Revista Novas Amizades

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Credibilidade O que leva alguns jornalistas a agirem de forma antiética?

Passado Glorioso Lembranças do tempo em que o “Samará” conseguia atrair público

Edição Nº 1 - ano I 10 de março de 2008

01 2005 02 03 2008

R$ 7,50


Aconteceu

Jornalismo: uma busca por verdades

Novo salário mínimo

É

Expediente

Começou a valer desde o último dia 1º o novo valor do salário mínimo. O Governo Federal editou e publicou, em edição extra do Diário Oficial, a Medida Provisória que reajustou em 9,2% o mínimo. Foram quatro propostas de reajuste, mas acabou prevalecendo a mais alta: R$ 415. Mas o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) afirma, baseado em pesquisas, que o valor do mínimo ainda não é o ideal. Segundo o órgão, o valor que atenderia às necessidades básicas de uma família (um casal e dois filhos) seria R$ 1.924,59. A afirmação é feita com base na Constituição Federal, que define o Capa

salário mínimo como o capaz de atender às necessidades do trabalhador e de sua família, como: moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. No Brasil, são cerca de 45 milhões de trabalhadores que possuem renda atrelada ao mínimo.

Ponto de Vista

Lions Gate Films

muito comum os profissionais e estudantes de Jornalismo falarem sobre ética. E o mais engraçado é que falam com tremenda autoridade. Falam divinamente bem. Encontram palavras magníficas nos mais diversos dicionários para expressar o que pode e o que não pode ser feito nesta profissão. Mas na prática, a razão de existência do Jornalismo se modifica m esquecendo dessa forma, a sua essência. Nesta sua primeira edição, NOVAS AMIZADES comemora sua criação abordando a temática-chave que alimenta o Jornalismo: a busca por verdade. Não me refiro em ir ao encontro de falsetas espalhadas em cada esquina desta nossa sociedade. Apresentamos algo a mais. Buscamos informar a você, leitor, o que encontramos de negativo em uma redação de um meio de comunicação. A equipe da NOVAS AMIZADES não se convenceu que mentiras são contadas nos jornais apenas porque são, na sua maioria, bonitinhas. Longe disso. Na nossa reportagem principal, relacionamos o filme “O preço de uma verdade” com a conduta daqueles jornalistas ricos em criatividade e que utilizam suas imaginações férteis para noticiar um fato irreal. Mas, não apenas a credibilidade jornalística é colocada em questão n e s t e p r i m e i r o e x e m p l a r. Abordamos, também, matérias e notas de cultura esportiva e artística, que, mostram o quão importante é a diversidade de manifestações populares dentro da nossa São Luís. Por fim, devore, consuma e aproveite o conteúdo da NOVAS AMIZADES.

Montagem / Maurício Araya

Carta ao Leitor

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Entrevista: Josimary Lima Lula Pág. 05

Em busca do ensino de qualidade

O preço da credibilidade Fique ligado!

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A Revista Novas Amizades é uma publicação da Gráfica e Editora Novas Amizades // Arte da Capa: Maurício Araya // Tiragem: 100.000 exemplares

Editor-Chefe PAULO JÚNIOR

Repórter JACKSON QUEIROZ

Chefe de Reportagem JOSIMAR MELO

Editor de Fotografia JENIFER RODRIGUES

Repórter de Capa ALICE ALBUQUERQUE

Diagramação e Projeto Gráfico MAURÍCIO ARAYA

02 10 de março de 2008 NOVAS AMIZADES

Diretora de Redação LI-CHANG SHUEN CRISTINA

© 2008 Gráfica e Editora Novas Amizades Todos os direitos reservados


Por ALICE CAROLINE eu nome era Stephen Glass. Um típico Forrest Gump quando o assunto é contar histórias. Queria ser o centro das atenções, mesmo que, para isso, tivesse de construir uma realidade alternativa, marcada por inverdades. É essa a temática abordada pelo filme “O preço de uma verdade”, onde foi retratada a história do jornalista Stephen Glass, repórter da revista “The New Republic”, que baseava-se apenas na sua imaginação para narrar suas matérias. Aos poucos, Glass conseguiu alcançar um patamar desejado por muitos: ser conhecido e respeitado por seu trabalho. No campo jornalístico, quando não se consegue as melhores matérias, o profissional é esquecido. No entanto, a atitude deste jornalista não condiz com sua profissão, pois uma mentira não se torna eterna. Comunicadores com essa índole não existem apenas em filmes de Hollywood. Já houve outros casos de falsários na imprensa, como por exemplo, o jornalista Michael Finkel, que escrevia para a revista “The Times Magazine”. A sua principal farsa foi na matéria sobre um jovem que trabalhou como escravo em Costa do Marfim, onde até a foto que ilustrava sua história era falsa. Quando percebeu que não tinha uma boa história, simplesmente dramatizou. A “CNN” e a revista “Time” também divulgaram matérias que não foram conferidas. Na ocasião, a informação criada estava relacionada ao caso do exército dos Estados Unidos que utilizavam armas químicas para matar americanos desertores na guerra do Vietnã em 1970. Após um mês, divulgaram uma nota desmentindo a reportagem. Outro incidente grave foi do jornalista “Washington Post”, Janet Cooke que inventou um personagem, um garoto de 8 anos viciado em heroína. Cooke ganhou o prêmio Pulitzer, o mais importante do Jornalismo nos Estados Unidos, porém

S

Lions Gate Films

O Preço da Credibilidade

FALSÁRIOS A falta de ética não acontece apenas na ficção

o devolveu após confessar seu erro. Quantos Stephen Glass, Michael Finkel ou Janet Cooke existem pelas redações afora, inventando ou mesmo plagiando notícias já contadas? Tudo facilitado pelo advento da internet, que ajuda, mas, por vezes põe em risco a credibilidade do Jornalismo. Um ciberespaço onde todos têm acesso à rede, no qual toda a mídia trata do mesmo assunto e qualquer um pode torna-se distribuidor de informação. Educação Uma das grandes preocupações da comunidade da imprensa é fazer seus membros seguirem com critério o Código de Ética. No entanto, torna-se difícil colocá-lo em prática no mundo atual, onde qualquer pessoa se sente no direito de escrever e publicar o que achar conveniente. O caso de Glass não foi o primeiro desse tipo na prática jornalística e, certamente, não será o último. Todavia, é perceptível a preocupação dos professores das academias em dar ênfase ao ensino das técnicas e capacitação para análises e reflexões, pois só assim haverá uma educação direcionada que ajudará a melhorar a prática dos novos profissionais. Para o jornalista e professor Adalberto Melo, “é preciso pensar, questionar e começar a refletir o próprio conceito de ética. Nem sempre a informação é aplicada e transformada

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em conhecimento. As universidades poderiam dar contribuições mais significativas se elas trouxessem para as salas de aula, exemplos do dia-a-dia de ações e atitudes tomadas por profissionais de comunicação que implicaram em problemas éticos. Infelizmente, algumas disciplinas de ética nas universidades ainda são direcionadas da forma tradicional, fazendo com que os alunos apenas decorem o código a ser seguido de determinada habilitação ou estudando apenas o marco teórico no que diz respeito à ética e esquecendo o mais importante: a aplicabilidade do efeito do comportamento do jornalista, do radialista no cotidiano das pessoas entendendo o caráter e o compromisso social ligado a essas profissões”. Comportamento A imprensa deve manter uma postura ética e lembrando sempre da luta que conseguiu vencer para destruir os vários percalços da censura. A ética não deve ser esquecida nas páginas dos impressos periódicos, na rádio, na TV, nem no mais moderno meio de comunicação, como a web. Jornalismo de qualidade é feito de apuração dos fatos e não de informações supostamente imaginadas. Nesta profissão, não há uma verdade única. Contudo, a procura pela verdade deve ser mantida como um ideal. Para a administradora em Gestão de Negócios, Luzia Almeida “acredito em apenas 98% nas informações repassadas pelos jornais”. E complementa: “analiso bastante antes de tirar uma conclusão, pois sei que muitos veículos divulgam boatos”. Ações como a retratada em “O preço de uma verdade” devem ser evitadas e combatidas sempre. A verdade e a responsabilidade devem ser as principais virtudes de um jornalista. Sabe-se que é necessário o uso de facetas nesta profissão, porém não devem ser ultrapassados os limites da ética profissional.

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Ponto de Vista Ética

A verdade de E o Oscar vai para... uma mentira Por PAULO JÚNIOR Editor-Chefe

JOSIMAR MELO Chefe de Reportagem

Em tempos de falsas verdades, histórias fictícias e credibilidade desconfiada, o Jornalismo precisa reconstruir-se nas suas bases mais sólidas a partir de princípios que regem a real significação do termo ÉTICA. O jornalista como mediador social entre a notícia e o público, deve ter cuidado de como os acontecimentos serão transmitidos e mostrados ao seu leitor, telespectador, ouvinte ou, até mesmo, ao internauta. Este comunicador, segundo Teorias do Jornalismo, também é um construtor de uma determinada realidade. Nosso dever profissional para com a sociedade, para com a moral e por que não, também com Deus, é transmitir a veracidade das informações. É o compromisso com a ética. É o caminho que se deve seguir para reconstruir esta credibilidade e fidelização do público para com o Jornalismo. Reconstruir o Jornalismo a partir da ética. Mas juntar a teoria ética à prática jornalística não é, e nunca será, uma tarefa fácil. O comunicador sofre influências pessoais, econômicas e, por que não, políticas no seu dia-a-dia. Isto cria uma série de implicações e conseqüências nesta figura humana geradora de opinião. Observamos o caso do jornalista Jason Blair do “The New York Times”, que fora demitido por inventar várias notícias. Sofrer pressões como imediatismo da matéria a ser publicada. A coação de editores para que seu trabalho jornalístico seja de qualidade. A necessidade de se manter no topo nos meios de comunicação mais conceituados do mercado. A briga de egos. Todos esses são motivos que levam um profissional a inventar, caluniar e divulgar mentiras. Antes de entrar na discussão sobre a responsabilidade social do jornalista,

Imagine o que seria de um jornalista se nada, eu disse absolutamente nada, acontecesse na sociedade? Certamente, ele teria que usar sua criatividade para, desculpe a redundância, criar notícias. Mas, felizmente, vivemos em mundo mutável. Em um ambiente pulsante. O dia de hoje não é idêntico ao de ontem e nunca será igual ao de amanhã. Mas, por que diabos, certos jornalistas ainda insistem em escrever matérias imaginárias? E o pior: como escrevem bem. Tão bem que acreditamos, cegamente, por algum tempo. Estes escritores ainda não aprenderam que o lugar de contar uma ficção qualquer não é na imprensa. Talvez, se estes homens e mulheres que se intitulam “jornalistas”, adentrassem na esfera dos grandes roteiristas de Hollywood, eles conseguissem ser venerados pela sociedade. Sinceramente, estes contadores de histórias mereciam ser aplaudidos na noite do Oscar. E vou além: mereciam TODAS as estatuetas da Academia, pelos gênios incompreendidos que são. Apenas mereciam. Porém, vale lembrar, que não estamos falando de mega-produções hollywodianas, e sim, de Jornalismo. Não defendo a tese de que

devemos atentar para a responsabilidade ética e moral que permeia esta profissão. Pois, é com o seguimento da ética, que o Jornalismo se defende dos maus “profissionais”. O chamado “quarto poder” está centrado nas mãos de diferentes grupos, que têm por único e exclusivo intuito obter lucro, não se importando com o caráter sensacionalista de suas matérias. Isso acontece porque a notícia pode até ser sensacional, mas o Jornalismo, como divulgador e construtor do real não se deve abster da CONSCIENTIZAÇÃO sobre a

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Jornalismo se resume a leads vagos: quês, quandos, porquês, e outras besteiras já condicionadas. No entanto, isso não quer dizer, que a função do jornalista mudou. Ela continua a mesma: informar. Mas informar com qualidade. Com seriedade. Com responsabilidade. O jornalista não pode esquecer que ele tem poder na ponta de seu lápis, na sua voz e na sua imagem. Não é preciso inventar ou plagiar uma notícia para ser O JORNALISTA. Se o papel do jornalista é noticiar um acontecimento o mais próximo possível da realidade, não entendo o que leva alguns profissionais a romperem com a maldita ética. A abandonarem seus lindos discursos de faculdade. Não entendo o motivo que os leva a venderem sua alma por um irrisório status de mediocridade. Não é assim que se faz Jornalismo. Não é assim. Desta maneira, para que sejamos jornalistas de sucesso, devemos ignorar decisões que irão atrapalhar nossas noites sono. Temos que buscar a tal da verdade presente nos manuais de redação. É preciso dar sangue por cada informação. É isso que a maldita ética prega. Se seguirmos essa ética, com absoluta certeza, nós estaremos no palco do Teatro Kodak de Hollywood para receber o nosso prêmio: o “OSCAR DE MELHOR JORNALISTA”. Pense nisso!!!

ética nos meios de comunicação de massa (MCM). Com o advento da internet, as produções e inovações tecnológicas tornam qualquer internauta em um possível e atuante divulgador de notícias e opiniões. E, muitas das vezes, sem critérios e observações sobre as diversas visões de uma mesma história. Então, para RECONQUISTAR essa tal credibilidade, confiança e apego popular pelo Jornalismo, nós, atuais e futuros jornalistas, devemos aproveitar e usar a ética como defesa contra o sensacionalismo e a ficção dentro do campo jornalístico.


“É bonito falar a verdade” O Por JOSIMAR MELO

que acontece na cabeça de um jornalista que, como no filme “O preço de uma verdade” (“Shattered Glass”, EUA, 2003), toma este tipo de atitude? Para responder a essa e a outras questões, procuramos a pedagoga e especialista em Psicologia Social, Josimary Lima Lula.

Novas Amizades: Baseado no filme “O preço de uma verdade”, qual a opinião da psicologia a respeito deste caso? Josimary: Para iniciarmos esta conversa é necessário saber que o contato social nos castra e imprime valores sobre os quais raramente o homem faz reflexões a fim de descobrir se seriam naturais ou não. NA: Mentir para se manter no emprego é caso de estudo? Josimary: E no caso deste jovem jornalista não seria diferente. Observe a educação das crianças, o s

pais muitas vezes fazem equívocos no valor da verdade, pois existe o ensinamento pelo lado negativo, tais como: mentir é feio. Os pais ou responsáveis antes de valorizarem a verdade eles condenam a mentira, sendo a frase “mentir é feio” uma das primeiras coisas que a criança ouve. Quando poderia falar de uma outra maneira tal como:“é bonito falar a verdade”. Assim a criança poderia organizar no seu mundo mental de uma forma mais coerente o valor da verdade. NA: Contar mentiras, inventar respostas para conseguir seus objetivos, torna um vicio se não tratado? Josimary: A questão da verdade na prática laboral vai perpassar pela f o r m a ç ã o d a personalidade que segundo o Behaviorismo Radical consiste no r e p e r t ó r i o comportamental de casa u m e e s t e é multideterminado, isto é , l e v a e m consideração a filogênese, a ontogênese e a cultura, observando que estes três fatores se combinam e interagem durante toda a vida formando o que se chama de personalidade. Vejamos, ao nascer possuíamos comportamentos inatos, porém desde o inicio das contingências começam a

influenciar a probabilidade futura dos nossos comportamentos. Logo, falar sobre personalidade significa apontar uma tendência a se comportar de uma dada maneira em função de uma história passada de reforços, que é individual.

NA: O jornalista Glass cometia estes atos, mas em nenhum momento ele não se mostrava arrependido, por que uma pessoa instruída não tinha consciência dos seus atos? Josimary: No caso do jornalista ele inventava matérias e essa invenções eram reforçadas, ou seja, ele recebia elogios do chefe, isso lhe rendia benefícios e até mesmo o sua continuidade na empresa. Desta feita, o comportamento de criar estórias era reforçado. Sendo assim, existia um conjunto de comportamentos que ocorrem de forma consistente em muitas situações. E estes padrões de comportamento são resultantes de um ambiente com contingências consistentes ao longo do tempo. NA: Ele mentia e se beneficiava de suas ficções, mentir para conseguir seus atingir objetivos e se valorizar no mercado já é um problema cultural? Josimary : A cultura valoriza e promove padrões rígidos de comportamentos porque é útil para predizer como vão se comportar e facilita a manutenção do funcionamento da sociedade. Contudo, há pessoas que adquirem padrões que não são adequados do ponto de vista da cultura e que, por isso, podem ser considerados como portadoras de um transtorno de personalidade.

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Geral

Lembranças de um passado glorioso Por JACKSON QUEIROZ is os fatos: tarde chuvosa de domingo; clássico “Samará” no estádio Nhozinho Santos válido pela Taça Cidade de São Luís; futebol de baixa qualidade técnica competindo com o futebol da televisão, que, normalmente, apresenta um nível mais elevado. Mas isso não é tudo. É preciso acrescentar a esta concorrência, as riquezas de detalhes e de informações televisivas, além da comodidade da residência do torcedor. Todos esses motivos têm sua parcela de responsabilidade para o declínio do futebol maranhense. Futebol este, que já revelou Canhoteiro, que, para muitos, foi tão craque quanto Garrincha. Mas esse tempo clássico desta paixão cultural vai ficando, a cada dia, nas lembranças dos antigos torcedores. Eis a realidade. Apenas 1.507 torcedores compareceram para “prestigiar” o jogo entre Sampaio e Maranhão. A situação

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QUASE VAZIO Clássico entre Sampaio e MAC atrai poucos torcedores

é calamitosa. Por que tão pouco? A paixão pelo esporte não pode ter se perdido tão facilmente. Para Luís Gonzaga Soares Silva, exjogador profissional que jogou entre 1979 e 1985 em clubes como Expressinho e Maranhão Atlético Clube (MAC), “os jogos do meio de semana, sem ser os clássicos, colocavam cerca de 5 mil torcedores. Já os clássicos, independentemente da

sua importância, o dobro”. As discussões fogem das fronteiras dos botequins e chegam a pautar os veículos de comunicação local. Mas o que não é questionado são os pontos cruciais que devem ser considerados para uma tentativa de mudança do cenário atual. Observa-se, então, alguns aspectos para reflexão: a falta de investimento para o surgimento de novos craques e valorização do atleta, o assédio dos abutres mercenários do futebol, a ausência do profissionalismo dos dirigentes que utilizam o futebol para ascensão pessoal. Essas razões vêm contribuindo, consideravelmente, para aumentar o amadorismo do esporte. Entretanto, a “virada desse jogo” só pode acontecer por intermédio daqueles que cobram mudanças: torcedores e imprensa. Para aí sim, presenciamos estádios cheios, assim como nos tempos áureos do futebol maranhense.

Em busca do ensino de qualidade Por JENIFER RODRIGUES om o propósito de contribuir para a formação dos profissionais da educação, a “Futuro Congressos e Eventos” promoverá entre os dias 22 e 24 de maio, no Estado do Maranhão, o “4º Congresso Internacional sobre Formação de Professores” e o “1º Congresso sobre Ensino Público no Brasil”. Os temas principais que serão abordados foram desenvolvidos, perfeitamente, para a atual situação brasileira no campo educacional, onde o ensino público e a qualidade contínua dos profissionais são de péssima qualidade. Além do mais, o governo não enxerga que uma educação falha trará efeitos negativos, que serão diagnosticados na política, na economia e na sociedade do país. O congresso contará com a presença de palestrantes renomados de vários

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estados brasileiros, como, por exemplo: Hamilton Weneck (RJ), Pedro Demo (DF), Sandra Bozza (PR) e Celso Antunes (SP) que discutirão os seguintes temas que façam os participantes refletirem e chegarem à um denominador comum para que a educação brasileira se fortaleça a cada dia. “Se você finge que ensina. Eu finjo que aprendo”, “Os desafios da construção de um sistema nacional articulado de educação”, “Alfabetização: distúrbios de aprendizagem ou equívocos no processo de ensino?”, “Quanto vale um professor?”, são alguns dos assuntos de destaque deste congresso, que contará com a participação, de trinta e dois palestrantes. No último dia do encontro, haverá a palestra sobre a “Formação dos professores e a qualidade de ensino”,

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com o palestrante português Antonio Nóvoa, Doutor em Educação e catedrático da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa. Os interessados em participar do seminário podem se inscrever até o dia 14 de maio pelo site w w w. f u t u r o e v e n t o s . c o m . b r. A organização do congresso disponibiliza aos congressistas de outras localidades, um hotel oficial (Mercure Apartaments São Luís Mont Blanc), que oferece aos participantes descontos no valor da hospedagem. É importante informar que o credenciamento acontece somente no dia 22 de maio, das 7h30 às 8h30, no local do congresso e os certificados de participação serão expedidos aos participantes que possuírem assiduidade de 75%, disponibilizando uma carga horária de 40 horas/aula.


F ique Ligado!

Sétima Sétima Arte Arte

Confira a seleção de filmes que a Revista Novas Amizades fez para você. Aqui estão algumas das melhores obras da sétima arte que tratam sobre a Ética no Jornalismo.

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O Quarto Poder

Todos os Homens do Presidente

Nos Bastidores da Notícia

Com direção de James L. Brooks (o mesmo de “Melhor É Impossível”), “Nos Bastidores da Notícia” (Broadcast News, EUA, 1987) mostra o dilema da produtora Jane Craig (Holly Hunter), que é obrigada a trabalhar com um âncora de TV que representa o que mais lhe causava aversão: ele era bonito e ótimo apresentador, mas não entendia as notícias que lia. São 132 minutos de pura diversão nessa comédia romântica. O filme já recebeu 7 indicações ao Oscar, 5 indicações ao Globo de Ouro e ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim.

Este drama, dirigido por Alan J. Pakula reconstitui, em 138 minuts, a história real dos dois jornalistas do Washington Post, Carl Bernstein e Bob Woodward, que investigaram a invasão da sede do Partido Democrático durante a campanha presidencial nos Estados Unidos em 1972, escândalo chamado de “Watergate”. A matéria dos dois jovens jornalistas resultou na renúncia do presidente Richard Nixon. “Todos os Homens do Presidente” (“All the President's Men”, EUA, 1976) já ganhou 4 Oscars e recebeu 4 indicações ao Globo de Ouro.

“O Quarto Poder” (“Mad City”, EUA, 1997) mostra o drama do jornalista Max Brackett (Dustin Hoffman), quando está em um museu e um exfuncionário, Sam Baily (John Travolta), ameaça a diretora do local com uma arma, querendo seu emprego de volta. O jornalista então começa a aproveitar a situação para obter uma cobertura exclusiva, na TV, do fato. Com direção de Costa-Gravas, são 114 minutos de reflexão sobre o papel da Imprensa na cobertura dos fatos. O filme foi sucesso nas bilheterias norteamericanas, chegando a faturar cerca de US$ 11 milhões.

Agenda

Na Galeria Maggiorasca, está em cartaz a exposição “Harmonia das Cores”, do pintor e professor do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, Andrea Maio. Serão 14 obras dele e de mais sete artistas, entre telas em acrílico, cerâmicas e desenhos em papel. O tema principal das obras é a riqueza de cores nas paisagens maranhenses. A exposição fica aberta até o próximo dia 1º de abril, na Avenida Litorânea, 11, diariamente das 16h00 às 23h00.

Natureza

Dimensões Femininas

Vai se apresentar, nos próximos dias 14, 15 e 16 de março, pela primeira vez em São Luís, o Circo Nacional da China. O circo, um dos mais premiados do mundo, vai apresentar o espetáculo “Natureza”, que surpreende o público com belas coreografias. Os ingressos já estão à disponíveis na Central de Eventos, no Jaracaty Shopping, e variam de R$ 30,00 a R$ 120,00. As apresentações serão no Ginásio Georgeana Pflueger (Castelinho - Vila Palmeira).

Fica aberta até o próximo dia 20 de março, no Palacete Gentil Braga, centro da capital, a exposição “Dimensões Femininas e Ótica 3D”, do artista plástico Dalton Costa. As obras utilizam a técnica de luz e sombra, que dão profundidade às imagens, e revelam um olhar sobre a mulher brasileira. O espaço fica aberto para visitação das 8h às 12h e das 14h às 20h, de segunda a sextafeira. O Palacete Gentil Braga fica na rua Grande, Nº 782.

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Edson Taciano

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Harmonia das Cores

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