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Sérgio Frug 11 e

Imagem: fragmento de ‘O beijo de Judas’ Caravaggio Galeria Nacional da Irlanda - Dublin vamente o masculino e o feminino. Como na união das partes do cachimbo sagrado dos nativos de pele vermelha, cuja fumaça conduz as preces para o céu e não se espalha apenas pela terra como a fumaça da oferenda de Caim, atingido que foi, também e muito fortemente, pela questão do pecado original. Ainda que cometamos os mais diversos erros e sempre os cometeremos, podemos nos olhar olho no olho e unir as nossas almas com as almas dos nossos companheiros. A verdade se manifesta olho no olho, mas sem a verdade, enquanto houver um engodo (de que eram mestres os irmãos Rebeca e Labão, vítimas também de tudo isso), não poderemos dizer que haverá um caminho seguro na face do nosso querido e belíssimo planeta.

Como dizer que trabalhamos pelo bem da Humanidade, como clamar contra aqueles que ferem os códigos éticos, enquanto não pudermos olhar simplesmente nos olhos das pessoas amadas, exatamente das pessoas que o destino oferece ao nosso convívio? Penso que Jesus e Judas souberam olhar-se nos olhos e abrir o espaço um para o outro para que cumprissem a sua missão. Sabia Jesus que sem a traição seu propósito não seria cumprido e por seu lado Judas se oferece para fazer o papel sujo com humildade e submissão. Sub-missão à Grande Missão Cósmica de que eram incumbidos esses dois seres de espírito altamente elevado. Livre pensar é só pensar, como dizia mestre Millôr, portanto que ninguém se sinta ofendido. Apenas manifesto as minhas visões e pergunto por que não? Por que não retomar as histórias sagradas com a possibilidade de uma nova compreensão e um novo encaminhamento sempre em favor da grandeza da Humanidade?

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Meditação e desempenho de memória: o que dizem as pesquisas?

Thais Bento Lima gerontóloga e colunista do SUPERA Ginástica para o Cérebro

Embora o ato de meditar remeta à religiosidade oriental – como o budismo e hinduísmo - essa prática milenar tem sido tema de vários estudos científicos nos últimos anos. Isto porque foi encontrada associação na literatura entre meditação e melhorias em diferentes aspectos neurocognitivos que dizem respeito à nossa saúde mental e qualidade de vida, especialmente quando a técnica empregada é a mindfulness (atenção ou consciência plena). Tal técnica foi inserida no contexto acadêmico em meados da década de 1970 nos Estados Unidos pelo Dr. Jon Kabat-Zim, atualmente professor emérito da Escola de Medicina da Universidade de Massachusetts, conhecido internacionalmente por seu trabalho como cientista, escritor e professor de meditação empenhado em trazer a atenção plena ou mindfulness para a corrente principal da medicina e da sociedade. Trata-se de uma técnica que se utiliza de um processo pelo qual aperfeiçoamos nossa atenção e percepção do momento presente, refinando-as e conduzindo-as para um maior uso prático em nossas vidas. Um procedimento que pode nos ajudar a perceber que o caminho a que chamamos de nossa vida tem direção; que ele está sempre se desdobrando, a cada momento; e o que acontece agora, neste instante, influencia o que acontecerá a seguir. Além disso, trata-se de uma intervenção não farmacológica acessível e de fácil aprendizagem. Muitos dos adeptos da meditação fazem uso desta abordagem no contexto de terapias complementares ao tratamento de doenças crônicas ou de dependência química. Há, também, os que a utilizam simplesmente como uma estratégia de promoção de saúde, dada a sua influência em aspectos cognitivos - como a atenção - e redução do estresse, ao passo que outros objetivam uma melhor performance em práticas esportivas. Mas, ainda no âmbito cognitivo, será que a meditação pode trazer mudanças relevantes para a memória? Em um estudo longitudinal controlado realizado por Hölzel e

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