Bloco de Notas MD // novembro 24

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Bloco de Notas do MD

EXPOSIÇÃO PERMANENTE DOURO: MATÉRIA E ESPÍRITO

Douro: Matéria e Espírito foi concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD). Estruturada como a grande porta de entrada no Douro, apresenta as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste território na produção vinícola. É a combinação de fatores naturais e humanos que Douro:MatériaeEspíritoexpõe.

DESTAQUE EXPOSIÇÃO

PERMANENTE

OS TRABALHOS

E OS DIAS

Designação: Sulfurador duplo de tina

N.º inventário: MD/M-007936

Material: Folha de ferro

Dimensões: A 1050 x Ø 702 mm

Datação: Final Séc. XIX, entre as datas de 1877, data da primeira publicação “Dos Novos Sulfuradores de Silva Pinto”, onde surge este novo modelo de sulfurador, e 1889, referido na publicação Guia do Vinicultor, capítulo sulfuração.

Cronologia: Pertenceu a Manuel Braz de Magalhães, de Peso da Régua, que o ofereceu à Associação Cultural do Alto Douro a 10 de julho de 1986. Não há informação acerca da data de aquisição.

O uso do gás sulfuroso nos vinhos foi amplamente difundido a partir da obra de António Batalha Reis, de 1871, Oenxofreeovinho , que defendia este método para prolongar a conservação do vinho. Segundo a revista Occidente (30 setembro 1897), este discípulo de Ferreira Lapa fez apresentações públicas do seu aparelho nos principais centros vitícolas do país, incluindo a Régua.

Descrição: Instrumento enológico, de folha de ferro dobrada, com um fornilho para queimar o enxofre, servindo os gases produzidos para sulfitar o vinho, operação com resultados desinfetantes e antioxidantes. O fornilho ajusta-se a um funil cilíndrico ou laboratório, terminado, inferiormente, por um tubo ajustável que encaixa na vasilha de madeira. No interior do funil, um duplo crivo tubulado. Em torno do funil uma bacia ou tina, de forma circular, apoiada em quatro pernas tubulares. No funil, ao nível do fundo da tina, uma fresta com porta corrediça que comunica com o interior do funil, permitindo um controlo do fluxo do vinho. Duplo crivo tubulado ou divisor composto por dois discos perfurados ligados por tubos. Utiliza-se sobre uma vasilha, por exemplo, uma pipa.

Função: Usado para sulfurar o vinho evitando assim a sua oxidação. O duplo crivo serve para dividir o vinho em gotas e filites, permitindo uma maior eficácia do processo de sulfuração.

https://tinyl.io/BcgC

Sulfurador Duplo de Tina ©2024, Carlos Mota/MD
Funcionamento Sulfurador Duplo de Tina de Silva Pinto

EXPOSIÇÕES ITINERANTES

MUSEU DO DOURO

JAIME SILVA NA COLEÇÃO MUSEU

DO DOURO

Bienal de Arte Contemporânea de Trás os Montes

Museu de Arte Sacra de Macedo de Cavaleiros

> Até 25 de novembro de 2024

DOURO, DE CASAL AGUIAR

Museu da Vila Velha de Vila Real

> Até 6 de janeiro de 2025

VIA ESTREITA, DE CARLOS CARDOSO

Núcleo Museológico Porta dos Figos, Lamego

> Até 13 de janeiro de 2025

CONTINUA

9 MESES DE INVERNO E 3 DE INFERNO, DE JOÃO PEDRO

MARNOTO

Museu de Arqueologia e Numismática de Vila

Real

> Até 15 de janeiro de 2025

CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA 2022

CITICA - Centro de Inovação Tecnológica

INOVARURAL de Carrazeda de Ansiães

> Até 2 de fevereiro de 2025

INAUGURA

O SONHO DE MAGALHÃES DE DOMINIQUE PICHOU

MIDU – Museu do Imaginário Duriense de Tabuaço

> Abre 19 de novembro de 2024

PERCURSOS PELA ARQUITETURA

POPULAR NO DOURO, DO ARQ. ANTÓNIO MENÉRES

Biblioteca Municipal de Mesão Frio

> Abre 22 de novembro de 2024

*As datas apresentadas poderão sofrer alterações de acordo com a agenda do Museu do Douro e/ou dos locais mencionados

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA

PAIXÃO

PELO DOURO

MILLA CHANG

Nascida em Taiwan, Milla Chang é uma artista residente em Portugal que, utilizando os conhecimentos adquiridos da caligrafia tradicional oriental e de mais de duas décadas como designer de joalharia tradicional oriental, desenvolveu um estilo peculiar de representar os vinhedos do Douro, refletindo nas suas obras a vivência de duas culturas diferentes. Rodeada por vinhedos do Alto Douro, recebe do meio envolvente toda a inspiração para as suas obras, onde a representação quase fotográfica da realidade coabita lado a lado com traços rápidos e minimalistas.

ATÉ 28 DE NOVEMBRO

EXPOSIÇÕES VIRTUAIS

ARQUITETURAS DA PAISAGEM VINHATEIRA

Em 2007, o Museu do Douro levou a cabo um inventário indicativo das arquiteturas da paisagem do Douro, centrado nas formas históricas de armação do terreno para o cultivo da vinha. Estas empregam muros de pedra seca, distinguindo-se dois tipos: pré e pós-filoxera. São estas que formam o mosaico da paisagem, juntamente com outras culturas, como a oliveira, as árvores de fruto e hortas.

Convidamos o público a conhecer esta exposição virtual onde se abordam os diferentes tipos de armação do terreno e a sua implementação na paisagem vinhateira.

https://tinyurl.com/ynz7bych

EXPOSIÇÃO MÉDIA DURAÇÃO

COLEÇÃO NATÁLIA

FERREIRA-ALVES

E JAIME FERREIRA-ALVES

Esta coleção, agora ao público, reúne um conjunto de obras doadas ao nosso Museu, por Natália e Jaime Ferreira-Alves que, durante a sua vida profissional, se dedicaram ao estudo da arte, tendo por isso um natural gosto colecionista.

As pinturas expostas são da autoria de Mónica Baldaque, pintora com quem os colecionadores estabeleceram uma relação de amizade, e cujas obras se centram na paisagem do Douro.

A partir deste mês está igualmente patente uma secção dedicada a outras obras pertencentes a esta coleção, nomeadamente um conjunto de desenhos da cidade do Porto e do rio Douro, da autoria do arqueólogo amador inglês William Tipping (1816-1897).

Com o objetivo de dar a conhecer o acervo doado ao Museu, esta coleção estará patente ao público ao longo ano de 2024.

©2024, MD

EXPOSIÇÃO MÉDIA DURAÇÃO

BIENAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE TRÁS-OS-MONTES

A doação feita por Jaime Silva ao Museu do Douro, em 2023, que resultou na exposição “Jaime Silva na coleção Museu do Douro”, está presente na Bienal de Arte Contemporânea de Trás-os-Montes, até 30 de novembro, no Museu de Arte Sacra de Macedo de Cavaleiros.

Esta Bienal conta com a participação de mais de 150 artistas e, além de Macedo de Cavaleiros, pode ser também visitada, nos municípios de Alfândega da Fé, Freixo de Espada à Cinta e Vinhais.

COLEÇÃO MUSEU DO DOURO

BIBLIOTECA

Durante o mês de setembro, e de forma faseada, procedeu-se à transferência do fundo bibliográfico antigo instalado nos Serviços de Museologia para o Depósito de Arquivo. Reservados em arquivo, onde os parâmetros específicos de humidade relativa, temperatura e segurança são assegurados, este acervo foi organizado segundo um novo sistema de localização garantindo sempre a sua disponibilidade para as requisições. A reorganização do espaço de biblioteca do Museu do Douro, a terminar até ao final de 2024, permite, além da melhor conservação do acervo, um ganho de espaço para outros serviços com melhores condições de trabalho.

COLEÇÃO MUSEU DO DOURO CONSERVAÇÃO

EXPOSIÇÃO MITOS DE CARLOS CARDOSO | TRATAMENTO

Durante uma itinerância da exposição Via Estreita, com fotografias de Carlos Cardoso, foram detetados nas obras expostas Lepisma Saccharina, comummente chamados de peixinho-de-prata. Este caso exigiu a intervenção da equipa de conservação para garantir a salvaguarda deste importante conjunto da coleção do Museu. É importante referir que quando se encontram insetos em molduras eles raramente surgem de forma isolada. O controlo desses invasores requer por isso medidas abrangentes, ajustadas ao ambiente e aos objetos envolvidos, e não apenas à área diretamente afetada. Imediatamente, as fotografias foram isoladas em embalagens herméticas para evitar a contaminação de outros itens. Cada moldura foi cuidadosamente des-

montada, com atenção para minimizar e/ou evitar novos danos. As fotografias foram higienizadas por sopro, com pera de sopro na parte frontal, evitando o uso de pincéis, mesmo os mais macios, que poderiam riscar as superfícies. Todas as fitas adesivas usadas para fixar as fotografias aos passepartouts foram removidas, já que continham insetos, ovos, excrementos e outros detritos, especialmente nas áreas de junção entre a fotografia e o cartão de suporte. Após a limpeza completa, as fotografias e os cartões foram recolocados usando-se fita gomada livre de ácidos.

Os vidros foram removidos e limpos com um bio-álcool. As molduras em si foram higienizadas por aspiração e desinfetadas com pulverização de etanol. Depois da secagem do álcool as fotografias foram montadas nas molduras e para finalizar, no verso do k-line de

remate foram seladas com fita gomada. Como medida preventiva, os itens passaram por um tratamento de expurgo em atmosfera modificada de anoxia (ausência de oxigénio), utilizando-se azoto. Após o tratamento, as peças ficaram em quarentena numa sala previamente desinfestada por uma empresa da especialidade. Tendo sido sugerido aos responsáveis onde a exposi-

ção se encontrou patente que se procedesse à desinfestação do espaço de igual modo.

No final do período de quarentena, sem sinais de infestação ou atividade xilófaga, a exposição foi considerada segura e apta para continuar a itinerar noutros espaços museológicos.

COLEÇÃO MUSEU DO DOURO

COLEÇÃO IVDP

Destaque da coleção IVDP dedicado às empresas exportadoras de vinho do Porto e cujo espólio de rótulos foi conservado durante décadas pelo Instituto. No portal de coleções do Museu do Douro é possível consultar o espólio inventariado e progressivamente digitalizado pelo Museu para divulgar a história da região.

SOCIEDADE DOS VINHOS ANTÓNIO FERREIRA MENÉRES, SUCR. Lª

Empresa produtora e exportadora de vinhos do Porto fundada por António Ferreira Menéres em 1845. Durante o século XIX a firma esteve instalada nuns armazéns no Cais de Gaia pertencentes ao Palacete dos Pacheco Pereira, que ardera em 1818. Posteriormente, em 1913, instala-se na Rua do Jau, onde constroem de raiz um armazém.

Com a entrada na firma do filho do fundador, em 1900, a sociedade adotou o nome de Sociedade dos Vinhos António Ferreira Menéres, Sucr. Lª.

Inscreveu-se em 1907 na Alfândega

do Porto como negociante exportador de vinho do Porto sob o número 62 e, em 1922, sob a designação Clemente Menéres Lda., sediada em Mirandela, como produtor exportador de vinho do Porto sob o número 75.

Esta inscrição terminou em 1923.

Há referências à sua atividade até 1966, quando estavam instalados na Rua Felizardo Lima, 172, com armazéns na Rua das Azenhas, ambos em Gaia.

Fonte: PINTÃO, M.; CABRAL; C. - Dicionário ilustrado do vinho do Porto. GUIMARÃES, J.A.G.; GUIMARÃES, S. – Prontuário Histórico do Vinho do Porto. https://digigov.cepese.pt/ consultado em 02/10/2024

Conjunto composto por rótulo de vinho do Porto reserva, gargantilha e cápsula. O rótulo possui um design que segue uma linha de valorização denotativa através da identificação da marca, categoria e local de origem. Neste caso, várias medalhas dos prémios obtidos nas feiras internacionais entre 1862 e 1905. A gargantilha e a cápsula metálica seguem a mesma linha estética. Estes exemplares foram entregues ao IVP para dar cumprimento ao artigo 7º, do decreto nº. 22.461, que determina a organização de um arquivo ou registo de todas as marcas de exportação.

MD/M-005600.1 ©2024, Col. MD/IVDP https://tinyurl.com/2yeh54hd

Porto Menéres

MD/M-6151,col. MD/IVDP ©2024, Museologia/MD https://tinyl.io/BccB

Cronologia

1845 – Fundação da Sociedade dos Vinhos António Ferreira Menéres.

1862 – Medalha na exposição de Londres.

1865 – António Ferreira Menéres consta da lista de exportadores da Alfândega do Porto, publicada no Diário de Lisboa de 19 de janeiro de 1865, relativa ao ano de 1864, com um total de 381 269 litros de vinho exportados.

1866 – Idem, publicada no Diário de Lisboa de 8 de janeiro de 1866, relativa ao ano de 1865, com um total de 249 067 litros de vinho exportados.

1866 – O Diário de Lisboa, de 26 de dezembro, refere que no Commercio do Porto consta que, António Ferreira Menéres expõe um caixão com vinte garrafas de vinho do Porto de diversas novidades, desde 1834 a 1861.

1878 – No Diário do Governo, de 11 de fevereiro, é publicado que António Ferreira Menéres, negociante da praça do Porto, é agraciado com a ordem da Comenda Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, em virtude da proposta do Ministro e Secretário de Estado dos Negócios das Obras Públicas, Comércio e Indústria, fundamentada no merecimento e circunstâncias do agraciado e, como testemunho de consideração pelos serviços que prestou por ocasião da crise bancária ocorrida no ano de 1876.

Diário de Lisboa, nº 15, 19 de janeiro de 1865

1889 – No Apêndice ao Diário do Governo nº 21, são publicados os preços dos vinhos no Brasil, onde se inclui a informação sobre os Vinhos Menéres, cada pipa a 350$000 a 370$000 réis.

1893 – Medalha de bronze na Exposição de Chicago.

1902 – É publicado no Diário do Governo de 17 de dezembro um registo do nome António Ferreira Menéres, Sucessores, pedido por Isabel Maria da Cunha Menéres, António Ferreira Menéres Júnior, Carlos Ferreira Menéres, residentes no Porto, e Isabel Menéres de Brito e Cunha, residente em Lisboa, como sócios da mesma firma, estabelecida em Vila Nova de Gaia.

1912 – Constituição da Sociedade dos Vinhos António Ferreira Menéres, Sucr. Lda.

1913 – Construção de armazéns na R. do Jau, V. N. Gaia.

1926 – António Ferreira Menéres, Suc, Limitª., Rua Fontaínha, Cais de Gaia; escritórios R. Sá da Bandeira 207 – 1º, Porto.

1934 – C Fontinha, V. N. Gaia.

1935 – Idem; pontuação 2 no LOEVP (Lista Oficial de Exportadores de Vinho do Porto).

1948 – Sede e armazéns Cais da Fontinha, V. N. Gaia.

1966 – R. Felizardo de Lima, 172; armazéns R. das Azenhas 105 a 121, V. N. Gaia.

Diário do Governo, nº 33, 11 de fevereiro de 1878

PATRIMÓNIO RDD

Anualmente, ao dia 11 do mês de novembro, celebra-se, na vila de S. Martinho de Anta, a festa cristã e popular em honra do seu patrono - São Martinho (São Martinho de Tours).

Como se sabe, São Martinho de Tours nasceu na Hungria no ano 316 d.C., tendo sido um importante soldado romano. Em França fundou um mosteiro, sendo posteriormente ordenado Bispo. Reza a lenda que, num certo dia, estava no caminho que seguia um pobre moribundo com pouca roupa, com frio e a solicitar ajuda. São Martinho parou o seu cavalo, rasgou, com a sua espada, a capa a meio e deu metade ao homem. Nessa noite, em sonhos, apareceu-lhe Cristo. Terá dito que ajudou o filho de Deus na pessoa do mendigo.

Sendo S. Martinho de Anta uma vila pertencente à Região Demarcada do Douro, reconhecida pela qualidade do

seu vinho, mais concretamente vinho branco maduro, com um clima e altitude adequado também à produção de castanha, não poderia haver maior coincidência entre a figura do patrono, o nome da vila e a fase do ciclo natural dos produtos endógenos. É nesta altura que se prova o vinho novo e se come castanha assada. A fogueira que assa a castanha também serve para aquecer a população nestes dias de outono, que antecedem um inverno frio e demorado.

Por vezes, reforçando a lenda, vêm uns dias soalheiros, que nos lembram a virtude da fraternidade como milagre humano.

Na vila, o dia 11 começa bem cedo, antes do sol romper, com o som dos bombos a percorrer as ruas da vila, acordando os habitantes da sua habitual monotonia, convidando à festa. Contudo, não são os primeiros a iniciar a festa. Já durante essa noite mui-

tos amigos confraternizam no largo do Eirô, petiscando e bebendo uns copos de vinho do Douro.

Rompe o dia e lá está a banda de música a dar entrada junto da antiga escola primária, subindo a rua até ao largo, onde tudo acontece. Um dos momentos mais marcantes decorre logo de seguida. Uma forte junta de bois maroneses, devidamente jungidos, puxa um carro de bois típico, carregando uma pipa de vinho oferecida pela adega local. Aí vêm eles desde a adega da rua das Quintães até ao largo, ao som das campainhas, do chiar das rodas de madeira e da banda de música convidada, que engrandece a ocasião.

Chegados ao largo inicia-se o convívio com a abertura da pipa e partilha de castanhas, fêveras e sardinhas a todos os presentes, velhos e novos, homens e mulheres, familiares e amigos, conterrâneos ou visitantes.

São Martinho oferece o manjar e a boa pinga a todos, sem exceção. Esta oferenda e comunhão - um ato de altruísmo, um sím-

bolo, abraço fraterno para com todos - reforça e relembra-nos a boa ação do patrono quando não hesitou em partilhar a sua capa com o pobre homem que tilintava de frio.

Já bem bebidos e comidos, inicia-se a cerimónia religiosa do dia, com uma missa seguida de procissão. Depois de se tratar do corpo e da alma, passa-se ao convívio familiar e social. A animação continua pela tarde e noite fora, ao que o moscatel ajuda a aquecer os corpos, a fortalecer as amizades e a passar as horas. O dia termina já às tantas da madrugada com a recolha geral dos festeiros.

Uma coisa é certa na mente de todos... Não há festa que reúna num só dia tantas tradições, que se celebre tanto ao sabor dos produtos da terra e que seja tão propícia ao reforço da amizade e fraternidade. Talvez porque o inverno está a chegar... mas sem antes dar aso ao calor humano.

Martinho Gonçalves

eusoupaisagem – educação e território

A base da ação assenta na pesquisa de relações de experiência entre as pessoas e as paisagens.

Aposta-se na criação de contextos de experimentação, com caráter de continuidade, para a presença de crianças, adolescentes, jovens, adultos e seniores em atividades de experiência e conhecimento.

Pesquisa-se com o território e a paisagem, com o corpo e o lugar, em diálogo e tensão com diferentes linguagens e falas.

Interpelam-se as paisagens e as pessoas com o teatro, com a dança, com o vídeo, com a imagem animada, com a escrita, a geografia, a antropologia e a literatura, com a arquitetura paisagista e o cinema, com o desenho, com a fotografia e com o som.

eusoupaisagem é, desde 2006, um convite, uma convicção e uma vontade para atuar e refletir sobre a educação neste território e nestas paisagens.

CAFÉ CENTRAL. Mostra em cartazes | Museu do Douro, Peso da Régua Agosto 2024

Café Central. Mostra em cartazes. ©Paula Preto. 2024

CARTAS DA LIBERDADE E DA PAISAGEM. Projeto com escolas. 2025 . 2024 . 2023

eusoupaisagem é o programa de educação do Museu do Douro que, nestes anos, aposta na troca de cartas, de dife rentes modos, tamanhos e conteúdos: cartas escritas, car tas dançadas, cartas fotografadas, cartas faladas ou sus surradas… e outras, a imaginar em conjunto, para se estar e conhecer as paisagens do território que constitui a Região Demarcada do Douro.

Há dez anos, perguntamos: Que relações existem entre a liberdade e a paisagem?

E agora 10 anos depois, no tempo de 50 anos de democra cia em Portugal, o que encontramos de relevante para fazer, para pensar, para perguntar, para conhecer melhor as paisa gens do Douro, quem as faz, quem as habita: O que mudou? O que está igual? A que temos de dar mais atenção?

O que importa cuidar?

Cartas da liberdade e da paisagem é a temática guarda -chuva deste programa que agrega as diferentes atividades e projetos, oficinas e caminhadas com o serviço educativo do Museu do Douro. As abordagens educativas do paisagem são necessariamente plurais e democráticas, mis turam experiências nas paisagens que se habita ou visita, com recurso a diferentes linguagens e modos de expressão.

Os programas do eusoupaisagem são realizados com gru pos de Educadores e Professores: Educação Pré-Escolar, Ensino Básico e Secundário e Ensino Técnico-Profissional, dos concelhos da Região Demarcada do Douro e em par ceria com tecido associativo local e regional: Associações, Bandas Filarmónicas, Ranchos Folclóricos e outros coletivos durienses.

Cartas da Liberdade e da Paisagem – Projeto com escolas. Ilustração Sónia Borges. ©2024

PRÁTICAS PARTILHADAS

O que pode ser a paisagem? O que pode ser a liberdade? São as perguntas que orientam, o programa de partilha de experiências com as educadoras do Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real e os seus grupos da primeira infância.

DOISMAISUM

Programa de oficinas e pequenas caminhadas, com recurso a linguagens performativas e visuais, dirigido a grupos do Pré-Escolar, Ensino Básico e Secundário dos concelhos da Região Demarcada do Douro.

Práticas Partilhadas. Pré-escolar Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real. ©MD 2024.
Doismaisum. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. ©MD 2024.

Público Comum.

Centro Escolar de Lamego Nº1. Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego. ©MD 2024.

PÚBLICO COMUM

Programa de experiências na paisagem urbana e não urbana, em articulação com o Centro Escolar de Lamego N.º 1, para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional.

O QUE É QUE HÁ AQUI? | BIBLIOTECAS

Programa de oficinas de escrita e fotografia, leitura e movimento, em parceria com professoras/es bibliotecários do Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião e do Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.

Bibliotecas. Eb2,3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. ©MD 2024.

GRAVAR TERRITÓRIOS

Como podemos e como queremos paisajar? Como podemos saber mais da vida humana e mais que humana que nos rodeia e de que fazemos parte? O programa paisajar é preparado previamente com associações ou coletivos locais que solicitam apoio e parceria ao serviço educativo do Museu do Douro.

Este programa, realizado com a fotógrafa Paula Preto, parte de uma iniciação básica à fotografia e ao vídeo e tem como ação base caminhar para conhecer, de mais modos, as pessoas e os lugares.

O gravar territórios, em 2025, decorre no concelho de Mirandela, com jovens estudantes da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais | Mirandela.

Gravar Territórios. Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais | Mirandela. ©MD 2024

LABORATÓRIOS DO VER

Espaço do serviço educativo do edifício sede

Ilustração fauna e flora do Rio Douro – Sónia Borges

Trabalho com crianças e jovens a partir de ilustração de fauna e flora do Douro realizada durante o ano de 2025 nas paredes de vidro do edifício sede - serviço educativo, tendo em conta a remodelação da exposição permanente bem como a presença e a potência da ilustração para criar condições para observar com mais detalhe as paisagens não humanas que nos constituem.

Ilustração

Laboratório do Ver –Proposta de intervenção nas janelas do Museu do Douro –Serviço Educativo.
Sónia Borges. ©2024

DEMOCRACIAS EM MUDANÇA | CHANGING DEMOCRACIES

A minha democracia é a tua democracia? Oficina itinerante do projeto europeu Democracias em Mudança | Changing Democracies.

Biblioteca escolar do Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia.

Esta oficina itinerante apresenta 30 testemunhas de histórias de transição de ditadura para democracia de dez países europeus: Portugal, Espanha, Lituânia, Polónia, Roménia, Chéquia, Croácia, Países Baixos, Bélgica e Grécia.

Como seria a vida sem democracia? A democracia tem cumprido as suas promessas? O que é que uma democracia saudável precisa para funcionar eficazmente? Qual é o papel dos cidadãos?

Democracias em Mudança | Changing Democracies (2023 a 2025) recolhe histórias pessoais não contadas de toda a Europa sobre transições recentes para a democracia e como podem estas conduzir a uma reflexão crítica e ao diálogo sobre a democracia atual.

A minha democracia é a tua democracia? É um generoso acolhimento do Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, em parceria com o serviço educativo do Museu do Douro, ao projeto Democracias em Mudança | Changing Democracies, que está sedeado no i2ADS - Instituto de Investigação em Arte Design e Sociedade, FBAUP.

A_minha_democracia_é_a_tua_democracia_

Biblioteca Escola Secundária João Araújo Correia. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. ©MD 2024

ALTO DOURO IGNOTO Sant’ Anna Dionísio 1973 [edição de 1977] XII

RAVINAS DO VAROSA

É um belo percurso, com admiráveis relances panorâmicos, esta subida breve, mas empolgante, da confluência do Varosa até à confluência do Balsemão. Os olhos não se cansam de percorrer montes e vales, despenhadeiros e barrancos, verdadeiros trechos de pintura romântica a par de fugitivos quadros de penetrante intimidade.

Para os Sequiosos da Velocidade, o passeio apresenta os seus «quês» e os seus «mas». Queremos dizer: uns certos riscos. Bastará acentuar (a título de curiosidade de almanaque) que estes treze quilómetros de estrada macia mas não muito ampla, oferecem, a quem vai ao volante, a bonita cifra de cento e treze cotovelos, alguns deles suspensos sobre barrancos de respeito.

É um dado estatístico que os veteranos dos carros de praça costumam invocar para justificar a relativa moderação de andamento que tanto a descida como a subida, lhes impõem, mas particularmente a descida, pois é do lado direito que surgem maiores ravinas.

Por alturas de 1925, este mesmo percurso estava destinado a ser objeto do lançamento de uma linha de caminho-de-ferro, cuja construção dois anos depois estava prestes a ser concluída até Lamego.

Devido ao acentuado declive, esse primeiro escalão da via (prolongável até S. Pedro do Sul) exigiria quase o dobro do percurso da via de macadame (aproximadamente, quatro léguas).

A viagem seria um tanto demorada, mas interessantíssima, pelas extraordinárias perspetivas que oferecia.

A via entroncaria na Régua, na linha do Vale do Corgo.

Para a passagem sobre o Douro estava então a lançar-se, uma nova ponte, de betão armado, de quatro arcos semicirculares, de boa envergadura e duas deze-

nas de arcos menores, intercalares, ponte relativamente estreita, mas muito firme e de linhas aprazíveis (construída sob a direcção do engenheiro portuense Maçãs Fernandes), adaptada ulteriormente (em consequência do estado de ruína da ponte velha, arcaturas metálicas assentes em pegões de granito, da era do Fontismo), a ponte rodoviária.

A cerca de meia légua da foz do Varosa, no local onde a projectada linha-férrea teria de transpor um profundo barranco, lançou-se outra ponte, igualmente interessante, de um arco parabólico, relativamente amplo e quatro arcos menores invulgarmente graciosa e ainda hoje sem serventia, como uma espécie de bónus da Engenharia concedido à bela Paisagem envolvente.

Desde esse ponto, a linha sofreria uma sinuosa reversão, a fim de atingir a precisa altura no outeiro de Pinguéis, sobranceiro a Vale de Jugueiros, e daí seguiria em rampa moderada, à vista da formosa e fértil concha de Cambres, rica de vinhedos e laranjais, até Quintião.

Em nítida oposição com o espírito grimpante da velha estrada pombalina que, a partir dessa velha povoação vinhateira, sobe, ainda hoje, em rápidos lanços para o chamado Relógio do Sol, a planeada e quase concluída linha-férrea não mostraria pressa alguma em chegar ao cimo, demorando-se, a partir de Sande, em lúcidos rodeios, recortados nos declivosos pendores fronteiros a Valdigem e S. Domingos da Queimada.

O terminus seria no velho Largo do Rossio, em Lamego, a dois passos do antigo paço dos bispos.

Todas as plataformas, trincheiras, taludes e lacetes estavam prontos a receber os carris, então já adquiridos e amontoados no cais na Régua.

Simplesmente, por «decisão superior», a linha que tão bela seria, foi considerada como antieconómica, pressupondo-se, como hoje se costuma dizer, que não daria a precisa rentabilidade…

Desde a ponte sobre o Douro até à estação terminal, a linha venceria um desnível de 370 metros.

Numa época, como a nossa, em que, no dizer dos melhores discípulos de Galeno,

à febre de andar depressa cabe a culpa (se se pode dizer assim) de dois terços do desfecho súbito de tantas existências dignas de melhor destino, não seria acaso clinicamente interessante a existência de uma exemplar jornada de quatro léguas paulatinas, ao mesmo tempo repousantes para olhos e para… as coronárias? *

À vista da Régua – prosaico berço de dois poetas românticos: João de Lemos e Hamilton de Araújo – transpõe-se o rio Douro sobre a moderna ponte, de betão, de elegantes arcaturas (destinada ao tal caminho-de-ferro morto antes de nascer, não de uma pílula, mas de uma simples penada), que nos proporciona, em breves relances, interessantes perspectivas do rio para montante e para jusante: isto é, para os lados de Bagaúste ou de Godim.

Perde-se de vista o sobranceiro e arredondado cabeço da Mua que há três ou quatro mil anos seria decerto um dos muitos miradouros planetários da gente castreja que neste recanto galaico-duriense da Península Ibérica vivia da caça e da pesca, das frutas e raízes silvestres.

Cortando uma trincheira profunda, em breve estamos na encruzilhada de diversas vias.

Se seguíssemos a que inflecte na direcção de Valdigem, poderíamos ir contemplar a amplidão prodigiosa que esses longínquos e obscuros antepassados nossos familiarmente dominariam lá do alto da sua misteriosa e sábia bruteza originária.

Mas não é essa a via que nos propomos conhecer.

Vencendo a confluência do Varosa, sobre uma ponte de granito, de um arco, relativamente alto, subimos pela vertente ocidental do afluente, profundamente encaixado entre dois agigantados cerros.

Entra-se numa espécie de desfiladeiro secundário do grande desfiladeiro do rio Douro.

Principiam os vinhedos em declivosos socalcos.

Do lado de lá, sobe a carreteira sinuosa que segue para Armamar. Um pouco acima da chamada quinta da Bela Rosa, é de notar o patamar de reversão da frustrada linha-férrea.

Lá está, ao fundo, a elegante ponte sem serventia, lançada sobre as duas margens abruptas, precisamente no ponto onde se situa a central hidroeléctrica do Varosa. É um quadro imprevisto e não destituído de beleza. Em frente descaem, em dois ressaltos aerodinâmicos, as duas condutas hidráulicas que fazem a descarga da água do depósito, situado no alto de um promontório, sobre as invisíveis turbinas. Tirando-se dos velhos hábitos de ver só por fora e de passagem, poderá o viandante, numa descida breve, por uma estradita íngreme e tortuosa de três centenas de metros, visitar a profunda e discreta central (uma das primeiras do País, iniciada em 1907 e vinte anos depois convertida por Narciso de Riba d’Ave numa das principais alavancas da sua enorme fortuna industriosa), que se situa, com precisão, sob o alto arco da ponte da irrealizada linha-férrea.

Dentro da casa das máquinas, alojam-se três turbinas que são verdadeiramente, na sua tácita e aparente modéstia, três perfeitas árvores das patacas.

Só pela perspectiva vertical que se colhe da ponte – vale a pena a descida.

Mas, ainda mais do que essa visão da bela e infortunada obra de engenharia (convertida em esquisita peça de Museu do Ar Livre), a ida até ao fundo do rio impressiona pela singularidade dos rochedos que de um lado e outro se debruçam sobre o pedregoso talvegue.

Aqui e além, nos pontos altos, desenham-se estranhos perfis de enormes paredões. Segundo a imaginação ingénua de muita gente das cercanias, seria num desses recantos que o Príncipe da Trevas daria, de longe a longe, altas horas da noite, audiência aos seus numerosos aliados e súbditos da Terra. Seria o chamado Tribunal ou Salão das Audiências do Diabo. *

Resende, Nuno: Um Rico Pano: Antologia de verso, prosa e imagem de Lamego, pág. 176-179, Edição Museu de Lamego | Direção Regional de Cultura do Norte – Setembro de 2018

COLABORAR E PARTILHAR MUSEU DE TERRITÓRIO

- 05 de novembro – Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 5ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. [10h40 – 12h10]

- 06 de novembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. JI Santa Casa da Misericórdia. Peso da Régua. [10h40 – 12h10]

- 07 de novembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. JI Santa Casa da Misericórdia. Peso da Régua. [10h40 – 12h10]

- 07 de novembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar da Alameda. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

- 08 de novembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar da Alameda. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

- 11 de novembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. JI de Lobrigos, Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião. Santa Marta de Penaguião. [11h00 – 12h00]

- 12 de novembro – Público Comum. Programa em articulação com instituições pares (museus, teatros ou centros culturais da região) para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional. Visita ao Teatro Ribeiro Conceição com 1º ano do Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego. [9h30 – 12h00]

- 12 de novembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar da Alameda. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

- 13 e 14 de novembro – Café Central. Região Demarcada do Douro. [09h30 – 17h30]

- 15 de novembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. JI do Centro Escolar de Santa Marta de Penaguião, Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião. Santa Marta de Penaguião. [11h00 – 12h00]

- 15 de novembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

- 18 de novembro – Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 5ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. [10h40 – 12h10]

- 18 de novembro – Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 5ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. [14h00 – 15h30]

- 19 de novembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. JI da Escola Básica Fernão de Magalhães, Agrupamento de Escolas Miguel Torga, Sabrosa. [10h30 - 11h30]

- 19 de novembro - Práticas Partilhadas. Oficina. Exploração de áreas de trabalho como

a escrita, o movimento, o som, a palavra, o registo gráfico e o teatro permitindo novas linguagens e experiências. JI da Timpeira, Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real. [10h30 - 11h30]

- 19 de novembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. JI da Escola Básica Fernão de Magalhães, Agrupamento de Escolas Miguel Torga, Sabrosa. [14h30 - 15h30]

- 19 de novembro - Práticas Partilhadas. Oficina. Exploração de áreas de trabalho como a escrita, o movimento, o som, a palavra, o registo gráfico e o teatro permitindo novas linguagens e experiências. JI das Árvores, Vila Real. Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real. [14h30 - 15h30]

- 20 de novembro – Público Comum. Programa em articulação com instituições pares (museus, teatros ou centros culturais da região) para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional. Visita ao Teatro Ribeiro Conceição com os 2º anos do Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego. [9h30 – 12h00]

- 20 de novembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. JI da Escola Básica Fernão de Magalhães, Agrupamento de Escolas Miguel Torga, Sabrosa. [10h30 - 11h30]

- 20 de novembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. JI de S. Martinho de Anta, Agrupamento de Escolas Miguel Torga, Sabrosa. [14h30 - 15h30]

- 21 de novembro – Público Comum. Programa em articulação com instituições pares (museus, teatros ou centros culturais da região) para percorrer e conhecer diferentes espa-

ços no território local e regional. Visita ao Teatro Ribeiro Conceição com os 4º anos do Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego. [9h30 – 12h00]

- 21 de novembro – Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 6ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. [10h40 – 12h10]

- 21 de novembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

- 22 de novembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. Universidade Sénior de Peso da Régua. [15h00 – 16h30]

- 25 de novembro - Práticas Partilhadas. Oficina. Exploração de áreas de trabalho como a escrita, o movimento, o som, a palavra, o registo gráfico e o teatro permitindo novas linguagens e experiências. JI de Lordelo, Vila Real. Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real. [10h30 - 11h30]

- 25 de novembro - Práticas Partilhadas. Oficina. Exploração de áreas de trabalho como a escrita, o movimento, o som, a palavra, o registo gráfico e o teatro permitindo novas linguagens e experiências. JI de Lordelo, Vila Real. Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real. [14h30 - 15h30]

- 26 de novembro – Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 5ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. [10h40 – 12h10]

- 26 de novembro – Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 5ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. [14h00 – 15h30]

- 27 de novembro – Público Comum. Programa em articulação com instituições pares (museus, teatros ou centros culturais da região) para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional. Visita ao Teatro Ribeiro Conceição com os 4º anos do Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego. [9h30 – 12h00]

- 27 de novembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

- 28 de novembro - Práticas Partilhadas. Oficina. Exploração de áreas de trabalho como a escrita, o movimento, o som, a palavra, o registo gráfico e o teatro permitindo novas linguagens e experiências. JI de Vila Seca, Vila Real. Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real. [10h30 - 11h30]

- 28 de novembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. 12º ano da Escola Secundária João de Araújo Correia, Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [10h40 – 12h10]

- 28 de novembro - Práticas Partilhadas. Oficina. Exploração de áreas de trabalho como a escrita, o movimento, o som, a palavra, o registo gráfico e o teatro permitindo novas linguagens e experiências. JI de Vilarinho de Samardã, Vila Real. Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real. [14h30 - 15h30]

- 29 de novembro – Público Comum. Programa em articulação com instituições pares (museus, teatros ou centros culturais da região) para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional. Visita ao Teatro Ribeiro Conceição com os 4º anos do Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego. [9h30 – 12h00]

- 29 de novembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

MuD

A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial!

Museu de Arte Sacra de Trevões, S. João da Pesqueira

Criado pelo padre Amadeu Costa e Castro e já com 13 anos de existência, o Museu de Arte Sacra e Oficina da Cultura de Trevões, tem como objetivo central a preservação e divulgação do património cultural centrado na Arte Sacra.

Complementa-se, também, com outros espaços destinados a outras atividades culturais como: a investigação, o debate, a divulgação e a promoção cultural nas diferentes formas de expressão do património etnográfico.

O MAST apresenta-se como uma unidade museológica integrada num circuito de visita que engloba a igreja matriz e pretende comunicar, promover

e salvaguardar o património religioso à guarda daquela instituição diocesana.

Entendendo o passado como lição que nos prepara para o futuro, encontramos em Trevões um somatório de beleza que nos faz ter enorme respeito pelo seu passado. Falamos a título de exemplo dos seus solares e casas nobres, o deslumbramento que nos causa a sua Igreja Matriz, das várias peças de Arte Sacra que ao longo dos anos se foram somando no seu património. Ao visitar o MAST, não é possível esquecer a ligação umbilical de Trevões ao Douro e ao vinho bem como o facto de, historicamente, esta ter sido uma povoação importante no contexto episcopal lamecense.

É precisamente tudo isto que pretendemos guardar, preservar e divulgar no MAST, mostrando às gerações vindouras pedaços de beleza construída no passado.

O fio condutor entre todos os objetos expostos, desde o material arqueológico, até aos têxteis, é a espiritualidade. Todos se tocam no Divino, na Oração e na Liturgia, no Espírito, na devoção e na Fé. Tudo o que faz parte da exposição permanente do Museu de Arte Sacra de Trevões (MAST) apela, portanto, ao transcendente, ao imaterial, onde se congregam várias possíveis leituras acerca da morte e da ressurreição, da efemeridade da vida e da Salvação da mesma.

Informações úteis

Horário de Funcionamento: Segunda-feira a domingo das 10:00 às 13:00 das 14:00 às 18:00

Preçário

2€, com acesso à Igreja Matriz

Contactos: mast@trevoes.net (+351) 934 052 928

Museu de Arte Sacra de Trevões

Rua Fonte do Concelho, n.º 2 5130-421 Trevões

ADEGA DAS GIESTAS NEGRAS

O Museu - "Adega das Giestas Negras " é uma adega de MDLXXV (1575), data gravada na padieira da porta, recuperada e adaptada a Museu em 2006, situado no coração da Quinta dos Mattos. Tem dois lagares (de 12 e 4 pipas) e uma dorna, todos em xisto, uma prensa de fuso, em madeira de castanho, com cerca de oito metros de comprimento, com mais de 300 anos. Aqui estão expostas muitas peças antigas, pertença da família, relacionadas com a atividade vitivinícola.

Durante o mês de novembro estarão ao dispor dos visitantes, para além da visita guiada ao museu, programas de visita guiada às instalações de vinificação e envelhecimento, bem como a degustação dos seus vinhos.

PROVA DE VINHOS WINE TASTING

Marcação / booking / reservátion:

- 9:30 - 17:00 - segunda a sexta-feira / monday to friday / du lundi au vendredi

- sábado por reserva / saturday by reservation / samedi sur reservation

Horário de funcionamento:

- segunda a sexta: Das 9:30h às 17:00h

Aos fins de semana sob marcação prévia;

Bilhete:

5€, inclui visita e prova de vinho do Porto Passaporte Mud: 20% desconto

Contactos:

254 920 214 | 965 519 991 coimbrademattos@gmail.com

Casa da Calçada, n.º 65 | 5050 – 042 Galafura

© site CM Peso da Régua

CIMI | CENTRO INTERPRETATIVO DA MÁSCARA IBÉRICA

Durante o mês de novembro, encontram-se patentes ao público as seguintes exposições:

- Exposição do 1º Raid Fotográfico "Caretos de Lazarim na Alcaria de Mazes";

- Exposição "Máscara de Lazarim Identidade de uma comunidade";

- Exposição “artesãos de máscaras de Lazarim”

- Exposição "Entrudo de Lazarim - Domingo-gordo e Terça-feira Gorda";

- Exposição "BUUU por detrás da Máscara"

Horário de funcionamento:

- terça a domingo: 10:00 às 12:30 e das 13:30 às 17:00

Bilhete: gratuito

Contactos: cimi@cm-lamego.pt 254 090 134

Rua José de Castro, 5100-584 Lazarim

MUSEU DA OLIVEIRA E DO AZEITE

Exposição Temporária de Fotografia "Paisagens do Azeite de Trás-os-Montes e Alto Douro"

As fotografias expostas, cuidadosamente selecionadas, capturam a essência das paisagens que moldam a produção de azeite na região de Trás-os-Montes e Alto Douro e demonstram que este produto é mais do que um ingrediente gastronómico, é tradição, herança cultural e testemunho da vida rural.

Através desta mostra, não se espera apenas celebrar a beleza das paisagens, mas também promover uma maior reflexão e compreensão da importância cultural e económica do azeite para esta região e para as suas gentes.

A exposição "Paisagens do Azeite de Trás-os-Montes e Alto Douro" é uma iniciativa

realizada no âmbito do programa Alma do Azeite, parceria entre a Câmara Municipal de Mirandela, APPITAD - Associação dos Produtores em Protecção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro e IPB - Instituto Politécnico de Bragança.

O concurso de fotografia que deu origem a esta exposição foi apresentado ao público durante as comemorações do Dia Mundial da Oliveira, a 26 de novembro de 2023, quando o Município de Mirandela se associou ao Projeto Europeu Olive4All e à Rede Nacional de Comemoração do Dia Mundial da Oliveira, para assinalar o dia e a sua importância.

A estará patente até 31 de dezembro.

Horário de funcionamento: - Segunda a domingo: Dias úteis das 9:00 às 18:00. Bilhete: gratuito.

Contactos: moa@cm-mirandela.pt 278 993 616Morada: Travessa D. Afonso III, 48, 5370- 516 Mirandela facebook.com/moa.mirandela

MUSEU DO VINHO, S. JOÃO DA PESQUEIRA

29 de novembro | 21h00 | Entrada gratuita

- Noites no Museu com música ao vivo

Local: Wine Bar do Museu do Vinho

Horário de funcionamento:

- De segunda a domingo: das 10h00 às 18h00

Bilhete: 4€

Passaport Mud: 20% desconto

Contactos:

mvp@sjpesqueira.pt

254 489 983

Avenida Marquês de Soveral, n.º 79

5130 – 321 S. João da Pesqueira

Novidades de novembro. na Loja do Museu do Douro.

http://loja.museudodouro.pt/

LOJA DO MUSEU

Facebook: www.facebook.com/acompanhia.pt

Através do e-mail: info.acompanhia@gmail.com

Reservas: 93 215 01 01

PRISMA DO VISITANTE

PRISMA DO VISITANTE

Ficha técnica:

Título: Museu do Douro

Subtítulo: Bloco de Notas do MD

Nome do Editor: FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO

Periodicidade: mensal

URL: https://issuu.com/museudodouromd

ISSN 2795-5877

Bloco de Notas do MD newsletter

geral: (+351) 254 310 190 | loja: (+351) 254 310 193 geral@museudodouro.pt www.museudodouro.pt

Rua Marquês de Pombal 5050-282 Peso da Régua

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Bloco de Notas MD // novembro 24 by museudouro - Issuu