Jornal de amarante 1795 14 de junho

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DIRETOR: Luciano Gonçalves

36 anos de informação

quinta-feira, 14 de junho de 2018 | Nº 1795 | Ano 36

OJORNAL AMARANTE

DE

// Pág. 5

Arraial Solidário da Liga dos Amigos do Hospital de Amarante // Pág. 7

Dolmen iniciou candidaturas para 1ª Etapa da Micro Couveuse Rural // Pág. 11

“Pre’Ocupa-te”: inscrições até 15 de junho // Pág. 17

Amarante recebe Universo do Vinho Verde Págs. 14 à 16

Págs. 8 à 10

MIMO Festival Amarante com reforços no cartaz

Rosinha

“Não posso fugir deste meu traço, nem eu quereria de forma alguma.”

IV Festival de Guitarra de Amarante estreia obras de jovens compositores portugueses Págs. 12 e 13

ANTÓNIO TEIXEIRA Presidente FADA “(…) Amarante só fica a ganhar com a nossa participação.”


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OPINIÃO

O Jornal de Amarante|quinta-feira, 14 de junho de 2018

Clube de Ténis de Amarante Por Rui Canossa Hoje vou falar-vos de uma paixão antiga. Não por ser um grande jogador mas por ser um entusiasta do Ténis. Há vinte e três anos, no dia dois de outubro de 1995, saia, em Diário da República, a oficialização da constituição do Clube de Ténis de Amarante. Tudo começou com um grupo de amigos. Daqueles que se foram conhecendo no velhinho campo da Florestal, por terem de esperar que uns acabassem para os outros poderem jogar. Alguns destes fundadores ainda são dirigentes do clube. Eu comecei, adivinhem lá, como tesoureiro, mas as tarefas não se ficavam por aí. Que saudades tenho daquele tempo, em que, sem grandes

dinheiros, nem patrocinadores ia no meu Peugeot 106 buscar sumois e bicos de pato com queijo para oferecer aos miúdos para o final dos torneios na entrega dos troféus. Como qualquer pessoa que se envolve no associativismo sabe as dificuldades são mais do que muitas. Desde os recursos financeiros, aos recursos materiais e humanos. Mas lá fomos andando. Depois de muitas mudanças, o Clube de Ténis de Amarante, tem hoje a sua sede na Rua da Raínha, nº 68, na parte superior do Estádio Municipal, nas antigas instalações do heliporto que foram reconvertidas pela Câmara Municipal e servem de sede ao Clube, num excelen-

te exemplo de requalificação do espaço. O objetivo primordial, desde sempre foi e continua a ser o da formação de jovens, alguns dos quais, participam também em competições. Paralelamente, há 14 anos consecutivos, que se realizam dois importantes torneios, o de veteranos cidade de Amarante – José Mendes, que deverá estar a acabar à hora que escrevo este artigo e do Amarante Ladies Open, um torneio de 15 000 dólares do circuito profissional feminino da ITF, facto que muito nos honra e eu terá lugar entre 16 e 24 de junho. Trata-se de um torneio internacional e que tem um relevo muito importante para a marca

Amarante. De facto, não há muitos destes torneios em Portugal, por um lado, e por outro, o aspeto económico que o torneio acarreta. São os hotéis, os restaurantes, o comércio e os serviços aqueles quem mais beneficiam com a vinda deste torneio para a cidade. Pena é que, alguns destes operadores não deem o devido valor e não apoiem o clube da forma que este merece, pois as dificuldades e os gastos com este torneio são muito elevados, beneficiado dele e não dando nada em troca. A Câmara Municipal e a União de Freguesias de S. Gonçalo, Madalena, Cepelos e Gatão têm sido os grandes apoiantes deste torneio. Uma última palavra para a

direção do Clube, que cumprimento, na pessoa do Professor António Lírio e para todos aqueles que dão muito do seu tempo para que o sonho continue. Um bem hajam.

Apadrinhamento Civil “O Canto da Justiça” de Vítor Briga Rei – Advogado

O apadrinhamento civil é uma relação jurídica do tipo familiar, passível de ser constituída entre uma criança ou jovem com menos de 18 anos, por um lado, e uma pessoa singular ou família, por outro, a quem são atribuídos os poderes e deveres próprios dos

pais. Esta poderá ser uma solução para os jovens e crianças que, por algum motivo, não possam seguir para a adoção, mas em que a também opção de vida junto com a sua família natural não seja viável. Apesar de a criança viver com o padrinho, mantém a relação com a família biológica, que mantém o direito de visitar e acompanhar o desenvolvimento do menor, desde que não esteja impedida, por decisão judicial, do exercício das responsabilidades parentais. Qualquer criança ou jovem menor de 18 anos pode ser apadrinhada. O apadrinha-

Propriedade: Publitâmega - Publicações do Tâmega, Lda. Tiragem Média 3500 exemplares.

director.jornaldeamarante@gmail.com jornalamarante@gmail.com

mento poderá ser requerido pelo Ministério Público, pela CPCJ, pela Segurança Social, pelos pais da criança ou por ela própria (no caso de ter pelo menos 12 anos de idade). Para que uma pessoa se possa candidatar a padrinho deverá ter mais de 25 anos, não ter cadastro, apresentar estabilidade a todos os níveis, reunir condições de higiene e habitação, maturidade e capacidade afetiva e educativa e deverá demonstrar capacidade de cooperação com os pais por forma a que sejam criadas as condições adequadas ao bem-estar do menor apadrinhado. O apadrinhamento civil é

um vínculo que se pretende que seja de caráter permanente, não obstante estar legalmente consagrada a possibilidade de revogação do vínculo de apadrinhamento. Os padrinhos têm os mesmos direitos que são conferidos aos pais dos menores, nomeadamente em termos do regime de falta e licenças, prestações sociais e subsídios para assistência a filhos, sendo que, para efeitos fiscais, o afilhado é considerado como dependente. Quem tiver interesse em ser padrinho civil deverá, em primeiro lugar, dirigirse à Segurança Social da sua área de residência, a fim de

marcar uma entrevista informativa onde será informado sobre os requisitos e a forma de funcionamento do processo de seleção. Após entregar a documentação necessária à avaliação da candidatura inicia-se a procura de um afilhado compatível, que até poderá ser uma criança com a qual o candidato a padrinho tenha já uma relação afetiva. Tramitado todo o processo e estando cumpridos todos os requisitos legalmente exigidos, as partes assinam um compromisso de apadrinhamento civil, que se tornará efetivo assim que seja homologado pelo Tribunal.

Director: Luciano Gonçalves (C.P. 7020) Redação: ERA FM Colaboradores: A. Magalhães, Hernâni Carneiro, JS Amt, JSD Amt, Rui Canossa, Bruna Ribeiro, Júlio Moreira Espaço de Direito: Vitor Briga Rei Parcerias: ERA FM (92.7) / Notícias do Tâmega Paginação: Mediatâmega, Lda Departamento Comercial e Secretariado: Júlia Gonçalves (255136045 / 969123545) Redacção: Edifício Santa Lúzia, S. Gonçalo, Amarante Edição: ERA - Emissora Regional de Amarante, Lda. / NIF: 501837930 Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis Registos: Ministério da Justiça/Instituto de Comunicação Social - 106941| Depósito Legal: 135757/99 (Nota: A opinião expressa nos artigos assinados pode não corresponder forçosamente à da direcção do jornal)

Preço de Assinatura Continente 30,00 Euros Estrangeiro 50,00 Euros

Porte Pago Avença – 4600 Amarante


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UVVA 2018: vinhos com características únicas em prova no Claustro do Convento São Gonçalo

Amarante recebe Universo do Vinho Verde Mais de trinta produtores, provas de vinhos, showcookings, degustações e atuações ao vivo enriquecem o programa do UVVA 2018. É já este fim de semana que Amarante recebe o UVVA – UNIVERSO DO VINHO VERDE AMARANTE num programa que enaltece a experiência enogastronómica. A partir das 17h da próxima sexta-feira, dia 15 de junho, o Claustro do Convento de São Gonçalo abre portas ao UVVA e a inauguração oficial está marcada para as 22h00, com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Amarante, José Luís Gaspar. Nos dias 15, 16 e 17 de junho, tem a oportunidade de provar os melhores vinhos de mais de 30 produtores de Vinho Verde de referência, acompanhados por “Conversas sobre o Vinho”, que têm como temas os novos estilos e tendências do vinho verde, técnicas de prova de vinho e o terroir da região. Os chefs Tiago Bonito, do restaurante Largo do Paço, na Casa da Calçada, Amarante, que conta com uma estrela Michelin, Hélio Loureiro, do Douro Palace e Douro Royal Valley, e que conduz o programa

Nutriciência na RTP1, e Renato Cunha, do restaurante Ferrugem, em Famalicão, são os protagonistas dos showcookings que compõem o evento. O Claustro do Convento de São Gonçalo é, pela terceira vez, cenário envolvente do UNIVERSO DO VINHO VERDE AMARANTE que decorre no dia 15 de junho, sextafeira, das 17h às 24h; dia 16 de junho, sábado, das 17h às 24h; e dia 18 de junho, domingo, das 17h às 22h. A entrada tem o valor de 5€ e inclui o kit de prova, constituído pelo copo oficial do evento, porta copo e um vale de 2,50€ para compra de vinho. Os bilhetes para o UVVA 2018 já estão disponíveis na bilheteira Fnac. Também poderá adquirir o bilhete na entrada do evento. O UVVA é uma iniciativa da Câmara Municipal de Amarante, através da InvestAmarante, com produção da Essência do Vinho, em parceria com a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes e apoio da Revista de Vinhos.


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OPINIÃO

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Urge uma verdadeira política de Natalidade em Portugal Por Inês Marinho Batista, JSD Amarante

Num tempo em que as exigências profissionais são cada vez maiores, a entrada no mercado de trabalho ocorre cada vez mais tarde e em muito devido à falta de verdadeira autonomia financeira para constituição de famílias e em especial de famílias numerosas. É cada vez mais importante fazer uma reflexão clara e que tenha reais consequências nomeadamente através da implementação de medidas que apoiem a natalidade e o acesso a educação de infância. Se esta questão podia ser analisada isoladamente, podia, mas não faria sentido. A baixa taxa de natalidade verificada nos últimos anos constituiu um verdadeiro problema social, provoca desequilibro na pirâmide etária, limita a população ativa a médio-longo prazo e como consequência última coloca em causa o

equilibro e sustentabilidade da Segurança Social. Ou seja, não priorizar este problema afeta-nos a todos nós, aos jovens, adultos e idosos, e é esperado dos decisores políticos que implementem verdadeiras políticas de incentivo à natalidade, políticas robustas, duradouras e verdadeiramente eficazes. Recentemente, Rui Rio, Presidente do PSD, apresentou propostas efetivas, reais e possíveis, com a intenção de criar condições favoráveis à natalidade, em especial através de políticas de maternidade/parentalidade, mas também de acesso a uma educação de infância de qualidade. Com vista a atingir o objetivo que verdadeiramente importa, criar oportunidades de emprego, habitação condigna e acesso a cuidados de saúde para país e crianças.

Foram apresentadas como dimensões fundamentais para a concretização de uma política de infância o apoio a uma parentalidade responsável, o acesso à educação de infância e a mobilização da responsabilidade social das empresas com vista à compatibilização entre vida familiar e atividade profissional. Assim, Partido Social Democrata propôs as várias medidas com vista a criar uma verdadeira política para a infância, o que lamentavelmente nunca aconteceu com o atual Governo prestes a entrar na sua reta final. A primeira medida consubstancia-se no pagamento de um IAS (Indexante de Apoio Social), em 2018 de 428,90€, a todas as grávidas aquando do 7º mês de gravidez com o objetivo de facilitar os investimentos referentes à

chegada de um novo membro. Pretende-se ainda que a licença de maternidade/paternidade paga seja alargada até às 26 semanas, podendo ser estendida, sem pagamento, até um ano. É proposto ainda assegurar a gratuitidade sem obrigatoriedade de frequência dos estabelecimentos de infância (0-6 anos) e a criação de uma linha acesso aos fundos estruturais sempre que empresas de forma individual ou em associação pretendam a investir na abertura de uma Creche/Jardim de Infância que funcione junto a uma zona empresarial. Não podemos falar, nem acreditar, num verdadeiro Estado Social caso a resposta a questões essenciais como o apoio às famílias falhe. Acresce que, tão apregoada solidariedade inter-geracional não pode ser só um chavão, mas

tem de ser posta em prática com vista a uma sociedade mais justa, harmoniosa e equilibrada. O Partido Social Democrata está como sempre atento aos problemas que verdadeiramente importaram e a contribuir com propostas credíveis e possíveis, ficando agora do lado que tem a responsabilidade apoiar a sua discussão, eventual melhoria e efetiva implementação.

Margem Esquerda: A Margem Esquecida Por Maria Inês Pereira – JS Amarante

A poucos dias do início das Festas do Junho, os residentes e trabalhadores da margem esquerda do Tâmega começam a antever prudências para os cinco dias de festa que se aproximam. E isto, porque com a falta de parqueamento e com o condicionamento do trânsito na zona do Arquinho, as acessibilidades dos moradores das freguesias envolventes, embora escassas, ficam bastante limitadas e até mesmo caóticas. Um cenário de total desorganização aproxima-se. Filas de

trânsito infindáveis e centenas de estacionamentos proibidos irão marcar mais uma vez as festividades. O estacionamento nos dois sentidos da via, sensivelmente desde a zona das Caves da Cerca até ao Complexo Desportivo da Costa Grande irá mais uma vez instalar o caos e a perda de paciência de quem se vê obrigado a usar aquele (único) trajeto para desfrutar dos festejos ou para aceder às suas habitações. Falamos nas Festas do Junho porque é o grande acontecimento que se avizinha e que exprime com maior nitidez esta triste realidade. Mas existem mais situações! A barreira vermelha condicionadora do trânsito é durante o ano várias vezes visível a esta população: ou é porque vai passar a Banda, ou porque a Fanfarra vai desfilar, ou porque vai passar a

procissão, ou porque os atletas e ciclistas vão cortar a meta ou porque se vai realizar a Feira à Moda Antiga. E muito bem! São eventos que fazendo parte da história de um povo, só enriquecem a cultura e a tradição do concelho de Amarante. A questão que se pretende pôr em reflexão é que a par disto, há por detrás um esforço enorme das populações afetadas com estes grandes entraves à circulação… e que parece que por estarem longe dos olhares do poder, estão esquecidas! O grande problema reside no facto de que no meio dos festejos, há quem precise de recorrer a serviços essenciais, nomeadamente hospitais e farmácias e aí o problema coloca-se com maior relevo. Serviços essenciais que muito curiosamente se encontram praticamente todos concentrados na margem direita do

Tâmega! As alternativas de acesso das freguesias da margem esquerda, essencialmente Fridão e Rebordelo, mas também parte das freguesias de Vila Chã e Lufrei, são muito escassas, para não dizer vergonhosas. Perante o corte do trânsito referido, a alternativa existente importa uma distância acrescida superior a 10 km, o que para um momento de urgência pode originar graves consequências, quando tudo poderia ser resolvido com a tão desejada e prometida construção alternativa de acesso à margem direita, evitando trânsito, demora e confusão. Porém, como temos vindo a dar ênfase, parece estar a nossa margem esquerda esquecida para esses investimentos que levariam ao seu justo desenvolvimento. Confrontando os níveis de desenvolvimento das duas

margens do Tâmega, indubitavelmente chegamos à mesma conclusão: o investimento na margem esquerda é lamentavelmente muito pouco, visível no reduzido investimento imobiliário e na quase inexistente indústria (pois claramente ninguém quer investir onde parece não existir futuro!) Vejamos que a única empresa industrial de grandes dimensões instalada na margem esquerda do Tâmega é a Metalúrgica do Fojo e não fosse a firme e persistente luta para a autorização da passagem dos seus camiões na zona do Arquinho (zona interdita a veículos pesados), já teria muito provavelmente mudado de local. Esperemos que se reflita nesta realidade e que o futuro traga dias melhores para estas freguesias.


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Arraial Solidário da Liga dos Amigos do Hospital de Amarante A Liga dos Amigos do Hospital de Amarante, Instituição de Solidariedade Social fundada em 1990, tem como missão principal apoiar os utentes do Hospital de Amarante. Desenvolve atividades como: acompanhamento aos doentes internados e serviço de apoio nas consultas externas (com distribuição de pequenos-almoços); apoio e/ou empréstimo de produtos ou materiais aos doentes carenciados; ações de sensibilização local; colaboração com o serviço social do Centro Hospitalar do Tâmega e Vale do Sousa, assim como participação nas iniciativas da Rede Social do Conselho Local de Ação Social. No sentido de sensibilizar a comunidade local a juntar-se a nós nesta missão de voluntariado, a Direção da Liga resolveu levar a cabo, no próximo dia 07 de julho de 2018, um Arraial Solidário, a ter lugar nas Encostas de Formão, pelas 16 horas. Para que esta realização possa atingir alguns dos nossos objetivos, vi-

mos pedir a colaboração de todos com a V/ presença neste convívio, agradecendo o contacto para um dos seguintes números: Prof. Lírio: 919 461 551 . José Soares: 919 494 693 . Paulo Teixeira: 917 266 242 Gratos desde já pela V/ melhor atenção em prol da nossa causa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos. De V. Exª. Atenciosamente, O Presidente da Direção Pedro Cunha

SAD PSP IASFA

Av. Joaquim Leite de Carvalho - Junto à Mísericordia Lrg. Sertório de Carvalho - Junto à confeitaria Butterfly

255 410 650


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OPINIÃO

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UM DIAGNÓSTICO CÉPTICO “Tudo vem a propósito”, por Hernâni Carneiro

O Presidente do nosso Município, Dr. José Luís Gaspar tem uma intervenção cheia de actualidade, no Jornal de Notícias, do dia 16 de Maio, em que deixa um olhar critico e atento sobre o quotidiano do nosso hospital, o seu subaproveitamento quanto a cirurgias, repensar o seu funcionamento como um todo, respaldado nos recursos humanos a contratar, aproveitando convenientemente as estruturas físicas dos espaços, com base no interesse colectivo, num edifício que parece que até já foi premiado arquitectonicamente. Aquando da inauguração do Hospital de Amarante, em 29 de Abril de 2013, pelo então ministro Dr. Paulo Macedo, o Dr. Armindo Abreu, na sua intervenção pública apontou ao compromisso do Ministério da Saúde cumprir a sua parte, tal como o Município já tinha cumprido o seu. Claro que durante a inauguração, deu para ver o turbo nos sapatos do Ministro, e da sua comitiva, frente ao que deveriam ser os blocos operatórios, vazios de qualquer equipamento, no cumprimento da prestação de cuidados de forma equilibrada. A capacidade de reivindicar, aproximando-nos do detalhe das declarações do Presidente Dr. José Luís Gaspar, ao Jornal de Notícias, de 16 de Maio, começou logo pelo título: AUTARCA ARRASA SERVIÇO DO HOSPITAL QUE CUS-

TOU 40 MILHÕES DE EUROS. Torna-se evidente que nos interroguemos se depois de cinco anos do que dizem de funcionamento do Hospital de Amarante, se progredimos ou andamos às voltas. Situarmo-nos perante os problemas é continuar a ouvir o desabafo do Presidente, “ criticou ontem o hospital da cidade, dizendo o que se está a passar é muito mau, e que 40 milhões de euros estão votados ao abandono.” “O Chefe do Executivo afirmou estar apreensivo com o presente e o futuro daquela unidade que integra o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, sediado em Penafiel.” (…) “ são recorrentes as criticas dos utentes sobre a quantidade e a qualidade dos serviços, com destaque PARA A INSUFICIÊNCIA DA URGÊNCIA.” ( este destaque é meu). (…) é um hospital que ainda não é hospital, em que as pessoas não acreditam nele para resolver os seus problemas.” “Para o autarca, a responsabilidade é da tutela nacional.” Utilizei os elementos entre parêntesis do Jornal de Noticias de 16 de Maio. O que ficou dito e escrito, é a confissão de uma realidade vergonhosa, no fundo, retrato de um serviço nacional de saúde comatoso. Estamos numa fase da vida nacional, em que parece que nada se

toma a sério, e se queremos ser um pouco mais concretos, aquando da inauguração oficial do Hospital, em 29 de Abril de 2013, já nessa altura o Dr. Armindo Abreu, chefe do executivo camarário, falava para o ministro Dr. Paulo Macedo: “O novo Hospital de S. Gonçalo ainda não é, está longe de ser o hospital que nos foi prometido. Por isso faz sentido que V.Exª., Senhor Ministro, o venha inaugurar hoje, porque este dia marcará – é minha convicção – a última e decisiva etapa para o equipar com os meios tecnológicos necessários à prestação de todos os serviços de saúde que determinaram a sua construção. (…) e que agora se torna urgente equipar, com os meios tecnológicos necessários a um hospital de dia, com cirurgia ambulatória de última gera-

ção”. “ Enquanto Presidente da Câmara não aceitarei, como V.Exª. Senhor Ministro compreenderá, que seja de outro modo, em violação do planeamento e dos compromissos que determinaram a constituição do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e a construção deste novo hospital de S. Gonçalo.” “É o que – concluiu- “ reclama a população deste espaço sub-regional, - mais de 500.000 pessoas, apesar do município de Paredes passar a integrar a Área Metropolitana do Porto – que reclama, a justo título, serviços de excelência nas duas unidades do Centro Hospitalar e é o que reclamam os Amarantinos também em nome da coesão territorial, económica e social deste espaço.” O protocolo assinado na altura previa em linhas gerais que em termos de diferenciação de serviços, o novo hospital se integrasse no conceito de hospital de proximidade com a cirurgia de ambulatório do Tâmega e Sousa. A Câmara de Amarante, recorde-se, teve uma participação activa na construção daquele equipamento, tendo adquirido o terreno onde foi implantado (cerca de 8 hectares), procedido à abertura de acessos e criação de infraestruturas de água e saneamento, num investimento superior

a 750 mil euros. Feita esta avultada despesa, o mais lógico seria ajustar os objectivos às expectativas dos utentes, mas somos na verdade uns perdedores, e este é o panorama que ressalta das declarações do Senhor Presidente da Câmara. Enquanto formos só espectadores, aguardando que resolvam os nossos problemas, propensos a dizer mal de tudo, e só quando somos confrontados com os problemas que nos dizem respeito, e precisamos dos serviços, damos conta das falhas do sistema, e da necessidade de estratégias necessárias para chegar onde é preciso. E assim mais lúcidos e activos, também dou conta da originalidade de o novo quartel da G.N.R. pronto há meses, desqualificando o que poderia ser valorizado na aproximação ao universo escolar, ali pegado, a outros locais da comunidade, oferecendo melhores condições que as acanhadas instalações actuais, talvez o vejamos cair de podre, ou alguma pichagem com o dístico: Inaugurem-me…. ( pensem no resto). O tempo urge fazer cumprir, a não ser que estejamos à espera de mais um período eleitoral. ( Elementos utilizados aquando da inauguração do novo Hospital, foram retirados do Jornal de Amarante).


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Dolmen iniciou candidaturas para 1ª Etapa da Micro Couveuse Rural A Dolmen iniciou o período de candidaturas para a 1ª Etapa da Micro Couveuse Rural – o novo Programa de Incubação de Empresas de Base Rural. Segundo revelou a cooperativa, a Micro Couveuse Rural é um serviço de apoio ao nascimento e crescimento de empresas, que auxilia todos os empreendedores que tenham uma ideia ou plano de negócio numa atividade económica de base rural e que a queriam implementar no território ‘Douro Verde’, do qual fazem parte os concelhos de Amarante, Baião,

Cinfães, Marco de Canaveses e Resende. O programa é composto por três etapas às quais os empreendedores se poderão candidatar, através da página do projeto Economia Ativa no Douro Verde - www.economiaativa.pt. A primeira etapa designa-se de ‘Oficina do Empreendedor’ e pretende transmitir conhecimentos teórico-práticos sobre empreendedorismo de base rural a beneficiários de ideias de negócio em fase inicial. O plano de capacitação terá a duração de três dias, com-

preendendo a realização das seguintes atividades: um dia de mentoria em sala de aula e dois dias de visitas de campo. As etapas seguintes compreendem a elaboração de um Plano de Negócios e a Experimentação da ideia de Negócios. Numa fase final, os projetos que satisfaçam os critérios prédefinidos no Regulamento da Micro Couveuse Geral receberão um apoio financeiro. As candidaturas para a primeira etapa encerram no próximo dia 29 de junho.


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MIMO Festival Amarante com reforços no cartaz:

• Música, cinema, programa educativo e infantil, fórum de ideias, roteiro cultural, chuva de poesia e exposições

Matthew Whitaker Trio, Rui Veloso, Dona Onete, Bruno Pernadas, Moacyr Luz, Orquestra Chinesa Cheong Hong de Macau, Pablo Lapidusas International Trio, Almério, Timbila Muzimba e Marta Pereira da Costa

A cidade de Amarante é palco da terceira edição do MIMO Festival que, de 20 a 22 de Julho, oferece 53 actividades entre música, cinema, programa educativo e infantil, fórum de ideias, roteiro cultural, chuva de poesia e uma exposição inédita de Amadeo de Souza-Cardoso.

Combo, Bruno Pernadas e Marta Pereira da Costa (Portugal). Revelar o que de melhor se faz na música na actualidade é uma das premissas do MIMO Festival, que, desde a sua génese, há 15 anos no Brasil, tem como missão dar palco aos novos projectos, mas também homenagear os que contribuíram Totalmente gratuito – o MIMO é uma para o que a música é hoje. Entre nomes oportunidade única para conhecer consagrados e os novos talentos, o público alguns dos mais relevantes artistas que se do MIMO contacta com representantes apresentam pela primeira vez em Portugal, de diferentes géneros musicais e culturas, como é o caso de Matthew Whitaker Trio num festival inclusivo e que privilegia a (EUA), do super-grupo Hudson com diversidade. Durante três dias, Amarante recebe Jack DeJohnette, John Scofield, John Medeski e Scott Colley (EUA), GoGo artistas de 16 nacionalidades (Portugal, Penguin (Inglaterra), Shai Maestro Trio Brasil, EUA, Moçambique, Argentina, (Israel), Baiana System, Moacyr Luz e Mauritânia, Israel, China, Guiné-Bissau, Almério (Brasil). Mas também rever França, Canadá, Espanha, Cuba, Inglaterra, grandes artistas e grupos como Goran Sérvia e Escócia) em sete espaços: Parque Bregovic Wedding and Funeral Band Ribeirinho, Museu Amadeo Souza(Sérvia), Otto (Brasil), Orquestra Chinesa Cardoso, Igreja de São Gonçalo, Cinema Cheong Hong de Macau (China), Timbila Teixeira de Pascoaes, Centro Cultural Muzimba (Moçambique), Pablo Lapidusas Amarante, Largo de São Gonçalo e Parque International Trio (Argentina/Brasil/ Florestal de Amarante. Cuba), Dona Onete (Brasil), Noura Mint Paralelamente à música, durante estes Seymali (Mauritânia), Rui Veloso, Dead dias, acontecem em Amarante: o Festival

• 53 actividades de acesso gratuito com artistas de 16 nacionalidades em sete espaços ao longo de três dias

MIMO de Cinema, com 13 exibições, algumas em estreia no nosso país; o Programa Educativo, com 10 workshops e oficinas, com a presença dos músicos que fazem parte do cartaz deste ano; o Fórum de Ideias, com duas palestras, uma sobre Património Europeu e outra sobre a Sonoridade Actual da Música Urbana Brasileira; um Roteiro Cultural; uma Chuva de Poesia dedicada à autora brasileira Hilda Hilst; actividades dedicadas aos mais novos no MIMO para Crianças; e duas exposições – uma das grandes novidades do MIMO Festival Amarante. Pela primeira vez, o MIMO apresenta uma exposição de arte. “Os Modernistas. Amigos e Contemporâneos de Amadeo de Souza-Cardoso, Colecção Millennium bcp” inaugura a 20 de Julho e poderá ser visitada no Museu Amadeo de Souza-Cardoso até 28 de Outubro, altura em que se celebra o centenário da morte do artista amarantino. Com o apoio da Fundação Millennium bcp e curadoria de Raquel Henriques da Silva, esta mostra é composta por 59 obras dos grandes modernistas, como Amadeo


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de Souza-Cardoso, Eduardo Viana, Almada Negreiros, Francis Smith, Jorge Barradas e Júlio Reis Pereira. “Os Modernistas afirmam-se na arte portuguesa nas primeiras décadas do século XX. Pretendem contestar as ideias sobre beleza e a sua representação na pintura; desprezam a aprendizagem nas Escolas de Belas-Artes que, na sua opinião, comprometia a liberdade e a criatividade de cada um; procuram encontrar fontes de inspiração fora dos museus, por exemplo na escultura africana, nas artes populares ou nas estampas japonesas que não usavam a perspectiva para representar o espaço”, afirma Raquel Henriques da Silva. Será também possível conhecer os 15 anos do MIMO através de uma mostra de fotografia que terá lugar no átrio do Museu Amadeo de Souza-Cardoso sob o tema “Cenários - MIMO 15 Anos”. Antecipando a terceira edição do MIMO

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Festival Amarante, a directora Lu Araújo afirma: “Este é o ano de consagração do MIMO em Portugal. Há três anos que somos recebidos com muito amor e carinho em Amarante e é com muito gosto que, ano após ano, construímos um festival que tanta felicidade proporciona às milhares de pessoas que nos acompanham. Para esta terceira edição a premissa é a mesma: trazer os melhores artistas, novos talentos ou já consagrados, e oferecer três dias únicos cheios de diversidade, música, arte, cinema e poesia, sempre com respeito ao património envolvente”. Recorde-se que o MIMO Festival tem como promotor a Câmara Municipal de Amarante. O presidente da autarquia está certo que este é um evento que “prestigia e valoriza Amarante”. “A aposta neste festival surge como reforço da estratégia de promoção da marca Amarante e a colocação de Amarante no mercado turístico internacional. O Município está empenhado

em, conjuntamente com a produção, fazer deste MIMO um momento inesquecível, não só para os Amarantinos, como para todos os que nos visitam”, diz José Luís Gaspar. E conta, ainda, com o patrocínio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no programa MIMO SEM BARREIRAS, que tem como objectivo facilitar a acessibilidade, a integração e a mobilidade de pessoas com necessidades especiais ou mobilidade reduzida, durante o festival em Amarante. A Fundação Millennium bcp é mecenas do Programa Educativo e da exposição “Os Modernistas. Amigos e Contemporâneos de Amadeo de Souza-Cardoso, Colecção Millennium bcp”. A Azul é a companhia aérea oficial e a cerveja Heineken e o vinho Altano, as bebidas oficiais.


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(continuação)

DESTAQUES DOS ARTISTAS: M

ATTHEW Whitaker Trio (EUA), o pianista de 17 anos que se estreou em disco com“Outta the Box” e já conquistou o público norte-americano em palcos como o Carnegie Hall, o Kennedy Center ou o Lincoln Center; Timbila Muzimba (Moçambique), a orquestra formada por dez jovens músicos e bailarinos que cresceram nos arredores de Maputo influenciados por ritmos tradicionais mas também reggae, rock, hip-hop, jazz; Orquestra Chinesa Cheong Hong de Macau (China), dirigida pelo maestro Li Fu Bin, vai apresentar um repertório variado e eclético do qual fazem parte temas tradicionais chineses e bandas sonoras de séries televisivas; Pablo Lapidusas International Trio (Argentina/Brasil/ Cuba) onde o pianista argentino se junta ao baixista cubano Leo Espinosa e ao baterista brasileiro Marcelo Araújo para apresentar “Bora”, o segundo álbum.

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OMES que se juntam aos já anunciados Goran Bregovic Wedding and Funeral Band (Sérvia) que trazem “Three Letters From Sarajevo”, uma homenagem à sua terra natal que, antes da guerra, era um ponto de encontro de cristãos, muçulmanos e judeus; o super-grupo Hudson com Jack DeJohnette, John Scofield, John Medeski e Scott Colley (EUA) criado, no ano passado, para celebrar os 75 anos do baterista e percussionista Jack DeJohnette e que resultou na edição de um disco; os multi-premiados GoGo Penguin (Inglaterra) que vão apresentar “A Humdrum Star”, editado pela Blue Note Records; Shai Maestro Trio (Israel), um dos mais poderosos e harmoniosos trios do jazz de hoje; Noura Mint Seymali (Mauritânia) em representação do rock do deserto traz a sua ardîn, uma harpa de nove cordas reservada às mulheres;

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O Brasil vêm representantes de três gerações do melhor que se faz no país-irmão: Dona Onete, conhecida como a grande dama da música amazónica, vem apresentar “Banzeiro”; Moacyr Luz, ícone do samba carioca, actua em Portugal com o violinista e produtor Carlinhos 7 Cordas com quem vai revisitar a longa carreira que tanto contribuiu para a música brasileira, em nome próprio e como compositor para outros artistas; Otto, expoente do movimento Manguebeat, comemora 20 anos a solo depois de ter integrado a Nação Zumbi e traz a Portugal o mais recente “Ottomatopeia”; Baiana System, um dos principais nomes da música urbana produzida na Bahia que apresentam ao vivo o último “Duas Cidades”; e Almério, destaque da nova geração de músicos brasileiros que traz o seu segundo álbum, “Desempena”.

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em nome de Portugal actuam Rui Veloso, que vai rever 38 anos de carreira da qual fazem parte músicas que marcaram as várias gerações; os Dead Combo e o mais recente “Odeon Hotel”; Marta Pereira da Costa, a única guitarrista profissional de fado em todo o mundo; e Bruno Pernadas inspirado pelo jazz de Chet Baker e o rock experimental dos Morphine.

SOBRE O MIMO FESTIVAL: O MIMO Festival nasceu no Brasil em 2004, idealizado por Lu Araújo, e teve a primeira edição internacional em 2016 na cidade de Amarante. A capacidade de atracção e de mobilização de públicos ficou patente na edição de estreia, com mais de 24 mil pessoas a invadirem as ruas, as igrejas, os museus… e os vários espaços onde o festival acontece. Na segunda edição, em 2017, o MIMO contou com cerca 60 mil espectadores. O sucesso do seu posicionamento e enquadramento valeu a distinção nos Iberian Festival Awards para Melhor Infraestrutura Nacional. De 20 a 22 de Julho realiza-se em Amarante a terceira edição deste festival único pela sua abrangência e conceito, pelo respeito das diferentes culturas e dos seus bens histórico-culturais. A comemorar 15 anos da sua estreia no Brasil, o MIMO Festival lança a campanha ‘Dois Ouvidos é Pouco’. “O MIMO é muito mais do que ouvir música, é uma experiência sensorial. O festival nasceu há 15 anos no Brasil e tem vindo a construir relações entre músicos, cidades, património, público e diversas manifestações culturais; redes e teias, tem unido, interagindo e trocando experiências vindas de toda a parte do mundo. É preciso mais do que ouvir, é preciso vivenciar. ‘Dois Ouvidos é Pouco’ para a experiência que o festival proporciona”, explica Lu Araújo, a fundadora do festival.


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AMARANTE

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“Pre’Ocupa-te”: inscrições até 15 de junho As inscrições para o programa “Pre’Ocupa-te” decorrem até 15 de junho. Promovida pela Câmara Municipal de Amarante esta iniciativa destina-se a todos os jovens residentes no concelho, com idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos integrados no sistema de ensino obrigatório. Este projeto apela ao sentido de voluntariado e benefício social, visando a integração dos jovens em experiências diversas, através de atividades na área do Desporto e Cultura. As atividades decorrerão em diversos locais: Piscinas Municipais, Complexo Desportivo da Costa Grande, Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso e Biblioteca Municipal Albano Sardoeira. A autarquia apoia os jovens com uma bolsa semanal de 50€, tendo cada atividade diária, a duração de três horas e podendo cada jovem participar, apenas, durante um único período.

Cada elemento beneficiará, ainda, até ao final do ano, de 30 entradas gratuitas nas piscinas municipais, mediante emissão, por parte dos serviços, do cartão de utilizador. Cada jovem receberá, no final do projeto, um certificado de participação, emitido pelo Município. De salientar, que todos os participantes terão direito a um Seguro de Acidentes Pessoais. As inscrições são gratuitas mas devem ser efetuadas na Divisão de Educação, Juventude e Desporto (Casa da Portela, Rua Dr. Miguel Pinto Martins, n.º 35, S. Gonçalo), em formulário próprio. Para efetuar a inscrição os interessados terão, obrigatoriamente, que entregar os seguintes documentos: IBAN, fotografia e autorização do encarregado de educação.


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ENTREVISTA a António Teixeira - Presidente da FADA

“(…) Amarante só fica a ganhar com a nossa participação.” T

erminou a época desportiva 2017/2018 da F.A.D.A., na qual o Estradinha FC se sagrou campeão pela terceira época consecutiva, tendo, ainda conquistado a Supertaça. A destacar a prestação da U.C.D. de

Moure, pela conquista da Taça Cidade de Amarante, tendo como opositor na final o campeão, Estradinha FC. Desceram de divisão a A.D.R. Vila Garcia e “Os Malteses”, sendo os seus lugares ocupados pela A.C.D. Madalena e pela A.C.D.R Estrelas da Paz, que ascenderam ao escalão maior da competição. O JA esteve à conversa com António Teixeira, Presidente da direcção da F.A.D.A, que nos fez um balanço da época. cretos, mas temos a certeza quase a cem por cento. O dito e o não dito do futebol é mesmo assim, é feito de polémica e de opiniões, senão também não tinha piada nenhuma (risos). Claro que a parte das opiniões e das críticas vamos ter que levar sempre com elas. Mas para crescermos temos que ser criticados. Se todos aceitassem tudo o que fazemos, chegaríamos a um ponto em que já não tínhamos vontade de fazer mais nada. Temos que ser criticados para melhorar de ano para ano. JA – Uma das apostas fortes tem sido a arbitragem. Para a próxima época vai ser da mesma forma? AT – Sim, a parte das arbitragens é sempre a área mais delicada Jornal de Amarante (JA) – Qual da FADA. Este ano mantiveram-se JA – Na questão dos ditos e não as mesmas equipas de arbitragem, o balanço que faz desta época desditos, ouve-se falar que a FADA mas para o ano eu queria apostar portiva 2017/2018? António Teixeira (AT) – Em tem tendência a aumentar o nú- em mais uma ou duas. Mas temos primeiro lugar, quero agradecer o mero de equipas. O organismo que nos lembrar que essas equipas convite. O balanço acho que é po- está preparado para isso? de arbitragem da FADA, em relação AT – Sim. Nesta época tivemos sitivo. Foi uma época que correu aos concelhos vizinhos, são as mais dentro da normalidade. Houve uma a participação de mais duas equi- mal remuneradas. Eu acho que situação ou outra menos boa, mas pas. Deixo aqui uma esperança que aquilo nem é remuneração, é uma faz parte do desporto. Não houve na próxima época teremos ainda ajuda para as suas deslocações. Por grandes factos negativos que possa mais uma equipa a participar na 2ª isso, temos sempre mais dificuldade divisão. Ainda não são factos con- em arranjar equipas de arbitragem salientar.

para Amarante. Nos concelhos vizinhos, por jogo pagam em média quase o dobro que nós pagamos aqui na nossa cidade. JA – E como estão de apoios? AT – Esta última época fizemos um investimento extra que foi o programa informático. Compramos um novo programa porque o que tínhamos já estava desatualizado e tivemos que fazer um investimento considerável. A nível de apoios precisávamos de mais, sim. Aproveito para deixar aqui uma mensagem à nossa autarquia para ver se poderiam ajudar-nos com mais um apoio extra. De ano para ano as despesas sobem, e a maior fatia são os seguros. Neste momento, os seguros já vão muito além dos vinte e três, vinte e quatro mil euros por época. Isto só para vocês terem uma noção do valor. As inscrições dos atletas e o subsídio da nossa câmara municipal são o único sustento que temos. Mas esse sustento, nos últimos anos, tem vindo a diminuir, por isso, é mais difícil gerir o campeonato. Posso também informar que estamos em atraso com alguns pagamentos. É verdade, não o escondemos. E claro, isso deve-se à falta de apoios. Estamos a aguar-


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dar o subsídio da câmara e será isso que irá compor o resto da época para fecharmos as contas. JA – Fica então o apelo para que câmara olhe um pouco mais para a FADA? AT – Já tive essa conversa com o Vereador do Desporto e compreendo que a câmara dá um subsídio a todos os clubes e também à FADA, mas deveríamos arranjar uma maneira de conseguir mais apoio, mesmo a nível de equipas da 1ª e 2ª divisão. Os clubes debatem-se com o problema de as equipas da 1ª terem um valor de subsídio e as da 2ª terem outro. Na minha opinião, o valor devia ser o mesmo porque na FADA pagam as mesmas inscrições e têm os mesmos direitos. JA – Nas duas provas em destaque, a Final da Taça Cidade de Amarante e a Supertaça os moldes mantiveram-se? AT – Sim. Só alteramos a data da Final da Taça que se realizou a 31 de maio, e não no fim-de-semana das Festas do Junho, como era habitual. No dia 2 de junho o campo estava ocupado e, claro, primeiro está o Amarante Futebol Clube. A Supertaça realizou-se a 09 de Junho. Deixo desde já uma palavra de agradecimento ao Senhor Presidente do Amarante FC, que sempre disponibilizou toda a estrutura para as nossas provas.

Taça da Federação e na Taça dos Campeões. Na Taça da Federação participamos com duas equipas - o Arca e o Gondar; e na Taça dos Campeões com o Moure e o Freixo de Baixo. Agradeçolhes desde já a participação. Começamos em cima do joelho, íamos para o que íamos, mas acho que foi um balanço positivo. Apesar dos resultados não terem sido os melhores, o balanço foi bom. Agora no fim da época também fomos convidados para participar no Torneio das Seleções. Foi disputado por 8 concelhos, e os jogos foram realizados nos dias, 2, 3 e 10 de junho. Pelo sorteio, o terceiro jogo seria no dia 9 de junho com o concelho de Lousada, mas conseguimos adiá-lo para o domingo, dia 10.

ção dos jogadores para a Seleção? AT – O nosso selecionador convidado foi o Mister Filipe Carvalho, a quem também agradeço. Na reunião que tivemos, acordamos que seria melhor ele conversar com os treinadores e os presidentes dos clubes, porque são eles que tem maior conhecimento da própria equipa. Para nós não é fácil porque temos à volta de 700 atletas inscritos, e na seleção só podíamos inscrever 25. O nosso mister falou com os treinadores, embora ele também tenha conhecimentos nessa área porque já foi treinador em alguns clubes, mas deixou a cargo dos treinadores informar dois ou três atletas que teriam as qualidades necessárias para participarem na nossa seleção. Claro que seremos criticados de alguma forma, mas como foi o primeiro ano também foi uma experiência nova e Amarante só fica a ganhar com a nossa participação.

JA – Todos esses jogos foram realizados no MuniJA – Quer falar-nos cipal de Amarante? um pouco da novidade da AT – Tivemos sorte no FADA participar no Tor- sorteio porque fizemos dois neio de Seleções? Como jogos em casa e um fora (dia surgiu essa ideia? 2 fomos a Felgueiras). FizeAT – Essa ideia surgiu já mos três jogos, foi dividido JA – Nem todas as equino início da época. Fomos em dois grupos, e quatro pas poderiam enviar jogaconvidados pela Federação equipas em cada grupo. dores para a Seleção, não de Futebol Popular do Noré? te para participarmos na JA – E como foi a inscriAT – Certo. Tivemos a

situação da Taça e da Supertaça, neste último caso com as equipas do Moure e do Estradinha, e para eles seria muito difícil disponibilizar algum atleta para essa competição. JA – Já fizemos o balanço da época e, a fechar esta nossa entrevista, qual a mensagem que gostaria de deixar a todos os Amarantinos? AT – Deixo aqui o convite para participarem e virem com a família ver os jogos da FADA. E que sejam sem-

pre jogos bem disputados e com muito fair play entre todas as equipas. Já estamos a trabalhar para a próxima época e contamos convosco para nos apoiarem. JA – Agradecemos a sua disponibilidade por nos fazer o balanço da época desportiva. Desejamos-lhe os maiores sucessos para a FADA e que a próxima época seja ainda melhor do que esta que finalizou.


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rosinha

“Não posso fugir deste meu traço, nem eu quereria de forma alguma.”

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m 2018 através da etiqueta País Real, apresenta-nos o seu novo trabalho com o título “Eu

Descasco-lhe a Banana”, sempre com o seu género musical muito brejeiro/ popular que o público adora, este ano traz mais 10 temas muito divertidos e ritmados como se gosta, Rosinha e o seu acordeão vão animar muitas casas e festas portuguesas. O JA esteve à conversa com a Rosinha nos estúdios da ERA FM.

Jornal de Amarante (JA) – Quem é a Rosinha? Rosinha – A Rosinha sou, simplesmente, eu! É verdade que me falta o instrumento, mas a Rosinha sou sempre eu. Nem devia dizer isto, mas a verdade é que já passaram 20 anos por mim e mais os trocos e mais o IVA, e eu continuo a mesma (risos). Obviamente, sou uma pessoa bem-disposta e tento transmitir às pessoas boa disposição e alegria, porque as tristezas são garantidas certamente. JA – Qual é o balanço que faz destes 11 anos? Rosinha – Bom, posso dizer que tenho o pacote bem cheio de muitas alegrias, de muito bons conhecimentos e de boas amizades. Comecei, como é normal, timidamente, a título de experiência. O meu primeiro disco foi gravado como uma experiência. O meu produtor e amigo de infância (Paquito Rebelo) convidou-me para este projeto Rosinha, exatamente por ser um bocadinho extrovertida. Só um bocadinho, é uma coisa que praticamente ninguém repara (risos).


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ENTREVISTA

Eu aceitei o convite, mas, como já referi, concordamos em experimentar e gravar o disco. Se corresse bem, tudo bem; e se corresse mal, tudo bem na mesma. JA – Por que razão a escolha deste tipo musical e não outro? Rosinha – É a minha essência. Quando me chamam artista isso faz-me confusão porque não sou artista, eu sou artolas com muito orgulho (risos). Em miúda comecei a aprender a tocar o acordeão, portanto, eu venho da música não das cantorias. Quando eu tinha 10 anos, abriram uma pequena escola de música na minha terra – Pegões, arredores de Setúbal (eu sou do Sul, ao contrário do que muitas pessoas pensam). Abriu essa escolinha de música e eu, como toda a miudagem da altura, fui ver o que é que se passava na escola. Sendo uma pessoa nascida e criada no campo é óbvio que o acordeão sempre esteve muito perto de mim, não é?! E dos instrumentos disponíveis da escola, realmente, o acordeão foi o que me despertou mais interesse e foi logo ao que eu me agarrei, até hoje. Estudei e tirei o meu curso de música em Lisboa numa escola muito consagrada, o Instituto de Música Vitorino Matono. Tirei o meu curso e, claro, chegamos a uma certa idade que queremos ganhar os nossos próprios trocos, queremos fazer a nossa vida e, assim que já sabia tocar alguma coisa com três notas seguidas, resolvi começar a fazer bailaricos. O que fiz durante 17 anos, sempre sozinha com o meu acordeão eletrónico e lá andava eu de festa em festa a fazer os meus bailaricos. Mas, já nessa altura, a cantar os covers das músicas tentava apimentar aquilo um bocadinho, para ter mais de cor e ser mais divertido. Portanto, isto não é nada que se imponha a mim, não é? A Rosinha não é um boneco que estuda sistematicamente aquelas brincadeiras. Acho que isto já é defeito de fabrico, já vem de origem (risos).

deste título? Rosinha – Primeiramente, eu sou uma pessoa que pensa muito na saúde, obviamente, e depois porque sou uma pessoa muito romântica. Eu faço tudo pelo meu amor, até lhe descasco a banana. Portanto, para o rapaz depois da refeição não se maçar, eu sou uma pessoa preocupada com as pessoas que também gostam de mim. Em todos os discos encontramos uma música que se tenha destacado das outras dez e, principalmente, seja orelhuda. Portanto, de todas as músicas, achamos que esta seria mais fácil para que as pessoas cantarolassem logo de seguida. E é o que acontece, felizmente. Tanto que, no fim dos meus

concertos quando me despeço, costumo dizer por brincadeira: agora para a despedida, a música do meu disco novo de 2018! Espero que vocês fiquem com ela entalada no ouvido... Não a banana, mas a música! (risos).

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com os “músicos de plástico” como nós lhe chamamos, porque era uma experiência para ver se funcionava ou não. Era o meu primeiro passo e não podia atirar-me de cabeça nem tinha sequer a possibilidade de fazer uma grande produção, visto que estava a começar a minha vida. Felizmente, os anos vão passando, o trabalho vai aumentando e as capacidades também. Hoje em dia, os meus discos são todos gravados com músicos ao vivo e isso é uma mais valia para a qualidade do disco, sem dúvida. De qualquer forma, há também a preocupação de me manter uma cantora popular e brincalhona porque a minha linha é esta. Não posso fugir deste meu tra-

ço, nem eu quereria de forma alguma. Eu sou mesmo isto e identificome bastante. Obviamente, tentamos sempre melhorar e inovar em novos sons, não fazendo, por exemplo, um disco só de marchas. Tentamos enveredar por ritmos diferentes, mas o que apostamos, e tem sido todos JA – Preocupa-se, também, com os anos, é na qualidade. a própria interpretação e com os ritmos? JA – A Rosinha utiliza a língua Rosinha – Temos os “instrumen- portuguesa de uma forma abrantos de plástico”, ou seja, em estúdio gente e dando sempre um duplo trabalha-se com instrumentos que significado…. são tirados do sintetizador, portan- Rosinha – Eu não digo nada, quem JA – Onze anos passaram, doze to, não são músicos ao vivo. E os me conhece sabe que eu não digo álbuns e está aqui com um novo músicos ao vivo encarecem muito um único “palavrão”. Às vezes tetrabalho intitulado Eu Descasco- mais a produção num disco, como é nho problemas psicológicos e inlhe a Banana. O porquê da escolha óbvio. No início eu comecei assim, sónias porque, quando vou tirar

fotografias e dar autógrafos (tenho imenso gosto em estar com as pessoas porque eu existo por causa delas), as pessoas dizem-me: “você é malandra, disse isto e aquilo...”. E eu não disse nada daquilo, mas as pessoas ouviram. Como é que é possível? (risos). JA – Sente-se honrada ou insultada quando dizem que a Rosinha é o Quim Barreiros, mas sem bigode? Rosinha – Quim Barreiros tudo bem, mas sem bigode (risos). Mas eu também tenho sérias duvidas que o Quim vestisse as minhas minissaias, por isso estamos quites. Eu fico honrada, não fico nada melindrada. O Quim Barreiros já era uma pessoa que eu seguia porque me identifico com o género musical. No meu trabalho anterior como acordeonista, obviamente, executava e cantarolava muitas das músicas do Quim. Aliás, posso partilhar convosco, a última vez que estivemos juntos foi na Queima das Fitas do Porto, em que eu descasquei a banana, não ao Quim, foi mesmo no concerto, e o Quim lá fez das suas, claro. Ambos tocamos na gaita, cada um na sua, e isso foi logo mal nos encontramos – “Quim tocas na tua que eu toco na minha, para não haver confusões”. É sempre um gosto estar com o Quim. Digo mais, nunca na vida pensei sequer falar com o Quim quanto mais, no fim de um concerto meu, vir dar-me os parabéns. Portanto, fico muito honrada. JA – Um outro tema deste seu novo trabalho é A Enguia do Meu Amor. É mais uma história da sua vida? Rosinha – Como já referi, sou uma mulher nascida, criada e vivida no campo e isto é mesmo verdade. Aliás, eu digo sempre a verdade e as pessoas às vezes acham que eu estou a brincar ou a inventar, mas não estou. Para além de ser uma pessoa do campo, quem já ouviu falar de mim sabe que assim é, eu tenho imensos animais, muitos mesmo. Quando eu digo muitos, passa assim de umas centenas de animais. Mas, isto a falar da enguia do meu


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ENTREVISTA

amor, há um que eu nunca tive, que é aquele peixe sem piada nenhuma, nada contra quem goste, mas eu acho estranho os bichinhos estarem ali a abrir e a fechar a boca. Não dá para nós agarrarmos e darmos um beijinho nem metermos ao colo e darmos uma festinha. Sinceramente, o meu namorado adora peixes e eu nunca liguei a nada daquilo, mas ele agora tem um que é este grosso e comprido, meu deus. Até posso compartilhar que agora ir a casa se torna mais difícil porque, obviamente, vou visitar o meu namorado para lhe ver a enguia (risos).

e outras não têm, mas eu prefiro estar com a banda. É tudo ao vivo, tocado com erros sim, porque, meus amigos, nós às vezes enganamonos. Possivelmente o público não nota, mas nós notamos e fazemos logo carantonhas (caretas) a quem se enganou. Mas é sem rede, é música ao vivo. É mais arriscado sim, mas também a adrenalina é outra. É melhor na minha opinião.

JA – É trabalho para levar junto das comunidades no estrangeiro? Rosinha – Sim, ainda me vão apanhar em Inglaterra, em julho. Mas tenho muita dificuldade em sair do JA – Já trabalhou o espetáculo que nosso Portugal fantástico, porque vai apresentar ao público? em maio, para além dos espetácuRosinha – Na verdade já começa- los normais, faço queimas das fitas mos no início de maio a apresentar e festas académicas. Portanto, já fica o novo espetáculo ainda antes do um pouco difícil. Sendo que tamdisco ter saído. Normalmente, faço bém faço a produção do meu novo sempre isto duas semanas antes disco. para ter a noção se as pessoas vão aderir. Aliás, houve um ano que eu JA – Quer destacar mais algum e o Paquito estávamos com duvidas tema? sobre qual dos temas seria o melhor Rosinha – O tema Ele Tem o Pau para abrir o disco. Lembro-me que a Crescer. Vou dedicar aqui ao pesfui para Algarve fazer uma festa de soal do Norte. Posso garantir que o Medicina e pedi aos jovens médi- pessoal do Norte tem o pau a crescos para me ajudarem a escolher o cer mais do que o pessoal do Sul. Eu tema. Eles escolheram, felizmente sou do Sul, mas posso garantir-vos. escolheram bem, o tema que se cha- Vocês cá em cima têm muitas mais ma Eu Tenho Um Andar Novo. Já florestas do que nós lá para baixo. estive com médicos que me dizem: E esta música fala exatamente dis“Rosinha, lembra-se de uma festa so. E também do meu amor, como em que pediu para o público deci- é óbvio, porque eu sou uma mulher dir qual seria a música? Eu estava muito romântica. Ganhou uma helá”. Continuo a fazer isso, mesmo rança de pinheiros e eucaliptos e ele já tendo definido qual a música que agora diz-me: “meu amor, eu estou irá abrir o disco. Antes do disco deitadinho, mas tenho o pau a cressair, começo sempre a apresentar as cer. Eu agarro-me a ti e tenho o pau músicas para ter ideia da reação das a crescer”. Portanto, vocês cá para pessoas. Quando o disco sair eu es- cima são uns homens muito felizes tou mais confiante (risos). (risos). JA – E, até ao momento, qual tem sido a reação das pessoas a este disco? Rosinha – Tem sido um tal descascar de banana (risos). Felizmente, muito bom. Obviamente que, quanto ao espetáculo, tem duas variantes - eu com as minhas meninas, ou então eu com as minhas “bailarocas” e com os meus meninos (banda). Se me perguntarem o que é que eu gosto mais? Obviamente que eu gosto dos dois e percebo perfeitamente que há comissões de festas que têm a possibilidade de levar com banda

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aquela que eu gostava tanto?”. Mas, meus amores, eu não posso cantar as músicas todas. Este ano resolvi então fazer uns pequenos medleys, onde tenho muitos refrões, para que as pessoas possam ouvir pelo menos o refrão da música que já não faz parte do alinhamento, mas que as pessoas gostam. Como sempre nos meus espetáculos, e não sendo exceção esta época, prima pela brincadeira, não só minha, mas também de quem está a assistir. Daí eu nunca usar in–ears, aqueles aparelhos que os cantores normalmente metem nos ouvidos, porque se usar aquilo não consigo ouvir o que as pessoas me dizem. Então, opto por ter comunicação em palco, em que eu faço perguntas e as pessoas respondem. Às vezes não faço perguntas, mas as pessoas dizem-me à mesma para que haja um fio conJA – O que é que o público pode dutor entre o palco e as pessoas. Eu esperar deste novo espetáculo, à estou ali por causa delas e as pessoas volta deste recente trabalho? estão ali para me ver. Portanto, não Rosinha – Obviamente que eu não tinha muita lógica eu estar em cima consigo meter no alinhamento todo a fazer só o meu trabalho, a debitar o disco. Escolhemos entre três a música e não estar com as pessoas. quatro músicas, tiramos algumas e São elas que estão lá e foram elas colocamos as novas. Confesso que, que me convidaram para estar lá. cada vez mais, é difícil. Só com as músicas conhecidas (as que abrem JA – Que mensagem gostaria o discos), já tenho o alinhamento de deixar a todas as pessoas que para um espetáculo inteiro e, então, acompanham o seu trabalho? quando tiro uma música, as pessoas Rosinha – O que eu posso deixar que me seguem com alguma regula- é, sem dúvida, um grande agraderidade dizem-me: “Rosinha, então e cimento a todas as pessoas que já

me conhecem e que me seguem, e às que poderão vir a seguir-me. Sejam felizes e se, por ventura, algum dia se sentirem um pouco tristes, murchos até, meus amigos, oiçam uma música da Rosinha. Eu garanto que alguma coisa em vocês há de arrebitar, seja lá o que for, mas algo arrebita de certeza absoluta. Deixo um beijinho enorme e os votos de muita saúde e muitas alegrias. Se a Rosinha estiver por perto é dar um saltinho e fazer uma visita. Se quiserem visitar-me pela internet, que agora é bem mais fácil, façamno em Rosinha (Artista). Podia ser Rosinha (Artolas)? Podia, mas não abre a página. Tem de ser Rosinha (Artista). JA - As maiores felicidades a nível pessoal e profissional. Esperamos que haja uma oportunidade para fazer o balanço deste trabalho e falarmos sobre os próximos. Desejamos-lhe os maiores sucessos.


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AMARANTE

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30 DE JUNHO A 8 DE JULHO

IV Festival de Guitarra de Amarante estreia obras de jovens compositores portugueses

A cidade de Amarante acolhe de 30 de junho a 8 de julho de 2018 o IV Festival/Concurso Internacional de Guitarra. Evento organizado pelo CCA – Centro Cultural Maria Amélia Laranjeira - que conta com o apoio da Câmara Municipal. A imprensa nacional tem dado especial destaque ao Festival que tem também sido muito acarinhado pelos próprios artistas, nacionais e internacionais, que através das redes sociais divulgam o certame! O vencedor do Concurso leva 5 mil euros para casa. A grande novidade deste ano é o facto de jovens compositores portugueses poderem estrear obras, vendo-as incluídas no repertório que o Guitarrista Pedro Rodrigues vai tocar em Concerto, no IV Festival de Guitarra de Amarante. “Após o comprovado êxito das primeiras três sessões do Festival / Concurso Internacional de Guitarra de Amarante a IV edição ambiciona prosseguir a senda do sucesso

alcançado veiculando, afirmando e reforçando o valor da guitarra clássica não só na comunidade amarantina como também na comunidade guitarrística portuguesa”, sublinha o presidente do CCA, Francisco Laranjeira. O Município de Amarante apoia o evento desde a primeira edição o que atesta o “alcance e o prestígio de um Festival que é já uma referência além-fronteiras, na medida em que tem a capacidade de atrair artistas de renome mundial, ao mesmo tempo que promove a competitividade entre os concorrentes oriundos de vários destinos”, menciona José Luís Gaspar, Presidente da Câmara. Ao todo serão cinco os artistas a pisar o palco mas as atenções estão viradas para Marco Tamayo e Gabriel Bianco. Tamayo, guitarrista cubano, com naturalidade austríaca, aclamado como “Rei da Guitarra” pelo jornal italiano L’Stampa em 1999. Vencedor de importantes concursos internacionais, Tamayo

tocou com renomadas Orquestras e Maestros, por todo o mundo e é, atualmente, figura proeminente na guitarra clássica. Sobe ao palco a 1 de julho. Gabriel Bianco, reconhecido como um dos melhores guitarristas clássicos da atualidade ganhou o primeiro prémio em alguns dos mais prestigiados concursos internacionais, dos quais se destacam, o Concurso Internacional de Guitarra GFA (São Francisco, EUA, 2008) e o Concurso Internacional de Guitarra, “Hubert Kappel”, de Koblenz (Alemanha, 2007). Está em Amarante para o concerto de encerramento. Três espetáculos (Marco Tamayo, Pedro Rodrigues e Gabriel Bianco) têm entradas pagas, no valor de 7,5 euros, sendo os restantes de entrada livre. Com início às 22h00. A 1 de julho arranca o concurso das categorias A,B,C e D e tem lugar a respetiva entrega de prémios. Dias 2, 3 e 4 há masterclasses com Marco Tamayo, Pedro Rodrigues e Gabriel

Bianco. 3 e 4 de julho são dias de estágio e de concerto com a orquestra de guitarras dos alunos do CCA e do CMVL - Conservatório de Música do Vale do Sousa, com a direção do conceituado Maestro Augusto Pacheco. De 30 de junho a 8 de julho, há assim concertos, masterclasses, estágio para alunos e ainda uma conferência com Ramalho de Almeida, subordinada ao tema “1918 – Amarante e o Mundo”. De Amarante para o mundo, o IV Festival/Concurso de Guitarra de Amarante volta a abrir-se à comunidade. Desta vez, com o concerto do laureado Joaquim Simões, na Igreja do Carmo, na cidade do Porto. É o primeiro português a vencer o Festival Internacional de Guitarra Clássica “Andrés Segovia” e venceu o III Festival Internacional de Guitarra de Amarante. Atua a 6 de julho, a partir das 21h30. A entrada é livre.


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OPINIÃO

O Jornal de Amarante|quinta-feira, 14 de junho de 2018

Memórias de um “TRISTE” sempre alegre Olá amigos que seguem as minhas peripécias…Vamos lá ao XXI Capº. Como tinha dito, estava com mais cerca de 1.500 pessoas num acampamento provisório, próximo de Tchumebe, esperando a disponibilidade de algum barco que nos trouxesse para a nossa terra. Aqui estive de Julho a Setembro de 75, onde contribui com esforço e dedicação na alimentação de toda esta gente. Se valeu a pena?...Vale sempre a pena!....Mesmo se apareciam os mal agradecidos, reclamando de tudo e todos, dizendo que os melhores bocados os guardava-mos para nós, também apareciam lindos sorrisos femininos agradecidos, que nos reconfortavam o coração. Aguentei até uma semana antes de vir-mos embora, pois a minha paciência tem limites, e não sei pactuar com injustiças. (Azar o meu, porque àqueles que estavam na cozinha, foi-lhes dado visto para ficarem a trabalhar naquele rico e belo País). Entretanto, acabei vendendo o meu carro por vinte e oito Rands, que depois me deram aqui o equivalente a oitocentos e quarenta escudos…Ou seja: Vinte anos de trabalho, reduzidos a um colchão de espuma e duas

mudas de roupa, e a dita quantia. E depois de uma viagem sem estórias, lá cheguei a Lisboa. Felizmente, eramnos atribuído um subsídio, e um lugar em pensão ou hotel, algo que não precisei, visto estar desejoso de me juntar à família, que já rezavam missas pela minha alma. E assim lá cheguei de automotora a Amarante, com o meu colchão de espuma no ombro, a caminho de casa. Claro que uma figura daquelas!...Com barba por fazer, deu origem aos mais diversos comentários!...Recordo este: Hummm, tem cara de comunista…Quem será? Naquele estado, apenas cumprimentava, não tive coragem de me anunciar a ninguém…Primeiro um bom banho, desfazer a barba e aí sim: Dizer a todos que estava bem vivo. Recordo ainda a expressão de surpresa da minha irmã ao ver-me: Oh rais te parta…Então nós aqui a rezar por ti, e tu aqui!...E foi assim de forma inglória, que cheguei de novo à terra, em Setembro de 75, deixando para trás, o que de melhor se pode conseguir, nos melhores anos da nossa vida. Os amigos, a terra, a história da nossa infância, da nossa juventude, os nossos bens materiais e espirituais. Perder

um amigo, ou um familiar, acabamos por esquecer, mas perder todo o espólio dos melhores anos da nossa vida, é algo que nos fica na memória (de forma negativa) para sempre. Acabei por ir parar ao Porto, onde um familiar me ajudou, dando-me trabalho na sua oficina de fabricação de candeeiros. Lá acabei num torno, torneando peças para os ditos candeeiros…A intenção foi boa, mas o resultado um desastre. Os empregados logo me intitularam de espião, e fizeram-me a vida num inferno…Até um pão seco cheio de bolor, me puseram em cima do torno. Penso que o olhar triste que lhes dirigi deve ter sido semelhante ao de Jesus, para os seus crucificadores. O problema logo foi resolvido de forma positiva para mim…Passaram-me para a secção das meninas, onde tentava competir com elas, sem sucesso, metendo pedras de cristal em fios, para adornar os ditos candeeiros. Aqui o ambiente era bem mais animado. O primo António, mais conhecido por Tenório, depressa se tornou na coqueluche daquela secção, devido ao seu refinado sentido de humor. Digamos que como férias, a coisa até se aceitava, mas um homem com

trinta anos, necessitando refazer a sua vida, não se podia sentir feliz, naquele ambiente , (mesmo que divertido) de subaproveitamento. Não me recordo se cheguei a apelar aos deuses, nessa altura, mas que o milagre aconteceu, lá isso aconteceu. Num fim de semana em que vim a casa, fui surpreendido com algo que fez mudar a minha vida radicalmente para melhor. Um vizinho meu recebe um contrato de trabalho para a Suíça, como não está interessado, vem ter comigo, para eu escrever para a empresa devolvendo o contrato. Não só devolvo o contrato, como me proponho ir no lugar dele. Recebo um contrato para mim, e uma proposta de trabalho para mais três raparigas…E dou comigo a caminho da Suíça, na companhia de três raparigas. Aquela viagem longa, por terras desconhecidas até então, acabou por se tornar numa aventura linda, já que uma das raparigas não resistiu aos meus encantos, e aquele rapaz tímido e envergonhado, quando deu por si, tinha uma rapariga dependurada no seu pescoço, beijando-o apaixonadamente. A vida começava de novo a ter interesse e de que maneira. Diria: Depois da tempestade a bonança. Fi-

nalmente no Paraíso. É o mínimo que se pode chamar a um País como aquele. A Suíça há quarenta anos, era linda, limpa, organizada e com uma qualidade de vida impar, ao contrário do Portugal desorganizado do pós 25 de Abri. O salário na altura, era pequeno, mas tornouse grande com as sucessivas desvalorizações do Escudo. A moeda forte que o Salazar deixou, depressa se tornou miserável, para bem dos que partiram, e mal dos que ficaram. E amiguinhos hoje ficome por aqui. Tenham um bom fim de semana e sejam muito felizes. Abraço.

Júlio Moreira


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Município de Mondim de Basto vai investir 479.244,59 euros na mobilidade urbana O Município de Mondim de Basto assinou o contrato para a execução da empreitada da rede periurbana de passeios que vai ligar o centro da Vila aos lugares de Pedra Vedra, Serra e Vilar de Viando. Esta obra, que surgiu na sequência do exercício de planeamento executado ao nível da CIM do AVE - Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável do Ave (PAMUS do Ave) visa a execução de passeios e respetivas infraestruturas, numa extensão total

de 4100 metros lineares e vai permitir a criação de condições para a circulação pedonal, de forma segura e confortável destes três lugares da freguesia de Mondim até ao centro da Vila. Decorrido o procedimento de contratação pública, através da realização do concurso público desta empreitada, a autarquia vê assim reunidas as condições para avançar com a formalização do contrato para a Criação de uma Rede Periurbana de Pas-

seios na Vila de Mondim de Basto, com a empresa Higino Pinheiro & Irmão, S.A. Uma intervenção que representa um investimento de 479.244,59 euros, comparticipado em 85%, através do Programa Operacional Regional do Norte e que vem responder às necessidades da população destes três lugares da freguesia de Mondim.

Sapadores Florestais realizaram formação sobre Segurança e Higiene no Trabalho A Câmara Municipal de Mondim de Basto, em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas promoveu, entre os dias 4 e 12 de junho, uma formação destinada às Equipas de Sapadores Florestais do Concelho subordinada ao tema “Segurança e Higiene no Trabalho”. De acordo com a legislação em vigor, as equipas de sapadores florestais são obrigadas a frequentar ações de formação - Formação Contínua - para poderem continuar no exercício das suas funções, sem prejuízo da formação adquirida em contexto real de trabalho. Nesta ação específica, os sapadores florestais do concelho puderam aperfeiçoar as técnicas de segurança na utilização de equipamentos moto manuais, equipamentos de proteção individual e coletivo. Uma ação de formação devidamente certificada por ter sido ministrada por uma entidade que integra o Serviço Nacional de Qualificações.


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FELGUEIRAS

8.ª Edição do Sabores IN terminou com showcooking direcionado a todos os envolvidos Na passada quarta-feira, 6 de junho, realizou-se, no Café Concerto da Casa das Artes de Felgueiras, um showcooking que pretendeu assinalar o encerramento da edição de 2018 da iniciativa Sabores IN. Este showcooking, dedicado a todos os parceiros, sobretudo aos estabelecimentos aderentes, teve como principais objetivos reunir os stakeholders para reforçar o trabalho em rede e fazer um balanço do evento, celebrar e promover a Gastronomia & Vinhos de Felgueiras e proporcionar aos profissionais da restauração uma abordagem diferente na arte gastronómica com forte componente de interação com o chef convi-

dado. O showcooking esteve a cargo de Manuel Garea, um reputado chef Espanhol que confecionou e comentou três pratos, tendo como ingrediente distintivo o Espargo, harmonizados com vinhos de Felgueiras. Houve ainda a oportunidade de degustar o Pão-de-Ló e as Cavacas de Margaride. Garea, que teve a oportunidade não só de provar mas também de conhecer a Fábrica e Casa Museu do Pão de Ló de Margaride, elogiou a qualidade e a genuinidade da doçaria local. Joel Costa, Vereador do Turismo e das Atividades Empresariais, salientou que “esta edição da iniciativa

Sabores IN – Gastronomia & Vinhos decorreu com sucesso, tendo-se enriquecido e diversificado o programa, aumentado o fluxo de novos clientes para as empresas aderentes e reforçado, com parcerias, o suporte ao tecido empresarial nos domínios da cultura, gestão, inovação e da sustentabilidade. A ligação sinérgica do evento Sabores In ao Portugal de Lés-a-Lés foi uma aposta ganha quer no retorno direto, quer no que a forte aposta na promoção permitirá motivar na visita a Felgueiras noutras oportunidades a curto prazo, sendo de registar que em 2019 o Lés-a-Lés começará em Felgueiras.

DUAS CENTENAS DE PESSOAS PARTICIPARAM

NO PERCURSO PEDESTRE “ROTA DO PÃO” Cerca de 200 participantes percorreram o Percurso Pedestre “Rota do Pão”, em Jugueiros, no concelho de Felgueiras, no passado dia 2 de junho. A atividade, inserida no âmbito da 8.ª edição do Sabores IN Gastronomia & Vinhos, consistiu em percorrer 12km e desfrutar de belas paisagens! Este percurso pedestre contemplou a recriação da feitoria das levadas, cujas referências documentais reportam, pelo menos, ao século XVIII. Ao longo do percurso, foi possível recordar os vários estádios da

produção do pão de milho, a que se juntaram as belas paisagens, a habitual boa disposição das gentes de Jugueiros, bons momentos culturais e boa gastronomia. A organização foi da responsabilidade da Casa do Povo de Jugueiros, em parceria com o Município de Felgueiras e a colaboração da organização “Sentir Património”.


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Documentário “Tongobriga, O Espírito do Lugar” apresentado a 22 de junho no Marco de Canaveses

O documentário «Tongobriga, O Espírito do Lugar» é uma produção cinematográfica na qual se utilizaram as mais inovadoras técnicas de cinema e

imagem digital e avançados meios de produção. Através das mais relevantes estruturas arqueológicas até hoje identificadas em Tongobriga (Marco de Canaveses), o documentário conta a história de um lugar que atingiu o seu apogeu nos dois primeiros séculos da era cristã, enquadrando essa história no contexto global da integração da Península Ibérica no Império Romano. A apresentação nacional do documentário, coproduzido pela Direção Regional de Cultura do Norte, Câmara Municipal de Marco de Canaveses e a produtora Digivision, está agendada para o próximo dia 22 de junho, pelas 21h30, na Casa das Artes, no Porto. Nesta produção, unem-se reconstruções históricas a elaborados modelos digitais sobrepostos às imagens reais do surpreendente sítio arqueológico

de Tongobriga, para que o espetador possa conhecer e compreender a história do lugar. Ao longo de cerca de cinquenta minutos, o documentário recorre a tecnologia de ponta na área da realidade virtual para ir ainda mais longe, ao desvendar a história multissecular de um sítio extraordinário e ousar captar a sua vocação intemporal, o seu Genius Loci: o Espírito do Lugar. «Tongobriga - O Espírito do Lugar» é uma produção transmedia, associada à produção de imagens virtuais pela empresa IMAGEEN, que pode ser visualizada em smartphones, tablets e óculos de realidade virtual. A apresentação nacional do documentário será acompanhada do lançamento oficial do Guia Arqueológico Virtual, uma publicação com mais de 100 páginas, e que contextualiza todos

os conteúdos presentes no filme. As edições do documentário e do referido Guia inserem-se num plano estratégico mais amplo de divulgação do complexo arqueológico de Tongobriga, no âmbito de uma candidatura conjunta da Direção Regional de Cultura do Norte e Câmara Municipal de Marco de Canaveses a fundos comunitários do Programa Operacional ON2. As ruínas romanas de Tongobriga e a arquitetura tradicional da aldeia histórica de Santa Maria do Freixo constituem as duas faces mais visíveis do valor patrimonial da Área Arqueológica do Freixo, um espaço com 50 hectares que se encontra sob gestão da Direção Regional de Cultura do Norte.

Olimpíadas do Desporto do Tâmega e Sousa 2018 Os concelhos de Cinfães, Paços de Ferreira e Baião são os anfitriões da edição deste ano das Olimpíadas do Desporto do Tâmega e Sousa, uma iniciativa promovida pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, em articulação com aqueles municípios. Na presente edição, é de destacar a parceria realizada entre a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa e o Comité Olímpico de Portugal, no sentido de potenciar os benefícios associados à prática do desporto e da atividade física assim como, os valores e padrões associados ao movimento Olímpico. Durante três sábados - 16 de junho (Cinfães), 23 de junho (Paços de Ferreira) e 30 de junho (Baião) -, são várias as modalidades desportivas com provas em competição, masculinas e femininas, entre

andebol, atletismo, badminton, basquetebol, futebol, futsal, gira-vólei, natação e ténis de mesa. A cerimónia de abertura da primeira etapa destas olimpíadas, que se realiza no próximo sábado, dia 16, está marcada para as 9h30, no Estádio Municipal Prof. Cerveira Pinto, em Cinfães. As Olimpíadas do Desporto do Tâmega e Sousa são dirigidas a atletas masculinos e femininos, federados ou não federados, com idades compreendidas entre os 13 e os 15 anos. A iniciativa, que envolve cerca de 1500 pessoas, entre atletas, treinadores, dirigentes e organização, tem como objetivos a promoção da prática de atividade física e do intercâmbio desportivo, bem como o convívio entre a comunidade desportiva juvenil do Tâmega e Sousa. Os palcos da competição serão, no concelho de

Cinfães, o Estádio Municipal Prof. Cerveira Pinto (futebol masculino/feminino), o Circuito Urbano (atletismo masculino/feminino) e o Pavilhão Municipal Armando Costa (andebol masculino/feminino); em Paços de Ferreira, as provas terão lugar no Patinódromo (basquetebol masculino/feminino), o Complexo Desportivo do FC Paços de Ferreira (gira-vólei masculino/feminino) e o Pavilhão Municipal N.º 1 (ténis de mesa masculino/feminino); em Baião, a jornada decorrerá na EBS de Baião (badminton masculino/feminino), no Pavilhão Multiusos de Baião (futsal masculino), no Polidesportivo de Campelo (futsal feminino) e na Piscina Municipal Coberta (natação masculino/feminino).


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Associação de Trabalhadores da Câmara Municipal de Baião organizou passeio dos funcionários da Autarquia A Praia do Azibo, em Macedo de Cavaleiros, foi o destino escolhido, este ano, pela Associação de Trabalhadores da Câmara Municipal de Baião (ATCMB), para a realização do passeio anual dos funcionários da Autarquia. No passado dia 09 de junho, cerca de 180 pessoas, funcionários e familiares, participaram numa jornada de convívio que promoveu momentos de partilha e de alegria entre todos os presentes. O repasto, oferecido pela ATCMB, contemplou uma sardinhada e porco no espeto, regado pelo bom vinho verde de Baião. O almoço foi sabiamente preparado por

elementos das equipas externas da autarquia. A animação desta iniciativa esteve a cargo do grupo musical “O Estaleiro”, constituído maioritariamente por trabalhadores da Câmara Municipal de Baião. Para o presidente da Associação de Trabalhadores da Câmara Municipal de Baião, Armando Pinho, “estes convívios servem para fomentar o espírito de grupo e de união entre todos os funcionários”. O responsável pela ATCMB agradeceu e reconheceu o esforço dos funcionários responsáveis pela organização do almoço. Quem também se associou à iniciativa

foi o presidente da Autarquia, Paulo Pereira, e o vereador dos Assuntos Económicos, José Lima, que enalteceram o trabalho e o esforço da Associação dos Trabalhadores da Câmara Municipal na promoção de iniciativas deste género. Para Paulo Pereira estes convívios “são um fator de aproximação entre os colaboradores do Município, o que faz com que a organização se torne mais coesa, saudável e motivada para o serviço público”, referiu.

Padronelo – Amarante

Telões – Amarante

Vila Chã do Marão – Amarante

Sr. Adriano Marinho Coelho

Sr. Carlos Alberto Teixeira

Sr. Francisco da Costa Azevedo

AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido. FUNERÁRIAS DO TÂMEGA, LDA – 255 424 422 – 917 212 107 – 919 449 561 917 502 997WWW.FUNERARIASDOTAMEGA.COM – FUNERARIASTAMEGA@SAPO.PT

AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido. FUNERÁRIAS DO TÂMEGA, LDA – 255 424 422 – 917 212 107 – 919 449 561 917 502 997WWW.FUNERARIASDOTAMEGA.COM – FUNERARIASTAMEGA@SAPO.PT

AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido. FUNERÁRIAS DO TÂMEGA, LDA – 255 424 422 – 917 212 107 – 919 449 561 917 502 997WWW.FUNERARIASDOTAMEGA.COM – FUNERARIASTAMEGA@SAPO.PT


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DIVERSOS

COOPERATIVA AGRÍCOLA DE AMARANTE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 23, n.º 3 dos Estatutos da Cooperativa Agrícola de Amarante, convocam-se todos os associados para uma Assembleia Geral Ordinária, a realizar no dia 23 de Junho de 2018, pelas 8.30 horas, na respectiva sede, sita à Av. 1º de Maio, em Amarante, com a seguinte ordem de trabalhos: ORDEM DE TRABALHOS 1 – Discussão e aprovação do Relatório e Contas e Parecer do Conselho Fiscal relativos ao exercício de 2017. 2 – Outros assuntos de interesse para a Cooperativa e, em geral, para a agricultura do concelho. Na hora designada e na falta de número suficiente de associados para assegurar o seu funcionamento, a Assembleia terá lugar decorrida uma hora, com qualquer número de presenças.

Amarante, 5 de Junho de 2018 O Presidente da Assembleia-Geral Prof. Joaquim Arménio Cerqueira de Miranda

AVISO

TORNA-SE PÚBLICO, para efeitos do disposto na alínea b) do nº. 2 do artigo 78º. Do Decreto-Lei nº. 555/99, de 16/12, no atual redação foi emitido aditamento à licença de loteamento, titulada pelo alvará de loteamento n.º 10/2000, em nome e a requerimento de Petrofregim - Posto de Abastecimento de Combustíveis, Lda., com sede na Rua da Boavista n.º 1730, freguesia de Fregim, NIPC 00503126730, que titula a aprovação da alteração da licença da operação de loteamento que incidiu sobre o prédio urbano, sito na rua da Igreja freguesia de Fregim, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1280 - P e descrito na Conservatória do Registo Predial na ficha 1258/20041007. A alteração ao alvará de loteamento supra, deferida por despacho de 27/03/2018, respeita o disposto no Regulamento do Plano Diretor Municipal, e consiste na alteração das especificações dos lotes nº 1,2, conforme a seguir se indica: - Aumento da área total de implantação de 100,00 m2 para 154,99 m2; - Redução da área total de construção de 300,00 m2 para 298,81 m2; - Alteração da cércea passando de cave, r/chão e andar para r/chão e andar; - Alteração de construção geminada para construção isolada; - Alteração aos arranjos exteriores, sendo a área impermeável equivalente total inferior a 60%; - Alteração de cota de soleira, dos muros e respetivas serventias de acesso. Dado e passado para que sirva de título ao requerente e para todos os efeitos prescritos no Decreto-Lei n.º 555/99, de 16/12 e alterações subsequentes. Divisão de Planeamento e Gestão do Território, 29 de maio de 2018 A Vereadora do Urbanismo, Drª. Ana Rita Brochado Marinho Bastos Batista

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Lufrei - Amarante Sra. Isaura de Jesus Macedo AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido.

FUNERÁRIA CARLOS ALBERTO, LDA MADALENA - AMARANTE | Filial: VILA CAÍZ - AMARANTE Telm: 919 023 883 | 968 615 754 - Tlf: 255 531 207

S. Veríssimo - Amarante Sr. António Augusto da Fonseca Pereira AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido.

FUNERÁRIA CARLOS ALBERTO, LDA MADALENA - AMARANTE | Filial: VILA CAÍZ - AMARANTE Telm: 919 023 883 | 968 615 754 - Tlf: 255 531 207

Lomba - Amarante

Lufrei - Amarante Sr. António Mendes de Queirós AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido.

FUNERÁRIA CARLOS ALBERTO, LDA MADALENA - AMARANTE | Filial: VILA CAÍZ - AMARANTE Telm: 919 023 883 | 968 615 754 - Tlf: 255 531 207

S. Simão - Amarante Sr. Manuel Nogueira Monteiro AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido.

FUNERÁRIA CARLOS ALBERTO, LDA MADALENA - AMARANTE | Filial: VILA CAÍZ - AMARANTE Telm: 919 023 883 | 968 615 754 - Tlf: 255 531 207

S. Gonçalo - Amarante

Francisco Monteiro

Antero Henriques Pereira

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido.

FUNERÁRIA CARLOS ALBERTO, LDA MADALENA - AMARANTE | Filial: VILA CAÍZ - AMARANTE Telm: 919 023 883 | 968 615 754 - Tlf: 255 531 207

A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido.

FUNERÁRIA CARLOS ALBERTO, LDA MADALENA - AMARANTE | Filial: VILA CAÍZ - AMARANTE Telm: 919 023 883 | 968 615 754 - Tlf: 255 531 207

Tribunal Judicial da Comarca do Porto Este Juízo Local Cível de Amarante

Tribunal Judicial da Comarca do Porto Este Juízo Local Cível de Amarante

ANÚNCIO

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Processo: 767/18.0T8AMT Interdição / Inabilitação N/Referência: 76678978 Data: 18-05-2018

Processo: 828/18.5T8AMT Interdição / Inabilitação N/Referência: 76748498 Data: 25-05-2018

Requerente: Joaquim Marinho Morais Requerido: Joaquim Gonçalves Morais Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Joaquim Gonçalves Morais, filho(a) de Manuel Morais e de Maria Pinheiro Gonçalves Navega, estado civil: viúvo, nascido(a) em 19-09-1935, freguesia de Vila Chão do Marão (Amarante), NIF – 167922823, domicílio: Casa da Boavista – Residência Sénior, Rua Comendador José de Abreu, Nº 104 (Boavista Lar), Amarante, 4600-261 Amarante, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.

Requerente: Helder Dinis da Costa Interdito: Sérgio Dinis da Costa Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Sérgio Dinis da Costa, filho(a) de Manuel Joaquim Costa Nunes e de Maria Fernanda Dinis Ribeiro, estado civil: Desconhecido, nascido(a) em 09-07-1984, freguesia de Sanche (Amarante), NIF – 231939116, domicílio: Rua de Várzea, Nº 171, 4600-730 Sanche, Amarante, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica.

O Juiz de Direito, Dr(a) Ana Gabriela P.S. Fonseca Freitas

O Juiz de Direito, Dr(a) Ana Gabriela P.S. Fonseca Freitas

O Oficial de Justiça, Filipa Almeida

O Oficial de Justiça, Filipa Almeida



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