

museu do douro


editorial
O Museu do Douro na Balança do Tempo
Vinte e sete anos passados sobre a criação por Lei desta instituição, sendo a Fundação que o gere desde 2006 e a inauguração das atuais instalações dos finais de 2008.
O Museu do Douro é uma experiência única em território nacional: os seus objetivos de preservação da identidade cultural e histórica, recolhendo e conservando o património disperso, nada têm a ver com um regionalismo político ou administrativo, mas com uma região demarcada. Possibilitada por características populacionais e geográficas próprias veio essa demarcação a proporcionar uma caracterização que ao longo dos tempos se desenvolveu e acentuou. Nesta situação, a criação de um museu territorial fazia todo o sentido, desde que nele se consubstanciassem diversas capacidades.
Já nos anos 30 tinha surgido a ideia de um “museu normal”, não nos recordamos da razão deste título, mas baseava-se na necessidade reconhecida de que deviam existir museus com as capacidades e equipamentos para corres -
ponder a todas as frentes de atividade museológica, a saber: a investigação das coleções existentes, a sua conservação e restauro, a sua divulgação em geral e, muito importante, o caracter pedagógico de colaboração com o ensino de todos os graus. Durante vários anos o Museu dos Coches foi uma dependência do Museu Nacional de Arte Antiga. Na verdade poucos museus têm condições de espaço, de quadros técnicos e científicos e, sobretudo, a experiência do conhecimento específico das múltiplas tipologias e meios de exame de espécies com fotografia documental, no espectro visível e invisível (raios x, IR infravermelho, reflectografia IR, ultravioleta e respetiva fluorescência, vapor de sódio, etc.) estas sim as verdadeiras “novas tecnologias” que contribuem para um conhecimento profundo e muitas vezes surpreendente do que está por baixo, do que é na realidade, do que urge fazer, de como conservar, do que merece uma divulgação imediata.
Uma certa “embriaguez informática” tem feito esquecer o que é verdadeiramente urgente na conservação de espécies museológicas. A digitalização de espólios, sendo um magnifico instrumento de trabalho, não veio trazer nada
de novo a favor da investigação e preservação de bens culturais, e até mesmo no domínio educativo e pedagógico as redes sociais, com o “corta e cola”, se têm revelado preocupantemente negativas, como recentemente foi reconhecido nos países escandinavos.
Ora tais meios e conhecimentos diversos não são possíveis nos pequenos museus autárquicos ou religiosos, necessitando os mesmos de apoio de uma entidade a que hoje alguns dão o nome de “museologia de comunidade”.
Tem o Museu do Douro vindo a corresponder a estas necessidades? Dá resposta às solicitações nos diversos concelhos? Acompanha os problemas que surgem em monumentos religiosos? Tem a sua resposta sido sentida e influenciado a atitude social?
Apesar da escassez dos seus quadros técnicos, apesar da escassez dos orçamentos, da dificuldade de aquisição de equipamento apropriado e de outras dificuldades, a resposta a estas interrogações só pode ser uma: sim o Museu do Douro tem dado satisfação a problemas que pareceriam estar para além das suas possibilidades atuais, e consti-
tui ele próprio um farol de conservação de bens históricos, apoio à investigação, recolha e inventário de doações e espólios abandonados, reconhecimento e divulgação de novos criadores, numa museologia crescentemente evoluída mas cujas virtudes são inegáveis e com uma secção de restauro cuja atividade tem produzido notáveis intervenções, de um serviço educativo muito ativo e bastante criativo. Como tal tem vindo a ser possível?
Graças a uma equipa jovem, que da nova instalação fez a sua aprendizagem, com entusiasmo e algum espírito de equipa, a uma direção que não tem atraiçoado os objetivos propostos e tem lutado com denodo contra as dificuldades financeiras.
Curiosamente, vamos encontrar onde menos alguns esperam o retrato de todas estas opções e um poderoso instrumento pedagógico, divulgativo, contendo informação privilegiada do passado e do presente da instituição: a loja, sem ignorar a sua importância económica, é, sem qualquer duvida, a melhor nos museus nacionais, pela quantidade de livros e catálogos que disponibiliza para serem adquiridos, pela vastidão
dos vinhos engarrafados que proporciona, pela qualidade dos diversos criadores que apresentam na ourivesaria, na cerâmica e muitos outros produtos, uma notável originalidade e identidade. Viva a loja!
Dos espólios absorvidos e doações, há que salientar a fantástica coleção de pintura de Armanda Passos, que mereceu no Museu do Douro, muito acertadamente, a instalação de uma galeria de exposição permanente da sua obra. Mulher pintora e professora de gravura, muito premiada, tão mal conhecida!
As salas de exposição temporária tem dado preferência, como seria de esperar, aos temas do território, bem preparados e bem expostos. A exposição permanente é muito interessante, com algumas lacunas que o espaço existente até agora não permite colmatar.
Quando fomos atingidos pela obrigatoriedade de reforma aos 70 anos, completamente errada (a necessidade de manter alguns quadros que a não desejassem é tão grande, ou maior nos museus do que no SNS), o meio século de experiência na análise científica de obras de arte, objetos e locais arqueológicos, inventários nacionais e documentação de tudo o que a humanidade produziu ao longo da sua evolução, a nossa experiência com radiação X e espectro invisível, uma condição física e mental que nos permite continuar a exercer, levaram-nos ao dever de continuar a contribuir com a minha colaboração voluntária, e pelo que foi referido o Museu do Douro foi escolhido. Não nos arrependemos e hoje, seis anos passados faríamos a mesma opção. Graças à colaboração com o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto
Douro, que nos permite acesso ao departamento de Imagiologia do Hospital de Lamego, podemos aceder a ampola de RX e ali realizar em curto espaço de tempo grandes documentações: recentemente cobrimos integralmente uma tela do séc. XVII, com cerca de 4 metros, no curto período de 1 hora e 30 minutos, com extraordinárias e inéditas conclusões. Assim, a secção de Restauro do Museu do Douro pode gabar-se de dispor de capacidade própria nas verdadeiramente novas tecnologias.
Existem preocupações quanto ao futuro do Museu do Douro? A principal é a de que as equipas jovens envelhecem rapidamente, e subitamente começam a reformar-se, sem terem oportunidade de passar a sua experiência e conhecimentos à geração que se segue. Tal está acontecer na maioria dos Museus Nacionais, o que constitui uma perda irreparável. É urgente estabilizar os vencimentos e os vínculos dos colaboradores, é imperioso acrescentar regularmente novos quadros que assegurem o futuro. É urgente reforçar e estabilizar as dotações anuais. É urgente que as autarquias e o Estado considerem estas urgências. E reflitam seriamente na experiência muito positiva do Museu do Douro.
O colaborador voluntário José Pessoa
faz falta saber
EVENTO DE ENTREGA DOS PRÉMIOS
CINCO ESTRELAS REGIÕES 2024
Foi no ambiente paradisíaco da Praia Fluvial do Parque Ecológico do Gameiro, junto ao Fluviário (também ele vencedor do Prémio Cinco Estrelas), que foram entregues os troféus aos vencedores de 2024. Marcas e Ícones. Gestores e Autarcas.
O Museu do Douro foi o vencedor da 7ª edição do Prémio Cinco Estrelas Regiões - 2024 na categoria de Museus. Agradecemos a vossa confiança.


faz falta saber





CRIVO - CENTRO DE ARTES DO SABER FAZER
No passado dia 25 de junho, o CRIVO, Centro de Artes do Saber Fazer, recebeu a visita de 120 crianças, dos 3 aos 6 anos de idade, organizada pelo Centro Escolar da Alameda, de Peso da Régua. As atividades foram orientadas por Luthier António Santos Silva que deu a conhecer uma atividade antiga na região, a construção de instrumentos musicais em madeira, como o bandolim ou a guitarra portuguesa, podendo as crianças aprender um pouco mais sobre essa profissão e ouvir o som desses instrumentos; por Esmeralda Pereira que, através da reutilização de materiais, ajudou as crianças a adornar uma rolha de cortiça transformada em boneco, dentro de um saco de serapilheira e decorado com flores da região; e por Joana Borges, que fez bolachas de manteiga personalizadas com cachos de uvas, para que as crianças depois as decorassem.
Durante o mês de julho destacamos as atividades de dia 16, integrada nas “Atividades de Acompanhamento e Apoio à Família” com o tema “Saber Fazer”; e de dia 29, com a visita do ATL de Férias de Verão do Colégio de Lamego.
exposição permanente
DOURO: MATÉRIA E ESPÍRITO
Douro: Matéria e Espírito foi concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD). Estruturada como a grande porta de entrada no Douro, apresenta as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste território na produção vinícola. É a combinação de fatores naturais e humanos que Douro: Matéria e Espírito expõe.


bilhete de identidade
Designação: ANGORETA
N.º inventário: MD/M-004331
Marca/Local: Tanoaria localizada na rua principal de Britiande, Lamego
Datação: Anos 50 do séc. XX, data de produção
Descrição: Recipiente com capacidade para 15 litros usado no transporte individual de vinho, em forma de pequeno pipo ovalado, com aduelas e tampos de madeira, unidas por arcos de chapa de ferro, cravados com rebites. Nas aduelas centrais uma asa de arame de ferro zincado com pega de madeira.
A peça servia para transportar pequenas quantidades de vinho, destinadas a consumo pessoal. Eram comummente utili-
zadas pelos trabalhadores da vinha, que assim garantiam o seu abastecimento.
História: Peça produzida na década de 1950 numa das várias tanoarias de Britiande, situada na rua principal desta localidade, tendo estado em funcionamento até o final do séc. XX. Este artefacto foi adquirido pela família de Francisco do Carmo Bastos.
Em 2019 foi oferecida pelo proprietário ao Sr. António Manuel Santos Silva, para que este a restaurasse. Desde 2023 e que integra a coleção do Museu do Douro por doação do Sr. António Santos Silva.

Conservação do objeto
A angoreta entrou no Museu num acentuado estado de degradação, sendo alvo de uma intervenção de conservação. Sem o propósito de restituir a funcionalidade ao objeto, a nossa intervenção procurou preservar as marcas do tempo, das vivências que proporcionou, através da estabilização/desaceleração dos processos de degradação, conferindo ao objeto etnográfico um aspeto sadio. A intervenção incluiu desmontagem, limpeza, tratamento de corrosões nos elementos metálicos, montagem e fixação de aros e aplicação de camada de hidratação/proteção.
Historicamente, conforme relata o Eng. Moreira da Fonseca, a primeira enxofra efetua-se pouco depois da rebentação da vinha, quando os pâmpanos têm 0,10 cm a 0,15 cm; é conhecida como a “enxofra do pâmpano”. A segunda realiza-se na época da floração – enxofra do florir, quando a flor está descascada, o que acontece por maio ou início de junho. Finalmente, a terceira enxofra é uma “revista” antes das uvas pintarem. Se o oídio persistir, repete-se enquanto necessário, nos locais afetados, fazendo-se até uma enxofra ao cacho.

Angoreta antes da intervenção de conservação ©2024, Carlos Mota/MD
exposições temporárias
» O SONHO DE MAGALHÃES | DE DOMINIQUE PICHOU
A partir de 4 de julho
Na exposição "O Sonho de Magalhães" santos esquecidos, azulejos do passado, o ouro dos retábulos barrocos, bacalhau seco, marinheiros corajosos que regressam das Índias, etc., sucedem-se numa alegre e colorida miscelânea.´
Este cortejo de personagens imaginárias é a homenagem sincera e afetuosa do pintor Dominique Pichou ao pouco que conhece e ama de Portugal.

» BIENAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE TRÁS-OS-MONTES
Até 31 de outubro
A doação feita por Jaime Silva ao Museu do Douro, em 2023, que resultou na exposição “Jaime Silva na coleção Museu do Douro”, está presente na Bienal de Arte Contemporânea de Trás-os-Montes, até 31 de outubro, no Museu de Arte Sacra de Macedo de Cavaleiros
Esta Bienal conta com a participação de mais de 150 artistas e, para além de Macedo de Cavaleiros, pode ser também visitada, nos municípios de Alfândega da Fé, Freixo de Espada à Cinta e Vinhais.

Jaime Silva, S/ título. 2021, Acrílico s/ tela, MD/M-4328
exposições média duração
» COLEÇÃO NATÁLIA FERREIRA-ALVES E JAIME FERREIRA-ALVES
Um conjunto de obras doadas ao nosso Museu, por Natália e Jaime Ferreira-Alves que, durante a sua vida profissional, se dedicaram ao estudo da arte, tendo por isso um natural gosto colecionista. As pinturas expostas são da autoria de Mónica Baldaque, pintora com quem os colecionadores estabeleceram uma relação de amizade, e cujas obras se centram na paisagem do Douro.
Com o objetivo de dar a conhecer o acervo doado ao Museu, esta coleção estará patente ao público ao longo ano de 2024.

©2024, Natália Fauvrelle/MD
exposições virtuais
ARQUITETURAS DA PAISAGEM VINHATEIRA
DESCUBRA A PAISAGEM DO DOURO
Em 2007, o Museu do Douro levou a cabo um inventário indicativo das arquiteturas da paisagem do Douro, centrado nas formas históricas de armação do terreno para o cultivo da vinha. Estas empregam muros de pedra seca, distinguindo-se dois tipos: pré e pós-filoxera. São estas que formam o mosaico da paisagem, juntamente com outras culturas, como a oliveira, as árvores de fruto e hortas. Convidamos o público a conhecer esta exposição virtual onde se abordam os diferentes tipos de armação do terreno e a sua implementação na paisagem vinhateira.

©2007, Egídio Santos/MD
https://tinyurl.com/ynz7bych
exposições itinerantes do Museu do Douro
CONTINUA:

© Manuel Casal Aguiar
Douro, de Manuel Casal Aguiar
Museu Municipal de Resende
» Até 14 de julho

© Carlos Cardoso
Via Estreita, de Carlos Cardoso
Auditório Municipal de Vila Flor
» Até 9 de setembro

© João Pedro Maronto 9 meses de inverno e 3 de inferno, de João Pedro Marnoto
Auditório Municipal de Peso da Régua –AUDIR
» Até 31 de agosto

Cor no Douro – Natura Artis Magistra, de Leni van Lopik
Ecoteca de Mirandela
» Até 9 de setembro
exposições itinerantes do Museu do Douro
CONTINUA:

© Noel Magalhães, Col. Museu do Douro Memória de um Olhar, de Noel Magalhães
Museu do Ferro e do Território de Torre de Moncorvo
» Até 17 de setembro

© Rui Pires
Rui Pires na Coleção Museu do Douro (exposição de exterior)
Praça do Município de Mesão Frio
» Até ao final do verão

© Jaime Silva
Jaime Silva na coleção Museu do Douro Bienal de Arte Contemporânea de Trás os Montes
Museu de Arte Sacra de Macedo de Cavaleiros
» Até 31 de outubro
INAUGURA:


CITICA - Centro de Inovação Tecnológica
INOVARURAL de Carrazeda de Ansiães » De 15 de julho a 22 de setembro de 2024
Museu do Vinho de São João da Pesqueira » De 10 de julho a 24 de setembro de 2024
*As datas apresentadas poderão sofrer alterações de acordo com a agenda do Museu do Douro e/ou dos locais mencionados.
© Carlos Cardoso Mitos, de Carlos Cardoso
© Luís Miguel Proença Concurso Internacional de Fotografia 2022
coleção Museu do Douro
» INCORPORAÇÕES
Espólio Eng. António Grácio
Destacamos o conjunto doado por António Maria Tavares Machado Grácio, Engenheiro Agrónomo que se dedicou à viticultura nacional, empenhando-se a partir das instituições onde trabalhou, na modernização desta atividade.
Criou e instalou “Campos Experimentais” nas Regiões Demarcadas do Douro e do Dão e estudou vários aspetos da vinha de outras zonas vitícolas.
Participou nos trabalhos da Brigada de Mecanização e Reconversão da Região do Douro, em patamares e vinhas meca-
nizadas. Em 2014, no âmbito da exposição “Gastão Taborda (1917/1983) e a construção do Douro Contemporâneo” doou um importante espólio composto por relatórios experimentais, documentos pessoais, material bibliográfico inédito e álbuns fotográficos referentes à instalação de “Campos Experimentais”. Destacamos o trabalho datilografado, inédito intitulado “A sistematização do terreno em viticultura”, que, pela sua singularidade e representatividade, exigiu o seu acondicionamento em caixa Acid Free.

» CONSERVAÇÃO
No âmbito das Jornadas de Investigação do Mestrado em Conservação e Restauro de Bens Culturais, na Escola das Artes da Universidade Católica do Porto, que se realizou no passado dia 24 de maio, foi apresentado o trabalho desenvolvido por Ana Lucas no Museu do Douro pesquisa enquadrada no projeto Identificar para Conservar.
Esta investigação demonstrou que a bio limpeza com enzimas é eficaz para remoção do verniz degradado, tendo como base de ensaio uma pintura a óleo sobre tela do século XVII, com o tema “Milagre da Bilocação de Santo António”, perten-
cente ao Sr. Paulo Fonseca em depósito no Município de Torre de Moncorvo.
As enzimas foram combinadas com a nova tecnologia de hidrogel, o PVA-Bórax (PVA-B). As propriedades do PVA-B, como a alta viscosidade, a fácil remoção e reutilização conjugadas com lípases mostraram-se ainda mais benéficas para a remoção da camada de verniz desta pintura, conseguindo-se uma solução inovadora e eficiente.

Umbelina Silva/MD
coleção Museu do Douro
» COLEÇÃO IVDP
Destaque do mês
Designação: Chapa tipográfica
N.º inventário: MD/M-004310.25
Medidas: 120 x 567 x 30 mm
Materiais: madeira, zinco
Marca/Local: Fotografia Alvão, Porto
Datação: Anos 40 do séc. XX, data de produção
Descrição: Chapa tipográfica n.º 25 da obra As Demarcações Pombalinas no Douro Vinhateiro, da autoria de Álvaro
Moreira da Fonseca. Esta imagem, da Fotografia Alvão, está igualmente presente nos álbuns produzidos por esta casa fotográfica para o Instituto.
Trata-se de uma imagem panorâmica do Baixo Corgo a partir do alto da Presegueda, composta por quatro fotografias montadas originalmente. A fotografia mais à esquerda tem em primeiro plano o marco de demarcação do Pendão. A panorâmica abarca ao longe o Marão e a serra de Montemuro, estando mais próximas do lado esquerdo as quintas da Fonte do Peso e da Devesa e, do lado direito, as quintas de Campanhã e do Romarigo. Em segundo plano é possível ver-se também o lugar de Vila Maior.


FONSECA, Álvaro Moreira da - As Demarcações Pombalinas no Douro Vinhateiro. Vol. II. Porto: IVP, 1950.
» PATRIMÓNIO RDD
PESO DA RÉGUA: O PADROEIRO S. FAUSTINO, A DEVOÇÃO A NOSSA
SENHORA DO SOCORRO
A religiosidade acompanha cada comunidade. Seja onde tinha sido e seja onde for, desde que o ser humano deu por si, de imediato lhe brotou a necessidade de se transcender e de buscar maneira de dizer o indizível e de encontrar explicações para o que não podia nem pode ser explicado.
Algo exclusivo, o ser humano consegue projetar para lá da sua dimensão, criando e acreditando em símbolos místicos que lhe permitem unir-se na ação e que lhe apontam uma missão comum, que lhe forjam a identidade.
A História de Portugal enquanto Nação secular das mais velhas na Europa, está recheada de feitos e de atitudes que sobrelevam a mera valorização humana, indo ao encontro do misticismo que molda a humanidade em geral, e os portugueses em particular, mais não seja no tempo e no modo.
Peso da Régua, obviamente não foge ao padrão. Não é exceção. Bem antes pelo contrário. Encruzilhada de rotas, e centro secularmente nevrálgico de um conjunto de atividades tão necessárias com perigosas e angustiosas, foi no exprimir das suas devoções que encontrou sossego nas horas de aflição, foi no rezar que encontrou a quem pedir auxílio e

foi na devoção que encontrou e encontra pretextos para o folguedo.
No território reguense menos urbano, à semelhança do restante país, abundam lindas igrejas e lindas capelas como testemunho e como lugar de preito e de devoção ao santo ou à santa que mais lugar ocupa no se venerar e no âmago de cada comunidade local organizada em lugar ou em aldeia numa ligação invisível feita de laços inquebrantáveis.
No tecido urbano mais propriamente dito, no Peso da Régua, podemos verificar um facto pouco comum em termos de padroeiro venerado, sentido e considerado, temos para nós por via do
Cruzeiro, Peso da Régua ©2024, Manuel Igreja
rio que lhe humedece as margens, e por vezes algumas das ruas de mais ao pé do seu leito.
Acontece que desde os tempos medievos, desde o dealbar da nacionalidade, a Régua tem São Faustino como padroeiro, conforme se refere dos documentos coevos. No entanto, o mártir nascido na Lombardia no ano 96 da nossa era, foi preterido. Os momentos de aflição dos durienses em geral, e dos reguenses em particular, levaram ao surgimento de uma profundíssima devoção a Nossa Senhora do Socorro.
Cada viagem nos barcos rabelos até à foz do rio Douro com jornada de retorno era feita de mil perigos e de permanentes incertezas. A casca de noz feita embarcação, podia naufragar a todo o instante. Indomável, o rio de mau navegar não percebia a presença e não lhe agradava o destempero dos heróis que levavam pipas de vinho e traziam sal e sardinha.
Aos que ficavam a aguardar e aos que iam em viagem, restavam as orações a Nossa Senhora do Socorro. O rogar afincadamente que olhasse pelos aventureiros em cada jornada de ganha-pão. Caso a Senhora achasse por bem, cada qual não hesitaria em se lhe jorrar aos pés em devoção e em oração ao ponto de lhe dar a alma ou o que fosse, em troca da proteção. Em cada lar havia uma rainha: Nossa Senhora do Socorro.
No ponto de primeiro embate do olhar feita a curva do rio no Salgueiral na viagem de volta, foi edificada no meado do Século XVIII a capela do Cruzeiro com uma belíssima fachada em estilo barroco. No adro, antes das escadas cedo

destruídas pelo rio, implantou-se o Cruzeiro do Senhor da Agonia.
Se os olhares de agradecimento e de alívio nele colocados assim que era visto e sentido contivessem natureza corrosiva, já há muitos anos ele ali não estaria inteiro e limpo como está habitando a substância do tempo reguense. Testemunho de valor, de amor e de coragem. São Faustino foi secundarizado, mas por certo compreende. Acompanha no seu andor o séquito na procissão do Socorro, mas nem reparará que os olhares humedecidos e os corações vibrantes em cada pedaço, em cada metro do percurso, são profundamente direcionados para Nossa Senhora do Socorro.
É ela que em boa parte faz com que os reguenses sejam o que vão sendo.
Manuel Igreja
S. Faustino, Peso da Régua ©Manuel Igreja
serviço educativo
EUSOUPAISAGEM – EDUCAÇÃO E TERRITÓRIO
A base da ação assenta na pesquisa de relações de experiência entre as pessoas e as paisagens.
Aposta-se na criação de contextos de experimentação, com caráter de continuidade, para a presença de crianças, adolescentes, jovens, adultos e seniores em atividades de experiência e conhecimento.
Pesquisa-se com o território e a paisagem, com o corpo e o lugar, em diálogo e tensão com diferentes linguagens e falas.
Interpelam-se as paisagens e as pessoas com o teatro, com a dança, com o vídeo, com a imagem animada, com a escrita, a geografia, a antropologia e a literatura, com a arquitetura paisagista e o cinema, com o desenho, com a fotografia e com o som.
eu sou paisagem é, desde 2006, um convite, uma convicção e uma vontade para atuar e refletir sobre a educação neste território e nestas paisagens.
CAFÉ CENTRAL
Mostra em cartazes | Museu do Douro, Peso da Régua | Setembro 2023

Café Central. Mostra em cartazes. ©Paula Preto. 2022




Cartas da Liberdade e da Paisagem – Ilustração de Sónia Borges. ©Sónia Borges 2024
PÚBLICO COMUM. [setembro 2023 a junho 2024] Centro Escolar de Lamego nº 1, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego.
Público Comum é um programa de percursos urbanos e oficinas temáticas proposto pela equipa de educação do Museu do Douro em articulação com os equipamentos culturais e naturais da cidade de Lamego: Teatro Ribeiro Conceição, Centro Cívico, Centro Multiusos, Jardim da República, Castelo, Cisterna, Núcleo Museológico da Porta dos Figos e Mata dos Remédios.
Experimentaram-se abordagens democráticas nos percursos realizados aos espaços culturais e históricos, humanos e além de humanos, que constituem as paisagens dos lugares onde se vive.
Público Comum aconteceu em 32 encontros durante 80 horas com 6 turmas no total de 153 participantes (crianças; professoras/es e auxiliares de ação educativa)
Roteiro do projeto:
novembro 23 a fevereiro e maio 24
Teatro Ribeiro Conceição TRC
Visita técnica aos espaços do TRC
Leituras encenadas por Sandra Barros de História de um caracol que descobriu a importância da lentidão (de Luis Sepúlveda) Era uma Ves...pa (de Sandra Barros).
Mapas Mentais (itinerários urbanos e imaginados); Corpo Paisagem (movimento); Mapa Livro (Movimento e Leitura).
março e abril 24
Centro Cívico
Corpo Sombra (movimento e desenho).
O que tenho dentro do corpo? (movimento e desenho)
Janela da Palavra (escrita e movimento).
maio 24
Centro Multiusos
Escolhe um caminho (movimento e escrita).
maio e junho 24
Jardim da República, Castelo, Cisterna, Núcleo Museológico da Porta dos Figos
O que é que há aqui? (itinerários paisagem urbana)
junho 24
Mata dos Remédios
Dançar!!! (Cartas da Liberdade).
O programa Público Comum foi acompanhado por Sónia Borges, ilustradora e arte educadora com os vários grupos e nas diferentes sessões.


Público Comum. Ilustração Sónia Borges. ©Sónia Borges 2024.
COM_VIVER. [novembro 2023 a junho 2024] Centro Escolar da Alameda e Centro Escolar das Alagoas, Agrupamento de Escolas João Araújo Correia, Peso da Régua.
Programa para conhecer os lugares onde se habita. Esta atividade decorreu ao longo do ano letivo 2023 e 2024 e foi proposta pelos Centros Escolares da Alameda e das Alagoas (Agrupamento de Escolas João Araújo Correia) à equipa do serviço educativo, para trabalhar, em conjunto, com as crianças e professoras do 4º ano, itinerários, tendo em conta, os patrimónios materiais e imateriais dos lugares que habitam.

Com_ViVer. Ilustração Sónia Borges. 4ºs anos dos Centros Escolares da Alameda e das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. ©Sónia Borges 2024.
Dizer ALTO
[Primeira Carta VI]
Chegadas estamos a metade de nós próprias.
Sagacidade? Insegurança? Ambiguidade posta?
Nosso mútuo consentimento de entrega: logo nossa recusa, nossa frieza súbita de relações com os outros, nosso distanciamento, nosso orgulho.
Comuna de mulheres ou sufragistas já nos dizem, com riso gelado pela insegurança de nos verem juntas: barreira intransponível, grupo de nós três todavia não levantado contra, mas por, de entrega jamais vestidas, todavia de entrega de uma de nós já se consentindo, dados os cabelos ao afago de dedos que antes recusara e a casa, sua, de florais por pôr nas paredes e nos móveis que enumera, antevendo-lhe os sítios; a casa deixando que pareça habitada, tomada por quem, ou a quem ontem se negou; sua casa de morar sozinha, sitiada… Mariana a quem não desculpamos sida mas afinal nós acrescentadas nela, na sua medida, neste consentimentos, nestas baixezas, neste «deixar que corra», bem mais fácil, a tarde a deslizar lá fora pela chuva e tu estendida na alcatifa como estranho bicho dorido; animal que caça mas doméstico, aos pés de que lhe afaga os ombros sob a lã macia da camisola certamente entranhada de fumo: o fumo que se espalha pela sala despida, num
odor acerado a ferrar-se-nos na pele, fumo de um fogo que teimosamente se recusa a crescer na lareira, assim como no teu riso, na tua palavra a tentar reencontrar qualquer caminho pelo corpo, ao pedires (ordenares) a homem (então ali), em arremedo de cama, como se o tivesse sob ti e a ele (a ti), te pudesses entregar (possuíres) caso não estivéssemos contigo. – Te acuso disso. – Mariana que em tanto ócio, de tanto corpo te puseste, recolheste fala; te adornaste de tudo como se de fatos fora e fáceis de envergar, enfiar pela cabeça, a tolherem-te os passos. – O paço, o mundo, teu sustento, tua memória, teu rosto.
Rasto:
A rosa tu – de maina adolescente – que compraste em papel de tantas cores como és por dentro – mulher que vejo presa a mito de macho e pálida te tornares por isso, em ferida dada, tornada, esfacelados os olhos no seu tom, brilho, e me enraiveço que não sejas tão forte –mais forte – como eu (não) sou, quisera ser, nunca a homem atreita enquanto homem-macho somente dono, aguardando nós dele brandura, tolerância, condescendência: bandeira deles em fornicação nocturna retomada (para isso lhes servimos) bem a coberto de lençóis, cobertores, a camisa de noite levantada às virilhas assim expostas e o ar composto de quem cumpre um dever vindo, herdado de nossas mães e avós, o prazer (não muito, claro) fingido, imitado bem, a fim de se lhes dar a constante certeza da sua vigorosa virilidade, aura: bons na cama e no trabalho, excelentes pais de família e patrões da mulher, com ordenado certo ao fim do mês a fim de se poder comer e ter carro.
Nossa liberdade: tu que trabalhas, vives
só e ainda te deixas agarrar, te manténs na história, manejada… Mariana desamada, desamiga, deserdada.
Que danos nos fizeram que aqui não se digam, não se apontem, não se contem. Que castigo, que lenda, que hábito, que medo-irmãs?
«Danos meus tão encobertos, aqui podereis sem medo ser agora descobertos; Se ficou algum segredo al de menos nos desertos»
A que entrave nos pomos, desguarnecemos, teimamos em esconder por vê-los sempre de segredo. – Que agora são outros tempos, embora de mesmas eras, e liberdades ostentamos apesar de presas nos sabermos? Nos deixamos de ser? Apesar de até nos afirmarmos livres para nos perdermos, mas afinal sempre em função do amor, da paixão, de enganadas nos sabermos, utilizadas e a fim de deturparmos toda esta engrenagem imposta há tantos longos anos?
Séculos.
«Je suis nue, ou à peu près; et je sais que dans la position que j’ai choisi, un automobiliste débouchant du virage que est tout près de là este obligé de plonger immédiatement son regard entre mes jambes jusqu’au plus profond de mon intimité».1
Intimidades que usamos a dominarmos os costumes, a fazermos recair sobre nós as iras, o desejo, mas a trocarmos com a intimidade outros favores, que «Les hommes, lorsque’ils ont envie d’une femme, sont toujours dociles»…2
E pela docilidade, maneira menor, conseguem-nos eles atingir, manejar até, enganar; reconhecemos-lhes o jogo mas nele entramos por inépcia, hábito, também por astúcia. Astúcia, como única maneira que até há bem pouco tempo nos era de única valia, defesa.
E às vezes um pouco como desterradas nos sentimos; se sente a mulher quando não cumpre a figura imposta pelos tempos, não a interpreta e assim tenha de procurar caminhos, outros «países» onde viva em diferença do seu, país dado pelo útero da mãe.
A que mãe fugimos? Que mãe nos fugiu? A quem podemos, acabamos sempre por dizer, assim como, aliás, a todo o factor proporcionante de paixão-amor:
«(…) já me vós fostes a vida, agora me sois o dano;»
(…) 10/4/71
1 Moravia.
2 Idem.
Barreno, Maria Isabel; Costa, Maria Velho da; Horta, Maria Teresa: Novas Cartas Portuguesas, pág. 100-102, Publicações Dom Quixote – Setembro de 2022 (reimpressão)

rede de museus do douro
A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial!

MUSEU
DA MEMÓRIA RURAL
MUSEU

O Museu da Memória Rural, concelho de Carrazeda de Ansiães, é uma unidade museológica destinada a trabalhar temáticas relacionadas com a cultura rural e com o património imaterial da região duriense e transmontana.
O Museu da Memória Rural é um projeto de museologia rural centrado num edifício sede e que conta com vários núcleos museológicos disseminados pelo restante território concelhio. Nes-
te momento, integram este museu territorial, o edifício sede de Vilarinho da Castanheira e os núcleos museológicos do Lagar de Azeite de Lavandeira, o Moinho de Vento de Carrazeda de Ansiães, os Moinhos de Rodízio da Ribeira do Couto (Vilarinho da Castanheira) e o Forno de Telha Artesanal de Luzelos e muito brevemente será inaugurado, na aldeia de Seixo de Ansiães, o Núcleo Museológico do Ferreiro e Ferrador.
MUSEU DA MEMÓRIA RURAL - VILARINHO DA CASTANHEIRA
No edifício sede, situado em Vilarinho da Castanheira aborda-se temáticas relacionadas com as antigas práticas das culturas da vinha e dos cereais, estando também representados alguns ofícios tradicionais como o do ferrador, canastreiro, pescador do rio Douro, padeira, queijeira, pastor, tanoeiro, sapateiro, funileiro, moleiro, corticeiro, tecedeira e tosquiador.
Todo o discurso museológico é suportado num conjunto de recursos tecnológicos, onde se incluem as mais recentes soluções multimédia, o Museu da Memória Rural assume-se com um caráter fundamentalmente didático, constituindo uma homenagem à cultura rural de um povo que possui uma longa história e uma ancestral tradição cultural que urge preservar, estudar e difundir.
Tecnologia para manter a tradição
Uma narrativa gráfica impressa em grande formato, uma “timeline interativa”, “janelas digitais interativas”, uma “mesa multitouch”, “telas multitouch”, “LCD's” de alta resolução, uma “parede interativa” e uma “mesa interativa” para as crianças, constituem os recursos tecnológicos do espaço central do Museu da Memória
Através deles e de um programa gráfico baseado em áudio, fotografia e vídeo, conta-se e preserva-se a memória de muitos ofícios tradicionais e expõem-se temáticas relacionadas com as antigas técnicas de um ancestral saber-fazer.
O vídeo como instrumento de registo
O vídeo, o áudio e a fotografia como instrumentos de registo e de exposição de discursos

Este museu não é apenas um lugar de artefactos. O documento gerador da identidade cultural apoia-se também no registo em vídeo, em áudio e em fotografia, expondo-se a partir desses suportes as diferentes manifestações do património imaterial e da memória histórica da região duriense e transmontana. Esta é, sem dúvida, uma das prioridades centrais desta estrutura museológica. Na linha das boas práticas recomendadas pela UNESCO, pretende-se registar, documentar e expor as várias manifestações sociais, rituais e eventos festivos do concelho e da região envolvente, as técnicas tradicionais, as expressões artísticas e artes performativas, as tradições e expressões orais e o conhecimento das práticas relacionadas com a natureza e o universo.
Um espaço participado pela comunidade
O Museu desenvolve preferencialmente uma abordagem participacionista do conceito de património. Por tal motivo, é dado particularmente relevo à dimensão dinâmica do passado, ao valor histórico da cultura e à necessidade da mesma ser transmitida de geração em geração sem qualquer imposição ou exaltação etnocêntrica e sempre em pleno respeito pelo relativismo cultural. Valoriza-se um património vivo e por isso o museu vive quotidianamente com as populações locais através de iniciativas que têm como principal objetivo a inserção e a interação das pessoas com estes espaços que se pretendem de cumplicidade cultural e de envolvimento comunitário.


Um espaço de debate e de reflexão
O edifício sede dispõe de um pequeno auditório com uma lotação para cerca de 50 pessoas. Equipado com projetores e hardware de comunicação, este espaço permite a apresentação de palestras, pequenos colóquios, reuniões, ações de formação, projeção de documentários, etc. Aqui já foram promovidas várias iniciativas de reflexão e debate temático. É frequentemente utilizado para gerar ações de interatividade com a comunidade de Vilarinho da Castanheira, encontrando-se aberto a toda a comunidade concelhia para a apresentação de iniciativas de interesse local.
Um espaço de pedagogia
Convictos de que as manifestações culturais têm “protagonistas no presente, tiveram protagonistas no passado e terão protagonistas no futuro”, o Museu da Memória Rural desenvolve junto das escolas locais um programa pedagógico com vista a gerar mecanismos de consciencialização da identidade cultural. No museu, as crianças dispõem de tecnologia e materiais que lhes permitem identificar as matrizes gerais da comunidade cultural de onde são originários e onde no dia-a-dia se integram.

//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
Quarta a Sexta – 12:00 às 18:00 Sábados e Domingos – 15:00 às 18:30
Encerrado: 1 de janeiro; domingo de Páscoa; 1 de maio; 31 de agosto (Feriado Municipal); 25 de dezembro
Bilhete: Gratuito
Contactos: www.museudamemoriarural.pt mmr@cmca.pt 278638081
Rua de S. Sebastião 5140-281 – Vilarinho da Castanheira
Coordenadas: 41°12'14.48"N / 7°12'45.30"W
MUSEU DO CÔA E PARQUE ARQUEOLÓGICO DO VALE DO CÔA
No Museu do Côa, durante o mês de julho:

//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
Todos os dias das 09:00 às 17:30
Bilhete: 7€
Passaport Mud: 20% desconto.
Contactos: museugeral@arte-coa.pt 279 768 260
Rua do Museu | 5150 – 620
Vila Nova de Foz Côa
MUSEU DO IMAGINÁRIO DURIENSE (MIDU)

Durante o mês de julho, no Museu do Imaginário Duriense (MIDU)
» Exposição “17 Anos a Contar Histórias”
TEATRAÇO
Patente até dia 31 de outubro de 2024.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
» segunda a sexta: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30
» sábados, domingos e feriados: mediante marcação prévia
Bilhete: gratuito.
Contactos: museum@cm-tabuaco.pt 254 787 019
Rua Macedo Pinto, 5120 Tabuaço

ADEGA DAS GIESTAS NEGRAS
O Museu - "Adega das Giestas Negras " é uma adega de MDLXXV (1575), data gravada na padieira da porta, recuperada e adaptada a Museu em 2006, situado no coração da Quinta dos Mattos. Tem dois lagares (de 12 e 4 pipas) e uma dorna, todos em xisto, uma prensa de fuso, em madeira de castanho, com cerca de oito metros de comprimento, com mais de 300 anos. Aqui estão expostas muitas peças antigas, pertença da família, relacionadas com a atividade vitivinícola.
Durante o mês de junho estarão ao dispor dos visitantes, para além da visita guiada ao museu, programas de visita guiada às instalações de vinificação e envelhecimento, bem como a degustação dos seus vinhos.

PROVA DE VINHOS WINE TASTING
Marcação / booking / reservátion:
» 10:00 - 16:00 - segunda a sexta-feira / monday to friday / du lundi au vendredi
» sábado por reserva / saturday by reservation / samedi sur reservation
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
» segunda a sexta: Das 10:00 às 16:00;
» Aos fins de semana sob marcação prévia;
Bilhete: 5€, inclui visita e prova de vinho do Porto
Passaporte Mud: 20% desconto
Contactos:
254 920 214 | 965 519 991 coimbrademattos@gmail.com
Casa da Calçada, n.º 65 | 5050 – 042 Galafura
© site CM Peso da Régua

Programação para julho, no Museu do Vinho de S. João da Pesqueira:
» 10 de julho | Inauguração da exposição temporária "Concurso Internacional de Fotografia 2022 - Alto Douro Vinhateiro: 20 Anos Património Mundial" | Sala de Exposições Temporárias do Museu do Vinho de São João da Pesqueira | Patente até dia 25 de setembro.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento: De segunda a domingo: das 10h00 às 18h00
Bilhete: 4€
Passaport Mud: 20% desconto
Contactos: mvp@sjpesqueira.pt 254 489 983
Avenida Marquês de Soveral, n.º 79 5130 – 321 S. João da Pesqueira

Durante o mês de julho, encontram-se patentes ao público as seguintes exposições:
» Exposição do 1º Raid Fotográfico "Caretos de Lazarim na Alcaria de Mazes";
» Exposição "Máscara de Lazarim Identidade de uma comunidade";
» Exposição “artesãos de máscaras de Lazarim”
» Exposição "Entrudo de Lazarim - Domingo-gordo e Terça-feira Gorda";
» Exposição "BUUU por detrás da Máscara"
» Nos dias 9 e 16 de julho, iremos receber grupos do Programa " Férias em Movimento 2024" da Associação Inovterra, onde serão realizadas várias atividades.
» Durante os meses das férias escolares teremos também disponível um conjunto de atividades para todas as idades.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
» terça a domingo: 10:00 às 12:30 e das 13:30 às 17:00
Bilhete: gratuito
Contactos:
cimi@cm-lamego.pt 254 090 134
Rua José de Castro, 5100-584 Lazarim

MUSEU DA OLIVEIRA E DO AZEITE
Exposição Temporária de Fotografia "Paisagens do Azeite de Trás-os-Montes e Alto Douro"
As fotografias expostas, cuidadosamente selecionadas, capturam a essência das paisagens que moldam a produção de azeite na região de Trás-os-Montes e Alto Douro e demonstram que este produto é mais do que um ingrediente gastronómico, é tradição, herança cultural e testemunho da vida rural.
Através desta mostra, não se espera apenas celebrar a beleza das paisagens, mas também promover uma maior reflexão e compreensão da importância cultural e económica do azeite para esta região e para as suas gentes.
A exposição "Paisagens do Azeite de Trás-os-Montes e Alto Douro" é uma iniciativa
realizada no âmbito do programa Alma do Azeite, parceria entre a Câmara Municipal de Mirandela, APPITAD - Associação dos Produtores em Protecção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro e IPB - Instituto Politécnico de Bragança.
O concurso de fotografia que deu origem a esta exposição foi apresentado ao público durante as comemorações do Dia
Mundial da Oliveira, a 26 de novembro de 2023, quando o Município de Mirandela se associou ao Projeto Europeu Olive4All e à Rede Nacional de Comemoração do Dia
Mundial da Oliveira, para assinalar o dia e a sua importância.
A estará patente até 31 de dezembro.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento: » Segunda a domingo: Dias úteis das 9:00 às 18:00.
Bilhete: gratuito.
Contactos: moa@cm-mirandela.pt 278 993 616Morada: Travessa D. Afonso III, 48, 5370- 516 Mirandela facebook.com/moa.mirandela
Novidades de julho. na Loja do Museu do Douro.
http://loja.museudodouro.pt/

» Facebook: www.facebook.com/acompanhia.pt
» Através do e-mail: info.acompanhia@gmail.com
» Reservas: 93 215 01 01

prisma do visitante




Ficha técnica:
Título: Museu do Douro
Subtítulo: Newsletter
Nome do Editor: FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO
Periodicidade: mensal
URL: https://issuu.com/museudodouromd ISSN 2795-5877
museu do douro newsletter
geral: (+351) 254 310 190 | loja: (+351) 254 310 193
e-mail: geral@museudodouro.pt website: www.museudodouro.pt
Rua Marquês de Pombal 5050-282 Peso da Régua