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Esquadrão Hórus - 1º/12º GAV

ESQUADRÃO HÓRUS

1º/12º GAV

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CRIAÇÃO DO GRUPO VICTOR

Em parceria com a Marinha do Brasil e com o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira iniciou, em 2009, o estudo para implantação de Aeronaves Remotamente Pilotadas na Defesa do país. Assim, através da portaria COMGAR n° C-5001/EMGAR-20, de 14 de dezembro de 2009, foi criado o Grupo Victor com a missão de avaliar o equipamento cedido pela israelense Elbit Systems, as possibilidades de emprego e criação de regras de utilização, além da regulamentação do tráfego aéreo desse tipo de aeronave. O Grupo Victor recebeu os primeiros equipamentos para treinamento em 12 de novembro de 2009 e o treinamento com os técnicos da empresa israelense foi desenvolvido ao longo do ano seguinte. Com a conclusão do trabalho, a FAB optou por comprar inicialmente duas aeronaves Hermes RQ-450 e, dessa forma, estabeleceu-se um marco no pioneirismo da Aviação Remotamente Pilotadas na Força Aérea e no Brasil.

CONCEPÇÃO DE EMPREGO

O emprego da Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) é realizado através do Sistema ARP (SARP), composto por: uma Estação de Controle no Solo (Ground Control Station – GCS), um Terminal de Dados de Telemetria (Ground Datalink Terminal – GDT) e uma ARP. O enlace com a ARP pode ser realizado através de Linha de Visada (Line of Sight – LOS) ou através de Controle Satelital (SATCOM). Atualmente, somente a Aeronave Hermes RQ-900, operada pelo Esquadrão Hórus, tem a capacidade de operar via satélite. A missão é executada a partir da GCS, onde os operadores permanecem para controle dos equipamentos. A tripulação é sempre composta por três Operadores sendo eles: o Piloto Interno (PI – Oficial do Quadro de Aviadores), o Operador de Equipamentos Especiais n° 3 (O3 – Oficial do Quadro de Especialista Foto ou Graduado da Especialidade de Foto Inteligência) e o Piloto Externo (PE – Oficial ou Graduado que realize o curso de Piloto Externo). A ARP transporta consigo sensores para a captação de imagens e vídeo e equipamentos de transmissão de dados, os quais possibilitam o cumprimento das missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento pelo Esquadrão.

CRIAÇÃO DO 1°/12° GAV

Após a conclusão dos trabalhos do Grupo Victor e a opção pela implantação de Aeronaves Remotamente Pilotadas na Força Aérea Brasileira, foi criado, através da Portaria Reservada Nº 365/GC3, o Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1°/12° GAV), Esquadrão Hórus, com a missão de executar o preparo do seu efetivo em Ações de Controle Aéreo Avançado, Posto de Comunicações no Ar e Reconhecimento Aéreo, utilizando-se de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), conforme planejamento do Comando Superior, e operar o emprego dos seus vetores de combate, subordinado ao COMDABRA, a fim de manter a soberania do Espaço Aéreo Nacional. Sediado na Base Aérea de Santa Maria, em Santa Maria – RS, o Esquadrão Hórus iniciou seus trabalhos com sua estrutura administrativa sediada na SCOAM da Base e seus equipamentos operacionais na Área Victor, localizada na lateral da Pista 02/20, próximo à cabeceira 02. Em 1° de julho de 2013, iniciaram-se as obras de criação do Hangar do 1°/12° GAV, atual sede do Esquadrão, tendo sido entregue em 17 de dezembro de 2015.

Em 29 de abril de 2021, o Esquadrão Hórus completou 10 anos desde sua criação, onde exatos 67 Falcões – designação outorgada aos oficiais e graduados operacionais nas aeronaves – lapidaram uma história de sacrifício, glórias e conquistas.

ESQUADRÃO HÓRUS

OS VETORES E AS MISSÕES DO 1°/12° GAV

O 1°/12° GAv opera atualmente as Aeronaves Hermes RQ-450 e Hermes RQ-900, ambas desenvolvidas pela Empresa Israelense Aeroeletrônica Elbit Systems. O RQ-450 foi a primeira aeronave operada pelo Esquadrão, desde então quatro aeronaves já compuseram a linha de voo da Unidade. Esse vetor opera em linha de visada, apresentando as seguintes características: autonomia de aproximadamente 16 horas, cruzeiro de 60 kts e teto de 18 mil pés. O RQ-900, única unidade adquirida, foi incorporado ao Esquadrão em 2014, elevando, assim, a Unidade a um outro patamar. Em 2018 o projeto sofreu um upgrade, sendo possível a partir desse marco, operar por controle satelital – SATCOM. O vetor opera tanto em linha de visada, quanto via satélite, apresentando as seguintes características: autonomia de até 30 horas vôo, cruzeiro de 65 kts e teto máximo de até 30 mil pés. Desde a sua criação, o Esquadrão Hórus mostrou sua versatilidade, operando nos mais variados cenários e em parceria com diversas instituições, como: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Exército Brasileiro, IBAMA, entre outras. Destaca-se a atuação da Unidade nos seguintes eventos e Operações: Operação Sabre (2014), Operação CSAR (2014), Operação Copa do Mundo FIFA (2014), Operação São Francisco (2015), Jogos Olímpicos e Paraolímpicos (2016), Operação Óstium (2017), Operação Plano Nacional de Segurança Pública (2017/2018) – Intervenção Federal no Rio de Janeiro – e Operação Verde Brasil (2020/2021).

Falcões! `À espreita, Hórus!

Vista Aérea da BASM - 2021

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