Anais 3º Congresso Sul Mineiro de Pediatria

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IMPORTANTE: Todas as informações contidas nos Anais do 3ºCONGRESSO SUL MINEIRO DE PEDIATRIA são de domínio público e a veracidade do conteúdo de responsabilidade de seus respectivos pesquisadores e autores dos trabalhos apresentados no evento em 2017.

COMISSÃO ORGANIZADORA LIGA DA FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ (FMIT) MARCELA ANICETO PIETRA PEREIRA CAUSSO KARINA SOUZA CUNHA ISABELA RESENDE DE OLIVEIRA SAMIRA MARANGONI ALARCON NICOLE SILVEIRA LETICIA FERRAZ PAMPLONA LAYLA LAYS LIMA MELINA PEZZO BUSTAMANTE FERNANDA SILVA LAGE DANIELA DE MELO AMARAL LUCAS HOLLANDA CAVALCANTI MATEUS HUANG LOPES MARINA GARCIA DE LUCA ANA ISABEL LEONE PINTO RAFAEL MAIOLINI THAYSSA DOS REIS SILVA LEONARDO OPPENHEIMER DE SOUZA MARINA MOREIRA BUFALARI LUÍS FELIPE SOARES GUTIERRES MARÍLIA PIRES DE SOUZA E SILVA LOURDES BETHÂNIA BRAGA DOS SANTOS COORDENAÇÃO GLENIA JUNQUEIRA MACHADO MEDEIROS LIGA DA UNIVERSIDADE DO VALE DO SACUPAI (UNIVAS) SALETE PEREIRA DA SILVA BÁRBARA MARIA TAVARES PEREIRA RAÍSSA MEDEIROS DA SILVA LARA SANTOS BRUSAMOLIN LARISSA VERÍSSIMO RAMOS SILVA YARA CRISTINA BARBOSA DOUGLAS FARIAS TEIXEIRA FERNANDA VIEIRA PENHA LETICIA AZEVEDO GAZZI LETICIA CAROLINA MALAQUIAS PEREIRA MARIANE MARTINEZ RIBEIRO DO VALLE BARBARA MARCACCINI RIBEIRO COORDENAÇÃO EUGÊNIO FERNANDES MAGALHÃES

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LIGA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS (UNIFAL) ANNA CINTHIA TOBIAS PEREIRA DANIELA CUNHA MACIEL GABRIELA DOS SANTOS PASCHOAL COORDENAÇÃO DÉBORA MÔNICA COSTA VIEIRA

LIGA DA UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO (UNIFENAS – ALFENAS) MÔNICA CAROLINE DE LIMA FERREIRA JÉSSICA MAYARA AKECHI NATÁLIA DE OLIVEIRA HORTÊNCIA GOMES MACHADO KALYNNE KÁTYLA LIMA FONSECA IZADORA DE MELO ROBERTO BIANCA DE CARVALHO SULMONETI LARISSA DE FÁTIMA SILVA KAROLINNE BECKER MOREIRA BIANCA RODRIGUES DA MOTA JULIA FIGUEIREDO ARAÚJO REBBECA MUSY DE ALMEIDA CRISTINE KAORI KITADA LAYNE LEITE MARCHETTI COORDENAÇÃO MARIA NATÁLIA ANDRADE CIDERLEIA CASTRO DE LIMA

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PRESIDENTE DO CONGRESSO Glenia Junqueira Machado Medeiros SECRETARIA GERAL Maria do Carmo Chiaradia Kenya Silva Ferreira APOIO

Sociedade Mineira de Pediatria – Regional Sul

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EDITORAÇÃO JOSE MARCOS DOS REIS

AUTOR CORPORATIVO: UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO/UNIFENAS ALFENAS, MINAS GERAIS, ROD. MG 179, KM 0, CEP:37132440 – BRASIL. ORGANIZADORES TÉCNICOS: CIDERLEIA CASTRO DE LIMA. MARIA NATÁLIA ANDRADE

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ANAIS DO 3º CONGRESSO SUL MINEIRO DE PEDIATRIA: https://issuu.com/medicinaitajuba/docs/anais_3___congresso_sul_mineiro_de_

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APRESENTAÇÃO

Estamos na terceira edição do evento e repetindo o sucesso das edições anteriores com expectativas cada vez maiores no que corresponde a qualidade da programação, palestras ministradas por profissionais renomados e a indiscutível qualidade dos trabalhos defendidos por seus respectivos autores.

Para essa edição contamos com a inserção da liga acadêmica de pediatria da Universidade Federal de Alfenas, somando assim quatro ligas comprometidas para obtenção do sucesso do evento a cada dois anos.

Aos membros e coordenadores das Ligas acadêmicas de pediatria de Alfenas (MG), Itajubá (MG) e Pouso Alegre (MG), o nosso respeito e admiração.

Comprovam-se aqui grande evolução dos participantes cuja maturidade e compromisso com a ciência se fizeram presentes, considerando a formação em espiral, de forma generalista, humanista, crítica e reflexiva. Nos trabalhos aqui apresentados vocês vão perceber a capacidade crítica-reflexiva diante do processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano, o que é proposto pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina.

Os trabalhos apresentados no presente evento e agrupados nesse material técnico-científico foram criteriosamente selecionados por uma comissão científica com o propósito de contribuir de forma permanente para a ciência e sociedade.

Os resumos contemplam aspectos de manejos clínicos; atualizações; educação em saúde, saúde materno-infantil dentre muitos outros temas que direto e/ou indiretamente influenciam na saúde das crianças, adolescentes e população em geral expostos aos agravos comuns, bem como agravos raros descritos pela literatura corrente.

Para o desenvolvimento desses resumos, os autores delimitaram o tema, estabeleceram objetivos e planejaram o processo investigativo para a obtenção de dados, uma característica importante para o profissional de saúde, independente de sua área e/ou esfera de atuação.

Com a apresentação desses materiais no evento, levantando questionamentos e discussões possibilitando uma reflexão clínica e responsabilidade social.

Caros leitores, a partir de uma leitura técnica-científica, com olhar crítico, vocês levantarão muitos outros questionamentos que favorecerão o desenvolvimento de estudos científicos para melhor responder as inquietações provenientes da reflexão.

Caros, boa leitura!

Ciderleia Castro de Lima.

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SUMÁRIO PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PREMATUROS EXTREMOS ADMITIDOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL ........... 8 AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA E DETERMINANTES DO BAIXO PESO AO NASCER EM MINAS GERAIS, BRASIL, NO ANO DE 2011................................ 9 PROJETO DE HUMANIZAÇÃO: ACOLHIMENTO DE IRMÃOS DE PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE HOSPITAL-ESCOLA ............................................................... 10 DOENÇA DE XAROPE DE BORDO (DXB) E SUAS REPERCUSSÕES NEUROLÓGICAS .............................................................................................. 11 INTERAÇÃO DO USO DE ANTIBIÓTICOS COM A OBESIDADE INFANTIL .... 13 PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS FILHOS DE MÃES DIABÉTICAS ADMITIDOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL ......... 14 CRISE CONVULSIVA FEBRIL NA PRIMEIRA INFÂNCIA ................................. 17 VULVITE SECUNDÁRIA A LES E SAAF EM ADOLESCENTE ......................... 18 RELATO DE CASO: PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ............................................................................................... 19 RELATO DE CASO: ANOMALIA RENAL E SEQUÊNCIA DE OLIGOÂMNIO ASSOCIADOS AO USO DE ANTI-HIPERTENSIVOS NA GESTAÇÃO ............. 20 O MANEJO TERAPÊUTICO ALTERNATIVO PARA SÍFILIS GESTACIONAL E PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA ........................................................... 21 ABORDAGEM TERAPÊUTICA NO DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DE ARNOLD-CHIARI .............................................................................................. 23 ACIDENTES DOMÉSTICOS NA INFÂNCIA ...................................................... 25 FATORES RELACIONADOS À OBESIDADE INFANTIL NA ATUALIDADE ...... 26 TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA E SUA REPERCUSSÃO NA INFÂNCIA .......................................................................................................... 27 PERFURAÇÃO DE SIGMOIDE DEVIDO À TRAUMA ABDOMINAL CONTUSO 28 ATELECTASIA EM PACIENTE PEDIÁTRICO ASMÁTICO ............................... 29 OBSTRUÇÃO INTESTINAL EM NEONATOS- RELATO DE CASO .................. 30 TRIAGEM OFTALMOLÓGICA E ANÁLISE DOS POTENCIAIS FATORES DE RISCO PARA A BAIXA ACUIDADE VISUAL DE ALUNOS NO ENSINO FUNDAMENTA II (PRIMEIRA A QUARTA SÉRIE) DA REDE PÚBLICA EM ALFENAS/MG (BRASIL). .................................................................................. 31 MANEJO ANESTÉSICO PEDIÁTRICO EM PORTADOR DE SARCOMA DE EDWING INTRARRAQUIANO – RELATO DE CASO ........................................ 33 CEFALEIA PÓS PUNÇÃO RAQUÍDEA PEDIÁTRICA: RELATO DE CASO. ..... 35 COMORBIDADES VASCULARES ASSOCIADAS À QUIMIOTERAPIA NA ONCOLOGIA PEDIÁTRICA............................................................................... 37 AMAMENTAR: ESTUDO ETNOGRÁFICO DE GESTANTES-PUÉRPERAS ..... 38 FIBROSE CÍSTICA: RELATO DE CASO ........................................................... 39 SÍNDROME DE EDWARDS: RELATO DE CASO ............................................. 40 PNEUMONIA ATÍPICA POR MYCOPLASMA PNEUMONIAE EM PEDIATRIA – RELATO DE CASO ........................................................................................... 41 HOLOPROSENCEFALIA ALOBAR ASSOCIADA A CICLOPIA: RELATO DE CASO ................................................................................................................ 43

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TRABALHOS APRESENTAÇÃO ORAL

Trabalho Científico

Ana Beatriz Teodoro Borges

Trabalho Científico

Glenia Junqueira MAchado Medeiros

Perfil clínico e epidemiológico dos prematuros extremos admitidos em uma unidade de terapia intensiva neonatal

Avaliação da prevalência e determinantes do baixo peso ao nascer em Minas Gerais, Brasil, no ano de 2011

Trabalho Científico

Lara Santos Brusamolin

Projeto de Humanização: Acolhimento de irmãos de pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal de hospital-escola

Trabalho Científico

Leticia Azevedo Gazzi

Perfil clínico e epidemiológico dos filhos de mães diabéticas admitidos em uma unidade de terapia intensiva neonatal

Revisão de Literatura

Larissa de Fátima Silva

Doença de Xarope de Bordo (DXB) e suas Repercussões Neurológicas

Revisão de Literatura

Layne Leite Marchetti

Interação do uso de Antibióticos com a Obesidade Infantil

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PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PREMATUROS EXTREMOS ADMITIDOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL Ana Beatriz Teodoro Borges, Aluízio Alvarenga, Anna Luiza Pires Vieira, Edson Luiz de Lima, Salete Pereira da Silva Universidade do Vale do Sapucaí- Universidade do Vale do SapucaíUnivás/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG RESUMO: Objetivo: Avaliar as características clínicas e epidemiológicas dos recém-nascidos (RN) prematuros extremos internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). Métodos: Trata-se de uma coorte histórica, incluindo-se todos os RN vivos com mais de 500g e com idade gestacional inferior a 30 semanas internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um Hospital Universitário, no primeiro trimestre de 2017. Resultados: Foram internados 87 RN neste período, a porcentagem de prematuridade extrema foi de aproximadamente 13%, com idade gestacional em média de 27 semanas e o peso de 968g. O trabalho de parto prematuro sem causa foi responsável por 70% dos partos, com relação aos dados epidemiológicos maternos, elas tinham em média 26 anos, 50% eram primigestas, 75% realizaram pré-natal,25% apresentaram DHEG durante a gestação. A respeito do periparto, 50% receberam pelo menos 1 ciclo de corticóide e 75% foram partos cesareanas. O tempo médio de internação dos RN na UTIN foi de 48 dias, durante a evolução clínica 58% apresentaram sepse, 33% DBP, 25% PCA, 25% HPIV. A mortalidade neonatal foi de 25%, sendo que 2 RN foram a óbito nas primeiras horas de vida, eles tinham em média 23 semanas, 530g de peso e suas mães não realizaram pré natal.Conclusão:A prematuridade extrema é fator de maior risco de óbito, sendo as condições perinatais determinantes nesse desfecho. Assim, concluese que o amplo conhecimento da população atendida nas unidades de terapia intensiva neonatal permite o planejamento de um cuidado mais adequado e a tentativa de reduzir as taxas de mortalidade.

PALAVRAS-CHAVE: Unidade de terapia intensiva neonatal, prematuro, doenças do prematuro

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AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA E DETERMINANTES DO BAIXO PESO AO NASCER EM MINAS GERAIS, BRASIL, NO ANO DE 2011 Glenia Junqueira Machado Medeiros, Maria de Lurdes Zanolli, André Moreno Morcillo Faculdade de Medicina de Itajubá, Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp RESUMO: Objetivo: Determinar a prevalência e os determinantes de baixo peso ao nascer no Estado de Minas Gerais (MG) em 2011. Método: Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, descritivo e analítico, realizado a partir das Declarações de Nascidos Vivos do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), referentes aos 259.863 partos ocorridos em Minas Gerais em 2011. Os dados foram processados com os programas SPSS 16.0, foram calculados os valores brutos das Razões de Prevalência e seus Intervalos de Confiança de 95%. As Razões de Prevalência ajustadas foram determinados por Regressão de Poisson Multivariada Hierárquica. Resultados: Cerca de 9,2% dos recém-nascidos (RN) eram baixo peso, sendo que 7,9% pesaram de 1.500 a 2.499 gramas e 1,3% de 500 a 1.499 gramas. Na análise bivariada, verificouse que apenas a ocupação fora do lar não se associou ao BPN. Na análise multivariada, após o ajuste final do modelo, somente a escolaridade materna, número de filhos vivos e mortos, número consultas de pré-natal, duração da gestação e tipo de gravidez, local de nascimento, sexo do RN e as macrorregiões de saúde Norte, Nordeste, Noroeste, Leste, Leste do Sul, Sudeste, Triângulo do Sul e Jequitinhonha apresentavam associação com o BPN. Conclusão: A prevalência de BPN encontrada neste trabalho foi de 9,2%. A escolaridade < 8 anos de estudos, mães primíparas e aquelas com um ou mais filhos mortos, um pré-natal < 7 consultas, tipo de gestação, prematuridade, o parto ocorrido em outro local e o sexo feminino dos RN, estiveram associados a maior prevalência de BPN. A prevalência de BPN foi menor nas macrorregiões menos favorecidas do ponto de vista socioeconômico e de recursos de saúde (Triângulo do Sul, Sudeste, Norte, Noroeste, Nordeste, Leste do Sul, Leste e Jequitinhonha) quando comparadas à macrorregião Centro. Este achado é evidência do paradoxo do BPN. PALAVRAS-CHAVE: Recém-nascido, baixo peso ao nascer, Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).

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PROJETO DE HUMANIZAÇÃO: ACOLHIMENTO DE IRMÃOS DE PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE HOSPITAL-ESCOLA Aluizio Alvarenga, Ana Beatriz Teodoro Borges, Anna Luiz Pires Vieira, Bruna Teles da Silva, Cilene Fagundes, Edgar Loureiro Laborne de Mendonça, Jussara Paula de Oliveira, Lara Santos Brusamolin, Raissa Ritielle Olivia Cruz Universidade do Vale do Sapucaí- Universidade do Vale do SapucaíUnivás/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG RESUMO: Objetivo: Descrever a experiência do método de acolhimento dos irmãos de pacientes internados na unidade neonatal de um Hospital Escola.

Método: Estudo descritivo observacional, com a metodologia da observação e do relato de mães de pacientes internados em UTIN. A visita de irmãos foi estipulada para crianças de 3 a 11 anos, idade que não é permitida rotineiramente para visitas na UTIN. As visitas acontecem semanalmente, em horário estabelecido, sob a supervisão e orientação do serviço de neonatologia e psicologia do setor. Antes das visitas, os pais e os irmãos passam por uma avaliação com a psicóloga, a respeito de suas expectativas e anseios sobre a criança internada. Durante as visitas, as crianças ficam o tempo que quiserem, sendo estimuladas a conversarem, fazerem perguntas e realizarem atividades lúdicas com os irmãos, como cantar e fazer desenhos. Após a visita, é realizada uma nova abordagem da equipe da psicologia com a criança e os pais, questionando suas dúvidas e o contentamento em relação à experiência realizada. Resultados: Desde a implantação do programa, no período de 1 ano, foram acolhidas 40 crianças. Nenhuma criança reagiu com estranhamento ou negativamente à experiência. Todos pediram para retornar novamente para visitar seus irmãos. Durante a evolução da internação, os pais relataram à psicóloga sobre mudanças comportamentais nos filhos saudáveis, tais como sono, agressividade, hábito alimentar e ansiedade em relação à alta e à doença do irmão internado. Conclusão: A experiência de visita de irmãos pequenos no setor da UTIN possibilitou amenizar angústias e ansiedades apresentadas pela mãe em relação ao filho pequeno que está em casa, desfazendo sentimentos de culpa e abandono aos filhos saudáveis. Além disso, a criança pequena se sente como membro participante ativo no processo de hospitalização do irmão.

PALAVRAS-CHAVE: Acolhimento, família, terapia intensiva neonatal.

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DOENÇA DE XAROPE DE BORDO (DXB) E SUAS REPERCUSSÕES NEUROLÓGICAS Larissa De Fátima Silva*¹; Mônica Caroline De Lima Ferreira¹; Camila Arruda Marinho Do Amaral¹; Karolinne Becker Moreira¹; Mariana Angelo Morais¹; Maria Nátalia Andrade²; Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS/Alfenas-MG. RESUMO: Doença de Xarope de Bordo (DXB) e suas Repercussões Neurológicas Larissa de Fátima SILVA*¹; Mônica Caroline de Lima FERREIRA¹; Camila Arruda Marinho do AMARAL¹; Karolinne Becker MOREIRA¹; Mariana Angelo MORAIS¹; Maria Nátalia ANDRADE²; ¹Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano- UNIFENAS/Alfenas-MG. Membros de Liga de Pediatria ²Docentes no Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano- UNIFENAS/Alfenas-MG. Introdução: A doença de xarope de bordo (DXB) ou leucinose é um distúrbio metabólico hereditário autossômico recessivo raro e caracteriza-se assim devido ao forte odor de açúcar queimado na urina ou no cerúmen dos pacientes. Nessa enfermidade ocorre o acúmulo dos aminoácidos de cadeia ramificada (AACR) leucina, isoleucina e valina, e de seus α-cetoácidos de cadeia ramificada (CACR) α-cetoisocaproico, α- cetometilvalérico e αcetoisovalérico. Sendo, pois, altamente tóxicos ao sistema nervoso central. Objetivo: Conhecer, por meio da literatura, os problemas neurológicos causados pela não detecção precoce da DXB. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão de literatura não sistemática, de abordagem qualitativa. Foram utilizados estudos publicados no período de 2012 a 2016 disponíveis nas bases de dados da SCIELO, MEDLINE, LILACS, bem como Sociedade Brasileira de Pediatria. Resultado: Os estudos mostram que a sintomatologia inespecífica, o difícil diagnóstico e tratamento tardio corroboram para um mal prognóstico da doença. As manifestações clínicas dependem da atividade enzimática residual, a qual será responsável por diferentes fenótipos clínicos. A patologia leva a um aumento das concentrações de leucina no plasma que satura o transportador e, consequentemente, reduz o influxo de outros aminoácidos no sistema nervoso central, levando ao atraso de desenvolvimento neurológico e cognitivo. Caso não tratado corretamente o quadro clínico pode evoluir para cetoacidose, hipoglicemia, opistótono, convulsões, hipotonia, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e disfunção neurológica em suas diferentes formas de expressão.

Pode, ainda, evoluir para edema generalizado e hipomielinização/desmielinização no SNC desses pacientes, principalmente durante as crises de descompensação metabólica. O diagnóstico é realizado por triagem neonatal ampliada através de teste de espectrometria de massa em tandem ou teste do pezinho. Conclusão: A Leucinose possui sintomas inespecíficos e o seu prognóstico está intimamente correlacionado com o diagnóstico e tratamento precoce. Ademais, devido à escassez de trabalhos que abordam a DXB não há dados estatísticos suficientes no Brasil sobre a doença. Logo, há dificuldade em seu diagnóstico e tratamento diminuindo as chances de sobrevida do paciente.

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PALAVRAS-CHAVE: Xarope de Bordo DXB Doença do Xarope de Bordo Repercuções Neurológicas Referências Bibliográficas ANDRADE, Francine Pereira. et al. Doença da urina de xarope de bordo: semiologia e terapêutica. Pediatria Moderna, v .48, n. 10/ Out.2012. Chuang DT, Shih VE (2001) Disorders of branched chain amino acid and ketoacid metabolism. In: Sriver CR, Beaudet A, Sly W, Valle D, eds. The Metabolic and Molecular Bases of Inherited Diseases. New York, p.1971 -1995.

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INTERAÇÃO DO USO DE ANTIBIÓTICOS COM A OBESIDADE INFANTIL Layne Leite Marchetti*, Rebbeca Musy De Almeida, Cristine Kaori Kitada, Ciderleia Castro De Lima, Maria Natália Andrade Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS/Alfenas-MG. RESUMO: INTRODUÇÃO: A obesidade infantil é um dos problemas de saúde mais preocupantes atualmente¹. Discutem-se a possibilidade de o uso dos antibióticos como modificador da microbiota intestinal, acarretando alterações metabólicas e no equilíbrio energético dos pacientes e, com isso, ser um fator de risco para a obesidade². Acredita-se que essa associação acontece principalmente com os antibióticos de amplo espectro; além disso a exposição precoce (0-11 meses) a esses fármacos também é fator a ser considerado³.

OBJETIVO: Analisar, na literatura, a relação entre o uso de antibióticos e a obesidade em crianças. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão de literatura não sistemática, de abordagem qualitativa. Foram utilizados estudos publicados no período de 2013 a 2017 nas bases de dados SCIELO, MEDLINE, PubMed. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram analisados 11 artigos dos quais 6 mostraram o uso de antibiótico de amplo espectro na infância como fator causador de uma obesidade posterior; 1 concluiu que a exposição a antibióticos deve ser limitada por outras variáveis que não o aumento de peso e entre essas variáveis corrobora um outro estudo que apresenta a infecção como causa da obesidade, em decorrência do papel oportunista de microrganismos capazes de assim modificar o metabolismo energético pela alteração da microbiota intestinal; 3 artigos apesar de relatarem a associação entre o aumento de peso e o uso de antibiótico não se mostraram conclusivos em suas análises, entre eles, 2 por terem sido realizados experimentos em animais e não terem estendidos a seres humanos. CONCLUSÃO: Conclui-se que apesar de vários estudos indicarem o uso precoce de antibiótico como fator de alteração da microbiota e consequente obesidade infantil, principalmente aos de amplo espectro e utilizado repetidamente, há controvérsias que apontam ser a infecção o causador do aumento de peso infantil, por ser também um modificador da flora intestinal.

Apesar dessas divergências, não foi possível encontrar resultados evidentemente fundamentados que comprovem a relação do uso de antibióticos com a obesidade infantil, uma vez que precisaria de um estudo que isolasse os vieses como o estilo de vida, percurso da gestação, genética.

PALAVRAS-CHAVE: Obesidade, Antibióticos, Pediátrica REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Koleva, P. T., Bridgman, S. L., & Kozyrskyj, A. L. (2015). The Infant Gut Microbiome: Evidence for Obesity Risk and Dietary Intervention. Nutrients, 7(4), 2237–2260. 2. SCHWARTZ, Brian S., et al. Antibiotic use and childhood body mass index trajectory. International journal of obesity (2005), 2016, 40.4: 615. 3. BAILEY, L. Charles, et al. Association of antibiotics in infancy with early childhood obesity. JAMA pediatrics, 2014, 168.11: 1063-1069.

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PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS FILHOS DE MÃES DIABÉTICAS ADMITIDOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL *Letícia Azevedo Gazzi; Aluizio Alvarenga; Ana Beatriz Teodoro Borges; Anna Luiza Pires Vieira; Edson Luiz de Lima, Salete Pereira da Silva; Letícia Carolina Malaquias Pereira; Universidade do Vale do Sapucaí- Universidade do Vale do SapucaíUnivás/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG RESUMO: Objetivo: Avaliar as características clínicas e epidemiológicas dos recém-nascidos filhos de mães diabéticas (RNFMD) internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN). Métodos: Trata-se de uma coorte histórica, incluindo-se todos os RN vivos filhos de mães diabéticas internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um Hospital Universitário, no primeiro trimestre de 2017. Resultados: Foram internados 87 RN neste período, a porcentagem de RNFMD foi de aproximadamente 10%, com idade gestacional em média de 35 semanas, o peso de 3035g e 55% eram classificados como grandes para idade gestacional. O trabalho de parto prematuro sem causa foi responsável por 55% dos partos e a descompensação da patologia materna por 22%. Em relação aos dados epidemiológicos maternos, elas tinham em média 27 anos, 44% eram primigestas, 44% eram diabéticas tipo 1 e 22% diabética gestacional. A respeito do periparto 100% foram partos cesareanas. O tempo médio de internação dos RN na UTIN foi de 22 dias, durante a evolução clínica 77% dos RN apresentaram desconforto respiratório e necessitaram de suporte ventilatório, 44% hipoglicemia, 33% malformação congênita, sendo 2 do SNC e 1 do sistema cardiovascular. A mortalidade neonatal foi de 11%, sendo que o único óbito foi em decorrência a malformação cardíaca. Conclusão:O diagnóstico de Diabetes Mellitus antes ou durante a gestação cursa com pior prognóstico materno e fetal, principalmente no que tange ao incremento das taxas de abortamento espontâneo, às malformações congênitas, ao óbito fetal, à macrossomia, à prematuridade e aos distúrbios metabólicos e respiratórios do neonato.

PALAVRAS-CHAVE: Gravidez em Diabéticas, Unidade de terapia intensiva, Macrossomia fetal.

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TRABALHOS PÔSTER Trabalho Científico

Leticia Carolina Malaquias Pereira

Atelectasia em paciente pediátrico asmático

Trabalho Científico

Luiz Henrique Torres Cota

Obstrução Intestinal em Neonatos- Relato De Caso

Trabalho Científico

Luiz Henrique Torres Cota

Triagem oftalmológica e análise dos potenciais fatores de risco para a baixa acuidade visual de alunos no ensino fundamenta II (primeira a quarta série da rede pública em Alfenas/MG (Brasil).

Trabalho Científico

Rebbeca Musy de Almeida

Amamentar: estudo etnográfico de gestantes-puérperas

Revisão de Literatura Revisão de Literatura

Amanda Basilio Silva Cristine Kaori Kitada

Crise Convulsiva Febril Na Primeira Infância

Revisão de Literatura

Jéssica Mayara Akechi

Acidentes domésticos na infância

Revisão de Literatura Revisão de Literatura

Kalynne Katyla Lima Fonseca Kalynne Katyla Lima Fonseca

Fatores relacionados à obesidade infantil na atualidade

Revisão de Literatura

Comorbidades vasculares associadas à quimioterapia na oncologia pediátrica

Relato de Caso

Mônica Caroline de Lima Ferreira Amanda Basilio Silva

Relato de Caso

Ana Beatriz Teodoro Borges

Relato de Caso: Pneumonia Afebril do Lactente em Hospital Universitário

Relato de Caso Relato de Caso

Bia Yamashita Fonseca Hortência Gomes Machado

O manejo terapêutico alternativo para sífilis gestacional e prevenção da sífilis congênita

Transtorno de Espectro Autista e sua repercussão na infância

Vulvite secundária a LES e SAAF em adolescente

Relato de caso: Anomalia renal e sequência de oligoâmnio associados ao uso de anti-hipertensivos na gestação Abordagem Terapêutica no Diagnóstico da Síndrome de Arnold-Chiari

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Relato de Caso

Larissa Veríssimo Ramos Silva

Perfuração de sigmoide devido à trauma abdominal contuso

Relato de Caso

Luiz Henrique Torres Cota

Relato de Caso

Moara Rocha Marques dos Santos

Relato de Caso

Salete Pereira da Silva

Fibrose Cística: relato de caso

Relato de Caso

Sarah Duarte de Andrade

Síndrome de Edwards: relato de caso

Relato de Caso

Yara Cristina Barbosa

Trabalho Científico

Aluízio Alvarenga

Manejo Anestésico Pediátrico em Portador de Sarcoma de Edwing Intrarraquiano – Relato de Caso

Céfaleia pós punção raquídea pediátrica: relato de caso.

Pneumonia atípica por Mycoplasma pneumoniae em pediatria – relato de caso

Holoprosencefalia alobar associada a ciclopia: relato de caso

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CRISE CONVULSIVA FEBRIL NA PRIMEIRA INFÂNCIA Silva, Amanda Basilio; Akechi, Jéssica Mayara; Landgraf, Lucas De Oliveira; Costa, Polyana Martins; Lima, Ciderléia Castro Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS/Alfenas-MG RESUMO: Introdução: Causa aguda mais comum de crise convulsiva na infância é a convulsão febril (CF), acometendo crianças menores de 5 anos, corresponde de 2-5% da população pediátrica. Benigna e autolimitada.

Descartam-se CF decorrentes de infecção do SNC e histórico de convulsões.

Objetivo: Verificar, na literatura, a incidência de CF em crianças menores de 5 anos decorrente de febre. Metodologia: Realizado revisão sistemática de literatura nas bases de dados MEDLINE e LILACS. Busca realizada por meio do cruzamento dos descritores – convulsão febril, criança e incidência– sendo encontrados 14 artigos entre os anos de 2011-17. Destes, 13 são da MEDLINE e 1 do LILACS. Após análise, foram aproveitados 7 artigos, sendo 6 da MEDLINE e 1 da LILACS. Resultados: Verificou-se que o predomínio das CF ocorre aos 18 meses e, 85-90% das CF ocorrem antes dos 3 anos. Identificouse que os principais eventos desencadeantes são infecções virais de vias aéreas superiores e as principais queixas são dores torácicas recorrentes e episódios febris idiopáticos frequentes (>38°C). Não existe distinção de prevalência entre os sexos. A vacinação de dTpa–IPV– Hib foi relacionada ao maior risco de aparecimento de CF no dia das primeiras duas vacinações dadas aos 3 e 5 meses, mas não ao risco de epilepsia. Conclusão: A faixa etária mais susceptível à CF é dos 6 meses aos 5 anos, e pode ser relacionada a diferentes predisposições genéticas e fatores ambientais. Recidiva associase à idade e atinge de 25-40% das crianças que tiveram uma CF inicial. Cerca de 50% das recorrências ocorrem em até 6 meses, 75% em até 12 meses e 90% dentro de 2 anos após a primeira CF. Os familiares devem ser conscientizados sobre a condição benigna e o bom prognóstico da CF. PALAVRAS-CHAVE: convulsão febril, criança e incidência

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VULVITE SECUNDÁRIA A LES E SAAF EM ADOLESCENTE Neto, João Victor Ferreira; Silveira, Jessica Paula; Santos, Jessica Brandani Costa; Ghizzi, Mariani; Rabelo, Lucas Rocha, Silva, Amanda Basilio*, Bueno, Adrian Nogueira Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS - Alfenas-MG RESUMO: Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, de origem autoimune, cuja etiopatogenia envolve múltiplos genes, fatores hormonais e ambientais, podendo ter sintomas com o aparecimento lento ou rápido. Apresenta-se em duas formas, a cutânea e a sistêmica e seus sintomas podem surgir em diferentes partes do corpo, dependendo do autoanticorpo que está presente. Uma das manifestações do Lupus é a Nefrite Lúpica, onde a alteração pode vir nos exames laboratoriais ou manifestação cliinica. Na nefrite ocorre proteinuria, o que leva a uma hipoalbuminemia, reduzindo a pressão oncótica e levando a edema, onde nesse caso levou à um quadro de vulvite. Descrição do caso: A.B.F.S, 18 anos, sexo feminino, em consulta relatou ITU de repetição sendo tratada nesse último episódio com Ciprofloxacino. Após o inicio do tratamento instalou-se uma mucosite intensa com dor a deglutição. Além disso, paciente alegou que há três meses vinha apresentando linfadenomegalia bilateral, dor articular em cotovelo e falanges bilateralmente e dores musculares generalizadas, porém com mielograma negativo descartando a suspeita de linfoma. Ao final da consulta foram solicitados exames para uma então suspeita de colagenose. Após uma semana, com o resultado dos exames foi fechado o diagnostico de Lúpus Eritematoso Sistêmico. A paciente evoluiu com derrame pericárdico, e posteriormente Tromboembolismo Pulmonar, sendo diagnosticada também com Sindrome do Anticorpo Antifosfolipideo, evoluiu com hipoalbuminemia, instalando-se um quadro de vulvite. Discussão: Na literatura há evidencias de que doença reumática iniciadas na fase pediátrica pode ter pior prognóstico.

Existem maior morbidade e mortalidade no caso lúpus que começa na infância ou adolescência. Conclusão: A manifestação de Vulvite no LES é assintomática.

Podendo estar relacionada a hipoalbuminemia e complicações do LES como SAAF. PALAVRAS-CHAVE: Reumatologia, Medicina do Adolescente

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RELATO DE CASO: PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Ana Beatriz Teodoro Borges, Anayene Craveiro Chagas Mendes, Carine Carvalho Vaz de Lima Moraes, Eugênio Fernandes Magalhães, Larice Afonso Pereira Calil Universidade do Vale do Sapucaí- Universidade do Vale do SapucaíUnivás/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG RESUMO: Introdução: Segundo a OMS, afecções pulmonares são principal causa de mortalidade infantil nos países em desenvolvimento. Nos lactentes menores de seis meses, a pneumonia afebril é rara, acometendo principalmente aqueles com baixo peso, prematuridade e baixa condição socioeconômica. Entre um e três meses, os agentes a serem lembrados são Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum e CMV, sendo que transmissão vertical prevalece.

Manifesta-se de forma inespecífica, com tosse, taquipneia, febre baixa ou afebril, creptação, sendo cianose e apneia sinais de gravidade. Relato do caso: J.E.R.C., feminino, 27d. Iniciou com tosse produtiva e dispneia. Afebril. Nascida de PN a termo, pesando 3.210g, sem intercorrências. Estava em aleitamento materno complementado. Vacina atualizada. Ao exame, sibilos à ausculta. A conduta inicial foi nebulização com SF0,9%. Após 20 dias, lactente retorna persistência da tosse, em paroxismos, além de cianose eventual e chiado. Negava febre.

Encontrava-se em taquipnéia, afebril, com crepitações e sibilos à ausculta.

Radiografia de tórax evidenciou infiltrados intersticiais em bases pulmonares e hemograma mostrou leucocitose e eosinofilia. Intuiu-se diagnóstico clínico, laboratorial e epidemiológico de Pneumonia afebril do Lactente. Prescrita antibioticoterapia com claritromicina. Discussão: A pneumonia afebril é a mais encontrada até a faixa etária de três meses. A apresentação não é uniforme. A confirmação diagnóstica se dá com base em critérios clínicos e radiológicos. A tosse é um dos sintomas mais encontrados nas doenças respiratórias. Toxemia, palidez e cianose acompanham a prostração e mostram relação com a gravidade do caso. Destaca-se a presença de eosinofilia nos casos de pneumonia afebril.

A hemocultura deve ser considerada em suspeita de pneumonia bacteriana com necessidade de internação. Quanto ao prognóstico, há evidênicas de asma e doença pulmonar obstrutiva na fase escolar. Conclusão: O diagnóstico tardio aumenta a mortalidade, por isso a importância de se abordar precocemente o paciente que apresenta tal clínica associada à epidemiologia sugestiva PALAVRAS-CHAVE: Pneumonia, Lactente, Chlamydia

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RELATO DE CASO: ANOMALIA RENAL E SEQUÊNCIA DE OLIGOÂMNIO ASSOCIADOS AO USO DE ANTI-HIPERTENSIVOS NA GESTAÇÃO Aluizio Alvarenga, Ana Beatriz Teodoro Borges,Anna Luiza Pires Vieira,Bia Yamashita Fonseca,Driellen Rodrigues de Almeida,Mônica Assis Rosa,Salete Pereira da Silva Universidade do Vale do Sapucaí- Universidade do Vale do SapucaíUnivás/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG RESUMO: Introdução: A oligodramnia, caracterizada pela acentuada redução do volume de líquido amniótico, tem incidência em torno de 0,5 a 5%. As principais etiologias são: ruptura prematura membranas, insuficiência placentária, anomalias congênitas, aneuploidias fetais e uso de medicações durante a gravidez. A sequência de oligoâmnio (SO), chamada de Síndrome de Potter (SP), refere-se à aparência física alterada do feto ou recém-nascido em virtude da oligodramnia. Classicamente, a SP apresenta pé torto congênito, hipoplasia pulmonar e anomalias cranianas associadas. Relato do caso: RN prétermo tardio, IG 36 6/7, masculino, nasceu de parto cesariano, pesando 2.425g, Apgar 2/6. Mãe de 42 anos, G5P4, não realizou nenhuma consulta pré-natal, devido desconhecimento da gravidez, hipertensa, fez uso durante toda a gravidez de enalapril e losartana. RN nasceu em apnéia e bradicárdico, necessitando de reanimação na sala de parto, foi transferindo para UTIN e intubado com pouca expansibilidade pulmonar. Ao exame, fácies sindrômica (hipotelorismo, micrognatia, nariz curto e implantação baixa da orelha), criptorquidia bilateral, artrogripose de MMSS e posicionamento anormal de mãos e pés. Anúrico desde nascimento, ao USG renal: rins hipoplásicos, não diferenciação da região córtex/medular, bexiga não visualizada. Foi a óbito no 6º dia de vida. Discussão: IECA e BRA estão entre as drogas mais prescritas para hipertensão. Entretanto, classificam-se na categoria D para uso na gestação, devido a sua conhecida toxicidade fetal. Estão vinculados, por exemplo, à oligodramnia, quadro que aumenta a taxa de mortalidade perinatal. Um dos fatores precipitantes de mortalidade é a hipoplasia pulmonar, decorrente da compressão torácica e abdominal fetais, limitando a movimentação diafragmática. O incremento de malformações de outros órgãos e sistemas, além das deformidades de face e membros, contribui para o prognóstico reservado do neonato. Conclusão: A abordagem preventiva dos fatores associados ao oligoâmnio, bem como seu diagnóstico pelo USG obstétrico, diminui a mortalidade perinatal por essa condição.

PALAVRAS-CHAVE: Síndrome de Potter,oligodrâmnio,malformação fetal.

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O MANEJO TERAPÊUTICO ALTERNATIVO PARA SÍFILIS GESTACIONAL E PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA Cristine Kaori Kitada*, Layne Leite Marchetti, Rebbeca Musy De Almeida, Larissa Silva Modesto, Maiara Ferreira Rodrigues Alves, Ciderléia Castro De Lima, Maria Natália Andrade Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS/Alfenas-MG. RESUMO: INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença crônica, exclusivamente humana, infectocontagiosa e a principal via de transmissão é a sexual, existindo também a via vertical durante a gestação (tipo de sífilis congênita)(1). Esta via pode ocorrer quando a gestante portadora de sífilis não recebe o tratamento ou o realiza inadequadamente(2). Para o tratamento da sífilis gestacional, a única forma efetivamente comprovada que previne a sífilis congênita é o uso da Penicilina G Benzantina(3). A ceftriaxona (1g, IV ou IM, 1xdia, por 8 a 10 dias para gestantes) também é utilizada para o tratamento da sífilis gestacional, em situações de contraindicação absoluta à Penicilina e/ou falta desse fármaco(3,4), como no caso do desabastecimento nacional anunciado pelo Ministério da Saúde em 2016(5). OBJETIVO: Analisar o uso de Ceftriaxona no tratamento da sífilis gestacional e consequente prevenção da sífilis congênita.

MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura, não sistemática, de caráter qualitativo, baseada no levantamento bibliográfico utilizando bases de dados MEDLINE, LILACS e SCIELO. Foram analisados 14 artigos e selecionados 10 estudos publicados no período entre 2010 e 2017, os descritores utilizados foram sífilis congênita, tratamento farmacológico e ceftriaxona. RESULTADOS: Dentre os artigos analisados, 04 afirmaram que os estudos em relação ao uso de ceftriaxona para tratamento da sífilis gestacional e prevenção da congênita são insuficientes; 05 declararam ser inadequado o uso dessa cefalosporina para esse tipo de tratamento; e 01 afirmou ser a penicilina o tratamento de escolha, mas esclareceu que em sua ausência, o uso de ceftriaxona poderia ser realizado, sendo necessário o acompanhamento mensal para avaliação com teste não treponêmico, considerando a detecção de possível indicação e retratamento, devido à possibilidade de falha terapêutica. CONCLUSÃO: O uso de ceftriaxona para o tratamento da sífilis gestacional e prevenção da sífilis congênita, apesar de recomendado como segunda escolha por alguns autores, não existem estudos conclusivos que mostram sua eficácia e segurança. Assim, na crise de abastecimento nacional de penicilina, o uso de ceftriaxona deve aumentar, por ser a alternativa recomendada pelo Ministério da Saúde do Brasil. Portanto, faz-se necessário o acompanhamento das pacientes para avaliar a evolução e também maiores pesquisas devem ser realizadas para comprovar a ação e o efeito da ceftriaxona nesses casos de sífilis.

PALAVRAS-CHAVE: sífilis congênita, tratamento farmacológico e ceftriaxona

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.UNEMO, Magnus et al. Laboratory diagnosis of sexually transmitted infections, including human immunodeficiency virus.

2013.

2. BRASIL, Ministério da Saúde. Manual técnico para diagnóstico da sífilis.

Brasília: 2016.

3. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de vigilância em saúde.

Departamento de DST, AIDS e hepatites virais. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis. 2015.

4.COOPER, Joshua M. et al. Em tempo: a persistência da sífilis congênita no Brasil–Mais avanços são necessários!. Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 34, n. 3, p. 251-253, 2016.

5.BRASIL, Ministério da Saúde. Nota informativa conjunta n°68/2016 DDAHV/SVS/MS e DAPES/SAS/MS, de 19 de agosto de 2016. Orienta sobre o tratamento de sífilis congênita e neurossífilis em recém nascidos somente na insdiponibilidade de penicilina G cristalina ou potássica. Brasília, 2016.

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ABORDAGEM TERAPÊUTICA NO DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DE ARNOLD-CHIARI Hortência Gomes Machado*, Karina Christiana Rodrigues De Freitas, Kerollaine Souza Silva, Leticia Estefânia Da Costa, Luana Soares Ribeiro, Ciderléia Castro De Lima, Maria Natália Andrade Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS/Alfenas-MG. RESUMO: Introdução: As Malformações de Chiari integram um conjunto de deformações congênitas que relacionam-se com o tronco cerebral, o cerebelo, a medula espinhal superior e as estruturas ósseas subjacentes. A malformação de Chiari do tipo II (MChII) é a mais usual e compõe o espectro das herniações cerebelares correlacionadas à espinha bífida cística. Essa patologia pode se evidenciar em qualquer idade, sendo severa em recém-nascidos e lactentes com menos de um ano de vida. Objetivos: Descrever o tratamento da DVP e relatar os fatores que predispõem a sua rejeição. Relato de caso: L.J.F, sexo masculino, 15 anos, nascido de parto cesáreo, à termo. Apgar 1’/5’ (3/9), 5ºm=9. Ao exame físico: BEG, normocorado, hidratado, anictérico, cianótico, afebril, MVF sem RA, FR=47rpm, BRNF em 2T, FC=120bpm, abdome normotenso, RHA+, peso 4040g, estatura=48cm. Exame neurológico: Mielomeningocele torácica, com exposição de raízes nervosas, diástase frontal mectópica, pupilas isofotorreagentes, nível sensitivo em T7, sem movimentos em MMII, paraplegia e arreflexia de MMII, movimento + em MMSS, PC= 40cm. Submetido à cirurgia para correção de mielomeningocele. À TC de Crânio: Cisternas basais e sulcos corticais apagados; sistema ventricular normopressurizado assimétrico; dilatação dos ventrículos laterais, parênquima cerebral isodenso, diástase das suturas frontais com protusão de lobo frontal, indicando importante dilatação ventricular supra-tentorial. Realizada cirurgia para instalação de DVP e evolução com vômitos e distensão abdominal. Alta hospitalar aos 13 dias de vida, apresentando movimentos em MMII. Três meses após cirurgia lactente retorna ao serviço com aumento do PC em 17 cm, sem outras alterações; realizada nova TC, evidenciando macrocrania, fossa posterior reduzida, cisternas basais e sulcos corticais proeminentes e redução de espessura do parênquima cerebral.

Considerou-se a hipótese de malformação de Arnold Chiari (MChII). Discussão: Definida como uma neurulação defeituosa, a forma sintomática da MChII tem se mostrado definidora de mal prognóstico nos casos de mielomeningocele, incluindo-se dentre suas manifestações a paralisia de cordas vocais, apneia com cianose, estridor laríngeo, pescoço retrovertido, e por vezes tetraplegia.

Conclusões: Conclui-se que a abordagem de pacientes portadores da MChII, que necessitem do uso de DVP, requer um cuidado mais significativo diante das complicações que essa derivação possa vir causar na clínica do paciente, evidenciando a necessidade de acompanhamento interdisciplinar. Ademais, o uso de técnicas assépticas, a realização do procedimento em centros de referência, bem como o cuidado quanto à drenagem de um volume exacerbado de líquor que acarretaria em um desequilíbrio na pressão dentro da cavidade ventricular, são práticas positivas, capazes de tornar a DVP mais eficiente e seus resultados mais satisfatórios, contribuindo para a um melhor prognóstico.

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PALAVRAS-CHAVE: Mielomeningocele, Síndrome de Arnold-Chiari, DVP, MChII

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ACIDENTES DOMÉSTICOS NA INFÂNCIA Jéssica Mayara Akechi*, Amanda Basilio Silva, Mariana Angelo Morais, Polyana Martins Costa, Maria Natália Andrade, Ciderléia Castro De Lima Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS/Alfenas-MG. RESUMO: Introdução: Representando uma significativa causa de morbimortalidade no mundo, os acidentes na infância constituem um problema de saúde pública, ao lado de doenças gastrointestinais, infecções respiratórias e desnutrição. A lesão não intencional é definida por aquele incidente imprevisto no qual não houve intenção por uma pessoa de causar lesão ou morte, mas que resultou em lesão. Objetivo: Analisar na literatura a prevalência e a causa dos acidentes domésticos, para conhecer os mais frequentes em cada faixa etária e apurar a incidência em relação ao sexo. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática de literatura nas bases de dados CUMED, LILACS, MEDLINE e IBECS. A busca foi feita por meio do cruzamento dos descritores - acidentes domésticos e pediatria- e foram encontrados 13 artigos entre os anos de 20102017. Após análise, foram utilizados 10 artigos. Resultados: Verificou-se que em crianças menores de 1 ano, a sufocação é a principal causa de morte; enquanto que nas faixa etárias de 1-14, o afogamento ganha destaque. Já em relação à hospitalização, a queda é unanimidade em crianças de 0-14, seguida por queimaduras de 0-4 e choque elétrico de 5-14. Observou-se que o atendimento médico por acidentes domésticos está entre as principais causas de procura ao serviço de saúde e está relacionado ao nível sociocultural e econômico. Notouse maior prevalência de acidentes no sexo masculino, visto que há maior exposição à atividades dinâmicas que envolvem maior risco, enquanto as meninas realizam atividades mais brandas. Conclusão: Vários fatores de risco são observados e relacionados com acidentes domésticos. Dentre eles, estão os referentes à criança, como a idade e o sexo. Em relação a família, há fatores de grande influência, como o nível socioeconômico, o envolvimento parental e tipo de supervisão, pois estes comportamentos de risco adotados permitem maior acessibilidade e exposição aos perigos relativos ao ambiente doméstico.

PALAVRAS-CHAVE: Acidentes domésticos, Pediatria

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FATORES RELACIONADOS À OBESIDADE INFANTIL NA ATUALIDADE Kalynne Kátyla Lima Fonseca1*; Júlia Azevedo De Almeida1; Lara Vasconcelos Souza1; Larissa Silva Modesto1; Luara De Oliveira Barroso1;, Thamara Pereira Castro1, Ciderleia Castro De Lima2 Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS/Alfenas-MG. RESUMO: INTRODUÇÃO: A obesidade é considerada uma patologia multifatorial e afeta a população independente de etnia, sexo e faixa etária. . A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que aproximadamente 42 milhões de crianças menores de cinco anos de idade sofram com o excesso de peso, estando esse número em constante crescimento. Mudanças em relação ao estilo de vida, alimentação e prática de exercícios físicos são um meio de minimizar seus efeitos sobre a saúde. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão de literatura não sistemática, de abordagem qualitativa. Foram utilizados estudos publicados no período de 2009 a 2016 nas bases de dados SCIELO, MEDLINE. Foram encontrados 37 artigos, sendo que 25 foram selecionados e 22 utilizados como amostra. RESULTADOS: A partir dos estudos foi possível observar que os hábitos alimentares da família e a influência da mídia afetam diretamente nas escolhas alimentares das crianças. Além disso, foi observado que fatores como o estresse e a ansiedade também influenciam os hábitos nutricionais infantil.

Ademais, diversas patologias estão associadas a essa doença, tendo, por exemplo, elevação do risco de doenças cardiovasculares e de insulinoresistência, podendo, não raro, ser precursora de diabetes mellitus tipo 2 e de síndrome metabólica. Por fim, a associação do uso de antibióticos com a obesidade, pode contribuir para o aumento do peso da criança. CONCLUSÃO: Conclui-se que apesar dos fatores genéticos predisporem à obesidade infantil, os fatores comportamentais tem relevada importância. Sendo assim, tem-se a necessidade de monitorização do ganho ponderal da criança, a fim de evitar o desenvolvimento desta patologia, promover uma infância saudável e garantir a diminuição de riscos à saúde futura.

PALAVRAS-CHAVE: Obesidade pediátrica, Saúde infantil.

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TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA E SUA REPERCUSSÃO NA INFÂNCIA Bianca De Carvalho Sulmoneti, Bianca Rodrigues Da Mota, Júlia Azevedo De Almeida, Julia Figueiredo Araújo, Kalynne Kátyla Lima Fonseca, Ciderleia Castro De Lima Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS/Alfenas-MG. RESUMO: Introdução: O Transtorno de Espectro Autista (TEA) é definido por meio de comprometimentos precoces no desenvolvimento sociocomunicativo, principalmente na fala, assim como pela presença de comportamentos repetitivos e estereotipados. É possível observar que possui múltiplas etiologias – como fator genético e ambiental, sendo mais frequente em crianças do sexo masculino. Seu diagnóstico, preferencialmente, deve ser realizado até os três anos de idade, a fim de evitar prejuízos à criança. Contudo, como este é ancorado em avaliações, há muitas limitações. Ademais, existe resistência dos pais em relação à aceitação da síndrome, predominando sentimentos como a culpa e negação, muitas vezes, devido à falta de conhecimento. Objetivo: Identificar, na literatura atual, a importância do diagnóstico do autismo e conhecer a repercussão social e comportamental na vida da criança. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão de literatura do tipo integrativa, não sistemática, de abordagem qualitativa, em que foram analisados artigos publicados entre 2012 e 2017 disponibilizados nas bases de dados Lilacs e Scielo. Os descritores utilizados foram transtorno autístico, diagnóstico e criança, em português. Foram encontrados 40 artigos, sendo que 22 foram selecionados e 17 utilizados como amostra. Resultados: Os estudos discutem o diagnóstico do autismo, que é clínico e de exclusão. Pode ser feito através da observação, entrevista com os pais, exclusão de outras doenças, realização de exames e anamnese. Os sintomas como isolamento social, comportamento estereotipado, resistência ao contato físico e dificuldades no desenvolvimento da linguagem e outras áreas têm sido fortes indicadores para a determinação do diagnóstico. Na rotina escolar, as crianças autistas dirigem o comportamento de iniciativa mais às ações do que às pessoas, além de terem menos dificuldade de coordenação motora. Além disso, as repercussões do TEA durante a infância se resumem a dificuldade de realizar atividades sociais, comunicação, atividades de autocuidado e higiene. Conclusão: Conclui-se que o comprometimento no desenvolvimento socioeducativo e da linguagem são inicialmente os sinais mais evidentes para o diagnóstico de TEA. É importante que seja realizado o diagnóstico precocemente, com vista a minimizar os efeitos complicadores para o desenvolvimento infantil em crianças com autismo e gerar ganhos significativos e duradouros, o que se torna um momento desafiador, complexo e delicado para a família.

PALAVRAS-CHAVE: Transtorno autístico, diagnóstico, criança, infância.

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PERFURAÇÃO DE SIGMOIDE DEVIDO À TRAUMA ABDOMINAL CONTUSO Larissa Veríssimo Ramos Silva*, Félix Carlos Ocáriz Bazzano, Juliana Valentini, Salete Pereira da Silva, Eliton Edimilson do Couto, Universidade do Vale do Sapucaí- Univás/Pouso Alegre – MG RESUMO: Introdução: O abdome é a terceira região corporal mais acometida por traumas. Em uma proporção de 4 para 1, observa-se maior ocorrência de traumas contusos do que abertos. Devemos destacar como causa de contusão em crianças o abuso físico e o trauma secundário às atividades recreativas, como ciclismo e natação. Em traumas contusos, as vísceras parenquimatosas são mais suscetíveis a lesão, entretanto, com menor frequência, vísceras ocas podem ser acometidas. As lesões isoladas de cólon sigmoide são raras na literatura. O retardo do diagnóstico de lesões de vísceras ocas, dificultado por sintomas combinados de hemorragia e contaminação peritoneal tardios, aumentam a morbidade e mortalidade, traduzindo quadros graves.

Apresentação do caso: Paciente do sexo masculino, 9 anos, vítima de queda de bicicleta com contusão pelo guidão na fossa ilíaca esquerda. Foi admitido no pronto socorro com dor abdominal intensa e lesão característica do trauma com o guidão em região inguinal. Ao exame físico, apresentava dor abdominal com sinal de irritação peritoneal importante. Realizou radiografia de abdome em posição ortostática e em decúbito dorsal, confirmando a presença de pneumoperitôneo. Foi indicado a realização de procedimento cirúrgico que constatou perfuração grosseira de cólon sigmoide e a presença de grande volume de conteúdo fecal na pelve. Com base em tais achados, optou-se pela realização de lavagem abdominal exaustiva e colostomia imediata, e posterior reconstrução de trânsito intestinal. Discussão: Lesões de cólon geralmente ocorrem por trauma penetrante, esporadicamente são encontradas em contusões, e possuem como porção mais vulnerável o cólon transverso, devido a sua localização desprotegida. Nesse caso, a compressão gerada pelo guidão na parede anterior abdominal originou a perfuração isolada da víscera na região do cólon sigmoide. Os relatos sobre perfuração de sigmoide por contusão não associada a outras lesões intra-abdominais são raros, mas a literatura é categórica ao afirmar que neste tipo de lesões é de extrema importância ao prognóstico do paciente, o tempo decorrido entre a admissão no serviço de emergência e a realização do procedimento cirúrgico. Conclusão: Foi realizado colostomia e reconstrução de trânsito intestinal sem intercorrências e recuperação adequada. O diagnóstico e o tratamento precoce, mesmo que com clínica inespecífica, são fundamentais para um bom prognóstico e baixos riscos de morbidade e mortalidade.

PALAVRAS-CHAVE: Trauma abdominal, lesão contusa, perfuração de sigmoide

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ATELECTASIA EM PACIENTE PEDIÁTRICO ASMÁTICO Letícia Carolina Malaquias Pereira Universidade do Vale do Sapucaí- Univás/Pouso Alegre - MG RESUMO: Introdução: A atelectasia pulmonar consiste na incapacidade de expansão alveolar, podendo acometer desde segmentos dos pulmões até todo o órgão respiratório. Patologias como asma brônquica e bronquite crônica podem evoluir com atelectasia obstrutiva. Crianças são comumente acometidas por apresentarem características anátomo-fisiológicas que favorecem a obstrução das vias aéreas e facilitam a ocorrência dessa complicação. Descrição do caso: O.J.P.B.C, feminino, nascida no dia 09/09/14 de parto normal, a termo e com apgar baixo, foi trazida pela mãe ao consultório médico, apresentando há 7 dias dispneia eventual e tosse seca recorrente, por vezes, produtiva, com piora noturna, matutina e aos esforços. Ao exame físico, foram constatados sibilos.

Realizada radiografia de tórax que demostrou imagem radiopaca em lobo médio, sugestiva de atelectasia. O diagnóstico foi de crise de asma e atelectasia. Em nova consulta, foi relatada melhora clínica e foram negadas outras intercorrências. A imagem de atelectasia persistia em nova radiografia de tórax.

Foi, então, solicitada tomografia computadorizada de tórax, que confirmou atelectasia em lobo médio pulmonar. Indicou-se fisioterapia respiratória e manteve-se a medicação prescrita. Paciente segue em acompanhamento ambulatorial. Discussão: A paciente em questão, desenvolveu atelectasia posteriormente à crise asmática. A asma é uma doença crônica caracterizada por inflamação da via aérea, hiperresponsividade brônquica e crises de broncoespasmo com obstrução reversível do fluxo aéreo. Sabe-se que a doença asmática crônica é capaz de provocar alterações anátomo-funcionais da árvore brônquica que se relacionam diretamente à inflamação da via aérea e corroboram para a obstrução luminal. Isso facilita ainda mais o surgimento de atelectasia que, após instaurada, confere maior predisposição às complicações infecciosas e pode determinar piora do quadro, com a necessidade de maior suporte ventilatório. Conclusão: A atelectasia é uma doença comum em crianças menores e, por vezes, pode ser mascarada com a supressão dos sintomas que foram apresentados em vigência da doença de base. Estando medicada, a paciente teve sua crise asmática controlada e se não fossem os exames de imagem, não seria percebida a atelectasia e, então, não se iniciaria a propedêutica mais adequada. A atelectasia não tratada influencia no prognóstico do paciente, comprometendo sua recuperação.

PALAVRAS-CHAVE: Atelectasia; pediatria; asma.

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OBSTRUÇÃO INTESTINAL EM NEONATOS- RELATO DE CASO Thamiris Vilas Boas Neves,Anna Luiza Souza,Emilene Valim Dos Santos Silveira,Jessika Nelize Siqueira Do Nascimento,Débora Lopes Gonçalves,Lisandra Ayusso,Luiz Henrique Torres Cota,Plínio Augusto Moreira Fonseca,Felix Carlos Ocariz Bazzano Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS/Alfenas-MG. RESUMO: INTRODUÇÃO: A obstrução intestinal neonatal é definida por ausência de eliminação de mecônio, acompanhada de distensão abdominal progressiva e vômitos, ainda que haja eliminação meconial nos primeiros dias.

Há que se fazer distinção entre formas de obstrução intestinal: causas mecânicas, representadas pelas atresias intestinais, vícios de rotação, estenoses e bridas congênitas e causas funcionais, que são originadas de falha na propulsão do conteúdo intestinal, alterações de inervação do tubo digestivo, doença de Hirschsprung, displasias neuronais, íleo meconial, a síndrome do cólon esquerdo e a síndrome da rolha meconial. RELATO DE CASO: Paciente do sexo feminino, 3 anos, encaminhada para reconstrução de trânsito intestinal.

Ao exame do aparelho gastrointestinal: Bolsa de colostomia em FIE em bom aspecto, drenando fezes líquidas amareladas. Nos exames laboratoriais: Presença de leucocitose de 28.760 e 78% de segmentados, além de trombocitose. História de nascimento pré-termo, 32 semanas de idade gestacional, pesando 1945 gramas, APGAR 8. Durante internação na UTI neonatal, no 5º dia de vida, evoluiu com distensão abdominal e ausência de eliminação de mecônio, sendo realizada enterectomia, apendicectomia e ileostomia. Aos 6 meses de idade foi internada para fechamento de ileostomia, porém no pós-operatório apresentou, novamente, distensão abdominal, sendo feita nova intervenção de ileostomia e colostomia. Posteriormente, aos 2 anos e 6 meses de idade, realizou fechamento da ileostomia e coletado amostra do reto para biopsia, sem intercorrências. Ao anatomopatológico: Hiperplasia linfoide folicular reacional em mucosa retal; presença de células ganglionares. Dez meses depois, a paciente foi submetida ao procedimento cirúrgico para fechamento de colostomia sem nenhuma intercorrência. CONCLUSÃO: A associação entre história materna de polidrâmnio e obstrução intestinal em recém-nascidos é bem conhecida. A ultra-sonografia pré-natal é mais confiável na detecção de atresia duodenal do que nas obstruções distais. Ao recepcionar o recém-nascido quando do seu nascimento, preocupa-se em observar o volume de líquido aspirado da câmara gástrica, sendo que a maior dificuldade no tratamento é selecionar quais são os candidatos à cirurgia de emergência.

PALAVRAS-CHAVE: cirurgia, pediatria, obstrução intestinal

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TRIAGEM OFTALMOLÓGICA E ANÁLISE DOS POTENCIAIS FATORES DE RISCO PARA A BAIXA ACUIDADE VISUAL DE ALUNOS NO ENSINO FUNDAMENTA II (PRIMEIRA A QUARTA SÉRIE) DA REDE PÚBLICA EM ALFENAS/MG (BRASIL).

Amanda Batista Da Silva Lemos, Bruno Ferreira Franco Laignier, Luiz Henrique Torres Cota, Murilo Campos Sila, Cláudio Daniel Cerdeira, Gérsika Bitencourt Santos Barros.

Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS/Alfenas-MG. RESUMO: Introdução: Acuidade Visual (AV) é a característica do olho em discriminar os detalhes espaciais, incluindo a forma e o contorno dos objetos.

Mundialmente, dados apontam para uma considerável incidência para os problemas de AV durante a infância, sendo comuns os agravantes de saúde na vida adulta dos afetados quando não diagnosticados e tratados adequadamente, bem como os prejuízos e déficits na vida escolar. Objetivos: Neste estudo foi realizada uma triagem oftalmológica em crianças matriculadas em duas escolas (1ª a 4ªsérie) da rede pública de ensino no município de Alfenas –MG (Brasil),posteriormente relacionando a baixa acuidade visual (AV)com fatores de risco. Métodos: Este é um estudo observacional, descritivo/quantitativo e transversal no qual a AV foi avaliada por meio do teste de Snellen e questionários foram respondidos pelos pais e professores das crianças que apresentaram alterações da AV. Resultados: Foram avaliadas 764 crianças(n= 764, 52% do sexo feminino; I C(95%)48-55%)de 6 a 10 anos de idade, tendo sido observado que 97 delas (13%;IC(95%)1015%)apresentaram alguma alteração na AVe, dentre as 97,53% (IC(95%)43-63%) foram do sexo masculino. Não houve correlação entre a prevalência de baixa AV e sexo da criança (χ²com p>0,05). O teste exato de Fisher revelou que a alta percentagem de crianças que nunca realizaram um exame oftalmológico teve uma positiva correlação significativa com a baixa AV (p<0,0001). 30%das crianças alegaram aos pais “enxergar bem”(autopercepção da visão),apesar de apresentarem baixa AV, indicando que a simples falta do parâmetro de comparação para a percepção de problemas na AV torna as triagens oftalmológicas essenciais nesta faixa etária. Em entrevista com professores, foi verificado haver uma infraestrutura inadequada no sistema educacional e dificuldades para satisfazer as necessidades básicas educacionais de crianças com problemas visuais, bem como para identificar alterações na AV dos alunos e propiciar promoção de saúde no espaço escolar. Além disso, eles reportaram não ter um conhecimento adequado para lecionar acrianças que apresentam baixa AV. Conclusão: Neste estudo a prevalência de baixa AV foi 13%, assim, é destacada a importância de uma triagem oftalmológica em crianças em idade pré-escolar e escolar visando o diagnóstico precoce dos problemas de visão e posterior esclarecimento e tratamento, possibilitando os desenvolvimentos social e cognitivo normais os estudantes.

PALAVRAS-CHAVE: pediatria, oftalmologia , acuidade visual

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Referências bibliográficas: 1- OliveiraRS, Parizotto AV, Caleffi MF, Beal C, Yeh WSS, Vicensi MC.Avaliação da acuidade visual em escolares no município de Herval d’Oeste, Santa Catarina, Brasil.Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. 2013;8(28):180186.DOI:http://dx.doi.org/10.5712/rbmfc8(28)544.

2-Ribeiro GB,Coelho ALD,Chaves PHP, Macedo RL, Blasco e Silva TA. Avaliação oftalmológica de crianças de escolas públicas de Belo Horizonte/MG: um panorama acerca da baixa acuidade visual.Rev Bras Oftalmol.2015;74(5):288-291.

DOI:http://dx.doi.org/10.5935/0034-7280.20150059 3-Ganesh A, Al-MujainiA. Ocular Genetics: A Sub-specialty Service for Genetic Eye Diseases. Oman Medical Journal. 2013;28(1):1-2.DOI 10. 5001/omj.2013.01 4-Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (BR). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística– IBGE: Censo. [on-line] 2000; [citado 31 out 2008].

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MANEJO ANESTÉSICO PEDIÁTRICO EM PORTADOR DE SARCOMA DE EDWING INTRARRAQUIANO – RELATO DE CASO Luiz Henrique Torres Cota, Camilla Ribeiro de Oliveira, Letícia Vivian Souza Franco, Vanessa da Silveira Freitas, Mariana de Oliveira Salves Gonçalles, Roberto Salvador de Souza Guimarães Universidade José do Rosário Vellano - UNIFENAS/Alfenas-MG. RESUMO: Introdução: O Sarcoma de Edwing é uma neoplasia maligna osteolítica de alto grau. Acomete indivíduos entre 5 e 15 anos, com predomínio no sexo masculino. O manejo anestésico nos tumores da região cervical é um desafio para o médico anestesiologista. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o manejo anestésico em paciente pediátrico, submetido à microcirurgias para tumor medular com técnica complementar. Relato de Caso: Masculino, 8 anos, admitido no pronto socorro com história de queda há dois meses, evoluindo para cervicobraquialgia, parestesia e diminuição da força muscular nos membros superiores. Avaliação pré-anestésica: anamnese minuciosa sem antecedentes mórbidos. Exame clínico: sem alterações nos sistemas cardiovascular e respiratório. Neurológico: Escala Coma Glasgow 15, pupilas isofotorreagentes, tetraplegia. Via aérea – Potencial via aérea difícil: mobilidade cervical restrita, Mallampati IV, abertura bucal < 3 cm, distância tireo-mento < 5cm, esterno-mento < 12,5cm, ASA II. Antecedentes cirúrgicos: duas laminectomias (uma via posterior e outra anterior) aos níveis C2-C4. Monitoração. Anestesia venosa: Propofol 1%, Remifentanil 2mg e Rocurônio 30mg. Laringoscopia direta, posição otimizada, lâmina 2, Miller, tubo traqueal 6,0, aramado, com leve sedação.

Alternativas para via aérea: máscara laríngea e Bougie. Não disponibilidade do fibroscópio. Primeira tentativa de intubação com sucesso. Tempo cirúrgico: 6 horas. Regressão da anestesia, extubado e encaminhado à UTI. Após 4, dias alta hospitalar e encaminhamento ao ambulatório para acompanhamento.

Discussão: O tratamento das lesões é multimodal. A ressecção cirúrgica é a primeira opção, seguido quimioterapia. A infusão de fármacos com perfil farmacocinético para a técnica venosa é fundamental na condução e despertar precoce. Evidente que a avaliação criteriosa, conscientização do paciente e seus familiares, é essencial para o sucesso dos procedimentos. Conclusão: As alterações decorrentes desta patologia, determinam dificuldades na realização de procedimentos anestésicos, como a abordagem inadequada da via aérea e escolha da técnica de anestesia geral. Portanto, as condutas anestésicas aplicadas neste caso, foi de suma importância para o bem estar, redução dos riscos e recuperação acelerada do paciente.

PALAVRAS-CHAVE: sarcoma, pediatria, anestesiologia

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1. BELLAN, Davi Gabriel et al. Sarcoma de Ewing: epidemiologia e prognóstico dos pacientes tratados no Instituto de Oncologia Pediátrica. Revista Brasileira Ortopedia, v. 47, n. 4, p. 446450, 2012. 2. Blanco G, Melman E, Cuairan V et al - Fibreoptic nasal intubation in children with anticipated and unanticipated difficult intubation. Paed Anaesth, 2001;11:49-53 3. CATALAN, Julian et al. Sarcoma de ewing: aspectos clínicos e radiológicos de 226 casos. Radiologia Brasileira, São Paulo, v.38, n. 5, p. 333336, 2005.

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CEFALEIA PÓS PUNÇÃO RAQUÍDEA PEDIÁTRICA: RELATO DE CASO. Moara Rocha Marques dos Santos*, Luiz Henrique Torres Cota, Luisa Ferreira Arantes, Roberto Salvador de Souza Guimarães, Thyago de Oliveira, Vanessa da Silveira Freitas.

Universidade José do Rosário Velano RESUMO: Introdução A anestesia subaracnóidea é uma técnica que tem como base a introdução de anestésico local na região do espaço subaracnóideo, com o objetivo de promover a interrupção temporária da transmissão e da condução de impulsos nervosos, sendo o procedimento ideal para intervenções cirúrgicas no andar inferior do abdômen e nos membros inferiores. As características favoráveis desta técnica em pediatria são relativas à estabilidade cardiovascular, em crianças de até 8 anos de idade, à analgesia satisfatória e ao relaxamento muscular. As complicações são as mesmas encontradas no paciente adulto, incluindo cefaléia pós punção dural e irritação radicular transitória. A cefaléia após punção da duramáter pode aparecer na criança. Kokki e col. demonstraram que este efeito adverso seria detectado em crianças mais jovens, embora se considere que esta complicação seja rara em crianças com menos de 10 anos. Metodologia Trata-se de um relato de caso atípico no qual foi usando a análise de prontuários do Hospital Universitário Alzira Velano, com pesquisa em bases de dados: Scielo, Pubmed e Upto Date. Relato de Caso Paciente masculino, 5 anos, 20 Kg, deu entrada às 06:00 horas, no dia 28 de março de 2017. Admitido para realização de postectomia. Após conversa com os pais, classificação estado físico ASA I. Respeitado jejum de 8horas para alimentos sólidos, sem alergias. Exames complementares: hemograma e coagulograma dentro da normalidade. Administrado Midazolam 1 mg endovenoso (0,05 mg/kg) e colocado cateter nasal com O2 à 3L/mim. Após monitorização básica (PA 118 x 70, FC 101, Sat O2 99%), calmo e cooperativo.

Posicionado em decúbito lateral esquerdo, assepsia com clorexidina alcoólica 0,5%, botão anestésico com Cloridrato de Lidocaína 2% sem vasoconstritor - 2 ml. Nível da punção: L3 - L4. Agulha "APL" Whitacre 27gauge, punção única com líquor claro. Administrado Cloridrato de Bupivacaína 0,5% hiperbárica - 6 mg (0,3 mg/kg) e Dimorf 20 μcg. No momento que desloquei a mão para pegar a seringa, o paciente suspirou profundamente e houve deslocamento da agulha do espaço.

Verifiquei o ocorrido por cessar o gotejamento do líquor. Reposicionado, realizado nova punção no mesmo espaço, com mesmas características do material citado. Segunda punção com a mesma facilidade anterior. Líquor claro, administrado 2 mL de Cloridrato de Bupivacaína 0,5 hiperbárica e morfina 20 μcg. Confirmado instalação do bloqueio, liberação e realizado o procedimento, com duração aproximada de 30 minutos. Administrado analgesia, antibióticoterapia profilática e anteméticos. Ao final, paciente desperto, verbalizando, porém sonolento, é liberado para o quarto após critérios, aos cuidados dos pais e da enfermagem, tendo alta na manhã seguinte, sem queixas de dor e com orientações. Após 2 dias, mãe entra em contato relatando que filho está queixando-se de náuseas e de cefaléia frontal, segundo relato, de moderada intensidade. Como hipótese diagnóstica tem-se cefaleia pós punção dural. como não houve sinais de irritação meníngea expressados pela mãe ao

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ser questionada (febre, convulsão, confusão, síncope), foi orientado repouso.

Prescritos Dipirona 20 gts de 4/4h + Dramin 20 gts de 6/6h (S/N) + Ibuprofeno 20 gtas de 12/12h + hiper hidratação oral nessas 48h. A mãe manteve o tratamento por 3 dias, e na segunda-feira 03/04/17, estava bem e que retornou as suas atividades habituais. Concluindo-se que o tratamento clínico foi eficaz.

Discussão Cefaléia é a complicação mais comum da raquianestesia, com incidência estimada inferior a 3%. Pode ser acompanhada de rigidez de nuca em 57% dos casos, de dor nas costas em 35% dos casos, de náusea em 22% dos casos e, em menor freqüência, de sintomas relacionados a comprometimento de pares cranianos e de espasmos musculares localizados. Postula-se que o mecanismo responsável pelo seu aparecimento seja a diminuição da pressão liquórica decorrente da perda de líquor do espaço subaracnóideo através de lesões determinadas pela agulha de punção ou pelo cateter (Ganem,2002). O fato de ter realizado duas punções no espaço subaracnóideo, foi fator relevante para desenvolvimento da cefaléia pós punção, seguido fisiologia da diminuição da pressão liquórica resultando numa tração nas estruturas meníngeas intracranianas. O tratamento pode ser conservador e inclui hidratação e analgésicos. Conclusão. Portanto, o estudo do caso demonstra a raridade da incidência de cefaléia pós-punção da dura-máter para a idade, e que no caso uma situação imprevista e que a dupla punção no mesmo espaço foram fatores determinantes para o aparecimento das sintomatologias decorrentes. O tratamento conservado deve ser a primeira opção para a efetividade na resolução da complicação.

Referências Bibliográficas Giaufré E, Dalens B, Gombert A - Epidemiologyandmorbidityof regional anesthesia in children: a one- yearprospectivesurveyoftheFrenchLanguageSocietyofPediatricAnesthesiologists. AnesthAnalg, 1996;83:904-922.

Imbelloni, Luiz Eduardo, et al. "Spinalanesthesia for outpatientpediatricsurgery in 1-5 yearsoldchildrenwith 0.5% isobaricenantiomericmixtureofbupivacaine (S75R25)." Revista brasileira de anestesiologia 52.3 (2002): 286-293.

Módolo, Norma Sueli Pinheiro; Castiglia, Yara Marcondes Machado. Anestesia subaracnóidea em crianças. Revista Brasileira de Anestesiologia. Sociedade Brasileira de Anestesiologia, v. 51, n. 6, p. 537-547, 2001 Ganem, E,M. Castiglia,Y,M,M. Castiglia,P,T,G. Complicações Neurológicas Determinadas pela Anestesia Subaracnóidea. Rev Bras Anestesiol 2002; 52: 4: 471-480

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COMORBIDADES VASCULARES ASSOCIADAS À QUIMIOTERAPIA NA ONCOLOGIA PEDIÁTRICA Mônica Caroline de Lima FERREIRA*¹, Thamara Pereira CASTRO¹, Letícia Estefânia da COSTA¹, Júlia Azevedo de ALMEIDA¹, Jéssica Mayara AKECHI¹, Ciderleia Castro de LIMA² ¹Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade José do Rosário VellanoUNIFENAS/Alfenas-MG. Membros de Liga de Pediatria ²Docentes no Curso de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano- UNIFENAS/Alfenas-MG. Universidade José do Rosário Vellano RESUMO: Introdução: As cardiopatias diagnosticadas concomitantes ou após doença oncológica representam grande causa de morbimortalidade infantil em pacientes oncológicos. A cardiotoxicidade pode ser minimizada com o diagnóstico precoce e, isso é favorecido com intenso monitoramento do sistema cardiovascular. Objetivo: Identificar as comorbidades vasculares associadas à quimioterapia na oncologia pediátrica. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão de literatura não sistemática, de abordagem qualitativa, em que se analisaram estudos recentes, disponibilizados nas bases de dados Scielo e Albert Einstein Sociedade beneficente Israelita Brasileira. Escolheram-se artigos que tiveram como embasamento a I Diretriz Brasileira de Cardio-Oncologia Pediátrica. Resultado: Os estudos mostraram que o potencial cardiotóxico da quimioterapia é elevado e com isso requer maior cuidado na avaliação cardiológica em pacientes oncológicos. Pois, os principais problemas observados nas crianças que fazem tratamento oncológico são a disfunção sistólica ventricular esquerda e a insuficiência cardíaca. Há, também, aumento na probabilidade de desenvolvimento de hipertensão arterial, doença tromboembólica, pericardite, arritmias e isquemia do miocárdio. Estudos mostram uma correlação entre o quimioterápico utilizado e os eventos cardiovasculares, sendo os mais tóxicos: as antraciclinas, ciclofosfamida, ifosfamida, derivados da platina, antimetabólicos como o 5- fluorouracil e a capecitabina, agentes biológicos como o interferon, inibidores da tirosinaquinase e imatinibe. Conclusão: Visto que há grande possibilidade de desencadear cardiopatias devido à cardiotoxicidade da terapêutica empregada em crianças em tratamento quimioterápico oncológico, é importante o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar para que seja estabelecido um plano terapêutico para minimizar os efeitos cardiotóxicos.

PALAVRAS-CHAVE: Oncologia, Cardiotoxicidade, Quimioterapia Referências: SANTOS, M. V. C.; PAIVA, M. G.; MACEDO, E. R. D. P. et al. I Diretriz Brasileira de cardio-oncologia pediátrica da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras cardiol. V. 100, N.5, supl. 1; maio 2013, São Paulo.

EWER, Michael S.; EWER, Steven M.; Cardiotoxicity of anticancer treatments: what the cardiologist needs to know. Nature reviews cardiology. 2010; 7(10).

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AMAMENTAR: ESTUDO ETNOGRÁFICO DE GESTANTES-PUÉRPERAS Rebbeca Musy De Almeida*, Lívia Maria Carvalho De Lima, Mariana Salves De Oliveira Gonçalles Universidade José do Rosário Vellano-Unifenas/Alfenas-MG RESUMO: INTRODUÇÃO: O aleitamento materno é essencial para a promoção e a proteção da saúde infantil, sendo inúmeros os benefícios provenientes dessa prática, tanto para a nutriz quanto para a criança, sendo recomendado pela Organização Mundial da Saúde por no mínimo 6 meses1,2.

Acredita-se que características individuais sejam influenciadoras na duração da amamentação, podendo ser de modo positivo ou negativo3. Assim, sugere-se a necessidade de mudanças de paradigmas que envolvem o aleitamento materno, devendo essas mudanças ter início ainda no pré-natal. OBJETIVO: Avaliar os fatores que influenciam na amamentação materna desde o período anterior ao parto e no puerpério. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de abordagem qualitativo, etnográfico. O estudo foi baseado em entrevistas com 6 mulheres, de 18 a 35 anos, acompanhadas nos ambulatórios Vila Esperança e Morada do Sol e residentes no município de Alfenas, sul de Minas Gerais. Os dados coletados correspondem ao último trimestre da gestação e aos três primeiros meses do puerpério, para isso foi elaborado um roteiro de entrevista com perguntas não estruturadas, para não limitar as repostas das participantes. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade José do Rosário Vellano – Alfenas, MG sob o parecer n. 13.08.253. RESULTADOS: Dentre os resultados favoráveis ao aleitamento materno, tem-se o desejo de amamentar, o apoio familiar, o relacionamento afetivo estável e o conhecimento prévio sobre a importância do aleitamento materno. E, dentre os aspectos desfavoráveis estão o tabagismo, o relacionamento afetivo instável, a atividade profissional, o medo da dor por antecipação, a falta de orientação profissional sobre a prática correta e a gravidez não desejada e/ou não planejada. CONCLUSÃO: Apesar da importância da amamentação, existem inúmeras falhas para que a prática da amamentação seja bem-sucedida em todo o seu potencial. Assim, é necessária maior atenção para o incentivo da amamentação e a sua manutenção, além de focar no indivíduo "mãe" para que os fatores negativos não sejam prevalentes na sua escolha de amamentar ou não; sendo importante o acompanhamento adequado, que se estende além das consultas de pré-natal, puerperal e pediátrica.

PALAVRAS-CHAVE: Aleitamento Materno, Gravidez, Período Pós-Parto

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FIBROSE CÍSTICA: RELATO DE CASO Salete Pereira da Silva*; Eugênio Fernandes Magalhães; Carine Carvalho Vaz de Lima Morais; Larissa Veríssimo Ramos Silva; Letícia Carolina Malaquias Pereira; Yara Cristina Barbosa Universidade do Vale do Sapucaí - Pouso Alegre RESUMO: Introdução: Fibrose cística (FC), também chamada de mucoviscidose, é uma doença genética autossômica recessiva. Embora predomine na população caucasiana, com incidência de 1:3.000 nascidos vivos, pode estar presente em todos os grupos étnicos. É caracterizada por acúmulo de secreção espessa e purulenta, infecções respiratórias recorrentes e perda progressiva da função pulmonar. Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, nascida a termo, possui pais sem patologias e um irmão portador de asma. Tem diagnostico de FC por triagem neonatal e confirmação pelas amostras positivas (acima de 60 meq/l). Aos 9 meses foi trazida ao consultório médico com queixa de regurgitação, prurido nasal, respiração bucal, tosse produtiva e coriza.

Recebeu ibuprofeno e soro nasal, sendo que já fazia tratamento com lipase para insuficiência pancreática - e vitaminas. Em 2011 procura do serviço, apresentando tosse produtiva, iniciou tratamento com Prednisolona. No ano de 2014 ocorre exacerbação infecciosa com tosse seca persistente acompanhada de febre recorrente, recebendo amoxicilina e clavulanato. Em 2016 procura atendimento com queixa de tosse seca e relata positividade para cultura de Pseudomonas aeruginosa em cultura anterior, onde foi internada Foi prescrito acetilcisteína e sulfato de salbutamol. Em maio de 2017 apresentou quadro de tosse produtiva acompanhada de dispneia intensa, tratando com prednisolona, salbutamol e pancrease. Ao exame físico, apresentava estertores crepitantes na base e sibilos. Realizada radiografia de tórax que demonstrou hiperinsuflação, e espirometria demonstrando valores normais com capacidade vital forçada (CVF) de 109 e volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) de 95.

Discussão: Além das manifestações pulmonares, a FC acomete diversos sistemas e órgãos, sendo diarreia crônica e desnutrição alterações também presentes. P. aeruginosa tem sido, nas duas últimas décadas, o patógeno mais importante do trato respiratório FC. O diagnóstico deve ser feito o mais precocemente possível. Conclusão: O tratamento das manifestações pulmonares de pacientes com FC deve incluir um programa de fisioterapia respiratória, hidratação, tratamento precoce das infecções respiratórias e fluidificação de secreções. É contínuo, sem duração previamente definida.

Espera-se melhora da função pulmonar desde o primeiro mês de tratamento e que haja redução das exacerbações pulmonares ao longo do tempo.

PALAVRAS-CHAVE: Fibrose cística, infecção respiratória, função pulmonar, exacerbações pulmonares, Pseudomonas aeruginosa

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SÍNDROME DE EDWARDS: RELATO DE CASO Marcela Silveira Carvalho Rocha, Carina Prince Siqueira Leite, Sarah Duarte de Andrade, Laís Pereira Rabelo, Annie Beatriz de Carvalho, Maria Natália Andrade, João Francisco da Gama Neto Hospital Universitário Alzira Velano RESUMO: Introdução Síndrome de Edwards ou trissomia do cromossomo 18 foi descrita pela primeira vez em 1960 pelo professor John Edwards. É a segunda trissomia mais comum, com prevalência 1/8000 nativivos, discreta prevalência no sexo feminino e baixa sobrevida. Caracteriza-se por um amplo quadro clínico que acomete múltiplos órgãos e sistemas. Há descrição na literatura de mais de 130 anomalias diferentes, as quais podem envolver praticamente todos os órgãos e sistemas, sendo que nenhuma delas é patognomônica da trissomia do cromossomo 18. Descrição do caso Recém-nascido a termo, sexo feminino, idade gestacional de 38,6 semanas, parto cesáreo devido a crescimento intra útero restrito. Mãe de 35 anos, G2P1A0, realizou 8 consultas de pré-natal, com sorologias negativas, negou tabagismo e etilismo, apresentou infecção urinária no segundo e terceiro trimestre de gestação. Ao nascimento, apresentou APGAR 4/8 e peso 1960g. Na sala de parto, foi observada presença de fissura labial bilateral transforame completa, baixa implantação dos pavilhões auriculares, fissuras palpebrais pequenas, punhos cerrados com o segundo dedo sobre o médio e o quinto sobre o quarto e calcâneos proeminentes. Apresentou desconforto respiratório, sendo transferida para unidade intensiva neonatal e realizado intubação orotraqueal com ventilação mecânica. No terceiro dia de vida foi realizado ecocardiograma transtorácico pediátrico evidenciando forame oval e canal arterial patentes, comunicações interatrial e interventriculares e sinais indiretos de hipertensão pulmonar. Realizado cariotipagem sendo visualizado a trissomia do cromossomo 18, fechando diagnóstico de síndrome de Edwards.

Durante a internação, foi necessário uso de antibioticoterapia, nutrição parenteral e diuréticos. Evoluiu ao óbito com 2 meses e 19 dias. Discussão Atualmente, a suspeita diagnóstica da síndrome no período pré-natal pode ser levantada pela ultrassonografia e ecocardiografia fetal, das dosagens bioquímicas (gonadotrofina coriônica humana, alfa-fetoproteína e estriol não conjugado), e confirmada pela análise cromossômica fetal por meio de procedimentos como a punção das vilosidades coriônicas e a amniocentese.

Conclusão Devido à gravidade do caso, o diagnóstico pré-natal é de extrema importância. É imprescindível a investigação de fatores que levaria ao diagnóstico da síndrome, pois é traumática para a família tomar conhecimento do fato após o nascimento da criança.

PALAVRAS-CHAVE: Síndrome de Edwards, Trissomia do 21, Edwards Syndrome Referências bibliográficas ROSA, Rafael Fabiano M. et al. Trissomia 18: revisão dos aspectos clínicos, etiológicos, prognósticos e éticos. Rev. paul. pediatr. [online]. 2013, vol.31, n.1, pp.111-120.

ISSN 0103- 0582. http://dx.doi.org/10.1590/S0103 05822013000100018.

Machado, F. B. et. al. Síndrome de Edwards: relato de caso. Revista Científica da FMC. Vol. 2, nº 1, 2007, pp 26-29. http://www.fmc.br/revista/V2N1P26-29.pdf

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PNEUMONIA ATÍPICA POR MYCOPLASMA PNEUMONIAE EM PEDIATRIA – RELATO DE CASO Yara Cristina Barbosa*, Eugênio Fernandes Magalhães, Carine Carvalho Vaz de Lima Morais, Salete Pereira da Silva, Mariane Martinez Ribeiro do Valle Universidade do Vale do Sapucaí- Univás/Pouso Alegre - MG RESUMO: INTRODUÇÃO: A pneumonia possui considerável importância no meio médico, uma vez que permanece como causa de morbimortalidade mesmo em países desenvolvidos e produz elevados custos para os cofres públicos. A patologia em questão representa um quadro grave proveniente de infecção ou inflamação do parênquima pulmonar, levando a prejuízo nas trocas gasosas e, até mesmo, a danos sistêmicos. O termo pneumonia atípica foi empregado, originalmente, para descrição de uma apresentação clínica não usual de quaisquer pneumonias, porém, nos dias atuais, utiliza-se tal termo em referência tanto a uma apresentação clínica incomum de causa inespecífica, quanto a uma pneumonia determinada por patógenos de grupos específicos, a saber: micoplasma, clamídias e legionella. A bactéria Mycoplasma pneumoniae - menor microrganismo de vida livre existente - nem sempre recebe a devida atenção, considerando-se o número de doenças que causa e o grau de morbidade associado a ele em crianças. O objetivo desse estudo consiste em relatar um caso de pneumonia atípica por M. pneumoniae, diagnosticado pelo departamento de pediatria do serviço. DESCRIÇÃO DO CASO: E.O.B.F, 8 anos, masculino, 33kg, 152cm, portador de atopia e de amigdalites de repetição. Gestação e parto cesárea sem intercorrências. Histórico vacinal em dia. Mãe com rinite alérgica e asma e pai hígido. Atualmente, mora em casa arejada e na presença de tabagistas.

Paciente iniciou com quadro de febre persistente associada à tosse, nove dias antes de se apresentar ao serviço de pediatria do hospital. Foi atendido dois dias após início dos sintomas por pediatra, o qual iniciou tratamento com celestamine. Solicitada radiografia torácica póstero-anterior e em perfil, na qual foi constatada presença de infiltrados intersticiais em bases pulmonares.

Iniciou-se tratamento com amoxicilina + clavulanato de 12 em 12 horas associados à acebrofilina. Uma semana depois, paciente negava dispneia e taquipneia, mas ainda persistia com febre, sonolência e tosse ora seca, ora produtiva. Suspeitou-se de pneumonia atípica e foi requisitado, então, imunoensaio enzimático para Mycoplasma pneumoniae, o qual mostrou valores de 68 e de 150, respectivamente, para IgG e IgM, positivos. Confirmou- se, dessa forma, o diagnóstico, iniciando-se o tratamento com o macrolídeo, claritromicina, por 10 dias. DISCUSSÃO: O micoplasma é a causa mais comum de pneumonia atípica em indivíduos entre 5 e 35 anos, com maior destaque para escolares e adolescentes. A prevalência dessa infecção pode alcançar até 50%. Os sintomas iniciais são fadiga, dor de garganta e tosse seca, os quais pioram lentamente. As crises de tosse são intensas e compulsivas, podendo evoluir de seca para produtiva, com expectoração hialina. Rash cutâneo inespecífico pode ocorrer em até 20% dos indivíduos afetados. O diagnóstico da pneumonia por M. pneumoniae é baseado em achados

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clínicos isolados e pode ser confirmado por exames complementares diversos. Os métodos sorológicos são os mais utilizados para auxiliar nesse diagnóstico, podendo-se empregar para isso as técnicas de imunofluorescência indireta, ELISA, dentre outras. Há evidências de que a terapia antibiótica precoce abrevia a sintomatologia e reduz a necessidade de hospitalização e a morbidade tardia associadas a essa infecção. O M. pneumoniae é suscetível aos antimicrobianos que prejudicam a síntese das proteínas ou do DNA, como os macrolídeos, as tetraciclinas e as quinolonas.

No entanto, em âmbito pediátrico, as drogas de escolha pertencem à classe dos macrolídeos, como azitromicina e claritromicina. CONCLUSÃO: A pneumonia atípica por M. pneumoniae é uma patologia de relevância no ambiente pediátrico e seu reconhecimento e tratamento precoces estão associados à redução de hospitalizações e morbimortalidade.

PALAVRAS-CHAVE: pneumonia atípica, micoplasma, Mycoplasma pneumoniae

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HOLOPROSENCEFALIA ALOBAR ASSOCIADA A CICLOPIA: RELATO DE CASO Aluízio Alvarenga*, Ana Beatriz Teodoro Borges, Anna Luiza Pires Vieira, Bia Yamashita Fonseca, Driellen Rodrigues de Almeida, Mônica Assis Rosa, Salete Pereira da Silva Universidade do Vale do Sapucaí- Universidade do Vale do SapucaíUnivás/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG/Pouso Alegre - MG RESUMO: Introdução: Holoprosencefalia (HPE) se refere ao conjunto de deformidades hemisféricas, por falha no desenvolvimento fetal do prosencéfalo.

Frequentemente se associa a anormalidades faciais, como ciclopia (a mais severa e comum), cebocefalia, etmocefalia (a mais rara), fenda facial mediana e hipotelorismo ocular. A incidência varia entre 1/16000 e 1/53000 nascidos vivos, sendo mais frequente em filhos de mães diabéticas. Esporadicamente está relacionada a aberrações cromossômicas. E seu prognóstico é reservado.

Relato de caso: Recém-nascido de parto cesáreo, 37 semanas de idade gestacional (IG), sexo feminino, pesando 2.035g, Apgar 5/4. Mãe de 21 anos, secundigesta, com um aborto anterior no primeiro trimestre, quatro consultas de pré-natal, sem complicações gestacionais. Houve diagnóstico presuntivo de holoprosencefalia alobar acompanhada de microcefalia e alterações craniofaciais através de ultrassonografia obstétrica com 36 semanas de IG. Ao exame, apresentava microcefalia, órbitas fundidas, formando um único olho mediano, e probóscide supraorbitário. Paciente foi admitido em UTI, mas evoluiu para óbito no 5º dia de vida. Discussão: A HPE é uma malformação congênita infrequente que pode se apresentar de três formas: alobar, semilobar e lobar. A primeira é a mais grave, com holosfério, monoventrículo, paquigiria, ausência de corpo caloso e fusão dos núcleos talâmicos. Estudos mostram tempo médio de vida variando em 19,5 horas (alobar e semilobar) e 30 minutos a 11 meses (lobar). Possui uma etiologia heterogênea. Fatores ambientais, metabólicos e genéticos estão envolvidos. O diagnóstico durante a gravidez possibilita o planejamento para o momento do parto, a detecção de anormalidades associadas e a realização de exames citogenéticos pré-natais. Conclusão: Um diagnóstico precoce no período neonatal por meio da ultrassonografia e da IRM fetal permite o manejo adequado dos pacientes. O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar, oferecendo suporte e melhorando a qualidade de vida.

Contudo, nas formas severas a perspectiva de vida é baixa.

PALAVRAS-CHAVE: Holoprosencefalia, ciclopia, malformações congênitas do sistema nervoso central. .