Jornal de amarante 1793 5 de abril

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DIRETOR: Luciano Gonçalves

36 anos de informação

quinta-feira, 5 de abril de 2018 | Nº 1793 | Ano 36

OJORNAL AMARANTE

DE

‘Vidas Opostas’

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Amarante é cenário de novela da SIC

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Museu Municipal organizou ateliê da Páscoa dedicado à música // Pág. 3

Município assinala Mês de Prevenção dos Maus-tratos na Infância // Pág. 5

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor - Abril – livros mil? // Pág. 5

Município promoveu palestra sobre “O Novo Regulamento Geral de Proteção de Dados”

Fonte: SIC

Págs. 12 à 15

Ricardo Vieira “(…) é preciso estar constantemente a reciclar os nossos conhecimentos.”


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OPINIÃO

O Jornal de Amarante|quinta-feira, 5 de abril de 2018

Os dois Crepúsculos Espelho d’Àgua, por A. Magalhães Como é sabido cada dia que passa tem dois crepúsculos. O da manhã, que é a aurora, e o da tarde que é o anoitecer. O primeiro é uma rosa imensa que se abre e sobre o mundo desfolha as suas maravilhosas pétalas de luz; o da tarde é uma cortina triste e escura que descendo sobre o mundo o envolve em sombras que se adensam em trevas. Estes dois fenómenos naturais, fatais e perenes como a vida, são muito semelhantes na sua natureza, mas muito distintos nos seus efeitos, como o dia se distingue da noite.

Enquanto a aurora estimula o movimento e a vida, o entardecer convida para a introspeção, a melancolia e o repouso. Acontece o mesmo com a vida humana. O nascimento é o amanhecer da existência e a velhice é cortina que cai e a encerra. Nem todos os seres humanos sentem as contingências da velhice que prenunciam o mundo de trevas que o esperam. Uns morrem antes da velhice devido a circunstâncias diversas. Outros, como o autor deste texto, sentem-no com o decair das forças físicas, da visão, da memória, enfim com o enfraquecimento do

todo físico e mental que os tornam seres humanos. O entardecer da vida é sempre uma fase dolorosa por mais aconchegada que o seja. Para os pobres que vivem geralmente sós e de quase tudo desamparados, é muito mais dolorosa do que a de outros que, mesmo vivendo num deserto de afetos, possuem, porém, recursos que lhes permitem minimizar essa situação dolorosa. Para uns e outros a velhice é uma etapa da vida assaz dolorosa e inevitável para todos que tiverem a sorte de lá chegarem com alguma qualidade física e mental.

O anoitecer da existência é sempre um período difícil e doloroso para ricos e pobres, solitários ou rodeados de carinho, mas para aqueles que são pobres e vivem em solidão é muito pior. Mas a Fonte de Juventa, mais conhecida como Fonte da Eterna Juventude, apenas existe nas fábulas criadas pela vontade dos humanos em serem eternos. O autor deste texto, simples e despretensioso, vive-o entre a esperança e a saudade, dois sentimentos diferentes, mas semelhantes no contexto da vida. O crepúsculo da tarde

vai-se diluindo na treva total que inexoravelmente se aproxima. É com um sentimento de tristeza e impotência que vejo a vida a apagar-se que, embora não seja um mar de rosas, é algo de grandioso sobretudo pelo mistério que a envolve assim como a tudo. É um umbral estreito que todos teremos de transpor. Para a eternidade ficará a memória do que fomos. Boa, má ou apenas uma lembrança ténue conforme a natureza das obras que fizemos.

Museu Municipal organizou ateliê da Páscoa dedicado à música Vinte e nove meninas e meninos com idades entre os seis e os 12 anos frequentaram, durante uma semana, o ateliê de Páscoa organizado pelo Museu Municipal Amadeo de SouzaCardoso (MMASC), este ano dedicado à música. Pontos de partida para o ateliê foram os quadros de Amadeo onde estão representados instrumentos musicais e a recente integração de Amarante na Rede de Cidades Criativas da Música.

Propriedade: Publitâmega - Publicações do Tâmega, Lda. Tiragem Média 3500 exemplares.

director.jornaldeamarante@gmail.com jornalamarante@gmail.com

Os participantes foram presenteados com as visitas de António Silva, artesão construtor de violas amarantinas, que demonstrou as várias fases de construção do instrumento; e de Eduardo Costa, professor de música, que ensinou os passos básicos da sua execução. Na parte final do ateliê, cada menino/a construiu, em cartão, uma réplica de uma viola amarantina e, porque era Páscoa, todos levaram para casa ovos que próprios decoraram. Director: Luciano Gonçalves (C.P. 7020) Redação: ERA FM Colaboradores: A. Magalhães, Hernâni Carneiro, Js Amt, JsD Amt, Rui Canossa, Bruna Ribeiro, Júlio Moreira Espaço de Direito: Vitor Briga Rei Parcerias: ERA FM (92.7) / Notícias do Tâmega Paginação: Mediatâmega, Lda Departamento Comercial e secretariado: Júlia Gonçalves (255136045 / 969123545) Redacção: Edifício santa Lúzia, s. Gonçalo, Amarante Edição: ERA - Emissora Regional de Amarante, Lda. / NIF: 501837930 Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis Registos: Ministério da Justiça/Instituto de Comunicação social - 106941| Depósito Legal: 135757/99 (Nota: A opinião expressa nos artigos assinados pode não corresponder forçosamente à da direcção do jornal)

Preço de Assinatura Continente 30,00 Euros Estrangeiro 50,00 Euros

Porte Pago Avença – 4600 Amarante


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AMARANTE

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Amarante é cenário de novela da SIC Vidas Opostas”, com estreia marcada para 9 de abril, é a nova aposta da SIC e está a ser rodada também em Amarante. Muitos foram os moradores, os comerciantes e até os turistas que se cruzaram com os atores Sofia Sá da Bandeira, Joana Duarte, Inês Monteiro, Rui Luís Brás, António Durães e Luís Mascarenhas, entre outros, que fazem parte do elenco da novela e que já passaram por Amarante. Atualmente a SP Televisão, em parceria com a SIC, é líder e a principal referência das produções independentes de ficção produzidas em Portugal. De sublinhar que dos estúdios da SP Televisão emanaram projetos com inúmeras distinções nacionais e internacionais, como é o caso das novelas “Laços de Sangue”, “Mar Salgado” e “Coração D’Ouro”. “Vidas Opostas” é o é uma história em torno do mundo do desporto, da moda e do doping.

Fonte: João Soares

Município assinala Mês de Prevenção dos Maus-tratos na Infância Teve lugar a 4 de abril no Edificio do Salão Nobre dos Paços do Concelho a sessão de abertura do Mês de Prevenção dos Maus-tratos na Infância, este ano sob o lema “cuidar e proteger ajuda-nos a crescer”. Presidiu a sessão Vice-Presidente da Câmara Municipal de Amarante, Lucinda Fonseca, acompanhada pela representante da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, Fernanda Almeida e da Presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Amarante, Verónica Pinto. As crianças e jovens que se encontram a participar na iniciativa Clube

de Férias proporcionaram momentos de poesia sobre esta temática. De forma simbólica foram entregues às instituições que integram o Conselho Local de Ação Social e a CPCJ de Amarante na modalidade alargada, um laço azul que será exposto, em cada instituição, durante o mês de abril. No final foi inaugurada na Alameda Teixeira de Pascoaes a exposição “cuidar e proteger ajuda-nos a crescer” que estará patente até 30 de abril.


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OPINIÃO

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Rendimento Básico Incondicional: uma utopia?

O RBI (abreviatura para Rendimento Básico Incondicional) já consta nas agendas diárias de discussão dos mais diversos partidos. Mas afinal, de que se trata? “O Rendimento Básico Incondicional é uma prestação atribuída a cada cidadão, independentemente da sua situação financeira, familiar ou profissional, e suficiente

Por Vasco Vaz Rodrigues, JSD Amarante para permitir uma vida com dignidade” é a apresentação que encontramos no site oficial (www.rendimentobasico. pt) português que representa este movimento cujo porta-voz é Roberto Merrill, um professor na Universidade do Minho doutorado em Filosofia Política. É universal porque não discrimina ninguém, aplicando-se a todos. É individual porque garante a autonomia às pessoas em situação vulnerável independentemente da situação familiar. E é livre de obrigações, sendo um direito para todos, sem burocracias nem requisitos a cumprir. O RBI, na sua teoria, permite eliminar a pobreza e insegurança económica, focando-se na luta pela igualdade, resolvendo problemas como o desemprego e a pobreza que persistem, sem solução à vista, mesmo nas sociedades mais desenvolvidas. Em suma, seria um direito de todos

e permitiria uma alteração dos impostos de tal modo que os cidadãos com maiores rendimentos e/ou riqueza passassem a entregar mais ao Estado do que o que receberiam de RBI. Este projeto desenvolvido por Philippe Van Parijs, primordialmente testado na Finlândia, Suécia e Reino Unido, é um dos temas mais polémicos e fraturantes na Europa neste momento. É inegável que a ideia tem potencialidades, mas não podemos ignorar sérios inconvenientes e aspetos que necessitam de ser clarificados. As potencialidades existem no trabalho, permitindo o mesmo em tempo parcial e proporcionando mais liberdade de escolha, permitindo a todos terem autonomia e podendo contribuir para uma sociedade mais justa e para uma cidadania mais próxima dos ideais democráticos. Mas ao lado de todos estes aspetos positivos

acompanham-nos inúmeras questões… As pessoas deixariam de trabalhar? E se o rendimento não for suficiente? E os trabalhos que ninguém gosta? O que aconteceria à imigração e emigração? Geraria inflação? Redistribuiria riqueza? O impacto na sociedade é impossível de decifrar, restanos especular. Em Portugal são várias as propostas de valores a serem aplicados (em contexto experimental) para a existência de um RBI. Há propostas mais graduais, a começar com um financiamento de 200 euros, e propostas que assumem valores superiores a 400 euros (calculados com o intuito de permitir viver acima do limiar da pobreza), fazendo cair qualquer prestação social abaixo desse valor. Para ser uma medida implementada de forma efetiva, o RBI tem de ser caro. E a suposta impossibilidade de financia-

mento, por exemplo, poderia dar por terminada a discussão. Mas, admitindo a sua inevitabilidade, considero impreterível discuti-lo em melhores bases. Umas que promovam oportunidades de os cidadãos serem socialmente ativos, garantindo a participação cívica num futuro em que a extinção de vários sectores do trabalho assalariado faz parte do quadro. Mais do que uma discussão para ser feita em contexto político, é uma congérie de questões que, por dever cívico e consciência, podemos colocar a nós mesmos. O que escolheria: construir riqueza, ou acomodar-se? Trabalhar ou ocupar-se produtivamente? O que mudaria na sua vida? Na sociedade? Será este o ponto de partida para um contexto social do futuro? Um tema a discutir com olhos em vista no progresso.

Reconstruir Portugal! Por Sérgio Carvalho, JS Amarante Estamos perante o maior crescimento da economia do nosso país desde o ano 2000. A economia portuguesa cresce 2,7% em 2017, dados muito significativos para nós portugueses, que estamos perante um país que quer evoluir a nível económico, reduzindo o desempro e a pobreza. Existe um grande otimismo em torno das perspectivas de crescimento da economia portuguesa. Em 2018, as instituições internacionais e nacionais vêem Portugal a crescer quase o dobro face àquilo que estimavam há um ano atrás. A aceleração do crescimento no ano passado – recorde-se que a economia portuguesa tinha crescido 1,5% no conjunto de 2016 – resultou do aumento do contributo da procura interna, refletindo principal-

mente a aceleração do investimento, uma vez que a procura externa líquida apresentou um contributo idêntico ao registado em 2016. Este é também o ritmo de crescimento mais elevado desde 2000, sendo que esse ano a economia subiu 3,8% e desde então que, quando cresceu, foi sempre a ritmos inferiores a 2,7%. Ao longo destes últimos anos, fomos vítimas de uma má gestão do anteriror governo, face a este cenário vários membros do governo apresentaram aos jovens principalmente aos mais qualificados, a emigração como solução para ultrapassarem estas dificuldades. Entre 2011 a 2015 faliram várias empresas em Portugal, de facto, nos últimos anos Por-

tgual assistiu a um aumento muito acentuado da sua taxa de desemprego jovem, que se situou nos 40%. Em dezembro de 2017 a taxa de desemprego recuou e em termos homólogos na zona euro e na UE, com Portugal a registar a terceira maior quebra entre os Estados-membros. Na zona euro, a taxa de desemprego recuou para os 8,7%, face aos 9,7% de dezembro de 2016, tendo-se mantido estável face à de novembro. Com a subida da economia portuguesa, foram criados 159 mil postos de trabalho, existindo agora 4,7 milhões de empregos, um avanço de 3,5% em termos homólogos. É a maior subida no que toca a criação de emprego desde que o INE tem registos, ou seja, desde 1999.

Fazendo o balanço da legislatura, significa que Portugal tem agora mais 242 mil empregos face a novembro de 2015, quando o governo do PS assumiu o poder. A restauração, alojamento e similares é dos sectores que mais estará a dinamizar a recuperação do mercado de trabalho, de acordo com o último inquérito ao emprego relativo ao terceiro trimestre, divulgado em Novembro. Esta economia terá gerado 53 mil novos postos de trabalho. Queremos um país igual para todos, um país onde se possa viver, um país onde haja emprego, e que o nosso futuro não tenha de passar pela emigração. É certo que ainda há um longo caminho a percorrer, mas perante isto, o atual Go-

verno quer mais, e os dados deste ponto de vista não enganam: o emprego cresceu, o desemprego diminuiu, face a estes dados do crescimento da economia que são sem dúvida muito avassaladores para o fututo do nosso país, estou convicto que estamos no caminho certo.


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Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor

Abril – livros mil?

O cinema, o teatro de fantoches e as horas do conto são presenças habituais na programação da Biblioteca Municipal Albano Sardoeira – BMAS - mas para o mês de abril, o destaque vai, naturalmente, para o Dia Mundial do Livro. É, na verdade, a principal efeméride do calendário e pretende assinalar o Livro os Direitos do Autor. Boa verdade, já que não existe livro, sem autor! A BMAS promove assim, a 23 de abril, um atelier de escrita criativa e ilustração: “Estórias recortadas num estendal…” por Susana Pinheiro que traz uma “Caixa Mágica de onde sairão, como que por magia, letras “almofadadas” para as crianças brincarem com as rimas. Depois, todos os participantes vão pintar molas para “estenderem” as “estórias” no estendal como se fossem peças de roupa. E também as vão ilustrar”. Pretende-se que os participantes soltem a imaginação, brinquem com as palavras e rimem, criando pequenas histórias. E sejam contadores das suas próprias histórias. Num ambiente descontraído e lúdico. Com outras crianças ou em família.

Na agenda de eventos para abril, destaque ainda para a exposição de desenhos “Rasgos” de António Santiagu, com inauguração para 7 de abril, pelas 16h00. Estará patente ao público até 10 de maio. Santiagu é o pseudónimo de António Santos. Ilustrador de vários manuais escolares, colabora no jornal «A Flor do Tâmega». Professor de Educação Visual desde 1994 realizou várias exposições individuais e coletivas. Premiado em vários festivais nacionais e internacionais, nomeadamente: Azerbaijão, Bósnia, Brasil, China, Espanha, Grécia, Irão, Kosovo, República Checa, Roménia, Rússia, Sérvia, Turquia e Ucrânia. Constituída por 42 trabalhos, entre caricaturas e cartoons, a exposição “espelha parte do meu olhar inquieto, assombrado, perturbado, maravilhado, de uma sociedade cada vez mais (cor)rompida pela ganância, poder, luxúria… São manifestações repentinas ou refletidas de algo traduzido em rasgos gráficos não só de serenidade, mas também, de fúria, alienação e, obviamente, sátira”, menciona Santiagu.

E porque abril é, por excelência o mês do Livro, a 11 deste mês há ainda espaço para as “Minhas histórias preferidas”. Uma iniciativa que pretende promover o livro e a leitura, com a presença de escritores que contam as suas histórias aos mais jovens. A estreia cabe a António Mota, um dos mais renomados autores de literatura infanto-juvenil. O encontro com o escritor António Mota é já a 11 de abril, às 10h00 no pólo de Vila Meã e às 14h00 na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira. A 13 de abril, a BMAS organiza as provas concelhias do CNL – Concurso Nacional de Leitura – para os alunos selecionados, num total de 17, dos diferentes níveis de ensino. O júri será constituído pelo escritor António Mota, presidente do júri e pela coordenadora interconcelhia de bibliotecas escolares, Isabel Ramos e pela bibliotecária municipal Maria José Queirós. De referir que a 2 de abril assinalou-se também o Dia Internacional do Livro Infantil.

Município promoveu palestra sobre “O Novo Regulamento Geral de Proteção de Dados” A Câmara Municipal de Amarante promoveu a 3 de abril, no Auditório da Casa da Portela, uma palestra sobre o “Novo Regulamento Geral de Proteção de Dados” (RGPD), destinada aos trabalhadores do Município, a entidades e instituições pertencen-

tes à comunidade Amarantina. A iniciativa teve como orador Luís Antunes, Professor Associado da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Esta ação de formação teve como intuito esclarecer um tema que afeta um direito fundamental dos

cidadãos – a privacidade, alertar para as coimas e penalizações previstas como consequência do seu incumprimento, bem como esclarecer sobre eventuais dúvidas nesta fase de implementação e adaptação às novas regras. O novo regulamento (UE) n.º

679/2016 entra em vigor a 25 de maio de 2018, e é aplicável ao setor público e privado e irá implicar uma nova visão e tratamento dos dados pessoais dos cidadãos.


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OPINIÃO / AMARANTE

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Fundo de Garantia Salarial “O Canto da Justiça” de Vítor Briga Rei – Advogado

A Segurança Social possui um Fundo que serve para assegurar o pagamento ao trabalhador de créditos que resultem de contrato de trabalho, ou da violação do contrato ou da sua simples cessação, quando as entidades empregadoras não sejam capazes de pagar tais créditos, ou por se encontrarem em situação de insolvência ou em “situação económica difícil”. Para que seja possível o acesso ao Fundo de Garantia Salarial é necessário que te-

nha sido proferida sentença de declaração de insolvência da entidade empregadora ou, no caso de PER (Processo Especial de Revitalização, em que a entidade empregadora se encontra em “situação económica difícil”) é necessário que tenha sido proferido despacho do Juiz que designe administrador judicial provisório. Há ainda uma outra possibilidade, mas que praticamente nunca sucede, que é o designado procedimento extrajudicial de recuperação de empresas perante o IAPMEI. Resumindo: A entidade empregadora terá de ter sido declarada insolvente ou encontrar-se num PER. Além da exigência quanto à entidade empregadora, é necessário que o trabalhador tenha um contrato de trabalho ou uma relação de trabalho subordinado com empregador e que a entidade empregadora lhe seja devedora de créditos salariais (salários, subsídios de férias, de Natal ou de alimen-

tação, indemnizações ou compensações pela cessação do contrato de trabalho ou pelo seu não cumprimento pelo empregador). Os trabalhadores têm, inicialmente, que fazer as suas reclamações de créditos no processo existente (insolvência ou PER) e aguardar que estes lhe sejam reconhecidos. Reconhecidos os créditos reclamados, o trabalhador tem de apresentar junto da Segurança Social o pedido para o pagamento dos créditos mediante requerimento próprio, juntando documentos comprovativos de tudo quanto alega. O trabalhador deverá ter em atenção que o Fundo de Garantia Salarial apenas assegura o pagamento dos créditos quando o pagamento lhe seja requerido até um ano a partir do dia seguinte àquele em que cessou o contrato de trabalho, tempo este que poderá parecer bastante mas, tendo em conta que haverá sempre de haver lugar a um processo judicial

antes do recurso ao Fundo, rapidamente se esgota. Há ainda que aclarar que, além do prazo supra indicado, o Fundo apenas cobre os pagamentos que deveriam ter sido feitos ao trabalhador pela entidade empregadora nos seis meses anteriores à data do início do processo de insolvência ou do PER. Se não houver pagamentos em dívida nesse período de 6 meses, o Fundo poderá ainda garantir os pagamentos que deveriam ter sido feitos depois da data de início do processo (insolvência ou PER). Independentemente do valor dos créditos salariais que o trabalhador tenha a receber da entidade empregadora, que em muitos casos chega a atingir várias dezenas de milhar de euros, há um limite máximo nos valores que o Fundo assume, relativamente a cada um dos trabalhadores: Assim, o máximo que o Fundo poerá pagar tem como limite mensal 3 vezes o valor da retribuição

mínima garantida que estava em vigor na data em que a entidade empregadora deveria ter pago o salário, sendo que o como limite global o Fundo pagará um máximo de 6 salários mensais, com um máximo cada um de 3 remunerações mínimas mensais. Assim, o limite máximo global que o Fundo poderá assumir é equivalente a 18 vezes a retribuição mínima mensal garantida, atualizado anualmente em função da retribuição mínima mensal garantida que haja sido fixada pelo Governo. No caso de o trabalhador ter a receber da entidade empregadora mais do que aquele valor que o Fundo assume, apenas o poderá receber no âmbito do processo de insolvência ou PER. De referir que aos créditos dos trabalhadores serão deduzidos os montantes de quotizações para a Segurança Social que caibam ao trabalhador, bem como é efetuada a legal retenção na fonte de IRS.

Cineclube de Amarante apresenta cartaz de Abril O Cineclube de Amarante apresentou em comunicado à imprensa três notas sobre a programação que oferecem em Abril. Iniciam o mês com o recente filme de Manuel Mozos que estará na sessão para o apresentar e conversar com o público, como já tem vindo a suceder, pois é uma presença assídua no Cineclube. Na sexta-feira seguinte vão passar o filme que venceu os Óscares este ano: A Forma da Água. Este mês começamos um mini-ciclo dedicado a Yasujiro Ozu. Serão 4 filmes. 2 em Abril e 2 em Maio. De 15 em 15 dias. As sessões serão ao Domingo à noite. Dia 06 Ramiro Título original: Ramiro De: Manuel Mozos

Com: António Mortágua, Madalena Almeida, Fernanda Neves, Vítor Correia Género: Drama Classificação: M/12 POR, 2017, Cores, 99 min. Dia 13 A Forma da Água Título original: The Shape of Water De: Guillermo del Toro Com: Sally Hawkins, Octavia Spencer, Michael Shannon Género: Drama Classificação: M/16 EUA/CAN, 2017, Cores, 123 min. Dia 15 Viagem a Tóquio Título original: Tokyo Monogatari De: Yasujiro Ozu Com: Chieko Higashiyama, Chishu Ryu, Setsuko Hara

Género: Drama Classificação: M/12 JAP, 1953, Preto e Branco, 136 min. Dia 20 The Florida Project Título original: The Florida Project De: Sean Baker Com: Brooklynn Prince, Bria Vinaite, Willem Dafoe, Valeria Cotto Género: Drama Classificação:M/14 EUA, 2017, Cores, 111 min. Dia 27 Olhares Lugares

Título original: Visages Villages De: JR, Agnès Varda Género: Documentário Classificação: M/12 FRA, 2017, Cores, 89 min. Dia 29 Bom Dia Título original: Ohayô De: Yasujirô Ozu Com: Keiji Sada, Yoshiko Kuga, Chishû Ryû Género: Drama, Comédia Classificação: M/12 JAP, 1959, Cores, 94 min.


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cercimarante

Sala Multi-T promove maior qualidade de vida às pessoas com deficiência ou com outras limitações A Cercimarante disponibiliza, desde dezembro do ano transato, a todos os clientes do Centro de Atividades Ocupacionais (C.A.O.), uma sala de multiterapias denominada “Multi-T”, e que surgiu no âmbito de uma candidatura apresentada ao Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), cujo valor financiado foi de cerca de seis mil euros. As terapias proporcionadas, agora, a esta população são, Eletroterapia/ Ecografia; Laser terapia; Podoposturologia; Fototerapia e Acupuntura, e são implementadas pelo fisioterapeuta e colaborador da Cercimarante Hélder Trigo. A sala de fisioterapia da Sede foi, assim, o local escolhido para acolher este projeto, pelo que foram feitas obras de construção civil, neste espaço, bem como uma requalificação do sistema de ar condicionado, e foi adquirido algum

equipamento clínico, que irá promover uma maior qualidade de vida às pessoas com deficiência ou com outras limitações. Pretende-se, ainda, que esta nova sala de multiterapias possa também ser utilizada, num futuro próximo, pelos trinta clientes da Estrutura Residencial Para Idosos (ERPI), da Cercimarante.


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Literalmente a leste Crónica de um turista português na Polónia Por Rui Canossa

Das minhas viagens, que já são algumas, esta foi a que mais a leste me levou. A Polónia é um país da União Europeia que cuja economia é considerada uma das mais saudáveis dos países pós comunistas e que, por ter um mercado interno forte, um baixo endividamento dos privados, não estar dependente de um único sector exportador, uma moeda flexível, o Zloty, conseguiu suportar bem a recessão de 2009. Com um PIB per capita de cerca de 67% da média da União Europeia, o custo de vida, para nós portugueses, com cerca de 75% dessa média, faz da Polónia um destino turístico apetecível. A nossa visita começou em Varsóvia, capital da Polónia, que nos conta um pouco da história da europa central, sobretudo a do período negro da II Grande Guerra Mundial que arrasou a cidade. É uma viagem entre palácios e jardins de uma cidade classificada Património Mundial. O que vemos hoje é um magnífico trabalho de reconstrução segundo os planos originais: durante a Segunda Guerra Mundial, a seguir ao Levantamento do Gueto a cidade inteira revoltou-se, levando Hitler a ordenar a sua destruição e a deportação maciça dos seus habitantes. O gueto judeu de Varsóvia chegou a ser o maior da Europa, e um dos mais terríveis palcos do Holocausto; mais de um milhão de deslocados de todos os cantos

do país foram empurrados para esta pequena parte da cidade, e no ano seguinte um quarto dos seus habitantes já tinha morrido de fome e epidemias. Depois começaram as deportações para os campos da morte, sobretudo Treblinka e Oswiecim nome da cidade à qual os nazis chamavam de Auschwitz. A construção do chamado realismo russo de inspiração estalinista tornou a cidade um pouco uniforme e algo cinzenta. Eu tinha uma curiosidade de conhecer o local da assinatura do célebre Pacto de Varsóvia onde, em 1955, os países do leste comunista liderados pela URSS respondiam num documento, quase decalcado do tratado Atlântico Norte – NATO ou OTAN, onde se pode ler entre outros artigos que um ataque a uma das nações seria considerado um ataque a todos e em nome da legítima defesa todos retaliariam. Para alguém que como eu viveu na década de 80 a ameaça de uma guerra nuclear entre as duas superpotências EUA e URSS era uma realidade que, paradoxalmente, ou não, foi afastada pela existência destes dois tratados. Mas, deixemos a história e falemos do turista português na Polónia. Você vai sentirse, literalmente, a leste. Não só pela cultura e história, mas pela dificuldade em comunicar, principalmente, com os mais idosos, que foram obrigados a aprender russo ou alemão na escola, o que nos dá a sensação de uma certa antipatia. Mas, por outro lado, os jovens que falam inglês são de uma simpatia e disponibilidade para ajudar os turistas inexcedível, ao ponto, de ligarem os seus telemóveis à internet para ajudar o turista na intrincada rede de transportes, nada fácil de entender intuitivamente. Prepare-se porque os restaurantes fecham às cinco da tarde, os shoppings fecham às dez e algumas lojas fecham às 21.30. Os hotéis,

são de uma qualidade acima da média, mesmo para um 3 estrelas, cujas dimensões dos quartos e casas de banho não ficam a dever aos hotéis de 5 estrelas aqui em Portugal e são baratos. Passear pela cidade não é fácil mas, com um bilhete de 24 horas pode andar de elétrico, bus, ou metro pela módica quantia de 15 zlótis o que equivale a cerca de 3.6€! Visita obrigatória é o Castelo Real, junto à coluna do Rei Sigismundo, donde se vislumbra o Rio Vístula e ao longe o impressionante Estádio Nacional, mesmo ao lado do gueto onde existe uma estátua de homenagem às crianças que lutaram contra os nazis. Outra visita marcante foi ao museu POLIN – Museu da história dos judeus polacos que fica num edifício moderno, mesmo em frente ao monumento ao gueto Ficámos hospedados num Hotel Hetman três estrelas, com o meu meio preferido para me deslocar numa grande cidade, o metro, mesmo ao virar da esquina da Dworzec Wilenski, onde a linha 2 nos levava diretamente à praça do Palácio de Cultura. É fácil andar de metro pois só têm duas linhas. A estação central, uma das três estações da capital polaca, Warsawa Centralna, é mesmo junto ao monumental Palácio da Cultura e da Ciência e que nos iria levar até à bela cidade de Cracóvia. Depois de dois dias em Varsóvia acordámos com um nevão que, rapidamente, pintou a cidade de branco. Rumámos à cidade de Cracóvia por comboio, numa viagem de quase quatro horas, que seria evitável se fossemos de comboio de alta velocidade, o que fizemos na viagem de regresso a Varsóvia em cerca de duas horas com um conforto assinalável. Cracóvia vai ficar para sempre como uma das minhas melhores lembranças. É uma cidade lindíssima. A rivalizar com Praga a capital Checa.

A Basílica de Santa Maria é a igreja gótica mais bonita que já vi, quer por dentro, quer por fora e fica na Praça Principal do mercado, uma das praças maiores da europa. Que privilégio foi jantar no Hard-Rock Café de Cracóvia, mesmo junto à Basílica e com vista para a Praça. Nesta cidade ficámos instalados no Hotel System sp. Zoo, de construção moderna e requintado mas com o inconveniente de não ser central. Tínhamos de apanhar o Bus 537 que demora a chegar mas tem o condão de nos levar para a Estação Central de Cracóvia. O bilhete de 24 horas é também de 15 zlótis. No dia seguinte, posso dizê-lo, um dos dias mais impactantes na minha vida, pois tive a oportunidade de ir a Auschwitz e Birkenau ou Asuchiwitz II. Saímos bem cedo da Estação Central onde apanhámos um autocarro para Oswiecim numa viagem de cerca de 70 Km. Chegados lá a inevitável fila para adquirir a entrada no Museu de Auscwitz, que, a partir da uma da tarde é gratuita, pois a visita é quase impossível. Tem de reservar um dia inteiro para visitar os dois campos de concentração. Enquanto se esperava pela hora de entrada da visita ao museu, os visitantes podem apanhar o autocarro, gratuito, que os leva a Birkenau ou Auschwitz II, o campo de extermínio Nazi. As visitas são marcantes. Há lugares no mundo que são as-

sim, nos marcam para sempre. Não se fica indiferente. Como é possível ter acontecido? Prepare-se bem mentalmente, a maioria das pessoas que vai a este campo de concentração emociona-se. À entrada a frase “ Arbeit macht frei” que significa “ o trabalho liberta” que estava em todos os campos de concentração nazis. Não é possível ficar indiferente ao ver os cabelos que cortavam para vender à indústria têxtil, ao amontoado de sapatos, de próteses, de óculos, de escovas, das malas com os nomes das pessoas, das fotografias… Não é possível ficar indiferente ao se entrar no crematório… Não é possível ficar indiferente ao famoso bloco 11, o pavilhão onde as SS torturavam os prisioneiros e à saída o muro. O muro onde as pessoas eram mortas a tiro. Ninguém pode ficar indiferente e este museu existe por isso mesmo. Termino com esta frase: “MILHÕES DE PESSOAS NO MUNDO SABEM O QUE FOI AUSCHWITZ, MAS A QUESTÃO BÁSICA CONTINUA NO CONSCIENTE E MEMÓRIA DAS PESSOAS, E SOMENTE DEPENDE DE SUA DECISÃO SE ESTA TRAGÉDIA VOLTARÁ A ACONTECER. SOMENTE AS PESSOAS PUDERAM CAUSÁ-LA E SOMENTE AS PESSOAS PODEM IMPEDI-LA”. (PROF. WŁADYSŁAW BARTOSZEWSKI, EX-PRISIONEIRO DE AUSCHWITZ).


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OPINIÃO

O Jornal de Amarante|quinta-feira, 5 de abril de 2018

Memórias de um “TRISTE” sempre alegre Meus amigos e fiéis seguidores, aqui vai o XIX capº. Como tinha dito, retirei-me de mansinho, com duas intenções, em mente… A primeira, era arrumar as minhas coisas, e pegar no corta arame, para arranjar passagem no arame farpado, para dar o salto da minha queria Angola para fora…A segunda, preparar-me para o combate, pois pela minha longa experiência, nesta guerra, pressentia que nada ficaria igual. O facto do partido M.P.L.A. ter tomado a minha defesa, ia ter as suas consequências. Não sei e nunca chegarei a saber, o que se passou depois da minha retirada, mas não tive de esperar muito para ter a certeza, de que a minha primeira intenção, não ia ser concretizada…As rajadas de metralhadora, bem como o rebentamento de algumas granadas, confirmaramme que tinha de optar pela segunda opção e preparar-me para o combate. Como tinha uma caçadeira e uma vinte e dois long, preparei-me para defender a vida, para o caso de algum guerrilheiro se decidir a fazer-me uma visitinha… Portas fechadas, decidi seguir todas as manobras de combate dos guerrilheiros, por uma

janela com vistas para o exterior das nossas instalações. A janela onde me encontrava, estava a um nível superior ao muro que cercava as nossas instalações, e então dali, via os guerrilheiros a correrem do lado de fora do muro, e podia sem dificuldades, ter abatido alguns, no entanto, mais uma vez a minha mente e de forma certa, optou por me manter calmo sereno, e independente. Mesmo se estivesse na origem do começo das hostilidades, aquela não era minha guerra, pelo menos naquele momento. Nem era a minha guerra nem a guerra da África do Sul, pelo menos até então…Momento esse que chegou, quando ouvi o sibilar de um lança roquetes a disparar na direção da UNITA. Como tinha dito, o MPLA, estava nas nossas instalações, e a UNITA, tinha tomado conta da casa da polícia de fronteira do lado Angolano. Essa bomba foguete, lançada pelo MPLA, contra a UNITA, passou por cima do alvo e foi ferir militares Sul Africanos. Ouvi todo o coro de gritos de revolta do lado de lá, e aí pensei: António, está na hora de te meteres no teu abrigo.( Como tinha dito, quando sugeri aos meus colegas da necessidade

de cavarmos trincheiras para nos proteger-mos, eles riramse…No entanto, não era preciso ser-se perito em estratégia militar, para nos apercebermos do perigo que representava do outro lado, a artilharia Sul Africana). Então abri a porta do armário por baixo da bacia da loiça, onde tinha atravessado um tabuão forte, e lá me meti todo encolhido. Não tardou muito a ouvir o rebentamento da primeira bomba ali perto. Caiu precisamente ao lado da messe, onde estavam os meus colegas, tendo atingido o galinheiro. Tiveram uma sorte incrível, pois podia ter sido em cima deles, e poderiam não ter escapado. Uma das bombas, atingiu a casa onde eu estava, e deixou -a desfeita, (assim como todas as casas das nossas instalações, dado que era lá que estavam os guerrilheiros do MPLA). mas eu confiava plenamente no meu abrigo. Aquele bombardeamento infernal, terá durado cerca de meia hora, o tempo necessário para vencerem, todos os guerrilheiros. Como é normal e natural, no final de um combate, os vencedores, vêm fazer o reconhecimento, para verem se existem feridos, e até aproveitarem o que lhes

Voluntariado Jovem integra 180 participantes No âmbito do programa de Voluntariado Jovem promovido pela Câmara Municipal de Amarante, cento e oitenta jovens, oriundos das diversas freguesias do concelho e a frequentarem diferentes áreas de formação no Ensino Superior, irão prestar serviço voluntário, de abril a outubro, naquela que é 14ª edição da iniciativa. O serviço voluntário contempla a realização de 128 horas distribuídas por quatro meses. Os jovens selecionados irão participar numa for-

mação de integração, com as seguintes temáticas: voluntariado, competências pessoais e sociais, participação cívica e responsabilidade social. Esta ação será realizada na Casa da Juventude. Os jovens serão integrados nos serviços municipais e nas instituições públicas e privadas parceiras do Município. Estimular nos jovens universitários o espírito de voluntariado, contribuir para a sua formação social e cultural, através da participação em ações e projetos de uti-

lidade social e comunitária, incrementar novos conhecimentos na área de formação e fomentar o sentido de pertença na comunidade e de responsabilidade cívica são os objetivos do programa. Coordenação e acompanhamento durante o período de voluntariado, seguro de acidentes pessoais, bolsa mensal e certificado de participação são garantias dadas aos jovens pelo Município de Amarante.

dê jeito, a chamada pilhagem . Começaram por encontrar os meus colegas de trabalho, mas faltava eu. Eles informaram os militares Sul Africanos onde eu devia estar. Senti eles já dentro do que restava da casa onde eu estava, pontapeando os cacos para passarem, e possivelmente chamavam por mim, no entanto não percebia nada daquela língua, e como do meu refúgio, não tinha visão do que se passava no exterior, decidi ficar caladinho, pois podiam ser inimigos. Só depois de alguns momentos de silêncio, decidi abrir a porta do meu abrigo, e vir acalmar os meus colegas que já me davam como morto. Por sinal, não tiveram dificuldades em nos encontrarem, bem como um pacote que eu tinha com duzentas moedas de prata, e uma raquete de ping-pong, para desgosto meu. Sei que aproveitaram, porque ao outro dia de manhã, pedi aos militares para vir ao meu escritório, para recuperar algumas coisas, mas não me autorizaram. No entanto, eu sabia que aquelas moedas mais tarde me iam dar muito jeito, de forma que num momento em que os apanhei distraídos, arranquei, e lá cheguei ao escritório sem

qualquer problema. Depois de constatar que tudo tinha desaparecido, tentei regressar sem dar nas vistas, mas não tardou muito a ter algumas armas apontadas, e alguns militares a gritarem para levantar as mãos. Levaram-me ao comandante que me deu uma grande reprimenda e me disse que me livrei de ser morto por desobediência…Bom, a idade não perdoa. Vou tentar dormir mais um bocado. Fiquem bem e grato pela vossa atenção e leitura. Abraço. Júlio Moreira


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OPINIÃO

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Será que a história os julgará? “Tudo vem a propósito”, por Hernâni Carneiro

Por mais esforços que queiram inculcar na opinião pública, é cada vez maior o nosso desinteresse pela justiça. Todos os dias ouvimos as mais descaradas imoralidades, factos os mais escandalosos, as maiores arbitrariedades, a delapidação de recursos, e parece que nada destas facetas têm o seu termo. Continuamos sem perceber nada da versatilidade e do talento de quem usando os mais sinuosos esquemas, defraudou, delapidou bancos, enganou clientes, e interrogamonos onde param os milhares de milhões de euros, enquanto o Estado nos vai ao bolso, numa sobrecarga de impostos para salvar bancos falidos, que as sumidades geriram. Podemos manifestar o nosso inconformismo com as provas e as transgressões, as suspeitas, e interferências no poder político, de quem se queria

admirado, ser grande e vaidoso, vendeu acções a correligionários com valor acrescentado garantido, mais os expedientes financeiros, os propósitos deliberados, a longa cauda de abusos velando os seus interesses, privilégios e poder arbitrário, e já agora muito zelo, conduziram-nos à tirania dos impostos. O Governo vendeu a custo zero um banco. Como todos os seus bons negócios, o mealheiro para esse banco pode chegar aos dez mil milhões de euros!!!! do nosso bolso, claro. Não há metal tão duro, que resista à acção da ferrugem, nem negócio tão mau que o dinheiro não acomode. Agora o crédito fiscal de mais de 800 milhões de euros ao Montepio, em sérias dificuldades, mais a necessidade de aí meter dinheiro, além da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, outras Misericórdias

do País, mais o expediente de só agora haver o interesse de pagar o I.R.C., por cálculo, para limpar do balanço alguns milhares de milhões de euros em imparidades, dizem que de capitais próprios negativos, passou para o azul, para em qualquer outro momento, puxar novamente os galões de uma I.P.S.S., por ser uma mutualista, e volta tudo ao mesmo. É preciso calma. O problema é diminuir os apetites. A palavra dinheiro é uma palavra fatal. A sagacidade que se emprega no estudo, para dar estas voltas, reflecte a bolsa cheia de sábios neste mundo. As mediocridades petulantes continuarão na maior indiferença, que é a negação da realidade. E o que vemos é a torrente das riquezas perdidas nos areais da prodigalidade. A E.D.P. que nos queima mensalmente com a factura da luz, vai pagar 0,7% de IRC, sobre um lucro de mil e quinhentos milhões de euros!!! e numa chafarrica de vão de escada, toca a carregar. Enquanto isso, não há dinheiro para o Serviço Nacional de Saúde, as Escolas são evacuadas para evitar acidentes, ou chove lá dentro como no exterior, muitas não têm pavilhão para a prática da Educação Física, como é o caso da nossa Escola Secundária, onde foi demolido, os estudantes almoçam (mal) em contentores, comida da pior, as pontes apresentam fissuras, noutras o trânsito é suspenso pelo caudal dos rios, algumas linhas de caminho- de -ferro apresentam um estado de segurança medíocre, edifícios públicos caiem de podres sem cuidados, no entanto as nossas preocupações são mais terra -a-terra, é para a derrota deste ou daquele clube, do penalti que o “cegueta “ do árbitro deixou passar em claro, para os desajustes do curriculum

de um qualquer sem vergonha, e assim, como cidadãos bem “esclarecidos”, damos a última demão às “ causas nobres”, ao volume das contradições, às confusões entre os poderes e lógicas partidárias, e à corrupção. Temos um défice de participação, quer na comunidade, quer na Sociedade, e quando damos pouca ou nenhuma credibilidade à acção política, também não nos dispomos a ser cidadãos críticos, preferimos a passividade, o conformismo, delegamos na mentira institucionalizada, e até no desrespeito daqueles que nem sabendo o que é o trabalho, saber e reconhecimento profissional, apregoam em fóruns, que estão ali para defender acerrimamente o povo que os elegeu. Ora, com políticos deste quilate, desconhecidos e a milhas do cidadão, só ajudam a definhar a nossa democracia. Hei-de vê-los em breve num frenesim, de manhã à noite, calcorreando a custo locais enfadonhos, mais os comissários bajuladores, prometerem este mundo e o outro por um voto, na defesa do tacho. Isto no intervalo dos seus comentários futebolísticos, ou nos frente-a-frente televisivos, é um acumular e uma polivalência que enoja. Aguardo-os com interesse, até para saber quando serei ressarcido dos cortes na minha aposentação, de um subsídio de Natal e metade de um subsídio de férias, pretendo também saber da sua participação, na preocupação que mostram quanto aos aumentos com o funcionalismo público, só porque mexe numa classe com muita gente a votar, e nem se lembram de uma parte dos reformados, como é o meu caso, que há mais de treze anos estagnei, melhor, fui assaltado, porque não temos centrais sindicais, manifestações á por-

ta do Parlamento, nem tempo de serviço agora para contar. O que não impediu o mesmo Governo de triste memória, ter ainda inventado uma contribuição extraordinária, e ter estreitado os escalões do IRS. A actual classe política tem pouca relação com a sociedade, e pouco vale lembrarlhes o nosso endereço. Num mundo cada vez mais aterrador, do Trump ao Putin, Erdogan, Assad, ao líder norte-coreano, aos movimentos terroristas, nesta globalização de conflitos entre nações, os nossos políticos andam à deriva. Enquanto isto, sugerimos um novo vocabulário,” critérios na justiça”, melhorar a realidade através de um tecido social capaz, promovendo o investimento e respectivo desenvolvimento. Se o Governo continuar a privilegiar a vida faustosa de quem sempre utilizou os mais hábeis expedientes, a usar o nosso dinheiro dos impostos só para safar bancos falidos, de quem perdeu a honra pelo negócio, silenciar vozes criticas, assim diminuída a democracia, fácil é descrermos do sistema, e dos políticos submissos às hierarquias. O tribunal infalível das acções humanas é a consciência, mas a jurisdição deste tribunal é muitas vezes combatida pelo interesse. É que a probidade limita-se aos deveres da justiça, a honestidade estende-se a todos os deveres. De um modo simples, para terminar, temos a obrigação de construir uma sociedade de sujeitos livres, e façamos disto uma obrigação ética, enquanto comunidade. É um desafio que compete a todos nós denunciar esta sem “ vergonhice”.


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AMARANTE

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Amarante acolhe formação da Ordem dos Psicólogos Portugueses No âmbito do protocolo existente entre o Município de Amarante e a Ordem dos Psicólogos Portugueses, está a decorrer a formação “Prevenção Primária dos Riscos Psicossociais - Nível I”, com o objetivo de dotar os/as psicólogos/as de competências para planificar e implementar programas de prevenção primária de riscos psicossociais. Organizada na modalidade b-learning, a formação combina, por conseguinte, um curso e-learning com uma sessão presencial. Terminada a componente formativa

e-learning, terá então lugar uma sessão presencial para abordagem de casos práticos. Decorrerá na Casa da Portela no dia 20 de abril, entre as 9h00 e as 18h00. Certo da importância do papel dos/as psicólogos/as na construção de locais de trabalho saudáveis, o Município de Amarante possibilita a participação gratuita aos/às psicólogos/as que integrem as instituições pertencentes à Rede Social.

SAD PSP IASFA

Av. Joaquim Leite de Carvalho - Junto à Mísericordia Lrg. Sertório de Carvalho - Junto à confeitaria Butterfly

255 410 650


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ENTREVISTA

O Jornal de Amarante|quinta-feira, 5 de abril de 2018

ENTREVISTA a Ricardo Vieira

“(…) é preciso estar constantemente a reciclar os nossos conhecimentos.” -Técnico de farmácia na Farmácia S. Pedro - Presidente do Conselho de Administração do Externato de Vila Meã - Vogal da Direcção na Associação Emília Conceição Babo - Foi aluno no Externato de Vila Meã e na Escola Secundária de Penafiel - Presidente da Direção da Associação Humanitária Bombeiros Voluntários De Vila Meã

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ntitula-se um Amarantino de Vila meã, com uma grande paixão pela sua terra. É um homem de desafios pronto

a avançar quando a causa é praticamente impossível. Demonstrou-o quando assumiu a liderança da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Meã e, muito recentemente, ao ser eleito presidente do conselho de Administração do Externato de Vila Meã.

Jornal Amarante (JA) – Vamos começar por lhe pedir para se apresentar. Ricardo Vieira (RV) – Antes de mais quero agradecer estar aqui convosco. Sou amarantino, de Vila Meã, e considero que tenho uma grande paixão pela minha terra. Estou sempre disposto a mostrar as minhas capacidades para ajudar ao engrandecimento da minha terra. JA – Também já esteve ligado ao mundo da política. Continua com esta faceta ou desligou-se desse mundo? RV – Eu considero que continuo na política, porque aquilo que eu faço, quer nos Bombeiros, no Externato ou na Assembleia da Associação Emília Con-

ceição Babo (da qual sou vogal da direção), é política. Não é a política partidária, pois essa deixei-a em 2005. JA – Há quem diga que é o homem das causas difíceis (risos). Quando chegou aos bombeiros encontrou uma situação caótica? RV – Já passaram sete anos, parece que foi ontem, mas foi em 2011. De facto, a situação que nós encontramos era realmente caótica, e acho que isso é sobejamente conhecido. Tinham um passivo de mais de um milhão de euros, dívidas em 92 entidades diferentes, um corpo ativo desmotivado, funcionários com salários atrasados (quase 3 meses em atraso)


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e, neste período, tivemos a capacidade de dar a volta - e digo tivemos porque, embora eu seja o rosto mais visível, somos uma equipa. Além dos meus colegas de direção e os companheiros dos outros órgãos sociais, também tivemos o apoio do comando e dos bombeiros em si. Muitas vezes se fala de pequenos gestos dos bombeiros um pouco por todo o país, mas esquece-se todos os gestos que são nobres quando é em prole de uma causa como a dos bombeiros. Mas eu nunca me canso de dizer, e nunca foi notícia, que os Bombeiros Voluntários de Vila Meã pagaram para serem bombeiros. Na época florestal eles doavam parte daquilo que recebiam, e o que recebiam já era muito pouco. Em poucos anos, doaram do bolso deles setenta e cinco mil euros. Isto é de enaltecer e de realçar. Entristece-me ver que eles estão um bocado injustiçados porque nunca foram notícia por causa disso, e a cada passo abrimos os jornais e vemos, quer nos jornais em papel ou nos telejornais, notícias de outros gestos, não tão grandes, mas serão com certeza nobres. Mas os bombeiros de Vila Meã nunca foram referência na comunicação social, nem local nem nacional, por terem dado tanto à corporação. E agora a corporação está a dar à população, porque é para isso que os bombeiros servem.

ENTREVISTA

parte dele, mas já está ultrapassado. Neste momento, os Bombeiros Voluntários de Vila Meã, além daquilo que são despesas correntes, não devem rigorosamente nada a ninguém. Por isso, em menos de 7 anos, liquidamos o milhão de euros do passivo e fizemos um forte investimento na renovação da frota. Neste espaço de tempo compramos duas ambulâncias de socorro, duas de transporte de doentes não urgentes e uma medicalizada. Estamos a falar de 5 viaturas, e só para terem uma ideia, as duas ambulâncias de socorro custaram cem mil euros, JA – Neste momento, e esta quantia foi suportada qual é a atual situação pela instituição. É evideneconómica dos Bombei- te, e convém aqui realçar, ros Voluntários de Vila o esforço que temos recebiMeã? do, quer das autarquias loRV – Completamente cais, câmaras, juntas e dos diferente daquilo que era empresários de Vila meã. há sete anos atrás. Duran- Relembro ainda que este te alguns anos tivemos um nosso esforço foi durante a diferendo com um dos nos- crise, com a troika cá e as sos fornecedores, que não empresas em dificuldades. cumpriu também com a Mesmo assim, essas empre-

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ra. Mas de resto não vejo muitas necessidades. Eu eu nunca me canso de dizer, e nunpróprio poderei cometer ca foi notícia, que os Bombeiros alguns erros na aquisição de equipamento, tento não Voluntários de Vila Meã pagaram o fazer. Temos que ver que para serem bombeiros. Na época florestal estamos num meio rural e não podemos ter viaturas eles doavam parte daquilo que recebiam, e o que sejam mais específicas que recebiam já era muito pouco. Em poucos para utilização em vias tipo anos, doaram do bolso deles setenta e cinco autoestrada. Era uma preocupação que nós tínhamos, mil euros. Isto é de enaltecer e de realçar. uma viatura de desencarceramento para caminhos sas nunca viraram as costas guns veículos de incêndio de terra e estradas mais esaos B.V. Vila Meã. A dívida que já tínhamos. Muito se treitas. Já a tínhamos mas está completamente salda- tem falado das viaturas de estamos a reconvertê-la e da e este ano já avançamos incêndio, que o Estado vai iremos apresentá-la. Isto com o projeto e o processo dar a esta ou aquela insti- tudo para tentar sermos de construção de um Lar de tuição, mas nós não temos mais abrangentes naquilo 3ª Idade, propriedade dos recebido nada. Infelizmen- que são as nossas capacidate, os recursos são sempre des de intervenção. Bombeiros Voluntários. limitados e nós temos que JA – E como está equiJA – Falou na compra adaptá-los à nossa frota e das novas viaturas, mas a àquilo que também são os pada a corporação em terfrota nunca é suficiente. recursos humanos. Direi mos de material e fardaQuais as outras necessida- que a maior necessidade mento? seria uma viatura BTTU RV – A maior preocudes? RV – Eu só referi as cin- nós temos uma viatura que pação atualmente é, de facco viaturas de saúde, mas é da fundação e fará agora, to, com o equipamento de também fizemos um inves- no mês de abril, 37 anos. proteção individual. Todo timento, não na renovação, A grande prioridade seria o fardamento que eles têm, mas na reconversão de al- a renovação dessa viatu- ou são os bombeiros que o


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compram ou é a Associação que lhes dá. E o ideal é ser mesmo a Associação a dar. Cada equipamento de proteção individual florestal custa na ordem dos seiscentos euros. O Estado não comparticipa em rigorosamente nada esse equipamento. Os homens não podem ir para o terreno sem estarem devidamente equipados, sob o risco de caso aconteça algo os seguros se porem de fora, e nós, enquanto dirigentes e associação, termos que assumir a responsabilidade do não cumprimento daquilo que são as normas de fardamento. Nós tivemos uma recruta de vinte pessoas que fizeram Juramento de Bandeira no mês de dezembro passado. Também queria deixar aqui uma nota que doze são mulheres, cada vez são mais mulheres nos bombeiros. Mas são vinte pessoas e cada equipamento custa seiscentos euros. Estamos a falar num investimento de doze mil euros, só para esses novos bombeiros. Falamos de um equipamento, porque o ideal seriam dois. Assim andam dia-a-dia com a mesma roupa. Além desses novos equipamentos é preciso também renovar o de alguns dos outros bom-

ENTREVISTA

que sentimos um decréscimo muito grande face à emigração que se fez sentir. Neste momento, e nós se calhar estamos um bocadinho contra a corrente, no último ano, e pelas indicações do Comando, de todos aqueles que foram prestar provas para integrar os corpos de bombeiros, a corporação de Vila Meã foi quem levou mais recrutas (20). Este ano já vamos com a recruta de quarenta e poucos. Quando falo com os Presidentes de outras corporações dizem-me que a situação deles não é essa. Nós, neste momento, temos cento e seis bombeiros. Com a recruta para o próximo ano ficaremos com um bom número. Eu acho que o projeto a que demos início há cinco anos também tem contribuído para isso, que foram as escolinhas dos bombeiros. A partir dos 8 anos eles podem integrar as escolinhas. A determinada altura, todos nós quisemos ser bombeiros, e nós estamos a permitirlhes esse sonho. E, de facto, já temos mais de trinta elementos nas escolinhas, JA – Os jovens têm ade- em que muitos deles dão rido e procuram os bom- continuidade. Depois, há ainda aquelas situações em beiros? RV – Houve uma fase, já que os pais já são bombeiconnosco nos bombeiros, ros e os filhos também quebeiros. Temos que assumir essas despesas sozinhos. Estamos a fazer contatos, quer com a Federação dos Bombeiros do distrito do Porto, quer com a Liga, para ver qual será a solução para resolver este problema. Até porque já prevejo um problema maior. Felizmente, os B.V. Vila Meã iniciaram uma nova recruta e tem quarenta e poucos elementos. Se todos eles chegarem ao fim - como é desejável que aconteça, apesar de sabermos que, por um motivo ou outro, a meio do percurso poderão abandonar; mas que no final sejam trinta, estamos a falar num investimento de dezoito mil euros para o próximo ano. Temos que arranjar uma solução. Se a Federação e a Liga não arranjarem essa solução temos que bater à porta das autarquias e das empresas para nos ajudarem, mais uma vez. Não aceito é que vá alguém sem segurança para o terreno. Pôr a sua integridade física em causa é que não, até porque já dão tanto deles.

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rem ser. Temos até um caso peculiar que o filho quis ir para a escolinha e a mãe entusiasmou-se, e também aderiu, está a fazer a recruta. Outra situação que também acho que contribuí, mas poderei estar a fazer a leitura errada, é o facto de promovermos de 3 em 3 anos a semana da Proteção Civil. Consiste em levar ao quartel todos os miúdos da nossa área de intervenção, que é Vila Meã, Mancelos, Travanca e Figueiró (Santa Cristina). É-lhes apresentado um vídeo e oferecemos um cartão, sendo bombeiros por um dia. Conhecem o quartel, interagem com o nosso equipamento e acabam por assistir a alguns simulacros. Aprendem algumas situações do que devem fazer no dia-a-dia. E creio que, também por isso, tem havido uma adesão

ço. Perfeitas e ideais nunca serão. Há uma lacuna na parte da formação, eram espaços muito pequenos e também havia a necessidade de instalar os cacifos para toda a gente, por isso, houve a invasão de alguns espaços que seriam à partida para a formação. Neste momento, estamos em fase de elaboração do projeto do centro de treinos, que é um terreno contíguo ao quartel. Era um terreno da autarquia e solicitamos-lhe a sua cedência. Já foi feita a sua limpeza, o aterro e iremos proceder, a curto prazo, à consolidação do solo, para aí instalar o campo de formação e também ter um espaço próprio para que a formação teórica seja dada aí. Acredito que, depois de o fazermos, teremos as condições minimamente ideais para procedermos

Neste momento, e nós se calhar estamos um bocadinho contra a corrente, no último ano, e pelas indicações do Comando, de todos aqueles que foram prestar provas para integrar os corpos de bombeiros, a corporação de Vila Meã foi quem levou mais recrutas (20). Este ano já vamos com a recruta de quarenta e poucos.

muito superior em compa- com a nossa atividade. ração ao que se constata no JA – O quartel está imresto do país. plementado num local esJA – Em termos de ins- tratégico para socorrerem talações estão bem servi- mais rapidamente a todas as solicitações? dos? São as ideais? RV – Sim. Estamos, de RV – As ideais nunca serão. Há problemas que são facto, numa situação pribons e eu gosto de ter esses vilegiada. Nesta altura, por problemas. Por exemplo, causa das obras que estão as camaratas dos homens a ser feitas, o acesso à Natinham uma dimensão, as cional 15 e à autoestrada das mulheres eram mais é mais complicado, mas o reduzidas. Qual a solução nosso tempo de acesso aos que arranjamos? Vamos hospitais vai ficar encurtacomprar beliches para con- do. Daí não nos podermos seguirmos albergar mais queixar, só temos que agrabombeiras no mesmo espa- decer o facto de terem es-


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ENTREVISTA

por causa do trabalho que ra estão com uma estrutudesenvolvi nos bombeiros. ra muito boa e muito sóliEu não nego que o desafio da, é continuar o trabalho JA – Passou para uma era apelativo, mas tinha que temos feito e estarmos outra causa que também que ponderar porque alte- atentos às nossas prioritem suscitado bastante rava muito a minha vida. dades: renovação da frota, discussão, a nível não só Depois de falar com a mi- equipamento e formação. local mas também nacio- nha família, decidi dizer Daí o motivo para avançarnal, que é a questão do Externato de Vila Meã. Se o Externato fechasse Vila Meã reO que o levou a abraçar grediria, na minha opinião. Vila Meã mais uma causa tida quase como perdida? andaria para trás uns trinta anos. E RV – Se abracei a causa além de haver um prejuízo para os colaborados bombeiros que estavam em eminência de fedores, e refira-se que são 108, também causachar foi porque achava que ria incómodo para a população escolar, tanto se Vila Meã os perdesse, na vida dos pais como dos alunos. perdia muito daquilo que é a atual qualidade de vida. Agora é exatamente a mesma coisa. Se o Externato sim, e cá estou para que o mos com o projeto do camfechasse Vila Meã regredi- Externato de Vila Meã con- po, que já falei. A formação noutros tempos adquiriaria, na minha opinião. Vila tinue a ser uma realidade. se para a vida, mas agora Meã andaria para trás uns JA – Estes dois projetos os ciclos de conhecimento trinta anos. E além de haver um prejuízo para os co- têm a mesma finalidade: são cada vez mais curtos e laboradores, e refira-se que colocar as instituições a é preciso estar constantesão 108, também causaria funcionar e recuperá-las mente a reciclar os nossos incómodo para a popula- junto da comunidade. conhecimentos. Além disção escolar, tanto na vida Quais são os objetivos fu- so, estamos com o projeto, dos pais como dos alunos. turos para os Bombeiros e que também já falei no início, do Lar da 3ª Idade, que Não se justificaria ter uma para o Externato? RV – Falando dos B.V. além de ser mais uma vaescola a alguns minutos de casa, e terem que andar Vila Meã, e acho que ago- lência para os bombeiros, meia hora, ou uma hora de autocarro para irem para outras escolas. E há ainda o impacto que teria na economia local. Isso foi, de facto, o que me fez avançar. Mas não avancei porque quis, avancei porque houve alguém que desistiu do projeto do ensino público, porque acaba por ser público, apesar da sociedade detentora do Externato ser uma SA. O serviço que nós prestamos é público e ninguém paga para lá estudar. E houve alguém que deixou cair essa ideia. Os acionistas protestaram e conseguiram que se agendassem eleições, e depois um grupo de acionistas, com um peso relativamente grande em termos de capital, lançoume o desafio para eu avançar e liderar a equipa. Também tenho consciência que esse desafio foi feito muito colhido aquele sítio para a instalação do quartel.

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será uma fonte de receita, também será um foco de empregabilidade - estamos a falar de cerca de catorze postos de trabalho, tendo uma capacidade para quarenta utentes. É uma maisvalia para os bombeiros e para a terra. Acho que o país tem uma lacuna bastante grande em termos de oferta de Centros de Noite de Lares de 3ª Idade. É uma das nossas prioridades a curto prazo. O projeto está feito e o processo a andar, faltam apenas uns pequenos acertos. É nosso objetivo dar início à primeira fase do lar no ano de 2019. No Externato o que queremos é tranquilizar toda a população e garantir que o ensino vai continuar em Vila Meã. Do 2º ciclo ao secundário, tal e qual como tem sido até agora. Se conseguirmos aquilo que prevemos que venha a ser a disposição do Estado, em relação à abertura de turmas em início de ciclo, é nosso objetivo não despedir rigorosamente ninguém. Mas isto não depen-

de só de nós. Mesmo que o Estado não nos dê as turmas que estamos a contar que nos sejam atribuídas, poderá haver um emagrecimento ligeiro no número de alunos, mas nós o que prometemos a toda a gente é que vamos tentar aligeirar, dentro daquilo que são as nossas capacidades, para que nenhum funcionário, professor ou administrativo seja dispensado. E quero sossegar os pais e os alunos, e dizer-lhes que para o ano, e próximos anos, poderão continuar a frequentar o Externato de Vila Meã, que já foi centro de formação para tantos de nós e irá continuar a ser para as gerações vindouras. JA – Muito obrigado por ter vindo e dar-nos a conhecer a realidade dos Bombeiros Voluntários de Vila Meã e também do Externato de Vila Meã. Desejamos-lhe os maiores sucessos a nível pessoal e profissional, e que consiga concretizar todos os objetivos a que se propôs.


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ENTREVISTA

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Nuno Alves

“(…) ninguém ouve só um artista, portanto, há espaço para todos.”    Entrevista

Natural da cidade de Paços de Ferreira, completou o mestrado em Engenharia e Gestão Industrial, na Universidade do Minho (Guimarães) na variante de Gestão de Produção. Mais tarde, ingressou na Universidade de Sheffield para uma pós-graduação em língua inglesa. Iniciou a sua vida profissional como engenheiro de gestão industrial na empresa IKEA e passou também pelas empresas Qimonda e António Alves, Lda, deixando esta vertente profissional para se dedicar, inteiramente, à música. Nuno começou o seu processo de carreira de músico, aos 18 anos de idade, onde teve formação em guitarra e canto. É responsável pelas suas próprias composições. O seu processo musical iniciou-se, como qualquer outro artista autodidata, aventurando-se em várias prestações individuais por festas de anos, saraus e bares concertos. Anos mais tarde, e já com alguma experiência, Nuno ingressou num projecto de música denominado “centoecinco”, juntamente, com vários colegas de escola. Com este projecto, editou um EP chamado “Às 6:30 num relógio suíço” onde teve a oportunidade de “saltar” para palcos de maior dimensão. No ano de 2014, e após várias divergências de opiniões sobre o caminho a seguir pela banda, Nuno Alves decidiu ingressar num novo projeto individual, influenciado por uma simbiose de Pop e Acústico. Foi vencedor do concurso “Talentus” e finalista vencido do concurso “EDP Live Bands” apesar do seu projeto ter sido o mais votado pelo público. Em 2018, lançou o seu primeiro álbum: “dois lados de uma caixa de cartão”, com o produtor Vítor Silva.

Jornal de Amarante (JA) – Quem é o Nuno Alves? Nuno Alves (NA) – O Nuno Alves é um jovem músico de Paços de Ferreira que começou por lançar, recentemente, o seu primeiro álbum que se chama “Dois Lados de uma Caixa de Cartão”. Embora seja o primeiro álbum físico que lanço, não é um nome que não tenha mais trabalho para trás. No passado, participei em vários concursos, tive várias situações de apresentação do meu trabalho e vou evoluindo, mostrando aquilo que sou a cada passo que

vou dando. JA – O Nuno Alves tem vindo a fazer imensos trabalhos. Recentemente, apostou numa carreira mais a sério no mundo do Pop Rock. Porquê este estilo musical? NA – Sempre foi um estilo musical que se adequa e que eu gosto de ouvir. Além disso, sinto que é um estilo mais abrangente a um maior número de pessoas e, assim sendo, chegará também a mais pessoas o meu trabalho. Mas, acima de tudo, o que interessava e in-


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ENTREVISTA

teressa, é fazer aquilo que gosto e me faz sentir bem. O Pop sempre foi uma coisa que eu gostei - desde o Michael Jackson, Justin Bieber e Justin Timberlake, sempre foram exemplos que eu seguia; e tentei lançar um projeto com algumas influências nesse âmbito. JA – O projeto que se refere é o seu álbum “Dois Lados de uma Caixa de Cartão”. Porquê a escolha deste título? NA – Isto é daquelas perguntas difíceis que tínhamos combinado que não havia (risos). Estou a brincar. Sobre “Dois lados da Caixa de Cartão” costumo dizer, e muitas vezes partilhava essa história com a minha família, grandes surpresas guardam-se em caixas. Normalmente, quando recebemos uma caixa é sempre uma boa surpresa e é uma coisa que não sabemos o que está lá. As caixas, no fundo, têm um aspeto tosco por fora e nem mostram assim grande empatia. Uma caixa de cartão não é uma coisa muito bela, mas o interior, às vezes, pode ser muito interessante. E a ideia aí foi mesmo jogar com os dois lados, o interior

O Jornal de Amarante|quinta-feira, 5 de abril de 2018

nha irmã que é mesmo hospedeira de bordo, e é sempre um orgulho dizer que sou irmão da Ana Vitória. Temos um tema mais calmo que se chama “Jogo Rápido”, uma música que fala de amor, apenas ao piano e à voz. Acho que é um JA – “Amor Arte”, bem como resultado interessante. outros dos seus temas, têm uma JA – Nuno, sabemos que toca história à sua volta. Quer revelar-nos um pouco dessa história? guitarra. A guitarra é também, NA – “Amor Arte” foi o tema de para si, um gosto no mundo da lançamento do nosso single e con- música? NA – Sim, eu tive formação em tou com a participação da atriz da novela “Ouro Verde”, a Daniela guitarra e de canto durante cerca Belchior. Como eu costumo dizer: de quatro a cinco anos, e depois não é preciso grandes obras para comecei a fazer formação através se mostrar o amor a alguém. Essa de tutoriais na internet e a aprené a imagem que tento passar na- der sozinho. Sempre fui um pouco quela música. No fundo, não pre- autodidático nesse aspeto e acrecisamos de ser grandes artistas, dito que quanto mais praticamos nem de ser os melhores pintores melhores seremos, como em tudo ou escultores para darmos pren- na vida. No nosso espetáculo tamdas às pessoas que mais gostamos bém apresento temas com a guie mostrarmos o nosso amor por tarra, embora muita da parte do elas. Há um outro tema neste ál- espetáculo seja sem instrumentos bum que eu escrevi para a minha para tentar puxar mais pelo púirmã, que se chama Ana Vitoria. blico. É essencial que haja uma Conta a história de uma hospe- interação mais simples. A guitarra deira de bordo que quando vem à tem uma história curiosa relativaterra é sempre muito acarinhada mente à formação: os meus pais pelas pessoas, e é a história da mi- puseram-me a tocar guitarra e eu e o exterior. Quis mostrar que, se calhar, grandes surpresas podemse guardar em caixas, e se as pessoas acreditam que podem haver mistérios arrebatadores, é porque de certeza já abriram uma caixa.

ainda era muito novo, tinha cerca de oito anos, mas como qualquer criança queria era jogar futebol e divertir-me. Eu disse aos meus pais que não fazia sentido e que não queria a música e bati o pé. Acabei por vencer essa batalha. Mais tarde, aos dezoito anos, percebi que eles tinham razão e fui buscar a guitarra, que ainda estava guardada, e comecei a procurar formação e ajuda de outros, então lá continuei. JA – Este seu trabalho “Dois Lados de Uma Caixa de Cartão” tem temas originais. O Nuno também compõe? NA – Sim, eu componho todos os meus temas e, neste álbum, são criados e escritos por mim. Têm a produção e masterização feita pelo produtor Vítor Silva, produtor conhecido a nível nacional, e isto é o resultado dessa combinação. JA – Como já referiu, o Nuno tem as suas referências a nível internacional. A nível nacional quais são as suas referências? NA – Sempre gostei muito do


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ENTREVISTA

O Jornal de Amarante|quinta-feira, 5 de abril de 2018

portugueses, ouvem a música portuguesa e são também uma boa forma de promoção do nosso trabalho. E então, porque não?!

Tiago Bettencourt, gosto de ouvir Diogo Piçarra e os D.A.M.A. São artistas que se enquadram no meu estilo e são as referências e os caminhos que segui, tentava fazer idêntico, mas adaptado à minha maneira.

JA - Sabemos que também está ligado à alta competição, não é verdade? Tem conseguido conjugar a música com o desporto? NA – Sim, sou atleta de alta competição de natação no Clube Aquático de Pacense, em Paços de Ferreira. Pratico natação há dezassete anos, já sou um veterano (risos). Eu tenho conjugado porque, felizmente, tenho uns pais que me dão um suporte muito grande e tenho conseguido agilizar as duas coisas. Claro que não dá para ser perfeito nas duas, e para isso teria que me dedicar apenas a uma inteiramente, mas são duas coisas que eu gosto muito de fazer, não quero abdicar e, portanto, continuo a fazer as duas e a manter os dois sonhos, digamos assim.

JA –Para este seu álbum já tem um espetáculo montado? E em que é que consiste este espetáculo? NA - O espetáculo tem treze temas e são todos originais. Já estivemos a fazer uma promoção neste último mês de janeiro por várias FNAC por todo o país, como em Leiria, Coimbra e Algarve. Vamos apresentando em vários sítios este trabalho, que já tinha sido apresentado no ano passado, embora o álbum ainda não tivesse sido lançado. Agora, mês a mês vamos lançando um tema. JA – Sonha atuar em grandes palcos, festivais e nas principais salas de espetáculo do país? NA – Sim, é por esse caminho. Penso que a vida é lutar pelos sonhos e para nunca desistir de tentar alcançá-los. Tinha particular vontade de partilhar os palcos dos coliseus como qualquer artista, mas também havia outro espetáculo que me seria interessante participar, que é o caso da queima das fitas onde fui formado, Universidade do Minho; e também tocar no Sudoeste, que é um festival que eu já estive presente como espetador e tenho uma ligação sentimental ao local. JA – Embora, esteja a caminhar para atuar em grandes palcos de referência nacional e internacional, pretende continuar a atuar nos palcos e espetáculos locais? NA – Sim, claro. Era tão bom ou melhor poder atuar nos sítios por onde já passei, mas desta vez como cabeça de cartaz e poder eu ser a referência para os ouvintes. Fizemos bastantes espetáculos no ano passado aqui por esta região e fomos muito bem-recebidos, mas

o projeto ainda estava pouco dinamizado e é normal não haver uma maior adesão por parte do público, mas acredito que se for mais conhecido, os temas circulando nas rádios e na internet, e a coisa acaba por se alavancar.

são, tem projetos próximos para apresentar este trabalho? NA – Sim, estou a programar, juntamente com a minha manager que é a minha irmã, promover os trabalhos em várias televisões, desde as principais nacionais e outras antenas. No entanto, ainda não o fizemos de momento, porque não tínhamos os temas lançados e achamos que era uma divulgação um pouco precoce. É melhor ter já as coisas sustentadas na internet e nas plataformas digitais para depois fazer uma promoção mais bem-feita.

JA – Tem sido fácil esta sua incursão no mundo da música? NA – Eu vou ser sincero, fácil nunca é. Nada é fácil e nunca vai ser, mas acho que as pessoas, acima de tudo, têm que ser persistentes, lutar e insistir sem nunca desistir. A vida é feita de muitos “nãos” e de alguns “sins”, e é por JA – Vai levar o seu trabalho isso que acredito que é possível concretizar este projeto, até por- junto dos imigrantes? NA – Sim, por acaso ainda há que ninguém ouve só um artista, dias fomos contatados por uma portanto, há espaço para todos. rádio em Lyon e claro que sim, JA –Relativamente à televi- porque os imigrantes também são

JA – No seu tempo livre o que costuma fazer? NA – Trabalho numa empresa de imobiliária que é António Alves Lda. passando a publicidade, estou lá como desenhador e programador. JA – Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar às pessoas que estão a pensar ingressar no mundo da música? NA – Acima de tudo para acreditarem naquilo que fazem, tendo confiança no seu trabalho e nunca desistirem de lutar por aquilo que mais querem, porque mais cedo ao mais tarde vai acontecer se nós nunca desistirmos e formos persistentes. Acredito que a vida sorrirá. JA - Muito obrigado Nuno Alves por ter estado connosco e dar-nos a conhecer um pouco do seu trabalho. Boa sorte e esperamos que alcance tudo aquilo que pretende.


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AMARANTE

O Jornal de Amarante|quinta-feira, 8 de março de 2018

No âmbito da Maior Ceia Solidária realizada em Dezembro

Intermarché de Amarante faz doação à Cruz Vermelha de Amarante de 500 euros O Intermarché de Amarante doou 500 euros à Cruz Vermelha Portuguesa de Amarante. Esta doação insere-se na parceria que o Grupo Os Mosqueteiros, detentor em Portugal das insígnias Intermarché, Bricomarché e Roady, e a Cruz Vermelha Portuguesa estabeleceram, em dezembro do ano passado, para a realização da Maior Ceia Solidária. O evento decorreu em 61 localidades portuguesas, de norte a sul do país e proporcionou um donativo de 33.500 euros à Instituição. Do valor total, a sede nacional da Cruz Vermelha Portuguesa recebe 3.000 euros e as 61 delegações recebem 30.500 euros. Esta doação do Grupo Os Mosqueteiros deve-se ao reconhecimento e dedicação que a Cruz Vermelha e as respetivas Delegações colocaram em prol da organização desta grande e generosa iniciativa. “Graças à boa-vontade dos voluntários da Cruz Vermelha foi possível concretizar este projeto! Em nome do Grupo Os Mosqueteiros, e do Intermarché em particular, gostaria de agradecer o empenho de todos os que permitiram organizar, no terreno, este número recorde de refeições e assim contribuir para que, os mais de 7 mil beneficiários e suas famílias, pudessem usufruir de um momento de convívio e paz

no Natal”, refere João Magalhães, Administrador do Grupo Os Mosqueteiros. A ideia da Maior Ceia Solidária surgiu devido ao modelo de gestão diferenciador do Intermarché. O facto de as lojas serem detidas por empresários independentes que vivem nas localidades onde as lojas estão implantadas, permite-lhe por isso conhecerem bem a história dos seus clientes e as instituições locais e assim desenvolverem uma relação de proximidade directa quer com os seus clientes quer com as instituições da região. Recorde-se que esta foi a maior ceia solidária alguma vez realizada em território nacional. Ao todo, no mesmo dia, foram servidas refeições a mais de 7 mil beneficiários da Cruz Vermelha Portuguesa. A ceia solidária de Natal aconteceu em simultâneo de norte a sul do país, no passado dia 16 de dezembro. Para além da maior ceia solidária de Natal organizada pela Cruz Vermelha Portuguesa, no mesmo dia o Intermarché forneceu mais 24 ceias solidárias, perfazendo um total de 83 ceias que chegaram a mais de 10 mil pessoas carenciadas.


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REGIÃO

O Jornal de Amarante|quinta-feira, 5 de abril de 2018

I Jornadas dos assistentes técnicos do CHTS Realizaram-se a 24 de março, no auditório do Hospital Padre Américo, as I Jornadas dos Assistentes Técnicos do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS). Foram cerca de 200 os participantes desta iniciativa que pretendeu promover o diálogo sobre as novas exigências da profissão. O programa das jornadas desenvolveu-se em torno de dois temas bastante atuais, a “Desmaterialização dos processos e as novas exigências da profissão Assistente Técnico” e “A

modernização administrativa e a contribuição dos Assistentes Técnicos”, que surgem no âmbito da ampla implementação do projeto “SNS Sem Papel”. Este processo, do qual o CHTS faz parte, tem como finalidade a desburocratização, desmaterialização e a consequente aposta na informatização das instituições do SNS. As jornadas contaram com oradores e participantes de várias instituições de saúde do país e abordou várias questões relacionadas com “ACES versus Hospi-

tal – A visão do Assistente Técnico”, “A qualificação e a formação como agentes

potenciadores do desenvolvimento profissional/ motivacional dos Assisten-

tes Técnicos” e “Humanização do atendimento”.

CHTS presente no Portugal eHealth Summit Carlos Alberto, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), foi um dos oradores do Portugal eHealth Summit na sessão Transformação Digital | Target 0 com o tema “Use Cases para um SNS Sem Papel”, realizada no passado dia 21 de março no Auditório I do PT Meeting

Center, em Lisboa. A edição de 2018 do evento Portugal eHealth Summit que decorreu em Lisboa, entre os dias 20 e 23 de março, contou ainda com a presença de outros profissionais do CHTS. Envolvendo Entidades de Saúde, organismos da Administração Pública, empresas do Setor Tecnológico, Indústria Farma-

cêutica, Startups, entre outras Organizações, o Portugal eHealth Summit reúne tecnologia e inovação em saúde, com o objetivo comum: encontrar as melhores respostas e soluções para os Cidadãos, Profissionais e Instituições de Saúde.


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DIVERSOS

O Jornal de Amarante|quinta-feira, 5 de abril de 2018

Marco de Canaveses acolhe V Encontro de Boccia Sénior do Tâmega e Sousa Os vencedores dos torneios municipais de Boccia Sénior reúnem-se no próximo dia 6 de abril, sexta-feira, para disputar o V Encontro de Boccia Sénior do Tâmega e Sousa. Este ano, a competição realiza-se no concelho do Marco de Canaveses, no Pavilhão Gimnodesportivo Bernardino Coutinho. A jornada desportiva será disputada entre as 10h00 e as 18h00, e em campo vai estar mais de uma centena e meia de “atletas”, num total de mais de 30 equipas e de mais de 150 participantes, provenientes de centros de dia, lares, centros de convívio e universidades seniores dos 11 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa (CIM do Tâmega e Sousa). Organizados pela CIM do Tâmega e Sousa e pelo município anfitrião, os Encontros de Boccia Sénior do Tâmega e Sousa pretendem fomentar a prática

Sr. Manuel Albino Coelho Teixeira AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido. FUNERÁRIAS DO TÂMEGA, LDA – 255 424 422 – 917 212 107 – 919 449 561 917 502 997WWW.FUNERARIASDOTAMEGA.COM – FUNERARIASTAMEGA@SAPO.PT

Aboim – Amarante Dna. Júlia da Fonseca Pinto Marinho AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido. FUNERÁRIAS DO TÂMEGA, LDA – 255 424 422 – 917 212 107 – 919 449 561 917 502 997WWW.FUNERARIASDOTAMEGA.COM – FUNERARIASTAMEGA@SAPO.PT

Telões – Amarante Sr. Avelino Clemente da Mota AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido.

de atividade física e desportiva neste território, mas, sobretudo, promover a socialização, integração e convívio da população sénior, através de uma competição saudável assente numa modalidade adequada a esta faixa etária.

Em itinerância intermunicipal desde a primeira edição, o Encontro de Boccia Sénior do Tâmega e Sousa já percorreu os concelhos de Celorico de Basto (2017), Felgueiras (2016), Resende (2015) e Cinfães (2014).

Componente de Apoio à Família – Páscoa 2018 – uma iniciativa da autarquia de Mondim sem custos para as famílias Neste período de interrupção letiva por ocasião da Páscoa, a Câmara Municipal de Mondim de Basto está a desenvolver um programa de atividades que tem como objetivo promover a ocupação saudável dos tempos livres das crianças e jovens do concelho. No programa de Componente de Apoio à Família

Lufrei – Amarante

(CAF) Páscoa 2018, estão a participar cerca de 40 crianças e jovens que, devidamente acompanhados pelos professores das AEC’S, desenvolvem um programa que conta com jogos didáticos, torneios desportivos, visitas às aldeias do concelho, dança e outras atividades. A todos os participantes a autarquia garante, ainda,

o serviço de refeições e de transportes. Um programa que se tem revelado para as famílias que não têm alternativa para a ocupação e os cuidados dos seus filhos durante os períodos de férias letivas. A CAF da Páscoa 2018 prolonga-se até ao dia 6 de abril.

FUNERÁRIAS DO TÂMEGA, LDA – 255 424 422 – 917 212 107 – 919 449 561 917 502 997WWW.FUNERARIASDOTAMEGA.COM – FUNERARIASTAMEGA@SAPO.PT

Telões – Amarante Dna. Custódia Ferreira Catão AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido. FUNERÁRIAS DO TÂMEGA, LDA – 255 424 422 – 917 212 107 – 919 449 561 917 502 997WWW.FUNERARIASDOTAMEGA.COM – FUNERARIASTAMEGA@SAPO.PT

Candemil – Amarante Sr. José Pinheiro de Seixas AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido. FUNERÁRIAS DO TÂMEGA, LDA – 255 424 422 – 917 212 107 – 919 449 561 917 502 997WWW.FUNERARIASDOTAMEGA.COM – FUNERARIASTAMEGA@SAPO.PT

Telões – Amarante Dna. Margarida da Cunha Carvalho AGRADECIMENTO A sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este único meio, expressar muito reconhecidamente a sua mais profunda gratidão para com todos quantos se dignaram participar no funeral e assistiram à Missa de 7.º dia, em sufrágio do seu ente querido. FUNERÁRIAS DO TÂMEGA, LDA – 255 424 422 – 917 212 107 – 919 449 561 917 502 997WWW.FUNERARIASDOTAMEGA.COM – FUNERARIASTAMEGA@SAPO.PT


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DIVERSOS

CARTÓRIO NOTARIAL NOTÁRIA ANA CATARINA DE CASTRO MARTINS Avenida 1º de Maio, Loja H, R/C, Edifício Carvalhido – São Gonçalo, Amarante catarina.martins@notarios.pt Certifico, para efeitos de publicação, nos termos do número 1 do artigo 100º do Código do Notariado, que por escritura de justificação lavrada neste Cartório em dezasseis de março de dois mil e dezoito, a folhas 98 e seguintes do livro de notas número CINQUENTA E SETE - A deste Cartório, na qual AVELINO PINTO GONÇALVES, NIF 134 117 689 e mulher MARIA ANTÓNIA RIBEIRO, NIF 134 716 892, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Vila Chã do Marão, concelho de Amarante, onde residem na Travessa do Barreiro, número 115 DECLARAM: Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel sito na freguesia de Vila Chã do Marão, concelho de Amarante: Prédio rústico, composto por cultura e dependências agrícolas com a área de quarenta e sete metros quadrados, com a área total de quatrocentos e setenta e cinco metros quadrados, a confrontar de norte com caminho público, Travessa do Barreiro e Justina da Silva Morais, de sul com José Manuel Teixeira Duarte, de nascente com José Manuel C. Silva e de poente com Marlene Ferreira Jaime Jakob e Justina da Silva Morais, sito em Barreiro, inscrito na respetiva matriz rústico, como artigo 1004, com o valor patrimonial tributário igual ao atribuído de QUINHENTOS E TRINTA EUROS. Que o referido prédio não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Amarante. Que confirmam todas as declarações prestadas na certidão negativa adiante arquivada quanto a possuidores, antepossuidores e desconhecimento do artigo da anterior matriz. Que, porém, não são detentores de qualquer título formal que legitime a posse do aludido prédio, tendo-o adquirido por mera compra verbal efetuada a Ilda Maria Teixeira Navega Coelho Leal, viúva, residente em Quintã, Baltar, Paredes, nunca reduzida a escritura pública, em dia que não podem precisar, mas sabem ter sido no ano de mil novecentos e noventa e quatro. Que se encontram impossibilitados de comprovar, pelos meios extrajudiciais normais, o seu direito de propriedade sobre aquele prédio, pois tendo a compra sido ajustada por contrato meramente verbal, inexiste qualquer título aquisitivo. Que, desde aquele ano de mil novecentos e noventa e quatro, data em que o adquiriram, até aos dias de hoje, este prédio, sempre foi por eles possuído, no decurso de todo este lapso de tempo, POSSE que sempre foi exercida em nome próprio, com a consciência de nunca estarem a prejudicar direitos alheios, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem a menor interrupção ou oposição de quem quer que fosse, sem nunca ocultarem esta sua posição ou serem importunados por quem quer que fosse, usufruindo diretamente do prédio, gozando de todas as utilidades por ele proporcionadas, guardando os seus haveres e material agrícola, plantando produtos hortícolas, considerando-o integralmente como coisa deles, em suma, dele retirando todos os frutos ou benefícios próprios de verdadeiros proprietários, assim como pagando as respetivas contribuições e impostos, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, considerando-se e sendo considerados como seus únicos donos, na convicção de que não lesam direito de outrem. Trata-se, por conseguinte, de uma posse caraterizada pela boa fé e exercida, no mínimo, há mais de vinte anos, de uma forma pública, contínua e pacífica, pelo que adquiriram, por usucapião, o direito de propriedade sobre o mencionado prédio. Amarante, vinte e um de março de dois mil e dezoito. A Notária, Ana Catarina de Castro Martins

O Jornal de Amarante|quinta-feira, 5 de abril de 2018

Tribunal Judicial da Comarca do Porto Este Juízo Local Cível de Amarante

Dª. Maria da Anunciação Monteiro

ANÚNCIO

AGRADECIMENTO

Processo: 432/18.8T8AMT Interdição / Inabilitação N/Referência: 76186195 Data: 21-03-2018 Requerente: Ministério Público Requerido: Pedro Agostinho Marinho Coelho Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é Requerido: Pedro Agostinho Marinho Coelho, filho(a) de Manuel Augusto Lopes Coelho e de Eulália de Andrade Marinho, nascido(a) em 01-03-1963, freguesia de Aboim (Amarante), BI – 09581394, domicílio: Rua das Poldras, Nº 41, Vila Garcia, Aboim e Chapa, 4600-000 Amarante, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. O Juiz de Direito, Dr(a) Ana Gabriela P.S. Fonseca Freitas O Oficial de Justiça, Filipa Almeida Tribunal Judicial da Comarca do Porto Este Juízo Local Cível de Amarante ANÚNCIO Processo: 442/18.5T8AMT Interdição / Inabilitação N/Referência: 76212425 Data: 23-03-2018 Requerente: Ministério Público Requerido: Sónia Susana Matos da Silva Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é Requerida: Sónia Susana Matos da Silva, filho(a) de Adão de Sousa e Silva e de Susana de Matos da Cunha, nascido(a) em 01-051993, NIF – 272110728, BI – 30521701, domicílio: Rua do Monte, Nº 98, Mancelos, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. O Juiz de Direito, Dr(a) Ana Gabriela P.S. Fonseca Freitas O Oficial de Justiça, Filipa Almeida

FAÇA-SE ASSINANTE DO JORNAL DE AMARANTE

Murgido - Candemil- Amarante

Sua família vem por este meio, e muito reconhecidamente agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral da saudosa extinta ou que, de qualquer outro modo, lhes manifestaram o seu pesar. Agradecem também a todas as pessoas que se dignaram assistir à missa de 7º dia. Pedem desculpa por qualquer falta involuntariamente cometida.

Funerária São Pedro - 255432496 | 917534643 | 917578908 | 914868068

Vila Caíz - Amarante Sr. José Machado AGRADECIMENTO Sua família vem por este meio, e muito reconhecidamente agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral do saudoso extinto ou que, de qualquer outro modo, lhes manifestaram o seu pesar. Agradecem também a todas as pessoas que se dignaram assistir à missa de 7º dia. Pedem desculpa por qualquer falta involuntariamente cometida.

Funerária São Pedro - 255432496 | 917534643 | 917578908 | 914868068

Cepelos - Amarante Sr. Armando Moreira Duarte AGRADECIMENTO Sua família vem por este meio, e muito reconhecidamente agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral do saudoso extinto ou que, de qualquer outro modo, lhes manifestaram o seu pesar. Agradecem também a todas as pessoas que se dignaram assistir à missa de 7º dia. Pedem desculpa por qualquer falta involuntariamente cometida.

Funerária São Pedro - 255432496 | 917534643 | 917578908 | 914868068

São Gonçalo - Amarante Diogo Filipe Vasconcelos Pereira AGRADECIMENTO Sua família vem por este meio, e muito reconhecidamente agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral do saudoso extinto ou que, de qualquer outro modo, lhes manifestaram o seu pesar. Agradecem também a todas as pessoas que se dignaram assistir à missa de 7º dia. Pedem desculpa por qualquer falta involuntariamente cometida.

Funerária São Pedro - 255432496 | 917534643 | 917578908 | 914868068

Murgido - Candemil- Amarante Dª. Donzília Martins Briga AGRADECIMENTO Sua família vem por este meio, e muito reconhecidamente agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral da saudosa extinta ou que, de qualquer outro modo, lhes manifestaram o seu pesar. Agradecem também a todas as pessoas que se dignaram assistir à missa de 7º dia. Pedem desculpa por qualquer falta involuntariamente cometida.

Funerária São Pedro - 255432496 | 917534643 | 917578908 | 914868068

São Gonçalo - Amarante Dª. Maria Margarida Teixeira de Sousa AGRADECIMENTO Sua família vem por este meio, e muito reconhecidamente agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral da saudosa extinta ou que, de qualquer outro modo, lhes manifestaram o seu pesar. Agradecem também a todas as pessoas que se dignaram assistir à missa de 7º dia. Pedem desculpa por qualquer falta involuntariamente cometida.

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DIVERSOS

O Jornal de Amarante|quinta-feira, 5 de abril de 2018

Vítor Pascoal deu espetáculo em Ourém! Vítor Pascoal iniciou o seu programa desportivo de 2018 este passado fim de semana, alinhando no Rali Vila Medieval de Ourém, prova do Campeonato Regional Ralis Centro. O piloto da Baião Rally Team aproveitou a prova em piso de asfalto para rodar alguns kms com o seu Porsche 997 Gt3, começam assim a preparar a primeira prova do Campeonato de Portugal de Ralis Gt onde tem centradas as suas principais ambições para a presente temporada. Sem pressões quanto a resultados, o piloto que nesta prova foi navegado por Ricardo Faria focou-se essencialmente em contribuir com espetáculo

para o todo público que acompanhou a prova ao longo de dois dias, e que vibravam com o deslumbrante trabalhar do carro da marca alemã! Desportivamente não foi uma prova fácil para a dupla, já que as condições meteorológicas que acompanharam a prova em nada favoreceram o Porsche que com o piso molhando e muito escorregadio torna-se muito difícil de utilizar e dinamizar todo o sue potencial ao cronómetro! Como refere o piloto, “fomos para Ourém sem pressões quanto a resultados, mas sim centrados essencialmente em testar de forma a preparar a nossa primeira prova dos Gt! Foi um rali

bastante difícil para nós, já tínhamos noção que com o piso molhado não é fácil tirar proveito de todo o potencial do Porsche e com o tipo de piso que tínhamos nas 2 especiais de sábado, bastante escorregadio, acabou por tornar tudo ainda mais difícil! No domingo, as especiais já eram mais de encontro ao nosso carro, mas partimos numa posição muito alta e à nossa passagem as especiais estavam muito sujas e não nos permitiu andar como pretendíamos, mas de qualquer das formas, foi uma prestação muito positiva, gostei do rali, deixo os parabéns à organização pela forma como montaram a prova, assim como ao meu co piloto nesta

CENTRO DE CONVIVIO DE SÃO GONÇALO CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 29 alínea c) dos Estatutos do Centro de Convívio de São Gonçalo, convoco todos os associados para a assembleia geral ordinária que se vai realizar no dia 12 de Abril de 2018 pelas 17,00 horas, na Sede da União de freguesias, sita na Rua Miguel Bombarda, nº 29 – 4600-089 Amarante, com a seguinte ordem de trabalhos: 1- Leitura, discussão e aprovação da Ata da sessão anterior. 2- Discussão e aprovação das Contas do exercício do ano de 2017 e parecer do Conselho Fiscal. 3 – Outros assuntos de interessa para o Centro de Convívio. Se á hora marcada não estiverem presentes pelo menos metade dos associados a assembleia reunirá meia hora depois com o número de associados presentes. O Presidente da Mesa da Assembleia Fernando Carlos Gonçalves Cerqueira

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AVISO TORNA-SE PÚBLICO, para efeitos do disposto na alínea b) do nº. 2 do artigo 78º. Do Decreto-Lei nº. 555/99, de 16/12, no atual redação foi emitido aditamento à licença de loteamento, titulada pelo alvará nº 2/10, em nome e a requerimento Joaquim Filipe Magalhães Coelho, com sede na Rua do Passal, freguesia de Vila Caiz, NIPC 228814154, que titula a aprovação da alteração da licença da operação de loteamento que incidiu sobre o prédio urbano, sito na Rua da Passal freguesia de Vila Caiz, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 1057 e descrito na Conservatória do Registo Predial na ficha 939/19970701. A alteração ao alvará de loteamento supra, deferida por despacho de 26/01/2018, respeita o disposto no Regulamento do Plano Diretor Municipal, e consiste na alteração das especificações do lote nº 20, conforme a seguir se indica: - Alteração do nº. de pisos do edifício: de cave, rés do chão e andar para cave e rés do chão; - Alteração do polígono de implantação; - Aumento da área de Implantação: de 140,00 m2 para 219,05 m2; - Diminuição da área total de construção de 385,00 m2 para 299,05 m2; Dado e passado para que sirva de título ao requerente e para todos os efeitos prescritos no Decreto-Lei n.º 555/99, de 16/12 e alterações subsequentes. Divisão de Planeamento e Gestão do Território, 26/02/2018 A Vereadora do Urbanismo, Drª. Ana Rita Brochado Marinho Bastos Batista

prova, o Ricardo Faria, que também fez um trabalho notável ao longo de toda o rali!” No final, Vitor Pascoal e Ricardo Faria, levaram o Porsche 997 Gt3 ao 5º lugar da geral, 1º entre os X5.

AVISO TORNA-SE PÚBLICO, para efeitos do disposto na alínea b) do nº. 2 do artigo 78º. Do Decreto-Lei nº. 555/99, de 16/12, no atual redação foi emitido aditamento à licença de loteamento, titulada pelo alvará nº 2/10, em nome e a requerimento de Rui Fernando Lemos da Cunha, com sede na Rua Estrada Real 197 - A, freguesia de Torno, NIPC 204187338, que titula a aprovação da alteração da licença da operação de loteamento que incidiu sobre o prédio urbano, sito no lugar da Alambique - lote 5, União de Freguesia de Vila Garcia, Aboim e Chapa e descrito na Conservatória do Registo Predial na ficha 736/20100705 – Vila Garcia. A alteração ao alvará de loteamento supra, deferida por despacho de 22/12/2017, respeita o disposto no Regulamento do Plano Diretor Municipal, e consiste na alteração das especificações do lote nº 5, conforme a seguir se indica: - Aumento da área total de implantação de 144,00 m2 para 259,00 m2; - Redução da área de construção destinada a habitação de 432,00 m2 para 288,00 m2; - Redução da área total de construção de 432,00 m2 para 403,00 m2; - Construção de um anexo com a área de construção e de implantação de 115,00 m2 destinados a arrumos; - Alterações aos arranjos exteriores e muros. Dado e passado para que sirva de título ao requerente e para todos os efeitos prescritos no Decreto-Lei n.º 555/99, de 16/12 e alterações subsequentes. Divisão de Planeamento e Gestão do Território, 26/02/2018 A Vereadora do Urbanismo, Drº. Ana Rita Brochado Marinho Bastos Batista



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