


























Destino lança nova campanha para ampliar o volume de turistas ao longo de 2025

Páginas 6 e 7


reservas@vallenevado.com




Destino lança nova campanha para ampliar o volume de turistas ao longo de 2025
Páginas 6 e 7
reservas@vallenevado.com
Marina assume a Secretaria com a missão de dar continuidade a projetos bem-sucedidos e quer deixar sua marca
Ana Azevedo
Por anos, Marina Marinho advogou para causas individuais. Hoje, sua advocacia é coletiva, focada no desenvolvimento do turismo no Rio Grande do Norte. Aos 34 anos, e formada em Direito, a nova secretária de Turismo do estado chega ao cargo com um histórico expressivo: foi a prefeita mais jovem e única mulher eleita em Jandaíra (RN), conquistando 91% de apro-
marca: integrar setores, promover diálogo e construir soluções conjuntas. É uma habilidade que trago da política e considero essencial para o turismo.
M&E - Como está o diálogo com outras secretarias e com o Governo do Estado?
MARINA MARINHO
- Não tenho
encontrado dificuldades porque o Governo da Professora Fátima caminha em uníssono. Mas, se surgirem desafios, o caminho é o diálogo. Acredito na democracia e na negociação como formas de construir soluções e manter relações respeitosas mesmo com ideias divergentes.
M&E - O que o mercado precisa saber sobre sua gestão?
MARINA MARINHO - O turismo do RN precisa ser tratado de forma estratégica e integrada com outras políticas públicas — cultura, infraestrutura, meio ambiente e economia. Não podemos olhar para ele de forma isolada. É essencial valorizar não só as praias e o sol, mas também o interior, a gastronomia, o turismo religioso e cultural. Isso fortalece a identidade local e movimenta a economia. O turismo é um vetor de desenvolvimento, e só vai avançar com diálogo, parceria e valorização do que temos de mais rico: nosso povo e nossa história.
Janaina Brito
Em momentos de instabilidade, quando o chão parece ceder sob os pés de milhares de profissionais e empresas, o papel da imprensa não é o de se esconder atrás de cortinas ou de bajular plateias com títulos vazios e premiações sem critério. O papel da imprensa é – e sempre será – o de informar, com responsabilidade, consistência e coragem. E, mais do que isso, é o de dialogar, de aparecer, de dar as caras.
A recente crise envolvendo a operadora ViagensPromo escancarou, mais uma vez, a confusão que ainda persiste no entendimento sobre o que cabe e o que não cabe ao jornalismo especializado no turismo. Em meio a uma das maiores turbulências recentes do setor, o Mercado & Eventos se posicionou como o primeiro veículo a lançar luz sobre os indícios de irregularidades. Fizemos isso com base em dados, depoimentos e responsabilidade editorial.
Enquanto muitos aguardavam, propositalmente, pronunciamentos oficiais que se arrastavam ou preferiam se manter à margem, nós fizemos o que se espera de um veículo sério: informamos. Mas não paramos aí. Promovemos debates com associações, demos voz às agências que foram lesadas, acompanhamos desdobramentos judiciais e criamos espaço para a recolocação de profissionais afetados pelo colapso da operadora. Mas há quem ainda confunda nosso papel com o de empresas de relações públicas. E isso, com todo o respeito, é um erro. O jornalismo sério não se faz com agrados ou omissões. Não se faz com títulos para inflar egos. E
TURISMO EM DADOS
definitivamente não se faz com base em suposições ou “achismos” de ‘especialistas’ que ignoram critérios legais e éticos.
Durante essa crise, como em tantas outras, também fomos surpreendidos. Assim como os agentes de viagens que atuaram de forma correta e foram, mesmo assim, lesados, nós também não tínhamos como antecipar o que viria. Também não tivemos acesso a informações privilegiadas, como muitos acreditam.
O que nos diferencia é que, a partir do momento em que surgiram os primeiros sinais de fumaça, não hesitamos em acionar nosso dever. Apuramos, publicamos, seguimos cobrindo. E, em nenhum momento, nos omitimos. Também é necessário reforçar: há limites no que a imprensa pode afirmar. Não cabe à imprensa antecipar sentenças.
Não escrevemos para agradar. Escrevemos para informar. Para dar perspectiva. Para provocar reflexão. Para conectar os pontos. E, em tempos de crise, mais do que nunca, para contribuir com soluções. Se o jornalismo deve, também, educar seu público, que esse artigo sirva de convite à reflexão sobre o que se espera – ou se cobra – da imprensa especializada no turismo. É natural, compreensível até, que em meio à dor e à frustração, haja quem direcione sua indignação ao mensageiro. Mas não percamos o foco: a responsabilização deve ser exigida das instâncias corretas. O M&E seguirá fazendo sua parte. E sempre com a verdade como norte.
Janaina Brito é editora do M&E
Natalia Strucchi
A legalização dos cassinos e outros jogos de azar no Brasil está cada vez mais próxima de se tornar realidade e promete transformar profundamente o setor de turismo no país. A proposta está em debate no Senado e conta com amplo apoio popular e institucional, ainda que acompanhada de preocupações quanto à regulação e aos possíveis impactos sociais.
Segundo pesquisa realizada pelo DataSenado, a maioria dos brasileiros é favorável à legalização de jogos como bingos, cassinos e o tradicional jogo do bicho. O apoio, no entanto, vem com ressalvas: os entrevistados destacam a importância da criação de mecanismos de controle rigorosos para combater ilícitos, como a lavagem de dinheiro, e medidas de prevenção à ludopatia (vício em jogos) e ao endividamento.
De acordo com os resultados divulgados no início desta semana, 60% da população apoia a aprovação do texto após conhecer seus principais pontos. Por outro lado, 34% são contrários à medida e 6% não souberam ou preferiram não opinar. Em relação ao interesse direto, 26% dos entrevistados afirmaram que frequentariam ou participariam dos jogos caso fossem legalizados e regulamentados.
O projeto prevê a instalação de um cassino por estado e no Distrito Federal, com exceção de São Paulo, que poderá abrigar até três empreendimentos, e de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará, que poderão ter até dois, considerando o tamanho populacional e territorial.
Estima-se que os investimentos no setor possam alcançar a marca de R$ 100 bilhões, gerando aproximadamente 1,5
milhão de empregos diretos e indiretos. Além disso, a arrecadação fiscal anual poderia chegar a R$ 22 bilhões, recursos que seriam distribuídos entre estados, municípios e a União.
A abertura de cassinos tem potencial para impulsionar fortemente o turismo nacional, atraindo tanto visitantes internos quanto estrangeiros. Experiências internacionais demonstram que empreendimentos desse tipo, quando bem planejados e integrados a complexos turísticos maiores — com hotéis, centros de convenções, teatros e restaurantes —, podem gerar desenvolvimento regional e atrair grandes eventos.
A medida também pode ajudar a diversificar a oferta turística brasileira, que ainda é muito centrada em sol e praia. Cidades com vocação para o turismo de entretenimento e negócios podem se beneficiar diretamente com novos investimentos e fluxo de visitantes.
Apesar das promessas econômicas, os desafios não são pequenos. A regulamentação dos jogos exigirá um forte aparato institucional para fiscalizar operações, prevenir crimes financeiros e proteger a população mais vulnerável ao vício. A criação de regras claras, limites de apostas e campanhas de conscientização será essencial para equilibrar os ganhos econômicos com a responsabilidade social.
A legalização dos cassinos representa, portanto, uma encruzilhada entre oportunidade e responsabilidade. Se bem conduzida, poderá transformar o Brasil em um novo polo de turismo de entretenimento na América Latina, com geração de emprego, renda e desenvolvimento.
Natália Strucchi é jornalista, pós-graduada em Hotelaria e Turismo e diretora de Redação do M&E
O desempenho positivo da economia e fevereiro com mais dias úteis foram os fatores que favoreceram a alta do Turismo no segundo mês do ano, apontando o maior recorde da série histórica — com faturamento de R$ 16,5 bilhões, de acordo com a pesquisa Faturamento do Turismo Nacional, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em comparação com o mesmo mês do ano passado, o aumento foi superior a 5,3%, enquanto no acumulado do bimestre, a alta foi de 5,5%, totalizando R$ 37,3 bilhões, também um recorde.
De acordo com a FecomercioSP, a expectativa é de manter o mesmo ritmo positivo para os próximos meses, visto que o cenário econômico e a condição das famílias estão mais favoráveis diante da taxa de desemprego baixa. E mesmo com a alta da inflação e o aumento dos juros, os empresários estão resilientes, apontando um crescimento acima de 2%.
No entanto, a Federação destaca que o Turismo nacional tende a perder competitividade com a reintrodução da exigência de vistos para estadunidenses, canadenses e australianos, já que a burocracia é um fator determinante de decisão. Outro impacto negativo para o faturamento é o fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) em março — originalmente previsto para continuar até 2027 —, o que afeta a previsibilidade e o planejamento dos negócios.
ANÁLISE NACIONAL POR SETORES
As viagens por transporte aéreo foram o grande destaque, com faturamento de R$ 4,1 bilhões e crescimento anual de 9,8%, incentivado, principalmente, pelas
viagens corporativas. Em decorrência do aumento da demanda, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a alta anual é de 7%. Além disso, a tarifa média manteve-se no mesmo patamar da do ano passado. Outros segmentos que se destacaram foram agências de viagens, operadoras turísticas e demais serviços relacionados, que faturaram R$ 1,3 bilhão, um crescimento de 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. As atividades de bares, restaurantes e similares, por sua vez, apesar de terem sido afetadas pela inflação dos alimentos (o que elevou os custos e exigiu repasses parciais ao consumidor), apresentaram um
bom desempenho no início do ano, resultando em um montante de R$ 2,5 bilhões (alta de 6,8%). Já o setor de hospedagem, estimulado pelo aumento da tarifa média e da taxa de ocupação, cresceu 2,3% no mês, alcançando R$ 2,1 bilhões em faturamento.
RESULTADOS NOS ESTADOS
No desempenho regional, o Estado do Espírito Santo se sobressaiu, com alta de 16,9% em comparação com o mesmo mês do ano passado, acumulando expansão de 13,4% entre janeiro e fevereiro. Seguindo o mesmo caminho, Sergipe apresentou crescimento anual de 12,3% e Santa Catarina, alta de 11,4%, frente ao
incentivo causado pela presença de turistas argentinos e a visibilidade de Balneário Camboriú no começo do ano. Rio de Janeiro e São Paulo responderam por 45% do faturamento nacional, apontando, respectivamente, crescimentos anuais de 6,7% e 5,2%. Além disso, ambos os Estados estão recebendo investimentos no setor, como é o caso da previsão do novo aeroporto em Olímpia, no interior paulista, que deve atrair mais turistas nacionais e estrangeiros.
Ainda assim, outros Estados registraram desempenho negativo, como Acre (-8,8%) e Roraima (-8,1%), que lideraram as quedas.
Trata-se do maior evento cultural do Calendário Turístico do Maranhão
Rafael Torres
O São João do Maranhão ganhou os holofotes em uma das maiores capitais do Brasil: o Rio de Janeiro. O governador Carlos Brandão e a primeira-dama Larissa Brandão lançaram, no final de abril, o “Maior São João do Mundo 2025”. O evento especial, que este ano chegou a sua terceira edição, aconteceu na mais importante cena nordestina do Rio de Janeiro, o tradicional Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, mais conhecido como Feira de São Cristóvão, na Zona Norte da cidade.
O maior evento cultural do Calendário Turístico do Maranhão começa agora em maio e se estende até o final do mês de julho. É a mais espetacular festa de cores, ritmos, danças e alegria, tal como a apresentada pela delegação maranhense - composta por integrantes da Secretarias de Cultura, Turismo e Comunicação e do Governo do Maranhão - nos eventos realizados no Rio e em São Paulo.
Nos palcos da mostra, autoridades, imprensa e trade tiveram o gostinho de conhecer a maior festa maranhense que movimenta cultura, turismo e a economia. O governador lembrou que o Maranhão apresentou, tanto no Rio quanto em São Paulo, tudo de melhor que o estado pode oferecer.
“Este é um momento muito importante, pois estamos trazendo um pouco da cultura do estado do Maranhão, uma cultura tão diversa, rica, que mostra de fato nossa identidade cultural. Hoje, aqui no Rio de Janeiro, trazemos o Bumba Meu Boi, que é a nossa identidade cultural, que é a nossa manifestação cultural mais conhecida, mais específica, principalmente da região metropolitana da capital de São Luís”, disse o secretário de Estado de Cultura, Yuri Arruda.
DETALHES DO EVENTO
Serão mais de 60 dias de festas com apresentações diárias de grupos folclóricos de bumba-meu-boi, quadrilhas, cacuriá e outras manifestações em infraestruturas de serviços preparadas pelo Governo, além de bares, restaurantes, palcos para atrações locais e nacionais.
O São João do Maranhão se destaca nacionalmente pela diversidade folclórica e cultural que reúne tradições de origens indígenas, africanas e europeias.
As atrações incluem os cinco sotaques do bumba-meu-boi - manifestação cultural mais emblemática do período - além do
cacuriá, quadrilhas, grupos de tambor de crioula e outras expressões populares.
As festas se espalham por todo o estado, da capital aos pequenos municípios do interior, onde o público pode acompanhar as apresentações nos arraiais, adquirir artesanato e saborear pratos típicos da culinária maranhense.
Capital cearense possui atrativos diferenciados, atraindo visitantes durante o ano inteiro
tação, diversidade e resistência:
Fortaleza é conhecida por suas praias deslumbrantes e seu clima tropical, com temperaturas quentes durante todo o ano. Fatores que por si só atraem milhares de turistas nacionais e internacionais, Mas a capital do Ceará tem diversas facetas, que vão além do sol e mar. A começar pela hospitalidade e simpatia dos fortalezenses, que estão prontos para transformar a experiência do visitante como única.
Com culturas herdadas pelos portugueses, africanos e indígenas, Fortaleza é conhecida por sua música, dança, arte, gastronomia e pontos turísticos que contam sua história desde a época colonial. Fundada em 1726, a preservação de sua arquitetura pode ser observada através de construções espalhadas pela cidade.
CULTURA UNDERGROUND
Uma das características que definem Fortaleza é ter uma cultura underground, ou seja, que existe fora da popular e comercial. São artistas, músicos e escritores que se definem por sua independência, experimen -
MÚSICA - muitos artistas e bandas que exploram gêneros como rock, punk, hip-hop e eletrônica. Também existem muitos espaços de música ao vivo, como bares e clubes, que abrigam shows e eventos musicais.
ARTE - muitos artistas visuais, grafiteiros e muralistas expressam sua arte em espaços públicos e galerias. Além disso, a cidade também tem uma forte presença de arte urbana, com muitos murais e intervenções artísticas.
LITERATURA - representada por muitos escritores e poetas que publicam suas obras de forma independente ou em pequenas editoras. Também existem muitos eventos literários, como sarais e leituras públicas, que promovem a literatura local.
CINEMA - muitos cineastas independentes produzem filmes de baixo orçamento e experimentais. Existem muitos festivais de cinema que mostram obras locais e nacionais.
FESTAS E EVENTOS - raves, shows de música e performances artísticas são frequentemente realizados em espaços não convencionais, como galpões abandonados ou ruas.
PONTOS CULTURAIS
IMPERDÍVEIS
→ Theatro José de Alencar: teatro histórico com arquitetura única e visitas guiadas.
→ Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura: um complexo cultural com museus, teatro, cinema e planetário.
→ Museu do Ceará: com áreas temáticas como povos indígenas e escravidão, o local conta a história de todo o Estado.
GASTRONOMIA E ARTESANATO
Com diversas feiras e mercados, é possível encontrar grande variedade de comida, incluindo pratos como acarajé, abará, tapioca, baião de dois (arroz com feijão e carne), moqueca de peixe (peixe cozido em uma panela de barro) e o famoso açaí. Nesses mesmos locais também são encontrados artesanatos, como peças em cerâmica, madeira e tecidos.
NATUREZA
Com muitas áreas verdes e parques, Fortaleza guarda uma diversidade de flora e fauna. Vale a pena conhecer:
→ Praia de Cumbuco - conhecida por seus esportes aquáticos e passeios de buggy.
→ Farol do Mucuripe: um farol histórico com vistas incríveis da cidade.
→ Praia de Iracema: conhecida por suas águas cristalinas e cenário perfeito para assistir ao pôr do sol;
→ Praia do Futuro: uma das praias mais agitadas da cidade, com muitas barracas e opções de lazer;
→ Praia de Meireles: outra praia urbana popular, conhecida por suas tilápias fritas;
→ Beach Park: um dos melhores parques aquáticos da América Latina, com toboáguas radicais e piscinas;
→ Mercado Central de Fortaleza: um mercado com artesanato local, souvenirs e comidas típicas;
→ Feira de Artesanato da Av. Beira-Mar : uma feira com artesa -
nato local e opções de compras;
→ Ponte dos Ingleses: uma ponte histórica e um dos símbolos da cidade;
→ Parque Ecológico do Cocó: uma área verde para relaxar e se conectar com a natureza.
CRESCIMENTO E NOVA CAMPANHA
O Governo do Ceará e a Prefeitura de Fortaleza apresentaram em abril uma nova campanha de divulgação turística voltada ao reposicionamento do destino. A iniciativa busca manter Fortaleza nas vitrines das operadoras nacionais e internacionais e ampliar o volume de visitantes ao longo de 2025.
A secretária de Turismo de Fortaleza, Denise Carrá, afirmou que a ação marca o início de uma nova etapa para o setor. “É uma nova administração em Fortaleza, e também o começo da gestão do secretário Eduardo Bismarck no Governo do Estado. Esse é o momento ideal para redefinir e revelar a identidade da capital”, disse. Carrá destacou que a cidade projeta
aumento superior a 25% no total da receita neste ano. Segundo o Observatório do Turista, a previsão é de 3.882.800 visitantes até o fim de 2025.
Para o secretário estadual Eduardo Bismarck, o principal desafio é expandir o fluxo de viajantes, com foco na conectividade aérea. “Já anunciamos três novas rotas internacionais em Fortaleza e incremento nos voos nacionais. A meta é manter a marca Ceará como referência e fortalecer o transporte aéreo, que é nosso principal canal de acesso”, declarou. Bismarck informou que os resultados do primeiro trimestre já superam os de 2024. A articulação com companhias aéreas é considerada fundamental. O voo diário da TAP entre Lisboa e Fortaleza mantém taxa de ocupação acima de 90%, com picos de até dez frequências semanais em janeiro.
O secretário ressaltou ainda o potencial da temporada de ventos no estado, antes concentrada em setembro e agora prolongada de julho a dezembro. Com equipamentos mais modernos, reforçando sua posição como um dos cinco principais polos de kitesurf mundiais.
Situação da empresa tem se agravado desde agosto de 2024, após queda fatal de aeronave em Vinhedo (SP)
Beatriz do Vale
Após identificar falhas de segurança, a Anac determinou, no dia 11 de março, a suspensão total das operações da Voepass. Desde então, os 16 destinos que a companhia atendia estão proibidos de receber seus voos. Decisão que agravou ainda mais a situação da empresa, que eclodiu após o acidente aéreo, em Vinhedo (SP), que resultou em 62 mortes em agosto do ano passado.
Sem operar, a Voepass confirmou a demissão de parte de seus funcionários, o que inclui tripulantes, equipes de solo e profissionais das áreas administrativas.
A informação foi comunicada aos colaboradores por meio de uma carta assinada pelo presidente da companhia, José Luiz Felício Filho, que afirmou ser uma consequência direta dos impactos recentes.
Segundo a Voepass, o processo de demissão está sendo feito com o suporte dos sindicatos das categorias afetadas.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) solicitou ao Sindicato das Empresas Aeroviárias (Snea) a manutenção do benefício do Passe Livre por pelo menos três meses, para ajudar os profissionais na busca por recolocação no setor.
FIM DA PARCERIA
COM A LATAM
A Voepass possui um acordo de codeshare com a Latam desde 2019, o que permite que passageiros possam adquirir passagens para rotas operadas por ambas companhias. O contrato atual tem validade até agosto deste ano, mas a Latam anunciou em fevereiro que o acordo de codeshare não será renovado.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL
A Voepass conseguiu, em fevereiro, suspender temporariamente ações de credores e evitar a apreensão de aeronaves, numa tentativa de reestruturar sua situação financeira. Mas em decorrência dos últimos acontecimentos, a
Crescimento imediato da Latam virá do fortalecimento de sua atuação nas cidades maiores
Janaina Brito
O CEO da Latam Brasil, Jerome Cadier, falou sobre o fim da parceria com a Voepass, que possibilitava a atuação da companhia em cidades menores do Brasil. O executivo explicou que, neste momento, a estratégia da empresa é concentrar seus esforços no mercado doméstico tradicional, atendido principalmente com aeronaves da família Airbus A320
e que ‘infelizmente’, a expansão regional ficará para depois. “Ao encerrar a parceria com a Voepass, estamos voltando nosso foco para o mercado que já operamos com a nossa frota principal. Ainda vemos potencial de crescimento em algumas cidades que podem ser atendidas com os aviões da família A320”, afirmou. Questionado, o executivo explicou que a parceria com a Voepass visava expandir a presença da La -
dicial, em análise Justiça, prossiga, o processo dá à companhia um prazo para apresentar um plano de pagamento das dívidas, estimado em 60 dias. Durante este período a Voepass não será obrigada a quitar as dívidas com credores, incluindo as dívidas trabalhistas.
SITUAÇÃO FINANCEIRA E RECEIO DOS PASSAGEIROS
Com uma dívida declarada de R$ 429 milhões, consumidores afetados buscam entender quais são seus direitos e como proceder diante do cenário de incertezas.
Segundo o advogado Rodrigo Alvim, especialista em Direito do Passageiro, os clientes prejudicados têm direito à reacomodação por qualquer companhia aérea, mantendo origem e destino, ou ao reembolso integral do valor pago. Ele alerta que a empresa não tem realizado os pagamentos devidos e tampouco há patrimônio localizado para penhora.
companhia protocolou um pedido de recuperação judicial em 22 de abril. Em nota oficial, a Voepass afirmou que o pedido de recuperação faz parte de um plano mais amplo de reorganização econômica. A companhia destaca que a medida visa preservar a continuidade da operação e garantir os compromissos assumidos com clientes, colaboradores e fornecedores.
A empresa também esclareceu que, se a Justiça aceitar o pedido, todos os passivos serão congelados e renegociados por meio de um plano de reestruturação. A Voepass ressaltou ainda que os processos indenizatórios relacionados ao acidente aéreo de 2024 seguem tramitando separadamente, conduzidos pela seguradora responsável.
FALTA DE PAGAMENTO
Ex-funcionários da Voepass estão sem receber tanto o salário de março quanto as verbas rescisórias.
Caso o pedido de recuperação ju -
A situação é especialmente crítica para quem comprou a passagem diretamente com a Voepass. Já passageiros que adquiriram bilhetes por meio de companhias como Latam ou Azul — que operavam alguns trechos com a Voepass em regime de codeshare — podem acionar essas empresas com base na responsabilidade solidária. “Nesse caso, elas podem ser obrigadas a arcar com os prejuízos e, posteriormente, buscar ressarcimento junto à Voepass”, explica Alvim.
O advogado orienta que o primeiro passo é buscar contato direto com a Voepass solicitando reacomodação ou reembolso. Diante da provável ausência de resposta, recomenda-se registrar reclamação nos canais oficiais, como o site consumidor.gov.br ou o Procon online. Como última alternativa, cabe o ingresso com ação judicial — ainda que sem grandes expectativas de eficácia, devido à situação financeira da empresa.
FUTURO DAS OPERAÇÕES
A Voepass afirmou que está tomando as medidas necessárias para comprovar sua capacidade operacional à Anac e recuperar o Certificado de Operador Aéreo (COA). A malha de voos segue em revisão, o que também influencia o número de funcionários mantidos na empresa.
tam em destinos de menor porte, mas que esse plano será adiado. Segundo o CEO, ainda está em avaliação a possibilidade de incorporar, no futuro, uma frota diferente da atual para atender esses mercados regionais. No entanto, ele revelou que nenhuma decisão será tomada no curto prazo. “A ideia da Voepass era justamente chegar em cidades bastante menores do que operamos hoje. Infelizmente, esse plano vai ficar
para mais tarde”. O executivo reiterou ainda que o crescimento imediato da Latam virá do fortalecimento de sua atuação nas cidades maiores, aproveitando o potencial de expansão já contemplado no novo guidance financeiro divulgado pela companhia. “Nesse momento, ainda acreditamos que o potencial de crescimento reafirmado agora virá do nosso mercado tradicional”, finalizou.
O evento marcou o reconhecimento das empresas que mais se destacaram em performance e atuação no último ano
Ana Azevedo
A ITA Airways realizou, na terça-feira (29), em São Paulo, a entrega do troféu TOP 10 às principais parceiras do trade turístico nacional. Entre as vencedoras estão Augustus, Befly, Confiança Consolidadora, Copastur, CVC, Decolar, FBT, Teresa Perez, Rextur Advance e Sakura Consoli dadora. O evento marcou o reconhecimento das empre sas que mais se destacaram em performance e atuação no último ano.
Durante a cerimônia, An drea Taddei, country ma nager da ITA Airways no Brasil, ressaltou a relevância estratégica do país para a companhia. “O Brasil é nos so segundo mercado mais importante no mundo, de pois dos Estados Unidos”, afirmou. Ele destacou que 80% das vendas no país são realizadas por meio de agências, reforçando o papel central do canal no desem penho da aérea.
Segundo Taddei, o prê mio valoriza não apenas o volume de vendas, mas também diferentes mode los de atuação no mercado. “Temos premiado não só quem vende mais, mas quem se destaca em segmentos como consolidação e opera ção turística”, explicou. Para ele, essa abordagem reflete a diversidade de perfis do trade brasileiro e fortalece a relação da empresa com os parceiros.
Para 2025, a estratégia da ITA passa por manter a pre sença ativa junto ao trade e intensificar ações de capa citação. “Ter feito um bom trabalho em 2024 não ga rante os mesmos resultados em 2025. Precisamos estar presentes todos os dias”, disse. A empresa aposta em destinos como Bangkok e Dubai, comercializados com conexão em Roma, como forma de ampliar o alcance da malha aérea.
Atualmente, a ITA opera dois voos diários no Brasil, ligando Roma a São Paulo e um diário conectando Roma ao Rio de Janeiro. Taddei afirmou que há planos de expansão para novos destinos nacionais, como Belo Horizonte, mas esbarra na falta de aeronaves disponíveis. “Toda a nossa frota está operando. A expansão não acontecerá antes de dois anos”, disse.
em 2025 fica entre 5% e 8%. Para este ano o cenário é de cautela, com impacto potencial da valorização do dólar e da ampliação da oferta por concorrentes. “O Brasil é um país estratégico. Todos
querem estar aqui, e é uma honra fazer parte desse trabalho”, afirmou Taddei, reforçando o compromisso da ITA Airways em ampliar a presença no país com o apoio do trade nacional. Em 2024, a companhia aumentou em 300% a oferta de assentos no mercado brasileiro.
PREMIADOS
CATEGORIA VAREJOAUGUSTUS
CATEGORIA OTA - DECOLAR
CATEGORIA OPERADORA - CVC E TERESA PÉREZ
CATEGORIA CORPORATIVOCOPASTUR E FBT
CATEGORIA DESTAQUESAKURA
CATEGORIA CONSOLIDAÇÃO - CONFIANÇA, REXTUR ADVANCE E BEFLY
Mesmo sem novas rotas no curto prazo, a companhia segue investindo no mercado brasileiro, com ações em cidades como Curitiba, Vitória e Belo Horizonte. A taxa de ocupação dos voos é considerada alta, e a expectativa é de um crescimento
Relembre a trajetória da empresa até o atual momento, um dos piores da sua história, com a recente prisão do fundador e ex-CEO
Janaina Brito
Este é mais um texto de uma série especial do M&E que começou a ser produzida em agosto do ano passado, quando acreditávamos que a crise enfrentada pelo Hurb, outrora uma das maiores agências de turismo online do Brasil, havia chegado ao seu ponto mais crítico. Mas, nos meses seguintes, a situação se agravou de forma ainda mais dramática, desafiando qualquer expectativa de estabilidade ou recuperação rápida. Agora, com novos desdobramentos quase semanais, revisamos e atualizamos toda a trajetória da empresa.
DA ASCENSÃO METEÓRICA À DÚVIDA GENERALIZADA
Fundado em 2011 como Hotel Urbano, o Hurb se destacou rapidamente por sua proposta ousada: democratizar o turismo com pacotes a preços muito abaixo do mercado. A promessa era tentadora — viagens para Orlando por R$ 999, Tóquio por R$ 2.500. O modelo encantava viajantes e chamava atenção de investidores. Mesmo durante a pandemia, enquanto o turismo mundial recuava, o Hurb seguia firme em expansão, abrindo escritórios internacionais e investindo em tecnologia. Mas o que parecia uma história de sucesso passou a dar sinais de desgaste com o fim do isolamento. Os primeiros ruídos vieram de consumidores frustrados, que relatavam dificuldades em embarcar ou receber reembolsos. Em paralelo, fornecedores começaram a denunciar atrasos nos pagamentos. A situação ficou insustentável no início de 2023, quando denúncias e investigações se multiplicaram.
O ESTOPIM: ESCÂNDALO DO CEO E INVESTIGAÇÕES
A primeira implosão pública do Hurb aconteceu em abril de 2023, quando o então CEO e fundador, João Ricardo Mendes, apareceu em vídeos debochando de consumidores. Algo que viria a se repetir no futuro. O caso mais emblemático envolveu ofensas a um cliente que reclamava de um
pacote cancelado. As imagens viralizaram, gerando uma onda de indignação que levou à renúncia do executivo.
Pouco depois, o Ministério da Justiça abriu processo administrativo contra o Hurb por práticas abusivas e desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor. A Senacon entrou em cena exigindo que a empresa comprovasse capacidade financeira para honrar os pacotes vendidos. Entre janeiro e março de 2023, o número de reclamações já ultrapassava sete mil, um salto expressivo frente às 12 mil registradas durante todo o ano anterior.
GERENCIAMENTO DE CRISE
FALHO E DEMISSÕES EM MASSA
Mesmo com a substituição na liderança na época, o executivo Otávio Brissant assumiu o cargo de CEO, e com a contratação de consultorias especializadas, a empresa não conseguiu conter a avalanche de problemas. Em junho, Brissant renunciou após pouco mais de um mês no cargo, alegando que suas propostas de recuperação foram ignoradas. A saída do novo CEO agravou o cenário e provocou uma onda de demissões. Cerca de 40% da equipe foi desligada, e relatos apontam que muitos ex-funcionários ainda aguardam pagamento de verbas rescisórias. A crise de gestão se aprofundava, enquanto clientes continuavam tendo suas viagens canceladas dias antes do embarque.
SUSPENSÃO DE VENDAS E AÇÕES NA JUSTIÇA
O Ministério Público do Rio de Janeiro ajuizou ação civil pública contra o Hurb, exigindo o reembolso de consumidores lesados entre 2020 e 2022. A Senacon, por sua vez, determinou a suspensão imediata da venda de pacotes com datas flexíveis, estratégia comercial central da OTA.
O impacto foi devastador para a operação. Sem novas receitas e sob intensa pressão jurídica, o Hurb passou a depender da formalização de um Termo de Ajustamento
de Conduta (TAC) com o governo para manter alguma expectativa de continuidade.
TENTATIVAS DE ACORDO E PROMESSAS DESCUMPRIDAS
Em setembro, o Hurb anunciou que estava em fase final de negociações com a Senacon para formalizar o TAC e criar uma plataforma para consumidores optarem entre reembolso corrigido ou crédito com bônus. O plano chegou a ser divulgado oficialmente, mas até dezembro o acordo ainda não havia sido assinado.
Ao mesmo tempo, a empresa divulgava números otimistas: crescimento no número de emissões e expansão do portfólio, inclusive com 202 destinos únicos registrados em 2024. Para o mercado, os dados soavam desconectados da realidade de milhares de clientes à espera de solução, muitos, com prejuízos financeiros expressivos.
ACUSAÇÕES CRIMINAIS E COLAPSO REPUTACIONAL
Em dezembro de 2024, o Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou formalmente os fundadores do Hurb por estelionato. O escândalo, porém, não impediu que o próprio João Ricardo Mendes voltasse a assumir o protagonismo da empresa - desta vez, tentando se reposicionar como “salvador da pátria”, papel que tenta desempenhar até hoje.
Em março de 2025, Mendes voltou aos holofotes ao afirmar que priorizaria reembolsos para clientes que falassem bem da empresa nas redes sociais. A proposta gerou revolta e foi amplamente criticada por juristas e órgãos de defesa do consumidor, sendo considerada uma chantagem institucionalizada. Pouco depois, novos vazamentos de vídeos e áudios expuseram declarações polêmicas do executivo contra a própria Senacon, aumentando a pressão sobre a companhia.
CORTE DE GASTOS E MEACULPA TARDIO
No mesmo mês, o CEO admitiu que decisões tomadas com “oti -
mismo excessivo” custaram cerca de R$ 200 milhões à empresa. Um novo pacote de demissões foi anunciado. Cerca de 200 colaboradores deixaram a companhia. Em meio a cortes drásticos, o Hurb tentava se reestruturar, mas sua base de confiança, tanto com consumidores quanto com o mercado, já estava severamente abalada.
SITUAÇÃO ATUAL: MAIS DE 34 MIL PROCESSOS E FUTURO INDEFINIDO
Hoje, o Hurb enfrenta mais de 34 mil processos judiciais somente no estado do Rio de Janeiro e acumula mais de R$ 100 milhões em execuções fiscais. Com o fim da possível assinatura do TAC, confirmado pela Senacon, e sem garantias para os milhares de clientes que compraram pacotes e nunca viajaram, a situação é crítica. No meio de um emaranhado jurídico, contábil e reputacional, a empresa tenta seguir operando, mas os sinais são de esgotamento. A cada nova promessa não cumprida, a imagem da companhia se deteriora ainda mais. E piorou no último dia 26, quando a “face” da empresa, o polêmico João Ricardo Mendes figurou mais um episódio quase inacreditável. O CEO foi preso, no Rio de Janeiro, acusado de furtar obras de arte de um shopping de alto padrão na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O QUE ESPERAR DAQUI PRA FRENTE?
Com uma estrutura fragilizada, liderança contestada e consumidores cada vez mais céticos, o futuro do Hurb é incerto. Especialistas do setor consideram a hipótese de recuperação real cada vez mais improvável, a não ser que haja uma intervenção institucional ou um aporte de capital robusto, o que já foi negado por fundos estrangeiros que chegaram a ser citados como possíveis investidores. Neste cenário, seguiremos acompanhando de perto os desdobramentos, ouvindo fontes do mercado e relatando os próximos capítulos dessa história que, infelizmente, caminha para se tornar um dos maiores escândalos do turismo brasileiro.
Assembleias em Minas Gerais e no Distrito Federal discutem impactos da suspensão de pacotes
Ana Azevedo
A crise envolvendo a operadora de turismo ViagensPromo, que tem afetado centenas de agências de turismo no Brasil, foi debatida em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em 29 de abril de 2025. O encontro, promovido pela Comissão de Defesa do Consumidor, contou com a presença de parlamentares, empresários e representantes do setor de turismo, que abordaram os prejuízos causados pela situação da operadora e as possíveis soluções para os danos causados às agências afetadas.
O deputado estadual Professor Cleiton (PV) informou que, em Minas Gerais, cerca de 200 agências foram prejudicadas, com perdas estimadas em R$ 5 milhões. Durante a audiência, o parlamentar anunciou requerimentos para a abertura de uma investigação pelo Ministério Público e a criação de uma comissão parlamentar que visitará a ViagensPromo, buscando a apuração e a responsabilização dos responsáveis pela crise.
“O que estamos vendo aqui não é apenas um golpe contra as agências de turismo, mas um risco à confiança do consumidor no setor como um todo”, afirmou Cleiton. O deputado sugeriu a criação de um fundo federal para recuperar as agências afetadas, mas descartou qualquer socorro financeiro estadual.
Entre os empresários presentes, o presidente da IBR Turismo, Fernando Moura, classificou o episódio como “um golpe planejado”, enfatizando que a ViagensPromo antecipou créditos bancários e transferiu a responsabilidade das dívidas para as agências.
“O golpe foi bem articulado e agora as pequenas agências estão pagando o preço”, disse Moura, lamentando o impacto em seus negócios, incluindo cancelamentos de viagens e demissões. A deputada Lohana (PV) também se manifestou, defendendo a investigação criminal e a revisão da legislação sobre responsabilidade solidária.
“Não podemos permitir que episódios como esse aconteçam sem que haja uma responsabilização efetiva”, destacou a parlamentar.
A deputada Carol Caram (Avante) pontuou falhas nos órgãos de defesa do consumidor e sugeriu que os administradores da ViagensPromo sejam diretamente responsabilizados, por meio da desconsideração da personalidade jurídica da empresa.
A crise da ViagensPromo, que envolveu desde o cancelamento de voos a dificuldades financeiras, afetou diretamente milhares de passageiros e deixou um rastro de incertezas para o setor de turismo. A operadora, que passou a enfrentar dificuldades financeiras desde novembro de 2024, já havia comunicado aos parceiros sobre a “instabilidade no fluxo operacional e financeiro”.
AUDIÊNCIA PÚBLICA EM BRASÍLIA
Em resposta a essas dificuldades, o deputado Thiago Manzoni (DF) presidiu uma audiência pública em Brasília, no dia 11 de abril de 2025, onde foram discutidas medidas de enfrentamento à crise. O encontro, que reuniu dezenas de agentes de viagens no plenário e mais de cem participantes online, resultou em uma série de encaminhamentos aprovados em consenso.
“Sabemos que nenhuma dessas ações resolve de imediato o problema, mas são passos para que os agentes possam sobreviver ao impacto causado”, afirmou Manzoni. A principal proposta envolve a criação de linhas de crédito com juros reduzidos e prazos mais longos, para que os profissionais do setor consigam manter seus negócios até eventuais ressarcimentos judiciais.
Outra medida envolve o Ministério do
Turismo, a Embratur e o Banco Central, que devem ser acionados para construir soluções mais amplas, incluindo renego- ciações com instituições financeiras. “É urgente que o Banco Central interfira junto aos bancos para resolver questões como estorno de valores em cartão de crédito, cancelamento de boletos e revisão de dívidas”, destacou o parlamentar.
Os participantes também solicitaram articulação com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) para debater o pagamento antecipado à rede hoteleira, no momento da contratação feita pelas agências, em modelo semelhante ao das passagens aéreas. Segundo representantes do setor, essa prática traria mais segurança às operações e evitaria prejuízos em caso de inadimplência das operadoras.
NOTIFICAÇÃO PELA SENACON Recentemente, a ViagensPromo foi notificada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que investiga as responsabilidades legais da operadora, que já acumula dívidas com diversas agências e fornecedores. Em resposta à notificação recebida em 20 de março, a ViagensPromo informou que 5.952 passageiros foram impactados pelos cancelamentos de voos fretados com saídas de Confins (MG) para Porto Seguro (BA) e Maceió (AL), a partir de 16 de março.
A operadora atribuiu a responsabilidade dos cancelamentos à GOL Linhas Aéreas, alegando que a companhia suspendeu os voos com apenas 72 horas de antecedência, mesmo com um contrato de R$ 16,4 milhões firmado entre as partes. Segundo a empresa, os pagamentos estavam sendo feitos conforme o cronograma estabelecido, sem qualquer aviso prévio sobre riscos de interrupção dos serviços. “A eventual existência de contrato entre a ViagensPromo e a companhia aérea não afasta a responsabilidade da operadora com os consumidores”, afirmou a Senacon, em nota enviada ao MERCADO & EVENTOS. A Secretaria reforçou que, de acordo com o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, a operadora responde objetivamente pelos danos causados, independentemente de culpa.
Ainda segundo o órgão, poderão ser adotadas “eventuais medidas administrativas, incluindo autuação e aplicação de sanções, caso sejam verificadas infrações à legislação consumerista”. A Senacon orienta os consumidores lesados a formalizarem reclamações na plataforma www. consumidor.gov.br. Agências de viagens
Foto: Ana
AzevedoM&E
de rotinas operacionais contratadas por nossos clientes”, completou. Barros também criticou a ausência de apuração antes da divulgação da matéria. “Lamentamos que a reportagem tenha sido publicada sem qualquer contato prévio com a empresa para apuração adequada dos fatos. A Faturepag não assumiu, nem assumiria, obrigações que extrapolem seu papel contratual e regulatório”, declarou. O executivo ainda condenou o que classificou como tentativa de gerar instabilidade interna. “Recebemos com perplexidade relatos de que funcionários da Faturepag vêm sendo abordados com mensagens provocativas e desinformadas, numa clara tentativa de disseminar pânico. Trata-se de uma conduta absolutamente inaceitável”, afirmou.
A empresa reiterou seu compromisso com a transparência, o respeito aos clientes e a conformidade regulatória. Medidas legais estão sendo avaliadas para contestar as informações divulgadas e preservar a imagem institucional da Faturepag.
também podem registrar denúncias no mesmo canal.
A ViagensPromo informou que segue em tratativas com a GOL para mitigar os impactos aos passageiros e não descarta medidas judiciais. Procurada, a companhia aérea preferiu não se manifestar sobre o caso.
FIM DA PARCERIA COM A ETS
Michael Barkoczy, presidente da Easy Travel Shop (ETS), comentou sobre o processo movido contra a ViagensPromo, que envolve uma dívida superior a R$ 2 milhões. Durante sua entrevista ao MERCADO & EVENTOS, Barkoczy refutou as alegações de que a assinatura de uma confissão de dívida teria sido feita sob “coação moral”.
O presidente da ETS destacou que a operadora pagou três parcelas do débito, o que contraria a alegação de pressão. “Se fosse coação, ninguém pagaria nenhuma”, afirmou Barkoczy.
O executivo também reafirmou a confiança na Justiça, destacando que a ETS possui toda a documentação necessária para comprovar a prestação de serviços realizados para a ViagensPromo, incluindo vouchers emitidos e passageiros embarcados. O processo segue em análise na 4ª Vara Cível de Barueri, e a ETS aguarda a conclusão da apuração. “Temos a razão e temos as provas. Agora, seguimos confiando na Justiça”, finalizou.
FATUREPAG REBATE ENVOLVIMENTO EM CRISE
A Faturepag, fintech que atua na área de soluções para meios de pagamento, se posicionou oficialmente, em 25 de abril, após ser mencionada em reportagens que especulavam sobre sua suposta exposição financeira em meio à crise da ViagensPromo. Segundo algumas publicações, a empresa teria risco de prejuízo na casa dos R$ 100 milhões, em função de recebíveis antecipados de cartões de crédito ligados à operadora. A informação foi negada pelo CEO da empresa, Alan Barros, em nota enviada ao MERCADO & EVENTOS. “O conteúdo publicado não reflete a realidade dos fatos e apresenta informações imprecisas que comprometem indevidamente a reputação da empresa”, afirmou Barros. Segundo o executivo, a Faturepag não é subadquirente, não antecipa recebíveis e não possui qualquer ingerência sobre valores transacionados por terceiros. “Nossa atuação é estritamente técnica, voltada à integração de sistemas e à organização
Vale contextualizar, que a entre a Faturepag e a ViagensPromo ganhou destaque no segundo semestre de 2024, quando ambas passaram a divulgar a criação de um FIDC voltado à antecipação de recebíveis do setor de Turismo. A promessa era de que o fundo estaria operacional até dezembro daquele ano, o que não se concretizou. Em nova projeção, a Faturepag passou a trabalhar com o prazo de março de 2025, mas até o momento não há registro do fundo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que gerou desconfiança no mercado.
“O fundo de antecipação está sendo construído de forma correta e atenderá o setor com antecipação de recebíveis de cartões de crédito, para pré-pagamentos. Nosso entendimento não mudou sobre o tema”, afirmou Alan Barros, CEO da Faturepag, em entrevista exclusiva ao MERCADO & EVENTOS em fevereiro deste ano. “Estamos esperando que essa operação movimente aproximadamente R$ 100 milhões por mês. Essa é a nossa meta.” Questionado sobre a relação com a VP, Alan disse, à época, que mantém contato com Renato Kido, um dos fundadores da operadora, mas garantiu que soube da crise “apenas pela imprensa”. A declaração gerou dúvidas sobre o grau de envolvimento da fintech com a operadora e a real independência do fundo em relação às dificuldades enfrentadas pela VP. Barros foi questionado se há risco de o FIDC, caso venha a ser lançado, acabar servindo para cobrir lacunas financeiras da ViagensPromo, mas não respondeu diretamente ao ponto.
A estrutura e a credibilidade da Faturepag também vêm sendo alvo de questionamentos. A empresa se apresenta como uma fintech de pagamentos e estruturação financeira, mas possui capital social considerado baixo para o porte das operações que afirma conduzir. “Sim, é uma fintech, e atua com muita transparência e credibilidade desde sua fundação. E seu capital social está de acordo com o que se faz necessário para o setor”, afirmou Barros ao M&E em fevereiro.
Outro ponto levantado foi a ausência de registro da Faturepag no Banco Central. O CEO explicou que a empresa não se configura como uma instituição financeira. “Não somos uma instituição financeira e, para tanto, não se faz necessário o registro no Banco Central. Quando isso for necessário, evidentemente será feito.” Além disso, um dos sócios da Faturepag, Jorge Parente Frota Junior, possui histórico de problemas com a CVM, relacionados a um suposto golpe financeiro. Barros minimizou os impactos dessa associação: “Não existe e nem vai existir nenhum risco para nossos clientes. Pelo contrário, nossa operação antecipa recebíveis dos clientes”, endossou durante a entrevista.
Uma das novas ferramentas é a assistente virtual “SOFIA”, que acompanha o viajante em todas as etapas da viagem
Beatriz do Vale
Em 2025, a Decolar terá como foco a oferta de destinos de experiência. “É um ano que, para o turismo doméstico brasileiro, nós vemos um crescimento muito relevante. Estamos trabalhando cada vez mais com nossos parceiros de turismo porque entendemos a importância disso para o turista brasileiro”, disse Daniela Araújo, diretora de Produtos em Destinos da Decolar ao M&E. “O turista brasileiro sempre vai
continuar buscando aqueles destinos conhecidos, mas cada vez mais pessoas querem experimentar destinos novos.”
A cada mês, a Decolar usa seus resultados para compará-los com o mesmo período do ano anterior. E nestes três meses completos de 2025, todos apresentaram um crescimento significativo. “O volume de venda de pacotes está crescendo muito. Significa que o brasileiro cada vez mais está preparando uma viagem, comprando mais produtos, seja para
visitar o Brasil ou mesmo para fora dele”, finalizou Daniela.
TECNOLOGIA
Ivan Marenco, VP da Decolar, enfatiza que desde a fundação da empresa, há 25 anos, a Decolar procura trabalhar bem perto da tecnologia, trazendo novas ferramentas e desenvolvendo suas próprias. Uma delas é a “SOFIA”, uma assistente de viagem que acompanha os viajantes desde o momento em que surge a ideia de embarcar em uma nova experiência, passando pelo planejamento e coor -
denação da viagem em si, até o seu retorno.
“Os clientes ficam surpresos porque essa inteligência artificial foi desenvolvida junto com a OpenAI, trazendo novas descobertas desta nova indústria para o turismo. O número de interações diárias que temos com nossos clientes está crescendo dia a dia e estamos descobrindo que daqui para o futuro é uma tecnologia que não vai apenas para dentro de nossos sites, mas também para o mundo inteiro”, concluiu Ivan.
No KAYAK.ai as informações de viagem em tempo real se unem à busca convencional por meio de um chat
Natália Strucchi
O KAYAK resolveu apostar na inteligência artificial e lançar o KAYAK.ai, onde informações de viagem em tempo real se unem à busca convencional por meio de um chat. A ferramenta oferece informações de preços atualizadas e abrangentes, de mais de 400 parceiros. Combinando a tecnologia da OpenAI com a inteligência do KAYAK, o site servirá como laboratório de inovação da empresa para analisar como os viajantes interagem com as ferramentas, dados e insights do KAYAK por meio de conversas no chat. O recurso funcionará como um irmão do KAYAK.com - focado em tecnologia - atendendo tanto aos entusiastas de IA quanto aos interessados em tecnologias avançadas. O que funcionar melhor no KAYAK.ai será transferido para o KAYAK.com.
“O KAYAK.ai oferece uma área de testes criativa para nossas equipes de tecnologia inovarem e uma plataforma divertida, feita sob me -
dida para viajantes que gostam de usar o ChatGPT e ferramentas semelhantes”, disse Steve Hafner, CEO do KAYAK. “À medida que descobrimos o que as pessoas gostam no .ai, traremos esses recursos para o KAYAK.com para todos os viajantes.”
KAYAK TRAZ NOVO CTO PARA ACELERAR INICIATIVAS DE IA Liderando a iniciativa está o novo diretor de Tecnologia do KAYAK, Yaron Zeidman, que traz 29 anos de experiência e uma nova perspectiva para a empresa como o primeiro CTO da marca fora da equipe fundadora original. Veterano da Agoda, Zeidman liderou recentemente a área de Produto e Engenharia na job&talent, onde ajudou a construir uma das maiores plataformas de recrutamento baseadas em IA do mundo.
Zeidman liderará as mais de 400 equipes globais de produtos e engenharia do KAYAK, com o avanço da IA e a personalização no topo de sua lista de tarefas.
Evento, que espera receber mais de 40 mil pessoas em três dias, tem a meta de assegurar pelo menos 20 destinos internacionais
Rafael Torres
O Rio de Janeiro será palco da 52ª Abav Expo, que acontecerá de 8 a 10 de outubro de 2025, no Riocentro. A apresentação da feira para fornecedores aconteceu no final de abril no Auditório da Fecomércio RJ, no Rio de Janeiro.
O encontro, uma iniciativa da Fecomércio RJ com a Abav Nacional, foi organizado para apresentar fornece- dores locais. “É muito mais prático contratar fornecedores do Rio, tanto para a infraestrutura da feira como para os clientes que buscam brindes e muitos materiais necessários”, disse Jerusa Hara, diretora-executiva da Abav Nacional.
“Vamos homologar alguns fornecedores e criar uma lista, tanto para a Abav contratar como para indicar aos expositores”, salientou.
A executiva da feira adiantou que a próxima edição da Abav Expo virá cheia de novidades, “inclusive com áreas que não são novas, mas que são novas em formato”. Jerusa resgata também o que deu certo na Abav Expo 2024, em Brasília, como o espaço corporativo, uma parceria da Abracorp, Abav e Alagev e com um diferencial: não vai ser só um espaço de fornecedores, estamos trazendo também compradores corporativos.
“A Abav Expo terá compradores corporativos de Mice, que vai ser um lounge Mice e corporativo, pois queremos gerar negócios na feira, tanto para os expositores como também para a cidade do Rio de Janeiro”, assinalou.
A Abav Expo 2025 espera receber mais de 40 mil pessoas nos três dias de evento, tem a meta de assegurar pelo menos 20 destinos internacionais, além de manter nesta edição a área das embaixadas, “que foi muito prestigiada lá em Brasília, e vamos repetir aqui no Rio”.
Em termos de expositores, a Abav Expo terá em torno de 350 estandes, que representam mais de 2 mil marcas. E, embora esteja previsto o uso dos mesmos pavilhões do Riocentro, com um melhor aproveitamento da planta, do espaço de exposição, a expectativa de crescimento é de 20% nesta edição.
FECOMÉRCIO E
ABAV NACIONAL
A parceria firmada com o sistema Fecomércio RJ garante que a Abav
Expo acontecerá no Rio de Janeiro em mais três edições intercaladas (2027/2029/2031). Segundo Jerusa Hara, que não adiantou qual capital receberá em 2026 a Abav Expo, a de -
cisão de optar pela cidade do Rio de Janeiro também se deve à estrutura do Riocentro, que oferece possibilidades de expansão e melhorias para os expositores e visitantes.
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Sucesso do evento, que reuniu 3.195 profissionais do trade, reforça papel estratégico de Minas Gerais no turismo nacional
Brito e Ana Azevedo
Com público recorde, fortalecimento de conexões comerciais e presença internacional ampliada, a segunda edição do Minas Travel Market (MTM) consolidou-se como um dos principais eventos do calendário turístico nacional. Realizado nos dias 24 e 25 de abril, no Minascentro, em Belo Horizonte, o evento reuniu 3.195 profissionais do trade, superando a meta inicial de 3 mil visitantes e reafirmando o protagonismo de Minas Gerais no setor. Promovido pela BBC Eventos em parceria com a Abav-MG, o MTM 2025 contou com 140 expositores e mais de 250 marcas nacionais e internacionais. O encontro reuniu representantes de diversos estados brasileiros, com destaque para caravanas do Nordeste e Sudeste, além da presença de profissionais de países como Estados Unidos, Israel, Peru, Egito e Turquia. Durante a solenidade de abertura, figuras-chave do turismo e da gestão pública subiram ao palco, como Claudio Junior
e Breno Mesquita (organizadores da feira), Peter Mangabeira (presidente da Abav-MG), e autoridades como Mauro Tramonte, deputado estadual e presidente da Comissão Extraordinária de Turismo e Gastronomia. Representantes da Secult-MG, Belotur, Sebrae e BH Airport também marcaram presença, reforçando a importância institucional do evento. Crescimento e internacionalização
Em entrevista ao M&E, Claudio Junior destacou o crescimento da feira. “Nossa expectativa era de 3 mil visitantes. Em 2024, recebemos 2.500. O salto foi expressivo e mostra que o MTM está em expansão constante”, afirmou. O CEO também revelou que, pela primeira vez, houve investimento direto da organização na compra de passagens aéreas para parte dos agentes de viagem, além do custeio de hospedagem e transporte terrestre. Já Breno Mesquita reforçou o impacto econômico e a relevância comercial da feira. “A geração de negócios foi intensa. Superamos a meta já no primeiro dia. A
kshops, segundo os organizadores. Peter Mangabeira, da Abav-MG, celebrou o novo patamar da feira. “Começamos como um encontro regional em 2007. Hoje, o MTM é um evento internacional e figura entre os 10 principais do Brasil. A edição de 2025 consolidou essa posição e mostrou a confiança do trade e do poder público no nosso projeto”, concluiu.
FIM DO PERSE GERA ALERTA Apesar do cenário positivo, a realização do MTM 2025 também trouxe à tona preocupações com o encerramento do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que oferecia isenções fiscais a empresas do setor. Criado em 2021 para mitigar os impactos da pandemia, o programa foi encerrado pela Receita Federal em março deste ano, após atingir o limite de R$ 15 bilhões em renúncia fiscal.
presença de operadoras aumentou, assim como o número de empresas internacionais, o que ampliou o alcance da feira e fortaleceu o posicionamento de Minas como hub turístico”.
Com isso, os organizadores projetam um crescimento de até 20% na próxima edição, com público estimado entre 3.500 e 3.600 profissionais. A permanência no Minascentro está sendo reavaliada, diante da possibilidade de migração para um espaço maior, mas a feira seguirá sendo realizada em Belo Horizonte. O palpite é que aconteça no ExpoMinas.
CAPACITAÇÃO E INOVAÇÃO NO CENTRO DO DEBATE
A programação do MTM incluiu dezenas de capacitações e pitches promovidos por grandes players do mercado, como GTA, Visual Turismo, Belotur, Israel e Foz do Iguaçu. Para 2026, temas como inteligência artificial, legislação aplicada ao turismo e gestão estratégica devem compor o novo ciclo de palestras e wor-
“O impacto da feira mexe com toda a cadeia do turismo. Com o fim do Perse, a carga tributária volta a ser muito pesada. Precisamos manter esse tipo de política para que o setor continue crescendo”, defendeu Claudio Junior. Breno Mesquita também reforçou a necessidade de uma agenda política que assegure a sustentabilidade dos eventos no Brasil.
A continuidade do debate sobre o Perse já mobiliza representantes do trade, que tem levado o tema à Câmara dos Deputados em audiência pública, com foco em turismo, eventos e hotelaria.
MINAS NO CENTRO DO MAPA TURÍSTICO NACIONAL
A centralidade geográfica, a infraestrutura da capital mineira e a diversidade de atrações têm impulsionado a projeção de Minas Gerais como destino turístico e polo de negócios do setor. A aposta do MTM em conectar, qualificar e gerar negócios entre os players da cadeia turística segue como uma das estratégias mais eficazes para transformar visitantes em promotores do destino Minas.
A próxima edição da feira será anunciada nos próximos meses, com novas metas de expansão e o mesmo compromisso de fortalecer o turismo nacional a partir do coração do Brasil.
Evento reuniu agentes de viagens e parceiros do turismo para fortalecer o mercado nacional
Felipe Abílio
A 6ª Convenção BWT, realizada entre os dias 26 e 28 de abril, no Mabu Thermas Grand Resort, em Foz do Iguaçu, foi marcada por crescimento. De acordo com Adonai Arruda Filho, CEO da BWT Operadora, o evento bateu recorde de participantes. Segundo ele, apesar do crescimento, o perfil qualificado dos participantes foi mantido. “Conseguimos manter o nível de boas agências, mas tivemos uma boa variação de agentes. Muita gente acabou vindo pela primeira ou segunda vez no máximo”, explicou. Para ele, isso proporcionou uma capacitação mais completa, diferente de apenas uma atualização anual.
Além do aprendizado, o evento também trouxe resultados imediatos. “A gente vê que acabam fechando vendas já durante o próprio evento”, ressaltou Adonai. O uso das redes sociais foi outro fator importante. “Os agentes compartilharam conteúdos em suas redes sociais, atraindo o interesse de clientes em tempo real”, acrescentou.
A convenção também promoveu a aproximação entre profissionais de diferentes regiões do Brasil. “Muitas vezes você só conhece as pessoas pelo WhatsApp ou pelo telefone, e aqui acaba tendo esse networking”, afirmou Adonai. Para ele, esse tipo de contato é sempre muito positivo, fortalecendo o relacionamento no setor. Durante o evento, diversos destinos e empresas aproveitaram a oportunidade
para destacar suas novidades e reforçar sua presença no mercado turístico brasileiro. Bahamas, por exemplo, apostou nas suas praias paradisíacas, resorts de luxo e os famosos porquinhos, que atraem cada vez mais turistas brasileiros.
A Copa Airlines também chamou atenção, apresentando planos de expansão com novos voos para o Brasil, consolidando-se ainda mais no setor de aviação. Porto Seguro, por sua vez, demonstrou um forte foco no turismo de experiências, ampliando sua oferta para 2025. Outros destinos como o Paraná, o Rio Grande do Norte, o Maranhão, e a Flórida também marcaram presença, cada um com suas estratégias inovadoras voltadas para a sustentabilidade e experiências culturais, oferecendo opções diversificadas para
atrair turistas.
Embora satisfeito com os resultados, Adonai já pensa em como melhorar para a próxima edição. “É o desafio de melhorar aquilo que foi esse evento que a gente entende que realmente foi sensacional”, declarou, deixando claro que a BWT está sempre em busca de evolução. Sobre os próximos passos, o executivo revelou que novos destinos já estão mapeados. “Muito vai da parceria com os próprios destinos, porque um evento dessa magnitude precisa de apoio do governo para ajudar a subsidiar”, explicou. No entanto, o anúncio oficial deve acontecer apenas no segundo semestre. “Normalmente para a ABAV a gente já vai com o próximo destino fechado”, concluiu.
Tecnologia inovadora, experiências imersivas e parcerias estratégicas marcam o lançamento da temporada de inverno
Felipe Abílio
Um almoço típico brasileiro com vinho chileno foi o cenário escolhido para o lançamento oficial da temporada de inverno no Chile, no último dia 24 em São Paulo. No cardápio, além de cortes nobres e boas taças, estavam também as principais novidades de Valle Nevado, La Parva e da Wines of Chile para atrair o público brasileiro nos meses mais frios do ano.
Com a promessa de neve o ano todo, experiências imersivas e parcerias estratégicas, o encontro reuniu imprensa especializada e operadores de turismo no famoso restaurante Figueira Rubaiyat.
RENOVAÇÃO E EXPERIÊNCIA 360°
Dominique Rudloff, gerente Comercial de Valle Nevado Ski Resort, revelou uma das grandes apostas da estação: o tradicional Hotel Puerta del Sol passou por uma grande reforma, com renovação completa de pisos, luminárias e paredes de todos os quartos. “Essa é a primeira etapa de um projeto maior. Sabemos o quanto o brasileiro ama esse hotel e quer conforto desde a chegada”, disse.
Além disso, foi criada uma nova Equipe de Experiência, com o objetivo de ajudar o visitante desde o primeiro momento: “Queremos que todos se sintam acolhidos. Esse time vai receber com sorriso no rosto, ajudar com dúvidas e garantir uma experiência completa.”
NEVE FORA DE TEMPORADA? TEMOS!
Outra novidade revelada por Dominique foi a Snow Factory, uma tecnologia inovadora que permitirá a fabricação de neve antes e após a temporada de inverno. “Ao lado da gôndola e do Bajo Cero, montaremos um novo espaço para que os turistas possam brincar na neve e até aprender a esquiar fora
Ainda em fase de testes, a tecnologia promete oferecer um “gostinho de inverno” mesmo durante o verão, algo inédito nas estações de esqui da América do Sul. “Essa é uma revolução para quem quer viver a experiência da neve fora da alta temporada”, reforçou Dominique.
Para atender à crescente demanda, a estrutura de aluguel de equipamentos também foi ampliada. “Sabemos que muitos hóspedes chegam sem seus próprios equipamentos. Por isso, estamos criando um novo espaço de locação ao lado do minimercado, especialmente para quem se hospeda nos apartamentos”, explicou.
PARCERIA QUE CONECTA
MONTANHAS
Camila Margozzini, gerente Comercial de La Parva, destacou a
interconexão entre as duas estações: “Por um valor pequeno, é possível esquiar no mesmo dia em La Parva e Valle Nevado. Isso praticamente dobra a área de esqui disponível”, explicou.
Com foco no público brasileiro, La Parva também investe em opções flexíveis. “Somos parte dos Tres Valles de Sudamérica e percebemos um grande crescimento de famílias com crianças pequenas. Temos desde pacotes mais curtos, como o mini week, até opções walk-in para quem decide na hora. Estamos preparados para todos os perfis”, afirmou Camila.
VINHO E FESTA
Angélica Valenzuela, da Wines of Chile, relembrou a parceria de longa data com Valle Nevado, que vai além do vinho na taça. “Fazemos semanas especiais com degustações,
experiências sensoriais e muito conteúdo. O vinho chileno é o vinho do Brasil”, brincou.
Para este ano, estão confirmadas três semanas temáticas: Fan Valle Week, Wine Week e Wellness Week, com atividades que vão de yoga na montanha a festas temáticas. “Depois das pistas, o Valle Nevado vira um grande lounge a céu aberto”, resumiu Dominique.
BRASILEIROS NO CORAÇÃO DA ESTAÇÃO
Ricardo Margulis, gerente geral do Valle Nevado Ski Resort, também fez questão de ressaltar a importância do público brasileiro para o destino. “O Brasil é, historicamente, um dos nossos principais mercados. O público brasileiro é apaixonado pela neve, mas também valoriza a gastronomia, a experiência completa e o clima acolhedor. É exatamente isso que oferecemos em Valle Nevado.”
Segundo ele, a estação está constantemente se reinventando para atender esse público fiel e exigente. “A gente entende o que o brasileiro busca: quer diversão, quer conforto, quer exclusividade. Por isso investimos tanto em estrutura, em experiências fora das pistas e em hospitalidade. Não é só sobre esquiar, é sobre viver o inverno em sua melhor versão.”
Ricardo também ressaltou a facilidade para os brasileiros se sentirem em casa. “Nosso time fala português, e isso faz toda a diferença. Desde a recepção até os restaurantes e atividades, queremos que todos se sintam acolhidos. Quando a gente diz que os brasileiros são bem-vindos, é de verdade. A conexão entre Valle e o Brasil é forte, emocional e duradoura.”
Para encerrar, o agradecimento veio em português. “Vocês são sempre muito bem-vindos. A gente ama receber brasileiros”, finalizou Dominique.
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