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Ala 4

A Ala 4 foi ativada em 16 de dezembro de 2016, conforme Portaria nº 1620/GC3, de 8 de dezembro de 2016, dentro do processo de reestruturação da Força Aérea Brasileira que teve como objetivo simplificar e modernizar sua estrutura organizacional, administrativa e operacional, além de aperfeiçoar a gestão de recursos humanos, mudanças essas necessárias para capacitar a Força para os desafios futuros. Dentro desse processo, a Ala 4 teve como missão atribuída a de “Executar o preparo e o emprego das Unidades Militares subordinadas, conforme diretrizes, planos e ordens dos Comandos Superiores”. Assim, a Ala 4 ficou subordinada diretamente ao Comando de Preparo (COMPREP) para assuntos administrativos e operacionais voltados ao Preparo das equipagens de combate, porém respondendo também ao Comando Aeroespacial (COMAE) quando do acionamento de missões para o Emprego de suas aeronaves. A Ala 4 tem como Unidades Subordinadas quatro Esquadrões Aéreos sendo um Esquadrão de Asas Rotativas (5°/8° GAV – Esquadrão Pantera), um Esquadrão de Caça (3°/10° GAV – Esquadrão Centauro), dois Esquadrões de Reconhecimento (1°/10° GAV - Esquadrão Poker e 1°/12° GAV - Esquadrão Hórus). Dentro da sua estrutura atual, a Ala 4 possui o Esquadrão de Segurança e Defesa (ESD-SM) e um Grupamento Logístico (GLOG). O ESD-SM é responsável pela segurança da Unidade, tendo herdado as atribuições do Batalhão de Infantaria de Santa Maria. Já o GLOG é responsável pela manutenção das aeronaves sediadas na Ala 4 e apoio a aeronaves externas. O setor era denominado anteriormente como Esquadrão de Suprimento e Manutenção e era subordinado à BASM antes de ser subordinado à Ala 4.

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Para o cumprimento da sua missão, o Comandante da Ala 4 possui um Estado-Maior e uma

Divisão Administrativa, além de uma assessoria de Segurança de Voo (SIPAA) que é o setor que tem a responsabilidade no trato dos assuntos de segurança de voo. O Estado-Maior possui as Seções de Doutrina (SAD), Controle de Operações Aéreas Militares (SCOAM) e Gestão Organizacional (SGO). A Seção de Doutrina atua na supervisão das instruções e treinamentos realizados nos Esquadrões Aéreos e ESD. A SCOAM no controle dos voos e manutenção da área operacional. A SGO atua no planejamento e controle organizacional, no que diz respeito ao orçamento, obras e infraestrutura, capacitação, gerenciamento de projetos e processos e atividades de gestão. Cabe destacar a atividade realizada pela Subseção de Contra Incêndio da SCOAM da Ala 4 que atua, diuturnamente, na segurança das operações aéreas na localidade de Santa Maria, tanto no apoio às atividades militares quanto na operação de aeronaves civis no aeródromo. A Divisão Administrativa é responsável por gerir as atividades de Administração de Pessoal, de Execução Orçamentária, de Contabilidade Patrimonial e de Gestão Documental, bem como assessorar o Comandante da Ala nos assuntos de caráter administrativo. HERÁLDICA DO DISTINTIVO

O distintivo da Ala 4 foi constituído de um Escudo Francês, de contorno em jalne (amarelo), pois o nível de Comando é de Oficial Superior. No 'chefe', diminuto, faz-se o uso do azul ultramar, constando nele o Gládio Alado e a sigla da OM (Ala 4). O campo, em blau (azul), acompanha o mesmo azul do 'chefe' e representa os céus onde voa o Quero-quero, ave que simbolizava a BASM e simboliza também a Ala 4. A diferença significativa entre o DOM da BASM e da Ala 4 é que a mudança do foco, antes administrativo e agora operacional, faz com que o quero-quero, que anteriormente estava de asas fechadas, no DOM da BASM, seja apresentado de asas abertas, em operação. Por fim, as 12 estrelas simbolizam as 12 Ações de Força Aérea realizadas pelos Esquadrões sob gerência da Ala 4, conforme a DCA 1-1/2012. Assim, como as estrelas significavam a direção que os antigos navegadores deveriam seguir, agora representam a orientação tática e doutrinária dos meios disponíveis na OM.

ESTANDE DE TIRO DE AVIAÇÃO DE SAICÃ

O Campo de Instrução Barão de São Borja (CIBSB), conhecido como Campo de Instrução de Saicã, é uma OM subordinada à 3ª Região Militar sediada no município de Rosário do Sul (RS) que, historicamente, teve um papel fundamental no êxito das tropas imperiais nas suas diversas guerras na Bacia do Prata, seja pelo fornecimento de animais de qualidade para o combate junto aos cavalarianos, seja proporcionando local apropriado para adestramento militar. Por volta de 1980, quando as unidades sediadas em Santa Maria necessitavam de um local para a prática de emprego de armamento e aperfeiçoamento de seus pilotos, o Exército Brasileiro cedeu para a Aeronáutica uma área de aproximadamente 1.900 hectares em Saicã, que ficou conhecida como “Invernada Leônidas”, para uso como Campo de Instrução de tiro e preparação de equipagens dos vários vetores da FAB espalhados pelo Brasil. Na época, os alojamentos temporários eram barracas, e militares intercalavam-se em equipes para a construção da casa sede. A locomoção das equipes que prestavam apoio às atividades aéreas era realizada, exclusivamente, de trem que saia de Camobi, fazendo baldeação em Cacequi e seguindo até a Estação Férrea da Vila São Simão, em Cacequi (RS). O deslocamento da estação férrea até a sede de Saicã era feito utilizando trator e carros puxados a boi. Um avião L/U-42 era utilizado, também, para transporte dos mantimentos de alimentação e do oficial encarregado pelo controle do espaço aéreo na localidade. Após a construção da casa que atendia os militares que, por ventura, se instalavam no local para cumprir missões, foi idealizada uma pista de saibro com 1200 metros de comprimento, o que facilitou o transporte de militares e materiais para apoio, bem como o uso em situações que o piloto necessitasse pousar em emergência durante uma instrução. Em 2008 a nova pista ficou pronta – contando com 1500 metros de comprimento, tecnologia de iluminação, farol rotativo e grupo gerador, o que gerou autonomia de pousos e decolagens em qualquer horário do dia ou da noite no aeródromo. Atualmente, o Campo de Instrução Barão de São Borja (CIBSB) é responsável por proporcionar, às Organizações Militares (OM) sediadas na área da 3ª Região Militar, apoio à instrução da tropa, cedendo locais destinados à realização de exercícios táticos para adestramento e emprego das mesmas, em tempo de paz. Em possíveis situações de conflito, a área do CIBSB destina-se à concentração de tropas para futuro emprego. A missão principal do CIBSM é proporcionar apoio à instrução da tropa, cedendo locais destinados à realização de exercício táticos para adestramento e emprego de armas, como carros de combate, canhões, morteiros e polígono de tiro para as missões da FAB. A Ala 4, através do GLOG, mais especificamente a Esquadrilha de Material Bélico, é responsável pela área utilizada pela FAB em Saicã gerindo as atividades de manutenção e suprimento de material bélico aéreo e terrestre e de manutenção.

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