tens muito estudo, sabes muito, lês e escreves muito bem, és muito profissional, a tua maneira de fazer Radio é muito linda... mas não tens dinheiro, não vales nada!". - Mais uma vez, ao contrário do que me foi ensinado: "As nossas memórias, são como alicerces do passado e do futuro. Os ensinamentos que trazemos desde o berço, são a chave-mestra para a porta de qualquer lugar, onde pretendamos entrar de cabeça erguida". Está visto que nunca receberei medalhas, pois nunca passarei de uma simples construtora de palavras. E ainda que muitos dos meus sonhos tenham ficado por construir, eu apenas serei eu mesma! Parabens pelo "Homem de sucesso que tem sido e à sua esposa, senhora Dona Dolores, quem muito admiro! Parabéns e Felicidades para toda a Família Vieira.

Victor Rui Dores

"Barquinha feiticeira" Há cantigas que pela sua toada nostálgica e melancólica não se destinam ao “bailho” mas ao canto e, por conseguinte, não fazem parte dos chamados “bailes de roda”. É o caso da cantiga “A barquinha feiticeira”, cantada nas ilhas do Pico e do Faial.

canção que não será de criação local. E isto por três ordens de razões. Em primeiro lugar porque a cantiga está registada no Cancioneiro Popular, de César das Neves, embora com música diferente, sinal de criatividade popular açoriana de que tenho

cidade elaborada e rebuscada. Júlio Andrade, no seu livro Bailhos, Rodas e Cantorias, informa que foi o faialense Constantino do Amaral, professor do ensino primário, a primeira pessoa a passar esta cantiga a partitura, tendo-a orquestrado para uma rapsódia cantada no Teatro Faialense no primeiro quartel do século XX. Conclusão: como a “Barquinha feiticeira” não é referida pelos nossos mais antigos musicólogos, fácil é a conclusão de que não será cantiga de criação local.

No seu livro O folclore da ilha do Pico, João Homem Machado avança com a opinião de que a “Barquinha feiticeira” é uma cantiga do tipo “trovas pegadas”, ou dos “romances rimados”. Por isso mesmo estamos perante uma

vindo a falar. Em segundo lugar porque a canção, em compasso 3 por 4 ou 6 por 8, remete-nos para uma qualquer cançoneta ou valsinha que terá vindo parar a estas ilhas. Em terceiro lugar porque a letra revela uma poeti-


COMUNIDADE

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33 Anos ao Serviço da Música e da Comunidade A Filarmónica Portuguesa de Tulare, que neste ano de 2014 participou nos festejos das Sanjoaninas na ilha Terceira, acaba de celebrar os seu trigésimo-terceiro aniversário. O evento ocorreu, como é habitual no salão do TDES, na cidade irmã de Angra do Heroísmo. Durante três dias a atual direção promoveu uma amalgama de atividades de índole popular que incluíram, vacada, concertos pelas Filarmónicas visitantes e pela Filarmónica aniversariante, concerto pelas crianças alunas do curso de música da mesma Filarmónica, espetáculo com artistas da nossa comunidade, almoço, arraial, missa campal, e musica para baile ao ar livre. Foi mais um fim-de-semana de festa intensa, salpicada com as tonalidades da nossa música popular e com a culinária das nossas ilhas. Os emigrantes açorianos de Tulare, assim como alguns açor-descendentes, desta cidade e zonas circunvizinhas, puderam, ainda mais uma vez, celebrar com a Fi-

larmónica Portuguesa de Tulare, a cultura popular açoriana. Recriar, num espaço muito nosso, a ambiência dos festejos típicos das freguesias açorianas. Há 33 anos, que a Filarmónica Portuguesa de Tulare, vem servindo a nossa comunidade e representando a comunidade de origem portuguesa em Tulare nos vários festejos que se realizam um pouco por todo o estado da Califórnia. A Filarmónica Portuguesa de Tulare, é presença viva nos festejos das nossas comunidades de todo o centro da Califórnia, incluindo as zonas litorais. Tony Nunes, presidente da direção ao longos dos últimos três anos, mostrou-se satisfeito com a presença da nossa comunidade nos três dias de festa e agradeceu à comunidade o apoio prestado, salientando, na saudação feita aos presentes depois da missa campal, que a Filarmónica é uma instituição com três décadas de vida e que a sua existência deve-se ao esforço de todos quantos

têm trabalhado, nas mais diversas formas, para a sua continuidade ao longo destes anos. Assim, com o sentido histórico do que foi feito e do que se poderá ainda fazer, constrói-se comunidade, trabalha-se para preservar e promover o nosso legado cultural, neste caso o legado cultural das Filarmónicas, que nos Açores têm uma história secular e nas comunidades de açor-descendentes, particularmente na América do Norte, já têm raízes de várias décadas.

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Parabéns à Filarmónica Portuguesa de Tulare que caminha para o seu trigésimo-quarto aniversário.

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Reflexos do Dia–a–Dia

Diniz Borges d.borges@comcast.net

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enhor Presidente do Governo da Região Autónoma dos Acores, Excelência: permita-me, como açoriano que na América vive desde os dez anos de idade, fazer uma breve reflexão desta comunidade onde vivo e trabalho há mais de 40 anos. Primeiro, é importante dizer a Vossa Excelência que praticamente todos nós aqui presentes, estamos envolvidos e empenhados na continuidade das nossas comunidades açorianas neste novo século e novo milénio. Todas as associações e irmandades aqui presentes são, há sua maneira, verdadeiras Casas dos Açores. O TDES (Tulare Divino Espirito Santo), como o SPDES de Tipton, o PPAV de Visalia, o ST de Riverdale, O Selma Portuguese Hall, o Tulare Angrense Atlético Clube, e muitas outras, já eram Casas dos Açores, antes do conceito ter nascido. Há 103 anos que esta instituição, o TDES anda a promover os Açores em terras da Califórnia. Porque estes salões, estas irmandades, são muito mais do que centros de festas do Espirito Santo, são, Sr. Presidente, verdadeiros centros aglutinadores e promotores da açorianidade. Nesta comunidade, que tem mais de 120 anos de existência, estamos, pouco a pouco, a consciencializarmo-nos para o facto que é necessária a nossa integração sem uma diluição total. Que a evocação do passado, outrora antídoto necessário para a estranheza ante a nova realidade, refugio

para as angustias dos primeiros tempos, é hoje mero objeto de celebração efémera, legado que não serve para as gerações vindouras. O passado ensinou- nos que, embora a língua portuguesa seja, indiscutivelmente, a primeira ligação que nos une como povo, não podemos estar separados dos Açores pela imensidão do continente americano, e o Oceano Atlântico, e da América pela língua. Que nesta comunidade, e noutras, jamais, se repita o que aqui vivemos no passado, não muito longínquo, em que uma jovem foi afastada dum lugar associativo apenas porque não dominava bem o Português. Com o estancar do fenómeno imigratório açoriano, pelo menos para estas paragens da Califórnia, sem o impulso das sucessivas ondas de “sangue novo”, com o inevitável envelhecimento da geração emigrante, as nossas comunidades atravessam uma metamorfose, que é compreensível e é natural. Mas que nem sempre é compreendida em ambos os lados chamado Rio Atlântico. Produto dessa metamorfose, e dessa aculturação, é falar-se, infelizmente, menos português nas nossas casas. A língua portuguesa, aos poucos, tem-se transformado em casa de muitas das nossas famílias, língua de dias de festa, onde se diz meia dúzia de vocábulos e se mostra o galo de Barcelos e as toalhas regionais. Daí, Senhor Presidente, que as segundas e sucessivas gerações precisam de ser cuida-

Memorandum João-Luís de Medeiros jlmedeiros@aol.com

ANTERO DE QUENTAL (18 Abril,1842 – 11 Setembro, 1891)

O

mês de Setembro costuma ser uma boa época para vindimar ideias. Não é costume meu recitar discursos fúnebres alusivos ao derradeiro episódio da via-sacra anteriana. É tão gratificante imaginar (acreditar) que poetas como Antero de Quental não desaparecem nos labirintos da morte – simplesmente, emigram para outras órbitas siderais... Aquando do primeiro centenário da sua morte (Setembro, 1991), tive a alegria de ver aceite a sugestão para congregar as associações do nosso grupo étnico na participação duma sessão cultural comemorativa da efeméride. Naquela época, houve quem me avisasse de que tamanha ‘teimosia’ cultural não era transplantável na seara étnica da nossa laboriosa comunidade. Perante tal desmotivação, tomei a resolução (porventura, discutível) de adoptar a velha táctica popular: “para conversas loucas orelhas moucas”. Recordo que tive a boa sorte de então contar com a cooperação de associações interessadas no sucesso da experiência: Ateneu Luso-Americano; Associação Cultural Lusitânia; Sociedade Cultural Açoriana;

Aqui também é Açores!* das. Os Açores não podem ficar nas comunidades de hoje, e mais importante nas comunidades do futuro, que começa já amanhã de manhã, como uma historia contada pelos pais e os avós. E ser-se açoriano algo que meramente nos diferencia de outros americanos de raízes dissemelhantes. Se assim procedermos, estaremos a promover a fossilização da nossa herança cultural. Ao apresentarmos as nossas boas vindas a esta comunidade gostaríamos de informar Vossa Excelência que as nossas preocupações concentram-se na nossa capacidade de passarmos o nossa legado linguístico, histórico e cultural às novas gerações. E é neste trabalho que o governo da Região Autónoma dos Açores tem uma palavra a dizer e uma ação de parceria, importantíssima. Apesar das várias atividades que Tulare tem promovido, estamos plenamente conscientes que há mais, muito mais a fazer, e que as comunidades de amanhã poderão ser mais americanas, mas, simultaneamente, poderão continuar a ser açorianas. Daí que o que foi útil para os emigrantes já não o será para os seus filhos e os seus netos. A palavra saudade poderá ser vocábulo conhecido pelos açor-descendentes, mas é para eles um conceito totalmente desconhecido. Daí a importância de se promover os Açores, além da saudade. Assim, esperamos que os intercâmbios, cada vez mais essenciais num mundo onde se apregoa

a aldeia global, possam continuar e, apesar dos constrangimentos financeiros que a região vive, até mesmo serem fortalecidos. Que se continue a apostar na promoção de atividades credíveis e abdicar de propostas fictícias. Que nas comunidades apareçam mais gente ligada à cultura. É imperativo que todos os açorianos, e seus descendentes, conheçam não só as belezas naturais da nossa terra e os festejos de índole popular, mas, e sobretudo, a realidade da nossa história, a riqueza das nossas letras e o valor da nossa arte. Em sumo, acreditamos que o melhor monumento que os Açores poderão construir aos emigrantes, e aos seus descendentes, será ajudar-nos a passar o nosso legado cultural às futuras gerações. Todos, mas mesmo todos, beneficiaremos com isso. A Região e as Comunidades. Os Açores e a América. Para que isso aconteça é absolutamente necessário que tenhamos, todos, aqui e nos Açores, uma imaginação colossal e uma enorme capacidade de trabalho. A vontade que tem sido clara, e inequivocamente demonstrada, ao longo dos últimos dois anos do seu governo, pelo Diretor Regional das Comunidades e o Seu Subsecretário para as relações externas. Bem vindo Senhor Presidente a uma comunidade que pode não ser, numericamente falando, a maior, mas é de certeza uma comunidade cheia de boa vontade, com uma enorme capacidade

de trabalho, orgulhosa das suas ilhas de origem e que compreende que o que nos liga aos Açores é muito mais forte do que qualquer transtorno ou qualquer percalço de uma mera viagem de férias. Acredito, veementemente, que esta comunidade dos condados de Tulare, Kings, Kern e Fresno, aqui representada por 18 organizações esta noite, trabalhando em colaboração com o governo que Vossa Excelência, preside, poderá ser uma mais valia para a Região. Uma mais valia nos investimentos; no turismo, particularmente olhando às segundas, terceiras e sucessivas gerações; no know-how que aqui existe na agropecuária, esta que é a zona mais rica nos EUA nessa importante vertente económica açoriana, e na vontade que temos em perpetuar, independentemente da língua em que comunicamos ou comunicaremos, as nossas vivências açorianas além do arquipélago. Eu sei que esta é uma comunidade com a qual Va. Excelência pode contar. Esta é uma comunidade com a qual os Açores podem contar. Aqui vive-se os Açores, todos os dias. * discurso apresentado ao Sr. Presidente do Governo dos Açores no jantar ocorrido em Tulare no dia 28 de Agosto de 2014

Antero de Quental

imigrante com o passaporte da liberdade *

SER-Jobs for Progress; Centro Cultural Português; o antigo Centro de Cultura Portuguesa da UMass/Dartmouth, sem olvidar a imprensa, rádio locais, e até alguns restaurantes da área. Apesar da modéstia da iniciativa não prometer visibilidade garantida aos membros mais egotistas da confraria académica, a sessão pública foi visitada por algumas destacadas personalidades das Letras & Artes da área. Houve gente que compareceu, talvez ‘tocada’ pela justificada curiosidade do evento. Durante a sessão foram apresentados breves comentários àcerca da inquietação espiritual do poeta, sobretudo dedicados à honorabilidade cívica do filósofo-poeta; houve ainda tempo para a leitura de vários sonetos, designadamente: À Virgem Santíssima; Na Mão de Deus; A um Poeta... No final, ficámos com a sensação de que o “terreno étnico” ficara cavado de fresco para futuras sessões mais condizentes com o perfil do apostolado social anteriano... sem descurar o exemplo das mais salientes figuras artísticas da diáspora açor-lusitana... .../... Sugerir uma breve reflexão colectiva para falar da vida & obra de Antero de Quental, na data precisa da sua morte, poderia à primeira vista gerar um sentimento estranho àquelas pessoas menos avisadas da uni-

versalidade artístico-filosófica do bardo micaelense. Nessas circunstâncias, houve que cultivar o cuidado em conciliar o perfil do mensageiro com a especificidade da mensagem: “.../... Ergue-te, pois, soldado do Futuro / E dos raios de luz do sonho puro / Sonhador, faze espada de combate...” ...//... Na ânsia de traduzir, na linguagem do humanismo socialista, algumas das perplexidades do percurso intelectual anteriano, a minha geração foi alertada (com alguma precocidade circunstancial) para o fervor revolucionário inspirado no ‘Complexo de Ícaro da Geração de 70’. Seja-nos permitido relembrar que, nos últimos 50 anos, temos procurado merecer a proximidade com as suas doridas interrogações: o filósofo-poeta coloca-nos como viventes de dois mundos contraditórios: um da relatividade e da contigência; outro, onde domina o absoluto e actuam os atributos da virtude e do eterno. No primeiro, tudo é efêmero e não tem em si a sua causa; no segundo, há a promessa da constância e da estabilidade, ou seja,‘a conveniência de sacrificar a satisfação do que é passageiro ao que não é.” Em Junho, 1891 (cerca de três meses antes do fatídico gesto que interrompeu a sua extraordinária existência) o poeta desa-

bafava em carta a Oliveira Martins estes dizeres tão refrescados de actualidade: “... tenho estranhado, mais do que suponha, a mudança de clima: é verdade que esta quadra do ano é a pior aqui, e aos próprios da terra oiço queixarem-se da depressão fisiológica produzida por este ar de estufa (.../...) pelas conversas que tenho tido com vários dos meus visitantes vejo que o espírito separatista tem aqui diminuído, o que explico pelo facto da prosperidade actual da ilha. De resto, ninguém aqui faz ideia da gravidade da crise porque a nação está passando...” (*) breves excertos do texto incluído no livro “Canteiro da Memória” (o autor não aderiu ao recente ‘acordo ortográfico’).


COLABORAÇÃO

Temas de Agropecuária

Egídio Almeida eialmeida@yahoo.com

Onde estão as Vacas que produzem leite nos EUA?

O

s 25 maiores Condados na produção de leite, albergam mais de 1 terço das vacas dos Estados Unidos. Isso comparado com um quinto das vacas há apenas 20 anos passados. Com 437.436 vacas no mais recente Censo da Agricultura, o Condado de Tulare manteve o seu brioso título de maior produtor de leite, por Condado, de toda a União. De facto, se a California “dairy hotbed” Tulare, fosse por si proprio um Estado, estaria na posição número 6, encunhado entre Pennsylvania e Minnesota e com 5.6 % das vacas da Nação Americana.

Não só o Condado de Tulare mantém o padrão de maior população de vacas, mas ainda aumentou a sua vantagem sobre o segundo classificado, Merced, adicionando 15.000 vacas leiteiras durante os cinco anos em que decorreu o Censo, o que foi 3.000 mais de que a competição mais proxima. Mais 8 dos vizinhos de ”Tulare Golden State” estão na lista dos 25 maiores. Estes 8 Condados tem uma tendência semelhante, ao que está acontecendo à volta do País - os Condados, ou estão em crescimento, ou estão diminuindo os numeros de vacas. Entre os 25 condados do topo da produção de U.S. Dairy, a California teve 5, que aumentaram a sua produção uma média de 7,649 vacas por Condado. Entretanto os outros 4 diminuíram os seus numeros de vacas em média de 11.916 por cada exploração. Esta intensidade definida pelos numeros de vacas de leite por milha quadrada, em algumas áreas geográficas e mesmo intensa na medida em que as vacas vão saindo das áreas urbanas, por pressões ambientais, ou para dar lugar a const-

rução. A seguir à California apenas Wisconsin’s alberga Condados com mais de que 50 vacas por milha quadrada. Em particular 7 dos 8 Condados de Wisconsin’s com maior densidade populacional localizados no Nordeste do Estado. Durante os ultimos cinco anos este grupo colectivamente tem expandido os numeros de vacas por unidade produtora em media 5.386 vacas por Condado, guiados por “Fond du Lac’s” 12.000 cows. E seguido deperto por ”Kewaunee’ com 10.500 por Condado. Durante os ultimos cinco anos uma situação semelhante aconteceu em ”Texas Panhandle” e Eastern New Mexico. Dentro daquele grupo um agrupamento de 10 Condados, sete destes esperimentaram uma significante expansão crescendo uma média de 11.171 vacas. Esta área foi seguida pelos seguintes Condados durante o período dos mais recentes cinco anos; Artley, Texas, 17.495; Lamb, Texas, 17.084; Lea, N.M, 11.510; e Curry, N.M. 10.116; nesta mesma região “Def Smith County”, Texas manteve a sua produção, enquanto que “Palmer” Texas baixou 2.900 vacas e Roosevelt, N.M. perdeu 10.200 vacas. Por todo o Territorio dos Estados Unidos, outros Condados que adicionaram mais de 10.000 vacas durante os passados 5 anos, incluíu: Gooding, Idaho, que registou a maior subida de todos com 38.290; Morrow, Ore. 10.800; Huron, Mich; com 10.200. Um duo de 2 Condados no Western Kansas adicionou quase 40.000 vacas seguido por Gray’s, 26.400, e Hamilton’s 13.900. O Sul da California, San Bernardino, perdeu 24.000 cabeças para assegurar a maior redução, enquanto os seus parceios para o Norte, Stanislaus, enviaram 12.000 extra cabeças para os mercados da carne. ”Erath County” em no Leste do Texas estava entre os dois, a perder 15.800 cabeças. Ao todo 33 % das vacas de leite residem nos 25 Condados do topo. Esses numeros aumentaram 4 % desde 2002 e 28 % de 1992. Quando alargarmos a lista para os 50 Condados no topo, 46 % das vacas produtoras da Nação vivem nos 50 Condados maiores produtores de leite, comparado com 30 % apenas há 20 anos passados. Em 2012, 57 % de todos os “Milking Bovines” estavam nos 100 maiores Condados produtores de leite comparados com 42 % na década anterior.

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COLABORAÇÃO

15 de Setembro de 2014

Tribuna da Saudade

Ferreira Moreno

A

cabo de ler “Navios e Marinheiros”, obra publicada em 1937 da autoria de Emílio da Silva, filho do vice-almirante Mariano da Silva (1865-1935). O livro des­creve episódios, anedotas e curiosidades da Armada Portuguesa, abrangendo as duas últimas décadas do século 19 e primeira década do século 20, e apre­sentando um autêntico braçado de saudades, marcado pelo con­ vívio de quarenta anos com oficiais da marinha. Neste recordando tenciono assinalar, tão somente, um trio de amostras com sabor humorístico. No capítulo reservado a tatuagens, lembrou o autor que em tempos mais antigos e de mais arreigada fé, as imagens de santos protetores tinham também larga re­pre­ sentação. Era então costume castigar com chibatadas quem era acusado de qualquer trangressão incorrida a bordo. Desses castigos defendiam-se algumas praças, fazendo desenhar nas costas, na região em que era uso aplicar as chibatadas, imagens de santos e na maioria das vezes a do próprio Cristo crucificado, sobre o qual ninguém batia. Arranjavam assim salvo-conduto original, que livrava as praças das chibatadas, substituídas porém por outros castigos, não menos violentos, mas nos quais a dor física não era tão fortemente provocada. Noutro capítulo temos a narrativa dum episódio ocorri­do a bordo da canhoeira Vouga, (lançada ao mar em janeiro 1882), que se encontrava ancorada numa das nos-

Recordando

Cenas Navais

sas cidades africanas, e cujo comandante ia a terra com frequência, aparentemente empenhado em con­quistas amorosas. Sempre que o comandante aparecia na tolda p’ra se dirigir à cidade, lá estava devidamente perfilado um tenente anunciando: “Pronta a canoa do coman­dante.” Isto repetia-se vezes sem conta, com preplexa admiração do comandante, visto que ele nunca prevenia este ou aquele quando pretendia usar a canoa. De nada lhe serviu mudar as horas das suas idas a terra, p’ra despitar o te­nente, pois este nunca falhava em ter a canoa, na água à escada do portaló, p’ra transportar o comandante. Finalmente, já desesperado, o comandante não se conteve e bruscamente interrogou o tenente: “Como é que você sabe que eu vou a terra?” O tenente, sem se des­consertar e mantendo a respeitosa posição militar, explicou: “Todas as vezes que passo ao pé do camarote e me cheira a perfume, já sei que o co­man­dante vai a terra.” Evidentemente que ficou satisfeita a curiosidade do comandante, mas a explicação foi travo amargo p’rá dignidade do comandante, pois que veladamente era alusiva aos motivos românticos que p’ra terra o encami­n havam amiudadas vezes. Acerca de submarinos, que o autor chama submersí­ veis, somos informados serem eles de grande incomo­di­dade p’rás suas tripulações. Aproveitado ao máximo o espaço, p’ra maquinismos e acessórios necessários ao seu papel militar, poucos e acanhados logradoiros ficam p’rá guarnição.

Escreveu Emilio da Silva: “Nos nossos primeiros e pe­quenos submersíveis, (Espadarte, Foca, Golfinho e Hidra), devido ao minguado número dos seus t r i p u ­l a n t e s , duas dezenas, porque não tinham capacidade p’ra mais, não havia cozinheiro e uma praça habilidosa é quem lhe fazia as vezes.” Aproveitava-se a permanência à superfície p’ra cozi­n har, em guarita armada ao ar livre. Nessa improvisada cozinha um fogão de petróleo de duas bocas servia p’ra preparar as frugais refeições, que muitas vezes eram utili­ zadas depois do barco submerso. Se durante a imersão havia necessidade de aquecer a comida, recorria-se a fogareiro elétrico assaz disponível e apropriado. Estava o “Golfinho” fundeado em Setúbal quando o cozinheiro, ou seja, a praça responsável pela comida a bordo, teve que ir a Lisboa com urgência. Embora pouco ou nada percebesse de culinária, outra praça ofereceu-se p’ra tomar conta da cozinha e

prontamente decidiu peparar galinha cozida e respetiva canja. O improvisado cozinheiro foi a terra comprar uma galinha preta, alegadamente de carne mais saborosa, trazendo-a já depenada p’ra bordo, e magicando de­monstrar as suas habilidades culinárias. Agora e aqui, p’ra encurtar a narrativa, apenas direi que a canja estava intragável e mais ainda a galinha, que veio muito volu­mosa p’rá mesa, visto que o cozinheiro esquecera-se de esvaziar o recheio natural da galinha, ou seja, as várias miudezas, o papo, a moela, as tripas, etc. Assim se desmentiu o ditado que afirma: Cuidados e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém!


PATROCINADORES

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COMUNIDADE

15 de Setembro de 2014

Tulare recebeu Vasco Cordeiro

Fotos de Fátima Toste

Diniz Borges cumprimentando os Directores da Filarmónica de Tulare

Cumprimentos da Filarmónica de Tulare às autoridades presentes no Jantar de Recepção a Vasco Cordeiro

Vasco Cordeiro, Diniz Borges e Carmen Pinheiro

Vasco Cordeiro recebendo um Reconhecimento das Cidades Irmãs

No dia seguinte à visita a San José, Vasco Cordeiro e comitiva foram recebidos em Tulare para um jantar de recepção que levou 450 pessoas ao Salão do TDES. "O Presidente do Governo afirmou, em Tulare, na Califórnia, que os Açores são uma “terra de oportunidades”, desafiando os açor-descendentes de segunda e terceira geração a descobrir um arquipélago que apenas conhecem do que lhes foi

transmitido pelos seus pais e avós. Estamos a entrar numa nova fase do relacionamento com as comunidades emigradas. A grande questão que se coloca é como podemos manter a relação entre os Açores e estas comunidades sem a saudade, que foi o grande motivador da relação que os que deixaram a Região e partiram mantiveram e mantêm com os Açores”, afirmou Vasco Cordeiro, que falava quinta-feira num encont-

ro com a comunidade açoriana residente em Tulare, que reuniu cerca de meio milhar de pessoas.Hoje, as segundas e terceiras gerações não têm o conhecimento da Região que os seus pais e avós tiveram”, frisou Vasco Cordeiro, no dia em que foi anunciado que a data de 28 de agosto passará a

assinalar o Dia da Herança Açoriana nesta cidade da Califórnia. Para o Presidente do Governo, “há condições para fortalecer a relação” entre a Região e as suas comunidades emigradas, frisando que os Açores são atualmente “uma terra de oportunida-

des”, nomeadamente nos domínios

emergentes da exploração do mar e das ciências ligadas ao mar, no desenvolvimento do setor turístico, mas também fruto da sua posição geoestratégica, que faz do arquipélago “uma porta de entrada na Europa”. GaCS/FR


COMUNIDADE

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Vasco Cordeiro em San José

Vasco Cordeiro, Presidente do Governo Regional dos Açores, aproveitou o convite do Conselho Mundial das Casas dos Açores e antes do banquete oficial de Sexta-feira, dia 29 de Agosto, aproveitou para visitar as comunidades de San José e de Tulare. No Hotel Holiday In houve uma apresentação dos incentivos fiscais a todos aqueles que querem investir nos Açores.

Nelson Ponta-Garça apresentando o seu Portuguese in California

O Presidente do Governo, Vasco Cordeiro, manifestou, em S. José, na Califórnia, o “imenso orgulho” que os Açores têm nas suas comunidades emigradas, mas frisou que aqueles que partiram para outras terras em busca de uma vida melhor também se devem orgulhar do progresso conquistado pela Região ao longo de quase quatro décadas de Autonomia. “Temos orgulho pelo que significa a vossa opção de, sem abdicar do sentimento de Açorianidade, terem procurado noutras paragens melhorar a vossa vida e a dos vossos filhos, com tudo o que isso acarreta de dificuldades, de desafios e de saudade”, afirmou Vasco Cordeiro, num encontro com a comunidade açoriana residente em S. José. Na sua intervenção, o Presidente do Executivo destacou a boa integração dos Açorianos nas comunidades de acolhimento, defendendo a importância de contribuírem para o seu desenvolvimento, dando assim testemunho daquilo que “os Açorianos sabem e podem fazer”. Vasco Cordeiro frisou, no entanto, que os Açorianos da diáspora também devem ter “orgulho nos Açores e no que fizeram os Açorianos que ficaram na sua terra”. “Podem ter orgulho com o que, ao longo de quase 40 anos de Autonomia, foi possível

fazer na Região”, afirmou, apontando a saúde, a educação, as estradas, os portos e os aeroportos como algumas das “conquistas que são fruto da capacidade de trabalho e de sacrifício dos Açorianos”. Para o Presidente do Governo, “o percurso feito ao longo das últimas décadas é a melhor garantia de que os Açorianos conseguirão ultrapassar os desafios do presente e do futuro”. Vasco Cordeiro abordou também a necessidade de construir uma nova relação com as novas gerações de jovens açor-descendentes, defendendo que “não se podem confundir os laços afetivos dos que conhecem a terra onde nasceram com o orgulho que as novas gerações têm no que os seus pais e avós fizeram para conseguir um futuro melhor para eles”. O Presidente do Governo admitiu que, ao nível dos transportes aéreos assegurados pela SATA, “as coisas não correram bem” este ano, frisando que “é preciso ter consciência

de que existem áreas em que é necessário melhorar”. GaCS/FR

Tony Goulart. MC

Henrique Dinis: "Emigrantes Portugueses, predominantemente Açorianos, labutam por estas paragens desde meados do século IXX. De facto, em Dezembro deste ano comemora-se o segundo centenário da chegada do primeiro emigrante Português à California. Fomos pioneiros na exploração do Oeste Americano, como pastores de gado ovino, mineiros, na caça à baleia, na pesca do atum, na industria de lacticínios."

Aspecto geral do Salão do Portuguese Athletic Club em San José


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CHINO

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Festa do Espírito Santo no Chino

Chino D.E.S. Board of Directors: From Top Left: Directors: Joe Toledo, Nelson DaCosta, Jerry Fernandes, Gerard Batista. Bottom from Left: Carlos Rocho (secretary) Joe Gomes (Vice-President) Abel Dutra (President) Mario Alves (Treasurer)

Fotos de José Enes Photography

This year Chino D.E.S. had a food, clothes and toy drive to donate to the Chino Neighborhood House that helps the less fortunate in the area. In the picture, Gerard Batista stands with the much appreciative representatives from the Neighborhood house. Chino D.E.S. also donated extra food that was not used at the bullfights to the house.

Rainha Grande Jessica Shepherd e aias Tatiana Silva e Chanel Rocha. Rainha Pequena Samantha Salkeld e aias Alexandra Oliveira e Raelyn Ferreira

Mary Lou Lourenço (Grandmother of Sr. Queen) kissing the dove Filomena Tavares, Maria Rocha, Filomena Godinho, Francisco Godinho, Anibal do Campo, Leslie Toledo, Abel Dutra, Maria Dutra Humberta do Campo. Uma rectaguarda de muita categoria

Coroação da Rainha Pequena Samantha Salkeld e lançamento da pomba da mesma rainha


CHINO

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Abel Dutra, Presidente da Festa do Chino DES 2014

Rainha Grande e aias em todo o seu esplendor e a ser coroada

O novenário começou no dia 19 de Agosto e na Sexta-feira, dia 22 houve apresentação das Rainhas e Oficiais. No Sábado tourada à corda no Chino Fairgrounds com a presença de muita gente. O preço foi de $10 para adultos e crianças com menos de

10 anos entravam gratuitamente. No Domingo apresentação das Filarmónicas de Artesia DES, Chino DES e San Diego, seguindo-se a Coroação até à Igreja de Saint Margaret Mary, onde foi rezada Missa pelo Padre António Neves, seguindo-se o regresso ao Salão do Chino

Entrega de Bolsas de Estudo a Sandra Machado e Brittany Sousa. Elmano Alves, Abel Dutra assistem.

DES, onde foram servidas Sopas e Cozido a todos os presentes. Durante a tarde houve concertos pelas Bandas convidadas. Às 8 horas da noite efectuou-se a habitual Grande Marcha, seguindo-se Baile com o Conjunto Musical "Lusitanos" de San Diego.

Rainha Pequena Samantha Salkeld e aias

Na Segunda-feira e como é tradicional serviu-se jantar de feijão com carne assada a toda a comunidade presente. As festividades acabaram em baile com musica do DJ Produxion.


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CASAS DOS AÇORES

15 de Setembro de 2014

17° Conselho Mundial das Casas do

Manuel Pires, João Azevedo, Carlos Melo, Manuel Eduardo Vieira, Paulo Vitorino, Jorge Gois, João Lemos e Horacio Silva - corpo directivo da Casa dos Açores de Hilmar

Asp sess rea Sáb de H se C Manuel Eduardo Vieira, Presidente do Conselho Mundial das Casas dos Açores, saudando todos os visistantes

Aspecto parcial do Salão de Festa da Casa dos Açores de Hilmar

Grupo Folclórico Mar Bravo durante a recepção a todas as Casas dos Açores

Deputados Regionais dos Açores com Manuel Eduardo Vieira: Anibal Pires, José San-Bento, Artur Lima e Paulo Estevão. Grupo Etnográfico Pérolas do Atlântico da Casa dos Açores de Hilmar


os Açores

CASAS DOS AÇORES

Fotos de John Freitas Photography

pectos das sões publicas alizadas no bado no Salão Hilmar CheeCompany

Elmano Costa, mestre de cerimóninas

Miguel Avila - Vida Associativa e a Comunicação Social na California

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CASAS DOS AÇORES

15 de Setembro de 2014

Transmissão da Bandeira do Conselho Mundial das Casas dos Açores para o mandato 2014/2015 - Benjamin Moniz (Quebeque), Paulo Teves e Manuel Eduardo Vieira Esq- Steven Nascimento: Participação Cívica e Política nas Comunidades

Todos os visitantes em frente à Sede da Casa dos Açores de Hilmar


CASAS DOS AÇORES

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Manuel Eduardo Vieira recebe Vasco Cordeiro na presença de Paulo Teves Manuel E Vieira, Vasco Cordeiro e Rodrigo Oliveira numa sessão de trabalho

José Carlos Teixeira - Projecto Carta de Chamada

Pela primeira vez na história da Casa dos Açores de Hilmar, teve lugar na California o XVII Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores de 28 a 31 de Agosto de 2014. O Conselho Mundial foi fundado na Horta a 13 de Novembro de 1997. Sob a presidência e a liderança de Manuel Eduardo Vieira esta Assembleia começou com um jantar de recepção no dia 28 na Casa dos Açores, com a presença de 13 Casas dos Açores de todo o Mundo e de alguns deputados regionais açorianos. O Grupo Etnográfico Pérolas do Atlântico e o Grupo Folclórico "Mar Bravo" ambos da Casa dos Açores de Hilmar entretiveram os visitantes com a sua arte de bem cantar e de bem dançar. No Sábado, dia 29 de Agosto, e no Salão da Hilmar Cheese, começaram os trabalhos com uma mesa redonda sobre Os Desafios das Comunidades e das Casas dos Açores no Mundo, com a presença de Vasco Cordeiro, Presidente do Governo Regional dos Açores. Intervieram os representantes das 13 casas visitantes e

da Associação Cultural Amigos do Pico (Vancouver). Mesmo antes do almoço realizou-se uma sessão de trabalhos com uma agenda bem definida. Depois do almoço, Arnaldo Machado, Presidente do Conselho de Administração da SDEA (Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial nos Açores) apresentou as Oportunidades de Investimento nos Açores. À noite realizou-se o Banquete da Assembleia Geral, que teve como mestre de cerimónias Elmano Costa. Foram reconhecidos durante o jantar com Medalhas de Mérito e reconhecimentos de entidades americanas as seguintes entidades: Tribuna Portuguesa, recebido por Roberto Avila, Director Artistico do Jornal, Estação de Rádio KLBS, entregue ao seu proprietário Batista Vieira; Industria Agropecuária dos Portugueses nos EUA, recebido por Egídio Almeida e Artesanato em Osso e Marfim de Baleia (scrimshaw), recebido por Vasco Cordeiro, para ser entregue no Pico. Neste jantar estavam presentes os representantes das 14 Casas dos Açores, Vasco Cordeiro, Pre-

sidente do Governo Regional dos Açores, Nuno Brito, Embaixador de Portugal em Washington DC, Jim Costa, Congressista do 16° Distrito, Nuno Matias, Cônsul Geral de Portugal em San Francisco, Rodrigo Oliveira, Subsecretário Regional para as Relações Externas, Diniz Borges, Cônsul Honorário de Portugal em Tulare, Paulo Teves, Director Regional das Comunidades, Joseph Sheley, Reitor da Universidade da California-Stanislaus, John Lazar, Presidente da Câmara de Turlock e muita gente da nossa comunidade. Actuaram neste jantar alguns artistas comunitários como Ramana Vieira, Chico Avila e Zé Duarte. No Sábado, o segundo dia das sessões de trabalho começou às dez horas com a participação de Miguel Avila, Sub-Director do Tribuna Portuguesa, que dissertou sobre Vida Associativa e Comunicação Social na California. Depois foi a vez de Steven Nascimento, Vereador da Câmara de Turlock, com o tema Participação Cívica e Política nas Comunidades. Elmano Costa, Director do Centro de Estudos

Portugueses na Universidade de Stanislaus-Turlock, falou sobre o Ensino Superior: Desafio aos Jovens Portugueses e Luso-Americanos nos EUA. Foram depois apresentados os relatórios das actividades das Casas dos Açores. Cerca das 4:30 foi ouvido José Carlos Teixeira, Professor da Universidade de British Columbia, Canadá, que desenvolveu o tema do projeto Carta de Chamada. Depois da sessão de encerramento houve jantar na Casa dos Açores de Hilmar, com o artista Zé Duarte e Zé da Adega a entreterem os visitantes. No Domingo, dia 31 de Agosto passeio a San Francisco e na Segunda-feira regresso dos vistantes aos seus países. Estiveram presentes as seguintes Casas dos Açores: Lisboa, Rio de Janeiro, Quebec, Porto, São Paulo, Ontário, Nova Inglaterra, Algarve, Winnipeg. Ilha de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai, Vancouver.


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Jim Costa, Congressista 16° Distrito entregou Reconhecimentos do Congresso a Vasco Cordeiro, Presidente do Governo Regional dos Açores; Nuno Brito, Embaixador de Portugal em Washington DC; Manuel Eduardo Vieira, Presidente do Conselho Mundial das Casas dos Açores.

Diniz Borges, Nuno Mathias, Ramana Vieira, Jim Costa e Antoinette Duarte Vasco Cordeiro: "É fundamental que se refira que estamos aqui reunidos porque temos uma história de emigração, mas sobretudo porque temos a vontade de manter e reforçar esta ligação aos Açores"

Vasco Cordeiro, Paulo Teves, Manuel Eduardo e Jim Costa Aspecto do Salão antes da entrada dos convidados Vários aspectos do Salão de Festas de Nossa Senhora da Assunção onde se realizou o Banquete da Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores


Diversos aspectos do Banquete

Ramana Vieira e Chico Avila.

CASAS DOS AÇORES

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PATROCINADORES

15 de Setembro de 2014

Estรก pensando Vender ou Comprar Casa? Chame-me hoje mesmo, obrigado.


Reflexões Taurinas

Joaquim Avila bravoi3@sbcglobal.net

L

ogo após à ultima edição da Tribuna Portuguesa de 1 de Setembro recebi um email de Luís Filipe, amigo e leitor destas Reflexões Taurinas, a informar-me que a empresa Califórnia Lusitânia pertencia aos aficionados Luís Filipe Vieira Fernandes e João Vítor Azevedo

TAUROMAQUIA

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California Lusitânia

Ainda somos muito pequeninos neste universo taurino; mas temos em comum o gosto e paixão à festa dos toiros tendo primeiramente a intenção de divulgar a cultura e tradições Portuguesas em redor das festas dos toiros.

João Moura Jr. na California

Como empresa ou promotores, quantos eventos taurinos já organizaram e como decorreram? Neste momento já promovemos três espetáculos de diversas circunstâncias e que no geral correram tudo bem perante os olhos dos seus respetivos proprietários.... Sabemos de antemão que promover eventos taurinos é sempre muito arriscado em toda a parte do mundo taurino. Quais são as maiores dificuldades em se montar corridas aqui na Califórnia?

Luís Filipe

As dificuldades são muitas; mas com uma pequena ajuda que seja e com trabalho, força, paixão, dedicação e uma dose muito grande de romantismo se pode conseguir passar as dificuldades..... Quais serão os vossos objectivos para o futuro? O futuro só Deus saberá, mas vamos trabalhar para levar a cabo a segunda corrida em homenagem ao imigrante,.... Mas, estamos a trabalhar..... Gostaria de deixar alguma mensagem aos aficionados leitores deste espaço taurino? Sim, dizer que a Califórnia Lusitânia é uma entidade sem fins lucrativos, que tenta trabalhar para levar efeito pelo menos um espetáculo por ano; mas sempre com ajuda de todos porque o espetáculo é para nós todos....

João Azevedo

e não de Germano Soares e António Azevedo como tinha escrito nas minhas reflexões. Fiquei muito agradecido pelo email mas ao mesmo fiquei um pouco surpreendido porque durante a conferência de imprensa do passado 7 de Junho para anunciar a corrida do Emigrante deste ano, fiquei com a impressão que a nova organização era de facto uma empresa taurina e que os empresários eram os dois ganadeiros acima referidos. Aliás, já tinha publicado o mesmo anteriormente nas Reflexões Taurinas publicadas na edição de 15 de Junho ao compartilhar convosco o acontecimento da conferência de empresa. Ao refletir sobre isto pensei que seria benéfico, para mim e para todos os aficionados, de ficarmos a saber o objectivo desta nova organização taurina. Por isso fui falar diretamente às pessoas adequadas para nos poderem esclarecer o porquê da sua existência e de como têm decorrido os seus trabalhos: Luís Filipe e João Azevedo (Café), qual é o propósito e como nasceu a ideia da empresa taurina Califórnia Lusitânia? Caro amigo Joaquim, em primeiro ponto não somos uma empresa mas sim uma entidade promotora de espetáculos taurinos. A ideia nasceu no ano 2013 quando o João pediu-me a colaboração para o festival dos Amadores de Merced, do dia 3 Agosto , e depois na corrida da ganadaria Santo Antão do Senhor Germano Soares a 6 de Outubro 2013, aí começou a ideia a ganhar forma.....

*** Esta organização promotora de espetáculos taurinos, Califórnia Lusitânia, já demonstrou muito positivamente a sua grande capacidade em montar festivais e corridas de touros. Luís Filipe e João Azevedo introduziram vários aspectos importantes na organização de uma corrida. Não foi só a bonita e muito eficaz propaganda, como também os panfletos distribuídos à entrada com os curtos, mas muito proveitosos, historiais dos artistas em praça, dos grupos de forcados, das ganadarias e da filarmónica. Também não deixaria de mencionar os importante areneiros que têm facilitado muito o bom andamento de uma corrida, principalmente quando se trata de corridas mistas. A Luís Filipe e João Azevedo desejo as maiores felicidades e sempre para a frente com as vossas iniciativas. A bem da festa brava.

Quando os aficionados receberem este jornal, João Moura Jr. já terá feito a sua estreia na California toureando na Praça de Gustine com Paulo Ferreira e Israel Tellez, na Segunda-feira dos Milagres. João António Braz de Moura é natural de Portalegre e nasceu a 6 de Abril de 1989. Tomou a alternativa na Praça do Campo Pequeno a 3 de Maio de 2007 tendo como padrinho seu pai João Moura. Embora sendo muito jovem a maioria da sua carreira tem sido feita no es-

trangeiro - Espanha e França, onde tem triunfado com consistência, sendo muito apreciado além-fronteiras. Já toureou na Terceira e Graciosa. É um cavaleiro de estilo moderno muito apreciado em todo o mundo taurino. Este ano já teve triunfos importantes em Portugal. Que tenha sido feliz em Gustine.


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CULTURA

15 de Setembro de 2014

Sobre Marta de Jesus

Apenas Duas Palavras

(a verdadeira) de Álamo Oliveira Vitor Rui Dores

F

alar de Álamo Oliveira é falar da força telúrica de uma escrita que, ainda e sempre, parte ao encontro das raízes e fica entre a ilha e a via-

gem. Acabo de ler o seu último livro, Marta de Jesus, a verdadeira (Letras Lavadas edições, 2014), com 190 páginas atravessadas por um sopro bíblico. Esta é, sem sombra de dúvida, uma obra audaz, original e sem equivalente no panorama da ficção portuguesa contemporânea, pois que reconstitui, reinventa e subverte algumas passagens do Novo Testamen-

to – mero pretexto para um sério ajuste de contas do autor com o nosso passado histórico, o nosso presente incerto e o nosso futuro de bruma... Essencialmente aqui se narram as vivências, os ritos e os rituais de um povo que, nas açorianas ilhas, existe e resiste há mais de cinco séculos. Mas atenção: se a escrita de Álamo por vezes se ancora no texto bíblico, nunca o faz para o parafrasear, mas para sobre ele produzir um discurso eminentemente irónico e ideológico. De resto, existe uma evidente tensão interior entre literatura e religiosidade, através das quais se inflama o imaginário deste autor que da Terceira escreve para o Mundo. Tal como no seu anterior livro, Murmúrios com Vinho de Mesa (2013), também nesta obra a inventiva criadora alamiana dificilmente se ajusta a definições, códigos e conceitos da tradição literária bem pensante. Escritor em trânsito pelas diferentes áreas da criação literária, Álamo é a poética da sua prosa pejada de imagens e magias, numa procura constante do dizer renovado. Digo, o poder de encantar e comover os sentidos: uma engenhosa arte literária, uma escrita enérgica e requintada (“O sol não apareceu na linha do horizonte, mantendo a ilha coberta por um manto de nevoeiro da cor do luto. O mar saiu das marés de janeiro, para se suicidar em marés de raiva contra as ped-

ras da rocha. Lá de cima da montanha, os bordões de pedra caíram, estilhaçando-se como mortos em combate”. pág. 188), um estilo dúctil eivado de fina ironia: “Marta de Jesus, por sua vez, tinha sessenta e cinco anos, um metro e sessenta de altura e cinquenta e nove quilos de peso, solteira e virgem, que uma desgraça nunca vem só”. (pág. 11) As personagens funcionam como uma espécie de intérpretes de figuras bíblicas, com um destino por cumprir e uma missão a desempenhar, num contraponto de registos muito estimulante. Duas personagens captam, desde logo, a nossa atenção: Lázaro (“amparo e tutor das suas irmãs orfãs”, Marta e Maria) e João Baptista.

Este último refugia-se no (edénico) Poço da Alagoinha e, olhando as suas águas, faz estranhíssimas previsões… Romance sobre a mundividência açoriana e sua carga simbólica, Marta de Jesus, a verdadeira revisita um espaço e um tempo que nos remetem para a ilha das Flores. Todos os capítulos do livro começam por “Naquele tempo…” – referente a um tempo português em que se vivia entre parêntesis e a preto e branco, uma época fascizante marcada pela repressão, opressão e intolerância do Estado Novo e caracterizada por um profundo mal-estar social.

L

ê-se, com ávido prazer, as peripécias, os incidentes e as atribulações de um grupo de florentinos que, nos anos 60 do século XX, recebe como mentor um outro florentino rebelde e anti-regime exilado, de nome Pedro, que acaba por convencer Emanuel Salvador, filho unigénito de Maria Nazaré e lavrador de ofício, a espalhar a palavra redentora de um “programa ideológico” entre os seus conterrâneos. É formado um grupo de 12 seguidores, cada um com um nome de apóstolo de Cristo, decididos a embarcar para Lisboa e aí de novo espalhar a “doutrina” até à libertação final. Ao grupo juntam-se quatro mulheres: Maria Nazaré, Marta e sua irmã Maria e ainda Maria

Madalena. Embarcam todos no “Lima”, mas não chegam ao seu destino, já que recebem ordem de prisão na ilha do Faial… Obviamente que não contarei o que se segue… O que interessa reter é que, neste entrelaçar do texto bíblico na ficção narrativa, e vice-versa, estamos perante personagens de grande espessura humana e fundura psicológica, muito solidárias e emotivas que, por detrás de uma aparente normalidade e conformidade, vivem em zonas de sombra e de conflito. Sendo entidades fictícias, são também elas revelações da idiossincrasia da comunidade açoriana, isto é, refletem, em maior ou menor grau, os condicionalismos geográficos, socioeconómicos e culturais dos

Açores. Como um Jano de duas faces, Álamo de Oliveira mergulha fundo no imaginário açoriano, para logo regressar à superfície, de olhar apontado à ficção moderna sem ceder às lusas modas literárias do indizível e do desconstrutivismo… Estamos perante um livro com grande poder evocativo e boa capacidade expressiva. Saudemos este escritor que, com domínio técnico e uma carpintaria hábil (de realçar a riqueza dos diálogos e a recorrência à fraseologia popular), faz uma sábia dosagem do real e do fantástico, do humor e da emoção, do popular e do erudito. E, ao fazê-lo, engrandece e dá luzimento à literatura portuguesa.

Diniz Borges d.borges@comcast.net Todos aqueles que leem esta página, obviamente que são leitores. Daí que sabem muito bem que há livros que nos marcam. Há livros que gostamos de ler, e que ficamos satisfeitos quando acabamos, que aprendemos algo, que nos despertaram sentimentos, emoções, pensamentos, reflexões. Tudo isso é sinal de uma bom livro. mas há outros que nos ficam sempre na memória que permanecem sempre no nosso ser. Esse são os grandes livros. Tenho vários livros que me marcaram e que são referências fortes na minha vida. Recordo de Cem anos De Solidão, de Amor e Guerra, dos Maias, Madame Bovary, The Sound and the Fury, Dom Quixote, Ulysses, The Hear of Darkness, The grapes of Wrath, entre vários outros. Lembramo-nos de passagens e de personagens, muitos anos mais tarde. Um dos livros que neste ano de 2014 me marcou foi, indubitavelmente: Marta de Jesus - a verdadeira, do meu amigo, um dos melhores escritores da língua portuguesa, Álamo Oliveira. Não fiquei espantando com este livro, porque sou leitor assíduo do Álamo e conheço, razoavelmente bem, toda a sua obra literária. E confesso que sou um admirador da obra literária do Álamo. Acho-o um dos grandes escritores da língua portuguesa, que infelizmente, como aqui já o disse, só não é tão conhecido, fora dos Açores porque as cliques literárias e editorais no mundo da língua portuguesa estão cheias de vícios e pseudoelitismos. Digressões, porque é da Marta do Álamo que quero escrever umas breves palavras. Um livro que pode ser lido em duas leituras e por muitos leitores. Quem o quiser ler, como uma bela história, magistralmente contada, por quem sabe utilizar, muito bem, todas as nuances da língua portuguesa, não ficará desiludido e de tempos a tempos, mesmo daqui a anos, citará algumas das passagens mais sublimes que se possa ler em português. E ao mesmo tempo divertir-se-á, bastante mesmo. Quem o quiser ler de forma mais profunda, encontrará neste livro, como nos diz Victor Rui Dores no belo texto que connosco partilha, um livro recheado dos mais profundos conceitos literários, abundante em metáforas magistralmente construídas, e simultaneamente, como são todos os livros que marcam e que por isso são clássicos, este livro subverte e faz-nos refletir algumas das mais sacrossantas idiossincrasias do mundo ocidental. O Álamo, subtilmente, mexe com todos os pilares e fá-lo com as gentes das ilhas. É que este é um clássico da açorianidade. É que como escreve Victor Rui Dores, nesta Marta de Jesus (a vedadeira) o Álamo "mergulha fundo no imaginário açoriano". E "mergulha fundo" nas ideias dos pilares basilares da cultura ocidental.

abraços diniz


COMUNIDADE

Falecimento

Ilda de Melo Medeiros Amaral re plant cuttings and get cuttings from friends and family. Another one Ilda's passions was to bake sweet bread, rice pudding and malassadas to share with the family and friends. She was a member of the Portuguese Holy Ghost Society. For each granschild, Ilda patiently knitted an afghan of their choice of color and design. During her child rearing ears, Ilda made and sewed most of their clothing.

Ilda de Melo Medeiros Amaral died July 23, 2014 in Napa. She was born in Lomba do Botão, Povoaçnao, São Miguel, Açores, to Rosa and Victorino Melo on Dec 15, 1922. She met, and soon married António > Amaral in September 1945. In 1967, António and Ilda, with their eight children, immigrated to California, leaving their first born son, Manuel, behind for military service. The family lives in Rutherford Cross Road, Santa Rosa, Oakville Cros Road and finally moves td to Napa. There was no flower that Ilda didi not love and propagate. She loves to sha-

Dear Mother, we tank you for sharing of your love of nature, family and life. We will love and miss you forever. Ilda is survived by hers sons Manuel (Maryjo), Antonio (Vichie), Anibal (Joanne, João, José Manuel (Stephanie), Henrique, Oscar (Linda); daughyers Ilda Maria Dennis (Fred), Deolinda Maria Keen (Tim); and 32 grandchildren and 16 great-grandchildren. She was prededed in death by her husband, Antonio M. Amaral, daughters Maria da Trindade and Deolinda. A funeral service was held at St. Apollinaris Catholic Church on July 28. A Rosary took place at Claffey & Rita Funeral Home on July 27. Memorial contributions may be made to Napa Valley Hospice. Tribuna Portuguesa envia condolências a toda a familia.

sentidas

Ana Pereira Goulart netos e 6 bisnetos, sobrinhos, sobrinhas e amigos na Califórnia, Brasil e Massachusetts e vários familiares e amigos na ilha do Pico.

Faleceu no passado dia 8 de Setembro, com 86 anos de idade, Ana Pereira Goulart. A extinta era natural de São Caetano, ilha do Pico e era viúva de Manuel Vieira Goulart. Emigrou em 1969 com a família para São José da Califórnia, onde residiu até a sua mudança para as instalações de New Bethany, em Los Banos, em 2011. A extinta deixa a lamentar a sua morte seus filhos Manuel, José e Tony Goulart e filha Connie Weber, genro e noras, oito

Esposa e mãe dedicada e orgulhosa dos filhos, dedicou-se às tarefas domésticas e ao cuidado dos netos. O velório terá lugar na casa funerária Darling–Fischer Garden Chapel, localizada a 471 E. Santa Clara Street, em San José, na próxima segunda-feira, dia 15 de Setembro, das 3:00 às 5:00 da tarde e na Igreja de Saint John Vianney, a 4600 Hyland Drive, em San José, a partir das 6:00. Pelas 7:00 horas, terá lugar a missa de corpo presente. Na terça-feira, o cortejo fúnebre partirá da casa funerária pelas 9:15 da manhã com destino ao cemitério do Calvário, seguindo-se o enterro pelas 10:00 horas. Tribuna Portuguesa envia sentidas condolências a toda a família Goulart.

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Quem lê o Tribuna, sempre aprende alguma coisa

15 de Setembro de 2014

Procura-se... Senhora entre os 35 e 43 anos, para ajudar nos trabalhos de casa, de preferência que fale português. Para mais informaçães, por favor contactem o 253-854-4736


COMUNIDADE

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P.F.S.A. Welcomes Our New Chief Executive Officer Gary J. Rohrbaugh, Jr. Chief Executive Officer

On behalf of the PFSA Business Board of ve the great Portuguese culture, heritage Mr. Rohrbaugh is a native of California in Political Science and a Minor in SpaDirectors we are pleased to announce the and legacy of those who have paved the and has an extensive background in le- nish from Brigham Young University. Mr. Rohrbaugh was ading periods of the extenappointment of Mr. J. Rohrbaugh, Jr. wave in our history, andof anDirectors opportunity we OnGary behalf of the PFSA Business Board arecompanies pleasedthrough to announce appointment ofselected Mr. to Pi Sigma Alpha as the Chief Executive Officer (CEO) of to help the new generation who will cut sive growth and expansion. Gary recently and Sigma Delta Pi National Honor SocieJ. Rohrbaugh, theofChief Executive Officer served (CEO)as of our Society. Rohrbaugh's firstfenced day on asthe BYU Fencing ties. He also Deputy CEO/Chief Mr. Operating our Society. Mr. Gary Rohrbaugh's first day as Jr. the as path our future. The prodigious CEO was on September 2, 2014. We res- foundation established by our forbeare- Officer for Coda Octopus Colmek, an En- team, where he qualified for Nationals. CEO was on September 2, 2014. We respectfully request that you extend a Warm Fraternal Welcome to pectfully request that you extend a Warm rs, gives us a firm footing as we engage a gineering Services firm in Salt Lake City, Upon graduating, Gary served his nation Fraternal Welcome to Mr. Rohrbaugh. bold new world and a phenomenal rising Utah. Mr. Rohrbaugh was responsible for in the United States Army throughout the Mr. Rohrbaugh. generation. May we all commit to serving, executing expansion plans and oversaw U.S. and abroad as a Field Artillery OfA message from the new PFSA CEO: caring and supporting these youth as they the Program Management side of the En- ficer. Gary graduated in the Top 10% of set out to conquer new horizons. These fu- gineering Projects. Gary was responsible the Army Field Artillery Officer Advance I would like to send out a thank you to all ture Portuguese leaders CEO: deserve our best for sales strategy and business develop- Course. He was also recognized as the A message from the new PFSA those who have been so welcoming and ca- efforts in helping them accomplish great ment, in securing new and key business Distinguished (Top) Graduate of Army accounts, and worked directly with busi- Nuclear, Biological, and Chemical Defenring during my transition as the new CEO things now and in the future. I would like to send out a thank you to all those who have been so welcoming and caring during se School. of PFSA. I am grateful for the many hours May each of us remember those who sac- nesses to bring more operational depth. Gary been earned put his Masters Gary was for founder president of Warthat have been put in by my our transition Business rificed so new much CEO so that of wePFSA. could live in grateful as the I am theand many hours that have in by of Business AdBoard to ensure a smooth transition and this great nation. May we remember as we rior International, a full service financial ministration from the University of Utah. our Business Board to ensure a smooth and firm. onboarding process. I look Garyforward is marriedto to the his college sweetheart, In 10 years, Mr. Rohronboarding process. I look forward to the serve one another, we bring honor totransition tho- brokerage the former Julie Marshall of Orem, Utah. baugh had grown his business to 1,500 many opportunities we willmany have toopportunities meet se who have gone before and provide an we will have to meet in theagents future as we continue to serve this wonderful throughout the United States before They have six extraordinary children. in the future as we continue to serve this example to those who follow. selling his business in 2010. wonderful Portuguese community. Fraternally yours, Portuguese community. Gary earned a Bachelor’s of Arts degree We all have a great obligation to preser- Gary J. Rohrbaugh, Jr.

We all have a great obligation to preserve the great Portuguese culture, heritage and legacy of those who have paved the wave in our history, and an opportunity to help the new generation who will cut the path of our future. The prodigious foundation established by our forbearers, gives us a firm footing as we engage a bold new world and a phenomenal rising generation. May we all commit to serving, caring and supporting these youth as they set out to conquer new horizons. These future Portuguese leaders deserve our best efforts in helping them accomplish great things now and in the future.

Os nossos artistas

May each of us remember those who sacrificed so much so that we could live in this great nation. May we remember as we serve one another, we bring honor to those who have gone before and provide an example to those who follow. Fraternally yours,

Pedro Reis, Sam Lino, Luis Garcia, Dimas Toledo. Gabriel Teixeira George Costa Jr., Steve Soares, Joseph Sousa, João Cardadeiro e Chico Avila

Gary J. Rohrbaugh, Jr. Mr. Rohrbaugh is a native of California and has an extensive background in leading companies through periods of extensive growth and expansion. Gary recently served as Deputy CEO/Chief Operating Officer for Coda Octopus Colmek, an Engineering Services firm in Salt Lake City, Utah. Mr. Rohrbaugh was responsible for executing expansion plans and oversaw the Program Management side of the Engineering Nem sempre todos os nossos artistas cabem no artigo ou na página que dedicamos a outros Projects. Gary was responsible for sales strategy and business development, in com securing new and terem key ficado de fora da valores da nossa comunidade. Aconteceu estes mestres da viola, página 36. Não queríamos deixar de homenageá-los business accounts, and worked directly with businesses to bring more operational depth. mesmo que não seja a cores.

PALCUS 18thfinancial Annual Leadership Gary was founder and president of Warrior International, a full service brokerage firm. In 10 Awards years, Mr. Rohrbaugh had grown his business to 1,500 agents throughout the United States before selling his business in 2010. Gary earned a Bachelor’s of Arts degree in Political Science and a Minor in Spanish from Brigham Young University. Mr. Rohrbaugh was selected to Pi Sigma Alpha and Sigma Delta Pi National Honor Societies. He also fenced on the BYU Fencing team, where he qualified for Nationals. Upon graduating, Gary served his nation in the United States Army throughout the U.S. and abroad as a Field Artillery Officer. Gary graduated in the Top 10% of the Army Field Artillery Officer Advance Course. He was also recognized as the Distinguished (Top) Graduate of Army Nuclear, Biological, and Chemical Defense School. Gary earned his Masters of Business Administration from the University of Utah. Gary is married to his college sweetheart, the former Julie Marshall of Orem, Utah. They have six extraordinary children.


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DESPORTO

15 de Setembro de 2014

Setubal 0 Benfica 5 Sporting 1 Belenenses 1 - Guimarães 1 Porto 1 CLASSIFICAÇÃO da I LIGA

J V E D G P 1Rio Ave 4 3 1 0 12-2 10 2V. Guimarães 4 3 1 0 10-2 10 3Benfica 4 3 1 0 9-1 10 4FC Porto 4 3 1 0 7-1 10 5Marítimo 4 3 0 1 6-4 9 6SC Braga 4 2 1 1 5-2 7 7Belenenses 4 2 1 1 7-6 7 8Sporting 4 1 3 0 4-3 6 9Moreirense 4 1 2 1 2-4 5 10Arouca 4 1 1 2 2-4 4 11P. Ferreira 4 1 1 2 2-4 4 12Estoril 4 1 1 2 5-9 4 13V. Setúbal 4 1 1 2 3-8 4 14Nacional 4 1 0 3 4-6 3 15Boavista 4 1 0 3 1-8 3 16Académica 4 0 2 2 3-5 2 17Gil Vicente 4 0 1 3 3-8 1 18Penafiel 4 0 0 4 1-9 0

Liga 2 J V E D G P 1Benfica B 6 4 1 1 12-5 13 2Freamunde 6 4 1 1 9-2 13 3Chaves 6 3 3 0 10-5 12 4Oliveirense 6 4 0 2 6-5 12 5União 6 3 2 1 8-4 11 6Sporting B 6 3 1 2 8-4 10 7Tondela 7 2 4 1 7-6 10 8Farense 6 3 1 2 4-5 10 9Olhanense 6 2 3 1 10-6 9 10Portimonense 6 2 3 1 5-4 9 11Santa Clara 6 2 3 1 6-6 9 12Beira-Mar 6 2 2 2 9-8 8 13Leixões 6 2 2 2 8-9 8 14Académico 6 2 2 2 6-8 8 15Oriental 6 1 4 1 4-4 7 16Trofense 6 2 1 3 8-9 7 17Aves 6 2 1 3 6-10 7 18Marítimo B 6 2 1 3 5-9 7 19Covilhã 6 1 3 2 8-12 6 20V. Guimarães B 6 1 2 3 8-9 5 21Atlético 6 1 2 3 5-7 5 22FC Porto B 6 1 1 4 5-9 4 23SC Braga B 6 1 1 4 5-9 4 24Feirense 7 0 2 5 6-13 2

"Hat-trick" de Talisca na goleada

O SL Benfica abriu a quarta jornada da Liga portuguesa com um folgado triunfo por 5-0 na visita ao Vitória FC. A grande figura dos "encarnados" foi o brasileiro Anderson Talisca (na foto), autor de um "hat-trick". Após o empate na jornada anterior no derby lisboeta, com o Sporting Clube de Portugal, a formação de

©UEFA.com 1998-2014. (all)

Sporting 1 Belenenses 1 André Carrillo responder aos 34, aproveitando um mau passe de Bruno China. • Jefferson, do Sporting, expulso nos instantes finais por acumulação de cartões amarelos. • Em Moreira de Cónegos, golo de Vítor Gomes, do Moreirense FC, a abrir a segunda parte anula tento de Diego Lopes na etapa inicial no empate 1-1 e tira primeiros pontos ao Rio Ave FC. • Sporting Clube de Portugal averba terceiro empate 1-1 em quatro jornadas do campeonato.

Guimarães 1 Porto 1

Jackson Martínez marcou aos 61 minutos de grande penalidade no jogo 100 pelo Porto, mas Bernard Mensah empatou pouco depois da mesma forma para o Guimarães. • Duas grandes penalidades decidem jogo de Guimarães. FC Porto adianta-se por Jackson Martínez aos 61 minutos e, oito volvidos, Bernard Mensah iguala para o Vitória SC e estabelece o 1-1 final; vitória dava liderança isolada, mas o empate deixa duas equipas, ainda invictas, no grupo da frente ao lado de Rio Ave FC e SL Benfica, todos com dez pontos. • No jogo 100 pelos "dragões" em todas as provas, Jackson marca quinto golo em quatro jornadas e lidera isolado lista de melhores marcadores. • Vicent Aboubakar entra nos instantes

Jorge Jesus respondeu em grande estilo. Logo aos dez minutos, Eduardo Salvio arrancou um espectacular remate de pé esquerdo, da quina da área, sem hipóteses de defesa para Raeder. O Vitória não se rendeu e tentou sempre o golo, mas acabou por ceder a resistência quando Talisca (38') aproveitou um erro defensivo contrário para

rematar forte, dentro da área, para o segundo golo. E pouco antes do descanso, o mesmo jogador, num livre directo frontal, fez o 3-0 com um disparo rasteiro. O segundo tempo continuou com várias oportunidades criadas pelo Benfica, e Talisca fez o seu terceiro tento aos 54 minutos, na recarga a uma defesa incompleta de Raeder, após remate de Salvio. A fechar a contagem esteve Ola John (76'), que só teve de encostar para o fundo da baliza na sequência de um cruzamento de Lima da direita. Jorge Jesus aproveitou a partida para lançar de início o grego Andreas Samaris, enquanto na segunda parte entrou Bryan Cristante. Duas estreias absolutas dos reforços das "águias".

finais e estreia-se pelo Porto. • Terceiro golo no campeonato por parte de Mensah, médio do Gana de apenas 19 anos, é o primeiro sofrido pelo Porto em todas as competições na presente temporada em seis jogos. • Autogolo de Richard Ofori, da A. Académica de Coimbra, dá primeira vitória do Boavista FC e é o primeiro tento dos "axadrezados" nesta Liga portuguesa; triunfo faz equipa de Petit deixar a cauda da classificação e pular para 14º lugar. • Terceira vitória e quinta posição para o CS Marítimo, desta vez em casa, por 2-0, frente ao FC Penafiel, agora último da tabela sem qualquer ponto. • Gil Vicente FC soma primeiro ponto ao empatar 1-1 no terreno do FC Paços de Ferreira, mesmo reduzido a nove jogadores, por expulsão de Manasse Enza Yamissi e Pecks perto do fim. • Estoril Praia obtém primeiro triunfo ao impor terceira derrota ao CD Nacional, 2-1 em casa, com bis de Bruno Miguel em lances de bola parada.

• Deyverson abre o activo para o CF Os Belenenses no Estádio José Alvalade, aos 28 minutos, após cruzamento do estreante defesa-direito Nélson, antes de

• No outro jogo de sábado, FC Arouca regista primeiro triunfo e impõe primeiro desaire do SC Braga.

Pomar das Castanhas

Amaral Chestnut Orchard Serafim (Sam) & Maria (Zita) Amaral 1009 Timbell Road, Waterford, CA 95386 Phone 209-874-3237 pomardascastanhas.com info@pomardascastanhas.com A venda começou na primeira semana de Setembro Sales began the first week of September


Conselho Mundial das Casas dos Açores

Voto de Congratulação subscrito e aprovado por todos os partidos do Parlamento dos Açores

"A XVII Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores reuniu, de 28 a 31 de agosto, nos Estados Unidos da América, tendo como presidente e anfitrião a Casa dos Açores de Hilmar, na Califórnia. Foi um acontecimento proveitoso e promissor. Proveitoso, porque reuniu em partilha de experiências e reforço de açorianidade os dirigentes de todas as atuais 14 Casas dos Açores espalhadas pelo Mundo – Hilmar e Nova Inglaterra, nos Estados Unidos da América; Quebéc, Ontário e Winnipeg, no Canadá; Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no Brasil; bem como o Uruguai, além de Lisboa, Norte e Algarve, no continente português. Promissor, porque contou com a presença da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, o que aconteceu pela primeira vez desde a constituição do Conselho Mundial das Casas dos Açores em 1997. Os deputados regionais José San-Bento (PS), José Andrade (PSD), Artur Lima (CDS-PP), Aníbal Pires (PCP) e Paulo Estevão (PPM) – sendo que a deputada do Bloco de Esquerda não pôde participar por razões de saúde – asseguraram a representação e simbolizaram a consideração do Parlamento dos Açores na Assembleia Geral do Conselho Mundial, ao mesmo tempo que assim melhor se inteiraram da importante atividade desenvolvida pelas nossas “embaixadas culturais” nos continentes português e americano, neste caso desde Winnipeg até ao Uruguai. A presença do órgão máximo da nossa Região no fórum representativo da nossa

Diáspora faz todo o sentido. Isso mesmo foi reconhecido no presente encontro e incentivado para os encontros futuros por parte das próprias Casas dos Açores. De facto, como bem afirmou o Presidente do Governo neste evento de forte mobilização comunitária, “a presença de representantes dos partidos com assento na Assembleia Legislativa dos Açores demonstra que a valorização da ligação com as comunidades da Diáspora não se limita ao Governo ou a um Partido, mas abrange todos os que têm a responsabilidade de garantir que essa relação se mantenha, se reforce e possa continuar a dar frutos no futuro”. A XVII Assembleia Geral terá assim inaugurado uma relação mais estreita – premente, conveniente e consequente – entre o Parlamento Açoriano e o Conselho Mundial das Casas dos Açores, com manifesta vantagem para ambas as partes. Assim, ao abrigo das disposições regimentais aplicáveis, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores – através dos Grupos Parlamentares do PS, PSD e CDS-PP e das Representações Parlamentares do BE, PCP e PPM – delibera aprovar um Voto de Congratulação pela realização da XVII Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores com a presença pioneira do Parlamento dos Açores, do qual deve ser dado conhecimento formal a todas as Casas dos Açores."

COMUNIDADE

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Vasco Cordeiro

agradece hospitalidade Vasco Cordeiro, Presidente do Governo Regional dos Açores endereçou uma carta a Manuel Eduardo Viera, Presidente da Casa dos Açores de Hilmar, em que diz o seguinte: Escrevo-lhe para, mais uma vez, agradecer a sua hospitalidade e todas as atenções que teve para comigo e para com a comitiva que me acompanhou na participação da XVII Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores, em Hilmar California. Permita-me, igualmente, que transmita o quão importante foi para mim poder estar com todas as Casas dos Açores nesse momento de reflexão e debate.

***

*** Saturday September 27 3:30 PM: “Commemorative Ceremony and Wreath Laying honoring Cabrillo at the Cabrillo National Monument, 1800 Cabrillo Memorial Drive. The speaker will be the Portuguese Secretary of State to the Portuguese Communities Dr. Jose Cesario”.

Sobretudo nos tempos que correm, em que os desafios de manter e fortalecer a participação das, assim chamadas, segunda e terceira gerações nesse desafio de preservação da nossa cultura e da nossa identidade se mostram tão presentes, gostaria de salientar a importância que atribuo às Casas dos Açores e ao seu Conselho Mundial na abordagem a essa questão. Por ultimo, permita-me que o felicite, bem como a todos aqueles que colaboraram consigo, pelo trabalho de organização desenvolvido, bem como pelos resultados obtidos.


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ENGLISH SECTION

15 de Setembro de 2014

SERVING THE PORTUGUESE–AMERICAN COMMUNITIES SINCE 1979

Ideiafix

Miguel Valle Ávila

portuguese

• ENGLISH SECTION

miguelavila@tribunaportuguesa.com

Five Wounds Centennial

Several years ago, I was asked by Joe Machado to author an article about Five Wounds Portuguese National Church for the book Power of the Spirit: A Portuguese Journey of Building Faith and Churches in California published by the Portuguese Heritage Publications of California in 2012. The research led to a long article that had to be greatly summarized for the book. With the approaching centennial of the Five Wounds Parish, I presented the idea to then-pastor Rev. Don Morgan along with a framework for the centennial celebrations. Upon approval, I conducted additional research and sought out technical support from my brother Roberto Ávila who is also the Artistic Director of The Portuguese Tribune. Tony Goulart and Helen Cunha Kerner were instrumental with research and interviews and Lúcia Soares is the editor. In the mean time, there were additional administrative changes at the parish with Fr. Morgan leaving and being replaced by Rev. Dave Mercer as administrator. Eventually, Rev. António Silveira took over as administrator in July 2013 and assumed the role of pastor in July of this year. Fr. António resumed the activities for the centennial celebrations by re-approving the framework that included the publishing of the centennial book.

Vestibule to Heaven

Entitled Vestibule to Heaven: Five Wounds Portuguese National Parish 1914-2014, the book was designed by Roberto Ávila, and includes a preface and an article on National Churches by Lúcia Soares. The target release date is the week of November 8-16 during the centennial celebrations. The book includes a historical perspective of San José at the turn of the 20th century, the 1915 Panama-Pacific International Exposition and its relationship to Five Wounds Church, and the parish history between 1914 and 2014. The book is embelished by photos of the church and “A Day in the Life of the Parish” with photos of events that bring the parish to life. The book is published by Portuguese Heritage Publications (w w w.Por t ug ueseBooks.org) and is being printed by awardwinning Spectrum Lithograph of Fremont of Fernanda, Dino, and Shawn Pereira. Vestibule to Heaven has the mission to remember the past and those who served the parish, live in the presence and recognize its active parish community, and create a guide for the future of the parish. All author, editor, and designer proceeds of Vestibule to Heaven will benefit Five Wounds Portuguese National Parish.

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Roberto Ávila designed Five Wounds Parish Centennial Commemoration Medallion Roberto Ávila, The Portuguese Tribune’s Artistic Director, designed the commemorative medallion for Five Wounds National Parish’s centennial. The medallion is being used to recognize those individuals and organizations who through their time, talent, and treasure have benefitted the Portuguese National Parish, a centennial presence in San José. To inquire about the medallion, contact the parish office.


NAPA

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Festa dos Beirões em Napa

Toda a família Beirão participa na pequena coroação até ao Altar

De tão antiga, todos já conhecem a história da Festa do Espírito Santo em Casa do Casal Beirão em Napa Valley. Reunem-se amigos, ouve-se e participa-se na Missa celebrada pelo amigo Eduino Silveira, depois há abertura oficial da melhor tasca de Napa. Conversa-se,

baila-se, contam-se histórias e anedotas, servem-se as Sopas e a Carne e à tarde um sarau musical com a prata da casa - Grace Beirão, Paulo Carvalho, Filomena e Manuel Mendes com mestre Beirão e o neto a controlar.


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ASSUNÇÃO

TRIBUNA PORTUGUESA

15 de Setembro de 2014

Bodo de Leite da Festa de N.S. da Assunção – Turlock

Continuação da edição anterior sobre esta bonita festa

Vital Marcelino e Dimas Toledo

Quase todas as nossas tradições açorianas estiveram representadas neste Bodo de Leite

Fotos de Jorge Avila "Yaúca"

A Tauromaquia sempre presente


ASSUNÇÃO

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A Filarmónica Recreio Topense, de São Jorge, abrilhantou o bonito e tradicional Bodo de Leite, que este ano teve como tema "Os Emigrantes e suas Tradições". Hélio e Angela Couto, Presidentes da Festa, reconhecedo-se ainda Francisco Rebelo e Agnelo Bettencourt

Esq: Os cantadores desta Festa foram José Eliseu, Manuel dos Santos, José Ribeiro, António Azevedo, João Pinheiro e Bruno Oliveira. Vital Marcelino e Dimas Toledo iam num carro alegórico às cantorias. Esq: A imagem de Santo Antão foi acompanhado quer pelo Pároco da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, Manuel Fontes Sousa, quer pelo pregador convidado David Barcelos, que veio da Ilha das Flores. Infelizmente o Bispo de Braga, Jorge Ortiga, não pôde estar presente devido a doença. Embaixo: Comissão da Festa: Francisco e Elsa Rebelo (Sec.); Hélio e Angela Couto (Pres.); Lina e Agnelo Bettencourt (V.Pres.); Helder e Tina Sousa (Tes.)


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ULTIMA PAGINA

15 de Setembro de 2014

O Musical da Assunção

Chico Avila

Zélia Freitas

Tito Rebelo

Dimas Toledo

Lysandra Jorge

Lina Valadão

Isalino dos Santos

Nancy Lourenço

George Costa Jr.

Paul Duarte, Carlos Arruda, Gabriel Teixeira

Megan Avila

Ashley Cahill

Dois dias de Musica na Festa da Assunção para serem recordados por muito tempo. Além da presença dos nossos artistas locais tivemos novamente o TRIBUTO de São Jorge que além de actuarem sózinhos, também acompanharam o o Quarteto da Paróquia. TRIBUTO com Nancy Lourenço, Lysandra Jorge, Melanie Oliveira, Zélia Freitas


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