16 minute read

ESPECIAL ENERGIAS RENOVÁVEIS

“Financiamento é o Grande Obstáculo ao Futuro Verde”

No relatório “Financing the Future of Energy” for Africa, elaborado pela consultora Deloitte e o Fórum Económico Mundial, descreve-se o cenário do sector energético em África e as opções de financiamento no contexto do esforço global para reduzir as emissões de carbono. À E&M, Mário Fernandes, partner da Deloitte Africa, fala sobre as grandes conclusões do relatório

TEXTO Luís Ribeiro • FOTOGRAFIA Istock Photo

Eenquanto ainda se debatem os grandes passos (ou não) que o mundo deu na cimeira COP26, a realidade do dia-a-dia não abranda, especialmente num continente como o africano. Se, por um lado, muitos países têm nas receitas de petróleo, gás ou carvão importantes fatias da sua criação de riqueza anual, por outro, continua a ser o continente com menos produção de energia e, ao mesmo tempo, aquele em que o financiamento para a transição é mais decisivo. A contribuição de África para as emissões de gases com efeito de estufa provenientes de combustíveis fósseis é significativamente menor em relação às de outros continentes, e há ainda um enorme potencial para acelerar a transição

Moçambique no caminho

Há, por esta altura, um conjunto de investimentos recentemente anunciados em Moçambique na área da energia, na energia hidroeléctrica, o projecto Mphanda Nkuwa com 1500 MW, ou extensão da Central Hidroeléctrica de Cahora Bassa com 1.245 MW. Ao nível solar, a unidade de PV Cuamba Solar (Niassa), que combinará 19MWp (15MWac) de PV solar com 2MW / 7MWh de armaze-

namento de energia de bateria, naquele que é o primeiro IPP em Moçambique a integrar armazenamento de energia em escala de utilidade com uma unidade solar, numa construção iniciada em Junho/2021. Depois, há o projecto de energia solar Dondo, na província de Sofala, de 40MW, que está a ser desenvolvido através do Proler, mas que ainda está numa fase inicial.Na eólica, o projecto de energia eólica de 60MW em Namaacha e de gás, com a central Térmica de Temane de 450MW, associada à construção da Linha de Transmissão de 400kV entre Temane e Maputo, e para a qual, em Maio deste ano, foram assinados os acordos que tornam o projecto viável;

Em África, é preciso criar um ambiente favorável ao sector privado através de um Mecanismo de Investimento em Energias Renováveis

para um futuro de emissões net-zero. Actualmente, metade do continente vive sem acesso adequado à electricidade e, com o aumento da procura de energia, o fosso energético poderia ser colmatado através de alternativas de energia limpa, especialmente se as soluções certas de financiamento forem utilizadas o quanto antes. É esta, de resto, a principal conclusão do relatório “Financing the Future of Energy for Africa”, elaborado pela consultora Deloitte e Fórum Económico Mundial. “O financiamento será o maior obstáculo para assegurar a transição sustentável de África para as energias renováveis em larga escala. Há muitas soluções de financiamento disponíveis. Em África é preciso alavancar o que existe, criando ao mesmo tempo um ambiente favorável ao sector privado através de um Mecanismo de Investimento em Energias Renováveis”, explica Mário Fernandes, Africa Power Utilities and Renewables Leader, na Deloitte.

E já se sabe que durante a próxima década, Moçambique deverá tornar-se um grande exportador de gás natural liquefeito (GNL), devido à descoberta de mais de 180 TCF de reservas de gás natural na bacia de Rovuma, no norte do País. No entanto, se o cenário macro parece trazer bons motivos ao nível da produção energética não poluente, há ainda questões por responder. “As recentes perspectivas prevêem agora uma queda do peso do gás natural no futuro cabaz energético mundial, num cenário net-zero. Significa que o gás terá de se descarbonizar para emparelhar ou competir com outros combustíveis mais limpos. Com um potencial solar significativo (aproximadamente 2,7 GW), a integração solar na infra-estrutura de fornecimento de gás existente pode posicionar o gás de Moçambique como uma opção de energia limpa.”

Contexto global

Do consumo total de energia final em África, apenas 7,8% provém de fontes renováveis modernas. Claro que as economias mais avançadas têm a maior percentagem de energias renováveis no seu consumo total de energia final em 12,7%. No entanto, é importante notar que a taxa de acesso à energia em África é extremamente baixa em comparação com economias mais avançadas do mundo. “Para além da África do Sul, vários países africanos pretendem lidar com o acesso à energia através de fontes de energia limpas, dada a riqueza das fontes de energia renováveis existente na região.” Os projectos globais mostram que a percentagem de energias renováveis no cabaz energético aumentará entre 18% e 25% até 2030. “Em África, a escala a que a electricidade renovável é utilizada está sujeita à forma como as políticas, os investimentos e o acesso directo ao apoio aos transportes, à indústria e a outros sectores económicos críticos são moldados para aumentar o acesso energético em áreas não elegíveis.” Um dos principais obstáculos à energia limpa são os custos elevados e o baixo nível de maturidade das tecnologias de armazenamento de energia em grande escala, tal como observado na recente crise energética, o que levou os preços a níveis incomportáveis. “Ficou provado que um melhor acesso à energia ajuda a erradicar a pobreza e as soluções energéticas limpas proporcionam oportunidades para os progressos económicos na região. Qualquer transição na região tem de ser feita de forma equitativa, a fim de garantir que os preços são adequados e acessíveis às pessoas. Isto necessitará de uma migração constante e de soluções híbridas.” Esse caminho pode exigir, por exemplo, a utilização de recursos já existentes, como o gás e a introdução de derrogações e subsídios para apoiar a implementação em escala de soluções de energia limpa, como as tecnologias de armazenamento de energia. Num cenário pós-pandemia, é agora mais importante do que nunca re-priorizar finanças e investimentos para soluções de energia limpa. “Colmatar as lacunas exigirá a avaliação de pacotes de estímulos, políticas que apoiem uma economia resiliente e criem emprego”, explica Mário Fernandes.

A questão do financiamento

O financiamento é decisivo na corrida à energia limpa, especialmente em África, que ainda fica aquém das necessidades. O estudo aponta a existência de 150 mil milhões em fundos, face à necessidade que é de um bilião, ou seja, só estão garantidos pouco mais de 15% do total necessário para que a corrida verde não se torne numa maratona sem fim à vista. Mas como é que se dá este salto gigantesco? “África precisa de alavancar o que já existe e criar um ambiente estruturado, que permita que o sector privado prospere no investimento em energias renováveis. Assistimos a uma abordagem coordenada como a Renewables Energy Investment Facility (REIF), que apoia os países na aceleração dos seus esforços

“Qualquer transição na região tem de ser feita de forma equitativa, a fim de garantir que os preços são adequados e acessíveis às pessoas”

no sentido de financiar soluções para as energias renováveis, mas ainda há desafios, tais como: a capacidade dos governos de implementar políticas que permitam facilitar a realização de negócios; acelerar o desenvolvimento de infra-estruturas que suportam o acesso energético; perceber se os governos estão dispostos a evitar os subsídios associados à exploração de hidrocarbonetos ou se pode redireccioná-los para as renováveis; ou como atrair investidores e garantir retornos garantidos e quão rapidamente os países podem avançar para tarifas de custos ideais, que permitam às instituições de energia ter um bom desempenho e apoiar outros investimentos para o acesso à energia.”. E se, em África, os desafios são ainda imensos, em Moçambique o cenário não muda muito. O País é rico em recursos energéticos renováveis (hídricos, solares e outros) e não renováveis (gás e carvão) com potencial para gerar 187 GW de electricidade e tornar-se um centro regional de energia. No entanto, a exploração de recursos energéticos para uso doméstico em Moçambique continua limitada e distribuída de forma desigual. De igual modo, o acesso energético fiável e sustentável (particularmente nas zonas rurais) continua a ser relativamente baixo em comparação com os países vizinhos, como a Tanzânia, o Zimbabué ou a Zâmbia, o que aumenta efectivamente a procura. “O País precisa de criar a infra-estrutura de capacitação para atrair promotores privados e operadores de energia renovável e desenvolver as competências adequadas para apoiar e operar esta nova tecnologia associada às renováveis.”

Investimento Climático: O que é e Por Onde Começar?

Em todas as questões de sustentabilidade, 88% dos investidores globais classificam o ambiente como a prioridade número um, quase dois terços das pessoas em 50 países acreditam que as alterações climáticas são uma emergência global e os investidores estão claramente a reconhecer a urgência das alterações climáticas e a necessidade de estratégias de investimento relacionadas com essa grande questão. Neste gráfico da iShares da BlackRock, percebe-se melhor o que é investimento climático, as forças que lhe dão ímpeto e como os investidores podem começar a implementá-lo nas suas próprias carteiras. O investimento climático envolve a selecção de estratégias sustentáveis onde os riscos e/ou oportunidades climáticas são considerações chave. Isto ajuda os investidores a alinharem as suas carteiras com a transição para uma economia de baixo carbono. Há uma série de forças estruturais que, mesmo que a longo prazo, estão a fazer acelerar a mudança para o investimento climático.

O QUE ESTÁ A ACELERAR O INVESTIMENTO CLIMÁTICO?

COMO ESTÁ ISTO A IMPACTAR O COMPORTAMENTO DAS EMPRESAS? COMO PODEM OS INVESTIDORES NAVEGAR NESTA TRANSIÇÃO RÁPIDA COM ETFS?

Danos climáticos extremos

Só em 2020, os danos causados por catástrofes naturais atingiram 210 mil milhões de dólares - o montante mais elevado jamais registado.

Média ajustada à inflação

Em debate Em debate político

Número de empresas a encarar a situação como prioritária na sua actuação duplicou nos últimos cinco anos. Novos produtos com considerações climáticas estão a ajudar os investidores com a transição e um veículo amplamente disponível é o Exchange Traded Funds (ETFs). De facto, as entradas anuais em ETFs globais sustentáveis têm crescido substancialmente e, face a 2016, são hoje 63 vezes mais elevadas.

Inovações em energias limpas

As energias renováveis estão a ficar mais baratas, com os custos de produção da tecnologia solar fotovoltaica a cair 89% entre 2009 e 2019.

A regulação climática global

134 países fizeram acordos de neutralidade de carbono

Legislado Legislação proposta

Realizado Sentimento favorável do investidor

Quase dois terços das pessoas em 50 países acreditam que as alterações climáticas são uma emergência global.

O crescimento das decisões sobre alterações climáticas

Número de empresas Fluxos de entrada anuais nos ETF’s sustentáveis

Fonte: iShares by BlackRock, Visual Capitalist

renováveis Carvão Não Poluente e Eficiente. Não, Não é Só Fumaça

A sua produção é feita de pequenos fragmentos de carvão ou de lenha. Tem a vantagem de emitir pouca fumaça, não se quebra facilmente e fornece energia duradoura

TEXTO Hermegildo Langa • FOTOGRAFIA Ailton Panguana

Mais de 80% dos cerca de 29 milhões de moçambicanos utiliza lenha ou carvão vegetal para as suas necessidades energéticas domésticas, de acordo com dados da Biofund. O fenómeno, que é ocasionado pelo elevado índice de pobreza (baixa cobertura pela rede eléctrica e fraco poder de compra para a aquisição de outros meios como o gás), acaba por resultar na rápida degradação do ambiente. Exemplo disso, a estimativa do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural que aponta para um nível de desflorestamento superior a 267 mil hectares por ano, principalmente devido à busca de energia. Mas, felizmente, a ciência tem evoluído rapidamente no sentido de transformar os desafios em oportunidades, e já existem várias técnicas para um aproveitamento eficiente destes recursos e para a geração de renda. É o caso do jovem empreendedor Arlindo Macheque, que decidiu criar o projecto de produção de briquetes de carvão vegetal como forma de trazer para o mercado uma solução sustentável de utilização deste recurso. Segundo o jovem, os briquetes de carvão vegetal são feitos com base no material desperdiçado de fragmentos minúsculos, que se juntam a uma cola feita de farinha de trigo e submetidos a uma máquina que tem uma forma própria, até dar origem ao combustível, que não só emite pouca fumaça em comparação com o carvão original, como quebra com muita dificuldade e leva, no mínimo, duas horas para se desgastar por completo quando aquecido. Com um mercado de quase 25 milhões de utilizadores, é um negócio que não passaria despercebido a qualquer investidor. “A ideia deste negócio surgiu em 2018 depois de ter visto um projecto semelhante no jornal (a EcoCarvão, empresa nacional que produz um tipo de carvão feito à base de resíduos de coco). A partir daí comecei a investigar e descobri que há países que já fazem isto há muito tempo, por exemplo, no Brasil ou no Quénia, onde a actividade já é industrial. E foi com base nessas investigações que percebi que podia construir um produto

B

PRODUTO

Briquetes de carvão vegetal

ANO DE CRIAÇÃO

2018

FUNDADOR

Arlindo Macheque

COLABORADORES

4

VENDAS

1200 MT/dia

similar, mas totalmente nacional. E comecei a criar estes briquetes de carvão vegetal”, conta Arlindo Macheque, proprietário do projecto. Enquanto muitos jovens, que decidem abraçar o empreendedorismo em áreas ambientalmente viáveis, se deparam com dificuldades próprias do mercado, nomeadamente a questão da rentabilidade, para Machaque a realidade é bem diferente “Penso que, tratando-se de um projecto sustentável, de energias limpas, este negócio é promissor e o que falta, agora, é massificá-lo e fazer um trabalho de marketing para que se torne conhecido e reconhecido no mercado”, revela o produtor. E os primeiros números comprovam a sua ideia: “Só de Agosto do presente ano a esta parte, já vendi mais de duas toneladas de briquetes de carvão, sendo que, por dia, temos uma média de venda de dez embalagens”, revela, acrescentando que “o principal mercado de venda, até agora, são as cidades de Maputo e da Matola, mas já tivemos algumas pessoas da cidade de Xai-Xai, província de Gaza, que vieram comprar os nossos produtos”. O empreendedor tem como clientes pessoas de todas classes sociais, pois procuram estes produtos para utilizar nos seus convívios, visto que este carvão leva mais tempo a arder comparado com outro tipo de carvão vegetal. No entanto, há outro tipo de clientes que vem manifestando cada vez maior interesse nos briquetes. “Devido à pouca fumaça que este carvão provoca, actualmente tem sido muito solicitado pelos criadores de frangos, pois no Inverno eles usam os briquetes para aquecer os pintos”, revela. Actualmente, uma embalagem contendo 4kg de briquetes de carvão é vendida por 120 meticais, um preço que, segundo o gestor, foi estipulado no início do negócio. Por ser ainda novo no mercado, o empreendedor conta com apenas três trabalhadores para a produção dos briquetes. Quanto ao futuro, a expectativa é feita à dimensão dos sonhos de qualquer jovem empreendedor — tornar-se grande, num sector em que a escala e o potencial de crescimento é tão urgente quanto assinalável.

Ambiente

Governo busca apoios para garantir transição energética sustentável

Moçambique necessita de apoios em recursos financeiros e materiais para permitir uma eficiente transição energética rumo à estabilidade ambiental e cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Esta posição foi assumida em Glasgow, na Escócia, pelo Vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves, falando a jornalistas nacionais por ocasião da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26). A delegação moçambicana nesta conferência foi chefiada pelo Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, em representação do Chefe do Estado, Filipe Nyusi. Aliás, o próprio Primeiro-Ministro já tinha tinha manifestado posição similar dias antes, na sua interveção oficial no encontro. Segundo Manuel Gonçalves, o País vai defender uma transição energética gradual para evitar um colapso das economias de países emergentes, com efeitos no tecido social, caso, até 2050, se veja na contingência de parar a exploração de recursos naturais, como o carvão e o gás. “Nós precisamos de ser apoiados nesse processo de transição energética, pelo impacto económico que vai representar, caso se determine a eliminação imediata da exploração dos recursos naturais”, defendeu.

Transição Energética

Portugal quer ajudar Moçambique na transição para uso de fontes de energia limpa

Portugal manifestou disponibilidade em ajudar Moçambique na transição para o uso de fontes de energias limpas. O Ministro do Ambiente e da Acção Climática de Portugal anunciou o facto durante uma aula aberta organizada pela Universidade Pedagógica de Maputo. José Pedro Matos Fernandes disse que a ajuda de Portugal estará virada para a definição de critérios na aplicação do fundo verde para a transição energética. Importa recordar que Moçambique já conta com promessas de apoio de vários países. Em Maio deste ano, por exemplo, Gerry Grimstone, Ministro do Investimento no Departamento de Comércio Internacional do Reino Unido, manifestou a disponibilidade do seu país para ajudar Moçambique no desenvolvimento de energias limpas.

Renováveis

ENI quer produzir biocombustíveis em Moçambique

A multinacional italiana anunciou, recentemente, que está a estudar a possibilidade de produzir biocombustíveis com base em plantas para o abastecimento do mercado interno.

A garantia foi dada durante um evento da Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER) sobre o “Papel dos Bancos Nacionais no Financiamento do Sector das Energias Renováveis”, que decorreu em Maputo, em Outubro, em formato virtual. Durante a sessão, foi realçada a importância de garantir um enquadramento regulatório favorável da formação tanto aos bancos como aos beneficiários do crédito e da disponibilização de informação de mercado. O evento contou com presença de um painel formado por um membro da GET.invest Moçambique (programa europeu para mobilização de investimentos para projectos descentralizados de energias renováveis), um membro do Ministério da Indústria e Comércio e Energias de Cabo-Verde e representantes dos diferentes bancos comerciais nacionais para, juntos, debaterem o financiamento a projectos renováveis, as oportunidades e tendências do sector de energia renovável, e também a divulgação de iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas nos países falantes de língua portuguesa.

O cultivo das referidas plantas, segundo a administrador delegado da ENI, Claudio Descalzi, “será feito em terras marginais e não vai pôr em risco a agricultura de subsistência”. “Discutimos diversos projectos de âmbito agrícola, como o cultivo de plantas como ‘Mamona’ (ou vulgo ricino), que podem ser usadas como produção para biocombustíveis”, disse. “Moçambique tem um grande potencial nesse âmbito e este projecto pode trazer benefícios em termos de geração de emprego”, disse o administrador delegado da multinacional italiana. O responsável falava por ocasião do encontro que manteve, recentemente, com o Presidente da República, Filipe Nyusi, acompanhado pelo Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela. Nesse encontro, Descalzi também confirmou o início da exploração do gás natural na unidade flutuante do Coral Sul já no primeiro semestre do próximo ano.

Investimento

Banca nacional manifesta interesse em financiar projectos na área das renováveis