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“Falar em equilíbrio é sempre complexo, uma vez que de mim se espera que seja a melhor em todos os papéis.”
Rita Moreira, Vogal Executiva do Centro Hospitalar Universitário do Porto “As mulheres na arquitetura estão muito bem representadas”
Maria Manuel Alvarez, Sócia Fundadora da SERRALVAREZ ARQUITECTOS
“Precisamos de não ter medo de liderar sem perder a identidade”
Catarina Moreira, Arquiteta na WUDA
“O alimento é vida”, A nossa sustentabilidade Paula Mouta, Presidente do Observatório da Saúde dos Povos
“A COCUS Portugal orgulha-se de colocaras pessoas primeiro: os seus colaboradores e os seus clientes” Maria Franco, Managing Director da COCUS PORTUGAL
Inês Tralha apresenta método único de ensino do surf
Mazars e Gender Balance Observatory desmistificam mitos que bloqueiam progressão feminina
Violência psicológica, económica e social também são violência contra as Mulheres
Universidade de Évora desenvolve a Plataforma PISTA Digital
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Editorial
Novembro é mais um mês de causas. De oportunidades. É um mês marcado pelo dia internacional que relembra a urgência de eliminar a violência contra as mulheres, sob qualquer forma de manifestação e se celebra a dia 25.
Em mais uma edição da revista que posiciona Mulheres nos seus merecidos lugares de excelência, dando voz ao testemunho do sucesso, abrimos a edição do mês de novembro com Rita Moreira, Vogal Executiva do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Porto que nos conta como os desafios da vida, as oportunidades e a sua vontade de vencer a fizeram chegar a um cargo de liderança e continuar a perpetuar sucesso.
Além da saúde, também a arquitetura é uma área que colocamos em destaque, por palavras de Maria Manuel Alvarez, sócia fundadora da SERRALVAREZ ARQUITECTOS, detentora de vários prémios e dona de uma visão que se distingue pelo primor na arte de liderar. Catarina Moreira, da WUDA, empresa no setor mobiliário que já conta com vários projetos internacionais e o reconhecimento que têm por parte dos clientes confirmam a qualidade e excelência.
Também Paula Mouta volta a marcar presença por entre as nossas páginas e nos conta como podemos pensar a questão da sustentabilidade aliada à saúde, deixando dicas e ensinamentos acerca de alimentação e do impacto de uma prática consciente na nossa vida.
Maria Franco destaca-se na condição de ser Mulher num mundo, geralmente, dominado por homens: TI. Apesar disso, mostra-nos quais são os desafios do quotidiano na COCUS, e conta o lado bom de quem, apesar dos desafios, nunca se sentiu condicionada pela própria condição feminina.
E continuando a falar em marés de sorte, é no mar que Inês Tralha mostra o seu potencial e encontra a motivação e o sucesso: falamos com a pioneira na edificação de uma escola de surf profissional no nosso país, a GOOD SURF, GOOD LOVE, que conta com uma metodologia de ensino diferenciada que não vai querer deixar de conhecer.
Se estes exemplos sublimes de sucesso não chegarem para alimentar a motivação de acreditar que as Mulheres podem ser tudo o que quiserem, apresentamos o relatório ‘Mitos e barreiras que bloqueiam a progressão das mulheres’, falamos com a Ordem dos Psicólogos e mostramos mais sobre a Plataforma PISTA Digital, desenvolvida pela Universidade de Évora.
No mês que se dá início ao mundial masculino de futebol, há muitos golos por marcar rumo à vitória feminina, muitos cartões vermelhos para a desigualdade de género e muitas bandeiras no ar pelo sucesso de todas as Mulheres, em todas as equipas e áreas profissionais.
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ÍNDICE
RITA MOREIRA
VOGAL EXECUTIVA DO CENTRO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO DO PORTO
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“Falar em equilíbrio é sempre complexo, uma vez que de mim se espera que seja a melhor em todos os papéis.”
No papel de Vogal Executiva do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Porto, Rita Moreira abraça desafios e posiciona-se rumo ao sucesso num hospital de referência. Com consciência da complexidade de gerir a vida profissional e pessoal, revela qual a fórmula para assumir riscos e chegar ao equilíbrio. Rita Moreira é vogal executiva do CHUPorto e encontrou-se numa paixão pela profissão que tem tanto de improvável como de possível e real. Dedica-se inteiramente ao papel de líder nas mais diversas áreas da sua vida e conhece, de perto, o sucesso. Licenciada em gestão de empresas, o mundo da saúde nem sempre foi seu, pelo que encara o caminho pessoal e profissional até aqui trilhado como desafiante, sempre com a certeza de ter em mãos todas as competências e possibilidades para criar, construir, evoluir, melhorar e ser bem-sucedida. “Quando me dizem que não sou médica, acrescento que essa é a minha vantagem. Estarmos fora do aquário para podermos observar e agir.” Começou pela Deloitte, que considera “uma grande escola para a vida” e foi, também, Vice-Presidente na ARSNorte. Em todos os desafios a que se propôs abraçar, agarrou aprendizagens e sabedoria, aprendeu o máximo sobre as áreas em que se inseria e chegou onde hoje está. “Consegui aprender muito sobre o modus operandi da saúde em Portugal, as ligações ao governo, ao setor social e privado, ao poder local. Tive a sorte de ter bons mentores” revela. Com grande foco na sua vida profissional, o lado pessoal é também merecedor de
atenção, tempo e dedicação e a conjugação destes dois âmbitos nem sempre é fácil, exigindo uma grande capacidade de se adaptar e gerir tempos e esforços em prol de cada um. “A conjugação da vida profissional, quando temos este tipo de responsabilidade, funções e cargos é sempre complexa. Desde março de 2020 que nos temos vindo a adaptar a realidades mutantes. Nós, mulheres de topo, os nossos filhos e maridos. Falar em equilíbrio é sempre complexo, uma vez que de mim se espera que seja a melhor em todos os papéis, nunca podendo faltar nada em nenhum deles. Não estou com isto a dizer que somos melhor que outros. Apenas que exige muito mais de nós, se queremos fazer bem, melhor e atingir resultados em todas as frentes onde atuamos.” Apesar disso, a evolução é uma constante e as novidades surgem a um ritmo motivador. O CHUPorto está em constante procura de inovação e melhoria: lançou uma app que ultrapassou os 10 mil utilizadores e instalou agora um novo laboratório de análise que permite aumentar a capacidade de realização de análises para 12mil, diminuindo também o seu custo, avança ainda este ano para a cirurgia robótica, ainda embrionária em Portugal. “Temos mesmo uma mão cheia de surpresas. Se queremos continuar a ser um hospital de referência, para os profissionais que cá se dedicam, alunos e doentes, temos de continuar a crescer. É desafiante pois temos uma grande parte do Hospital instalado num edifício do século XVIII, que precisa de obra de fundo, por um lado, mas por
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A CONJUGAÇÃO DA VIDA PROFISSIONAL, QUANDO TEMOS ESTE TIPO DE RESPONSABILIDADE, FUNÇÕES E CARGOS É SEMPRE COMPLEXA
outro é imprescindível apostar na inovação, virar a página, posicionarmos no futuro. Assim, incentivamos equipas e pomos o SNS em movimento e tentando sempre crescer de forma sustentada e pensada.” Encara o futuro com a certeza de que coisas boas lhe estão reservadas, mas não faz planos àquilo que poderá ter guardado. Dedica todo o esforço e empenho para chegar a bons portos e confessa: “Hoje faço o que gosto. É uma sorte, eu sei, ser feliz no trabalho. Ajuda sentirmo-nos realizados também na vida pessoal. Tenho um lema na vida: dar e receber. Acredito honestamente que quando damos de nós recebemos da igual forma. E aqui tem sido assim, por parte de todas as
equipas com quem trabalho, e essencialmente com o restante Conselho de Administração. Para o futuro, tenho um sonho, melhorar o nosso SNS, melhorar o acesso aos cuidados de saúde para a nossa geração e dos nossos filhos. Deixar um bocadinho de mim pelos sítios onde passo. Acho que ser líder é também isso.” Aceitando sempre os desafios que lhe são colocados, irá seguir para um novo, mais ambicioso, já no próximo ano. Fará parte da equipa da Direção Executiva do SNS, liderada pelo Professor Fernando Araújo. A expectativa para esta equipa e a função que têm pela frente é enorme mas, mais uma vez, vai de encontro à paixão da Gestora. Construir um melhor SNS.
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“TER UMA PORTA ABERTA NÃO NOS PERMITE BAIXAR OS BRAÇOS NUNCA!
“HOJE FAÇO O QUE GOSTO. É UMA SORTE, EU SEI, SER FELIZ NO TRABALHO
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Há gabinetes de arquitetura que desde a sua génese marcam a diferença e promovem mais valias em todos os aspetos da sua orgânica, assumindo-se como elementos impulsionadores de uma forma de estar distinta perante o mercado através da criatividade, excelência e diferenciação.
Maria Manuel Alvarez é sócia fundadora da SERRALVAREZ ARQUITECTOS, atelier que se associa a profissionais das áreas de engenharia, arquitetura paisagista, escultura e pintura realizando projetos coordenados na área do planeamento urbano, arquitetura e interiores e conta com um espólio de prémios recebidos como a Menção Honrosa Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura em 2006 e 2008 e Menção de Honra Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2016. Acredita que a arquitetura, mais do que uma vocação, é a capacidade de mudar o mundo ao moldar o espaço e a vida das pessoas. A sua única meta profissional sempre foi procurar novos trabalhos, novos desafios de projeto e alimentar a curiosidade permanente sobre novas técnicas, materiais e abordagens.
Estudou arquitetura motivada pela curiosidade de observar
e entender o mundo à sua volta. Encontrando na área a fusão entre a arte e a ciência, apostou numa profissão abrangente e criativa. Assume que a visão da arquitetura é muito pessoal e varia conforme as nossas experiências sensoriais, e considera que a sua tem um toque especial de quem observou muito, se interessou muito e teve oportunidade de lidar com professores e profissionais que a marcaram e influenciaram. “Tento ter a capacidade de ler o sítio, integrar a resposta e expressar a ideia de forma clara, concisa ao cliente. Não pretendo deixar uma marca no sentido de praticar uma arquitetura reconhecível, de autor. Nos dias de hoje perfilho a opinião de que a forma mais sustentável de construir é não construir! Se construirmos devemos fazê-lo de forma sustentável utilizando materiais de origem sustentável, de fácil recicla-
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“ O ARQUITETO, TAL COMO POETA, TAL COMO MAESTRO, É UMA PALAVRA SEM GÉNERO
“As mulheres na arquitetura estão muito bem representadas”
MARIA MANUEL ALVAREZ SÓCIA FUNDADORA
DA SERRALVAREZ ARQUITECTOS
gem, usar betão verde, usar a madeira, reduzir a necessidade de sistemas mecânicos de ventilação e climatização e de segurança em espaços encerrados; utilizar sistemas de produção de energia a partir de fontes renováveis. No meu entender a Arquitetura pode ser anónima e impercetível desde que cumpra o seu papel que é o de mudar o mundo à nossa escala, onde intervimos,
para melhor. Ao moldarmos o espaço moldamos a vida das pessoas. E é essa a minha missão como arquiteta”, confessa. No papel de Mulher na liderança, assume ter alcançado o seu lugar com muito trabalho, dedicação e amor à causa. Contudo, apesar de ser exímia no papel que desempenha, continua a ter alguma dificuldade em descrever a líder perfeita porque, pela ordem
“NESTA PROFISSÃO COMO NA MAIOR PARTE DAS PROFISSÕES O GÉNERO NÃO É, E NUNCA DEVIA TER SIDO, UM O BSTÁCULO. INTELECTUALMENTE NÃO HÁ
DIFERENCIAÇÃO DE
GÉNERO
natural das coisas, tudo muda ao longo do tempo: “O que era válido quando comecei não o é agora. Os jovens partilham conhecimentos e experiência de forma corrente e natural em espaços de coworking, sem reservas, sem limites, vivem menos ligados aos bens materiais e praticam uma forma de despojamento, de fazer inveja à nossa geração. Um líder, hoje, tem que perceber que a
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ASSUMO OS ERROS, TENTO MELHORAR OS PROCESSOS E MANTENHO COM A EQUIPA UM RELACIONAMENTO
manutenção do nosso estilo de vida conduzirá inevitavelmente ao esgotamento dos recursos naturais antes do fim do século com uma escalada de guerras, epidemias e fome generalizada e tem que perceber na sua profissão o que poderá fazer para travar essa degradação acelerada. Reduzir o consumo, reciclar, reflorestar, renaturalizar os espaços são temas na agenda.”
No que refere à questão da igualdade de género, Maria Alvarez acredita que, intelectualmente, não há diferenças e que, por esse motivo, a questão da desigualdade nunca devia ser um obstáculo. “Tenho
muitos exemplos de grandes arquitetas, cujo expoente máximo é Zaha Hadid, precocemente desaparecida, que ganhou um concurso anónimo em Hong Kong quando jovem, e não teve seguimento quando o cliente percebeu que o vencedor era uma mulher. Os seus colegas afirmavam convictamente que desenhava bem, mas nunca construiria nada e só muitos anos mais tarde, depois de reconhecida em todo o mundo, construiu a primeira obra no Reino Unido seu país de adoção. Foi necessária um vontade férrea, uma convicção profunda, uma entrega total, para alterar o status quo e
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PRÓXIMO DE UMA GRANDE FAMÍLIA
tornar-se a primeira mulher a receber o Prémio Pritzker. (…) Os olhares discriminatórios, não só dos homens, existem em todas as profissões e aqui diria que há que ter coragem e confiança.”
São exemplos como este que trazem a luz e a esperança de que o caminho rumo ao topo é possível para todas as mulheres, em todas as áreas, desde que os ingredientes mérito, esforço e talento estejam presentes na receita para o sucesso. “O arquiteto, tal como poeta, tal como maestro, é uma palavra sem género” remata. “O arquiteto, tal como um maestro conhece a música, os instrumentos, os músicos, a acústica da sala, deve conseguir juntar o todo numa obra final harmoniosa. Sem ter que tocar todos os instrumentos deve ter esse conhecimento global e elevar o grupo a um resultado superior, surpreendente.”
Em relação ao papel como líder, acredita afincadamente que ver a equipa como um todo é fulcral para atingir a excelência, aliado com compreensão, paixão e tempo.
Mestre na arte de liderar e certeira na visão sobre os processos de liderança rumo ao sucesso, deixa a sua visão sobre o mundo do trabalho e conselhos importantes: “Dificilmente um não arquiteto entende as longas horas necessárias a perceber o local e o programa, acarinhar o nascimento e desenvolvimento das ideias e transposição para o papel, licenciamentos, consulta ao mercado e acompanhamento da obra, dia e noite.
É uma dedicação total que gera incompreensão dentro da própria família que se sente negligenciada. Este facto é, ainda hoje, desculpável ou existe maior compreensão, quando se é homem.
O sentimento de culpa, quando não existe capacidade de aceitar esta condição, leva muitas mulheres a desistir e relegar-se para um segundo plano com um horário mais consentâneo com a família. Aprender a viver com essa dicotomia é um desafio que pode demorar uma vida a resolver.
O meu conselho é não desistir nunca dos seus sonhos.”
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“
NESTA PROFISSÃO HÁ ESPAÇO PARA ESTAR SÓ, MAS É IMPERATIVO SABER LIDERAR COMO COORDENADORA UMA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR
Ser arquiteta foi um sonho que a acompanhou desde criança ou surgiu mais tarde?
Sempre gostei de arte, e por isso tentei procurar para mim um caminho em que a componente artística fosse parte integrante. A arquitetura é talvez uma das únicas disciplinas que tem uma forte componente artística com um impacto direto na vida das pessoas. E por isso, após alguma ponderação, escolhi arquitetura já no final do ensino secundário.
A Catarina optou pelo setor mobiliário, uma empresa da sua família -A WUDA – que já conta com 46 anos e permanece como uma empresa familiar. O que a motiva neste setor?
A empresa começou com o meu pai, mais tarde juntou-se a minha mãe. Eu e o meu irmão crescemos no meio da madei-
ra, na oficina que, inicialmente, era um anexo na casa dos meus avós. Até chegar aqui, houve muito sacrifício deles. Foram, sem dúvida, um grande exemplo. Sempre foi um objetivo para mim fazer parte dessa missão, daquilo que construíram e dar continuidade. Tenho muito orgulho no que já conseguimos.
A WUDA atua em vários ambientes que respeitam projetos inovadores e que se diferenciam, quer a nível nacional, quer internacional. De que maneira procuram oferecer sempre uma solução personalizada mediante as exigências e necessidades de quem vos procura?
Soluções personalizadas são aquilo que nos diferencia. Insisto muito com a equipa para encontrar respostas para aquilo que parece impossível.
A
INOVAÇÃO É FUNDAMENTAL, ATUALMENTE COM DOIS GRANDES OBJETIVOS: REDUZIR DESPERDÍCIO DE MATÉRIA PRIMA E REDUZIR OS TEMPOS DE PRODUÇÃO COM O MÁXIMO DE OTIMIZAÇÃO
“Precisamos de não ter medo de liderar sem perder a identidade”
O “não” é dado só em situações limite. Para isso, temos que nos cruzar com as outras especialidades de uma forma muito próxima e fluída. Às vezes o não seria mais fácil, mas não nos permitiria evoluir e chegar ao patamar a que chegamos.
A presença internacional e o reconhecimento que têm por parte dos vossos clientes confirmam a qualidade e excelência de um dos mais conceituados players do setor mobiliário. O que permitiu este sucesso?
De que forma os clientes contribuíram para este êxito?
A formação em arquitetura foi muito importante para que tenhamos conseguido alguns dos projetos que mais nos desafiaram. E também o ter-me dedicado ao estudo da língua francesa, abriu muitas portas.
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CATARINA MOREIRA ARQUITETA NA WUDA
É essencial que o cliente sinta que é compreendido, isso fideliza-o. E claro, juntando a isso a qualidade do nosso produto. Confesso que temos uma certa obsessão pela qualidade daquilo que produzimos. Tudo isso ajudou a impulsionar o nome da empresa.
Que metas profissionais almejava atingir quando iniciou o seu percurso profissional?
A internacionalização era a meta e a criação da WUDA foi o caminho. Eu e o meu irmão, assim que entramos para a empresa, tínhamos como primeiro objetivo, o rebranding, criar uma nova identidade direcionada ao público alvo a que queríamos chegar. Fizemos o caminho oposto à maioria. Criamos a imagem e o produto que queríamos e com ele procurar um público que se identificasse connosco.
A Inovação é fundamental para o vosso sucesso e consequente integração no mercado? Em que moldes?
A inovação é fundamental, atualmente com dois grandes objetivos: reduzir desperdício de matéria prima e reduzir os tempos de produção com o máximo de otimização. Numa empresa que só faz projetos por medida, é um desafio muito grande. Os recursos humanos vão ser cada vez mais escassos e é essencial que as máquinas substituam as tarefas mais repetitivas e enfadonhas. Temos que deixar as pessoas livres para as tarefas mais artesanais. Há tarefas em que as pessoas são insubstituíveis e é essa passagem de legado que é importante que se mantenha. A inovação não
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UMA
ÚNICAS DISCIPLINAS QUE TEM UMA FORTE COMPONENTE ARTÍSTICA COM UM IMPACTO DIRETO NA VIDA DAS PESSOAS
passa só por maquinaria e software, o lado humano tem que ser mais valorizado.
Enquanto mulher e arquiteta num cargo de liderança, alguma vez sentiu que foi questionada a sua capacidade para o lugar?
Pelo facto de ser mulher, não. Fui criada numa família de mulheres que lideram ou lideraram empresas. Mas pelo facto de ser arquiteta, sim. O choque frontal de alguém experiente com alguém que estudou outras fórmulas para resolver o mesmo problema, e que ainda não teve oportunidade de colocar em prática, nem sempre corre bem. Vamos conquistando o nosso lugar aos poucos, com resultados.
Como descreveria uma líder “perfeita”?
As melhores lideranças são aquelas que conseguem pensar a médio e a longo prazo. Pensar o futuro é fundamental. Pensar o futuro causa impacto direto não só naquilo que um dia podemos vir a ser, mas naquilo que somos já hoje. Depois ser capaz de delinear uma estratégia bem definida e perspicaz o suficiente para tirar partido das
melhores qualidades de cada elemento da equipa. É muito importante ter plena consciência dos recursos que se tem e tirar partido disso.
Numa sociedade em que, cada vez mais, a questão da igualdade de género é posta em causa, a verdade é que a maior parte dos cargos de chefia são ocupados por homens. Acredita que podemos sonhar com uma sociedade laboral igual, na arquitetura, num futuro próximo?
Estarão todos os passos a ser dados para que isso aconteça, ou é preciso algo mais?
É preciso mais. Na indústria ainda há muito a tentação de não contratar mulheres para determinados cargos porque há a possibilidade de serem mães e por isso, estarem menos disponíveis durante um período. E não há nada mais injusto do que isso. Infelizmente continua a ser o ponto onde a sociedade mais nos castiga e isso é incompreensível. É muito importante dar segurança a quem tem esse objetivo, fazer saber que tem o apoio da entidade empregadora quando decidir dar esse passo. Mas há ainda um longo caminho a percorrer nesse sentido. Há cada vez mais gabinetes de arquitetura liderados por mulheres, muito bem sucedidos e isso significa que temos tanta capacidade como eles. Para isso também é preciso que acreditemos em nós, ir sem medo.
O que se pode fazer no mundo da arquitetura para aumentar a equidade de género?
Pode-se começar pela própria
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“ A ARQUITETURA É TALVEZ
DAS
atribuição dos Pritzker, que distingue os melhores gabinetes de arquitetura do mundo, tem poucas mulheres representadas. Podia começar por aí. Outro exemplo é o meio académico. Uma das pessoas que mais me marcou durante o percurso académico, foi a professora e arquiteta Graça Correia, talvez por ser um elemento raro no meio de um corpo académico maioritariamente masculino. Talvez isso tenha mudado nos últimos anos, mas a verdade é que as instituições têm que dar o exemplo.
Que conselho daria a mulheres que pretendam integrar a área da arquitetura com projetos próprios, mas receiam os olhares discriminatórios do género masculino?
Que não duvidem das suas capacidades e que tirem partido de algumas das características inatas à mulher. Muitas mulheres, talvez por defesa, optam por recriar um estilo de liderança duro e implacável para mostrarem que conseguem ser tão boas como certos líderes masculinos. Mas isso está ultrapassado, tanto para nós como para eles. Acredito que todos têm mais a ganhar se deixarem sobressair o nosso lado empático, ajudando a tornar as equipas mais coesas e cooperantes. E a nossa capacidade de agir em múltiplas direções, sem ter que fazer micro gestão, ou seja, cooperar e acreditar na capacidade das pessoas sem ter que se sobressair em tudo. Precisamos de não ter medo de liderar sem perder a identidade.
“ VAMOS CONQUISTANDO O NOSSO LUGAR AOS POUCOS, COM RESULTADOS
PAULA MOUTA
Presidente do Observatório da Saúde dos Povos
MEP’s Interest Group “EU Patients’ Rights & Cross-Border Healthcare”
Presidente da Associação Europeia de Saúde Educativa e Preventiva em Epigenética (AESEP)
alimento é vida”
A NOSSA SUSTENTABILIDADE
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“O
A palavra sustentável deriva do latim “sustentare”, que significa: defender, apoiar, cuidar e conservar. Ter saúde com sustentabilidade, é ser capaz de agir dia-a-dia numa atitude de respeito pelo nosso corpo e pela nossa vida. É por isso, urgente que a sociedade civil seja cada vez mais envolvida numa atitude de compreensão, onde todos precisam de transformar o conhecimento em ações e atuações práticas para melhorar a
saúde nas cidades. Este conceito precisa de ser aplicado nas escolas básicas e em cada núcleo familiar.
Uma alimentação adequada é a condição necessária para se ter um património genético, cultural e socioeconómico mais evoluído. O conhecimento científico precisa de ser traduzido em informações acessíveis à sociedade. Para isso, é fundamental que se se organizem, seminários e palestras,
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mobilizações de cidadãos, do governo e organizações, para que se faça um caminho de mudança nos padrões de saúde das populações.
A saúde dos povos é algo que é anualmente “cuidado” e protegido por diversas entidades no mundo, e cada país faz a sua própria gestão de recursos sobre esta preocupação global. No entanto, há algo que está esquecido: o cuidado a ter com a saúde e todas as transformações sofridas pelas populações migrantes...todas as mudanças sofridas pelas pessoas que migram, estão, de alguma forma, a modificar o seu padrão de saúde e a a sua sustentabilidade. Ao deslocarem-se geograficamente estão a criar novos padrões de desequilíbrio na sua estrutura metabólica, física e emocional. E os mais evidentes começam, pela adaptação a novos hábitos alimentares, além dos fatores climáticos, emocionais e socio- humanitários.
A nova realidade europeia, com os fluxos migratórios dos refugiados de guerra e dos povos africanos, mostra-nos que é urgente que as políticas públicas, estabeleçam apoios e projetos de lei, que permitam criar recursos de avaliação sobre as transformações (epigenéticas), sociais e comportamentais, destas populações. É vital que a sociedade atual cada dia mais diversificada, possa ter cidadãos mais saudáveis e com uma adaptação comunitária positiva.
A capacidade inata do corpo humano, tem-nos mostrado que através de cuidados básicos essenciais á boa saúde, é possível gerar mudanças positivas e por isso, podemos restabelecer o
equilíbrio das funções orgânicas.
Existem mecanismos simples de desintoxicação, que contribuem para promover a vitalização do corpo humano, usando os agentes naturais (alimento, água, ar, exercício físico, boas relações familiares, profissionais e pessoais, paz mental e emocional).
A maioria dos cidadãos tem o hábito diário de tomar banho, porque nos preocupamos com a higiene externa do corpo. No entanto, quase todas as pessoas se esquecem que internamente também devemos respeitar as mesmas regras de higiene diária, não apenas uma vez por semana, ou por mês. Precisamos diariamente de contribuir para o equilíbrio dos órgãos que cuidam da remoção de toxinas do corpo, porque são eles os nossos filtros que no dia-a-dia eliminam, ou desintoxicam o corpo de tudo o que ataca o nosso sistema imunológico e o equilíbrio funcional do metabolismo humano.
E que filtros são esses? São o Intestino, rins, fígado e a linfa. Para limpar ou desintoxicar o corpo, precisamos fazer com que as toxinas se transformem em matéria mais solúvel, para que através da urina e da bile possam ser eliminadas. Por isso é tão importante beber água. Este líquido precioso à vida, é o condutor solúvel essencial para este processo, porque remove as toxinas do sangue e contribui para o transporte de oxigénio na corrente sanguínea.
É no intestino e no fígado que ocorrem os principais processos de limpeza.
O intestino é o grande labora-
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tório que equilibra o sistema imunológico, é aqui que reside o grande segredo da nossa saúde.
O uso de probióticos (termo de origem grega que significa “para a vida” ou micro-organismos vivos que protegem a flora intestinal) e prébioticos (fibras não digeríveis), que auxiliam na produção das endotoxinas (toxinas encontradas no interior da célula bacteriana) e que melhoram as funções de proteção imunológica.
Por isso, é importante o consumo de alimentos que auxiliam o bom trabalho do intestino, e contribuam para o aumento de nutrientes como as glutaminas, o zinco e os ácidos gordos essenciais, que atuam na reparação da mucosa intestinal.
A maneira mais saudável para reparar o equilíbrio vital do nosso organismo, é consumir alimentos que tratam e nutrem; os chamados de “nutracêuticos”, em vez de vivermos a tomar suplementos de apoio.
. Como probióticos e em substituição dos alimentos lácteos, o chocolate negro (70%) é um dos “nutracêuticos” recomendados. O processo de fermentação dos grãos de cacau possui uma atividade maior que as bactérias do leite, de acordo com alguns estudos científicos. Outros alimentos são; a clorella, spirulina, azeitonas, leite de soja, moringa, banana e pão integral e sementes germinadas.
. Como prebióticos, temos por exemplo o alho francês, tomate, banana, cereais integrais, como a cevada, aveia e trigo integral, o mel
e cerveja, que devem ser de uso não muito prolongado. A pectina, que está presente na entrecasca dos cítricos, no maracujá e na maçã. As ligninas nas cascas de frutas oleaginosas (linhaça, gergelim, amêndoas…) e leguminosas como o grão e o feijão. A inulina que é encontrada no alho, na cebola, nos espargos, na raiz da chicória e na alcachofra.
No fígado também se armazenam nutrientes e produzem-se as proteínas e as vitaminas essenciais para a nossa saúde. São os fatores alimentares, os maiores responsáveis pelo equilíbrio metabólico de cada indivíduo e que podem influenciar a nossa expressão genética inata de renovação celular.
Por isso, desintoxicar ou fazer um detox não pode ser feito só quando nos apetece, ou quando queremos emagrecer. Esta preocupação deve ser um processo diário, tal como o banho e tudo aquilo que envolve o nosso bem-estar. Devemos ter a preocupação diária de praticar uma alimentação equilibrada e saudável.
Combine um elemento de cada, da lista de prebióticos e de probióticos enumerada acima e beba no mínimo oito copos de água de boa qualidade, por dia. Deve ainda reduzir o consumo de açúcar e de gorduras, aumentar a ingestão de alimentos vivos (crus), caminhar 45 minutos todos os dias e expor-se por 15 minutos ao sol entre as 09h e as 12h. Pratique o hábito do abraço, ame e sorria mais. Ser saudável e ter uma vida sustentável, depende essencialmente de si, afinal, “O Alimento é Vida”.
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“
INTESTINO, E CONTRIBUAM PARA O AUMENTO DE NUTRIENTES
É IMPORTANTE O CONSUMO DE ALIMENTOS QUE AUXILIAM O BOM
TRABALHO DO
Maria Franco, uma Mulher num mundo em que, geralmente, reina o género masculino, juntou-se à COCUS há 3 meses com a missão de garantir o crescimento e preparar a organização para a escalabilidade necessária.
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A paixão pela tecnologia fê-la romper com o convencional
A COCUS nasceu na Alemanha há 20 anos e é neste momento uma marca líder que desenvolve e implementa soluções de TI inovadoras. Motivada pela reputação nacional para a qualidade dos investimentos nearshore à data e pela presença de um Managing Director português, a COCUS Alemanha criou um Digital Hub em Portugal para dar resposta a uma necessidade de um importante cliente, o maior grupo global de Turismo. “O nosso país tem para oferecer uma pool de pessoas extremamente bem qualificada em IT, reconhecida internacionalmente pela dedicação ao cliente, qualidade nos resultados e custo ainda competitivo. Este Digital Hub serve agora outros grandes clientes internacionais, numa procura de diversificação do nosso portefólio.” Há três meses, Maria Franco, entusiasmada pela evolução e ritmo de mudança e acreditando que a tecnologia é o lugar ideal a uma aprendizagem contínua, desafiante e que traz oportunidade de impactar, abraçou o desafio. Sentiu que todo o percurso até aqui foi decisivo
para atingir o sucesso e sente-se em posição de igualdade para com os seus colegas, independentemente do género. “Não considero que o meu género afetou o meu percurso. Acredito que a luta depende das nossas características pessoais e do nosso contexto. Fui mãe duas vezes, e tenho a sorte de ter um marido fantástico que me complementa, assim como uma rede de apoio à minha volta para tudo o que não considero prioritário para mim.” e destaca ainda o papel da Mulher no seu ramo profissional: “Antes de mais gostaria de relembrar que as mulheres sempre estiveram ao mais alto
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“ NÃO CONSIDERO QUE O MEU GÉNERO AFETOU O MEU PERCURSO. ACREDITO QUE A LUTA DEPENDE DAS NOSSAS CARACTERÍSTICAS PESSOAIS E DO NOSSO CONTEXTO
nível na área das TI, não nos podemos esquecer que o primeiro programa foi escrito por uma mulher, Ada Lovelace.” É por esse motivo que acredita que o mundo evolui no sentido da integração do feminino na liderança e nos fala hoje do seu exemplo de sucesso. Assume que, ao longo da História, apesar de existir exceções, o papel tradicional das mulheres limitou o acesso a cargos importantes. “Hoje, felizmente, cada vez mais vemos mulheres assumirem um papel impactante e serem reconhecidas. Na COCUS a proporção de mulheres é maior nos cargos de gestão do que no conjunto total da empresa. Isto deve-se a certas características que estas mulheres trazem, tais como uma maior apetência para cuidar dos outros, gerir riscos e tomar decisões com maior análise. Por isso considero que empresas que apostam no profissionalismo da mulher irão naturalmente beneficiar de maior satisfação dos colaboradores, melhor qualidade e melhores resultados na bottom line.” Maria revela sentir tristeza quando se depara com casos de jovens mulheres que evitam cursos tecnológicos, sobretudo na área da informática, considerando que se trata de uma questão de falta de informação relativamente à área e ao potencial de carreira, e olha para este facto com uma responsabilidade em ajudar, informar e contribuir para a mudança de paradigma e dar lugar a escolhas mais informadas. Focada em reforçar as competências da equipa de gestão da COCUS Portugal, Maria Franco partilha que o plano estratégico para 2023/25 está a ser desenhado
e que o seu contributo passa muito pelo reforço de confiança das pessoas: “elas são criativas e com extremo potencial e só precisam de orientação para continuarem a crescer! Acreditamos que pessoas felizes no seu ambiente de trabalho conseguem naturalmente entregar com sucesso e fidelizar ainda mais os clientes.” O ingrediente secreto é o «way of working», apurado por muitos anos de experiência e refinado pela diversidade da equipa. Em relação à equipa com que trabalha, na qual revê imenso valor e empenho, assume a «garra» e capacidade de inovação que têm permitido contribuir em algumas áreas imergentes como por exemplo, “projetos de Machine Learning onde desenvolvemos modelos de Deep Learning, Reinforcement Learning e Neural Network onde grande parte destes produtos são sustentados por uma ferramenta de MLOps totalmente desenvolvida em cloud AWS; Internet of Things onde estamos envolvidos num projeto com um parceiro multinacional e que assegura atualmente conectividade a mais de 10 milhões de dispositivos IOT”, assumindo que contam com “profissionais muito especializados e pessoas muito conhecedoras na indústria dos nossos clientes, de forma a possibilitar a utilização da melhor solução para as melhorias ou resolução de desafios que o negócio enfrenta.”
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“ HOJE, FELIZMENTE, CADA VEZ MAIS VEMOS MULHERES ASSUMIREM UM PAPEL IMPACTANTE E SEREM RECONHECIDAS
“ GOSTO DE PENSAR QUE FUI ENGENHEIRA DESDE PEQUENINA, PORQUE SEMPRE GOSTEI DE DESMONTAR COISAS COMPLEXAS E DE RESOLVER PROBLEMAS
“
UM DOS ASPETOS FUNDAMENTAIS PARA ATRAIR E RETER ESPECIALISTAS DE TI É DAR-LHES UM DESAFIO
O êxito de uma marca é inegavelmente consequência do empenho dos seus recursos humanos. O lançamento da COCUS Portugal foi liderado por António de Carvalho, “um grande gestor muito próximo das pessoas e que conseguiu criar um ambiente de trabalho e espírito de equipa com pessoas engaged”, denota Maria Franco, falando de uma missão que se alinha com a sua, em que se concentra em reforçar as competências da equipa de gestão, tornando os líderes ainda mais fortes e os processos escaláveis. Especialista na liderança no feminino, nas tecnologias e nos recursos humanos, assume que “Em Portugal a sociedade empresarial tem estado a mudar, com cada
vez maior formação dos seus quadros dirigentes, mais digitalização e maior alinhamento internacional em cada setor; a meu ver é uma evolução positiva que também traz gradualmente melhores práticas de gestão de pessoas. Devemos ainda investir mais no reforço de confiança das jovens para que não se revejam em estereótipos desatualizados, desmistificar as profissões tecnológicas para que todos possam perceber, por exemplo, o que faz na prática um engenheiro informático. Tem havido cada vez mais ações de awareness sobre diversidade social e cultural, seria melhor ainda que qualquer dirigente de empresa seja preparado convenientemente nestes tópicos.” A
pensar em grandes Mulheres e grandes profissionais, Maria Franco deixa alguns conselhos que considera fulcrais rumo ao sucesso: “- Prepara-te, investe em ti, trabalha, garante que trazes valor; - Mostra-te, torna-te visível, participa, assume os teus sucessos; - Procura um(a) mentor(a) ou um grupo de apoio.”
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“ A TECNOLOGIA ESTÁ SEMPRE EM EVOLUÇÃO E MUTAÇÃO CONTÍNUA!
Inês Tralha apresenta método único de ensino do surf
Pioneira na criação de uma escola de surf profissional em Portugal, a academia “Good Surf Good Love”, a treinadora apresenta um método de ensino único e personalizado, desenvolvido a partir da biomecânica e da neurociência
Reconhecida em Portugal como uma referência do surf no feminino, Inês Tralha rapidamente ganhou projeção na sua trajetória no desporto. Tendo conquistado o primeiro lugar no campeonato nacional de surf feminino em 2000, foi também uma das primeiras atletas a competir numa equipa com um patrocínio (Siemens Mobile), além de pioneira na criação de uma escola de surf profissional em Portugal, a Good Surf Good Love, atualmente em Peniche e em Santa Cruz, procurada por atletas, amantes do desporto e até curiosos do mundo inteiro.
Com mais de 20 anos de experiência dentro e fora de água, a treinadora profissional de surf reúne um conhecimento invejável na área, o que a levou a criar uma metodologia de ensino personalizada e única
no setor, o METSIT - Método de Ensino e Treino de Surf Inês Tralha. Trata-se de uma técnica desenvolvida com base nas raízes da biomecânica e da neurociência, mas que, principalmente, leva em consideração as características e necessidades específicas de cada aluno, ao contrário da massificação que há no mer-
cado relativamente às escolas de surf.
“Há algo de muito intuitivo no surf, mas também de muito técnico. Aprendi isso desde cedo, especialmente durante os meus treinos. Afinal, embora o mar não seja sempre igual, existe um padrão constante na forma como as ondas quebram. E foi este mesmo
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pensamento que me ajudou a desenvolver o meu método”, conta Inês Tralha que, entre as suas referências, consulta livros de peso na área, como “Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano”, “Neuroscience for Learning and Development” e “Peak - The New Science Of Athletic Performance That Is
Revolutionizing Sports.” Licenciada em Educação Física e Desporto pela Universidade Lusófona e com uma Pós-Graduação em Surf pela Faculdade de Motricidade Humana, a treinadora de surf conjuga um tipo de conhecimento mais científico com as especificações de cada aluno, desenvolvendo assim um ensino altamente personalizado e rigoroso a partir uma bateria de testes que definem os focos de atenção na aprendizagem.
“O meu método de ensino é muito mais personalizado, focado e detalhado do que é encontrado no mercado, indo ao encontro das necessidades, características e histórico específicos dos alunos. Faço questão de observar e registá-los enquanto praticam. Consigo detetar o que tem de ser ajustado, o que pode ser melhorado, adaptando o treino em específico para aquela situação em particular. Muitas vezes são detalhes muito pequenos, mas que fazem toda a diferença, assim como perce-
ber os hábitos que trazem de outros desportos que praticam, ou praticavam anteriormente, para reconstruirmos novas habilidades a partir deles. Daí a importância de eu os conhecer em particular e com profundidade”, acrescenta. A preocupação da treinadora de surf passa por apresentar um cuidado imenso com o processo de aprendizagem, principalmente nos adultos. “Sempre fui apaixonada por biomecânica, fisiologia do esforço, teoria e metodologia do treino, cinesiologia e didática. Mas, mais recentemente, o meu foco de estudo tem sido na área da neurociência, pois eu queria entender como realmente funciona o processo químico da aprendizagem. Na universidade, aprendi tudo sobre as várias etapas do desenvolvimento e da adaptação motora e cognitiva das crianças, mas não nos ensinaram sobre o processo de aprendizagem dos adultos, algo extremamente importante para poder disponibilizar aulas de surf com excelência.”
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Mazars e Gender Balance Observatory desmistificam mitos que bloqueiam progressão feminina
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Relatório ‘Mitos e barreiras que bloqueiam a progressão das mulheres’ analisa e desmistifica oito mitos em contexto laboral. Entre estes estão a falta de ambição e a aversão ao risco entre as mulheres, a questão da maternidade ou das quotas e meritocracia. Estudo da Mazars e Gender Balance Observatory identifica também as soluções para uma mudança bem-sucedida e coincide com o lançamento de uma ferramenta de autoavaliação sobre estratégias de diversidade para CEO e executivos de topo.
Mazars, empresa internacional de auditoria, fiscalidade e consultoria, e o Gender Balance Observatory uniram-se para abordar os estereótipos e preconceitos que persistem como obstáculos ao aumento da diversidade de género nas organizações e sugerir propostas sobre como estes podem ser resolvidos.
O relatório ‘Mitos e barreiras que bloqueiam a progressão das mulheres’ apresenta um conjunto de mitos desmistificados por especialistas e líderes em igualdade de género, bem como uma nova ferramenta desenvolvida para ajudar os CEO a avaliar rapidamente os programas de diversidade nas suas organizações e entender se implementaram as medidas certas para acelerar a igualdade de género.
Embora não existam soluções
únicas – cada empresa tem uma cultura corporativa própria que exige uma série de soluções direcionadas – todas as empresas compartilham a necessidade de ajustar ou compensar um campo de atuação social e profissional desigual para as mulheres, sustentado por mitos socioeconómicos, assim como por preconceitos culturais e inconscientes.
Para Patrícia Cardoso, Partner da Mazars em Portugal, “são já amplamente conhecidos os benefícios para as organizações da diversidade de género na liderança. Afinal o que podemos fazer para ultrapassar os mitos e preconceitos que bloqueiam o progresso das mulheres e que continuam a persistir na Sociedade? Esta deve ser uma preocupação de todos e não apenas das mulheres. A Mazars pretende com
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esta iniciativa munir as organizações de ferramentas de diagnóstico e acelerar a igualdade de géneros. A construção do futuro deve assentar em modelos de igualdade.”
Gerir a diversidade: uma ferra-
menta de autoavaliação para a administração de topo Porque a gestão da diversidade e inclusão se tornou numa competência essencial para os gestores, a Mazars e o Gender Balance Observatory desenvolveram uma ferramenta
de autoavaliação para CEO. Esta checklist de verificação concreta, educativa e prática permite que os CEO avaliem rapidamente a relevância dos seus programas de diversidade de género, com base nas seis medidas para acelerar a diver-
sidade de género publicadas pelo Observatório.
Os mitos acerca da diversidade nas organizações
São no total oito os mitos
identificados pelos especialistas consultados pela Mazars e o Gender Balance Observatory nesta iniciativa: i. “As mulheres não têm ou têm menos ambi-
ção”; ii. “A maternidade não é compatível com uma posição de liderança”; iii. “A mulher invisível” ou “Não encontramos candidatas competentes
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no pool de talentos”; iv. “As mulheres são relutantes ao risco”; v. “O trabalho a tempo parcial não é compatível com funções de liderança”; vi. “As desigualdades de género são encontradas principalmente no topo da escada corporativa”; vii. “Existem empregos masculinos”; viii. “As quotas não são baseadas no mérito e são injustas para os homens, e aumentam o risco de empurrar mulheres incompetentes para posições-chave”. “Dado o ritmo lento da mudança, queríamos entender os mitos persistentes que podem estar a reduzir os esforços das empresas para promover a diversidade de género”, explica Cécile Kossoff, Líder Global de Diversidade e Inclusão do Grupo Mazars. Hervé Hélias, CEO e Presidente do Grupo Mazars, afirma: “Para além da igualdade e da justiça, esta é uma preocupação empresarial. Já não é possível operar numa redoma masculina. A diversidade é uma fonte de abertura e melhor desempenho - permite trocas, novas visões e decisões menos tendenciosas. Hoje, tornou-se uma questão de gestão geral, que deve ser tratada ao mais alto nível.”
Mais legislação é o caminho a seguir?
Ao avaliar a evolução da diversidade a nível global, constata-se que muito já foi cumprido. No entanto, apesar do progresso alcançado, verifica-se ser ainda necessário um longo caminho.
Em 2019, apenas 20% dos membros dos Boards em todo o mundo eram mulheres.
A nível nacional, países como França vieram provar o poder da legislação. Destacando-se
como o país mais avançado nesse domínio, a França, sob o impulso da lei Copé-Zimmermann, conta 46% de mulheres em Conselhos de Administração desde 2021.
“As melhorias foram maiores em países que impuseram quotas obrigatórias, incluindo França, Itália, Alemanha e Bélgica. Mas, juntamente com a legislação, a pandemia veio demonstrar que muitos estereótipos e preconceitos ainda persistem no local de trabalho, o que cria barreiras para que as mulheres cheguem ao nível executivo”, comenta Marie-Christine Maheas, Coordenadora do Gender Balance Observatory, Líder do Mazars Center for D&I e Advisor dos CEO e comités executivos sobre o tema.
“Segundo a ONU, o PIB mundial poderia aumentar em 26% ao reduzir as lacunas entre mulheres e homens no mercado de trabalho: é urgente encontrar soluções concretas! Para iniciar esta jornada, é importante definir objetivos de igualdade de género precisos e ambiciosos a todos os níveis, de modo a orientar as organizações internamente sobre o assunto”, acrescenta Caroline de La Marnierre, Co-coordenadora do Gender Balance Observatory.
“Quebrar essas barreiras exigirá uma mudança internacional na ideologia e na forma como a diversidade e a inclusão são abordadas – o foco deve ser menos no reforço das competências de liderança feminina e mais nas mudanças sistémicas no ambiente de trabalho e nas práticas de negócios”, conclui a Líder Global de Diversidade e Inclusão do Grupo Mazars, Cécile Kossoff.
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Violência psicológica, económica ou social também são violência contra as Mulheres
Ordem dos Psicólogos Portugueses lança novo documento para assinalar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres
A Ordem dos Psicólogos Portugueses lança, a propósito do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, assinalou um novo documento que aborda os diferentes tipos de violência (física, emocional ou psicológica, sexual, económica, social, doméstica e no namoro).
O documento começa por salientar que, “de acordo com a ONU, uma mulher ou rapariga morta a cada 11 minutos. Em 2020 foram assassinadas 81.000 mulheres e meninas em todo o mundo, 47.000 pelos companheiros ou familiares. De acordo com a Comissão para a Cidadania e Igualdade
de Género (CIG), até Outubro de 2022 foram assassinadas 22 mulheres e meninas portuguesas”.
Diferentes tipos de violência contra as mulheres
. Violência física (feminicídio, agressão física, estaladas, empurrões, murros, maus-tratos e espancamentos, etc.).
. Violência Emocional e Psicológica (ameaças, intimidação, chantagem, humilhação, insultos, gaslighting, stalking, murros, injúria, difamação, coersão, manipulação, revenge porn e sextorsion, etc.)
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. Violência Sexual (limitação de direitos sexuais e reprodutivos, escravatura sexual, abuso sexual, violação, atentado ao pudor, prostituição, lenocínio, aborto forçado, casamento infantil, assédio sexual, incesto, pornografia infantil, mutilação genial, violação no casamento, tráfico de mulheres, etc.)
É estimado que 35% das mulheres em todo o mundo sofram, em algum momento, de assédio sexual.
- De acordo com um estudo da FFMS (2018), 79% das mulheres sofre situações de assédio sexual no trabalho; 94,1% vive situações de assédio sexual em contexto escolar/académico.
- De acordo com dados de 2022 da Comissão Europeia, 23% das mulheres sofre de abuso ou assédio online, a nível global.
. Violência Económica (Controlo financeiro, chantagem, roubo, humilhação, apropriação, vingança financeira, desvalorização, ameaça, etc.)
Mulheres que são vítimas de controlo financeiro são mais vulneráveis a experiências de abuso físico, sexual e psicológico.
. Violência Social (pobreza, casamento infantil, desigualdade salarial, discriminação laboral, discriminação social, exploração, mobbing, segregação, alienação parental, objectificação, rapto, difamação, ostracização, etc.)
- De acordo com a UNICEF, 12 milhões de meninas, por
ano, são forçadas a casar.
- Segundo dados da Pordata, o fosso salarial entre homens e mulheres em Portugal aumentou de 10,9%, em 2019, para 11,4%, em 2020. Este valor corresponde a uma perda de 51 dias de trabalho remunerado para as mulheres.
- De acordo com um estudo da CGTP, a diferença salarial entre homens e mulheres chegou aos 16% no último trimestre de 2021.
- De acordo com a Fundação Scelles, existem cerca de 40-42 milhões de mulheres a trabalhar como prostitutas em todo o mundo (por oposição a 10,4 milhões de homens). 50% já trabalhou na prostituição enquanto criança. 90%
Há ainda conceitos agregadores:
. Violência Doméstica (relação entre um conjunto de pessoas, na qual estão presentes atos que, de forma global, são definidos como comportamentos violentos intencionalmente exercidos de forma isolada ou continuada, por uma ou mais pessoas, sobre uma ou mais pessoas e que provocam danos físicos, emocionais, sexuais e/ou psicológicos que se fazem sentir de forma imediata, a médio ou a longo prazo.
- De acordo com a OMS, 24% das mulheres entre 15 e 19 anos já sofreram violência física ou sexual do seu companheiro, pelo menos uma vez. Segundo o Conselho Superior de Segurança
Interna, em 2021 foram registadas 26.520 denúncias de violência).
- A Rede Nacional de Apoio às vítimas de violência doméstica acolheu (dados compilados no terceiro trimestre de 2022) 853 mulheres, 706 crianças e 15 homens.
- Em 2020, 28 mulheres morreram vítimas de violência doméstica, de acordo com dados da Polícia Judiciária, GNR e Procuradoria Geral da República.
. Violência no Namoro (quando o/a nosso/a parceiro nos magoa (física, emocional ou sexualmente) e nos controla a nós e à nossa relação. É um ato de violência, pontual ou contínuo, que tem como objetivo ter mais poder e controlo do que a outra pessoa envolvida na relação)
- Em 2022, a PSP registou 2215 denúncias de violência no namoro, enquanto a GNR registou 1105 crimes de violência no namoro. De acordo com a PSP, a grande maioria das vítimas é do sexo feminino.
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Universidade de Évora desenvolve a Plataforma PISTA
A Universidade de Évora desenvolveu a Plataforma PISTA Digital - Sistema Inteligente do Turismo Sustentável do Alentejo e Ribatejo, a qual visa proporcionar aos agentes turísticos uma ferramenta tecnológica que contribua para o seu envolvimento na avaliação dos riscos, custos, impactos e limites da sua atividade. Desenvolvida no âmbito do projeto PISTA, coordenado por Jaime Serra, Professor do Departamento de Sociologia e investigador do CIDEHUS, da Universidade de Évora, esta ferramenta promete facilitar a identificação de oportunidades de inovação nas organizações e auxiliar na identificação de melhores soluções para a utilização de recursos, no
âmbito dos princípios gerais do desenvolvimento turístico sustentável.
Para Jaime Serra, o PISTA Digital permitirá que todos os agentes públicos, privados e do 3.º setor com intervenção na atividade turística regional, acedam a informação do turismo regional sustentada em dados fornecidos em tempo real e oportuno, como por exemplo, o registo do perfil do visitante na rede de postos de turismo regionais; o comportamento de mobilidade na região Alentejo; a análise de consumos de água e energia realizados pelas unidades hoteleiras com certificação na área da sustentabilidade; a análise da satisfação dos residentes face ao turismo e a análise de sensibilidade no
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A Universidade de Évora (UÉ) desenvolveu um Sistema Inteligente para o Turismo Sustentável do Alentejo e Ribatejo. Denominada de Plataforma PISTA Digital, esta ferramenta pioneira no nosso país, vai ser apresentada no dia 5 de dezembro, numa sessão a decorrer na UÉ que contará com a presença de Rita Marques, Ex Secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços.
website de promoção turística do Alentejo e Ribatejo, entre outros estudos e indicadores. Com esta informação, os decisores políticos, os empresários e outros agentes da cadeia de valor do turismo regional terão condições para definir melhores políticas públicas e melhores ações estratégicas, contribuindo assim para um turismo mais sustentável, centrado em princípios responsáveis de planeamento e gestão dos recursos naturais, sociais e culturais da região do Alentejo e Ribatejo. De referir que a infraestrutura tecnológica que suporta
a Plataforma PISTA DigitalSistema Inteligente do Turismo Sustentável do Alentejo e Ribatejo está alocada ao Centro High Permance Computing da Universidade de Évora (HPC-UÉ), constituindo-se esta plataforma como uma ferramenta de monitorização do desenvolvimento sustentável, “sendo a região Alentejo e Ribatejo o 1.º destino turístico nacional a integrar um Observatório de Turismo Sustentável na rede internacional de Observatórios de Turismo Sustentável coordenada pela Organização Mundial de Turismo e o 1.º destino turís -
tico inteligente em Portugal” recorda Jaime Serra. A apresentação pública desta nova funcionalidade decorrerá no Seminário “Sustentabilidade na região Alentejo: da reflexão à ação” onde vão ser divulgados os resultados do Projeto PISTA entre os quais, o lançamento da Plataforma PISTA Digital. O evento decorrerá no dia 5 de dezembro de 2022, entre as 9h45 e as 18h30, no Auditório Nobre do Colégio Espírito Santo da Universidade de Évora, com a presença da Ex Secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques.
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