E&M_Edição 21_Dezembro 2019 • Doing business - Como desatar o nó?

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mercado e finanças

De acordo com os projectos aprovados, o investimento global na Bacia do Rovuma irá ultrapassar os 50 mil milhões de dólares

investidores nacionais e internacionais, respeito pelo meio ambiente, natureza e comunidades, desenvolvimento de infra-estruturas, indústrias e actividades terciárias, bem como o estabelecimento de um modelo de desenvolvimento sustentável”, enuncia. Quanto à sua localização, a Cidade vai nascer junto às unidades de liquefacção de gás natural, o motor do desenvolvimento de toda uma região (e de um país) que são parte de um conjunto de mega-investimentos que chegarão, pelo que foi até agora anunciado, e apenas de forma directa, aos 50 mil milhões de dólares. É quanto custa o bilhete que garante entrada no mundo dos grandes produtores de gás mundiais. Já a construção da Cidade, e ainda sem datas definidas, “deverá arrancar antes do início da extracção e liquefacção de gás, em 2025, e ir crescendo gradualmente até 2050”, adiantou Lorenzo Monti. Fábrica já arrancou Se a Cidade do Gás só agora começa a sair do papel, o projecto de construção da Fábrica de Gás Natural Liquefei-

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A fábrica terá capacidade de produzir cerca de 12 milhões de toneladas de gás natural por ano e, segundo o Governo, “o projecto vai disponibilizar cerca de 400 milhões de pés cúbicos de gás natural por dia ao mercado doméstico”

to na península de Afungi já arrancou. A grande fábrica, a ser instalada onshore, pertence à petrolífera norte-americana Anadarko que, vai investir no projecto cerca de 23 mil milhões de dólares. E o plano de desenvolvimento da área 1 da Bacia do Rovuma, aprovado em 2018, e com Decisão Final de Investimento tomada no passado dia 18 de Junho, está em marcha. A fábrica terá capacidade de produzir cerca de 12 milhões de toneladas de gás natural por ano e, segundo o Governo, “o projecto vai disponibilizar cerca de 400 milhões de pés cúbicos de gás natural por dia ao mercado doméstico”. O principal objectivo é, sempre se disse, “alavancar a indústria nacional, o emprego local e as capacidades internas do país”. Claro que esse é outro debate, e veremos, nos próximos anos, o que é que a economia nacional consegue reter de todos estes investimentos. Mas, para já, pelo menos, ganhou-se o direito a sonhar. texto Pedro cativelos fotografia D.r.

www.economiaemercado.co.mz | Dezembro 2019


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