
17 minute read
Trajetórias que marcaram o tempo
Ten Brig Ar R1 Sérgio Pedro BAMBINI
São cinquenta anos de amor e muito respeito à Base Aérea de Santa Maria, Sentinela Alada dos Pampas. No dia 27 de maio de 1965, tripulando o RT-11 1365, do 1°/10° GAv, onde servia, na Base Aérea de São Paulo, em Cumbica, pousei, pela primeira vez, em Santa Maria, onde cumprimos a missão de fotografia aérea para elaborar um “ mosaico não controlado”, da área onde deveria ser instalada a futura Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Fomos recebidos pelo Comandante do Destacamento, Cap Av Cléo Medeiros, um de nossos queridos “Asa Branca” . No dia 30 de junho, do mesmo ano, novamente, cheguei a Santa Maria com a missão de entregar, pessoalmente, nas mãos do Dr. Mariano da Rocha, o mosaico que serviria para todos os estudos e levantamentos de infraestrutura da futura Universidade. Com o apoio do Cap Medeiros, fizemos a entrega do produto da Seção Foto do Esquadrão Poker, ao Dr. Mariano da Rocha, primeiro Reitor da UFSM e responsável por sua viabilização. Em 1971, como Capitão, servia no Centro de Formação de Pilotos Militares e fui escalado para aplicar as provas do Concurso de Admissão ao CFPM, no Comando da Quinta Zona Aérea em Canoas. No prédio do Comando, nos primeiros dias do janeiro desse ano, encontrei o, então, Ten Cel Av Cherubim Rosa Filho, que me reconheceu, como seu estagiário em 1964, e contou-me da missão que recebera do Ministro Márcio de Souza e Mello, de instalar, em Santa Maria, uma Base Aérea. Lembrou-se de eu ser gaúcho e convidou-me para fazer parte da equipe que cumpriria essa missão. Aceitei imediatamente e agradeci a confiança, lembrando que deixaria minha família em Espumoso enquanto não fossem construídos os próprios nacionais em Santa Maria. Assim, no dia 15 de março de 1971, o boletim da DIRAP publicou minha transferência do CFPM, para o Núcleo de Base Aérea de Santa Maria, ficando adido ao Comando da Quinta Zona Aérea. Minha família, e eu, ficamos muito felizes e comemoramos a transferência, que, infelizmente, foi tornada “sem efeito”, por necessidade do serviço, no dia 5 de abril. Em 1975, no posto de Major, eu era o Comandante do Corpo de Alunos da Escola de Oficiais Especialistas e de Infantaria de Guarda (EOEIG), em Curitiba, quando, em consequência de convite recebido do Comandante do Quinto Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque – 5º EMRA e a concordância do Comandante da EOEIG, fui transferido para essa Unidade Aérea no dia 24 de janeiro desse ano. Permaneci no 5º EMRA por cinco anos, sendo os três primeiros como Oficial de Operações e, os seguintes, como Comandante. Foi um período de intensa atividade e aprendizado. No início do ano de 1983, novamente, já no posto de Tenente Coronel, cheguei a Santa Maria para ser o Comandante do Grupo de Serviços de Base (GSB), sob o Comando do Cel Av Luiz Carlos Palma Lampert. Permaneci na BASM até o início de 1985, quando fui transferido para a Escola de Comando e Estado-Maior
Advertisement
da Aeronáutica (ECEMAR) para exercer a função de Instrutor. Era o Chefe dos Cursos de Estado-Maior e Superior de Comando (CEM/CSC), quando, no dia da apresentação do COMGAR, antes de fazer a apresentação do Comandante, Ten Brig Rosa Filho, ao ajudá-lo colocar o microfone de lapela, ele falou, baixinho, para mim - “Galo Velho, não fale nada para ninguém, mas eu estou lhe indicando para o Comando da Base Aérea de Santa Maria” . O microfone estava ligado e a mensagem, ainda fora de época, foi ouvida, alto e claro, por todo o auditório. Fui tomado de intensa vibração e profunda surpresa, especialmente, pelo fato de ainda não ter sido promovido a Coronel. À época, os Comandos de Bases Aéreas eram exercidos por Coronéis antigos, muitos sendo julgados, para promoção a Brigadeiro, ainda no Comando. A Portaria nº 1025/GM1, de 4 de novembro de 1986, publicou minha designação para o cargo de Comandante da BASM. Viajei de carro do Rio para Santa Maria, com uma parada em Espumoso, minha cidade e de minha esposa. Quase chegando em Santa Maria, descendo a serra, passando pelo belo viaduto, em curva, sobre a Garganta do Diabo, muito emocionado, tive a incrível sensação de estar voltando para casa após um fim de semana em Espumoso, embora estivesse fora há dois anos. Assumi o Comando da BASM no dia 23 de janeiro de 1987. Um dia inesquecível! Ainda em janeiro, apresentei a todo o efetivo, minha Diretriz de Comando, que, creio, foi a primeira feita por um Comandante de Base Aérea. Um mês depois, conhecendo a realidade da OM, elaborei e apresentei o Plano Estratégico em complementação à Diretriz de Comando. Foi um período especial, intenso, com as atividades do dia a dia de uma Base Aérea sede de quatro Unidades Operacionais, subordinadas, operacionalmente, a Comandos diversos. Operações SULEX II e III, exercícios frequentes de prontidão, marchas a pé, de oito, doze, e dezesseis quilômetros, tudo permeando a rotina normal da Organização. É importante registrar as dificuldades administrativas geradas por uma inflação mensal, média, superior a 80% e, ainda, as frequentes reuniões, com todo o efetivo para, além dos assuntos de rotina, comentar sobre o andamento dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte. Convidado para assumir a Chefia da Assessoria Logística do Gabinete do Ministro (GM-4), tive que deixar o Comando antes de completar os tradicionais dois anos. Dessa forma, no dia 4 de novembro de 1988, por Portaria Ministerial, fui dispensado de exercer o cargo de Comandante da Base Aérea de Santa Maria. No dia 30 de novembro, entreguei o Comando ao Cel Av Humberto de Souza Ferro e, no mesmo dia, viajei para Brasília para apresentação no GABAER no dia seguinte. Gozei exatas 18 horas de trânsito. O convívio, meu e de minha família, com a sociedade e comunidade santamariense foi extraordinário, desde minha chegada em 1975 até minha saída definitiva. Foram nove anos intercalados, mas intensos. Cito algumas coisas, que seguem presentes em minha vida e fazem parte da história da família. Minha terceira filha, Cristiane, nasceu no HGuSM, trazida à luz pelo então Cap Med EB Phebus. Frequentei o Clube de Bolão “Apanha... Mas Vai!”, vinculado ao Clube Caixeral, durante todo o período em que permaneci em Santa Maria, permitindo-me uma grande aproximação com a comunidade. Minhas três filhas, no devido tempo, prestaram vestibular, frequentaram e se formaram na UFSM, no Campus onde no longínquo 1965, como Segundo Tenente, pilotei a aeronave que fez o recobrimento aerofotográfico da área do, hoje, Campus da UFSM, organização parceira e amiga da BASM. Nutro profundo agradecimento ao nosso bom Pai, por terme permitido viver essa maravilhosa experiência de vida.

Brig Med CARLA LYRIO Martins
Agradeço ao comandante da ALA 4, Cel Av Aly Cesar Charone, ao comandante da BASM, Cel Av Wilson Paulo Corrêa Marques, ao comandante do Esquadrão Poker, TC Av Agnaldo dos Santos e à médica do Esquadrão Poker, Cap Med Thaís Costa Carreira, pelo honroso convite para participar deste momento histórico, quando a Base Aérea de Santa Maria completa 50 anos de existência! Dividir um pouco da minha experiência e trajetória, proporciona uma nostalgia e um sentimento ímpar, um misto de alegria e de orgulho. Observar claramente a evolução ao longo do tempo e o aprimoramento operacional da Organização Militar na qual iniciei minha vida profissional, há exatos 31 anos, legitima a carreira que escolhi e que trilhei com entusiasmo e com dedicação. Recordo, como se fosse hoje, do impacto que senti quando avistei a Base de cima, no voo de chegada: achei excepcional, vibrei. Esse entusiasmo me acompanha, é meu, e os valores, sólidos e positivos que encontrei na vida da caserna, balizam meus sentimentos e minhas ações. As dúvidas, a vida tratou de dirimir. Agora, como Subdiretora da Saúde Operacional, ao me apresentar e ao declarar aberto o Curso de Médicos de Esquadrão (CMESQ) 2021, recebi a apresentação dos oficiais alunos e conheci a Cap Thaís, médica do 1°/10° GAv. Contextualizei. A Ten Carla, aquela que consta no livro histórico do Esquadrão Poker, sou eu... que muitos dos companheiros que ganhei, trago até hoje na minha vida. Afirmei, com ênfase, que, como médica, ter integrado um Esquadrão Aéreo, me trouxe uma percepção e um conhecimento do que significa a Força Aérea Brasileira, que são o diferencial para o Sistema de Saúde da Aeronáutica. Fui a primeira mulher aeronavegante com função a bordo do nosso país! Tal fato ocorreu em Santa Maria da Boca do Monte, na aeronave Xavante, em 29 de abril de 1991, quando participei de uma missão operacional de reconhecimento foto e visual de objetivos, com direito a batismo com Banda de Música e carro do Corpo de Bombeiros, como reza o protocolo. Inesquecível. Parabenizo todo o efetivo que aí serviu, pois os resultados do empenho de cada uma dessas pessoas se traduz no que, atualmente, a Base representa. Um símbolo de operacionalidade. Excelente! Parabéns!


Ten Cel Int RITA de Cássia Prochnow

Por ocasião do quinquagésimo aniversário da Base Aérea de Santa Maria, Sentinela Alada do Pampa, orgulho-me de compartilhar, por quinze anos, da história desta Organização Militar de excelência. Como Oficial Intendente, recordo-me com carinho da trajetória perseguida desde o concurso prestado em Santa Maria até a chegada, em 2006, na Base Aérea de Santa Maria, onde tive a grata oportunidade de progredir na carreira, além de estar próxima da família, oriunda de Cachoeira do Sul. Em 2010, pude acompanhar meu pai, em seus últimos momentos de vida, pela proximidade de cerca de cem quilômetros de Santa Maria. Corroborando com as palavras do então Ministro da Aeronáutica Délio Jardim de Mattos, em comemoração ao Dia da Intendência, que “ a nossa luta não conhece tréguas, porque o vosso tempo de fazer é sempre e antes: prevendo o imprevisto e suprindo o necessário ”, entendo que as atividades de administração dão suporte imprescindível à área operacional em diversas tarefas de cunho financeiro e administrativo, como pagamento de pessoal, alimentação, hotelaria, administração orçamentária e financeira, contabilidade, controle de estoques, aquisições e contratações públicas. Ao completar 50 anos, e por ser uma atividade tão antiga quanto a nossa Base Aérea, tive a satisfação de progredir juntamente com a Sentinela Alada do Pampa ao longo desses anos de convívio, acompanhando a evolução da Força Aérea Brasileira. Na Seção de Material de Intendência da BASM, acompanhei a migração de estoques do SISALMOX para o SILOMS. Um grande avanço para a FAB, com a instituição de um sistema online, gerencial, em substituição ao controle então local. Presenciei também grandes transformações nos sistemas de pessoal e de pagamentos, com a criação do SIGPES, FEP, Portal do Militar, Boletim 2.0, MOPAG. A integração entre esses diversos módulos representa, para mim, exemplo da constante busca pela excelência administrativa na FAB. Após exercer os cargos de Chefia, nas Seções de Finanças, Registro, PRVF, Licitações, e Comando do Esquadrão de Intendência, ausentei-me para realizar o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, em 2015, e retornei para assumir a Prefeitura de Aeronáutica de Santa Maria. Em 2018, fui designada Agente de Controle Interno do então GAP-SM, prosseguindo no mesmo cargo com a reativação da BASM, por ocasião do aprimoramento da reestruturação da FAB, quando pude gerenciar a consolidação do processo digital, voltado às licitações, contratos e aquisições pelo SILOMS. Juntamente com o efetivo do GAP-SM, tivemos a satisfação de receber o Prêmio de Excelência em gestão da SEFA, no ano de 2020, fruto do abnegado comprometimento de todos os integrantes do Grupamento de Apoio.
Assim, após exercer praticamente todas as funções clássicas de Intendência, nesta destacada Organização Militar, o trajeto de Segundo Tenente a Tenente Coronel aproxima-se de seu final, em 2022, com a designação para o Curso de Comando e Estado-Maior no Rio de Janeiro. Por tudo, agradeço aos Comandantes e a todos que trabalharam comigo a oportunidade de aprimorar-me durante esses anos. Desejo muito sucesso às próximas gerações, que tenham fé na missão e mantenham esse espírito ímpar que bem caracteriza os militares da Base Aérea de Santa Maria, fruto do sentimento de pertencimento e da inabalável vontade de “prever para prover” o apoio a todas as Unidades Aéreas e de Aeronáutica da Guarnição de Santa Maria.
SO SEM R1 Gilmar Germano LANGE
O meu primeiro contato com a Aeronáutica foi quando militares estiveram em minha escola fazendo um convite para conhecer o dia a dia de um militar durante a EXPOAER. Nesse dia, então, fui sorteado para um voo panorâmico pela cidade de Santa Maria abordo da aeronave C-47.
O voo foi realizado durante a EXPOAER e me lembro que, ao embarcar no voo, a curiosidade tomou conta de mim. Lembrome de ter feito muitas perguntas aos militares durante aquele voo. Uma delas foi de como poderia ingressar na aeronáutica. Fui orientado que o requisito básico era continuar estudando e terminar o colégio, para então poder me alistar quando completasse os 18 anos. Esse tão esperado dia chegou, eram poucas vagas disponíveis, mas não desisti. A persistência e a vontade de ingressar foram ultrapassando obstáculos e, finalmente, fui efetivado como soldado, em janeiro de 1976 na BASM. Começava ali a minha carreira de militar! Ao término do recrutamento, fui designado ao quinto EMRA, na seção de equipamentos de voo. Logo me destaquei e fui um dos primeiros colocados da turma sendo promovido como soldado de primeira classe. Participei em muitos momentos importantes da implantação da nossa querida BASM. Primeiramente, com a inspeção dos T-6 do Paraguai, a chegada do Xavante, a vinda do 1°/10° GAV para Santa Maria, a criação do 3°/10° GAV e do antigo ESM. Ainda tenho na memória o dia em que foi atingida a meta de 100% da disponibilidade e o voo de todas as aeronaves disponíveis. Almejando crescer na carreira fui incentivado pelos colegas militares a fazer concursos na área. Foi então que cursei a Escola de Especialista da Aeronáutica (EEAR) em 1980. Formei em 1981 e fui deslocado para a FAYS. Em 1985 retornei à BASM sendo designado para o 1°/10° GAV, onde a parte operacional necessitava de manutenção, adaptação e criação para não parar no tempo e estar sempre em constante evolução. O efetivo da BASM aumentava e a necessidade de ter um momento de lazer e confraternização dos militares e seus dependentes ficava mais latente. Com isso criaram-se os “cassinos da Aeronáutica” . Fiz parte de grandes obras de infraestrutura desses locais, sempre proativo e buscando a coletividade. Lembrome da construção do ginásio no antigo CASUSA, construído para a realização de jogos de futebol, na época com difícil acesso e com pouca ocupação. Como a área em volta do ginásio era grande necessitávamos ocupar o local, houve o início da construção do galpão, da cancha de bocha, dos quiosques de churrasco, da piscina e outros espaços de lazer. Para maior segurança foi construída uma rua com acesso particular ao qual passou pela frente de um lago e do Salão das Águias - construído com muito suor e dedicação dos militares envolvidos. Fiz parte da organização de eventos tradicionais como a festa junina, a EXPOAER e mateada. A EXPOAER, sem dúvida, sempre motivou o brilho nos olhos, pois me lembrava da época de adolescente. No evento me via naqueles adolescentes curiosos e fazia de tudo para mostrar-lhes as possibilidades de uma carreira de militar.
No dia de hoje só tenho a agradecer a todos os colegas militares que conheci e convivi nessas quatro décadas de trabalho sempre com amor à pátria, ao ser humano e a comunidade. Meu agradecimento, também, aos meus comandantes que depositaram confiança em meu trabalho. Mas o meu agradecimento maior vai a BASM que me acolheu, me formou como ser humano e ajudou a construir e sustentar a minha família! Feliz 50 anos!
DEPOIMENTOS2S BEI CAROLINA Amaral do Amaral

Me apresentei para servir na Base Aérea de Santa Maria em novembro de 2008 após dois anos de formação na Escola de Especialistas de Aeronáutica, Guaratinguetá - SP.
N e s t e s 1 3 a n o s servindo nesta OM já trabalhei na manutenção de aeronaves, n o C D C P ( C e n t r o d e Distribuição e Controle de Publicações)/Biblioteca, no Subcomando (extintos GSB e GAP-SM) e há 6 anos estou trabalhando na Secretaria do Comando, assessorando diretamente o Comandante. Muitas pessoas já contribuíram e outras seguem contribuindo para minha formação, afinal nunca paramos de aprender e se especializar, quer seja de forma direta, como o CAS (Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos) que é um curso de carreira, como indiretamente, durante as convivências e trabalhos com os militares nos mais diversos setores. Destaco aqui principalmente os oficiais e graduados mais antigos, com quem tive o privilégio de trabalhar, alguns nos cargos de Subcomandantes e Comandantes desta Organização. Meus princípios e atitudes, bem como atividades próprias dos serviços que executo devo aos exemplos que tive no decorrer de minha carreira. Nestes anos de BASM presenciei o crescente aumento em seu quadro feminino. Estamos presentes não só nos setores administrativos e de saúde, mas também no operacional, quer seja pilotando aeronaves, na manutenção, na segurança (bombeiros) como na área de engenharia e obras. Nos diversos setores de trabalho recebemos o devido reconhecimento com igualdade e respeito, como deve ser. Falo por experiência própria, pois sempre fui reconhecida pelo meu trabalho, este que tento desempenhar com profissionalismo e dedicação. Servir na Base Aérea de Santa Maria e fazer parte de sua história me enche de orgulho. Nestes anos, vivenciei a substituição do H-1H pelo Black Hawk, por exemplo, lembro-me como se fosse hoje, quando durante um serviço de Adjunto ao Oficial de Operações vi os dois primeiros H-60L pousarem na Base. Também me recordo da criação do Esquadrão Hórus (1º/12º GAv). Parecia uma realidade muito longe quando falavam em aeronaves remotamente pilotadas e, hoje, elas fazem parte da nossa rotina. Passei por duas reestruturações na FAB. Em 2016, quando assumi meu atual cargo, éramos Base Aérea. Ao final de 2016 passamos à denominação de Ala 4. E neste ano ocorreu a nova estruturação BASM - ALA 4. Ficou muito claro para mim, durante todas essas mudanças, que esta Unidade realmente é diferenciada, seus militares se doam para fazer a missão acontecer e são regidos pelo comprometimento e lealdade à Base Aérea. Somos uma grande família, onde cada um contribui para que a Sentinela Alada do Pampa, como é carinhosamente conhecida, seja cada dia melhor. Que venham os próximos 50 anos, de novas conquistas e realizações e que nós mulheres estejamos aqui, enaltecendo mais e mais a Base Aérea de Santa Maria.



GRADUADO-MASTER
A Portaria 1.389/GC3, de 10 de setembro de 2018, aprovou a DCA 39-3 que trata da Implantação da Função de Graduado-Master.
Nesses 50 anos da nossa “Sentinela Alada do Pampa”, muitos homens e mulheres labutaram e labutam arduamente, nos mais variados cargos, funções e tarefas para o cumprimento da nossa missão institucional que se consubstancia na razão maior de ser de uma Base Aérea - “voar e fazer voar”. Tal qual expressa a Canção do Especialista, a nobre missão de voar se consolida no trabalho diário daqueles que, “ com os pilotos e asas”, formam “um conjunto de todo eficaz”. O “fazer voar” se alicerça na atuação direta e indireta do corpo técnico de graduados de carreira, nas diversas áreas dentre as mais de 20 especialidades formadas na Escola de Especialistas de Aeronáutica, além dos quadros complementares de militares temporários, sargentos, cabos e soldados. Recentemente, o processo de reestruturação da Força Aérea Brasileira, no intuito de modernizar e aperfeiçoar a Instituição, trouxe inúmeras mudanças organizacionais e estruturais, além de novas perspectivas e projetos. Nesse período, intensificouse uma perspectiva de valorização do homem, sobretudo pelo desenvolvimento de competências, conhecimentos e habilidades a partir da criação de novos cursos de carreira destinados ao corpo de graduados. Nasceu, assim, a função de Graduado-Master que abarca uma nova perspectiva dentro da FAB - o acesso direto dos graduados aos Comandantes das Guarnições que possibilitou uma percepção mais direta da realidade da tropa aos altos níveis de chefia, facilitando a propagação das orientações superiores que é, sem dúvida, uma grande oportunidade que traz consigo a enorme responsabilidade no desafio diário de cultuar, desenvolver e disseminar a ética, os valores militares e a liderança somado à busca do aperfeiçoamento de desempenho e o cuidado com temas relacionados à disciplina, ao moral, à carreira, ao bem-estar, à satisfação profissional. Nesse processo permanente de mudanças e busca de melhorias, temos muitos motivos para celebrar a incrível trajetória da Base Aérea de Santa Maria, exemplo de operacionalidade e que carrega, em si, um grande potencial para alçar voos ainda mais altos. Parabéns, nossa querida Sentinela Alada do Pampa!


SO BET Eduardo Mesquita BALTAZAR Graduado-Master da GUARNAE-SM SO BEV Sérgio de Souza NOVATO 1º Graduado-Master da GUARNAE-SM