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Esquadrão Poker - 1º/10º GAV
ESQUADRÃO POKER
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1º/10º GAV
O 1º Esquadrão do 10º Grupo de Aviação – Esquadrão Poker – é a Organização do Comando da Aeronáutica que tem por missão “Executar o preparo e o emprego, conforme diretrizes, planos e ordens dos Comandos Superiores nas Ações de Reconhecimento Aéreo, Ataque, Reconhecimento Armado, Controle Aéreo Avançado, Supressão de Defesa Aérea Inimiga e Apoio Aéreo Aproximado, a fim de contribuir para o preparo das Unidades subordinadas à Ala 4” (PTA 2021 da Ala 4). As origens do 1°/10° GAV remontam ao 2° Regimento de Aviação Militar, sediado no Campo de Marte em São Paulo no ano de 1932, equipado com aviões VOUGHT O2U-2A CORSAIR. Sendo assim, é considerado umas das Unidades mais antigas da FAB. Em 1944, a Unidade foi transformada no 2º Grupo de Bombardeio Picado, equipado com aeronaves A-35 VULTEE VENGEANCE no 2º Corpo de Base Aérea de São Paulo em Cumbica. Em 1947, a Unidade recebeu a designação de 1º/10º Grupo de Aviação de Reconhecimento-Foto, equipado com aviões A-20 DOUGLASHAVOC, adaptados com câmeras especiais que passaram a receber a denominação de R-20. Desde então, outras aeronaves como o RB-25 e o A/B-26 equiparam a Unidade. Em 1976, o Esquadrão recebeu o AT-26 XAVANTE, primeira aeronave a jato, que acompanhou o Esquadrão em sua transferência para a Base Aérea de Santa Maria, onde está sediado até os dias atuais. A transferência do Esquadrão Poker para a Base Aérea de Santa Maria foi publicada na Portaria Reservada n° 199/GM3 de 19 de dezembro de 1978. A decisão de deslocar a Unidade foi de cunho estratégico, devido à localização central da BASM na região sul e proximidade com a fronteira. O prédio que hoje é ocupado pelo 1°/10 GAv ainda não existia.


O então Comandante do 5º Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque – 5º EMRA (atual 5º/8º GAV – Esquadrão Pantera) recebeu a incumbência de ser o anfitrião do Esquadrão Poker nas instalações do hangar do Esquadrão Pantera, o qual foi acolhido como um verdadeiro irmão. Essa convivência fraterna teve origem na postura visionária, gentil e nobre de um Comandante que, certamente, viu na forma de criar um clima agradável entre as Unidades uma oportunidade de fomentar a criação da Cultura Organizacional que hoje, 50 anos depois, ainda desfrutamos e vivemos. Em dezembro de 1981 foram entregues as novas instalações do Esquadrão, onde está sediado atualmente. O dia 2 de março de 1999 foi marcado pela chegada da primeira aeronave RA-1. A chegada desse tipo de aeronave aumentou a capacidade operacional da Unidade Aérea tornando o Esquadrão Poker a mais bem equipada Unidade de Caça da Força Aérea Brasileira, capacitando-a na atuação desde os níveis táticos até estratégicos. Em 2009, integrou-se um moderníssimo sensor de reconhecimento, o Sistema RECCELITE, de alta sensibilidade na faixa do visível e do infravermelho, e de alta resolução espacial das imagens, a um avançado sistema de navegação e de armas. A Força Aérea Brasileira tornou-se ainda mais operacional na medida em que estendeu a ação do Reconhecimento Tático, tanto diurno quanto noturno.



Um grande marco operacional no histórico do Esquadrão Poker foi o primeiro lançamento de Bomba Guiada a Laser do Brasil, em 3 de outubro de 2013, realizado no Estande de Saicã. Tal capacidade elevou o Esquadrão e a FAB a um patamar de alto nível na precisão de emprego de bombas.

Em dezembro de 2016, chegaram na Base Aérea de Santa Maria as primeiras unidades da aeronave modernizada A-1M. O 1°/10° GAV iniciou a operação da aeronave modernizada em fevereiro de 2018 e é empregada até os dias atuais. A modernização das aeronaves aumentou significativamente sua capacidade operacional por meio de um moderno sistema HOTAS e GLASS COCKPIT, entre outros recursos. A última aeronave modernizada foi entregue em junho de 2021. Para o cumprimento de suas missões, a Unidade realiza a formação e manutenção operacional de suas equipagens: Pilotos de Reconhecimento Tático, Técnicos de Informações de Reconhecimento (TIR) e Analistas de Imagens (AI). Uma peculiaridade do Esquadrão Poker é a operação conjunta com uma complexa estrutura da Seção de Inteligência da Ala 4, que abriga a Célula de Análise de Imagens e Sinais (CAIS), responsável pela produção de REMIR (Relatório de Missão de Reconhecimento), produto do trabalho integrado de coleta de dados, interpretação e disseminação de dados de inteligência de combate, fator fundamental no processo de tomada de decisão pelo Alto Escalão da FAB. Os Sistemas e Sensores utilizados pelo 1º/10º GAV possibilitam realizar missões de Reconhecimento Visual (Rec Vis), Reconhecimento Fotográfico (Rec Foto) no espectro visível e infravermelho e Reconhecimento Meteorológico (Rec Met). A AERONAVE RA-1M
A chegada dessas aeronaves aumentou consideravelmente a capacidade operacional do 1°/10° GAV, tornando-o um dos Esquadrões mais bem equipados da FAB com a possibilidade em atuar desde o nível tático até o estratégico e realizando missões de Ataque e, primordialmente, de Reconhecimento Tático. Desenvolvido a partir de uma parceria entre o Brasil e a Itália, o AMX passou a ser designado RA-1M na sua versão de reconhecimento. Configurado com um sistema de autodefesa, dispõe de avançada aviônica, permitindo uma efetiva precisão como plataforma de emprego, que, aliado ao seu grande raio de ação, o torna um vetor extremamente letal.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS Aeronave monoreator; Asa alta com enflexamento positivo; Motor Rolls Royce Spey; Empuxo: 11.030 libras; Velocidade máxima: MACH 0.9; Comandos eletrônicos de voo; Sistema eletrônico de pontaria; Raio de ação acima de 2000 Km; e Reabastecimento em voo.
