Liderança no Feminino - Agosto 2019

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MODA E ESTILO COM A MARCA SANTA MARIA GALERIE GLÓRIA NEVES

MAMMY CHOUX, A CONFEITISSERIE QUE CRIA MEMÓRIAS MARIA LUÍSA CHAMBEL

A OPINIÃO DE PAULO DO CARMO

Agosto de 2019

PRESIDENTE DA QUERCUS

JÁ SABE O QUE VAI MUDAR ESTE ANO LETIVO? RENTRÉE ESCOLAR

LIDERANÇA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA SPI

Publicação da responsabilidade editorial e comercial de Sandra Arouca.

FORMAÇÃO

CRISE AMAZÓNICA:

PORQUE ARDE A AMAZÓNIA?


LIDERANÇA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

“O poder da linguagem e a força do mundo emocional é absolutamente determinante para o sucesso de um gestor de topo!”

20 DE SETEMBRO - PORTO Na Sociedade Portuguesa de Inovação Formadora: CÉLIA AZEVEDO Mestre em Sociologia, especializada em Liderança e Inteligência Emocional; Certificada em PNL INSCRIÇÕES LIMITADAS | redacao@liderancanofeminino.org


ÍNDICE 2 | Editorial 4 | A crise Amazónica (Catarina A. Fernandes) 10 | Abraçar a comunicação inclusiva (Paulo do Carmo, Presidente da Quercus) 16 | Moda e Estilo com a marca Santa Maria Galerie (Glória Neves)

20 | Mammy Choux, a Confeitisserie que cria memórias (Maria Luísa Chambel)

26 | Já sabe o que vai mudar este ano letivo? (Rentrée escolar)

28 | Liderança e Inteligência Emocional (Formação)

32 | Destino: Rússia 38 | Detox: Recuperar a forma depois das férias FICHA TÉCNICA Direção e Edição: Sandra Arouca Colaboração da Media XXI | Formalpress Colaboração: Célia Azevedo, Catarina Fernandes, Paulo do Carmo e Rui Chaves. Periodicidade - Mensal Contactos: geral@liderancanofeminino.org redacao@liderancanofeminino.org Registada na ERC com o n.º 126978 Propriedade de Sandra Arouca Sede e Redação - R. Nova da Junqueira, 145 4405-768 V.N.Gaia Liderança no Feminino tem o compromisso de assegurar os princípios deontológicos e ética profissional dos jornalistas, assim como pela boa fé dos leitores. O conteúdo editorial da Revista Liderança no Feminino é totalmente escrito segundo o novo Acordo Ortográfico. Todos os artigos são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião da editora. Reservados todos os direitos, proibida a reprodução total ou parcial de todos os artigos, sem prévia autorização da editora. Quaisquer erros ou omissões nos artigos, não são da responsabilidade da editora.


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EDITORIAL Nesta edição de agosto, mais que um apelar à consciência de cada indivíduo, queremos incentivar à reflexão crítica e estimular a procura de informação, alertando para as falácias que facilmente circulam devido à simplicidade que a tecnologia e as redes sociais, essencialmente, nos trazem aos dias de hoje. Sendo que as questões ambientais se centram no topo da discussão um pouco por todo o mundo, nomeadamente junto do G7, isto é, o grupo de sete países criado em 1975, unindo os países mais industrializados do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, embora a União Europeia também esteja representada, exibindo as sete economias mais avançadas do mundo, trazemos uma reflexão acerca do estado atual da maior floresta tropical do mundo: Amazónia. Entre a passagem por grandes marcas e diferenciadas gestoras de topo, que primam pelo trabalho em equipa, o empenho e o destaque pela liderança no feminino, nas mais diversas áreas do empreendedorismo, realçamos nesta edição as empresárias: Glória Neves e Maria Luísa Chambel. A rentrée escolar traz muitas novidades, fique a par do que irá mudar este ano letivo.

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A 20 de setembro, destacamos a formação sobre inteligência emocional como necessária e capacidade intrínseca a qualquer gestor de topo. A formação está limitada a 15 participantes. Aliando o quociente emocional ao da inteligência teremos líderes de sucesso absolutamente eficazes e é com base nesta premissa, que abordamos esta temática a ser desenvolvida num evento organizado pela Revista Liderança no Feminino, como media partner da Sociedade Portuguesa da Inovação – SPI, na cidade do Porto. Acreditamos que é junto dos melhores que primaremos pela diferença! Por fim, e igualmente importante, contamos com um parecer do presidente Paulo do Carmo, da Organização Não Governamental portuguesa, a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, fundada a 31 de outubro de 1985.

Sandra Arouca


TEMA DE CAPA:

Ambiente


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A CRISE AMAZÓNICA A floresta que abriga 2500 espécies de árvores e 30 das 100 mil espécies de plantas que existem em toda a América Latina, é notícia diária devido à imprudência proveniente do Homem, possível de causar danos irreversíveis no ecossistema. Apesar de diversos estudos trazerem a mote que o verdadeiro pulmão do planeta terra encontra-se nos nossos oceanos, a Amazónia é uma floresta, um gigante tropical de 4.1 milhões de km2, que vive do seu próprio material orgânico. O Brasil, apesar de aclamado como o país de maior diversidade biológica do mundo, tem a sua riqueza sob constante ameaça, sendo o desmatamento anual da Amazónia, as queimadas, a conversão das terras para a agricultura e os empreendimentos realizados em áreas ainda preservadas, das maiores problemáticas. Embora o Brasil tenha uma das mais atuais legislações ambientais do mundo, ela parece insuficiente face à devastação da floresta. A insuficiência de recursos humanos para fiscalização, a dificuldade na monitorização de determinadas áreas e a fraca administração das áreas protegidas, bem como, o deficiente envolvimento da população local são as carências mais acentuadas da região. A ocupação da região amazónica intensificou-se na década de 40, quando o governo implementou estímulos para esse efeito. Com estas medidas, as queimadas e o desmatamento tornaram-se cada vez mais frequentes. A representação destas medidas repercute em mais de 12% de área original destruída.

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Ao longo dos últimos anos, a Amazónia tem sido negligenciada. Interesses de entidades diversas têm-se sobreposto ao fator ambiental e, exemplo disso, são as implementações das centrais hidroelétricas. A discussão em voga remete para a relação do Brasil com os países do G7, o grupo das sete nações mais industrializadas do mundo. Este grupo disponibilizou uma ajuda imediata de 17.95 milhões de euros para combater os incêndios na maior floresta tropical que, se por um lado uns consideram ser do planeta e não somente de um país, por outro lado, o povo brasileiro almeja que os estrangeiros abandonem, por fim, as suas terras. Após a cimeira decorrida em França, Macron, Presidente desta, questionou a estratégia do Governo brasileiro sobre a Amazónia e reage com a defesa de que a questão tem um estatuto internacional. A maior floresta tropical do mundo inclui territórios não somente do Brasil, como do Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Suriname e Guiana Francesa. Convém não esquecer que, infelizmente, não somente a Amazónia sofre com os incêndios.

Floresta da Amazónia


A República Democrática do Congo, tal como Angola, registam no espaço de dois dias, quase cinco vezes mais fogos do que os registados no Brasil, tirando a Amazónia do primeiro lugar do número de incêndios. Segundo a Globral Forest Watch Fires, no período entre 19 e 26 de agosto, foram registados cerca de 135 mil alertas de fogos em Angola e, 104 mil alertas na República Democrática do Congo, sendo que 88 mil remetiam para alertas no Brasil.

Segundo Malhi, professor de Ciência de Ecossistemas da Universidade de Oxford, se 30 ou 40% da floresta Amazónia fosse devastada pelo fogo, haveria a possibilidade de alteração de todo o clima da floresta, sendo que esta leva 20 a 40 anos a regenerar-se. Note-se que cerca de 80% da Amazónia ainda é floresta virgem. E, embora a regeneração esteja presente, os fogos constantes e de grandes dimensões poderão levar a danos permanente e irreversíveis.

Obviamente que a observação que acabamos de fazer não minimiza o impacto dos fogos no Brasil, contudo, serve de alerta para a intensidade e modo como a comunicação foi exteriorizada por todo o mundo. A discrepância das atenções entre uns e outros fogos foi mote de controvérsia, principalmente nos veículos sociais.

Ao longo dos últimos anos, a Amazónia tem sido negligenciada. Interesses de entidades diversas têm-se sobreposto ao fator ambiental e, exemplo disso, são as implementações das centrais hidroelétricas.

Atualmente ainda não é conhecida a área ardida circundante à Amazónia, contudo, muitas são as especulações e sabemos que, até final de julho, aproximadamente 18 mil km2 tinham ardido (INPE). Apesar da estação seca ser propícia a desencadear incêndios, verifica-se que apenas uma pequena parte dos fogos não terá causas naturais. O diretor da organização sem fins lucrativos Amazon Watch, Christian Poirier, afirma mesmo que a grande maioria dos incêndios tem origem humana, remetendo para o facto das atividades pecuárias e agrícolas utilizarem os fogos para limpar a terra e a deixarem pronta para uso, como justificação para o crescente número de queimadas.

Um dos danos permanentes que podem ter um impacto global a longo prazo, contribuindo para o aquecimento global, prende-se com o monóxido de carbono libertado pela madeira das árvores queimadas, que se traduz numa enorme preocupação, sendo que a América do Sul sentirá o efeito imediato no clima, levando à chuva reduzida e, consequentemente, à intensificação da estação seca. Falar da Amazónia, sem falar das tribos indígenas, a discussão não fica completa. As tribos vivem e dependem inteiramente das terras. Segundo as notícias divulgadas, cerca de 148 terras indígenas estão

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ameaçadas pelo fogo na Amazónia. A discussão sobre a política ambiental que recai sobre o governo brasileiro insinua que existiram erros na gestão desta problemática. É de conhecimento público que a devastação da Amazónia pelos fogos é, nesta altura, comum. A situação repete-se ano após ano, como confirma o vice-presidente Hamilton Mourão. O Presidente Jair Bolsonaro decretou a proibição de queimadas durante dois meses e aprovou o recurso aos militares para ajudar no combate ao fogo. Contudo, são várias as tribos que continuam em perigo eminente, sendo que muitas estão em locais pouco acessíveis e, outras, ainda sequer desconhecidas. O que se discute agora é que chegou o tempo de deixar a casa Amazónia descansar, sendo que os ativistas e parte do povo brasileiro defende que chegou a hora de dizer “basta”, de explorar a floresta que é sua, em prol da sustentação da economia de países como a França, Alemanha, entre outros. Com o olhar e a consciência ativos, algumas marcas fizeram questão de comunicar que encerravam agora as suas práticas de compra de matéria provinda da Amazónia, como é o caso da VF Corporation, a empresa americana que detém marcas de vestuário e calçado como a Timberland ou a Vans, declarando que não vai comprar mais couro do Brasil até garantir que a produção dos materiais que importa, não prejudica o meio ambiente.

No estado de Rondónia, o que resta de uma boa parte da floresta Amazónica reduz-se a cinzas. O bioma mais afetado no país já se tornou visível através de manchas de fumo captadas pela NASA. Nas imagens registadas, verificam-se quatro dos oito estados que a Amazónia ocupa no país. Ainda que o estado atual seja crítico, a NASA confirma que o registo de incêndios ocorre nos diferentes países, sendo que ainda se encontra ligeiramente abaixo da média, em comparação com os últimos 15 anos. Mato Grosso revela-se como o estado mais afetado, com mais focos de incêndio registados, com 13.999, seguindo-se pelo estado do Pará, com 9.818 que, neste caso, já é o país com maior número de incêndios nos últimos sete anos.

A controvérsia das ONGs Polémica é a discussão sobre o papel das Organizações Não Governamentais (ONGs), a qual o próprio Presidente acusa de ações ilícitas na propagação dos incêndios. Em causa estão os cortes nos apoios governamentais que, eventualmente, poderão ter motivado estas entidades a instigar os incêndios florestais, com o intuito de prejudicar o atual governo.

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Na falta de provas que sustentem estas acusações, o Presidente arremata que a falta de dinheiro leva as pessoas ao crime. Já Alberto Setzer, pesquisador, explica que o clima no ano de 2019 está mais seco que o ano anterior, originando mais incêndios, mas garantindo que grande parte deles não tem origem natural, sendo sim, proveniente das queimadas. Isto é, de forma acidental ou propositada, a conclusão é comum: a origem está na atividade humana e a intensificação da seca que se prevê pode ainda agravar a situação atual. A atividade das ONGs é colocada em causa, quer pela internacionalidade que têm na sua origem, que leva a interesses económicos que se sobrepõem aos interesses da floresta, dos seus animais e do seu povo, quer pela intervenção apenas direcionada à Amazónia. As informações são diversas e é preciso um olhar atento, uma curiosidade sobre procurar a informação fidedigna. Se por um lado se afirma que na Amazónia existem 100 mil ONGs em atuação em contraposição com nenhuma na região do Nordeste, que carece de problemáticas várias, nomeadamente a fome e pobreza extrema, por outro lado, outras informações afirmam que esta indicação é falsa, reafirmando que existem 15.919 ONGs na Amazónia e 44.496 no Nordeste brasileiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, à data do ano de 2016. Já o Mapa das Organizações da Sociedade Civil (OSC) do IPEA também traz números contraditórios, levando uma contagem de ONGs presentes no Nordeste superior às que atuam na floresta tropical. Contudo, mesmo esta análise quantitativa do número de organismos a atuar junto destas áreas, varia de entidade para entidade, dificultando a leitura de quem pretenda perceber um pouco do que se passa na Amazónia. No entanto, esta discussão sobre o império das ONGs e o loteamento da Amazónia passa a estar de olhares e dedos mais atentos e voltados sobre si. Entre comunicados e informação dispersa e diversa, na luta pela Amazónia que pertence a todos e a Amazónia que pertence aos locais, na conspiração e pelos que lutam de momento frente às chamas, todos se encontram em congruência: a floresta tropical é única, rica, insubstituível. Cabe melhorar a gestão da sua ocupação, da utilização da sua terra e dos seus recursos. Acima de tudo, deve a cada um a sua pequena mudança, por um planeta que é de todos.




A floresta tropical é única, rica, insubstituível. Cabe melhorar a gestão da sua ocupação, da utilização da sua terra e dos seus recursos.


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PORQUE ARDE A AMAZÓNIA?

“ Cada geração, no uso e na herança da terra, é depositária da confiança das futuras gerações, e tem o dever de prevenir danos irreparáveis para a vida na terra e para a liberdade e dignidade humanas”. ( Jackes Ives Cousteau- Explorador, Ativista, Ecologista, Cientista, Fotografo, Cineasta e Autor Francês- 1910-1997). Finalmente, e com bastante atraso, foram proibidas as queimadas na Amazónia pelo Governo Brasileiro. A devastação da Amazónia é um problema Político/ Económico com impactos elevadíssimos no Ambiente. A desflorestação da Amazónia não surgiu em Agosto de 2019, bem pelo contrário, trata-se de um problema que surgiu há poucas décadas, que se tem agravado ano após ano, e que infelizmente só se tornou um assunto mundial, quando este ano surgiram vários incêndios violentos. É preciso sublinhar que a floresta amazónica brasileira permaneceu completamente intacta até à inauguração da Rodovia Trans- Amazónica em 1970.

Mas é a partir de 1991 que a desflorestação tem vindo a aumentar, por várias razões, mas especialmente por causa da criação do gado. E este cenário só pode ser parado e invertido, por vontade e decisão Politica, o que infelizmente e até ao momento ainda não aconteceu. A Floresta Amazónica fornece pelo menos três grandes e importantes contributos Ambientais, dos quais a sobrevivência do ser humano depende. Estamos obviamente a falar da Captura e Armazenamento de Carbono, o Ciclo da Água e a manutenção de toda a Biodiversidade. Por outro lado as árvores da Floresta Amazónica não estão adaptadas ao fogo, e as queimadas sucessivas repetidas nas mesmas áreas provocam uma total mortalidade, com enorme perda de Biodiversidade. Segundo vários especialistas, as queimadas da Floresta Amazónica têm origem criminosa. Primeiro desfloresta-se o terreno( este ano com maior extensão do que nos anos anteriores), depois as árvores são deixadas caídas para secar. Passado algum tempo, por norma 2 meses, incendeiam-se essas árvores. Não havendo praticamente vento na floresta amazónica, a propagação do fogo é efectuada pelo homem. E os efeitos estão à vista de todo o Mundo.

PAULO DO CARMO PRESIDENTE DA QUERCUS

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Com o aumento da população e do consumo esta situação tenderá a agravar-se, pois os proprietários latifundiários promovem e provocam a destruição da Floresta Amazónica, com a necessidade de criar pastagens para alimentar o gado, e também para a produção de soja. Segundo alguns especialistas desde a década de 70 já se desflorestou mais de 10 vezes a área de Portugal. Trata-se sem dúvida de um problema Político, que só os Politicos poderão resolver. E aqui o papel da Comunidade Internacional, nomeadamente a ONU poderá ser não só exigível, mas imprescindível . Se nada for feito para parar esta escalada, perdermos a maior floresta tropical do mundo, com mais de 5,5 milhões e meio de Km2, com a maior área de biodiversidade do planeta, em que vivem 2,5 milhões de espécies de insectos, 40.000 espécies de plantas, 3.000 espécies de peixes, 420 espécies de mamíferos, 430 espécies de anfíbios.

Além disso a Amazónia é uma importante zona de produção de Oxigénio e Carbono, vital para o futuro da Humanidade. Citando Jorge Paiva, Professor e Botânico Português de Coimbra, “ A destruição da Amazónia e das restantes florestas tropicais ao longo dos séculos acentuou-se nas últimas décadas e vai comprometer a sobrevivência da espécie humana, sobretudo nas zonas equatoriais, elas são ecossistemas de elevadíssima Biodiversidade. Não vamos conseguir sobreviver sem essas Florestas Se nada for feito, ou muito pouco vier a ser feito, a Humanidade corre um sério e preocupante risco de exterminação da vida humana. Não podemos brincar com o Fogo.

“NÃO HAVENDO PRATICAMENTE VENTO NA FLORESTA AMAZÓNICA, A PROPAGAÇÃO DO FOGO É EFECTUADA PELO HOMEM. E OS EFEITOS ESTÃO À VISTA DE TODO O MUNDO.”

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EMPREENDEDORISMO


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MODA E ESTILO. DE E PARA MULHERES EMPRESÁRIAS. A moda formal não é sinónimo de um estilo monocórdico. Para percebermos como o look de uma empresária pode realçar o seu lado feminino, estivemos à conversa com Glória Neves, CEO da marca Santa Maria Galerie, criada para servir a mulher que tem o seu próprio estilo de se vestir e de se expressar, sem precisar de dizer absolutamente nada.

Como surge a marca Santa Maria Galerie? “Vista-se mal e notarão o vestido. Vista-se bem e notarão a mulher” Tendo esta máxima como base, a marca nasce da ambição de oferecer às mulheres uma alternativa aos outfits existentes no mercado, primando pela qualidade e design, associando o conforto a um estilo marcado e flexível. As suas coleções são de mulher para mulher. Onde se inspira? A marca inspira-se na Moda e na Arte, pois são ambas expressões pelas quais os artistas transmitem os seus desejos, o mood, as sensações e sentimentos. Dois campos da cultura que se consolidaram a partir da modernidade. Ambos atuam na construção da distinção no substantivo feminino. Utilizamos a produção artística já consolidada como recurso formal da nossa coleção e criações, mantendo a tradição mas desmontando as regras. Como define a linha da sua marca? A marca é definida por um conceito que está presente em todas as peças criadas e desenvolvidas, tendo como pilar e base de cada criação a harmonia entre silhueta e textura, a cor e o caimento. Desenho para mulheres reais e modernas, refletindo que simplicidade é sofisticação.

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A mulher empresária tem necessariamente que usar um look formal? É notório que no mundo empresarial ou corporativo a boa aparência transmite credibilidade e a roupa utilizada pelas mulheres pode fazer toda a diferença. Todavia, a moda - ou melhor o estilo - não precisa ser monocórdico para quem tem um trabalho que exija um visual mais formal. Há maneiras de usar um look formal feminino e ainda assim ficar deslumbrante e com uma imagem renovada. Um caminho simples é harmonizar o look, unindo a formalidade à elegância e ao conforto, vestindo-se com confiança para se sentir insubstituível, primando pela distinção. Que dicas pode dar às nossas leitoras? Mantendo-me no tópico da mulher empreendedora, encarar o dress code corporativo como uma orientação para passar uma imagem positiva. O dress code, na minha ótica, não pode ser uma medida excessiva e, a mulher não deverá perder a sua identidade feminina. Estes looks poderão e deverão ser desconstruídos se usar as peças separadamente. Peças como o fato, o blazer, a camisa, a saia lápis, as calças clássicas e o vestido reto fazem parte do guarda roupa formal, mas podemos desconstruir e reconstruir, acrescentando cor, texturas, cortes ligeiramente evasê, mistura de padrões; usar calças com uma túnica clean ou o blazer com um vestido de corte reto ou evasê, uma camisa com uma cor mais apelativa (...) todas estas sugestões irão trazer um momento de moda ao look formal.


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Estes looks poderão e deverão ser desconstruídos se usar as peças separadamente.


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A CONFEITISSERIE QUE CRIA MEMÓRIAS Entrar na Mammy Choux é sentir o requinte e a frescura da doçaria tradicional portuguesa e também francesa. São doces que primam pela qualidade e que fazem crescer água na boca.

COMO SURGE A MUDANÇA PROFISSIONAL PARA A ÁREA DE PASTELARIA (CONFEITISSERIE)?

A MAMMY CHOUX FOI, INAUGURADA, RECENTEMENTE. QUAL O CONCEITO DESTE ESPAÇO?

Antes desta mudança profissional, ocorreu a decisão de dar um maior apoio e assistência à família, mais precisamente aos meus filhos que, na altura, tinham 7 e 9 anos.

Na Mammy Choux Confeitisserie podem degustar-se doçarias de tradição portuguesa e internacional. Confeitisserie, o termo que criámos e registámos, define o que somos da melhor forma: uma parte confeitaria, a arte de fazer doces ou confeitos; outra, pastelaria com produtos tradicionais e conventuais portugueses, com os seus aromas e paladares intemporais; e ainda um pouco de pâtisserie francesa, com a utilização das suas delicadas técnicas e deliciosas receitas.

Não foi fácil abdicar de uma carreira de 25 anos no setor financeiro (banca), em que investi em duas licenciaturas (Psicologia e Direito), uma pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos e inúmeros cursos realizados em paralelo. Ao longo destes anos, passei pelas áreas Comercial e Recursos Humanos, tendo progredido nas funções de Gestora de Clientes, responsável pela Formação e Gestora de Recursos Humanos nos setores particulares, negócios e empresas. Mas foi decisivo e fundamental este período de tempo dedicado à família. Depois, tudo começa quando resolvo realizar uma formação de Cake Design para aperfeiçoar os bolos de aniversário dos miúdos. A partir daí, não parei mais. Participei em mais de 60 formações nas áreas de doçaria, pastelaria, higiene e segurança alimentar, controlo de custos e afins. Foram vastas horas de aprendizagem e dedicação, com formadores portugueses e internacionais, e uma passagem obrigatória no Le Cordon Bleu, em Paris. E, assim deixei conduzir-me por um novo mundo e avancei para um estimulante desafio: a criação de um espaço elegante, com um conceito inovador, onde pudesse dar a conhecer diversas doçarias caseiras, com serviço de pequenos-almoços, lanches e refeições ligeiras... the new spot in town!

MARIA LUÍSA CHAMBEL Fundadora/Empresária

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Somos também uma mistura de todas estas artes doceiras, como a exposição na loja e as imagens no site e redes sociais bem ilustram. Toda a doçaria é confecionada por nós, resultando numa oferta de produtos com qualidade caseira e fabrico artesanal. Acreditamos que os bolos e as doçarias são componentes essenciais à vivência de bons momentos, sejam eles de celebração ou de partilha. Também a decoração minimalista deste espaço bem iluminado, faz com que o foco de atenção seja direcionado para a vitrine de doçarias, como que de um porta-jóias se tratasse. COMO DESCREVE ACOMPANHA?

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São maioritariamente jovens com formação em pastelaria, hotelaria e restauração que formam a nossa equipa. Apesar de ainda em consolidação, pois abrimos recentemente, a equipa já reflete o espírito de cooperação, a energia e a paixão que perseguimos, orientada para o cliente. A área da confeção está sempre pronta a testar novas criações e o front-office, com maior foco no atendimento ao cliente, encontra-se disponível para dar a conhecer os produtos e orientar os clientes nas suas escolhas. Para além de trabalharmos para alcançar a excelência na qualidade dos nossos produtos,


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“Na Mammy Choux Confeitisserie podem degustar-se doçarias de tradição portuguesa e internacional.”

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também estamos focados para a qualidade de atendimento ao cliente, que passa inevitavelmente pelo acolhimento na loja, pela simpatia, pela organização do espaço e a eficácia e celeridade do serviço... sempre com um olhar atento ao detalhe! OS SABORES DA MAMMY CHOUX QUE CRIAM MEMÓRIAS SÃO AQUELES QUE... Todas as nossas doçarias são de fabrico artesanal, do creme pasteleiro ao doce de ovos, das compotas aos macarons, dos éclairs aos merengues. Como fazemos questão de apresentar qualidade, uma vez mais perseguindo a excelência, utilizamos nas nossas receitas os melhores ingredientes e matérias primas, de fornecedores selecionados pela maior confiança transmitida. Numa frase, queremos fazer melhor, a cada dia que passa... e deixar que os nossos sabores

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fiquem retidos na memória. Entre muitos outros casos de sucesso, por exemplo, já aconteceu uma cliente que veio tomar o pequeno-almoço connosco e que terminou com um doce e um café. Voltou ao final do dia, já na hora do fecho, para repetir a dita degustação afirmando que tinha passado o dia a pensar no doce. São estas as experiências de sabor que criam memórias! PARA ALÉM DA DOÇARIA PORTUGUESA, A MAMMY CHOUX APOSTA TAMBÉM NA PÂTISSERIE FRANCESA. SÃO ARTES DE CONFEÇÃO DIFERENTES, MAS QUE SE COMPLEMENTAM NO SABOR QUE “FAZ CRESCER ÁGUA NA BOCA”. É esse mesmo o conceito, a nossa Confeitisserie... uma mistura das diferentes confeções doceiras, da pastelaria tradicional e conventual portuguesa à pâtisserie francesa, que faz crescer água na boca. A arte de conjugar diferentes tipos de pastelaria ou


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receitas, com a delicadeza da técnica francesa, resulta numa qualidade de produtos com uma tentadora apresentação para quem nos visita. Os nossos clientes ficam encantados com a nossa oferta disponível. Expressões como “que maravilha”, “isto é uma tentação”, “nem sei qual vou experimentar”, “já merecíamos um espaço assim”... fazem mesmo crescer água na boca! DEFINIR UM DOCE DE ELEIÇÃO NÃO É FÁCIL, MAS O QUE GOSTARIA DE DESTACAR DENTRO DA CONFEITISSERIE? Da nossa Confeitisserie constam os deliciosos macarons, os éclairs, puffs e Paris Brest (feitos de massa choux), semi-frios e mousses finas, tarteletes de base crocante, merengues coloridos e pastéis estaladiços, passando por uma diversidade de cakes e doçaria conventual. Entre outras guloseimas, dispomos também de brigadeiros, amendoins caramelizados, cakepops e cookies variadas. E em paralelo, temos para as festas de aniversário, ou momentos de partilha, um vasto leque de referências feitos por encomenda: bolos festivos estilizados, cheesecake, brownie, toucinho do céu, encharcada, pudim abade de

Priscos e o bolo suspiro da Mammy. É realmente difícil destacar alguma doçaria dentro da Confeitisserie, mas realçamos a qualidade, o sabor, a delicadeza, o usufruir o momento no nosso espaço, “a experiência do prazer e do querer repetir” e o simpático e atencioso atendimento da nossa equipa. Para além da nossa Confeitisserie, servimos pequenos-almoços, almoços (refeições ligeiras a qualquer hora do dia), crepes, gelados e bowls, sumos naturais, cocktails e muito mais... e ainda, elaboramos um brunch aos fins-desemana e feriados! De salientar que, na Mammy Choux, dispomos de bonitas embalagens que poderão ser recheadas de doces, para oferecer a quem mais se gosta, e temos também para os nossos clientes um cartão presente que poderá ser adquirido em valores múltiplos de 5€.

Lisbon South Bay Av. Vasco da Gama, 30 A / 2840-745 Seixal +351 212 223 627 / +351 927 501 833 Horário: De 3ª feira a Domingo (incluindo feriados), das 7h30 às 19h.

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EDUCAÇÃO E ENSINO


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RENTRÉE ESCOLAR: JÁ SABE O QUE VAI MUDAR NAS ESCOLAS?

No ano letivo 2019-2020 as escolas vão poder organizar o ano escolar em dois semestres em vez de em três períodos, como até ao último ano. Mas há mais novidades. As escolas terão mais autonomia e flexibilidade curricular no ano letivo 2019-2020. Uma maior liberdade que será concretizada numa gestão própria superior aos 25% do total da carga horária semanal de que já utilizavam. Este modelo, agora alargado a todas as escolas, foi implementado, a título experimental, no ano letivo 2018-2019 em sete agrupamentos de escolas. Os chamados projetos-piloto de inovação pedagógica (PPIP) mostraram a capacidade destas escolas na implementação de soluções inovadoras que permitem a eliminação do abandono e do insucesso escolar.

O QUE VÃO PODER MUDAR AS ESCOLAS NO ANO LETIVO 2019-2020? O aumento da gestão da carga horária além dos 25% permitirá às escolas, entre outras inovações, organizar o ano letivo de forma diferente, por exemplo, em dois semestres, ao invés dos atuais três períodos, como já mencionamos. As escolas poderão ainda condensar o ensino de disciplinas, organizando-as por semestres. Por exemplo, se uma disciplina tiver 45 minutos por semana por ano, pode passar para 90 minutos por semestre. A maior flexibilidade e autonomia das escolas poderá materializar-se também na criação de novas disciplinas, através da reafetação de tempos/horas fixados para as disciplinas constantes da matriz curricular base. Outra possibilidade passará pela organização das disciplinas em grandes áreas, para serem trabalhadas em conjunto. Ou seja, as escolas poderão juntar as horas de várias disciplinas para serem ensinadas de forma articulada pelos respetivos professores. Esta liberalização na gestão curricular abrirá ainda as portas a uma organização diferente de turmas, consoante as necessidades.

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SANDRA NOBRE QUAIS AS CONDIÇÕES? Para cada escola poder usufruir de uma gestão própria, isto é, sem dependência da administração central, em valores superiores a 25% da carga horária semanal, terá de apresentar um plano de inovação ao Ministério da Educação, devendo garantir na sua elaboração:

» O cumprimento do total da carga horária relativa ao ciclo ou nível de ensino; » O equilíbrio na distribuição das cargas horárias anuais ao longo do ciclo ou nível de ensino; » A observância do número de dias (aulas e pausas letivas) fixado no calendário escolar; » A realização das provas e dos exames de acordo com o calendário escolar; » A existência de, pelo menos, três momentos de reporte de avaliação aos alunos e aos pais ou encarregados de educação, sendo o último obrigatoriamente de caráter sumativo, sem prejuízo das especificidades inerentes às disciplinas com organização modular; »

A participação dos alunos;

» O envolvimento dos encarregados de educação; » A participação dos parceiros socioprofissionais (nos cursos de dupla certificação).

Além disso, o plano de inovação deverá ter como objetivos a promoção da qualidade das aprendizagens e o sucesso pleno de todos os alunos e ser aprovado pela tutela. O plano de inovação pode ser direcionado a uma escola de um agrupamento, uma turma, um ano de escolaridade, um ciclo, um nível de ensino ou um ciclo de formação.

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LIDERANÇA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Um gestor emocionalmente inteligente conduz qualquer projeto rumo ao sucesso. Trabalhar o quociente emocional é absolutamente necessário para tornar um gestor, num líder de topo! Ter a capacidade de gerir emoções não é inerente ao ser humano. É necessário desenvolver a capacidade de saber o que nos causa sensações positivas ou negativas. O problema na gestão das emoções são uma causa frequente da procura de acompanhamento psicológico, pois acarreta problemas quer no desenvolvimento pessoal, quer no âmbito profissional. Todos os dias tomamos decisões apenas baseadas nas nossas emoções. A capacidade de reconhecer e avaliar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, bem como, a de canalizar as nossas emoções corretamente, é aquilo a que chamamos de Inteligência Emocional (IE). Não é algo adquirido ao ser humano, mas sim intrínseco, relacionado com a sua sobrevivência e que pode ser trabalhado ao longo da vida. As competências que se relacionam com a IE passam pela autoconsciência, autorregulação, motivação, empatia e competências sociais. A capacidade de lidar com as suas emoções está dentro de nós, sendo que atualmente já se percebeu que é importante explorar o quociente emocional (QE), complementando o quociente de inteligência (QI). Remetendo ao campo profissional, podemos concordar que nem sempre as pessoas com QI elevado são mais produtivos ou melhores líderes, pois aqui falta-lhes trabalhar o QE, ou seja, as relações interpessoais, nomeadamente com os colegas de trabalho, a empatia, a gestão das suas emoções e/ou sentimentos que acabam por se traduzir em repercussões no seu local de trabalho. Se um gestor trabalhar a sua autoconsciência, isto é, o conhecimento sobre si próprio, com a perceção sobre os seus pontos fortes e fracos, valores e impacto que tem nas outras pessoas, conseguirá gerir e planear o seu tempo corretamente; Se um gestor trabalhar a sua autoconsciência, isto é, o conhecimento sobre si próprio, com a perceção sobre os seus pontos fortes e fracos, valores e impacto que tem nas outras pessoas, conseguirá gerir e planear o seu tempo corretamente; Se existir uma dificuldade de um líder controlar os seus impulsos ou humor, trabalhando a sua autorregulação, poderá desenvolver a sua capacidade de confiança, integridade e conforto, evitando que as suas emoções interfiram e o desequilibrem perante situações inesperadas;

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A motivação é, sem dúvida, outro aspeto que qualquer gestor deve liderar, que para o cumprimento do seu próprio trabalho, demonstrando otimismo e energia, quer para conseguir contagiar os seus colaboradores; Um gestor empático é aquele que compreende também o contexto emocional das pessoas que o rodeiam. O seu humano não deixa de o ser no seu local de trabalho, portanto, é importante saber compreender e ser sensível com os demais. As competências sociais, que também se relacional com a IE, são construídas através da relação com os outros, tornando-se fundamental para qualquer líder que não pretenda gerir o seu negócio e/ou projeto sozinho. Atualmente a gestão das emoções em contexto laborar dá um novo rosto ao tema da Inteligência Emocional. É indiscutível que um dos motivos se prende com os crescentes níveis de stress ou depressão, que apesar de se iniciarem como problemas psicológicos, acabam por ter repercussões no estado físico do indivíduo.

“AS NOSSAS EMOÇÕES NO LOCAL DE TRABALHO PODEM TER BENEFÍCIOS PRAGMÁTICOS, COMO UMA MELHOR COOPERAÇÃO ENTRE OS COLABORADORES E TAMBÉM UM AMBIENTE DE TRABALHO MAIS FELIZ” (HUPPKE, R.)

Um gestor que aposte no desenvolvimento da sua Inteligência Emocional será aquele que se tornará mais eficaz, com maiores capacidades para gerir o seu projeto, compreendendo melhor as suas equipas e contribuindo para a composição de equipas felizes, levando a que todo o projeto seja mais bem-sucedido.


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Compreender as nossas emoções, principalmente quando falamos em contextos de trabalho em equipa, permite uma melhor relação entre todos e uma rentabilidade e produtividade maiores. Um gestor que compreenda as suas emoções e que tenha a capacidade e empatia de compreender as emoções dos seus colaboradores, terá maior capacidade de resposta às necessidades quer do projeto, quer da equipa, tal como a probabilidade de conseguir avaliar e contornar situações adversas é também maior. A Inteligência Emocional deve, portanto, começar pelos gestores e administradores que lideram as grandes empresas, negócios, projeto e equipas cada vez mais multidisciplinares, pois ao lidarem com as competências da IE conseguirão ser capazes de gerir de forma mais eficaz. Trata-se de trabalhar a liderança de si mesmos, a começar pelas suas emoções.

Neste sentido, no próximo dia 20 de setembro, a Revista Liderança no Feminino, media partner da Sociedade Portuguesa da Inovação – SPI, desenvolvem um workshop de Liderança e Inteligência Emocional, onde o poder da linguagem e a força do mundo emocional são considerados absolutamente determinantes para o sucesso de um gestor de topo. Este workshop será dinamizado pela formadora Célia Azevedo, Mestre em Sociologia, especializada em Liderança e Inteligência Emocional e, certificada em Programação Neurolinguística. Decorrerá nas instalações da SPI, na cidade do Porto.

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VIAGENS


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DESTINO: RÚSSIA Rússia o maior país do planeta, encontram-se cidades modernas, como Moscovo, e históricas, como São Petersburgo.

Além de paisagens remotas e intocadas como as que se encontram na região da Sibéria. Com uma cultura diferente a tudo o que estamos acostumados, a Rússia proporciona viagens que garantem lembranças inesquecíveis com muita cultura, vodca e novas experiências. Moscovo, capital da Rússia, é uma cidade monumental. Do magnífico Kremlin, ao seu belo centro histórico, no qual se destaca a visista obrigatória à Praça Vermelha. Moscovo é uma cidade propícia a passeios sem rumo para admirar a monumentalidade da sua arquitetura.

São Petersburgo cidade nascida do desejo de um czar, testemunho de 300 anos de história de um império em permanente mutação. Mas longe de ser uma cidade-museu, a viver das heranças de um passado glorioso, é, talvez, o local da Rússia onde a modernidade europeia e o impacto com a economia de mercado são mais visíveis.

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São Petersburgo é considerada a “Veneza do Norte”, a Capital Cultural da Rússia, a segunda cidade mais importante e populosa do país. É visível a influência italiana e francesa na arquitetura da cidade, onde se construíram numerosos monumentos e conjuntos arquitetónicos de estilo barroco e neoclássico. Nevsky Prospekt, coração de uma São Petersburgo capitalista A Avenida Nevsky (Nevsky Prospekt) é uma amostra do país, da economia à moda, com exemplos de todos os escalões etários e sociais. Ao longo dos seus quatro quilómetros convivem o fast food e as confeitarias europeias, modernas boutiques de roupa e calçado, esplanadas com cachorros-quentes, violinistas. Praça Vermelha Na praça vermelha encontramos a Catedral de São Basílio (1561) é o exemplo maior dos domos em forma de cebola e da arquitetura colorida das igrejas russas ortodoxas (vertente oriental do cristianismo católico


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que tem tradições distintas da igreja de Roma e que não segue o papa).

O Museu Hermitage e outras obras de arte Num dos extremos da Nevsky (a Avenida do Neva), ergue-se um dos mais importantes museus do mundo, o Hermitage, distribuído por cinco edifícios, entre os quais o magnífico Palácio de Inverno, desenhado por Rastrelli. O Hermitage é um dos museus mais famosos do mundo, a par do museu do Louvre e do Prado, alberga cerca de 3 milhões de obras de arte e artefactos. O palácio de inverno de Catarina, de que faz parte o complexo do museu, é por si só uma obra de arte imponente com as suas 1.054 salas, e que permite voltar ao passado, imaginando o quotidiano dos Czares e Czarinas na sua época áurea. Podemos encontrar colecções quer pela sua extensão, que requer mais de um dia para uma visita completa. Na mesma praça, de uma uniformidade elegante, fica a Coluna de Alexandre e o Arco de Triunfo, tudo a dois passos da cúpula dourada do Almirantado.

Lago Baikal O lago Baikal é um extenso lago na região montanhosa russa da Sibéria, a norte da fronteira com a Mongólia. Considerado o lago mais profundo do mundo, está rodeado por uma rede de trilhos de caminhada denominados Great Baikal Trail. A vila de Listvyanka, na costa ocidental, é um ponto de partida popular para excursões de verão de observação de vida selvagem. Existem pequenos parques de campismo selvagem onde os russos saboreiam as férias de Verão.

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Moscovo ĂŠ uma cidade propĂ­cia a passeios sem rumo para admirar a monumentalidade da sua arquitetura.



NUTRIÇÃO


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DETOX: RECUPERAR A FORMA DEPOIS DAS FÉRIAS Nas férias sentimo-nos livres para deixar a dieta de lado e tirar a barriga de miséria. Gin, sangria, sobremesas, marisco. Passadas as férias, verificamos que já ganhámos uns quilos a mais.

Como é que vamos resolver isso? Aconselhamos a uma dieta detox, a que está associada a dietas de baixo valor calórico que restringem o consumo de carnes vermelhas, leite e derivados, açúcares, farinhas refinadas e gorduras. Estas dietas incentivam o consumo de fruta, legumes crus ou cozidos e chás diuréticos. No fundo, é uma limpeza ao organismo que a vai ajudar a recuperar a forma. Deixamos aqui alguns conselhos sobre uma alimentação equilibrada e MUITO IMPORTANTE não se esqueça do exercício fisico: 1º Faça refeições mais leves e regulares, privilegiando os legumes e saladas. E evite a adição de sal no tempero. 2º Evite carnes vermelhas. Dê preferência às carnes magras, peixe magro ou ovos. O corpo agradece e a balança vai refletir o esforço.

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3º Na sobremesa, substitua os doces por fruta fresca substituir ou uma gelatina sem adição de açúcar 4º Coma menos hidratos de carbono, como massas e arroz. Contudo, se o fizer, dê preferência às versões integrais. 5º Substitua os refrigerantes por sumos naturais ou chá ou água com umas rodelas de limão ou hortelã. 6º Beba 1,5 a dois litros de água por dia. Também pode beber chá e, nesse caso, privilegiar o de cavalinha, centelha asiática, alcachofra e dente de leão. 7º É importante ingerir gorduras insaturadas – ómega 3, 6 e 9 através de frutos oleaginosos, sementes, azeite e abacate.




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