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Quadro 5: Cadeia produtiva da música
Fonte: Prestes Filho (2005)
Para Jambeiro (1975, p.45), a análise dos processos produtivos musicais pode ser compreendida a partir das fases ―artística, técnica, industrial e comercial‖. Questões estruturais e suas divergências à parte, posto que a cada momento observam-se reconfigurações e ajustes em tal cadeia, reorganizando, também, à reestruturação das relações de poder em que se consolidam novas práticas e costumes de consumo musical fomentadas
por setores
industriais interessados na música como
elemento
potencializador de consumo na contemporaneidade. Para De Marchi (2006, p. 173), o acesso aos conteúdos musicais como ―um mecanismo central de ativação do processo de consumo tecnológico‖, onde a constante oferta de acesso a músicas, jogos, vídeos, e outras modalidades de conteúdo musical e entretenimento, permitem a contínua atualização e oferta de telefones celulares, carros, computadores, portais de acesso eletrônico, assim como a participação em plataformas sociais online de música e audiovisual. Por outro lado, a partir das novas tecnologias e novas indústrias, a reestruturação da cadeia produtiva da música também registra o aumento considerável de selos fonográficos independentes63, respaldados diretamente em processos de flexibilização das maiores gravadoras. (De Marchi, 2005b), significando ampliação da produção
63
Gravadoras de menor porte.