Liderança no Feminino - Abril 2022

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EDIÇÃO N.º 43 ABRIL 2022

MUDANÇA COM M DE MULHER AS CEO'S DAS MAIORES EMPRESAS FRANCHISADAS EM PORTUGAL

Liderança no Feminino é uma publicação da responsabilidade editorial e comercial da Empresa Jornalística Narrativalíder | Periodicidade mensal | Venda por assinatura 8€

THE ALTERNATIVE BOARD (TAB) CHEGA PARA REVOLUCIONAR OS NEGÓCIOS EM PORTUGAL RITA MARIA NUNES, DIRETORA-GERAL

"ESTAMOS LÁ PARA LEMBRAR QUE HÁ MOTIVOS PARA ACREDITAR, TER ESPERANÇA, PARA LUTAR" PALHAÇOS D'OPITAL


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LIDERANÇA NO FEMININO | Abril 2022

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ÍNDICE EDITORIAL

05 | Editorial 06 | “Estamos lá para lembrar que há motivos para acreditar, para ter esperança, para lutar” Isabel Rosado, cofundadora Palhaços d’Opital

Na edição da Revista Liderança no Feminino relativa ao mês de abril, focamo-nos, mais uma vez, em dar voz à mulher empreendedora, que, dia após dia, continua a provar que Elas também têm o que é preciso para liderar.

14 | "O cargo na Direção-Geral da McDonald’s Portugal, função que assumi em plena pandemia, foi, até hoje, o meu maior desafio" Inês Lima

Assim sendo, e tendo em conta a realização da 26ª edição da Expofranchise, promovida pela Associação Portuguesa de Franchising (APF), o tema principal da revista será precisamente a área do franchising.

18 | “É muito difícil não acreditar que a TAB irá funcionar e ser um sucesso em Portugal” Rita Maria Nunes, diretora-geral TAB 24 | Líder em todas as línguas Cristina Matos, diretora-geral da APF

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28 | “Sempre quis ser empresária!” Susana Martins, cofundadora GrupoConcept 32 | Um exemplo de sucesso, em épocas de incerteza Erika Volpe , 36 | “Eu cresci numa loja de colchões do Rio de Janeiro, onde a minha mãe era vendedora desde os meus 6 anos" Rachel Netto

40 | Os colaboradores da SIVA|PHS fazem a diferença no Dia Mundial da Terra

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44 | MOBI.Data: O portal interativo que disponibiliza toda a informação sobre a rede Mobi.E em tempo real 48 | Lançamento da Plataforma Cuidafarma Love Ukraine

Inês Lima. Erika Volpe. Rachel Netto. Susana Martins. São estes alguns dos nomes que fazem com que seja possível, hoje mais do que nunca, que as crianças de agora possam sonhar em chegar aonde quer que seja, independentemente de qualquer característica que nada tenha a ver com a vontade e o desejo de conseguir mais e, como não poderia deixar de ser: de liderar! E por falar em inspirações, tivemos também o privilégio de falar com a cofundadora da Palhaços D’Opital, Isabel Rosado, que criou a associação com o intuito de combater, através da arte e do humor, o abandono hospitalar que se verifica principalmente para os mais idosos.

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38 | Lapa Studio contrata Chief Happiness Officer Beatriz Madureira

Desde o setor da alimentação e do lifestyle, ao setor das lavandarias e da habitação, a Liderança no Feminino procurou conhecer um bocadinho melhor estas Mulheres que fazem com que marcas como a McDonald’s ou a BodyConcept, entre muitas outras, continuem a ser empresas com cada vez maior relevo.

Para além disso, ficamos a conhecer melhor a diretora-geral da The Alternative Board (TAB) em Portugal, Rita Maria Nunes. A marca, que já existe desde 1990, passará, a partir de abril, a apoiar os empresários portugueses naquela que é a gestão dos seus negócios. E como a temática principal da revista se relaciona com o mundo do franchising, não podíamos deixar de falar com a diretora-geral da APF, Cristina Matos, que nos explica porque é que a edição de 2022 da Expofranchise é especial, contando-nos também um bocadinho daquele que tem vindo a ser o seu percurso, sempre pautado pelo sucesso e pela diversidade. Resta-nos desejar uma ótima leitura e fazer o convite para visitarem as nossas redes sociais, onde temos realizado passatempos com várias coisas para lhe oferecer! Afinal de contas, a melhor leitora merece o melhor! Mais uma vez, Boas leituras!

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“ESTAMOS LÁ PARA LEMBRAR QUE HÁ MOTIVOS PARA ACREDITAR, PARA TER ESPERANÇA, PARA LUTAR” Isabel Rosado foi, durante muitos anos, professora de Educação Visual e Tecnológica, onde ensinava alunos do ensino básico. Hoje em dia, é presidente da organização Palhaços d’Opital.

Créditos: Isidro Dias

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E para quem pensava que ambientes hospitalares não se podem associar ao humor, está na altura de equacionar a questão de uma forma diferente. Isabel Rosado é a prova disso mesmo. Fundou, no ano de 2013, a Palhaços d’Opital, uma organização que tem como fito primordial combater o “abandono hospitalar” dos mais idosos. Em 2021, cerca de um ano depois de assumir a presidência da organização, foi nomeada para o top 100 de empreendedoras sociais, segundo a Euclid Network, uma rede apoiada pela Comissão Europeia. Ainda que, desde o início, a crença no valor do projeto fosse total, Isabel “não previa” tal distinção. Apenas entrou no mesmo com a missão de apoiar “o sonho” do marido, Jorge, sem nunca ter idealizado que o seu futuro profissional pudesse passar por aí. “Quando comecei e ajudei o Jorge a colocar o projeto no terreno, eu achava que apenas o ia apoiar no seu sonho, mas que, quando o mesmo tivesse pernas para andar, iria continuar com a minha carreira de professora de Educação Visual e Tecnológica. No entanto, o que aconteceu foi que me apaixonei pela arte do Doutor Palhaço, pelo que, em janeiro de 2022, acabei por desistir de uma carreira enquanto professora de ensino básico.” – refere. Como referido anteriormente, a Palhaços d’Opital leva humor em forma de arte, junto dos mais idosos, muitas vezes negligenciados pela sociedade. Ainda assim, mesmo sendo essa uma realidade que se continua a verificar, nos nove anos de existência da organização, Isabel sente que “algo tem mudado”.

Créditos: Isidro Dias

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“A pandemia veio trazer um despertar sobre aquela que é a importância dos mais velhos. Às vezes, forçado pelo facto de muitas famílias terem sofrido a perda de idosos em contexto pandémico, em que não foi possível fazer o luto nem prestar a homenagem às pessoas, como seria normal. Isso traz algum desconforto e obriga as pessoas a repensarem a sua maneira de estar.” – aponta Isabel Rosado. 9


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“A pandemia veio trazer um despertar sobre aquela que é a importância dos mais velhos. Às vezes, forçado pelo facto de muitas famílias terem sofrido a perda de idosos em contexto pandémico, em que não foi possível fazer o luto nem prestar a homenagem às pessoas, como seria normal. Isso traz algum desconforto e obriga as pessoas a repensarem a sua maneira de estar.” – aponta Isabel Rosado. Remontando àquele que foi o mais recente encontro internacional de “Doutores Palhaço” na cidade de Haia, nos Países Baixos, Isabel conta que foi referido “mais do que uma vez” que a sensibilização social para questões ligadas com as crianças é mais evidente do que para questões ligadas com os mais velhos. Ainda assim, Isabel Rosado destaca que, pela primeira vez, este encontro teve “dois plenários dedicados aos assuntos dos mais velhos, nomeadamente à demência”, o que, no seu entender, é obra do “trabalho pioneiro” da Palhaços d’Opital. Mais do que levar sorrisos às unidades hospitalares, a missão da Enfermeira Belita (personagem de Isabel Rosado) e companhia é fazer com que as pessoas “se foquem na saúde”, enquanto “as equipas médicas cumprem o papel de lidar com o lado da doença”. “Estamos lá para lembrar que há motivos para acreditar, para ter esperança, para lutar. Estamos lá para lembrar o braço que ainda está saudável. Estamos lá para lembrar a perna que ainda funciona. Mais do que procurarmos propriamente o riso, estamos lá para criar conexão com memórias que são de alegria, de humor, de afetos.” - explica. Num projeto onde a dimensão humana se encontra tão presente, Isabel confessa que “é muito difícil separar a esfera profissional da esfera pessoal”, motivo esse pelo qual o principal critério naquela que é a escolha dos “Doutores Palhaço” incide na predisposição dos mesmos para abraçar “a missão” que o projeto representa. “Quanto à parte artística, os nossos Doutores Palhaço fazem, por ano, mais de 250 horas de formação interna e externa. A quarta-feira é toda ela dedicada à formação. De manhã, têm aulas de música e de canto. Da parte da tarde, criam as performances artísticas que levam para os hospitais.” – revela. Ainda sobre a dimensão artística que a Palhaços d’Opital implica, Isabel Rosado recorda a sua experiência enquanto “Enfermeira Belita”, que, de acordo com a própria, simbolizava aquele que era o seu “lado mais bonito”. “A minha personagem era extremamente radiante, positiva, bem-disposta! Via riso e alegria

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em todo o lado e era com essa energia que ela tentava contagiar as pessoas no hospital. Por outro lado, a Isabel não gosta de hospitais, tem medo de agulhas e, ainda há uns tempos, numa visita a um familiar, sentiu-se maldisposta. Apercebi-me do que era a diferença de ir trabalhar para o hospital como Belita ou ir para o hospital como Isabel.” – conta a cofundadora da Palhaços d’Opital. Embora para o público comum possa parecer que o trabalho de um Doutor Palhaço seja simples, o que é facto é que isso não poderia estar mais longe da verdade. Quando o projeto começou a ser desenhado, “fizeram-se formações na área da demência, do Alzheimer”, o que levou a um intenso trabalho de introspeção e de busca pela melhor forma para trabalhar com um público mais velho. “No início, trabalhamos mais em lares e percebemos que o abandono era muito maior em hospitais. Parece-nos mais lógico trabalhar para o segmento onde há mais abandono, mais solidão” – revela. Desde a construção da performance, aos castings de seleção, tudo é pensado criteriosamente, sempre com o intuito de oferecer o melhor serviço possível a quem mais precisa. Em relação aos próprios figurinos dos Doutores Palhaço, Isabel Rosado conta que, segundo um intenso trabalho de pesquisa que realizou, aprendeu que “as memórias mais frescas são as dos primeiros 20 anos de vida das pessoas”, pelo que “[tentou] perceber os hábitos em Portugal, nas décadas de 50 e 60”, de forma que as próprias roupas de performance sejam o mais representativas possível da realidade, nessa altura. Quanto ao passado, já não se pode mudar nada. Assim sendo, Isabel Rosado prefere aproveitar o presente para falar do “futuro”, no qual todos estamos “destinados” a envelhecer. Quando se tem essa perceção, a cofundadora da Palhaços d’Opital acredita que o presente, também ele, será construído “de uma maneira diferente”. “Devemos focar-nos mais naquilo que podemos construir, do que naquilo que podemos desconstruir. As próprias redes sociais, por vezes, fomentam a vontade de comentar tudo, de criticar, de dar a opinião, mesmo não sabendo o que está por detrás das coisas. A mim, preocupa-me viver numa sociedade em que nos esquecemos das consequências dos nossos atos e do facto que todos nós temos o poder de mudar a vida dos outros.” – expõe. À data de hoje, ainda não existe uma definição certa para aquele que é o sentido da vida. No entanto, para Isabel Rosado, existe algo que é muito Créditos: Isidro Dias

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“Onde é que nós nos perdemos para fazermos as pessoas sentiremse assim? Como é que nós nos esquecemos do valor de uma pessoa só por ter uma certa idade? A pessoa encontra-se doente, sozinha, num estado de fragilidade, e a sensação que lhe passamos é que já é dispensável… que já não tem valor? Os desafios de trabalhar com os mais velhos vem da necessidade de mudar a nossa mentalidade sobre o que é realmente importante na vida. É o vestido que eu visto ou a maneira como vou lidar com os outros? São os comentários que deixo nas redes sociais ou o impacto verdadeiro que tenho com quem me encontro?” – interroga.

claro: “a vida é um livro que se lê ao contrário”, motivo esse pelo qual “só se entende as voltas que a vida deu, depois de passar pelas coisas e de ter a capacidade para refletir sobre elas”. Isabel Rosado, formada para ser Professora em Educação Visual e Tecnológica, dedica-se hoje, inteiramente, à Palhaços d’Opital. Em jeito de recordação, lembra, com carinho, um momento em que “[deu] um beijo a uma paciente e a mesma ficou espantada por não ter nojo de lhe dar um beijo”. Quanto aos desafios de trabalhar com idosos, Isabel Rosado assegura que os mesmos “não vêm dos próprios, mas da sociedade”. Sociedade essa que lhe gera “desconforto”, por fazer os mais velhos sentirem-se “extremamente abandonados e insignificantes”. “Onde é que nós nos perdemos para fazermos as pessoas sentirem-se assim? Como é que nós nos esquecemos do valor de uma pessoa só por ter uma certa idade? A pessoa encontra-se doente, sozinha, num estado de fragilidade, e a sensação que lhe passamos é que já é dispensável… que já não tem valor? Os desafios de trabalhar com os mais velhos vêm da necessidade de mudar a nossa mentalidade sobre o que é realmente importante na vida. É o vestido que eu visto ou a maneira como vou lidar com os outros? São os comentários que deixo nas redes sociais ou o impacto verdadeiro que tenho com quem me encontro?” – interroga. Sendo a Palhaços d’Opital uma organização que, tal como o nome indica, opera em contexto hospitalar, teve, também ela, de se adaptar a uma realidade pandémica, que surgiu em Portugal, de forma mais direta, em março de 2020. “Vimo-nos forçados a reinventar-nos. A descobrir novas formas de estarmos presentes. Optamos pelo digital, tendo criado, em poucos dias, a D’Opital TV. Uns gravavam com o telemóvel, outros com a câmara de filmar. Fizemos inúmeras reuniões de Zoom, para ver o que funcionava melhor, de forma a continuarmos perto das pessoas.” – esclarece. Quanto a próximos passos, o objetivo passa por “alargar a equipa”, o que facilita a “estabelecer protocolos com mais hospitais”, chegando assim a mais pessoas. Num caminho que, não sendo muito longo, já se revela de enorme sucesso, Isabel Rosado manifesta ainda o deseja de “ter, um dia, representação a nível nacional”, sem nunca perder aquela que é a qualidade do trabalho desenvolvido”.

Créditos: Isidro Dias

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INÊS LIMA: "O CARGO NA DIREÇÃO-GERAL DA MCDONALD’S PORTUGAL, FUNÇÃO QUE ASSUMI EM PLENA PANDEMIA, FOI, ATÉ HOJE, O MEU MAIOR DESAFIO" Tendo já passado por vários setores de atividade, Inês Lima licenciou-se em Administração e Gestão de Empresas, pela Universidade Católica Portuguesa. Hoje em dia, desempenha as funções de diretora-geral da McDonald's em Portugal. Ocupar uma posição de liderança é uma tarefa que, em si, já não é nada fácil, atendendo a tudo o que tal função envolve. Quando se dá a cara por uma marca com a influência da McDonald's, será de prever que a pressão aumente ainda mais. Para Inês Lima, diretora-geral a nível nacional daquela que é uma das cadeias de restaurantes mais conhecidas no Mundo, a "pressão", independentemente da marca que se represente, faz-se sempre sentir. "A pressão de proteger a reputação das marcas é a mesma, independentemente da sua dimensão. Naturalmente que quando representamos uma marca mundialmente conhecida, a responsabilidade é ainda maior" - refere. Ainda que a McDonald’s seja um dos restaurantes de eleição dos portugueses, associa-se, geralmente, a marca a práticas alimentares pouco saudáveis, de um ponto de vista nutricional. Embora essa perceção por parte do público seja comum, Inês Lima salienta que "há 30 anos, quando a McDonald's chegou a Portugal, tinha seis sanduíches no seu portefólio, sendo que agora existem mais de 50 produtos à disposição dos consumidores portugueses, desde os hambúrgueres às saladas, passando pela fruta, gelado, sopas, uma opção vegetariana e produtos para pequeno-almoço". "Ao longo dos anos, temos vindo também a melhorar o perfil nutricional dos nossos produtos, com a ajuda dos nossos fornecedores, no sentido de reduzir o sal, gordura e açúcares. Para além disso, temos como compromisso ser transparentes na disponibilização de informação nutricional, que disponibilizamos desde 2006, de modo a promover a literacia nutricional" - acrescenta.

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"Ao longo dos anos, temos vindo também a melhorar o perfil nutricional dos nossos produtos, com a ajuda dos nossos fornecedores, no sentido de reduzir o sal, gordura e açúcares. Para além disso, temos como compromisso ser transparentes na disponibilização de informação nutricional, que disponibilizamos desde 2006, de modo a promover a literacia nutricional" acrescenta.

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Sendo diretora-geral de uma marca tão grande, Inês Lima encontra-se responsável por equipas de trabalho, também elas, muito grandes, o que faz com que a importância de gerir eficazmente seja ainda maior do que em empresas de menor dimensão, com menos trabalhadores. "A McDonald’s conta atualmente com 189 restaurantes no nosso País, 90% dos quais geridos em sistema de franchising por 43 empresários portugueses que reinvestem em Portugal grande parte da riqueza criada. Trabalhamos juntos para definir e assegurar procedimentos idênticos em todos os restaurantes, pois é assim que acreditamos que conseguimos garantir a consistência e a qualidade no serviço prestado em qualquer restaurante" - assegura. Neste momento, Inês Lima lidera no setor da restauração. No entanto, já teve bastantes experiências noutras marcas, como a EDP ou a Oniway, entre outras. É certo que quando se fala de liderança se torna difícil distinguir experiências, até pelo facto de não haver duas iguais. Mesmo assim, reconhecendo que "todas as experiências passadas foram desafiantes e essenciais para o [seu] desenvolvimento", Inês destaca o cargo que, atualmente, desempenha. "O cargo na Direção-Geral da McDonald’s Portugal, função que assumi em plena pandemia, foi, até hoje, o meu maior desafio. Enfrentar o desconhecido e trabalhar em equipa com todos os franquiados para assegurar a segurança dos nossos colaboradores e dos consumidores, disponibilizando os nossos hamburgers nos canais possíveis a cada momento, foi um grande desafio" - confessa. E só porque um desafio é difícil, isso não faz com que o mesmo seja impossível. Sendo um exemplo disso mesmo, Inês Lima continua a liderar no feminino, ainda que reconheça que uma líder, também ela, tenha as suas "imperfeições". "Diria que uma líder perfeita é aquela que, dentro das suas imperfeições, é capaz de gerar empatia e de impulsionar os seus colaboradores a colocarem ao serviço da empresa a sua melhor versão, porque se sentem motivados por um propósito comum" - conclui.

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RITA MARIA NUNES: “É MUITO DIFÍCIL NÃO ACREDITAR QUE A TAB IRÁ FUNCIONAR E SER UM SUCESSO EM PORTUGAL” Desde a área da bilhética ao setor do mototurismo, Rita Maria Nunes conta, desde muito cedo, com um currículo, que tem tanto de diverso como de brilhante. Atualmente, é diretora-geral da The Alternative Board (TAB), que promete revolucionar o mundo dos negócios em Portugal.

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“Honestamente, acredito que não existe um segredo. Existem sim, um conjunto de características que as pessoas devem ter para serem empreendedoras. Além de terem de ser muito criativos e inovadores, os empresários e empreendedores precisam de ser resilientes e resistentes. É a forma como se contorna os desafios, como nos pomos de pé e procuramos outras portas que nos distingue.” – refere Rita.

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Tal como seria de prever, ser empreendedora não é tarefa fácil. Numa luta constante contra “o Golias”, é muito menos usual ouvir uma resposta positiva, face aos “muitos nãos” que, constantemente, aparecem ao longo do caminho. Para Rita Maria Nunes, todas as “portas fechadas”, principalmente ao início, devem servir de motivação para continuar a trabalhar cada vez mais. “Honestamente, acredito que não existe um segredo. Existem sim, um conjunto de características que as pessoas devem ter para serem empreendedoras. Além de terem de ser muito criativos e inovadores, os empresários e empreendedores precisam de ser resilientes e resistentes. É a forma como se contorna os desafios, como nos pomos de pé e procuramos outras portas que nos distingue.” – refere Rita. Antes de assumir o cargo de diretora-geral da TAB em Portugal, Rita teve inúmeras experiências profissionais, que por serem tão distintas entre si, contribuíram para que, hoje em dia, seja uma profissional que faz da “versatilidade” e da “objetividade” duas das suas maiores forças. “Ao abrigo dos projetos de voluntariado fomentados pelo Instituto Português da Juventude foi-me dada a possibilidade de participar no EURO 2004 na área de bilhética. E, pela relação que criei na altura com o meu chefe, foi-me possível estar presente em outros projetos igualmente interessantes na mesma área.” – conta. Apesar de esse ter sido um projeto do qual “[gostou] muito”, numa fase ainda embrionária da sua vida profissional, a verdade é que, hoje em dia, aquilo que mais “gozo” dá a Rita é “criar coisas novas e ver empresas a crescer e a desenvolverem-se”. Por falar em coisas novas, o percurso de Rita é, também, especial pela experiência que teve, internacionalmente, durante cerca de cinco anos, quando trabalhava em terras canarinhas. Apesar de gostar do contexto laboral, quer em Portugal quer no Brasil, a diretora-geral da TAB reconhece as devidas diferenças entre um país e outro.

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“Para alguns, faturar milhões significa uma mudança na cultura da empresa na qual não se reveem. Para outros significa terem menos tempo para a família. E, para outros, significa que vão servir com menos qualidade o seu cliente. Então com a premissa de que nem tudo nesta vida é dinheiro, o importante para nós é a visão que cada empresário tem da sua empresa e do quer que ela de facto seja.” – explica a diretora-geral da TAB.

“Uma das coisas que se aprende no Brasil, e que só agora chegou a Portugal, fruto da pandemia, é o homeoffice. Por outro lado, no Brasil as pessoas dão mais importância às pessoas, fruto da insegurança. É preciso conhecer bem as pessoas com que trabalhamos e desenvolvemos negócios, comparativamente a Portugal. No inverso, em Portugal somos muito mais focados em resultados, objetivos e eficiência.” – constata Rita. Em qualquer empresa, como não poderia deixar de ser, um dos objetivos principais é gerar lucro. No entanto, a filosofia de trabalho da TAB é diferente, onde “mais do que os números, o

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foco são as pessoas”. Por reconhecer as dores de crescimento que, muitas vezes, se associam ao mundo do empreendedorismo, Rita Maria Nunes considera que é de extrema importância colocar o foco naquilo que o empresário quer. “Para alguns, faturar milhões significa uma mudança na cultura da empresa na qual não se reveem. Para outros significa terem menos tempo para a família. E, para outros, significa que vão servir com menos qualidade o seu cliente. Então com a premissa de que nem tudo nesta vida é dinheiro, o importante para nós é a visão que cada empresário tem da sua empresa e do quer que ela de facto seja.” – explica a diretora-geral da TAB. Apesar de tudo, a verdade é que o percurso de um líder pode ser um “caminho solitário”, com tudo de bom e de mau que isso implica. Por ter plena consciência disso, a TAB oferece, enquanto complemento, coaching individual. No entanto, desengane-se quem pense que a “magia” da TAB é essa. “A magia da TAB é conseguir juntar empresários ao redor de uma mesa, de forma consistente e recorrente, que lhes permita sair do seu ambiente e olhar para a empresa de uma outra perspetiva. Neste caso, pela perspetiva de outros empresários que estão sentados com ele na mesa.” – explica. Numa vertente mais social, Rita Maria Nunes fez, durante cerca de 4 anos, trabalho de voluntariado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, “durante o tempo que estava na faculdade, e tinha como principal objetivo prestar apoio e suporte a familiares e doentes do hospital”. Durante este período, Rita confessa ter ganho pelos profissionais de saúde “o maior respeito, acima de tudo porque trabalham em infraestruturas precárias no SNS, mas que lhes permite ao mesmo tempo desenvolver competências acima da média”. Antes de assumir o cargo de diretora-geral da TAB em Portugal, e tal como referido anteriormente, Rita teve inúmeras experiências profissionais, na medida em que é preciso mais do que um dígito para as contar. Apesar de todas elas serem marcantes, por uma ou outra razão, Rita Maria Nunes deixa claro que “foi sem dúvida a TZ Viagens no Brasil” a que mais a marcou. “Foi começar um projeto do zero, em condições iniciais muitos desfavoráveis porque vinha de uma empresa que faliu e deixou muitos

franchisados com problemas. Poder de certa forma ajudar muitos deles a desenvolver os seus negócios noutra marca, e ajudar essa marca a crescer foi muito gratificante.”. Antes de ser uma business woman de muito sucesso, Rita foi estudante. Entre 2006 e 2009, licenciou-se em Turismo, pela Universidade Lusófona. Hoje em dia, a sua principal atividade profissional encontra-se distante daquela que é a área de formação superior. Mesmo assim, “arrependimento” é uma palavra que não entra no vocabulário de Rita Maria Nunes, que “não mudava em nada o [seu] percurso”. “Foi ele que me trouxe até onde estou. Voltar atrás e alterar qualquer detalhe levar-me-ia a outro destino e eu estou muito feliz onde estou atualmente. Num curso superior aprendemos muito para além da questão técnica. No meu caso em particular, aprendi imenso sobre soft skills, porque desde cedo me envolvi muito com a comunidade académica.” – diz Rita. Como dizia Abel Salazar, “quem só de medicina sabe, nem de medicina sabe”. No caso de Rita Maria Nunes, essa é uma equação que não se coloca, atendendo aos múltiplos setores de atividade nos quais está ou já esteve inserida, desde o business coaching ao mototurismo. “Fui uma das responsáveis pelo canal de distribuição da Schultz MotoXperience. O grupo económico ao qual pertencia tinha (e tem) como líder uma pessoa muito visionária que procura oportunidades onde muitos nem imaginavam ser possíveis. Na altura, foi criado dentro da operadora turística do grupo um produto específico para viagens de motas com base na ideia de percorrer a Route 66 nos EUA toda de mota num tour guiado e com lógica. Daí nasceu este projeto.” – contextualiza. É inegável que vivemos um período incerto a nível global, no entanto para Rita Maria Nunes uma coisa é certa: a partir de abril de 2022, os empresários portugueses vão poder contar com a ajuda da TAB na gestão dos seus negócios. A diretora-geral da empresa conta que cerca de “25 mil empresários” já foram ajudados ao longo dos 32 anos em que a TAB se encontra presente no mercado. Por isso mesmo, “é muito difícil não acreditar que irá também funcionar e ser um sucesso em Portugal”.

“Fui uma das responsáveis pelo canal de distribuição da Schultz MotoXperience. O grupo económico ao qual pertencia tinha (e tem) como líder uma pessoa muito visionária que procura oportunidades onde muitos nem imaginavam ser possíveis. Na altura, foi criado dentro da operadora turística do grupo um produto específico para viagens de motas com base na ideia de percorrer a Route 66 nos EUA toda de mota num tour guiado e com lógica. Daí nasceu este projeto.” – contextualiza.

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CRISTINA MATOS: "VIVER EM VÁRIOS PAÍSES DURANTE A INFÂNCIA E MAIS TARDE NA ADOLESCÊNCIA, ENSINOU-ME A ADAPTAR-ME A DIFERENTES REALIDADES" Num trajeto pautado pela pluralidade de experiências, Cristina Matos é, hoje em dia, diretora-geral da Associação Portuguesa de Franchising (APF), que dinamizou, em abril, a 25ª edição da Expofranchise, na cidade de Lisboa. Como dizia Charles Darwin, “não é o mais forte que sobrevive, mas o que melhor se adapta às mudanças”. No caso de Cristina Matos, “mudança” tem sido denominador comum de um percurso, quer como estudante quer como profissional, que sempre foi rico e diversificado. Desde Portugal a África do Sul, passando pelo Brasil e pelos Estados Unidos da América, a diretora-geral da Associação Portuguesa de Franchising (APF) já conta com inúmeras experiências multiculturais, que vêm a acontecer desde tenra idade. “Viver em vários países durante a infância e mais tarde na adolescência, ensinou-me a adaptar-me a diferentes realidades sociais, económicas e culturais. Trago essa capacidade de adaptação até aos dias de hoje.” – refere. Num colégio interno em África do Sul, dos 8 aos 10 anos, aprendeu o inglês que se viria a revelar um enorme facilitador naquele que foi o seu “percurso como estudante e posteriormente como profissional”. E por falar em “percurso profissional”, é seguro afirmar que, hoje em dia, não podemos dissociar a palavra “liderança” de Cristina Matos. No entanto, à luz daquela que foi a sua formação superior, tal não seria de prever. “Várias vezes fiz opções profissionais a achar que estaria mais perto do mundo das artes e da moda, mas acabei por verificar que isso não iria acontecer. Quando iniciei funções nas Lojas Francas, achei que estaria mais próxima do mundo da moda e acabei por ser Buying Manager de bebidas, tabaco e alimentação. Posteriormente entrei no Grupo Brodheim, como diretora de novos projectos, novamente pensei que viria a estar mais ligada ao mundo da moda, mas acabei por trabalhar no franchising de serviços.”. Ainda assim, e apesar de todas as responsabilidades inerentes a um cargo como aquele que ocupa, a diretora-geral da APF continua a pintar e a fazer bijuteria, “sempre que o tempo permite”. Costuma-se dizer que é preciso ter um conjunto de características bastante específicas para se ser uma boa líder. Há quem diga até que a única forma de liderar uma equipa de trabalho é pelo exemplo. No caso de Cristina, esse exemplo é

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“Viver em vários países durante a infância e mais tarde na adolescência, ensinoume a adaptar-me a diferentes realidades sociais, económicas e culturais. Trago essa capacidade de adaptação até aos dias de hoje.” – refere.

dado quer no trabalho quer fora dele. Para além de ser uma profissional de sucesso, encontra-se ligada a causas sociais há mais de 20 anos, de um modo voluntário. Cristina Matos percorre o caminho da solidariedade social, enquanto dá largos passos ao nível da liderança. No entanto, para a diretora-geral da APF, uma coisa é certa: “ambos podem caminhar lado a lado, porventura sem se cruzar”. Posto isto, uma boa líder não tem, necessariamente, de ter a experiência social que Cristina tem, ao ter “iniciado aos 14 anos o [seu] primeiro ano de trabalho de solidariedade social na favela do Morro do Canta Galo”, no Brasil. Na verdade, ninguém nasce CEO de uma empresa. Antes pelo contrário, uma líder também se vai construindo, à medida que se vai permitindo “aprender e desenvolver as competências necessárias e desejadas” para se tornar numa boa líder. Apesar disso, para Cristina Matos, existem alguns fatores associados ao caráter individual que fazem a diferença.

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LIDERANÇA NO FEMININO | Abril 2022

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“O Selo de Excelência só está disponível para os nossos associados e esse já serve como um primeiro critério de avaliação, uma vez que os nossos associados passam por um processo de avaliação, para poderem ser considerados associados de pleno direito. Também temos um questionário elaborado por uma consultora e um inquérito, efetuado por uma empresa externa, a Multidados. O questionário aborda assuntos de performance global, económica, relacionamento, sustentabilidade e operacional. É feito via online e totalmente confidencial.”

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“A paixão pelo que fazemos e a forma com transmitimos, motivamos e incentivamos as equipas. Permitir que cada um tenha a sua própria voz, respeitando a sua individualidade e zelando pelos seus interesses. Compartilhar o conhecimento e não ter receio de que os outros também nos possam ensinar. Assumir o fracasso, não permitindo que outros sejam responsabilizados pelas nossas falhas e erros.” – enumera. Num trajeto profissional já bastante preenchido, Cristina Matos é, como referido anteriormente, CEO da APF, que atribuiu, pela primeira vez, na 25ª edição da Expofranchise, os Selos de Excelência em Franchising, distinguidos pela associação. Por detrás desta inovação, está a “necessidade de reconhecer a qualidade e a excelência das empresas que atuam como franqueadoras e master franqueadoras”, o que permite que o empreendedor se sinta “mais seguro em investir, quando descobre que a franqueadora acompanha o desempenho dos seus franquiados”. Como a própria associação define, a atribuição dos Selos de Excelência em Franchising da APF possibilita às empresas “o reconhecimento pelo mercado como referência na adoção das melhores práticas de gestão em franchising”. Ainda que, neste processo, seja complicado eliminar a subjetividade a 100%, o mesmo “foi pensado tendo em conta a necessidade de a atribuição ser o mais objetiva possível”, pelo que as regras são “bem claras”. “O Selo de Excelência só está disponível para os nossos associados e esse já serve como um primeiro critério de avaliação, uma vez que os nossos associados passam por um processo de avaliação, para poderem ser considerados associados de pleno direito. Também temos um questionário elaborado por uma consultora e um inquérito, efetuado por uma empresa externa, a Multidados. O questionário aborda assuntos de performance global, económica, relacionamento, sustentabilidade e operacional. É feito via online e totalmente confidencial.” – explica. Para além do cargo que ocupa enquanto CEO da APF, Cristina Matos acumula as funções de chairwoman da World Franchise Council Task Force (WFC). Na verdade, ambos os cargos se encontram interligados, atendendo ao facto de

que o posto que ocupa na WFC apenas é possível “em representação da Associação Portuguesa de Franchising”. Apesar da passagem pela WFC, iniciada em 2018, estar a ser extremamente desafiante, Cristina refere que “não [se irá] recandidatar”, por defender a circulação de países para o desempenho da função. Independentemente da qualidade que se tenha para exercer determinada função, o skill associado à liderança de Pessoas vai-se ganhando, com o tempo. Mesmo assim, o aparecimento da pandemia de covid-19 revelou-se um grande desafio que “veio estimular a capacidade de liderar à distância, onde tudo se torna mais impessoal”, até pela dificuldade que é manter uma equipa de trabalho motivada em tal contexto. Como referido anteriormente, “mudança” tem sido denominador comum no percurso de Cristina Matos. No entanto, “diversidade” também seria uma palavra bastante ajustada para descrever aquele que tem vindo a ser esse mesmo percurso, até ao momento. Tendo já trabalhado no setor dos acessórios e decoração, mais tarde no setor alimentar, depois na área da animação cultural, entre muitas outras áreas com as quais já teve contacto, Cristina afirma que, hoje em dia, “[pode] dizer, com segurança, que o que mais [a] enriqueceu foi este trajeto multifacetado”, pelo que usa como lema a inspiração de Richard Branson: “Se alguém lhe oferecer uma oportunidade incrível, mas se não tiver a certeza de conseguir fazê-la, diga sim e depois aprenda a fazê-la”. Independentemente da responsabilidade advinda das posições que se ocupam, existe, para cada indivíduo, a dimensão pessoal e a dimensão profissional. Sendo os trabalhos de chefia, geralmente, mais absorventes do que outro tipo de trabalhos, é essencial saber definir uma espécie de “linha separadora” entre ambas as partes. Ainda que Cristina o reconheça, confessa que “não raras vezes, é difícil de conseguir” tal coisa. Apesar de todas as dificuldades que uma vida de líder implica, Cristina Matos faz com que o seu “lado otimista” sempre prevaleça, pelo que acredita numa sociedade, futuramente, “mais desenvolvida e mais madura”, onde problemas como as diferenciações de género deixarão de ser uma questão.

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SUSANA MARTINS: “SEMPRE QUIS SER EMPRESÁRIA” Vestindo a pele de uma criança que sempre teve o sonho de ser empresária, Susana Martins é cofundadora do GrupoConcept (BodyConcept, DepilConcept e ConceptPlus), estando ligada ao projeto desde 2005.

Geralmente diz-se que quem corre por gosto não cansa. Se, realmente, cansa ou não… isso não sabemos. No entanto, para Susana Martins, uma coisa é certa: vontade de trabalhar não falta, nunca faltou e, ao que tudo indica, dificilmente faltará, algum dia. “Ao contrário de quando se entra num projeto, onde apenas temos que operacionalizar um departamento ou empresa de grande dimensão, numa empresa que se cria de raiz e que cresce, ano após ano, em oferta de serviços, abertura de novas clínicas ou criação de novas marcas, tal como tem ocorrido no projeto GrupoConcept, nunca existe monotonia. Deste modo, a motivação de crescermos e evoluirmos é diária” – refere. Para muita gente, quando a chegada ao ensino superior se começa a aproximar, crescem as dúvidas sobre o que é que realmente as completa, enquanto profissionais futuros. Para outros, dá-se o caso de não existir, sequer, uma única área que as apaixone. No caso de Susana Martins, a conversa é outra. “Sempre quis ser empresária. Esse querer levou-me ao meu percurso académico no ISCTE e à minha carreira profissional” – explica. Em qualquer carreira profissional, e tal como acontece para todas as restantes dimensões da vida, existem fases boas e fases menos boas. Para muitas marcas, os tempos de pandemia foram sinónimo de grandes dificuldades. No caso do GrupoConcept, a história, mais uma vez, é diferente. Uma história de sucesso, numa altura em que inúmeros negócios se viram condenados ao insucesso. Tal como dizia a canção dos Amor Eletro, Susana Martins acredita que, no GrupoConcept, “juntos somos mais fortes”. “Nem todas as empresas conseguem ter essa união que as leva ao sucesso. Temos uma rede com uma força e energia fantásticas, que confia em nós e que seguiu as nossas diretrizes estratégicas”.

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“Nem todas as empresas conseguem ter essa união que as leva ao sucesso. Temos uma rede com uma força e energia fantásticas, que confia em nós e que seguiu as nossas diretrizes estratégicas."

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Num cenário de imprevisibilidade, também tivemos a sorte de a estética ser um setor muito procurado no levantamento dos confinamentos e termos uma enorme procura dos nossos serviços e produtos. Estes foram os motivos para prosperarmos durante e, atualmente, no pós-pandemia.” – admite. E como é de líderes que falamos, nunca é demais relembrar que o próprio GrupoConcept é líder de mercado, “quer na estética com a rede BodyConcept, quer na área da depilação permanente com a DepilConcept”. Possivelmente, existirão vários motivos que possam ser capazes de explicar o porquê da marca ser líder, no entanto, para Susana Martins, a explicação é bastante simples. “Esta diferença de termos as maiores empresas do setor deve-se à nossa constante preocupação com a qualidade e com o agregar valor a tudo o que fazemos. Recebemos também, pelo quinto ano consecutivo, o prémio Escolha do Consumidor, na categoria “Clínicas de Estética”, na BodyConcept. Já na DepilConcept, ganhámos pelo terceiro ano consecutivo o prémio 5 estrelas, na categoria “Clínicas de Depilação” e recebemos o selo de reputação do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e Inovação (IAPMEI)”. – assinala. Quanto a líderes perfeitas, já sabemos que tal conceito não passa de uma utopia, na medida em que o ser humano é, por definição, imperfeito. Mesmo assim, para Susana Martins, se a líder ideal existisse tinha de ser capaz de “definir estratégias, estar presente quando precisam dela, fornecer as ferramentas para todos os objetivos definidos serem alcançados, e, se necessário, trabalhar lado a lado com o resto da equipa”. Numa sociedade em que, cada vez mais, a questão da igualdade de género é posta em causa, a verdade é que a maior parte dos cargos de chefia ainda continuam a ser ocupados por homens. Para Susana Martins, a luta por uma sociedade laboral igual é diária, motivo pelo qual “[acredita] que a igualdade de género vai ser alcançada”. “Atualmente já vemos resultados nas escolas, na gestão familiar e em alguns ambientes de trabalho. É certo que a maioria dos cargos de gestão são desempenhados por homens, que os ocupam, por vezes, sem mérito, mas, atualmente, a geração de mulheres da nossa sociedade é aguerrida, formada, independente e está a ganhar cada vez mais destaque no mercado de trabalho” – conclui.

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ERIKA VOLPE: “A RECEITA FOI E É TRABALHAR COM FOCO, DETERMINAÇÃO E, PRINCIPALMENTE, COM PAIXÃO." Erika Volpe é fundadora da cadeia de restaurantes árabe, Harab’s. Num negócio que começou em 2020, em pleno pico da pandemia de covid-19, a empreendedora abriu o nono espaço da marca, em abril de 2022.

Num país em que, por natureza, o prato típico é a gastronomia diversificada, Erika Volpe é fundadora da Harab’s, uma marca que, tal como o próprio nome indica, procura oferecer a “verdadeira experiência gastronómica árabe”, ainda que a princípio o restaurante tenho sido aberto com o foco na “comunidade brasileira que vive em Portugal, uma vez que a especialidade da casa são as esfirras, muito comuns no Brasil.”. Hoje em dia, a Harab’s tem 9 lojas abertas por todo o país. Embora a cadeia de restaurantes fundada por Erika seja, agora, um sucesso, a verdade é que, durante o caminho, existiram, como não poderia deixar de ser, algumas “dificuldades”, que, com o tempo, vêm a ser superadas. “Uma das maiores dificuldades, foi, sem dúvida, conseguir apresentar e conquistar o paladar e o coração dos portugueses que estão a gostar do nosso produto pela qualidade e excelência. Hoje, em média, os nossos consumidores já não são mais 90% brasileiros e sim são 60% brasileiros e 40% portugueses, o que nos traz uma grande satisfação e felicidade, pois verificamos que estamos no caminho certo.” - refere Erika. Como em qualquer negócio, independentemente do setor de atividade em questão, a Harab’s tem concorrência direta. No entanto, apesar de reconhecer isso, Erika Volpe não vê na competição de mercado algo “mau”. Antes pelo contrário, acredita que ao existirem marcas a venderem produtos semelhantes, isso estimula, sim, a um crescimento, onde o foco é sempre colocado em “melhorar o que for necessário”. “Quanto à concorrência, o nosso elemento diferenciador é a excelência e a qualidade, tanto do produto, como do nosso atendimento.” – acrescenta. Ainda que todos os setores de atividade, à sua maneira, sejam desafiantes, é popular a perceção de que a área da restauração é, por si só, bastante exigente, até pelos horários que geralmente se praticam. Apesar da fundadora da Harab’s adorar o trabalho que faz, confessa estar “sempre aberta a inovações e em busca de novos investimentos”.

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“Não basta apenas ter boas ideias e uma visão, é fundamental que as mesmas sejam colocadas em prática. Para além disso, o empreendimento gera valores, ajuda a vida de outras pessoas e o principal foco é cumprir estes objetivos, entre outros, por isso estamos sempre em movimento e em busca de novos negócios.” – esclarece Erika.

“Uma das maiores dificuldades, foi, sem dúvida, conseguir apresentar e conquistar o paladar e o coração dos portugueses que estão a gostar do nosso produto pela qualidade e excelência. Hoje, em média, os nossos consumidores já não são mais 90% brasileiros e sim são 60% brasileiros e 40% portugueses, o que nos traz uma grande satisfação e felicidade, pois verificamos que estamos no caminho certo.” - refere Erika.

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Apesar de cada vez mais vivermos à luz de uma realidade bastante próxima daquilo que era a “antiga normalidade”, antes da covid-19, a verdade é que a pandemia causou grandes danos em diversos setores, nos quais a restauração se inclui. Mesmo assim, e numa época pouco aconselhável para a abertura de novos negócios, foi a 13 de outubro de 2020 que Erika decidiu abrir o primeiro espaço da Harab’s. Passados menos de dois anos, em abril de 2022, Erika Volpe abre o nono restaurante, num projeto onde a receita é, essencialmente, o trabalho. “A receita foi e é trabalhar com foco, determinação e, principalmente, com paixão. Só assim conseguimos desenvolver produtos de qualidade, juntamente com a nossa equipa de colaboradores, num ambiente leve e descontraído.” – explica. Para além de ser uma Mulher extremamente bem-sucedida na área dos negócios, Erika Volpe é um exemplo de liderança no feminino. E por falar em liderança, a fundadora da Harab’s não se acredita que a mesma possa ser imaculada, até porque “o ser humano não é perfeito”, pelo que é importante ter em mente que “estamos aqui sempre para aprender”. Ainda assim, a empreendedora acredita que uma boa líder prima sempre, em primeiro lugar, pelo seu lado humano. “Para ser uma líder de qualidade, devemos fazer a nossa equipa sentir-se segura e envolvida. A forma como os colaboradores são tratados e geridos no dia a dia é a base fundamental do bem-estar e desenvolvimento. Temos que ter confiança em nós mesmos e nas nossas decisões, dar feedbacks e saber recompensar um bom trabalho. Saber ouvir e receber conselhos também é muito importante. E, finalmente, mas não menos relevante, ser um exemplo de excelência para a equipa, pois gerimos pessoas, criamos valores, procuramos soluções, encorajamos pessoas e, mais do que isso, ajudamos a desenvolver outros líderes.” – aponta.

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“A receita foi e é trabalhar com foco, determinação e, principalmente, com paixão. Só assim conseguimos desenvolver produtos de qualidade, juntamente com a nossa equipa de colaboradores, num ambiente leve e descontraído.” – explica. Ainda que continue a existir algum estigma em relação a certos tipos de trabalho, “cargos só para homens” é um conceito no qual Erika já não se revê, à luz de uma sociedade moderna, onde já se começam a ver, por exemplo, “mulheres como Presidente da República”, ou “mulheres motoristas de camiões”. Pelo contrário, Erika apela à “coragem, determinação e persistência” das Mulheres, para que, assim, se contribua para uma mudança que apenas peca por tardia. É certo que “os passos ainda são lentos”, no entanto, para Erika Volpe, estaremos perante um futuro próximo, em que a “consciencialização quanto à igualdade na sociedade laboral” imperará.

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RACHEL NETTO: “EU CRESCI NUMA LOJA DE COLCHÕES DO RIO DE JANEIRO, ONDE A MINHA MÃE ERA VENDEDORA DESDE OS MEUS 6 ANOS" Por influência da mãe, Rachel Netto foi ganhando, desde os seus seis anos, a paixão pelo mundo dos colchões, que apesar de confortável, requer muita responsabilidade. Juntamente com o seu marido, Leon Netto, é fundadora da “Casa do Sono”. Hoje, a marca encontra-se espalhada por vários pontos do país. Cada vez mais se fala do quão importante é sair da zona de conforto. No caso de Rachel Netto, a equação é precisamente ao contrário. Nascida no nosso país-irmão, foi criada “numa loja de colchões, no Rio de Janeiro”, desde os seis anos, onde a mãe trabalhava. “Aos 18 anos, tornei-me vendedora de colchões da empresa onde a minha mãe trabalhava. Aos 23, tornei-me franqueada e aos 28 abri a Casa do Sono, em Portugal.” – refere. Hoje, a realidade é essa. Rachel Netto e o marido, Leon, são donos da “Casa do Sono”, uma casa de colchões que já conta com oito lojas espalhadas por Portugal, que foi o destino escolhido para abrir o negócio. Ou melhor… para viver. “Eu amo o país, as pessoas, a cultura... o negócio foi uma consequência, pela qual estou muito grata! Tem sido uma bênção ter os portugueses como clientes, são muito fiéis à marca. Temos percebido que os novos clientes da Casa do Sono surgem através de indicações de familiares e amigos de clientes antigos.” – explica Rachel. Apesar de, até ao momento, Rachel estar encantada com a vida que leva em Portugal, a verdade é que, tanto na vida de uma empreendedora como em outra profissão qualquer, a mudança de cultura traduz-se sempre num enorme “desafio”, por ser “diferente de tudo” aquilo a que as pessoas se habituam no seu país de origem. Para além das diferenças óbvias entre Portugal e Brasil, nomeadamente ao nível do clima, da alimentação ou até mesmo da dimensão geográfica, Rachel repara, através daquilo que vem a ser a sua experiência enquanto profissional dentro do setor do colchões, que, entre um país e outro, “o perfil do cliente é diferente”, desde “o tipo de atendimento” a que está habituado, aos “produtos” pelos quais tem preferência, o que obriga à adoção de uma “forma diferente” de comunicar, ao nível da publicidade da marca. Como, por vezes, nos diz a gíria: “amigos, amigos, negócios à parte”. No caso de Rachel, a situação, mais uma vez, é diferente, atendendo ao facto que o seu sócio fundador é, como referido anteriormente, o marido, Leon. Quanto à separação entre a esfera pessoal e a esfera profissional, a empreendedora brasileira deixa bem clara a forma como a mesma é feita, em casa.

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Sílvia Pinto, Marketing and Communication Manager da Goldenergy

“Não separamos! Simples assim! Trabalhamos juntos há 9 anos e no início até estabelecemos regras de não falar de negócios em casa, o que, para ser muito sincera, era uma tortura! Não podíamos falar do nosso assunto preferido (risos). Hoje, já nos permitimos falar de negócios em casa. As nossas filhas, de 2 e 5 anos, já vivem, intuitivamente, num universo de negócios e colchões. Não teria como ser diferente. É algo natural, diria.” – admite Rachel. Principalmente em idades mais jovens, fala-se muito no conceito de vocação. Algumas crianças dizem, desde muito cedo, que querem ser médicas, outras astronautas, outras cabeleireiras, por exemplo. Rachel Netto sempre viu na busca pela qualidade de vida, “desde alimentação saudável a uma noite de sono com qualidade”, uma espécie de lareira acesa capaz de “[queimar] o [seu] coração”, de uma forma positiva. “Acredito que a humanidade em geral está cada vez mais atenta a isso. A Casa do Sono não se importa só em vender colchões, somos especialistas em qualidade de vida, pelo que todos os nossos consultores são formados para isso. Cuidar da saúde do nosso cliente é a cultura da empresa.” – assegura a empreendedora. Numa vida, desde sempre, ligada à área dos colchões, Rachel Netto afasta a palavra “perfeição” do seu dicionário, até porque a líder ideal, no seu entender, é “humana e imperfeita”, tal como não poderia deixar de ser. Mesmo assim, com a experiência que vai acumulando ao longo destes anos de liderança, a cofundadora da Casa do Sono garante que “se tivesse de dar uma dica para quem está a iniciar uma vida de empreendedora, a liderar pessoas, diria para serem humanas, pensando sempre no bem-estar de todos”, até porque como a própria tem vindo a constatar, “colaboradores felizes dão bons resultados”. Apesar do sucesso que Mulheres como Rachel vêm a ter no mundo do empreendedorismo, o paradigma continua a ser bastante desequilibrado, no que à igualdade de género neste tipo de postos diz respeito. Mesmo assim, Rachel Netto acredita que um mundo igual “depende de nós mesmas”, pelo que é imperativo continuar a “mudar mentalidades”, para que todos os sonhos o deixem de ser, tornando-se, assim, em objetivos.

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LAPA STUDIO CONTRATA CHIEF HAPPINESS OFFICE Beatriz Madureira ocupará esta posição, exercendo o cargo que demonstra o comprometimento da Lapa Studio com o bem-estar de todos os seus colaboradores.

A somar às várias contratações que a Lapa Studio tem vindo a fazer em 2022, junta-se agora a de Beatriz Madureira, a nova Chief Happiness Officer da Lapa Studio. Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, com um MBA na Universidade de S. José & Universidade Católica e uma vasta formação na área da Felicidade no Trabalho, Beatriz conta ainda com uma larga experiência na área de gestão de pessoas que irá contribuir para o desempenho das suas funções na Lapa Studio. Para a nova Chief Hapiness Officer “A flexibilidade é atualmente um requisito desejado e, por isso, somos remote first. Mas as Pessoas são o nosso foco e acreditamos que o nosso papel é desenvolver a melhor experiência e criar as condições que vão permitir a cada colaborador(a) sentir-se mais envolvido(a), motivado(a), empenhado(a), com espírito de pertença, através de uma liderança humanizada, otimista, assente na confiança, autonomia, liberdade com responsabilidade, reconhecimento e, consequentemente, mais feliz a desempenhar as suas funções na organização onde escolheu trabalhar.” Esta contratação servirá para cumprir com um dos principais objetivos da Lapa Studio, o de criar uma atmosfera de trabalho saudável e em que os seus colaboradores se sintam felizes e recompensados, pois só assim poderá a empresa ter um crescimento sustentável. Nas palavras do CEO, Pedro Torres, “O nosso emprego é provavelmente a atividade a que provavelmente mais horas da nossa vida dedicamos e por isso tem que ser uma atividade que nos faça felizes, que nos deixe realizados e que cumpra com os nossos desígnios sendo por isso fundamental, para além da devida compensação monetária, criar um ambiente de trabalho saudável e no qual as pessoas se sintam bem diariamente.”

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Sobre Lapa Studio: A Lapa Studio é uma empresa de IoT que depois de criar com sucesso duas versões do Lapa, um rastreador Bluetooth reconhecido mundialmente, com dezenas de milhares de usuários em 80 países diferentes, estão expandindo a tecnologia de Internet das Coisas (IoT) para outros objetivos inovadores preparando-se para lançar este ano uma plataforma.

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OS COLABORADORES DA SIVA|PHS FAZEM A DIFERENÇA NO DIA MUNDIAL DA TERRA A sinalizar o Dia Mundial da Terra, a SIVA|PHS, promoveu uma série de iniciativas, entre todos os colaboradores, assumindo assim o compromisso com a proteção e a necessidade de preservar os recursos naturais, o ambiente e a sustentabilidade do planeta.

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Através destas iniciativas, os colaboradores são sensibilizados para este projeto, tornando-se embaixadores desta ação de sensibilização com o desafio de através da sua conduta contribuírem para o #Project1hour, projeto internacional do Grupo Volkswagen. A SIVA|PHS segue o posicionamento internacional do Grupo ao qual pertence - a Volkswagen AG e a Porsche Holding Salzburg (PHS) - que tem na sua essência uma forte preocupação ambiental e segue um programa de descarbonização. O objetivo deste programa é reduzir as emissões de CO₂ em 30% até 2025, quando comparado com 2015, e atingir a neutralidade de carbono até 2050, tanto do grupo como dos seus produtos. Desta forma o Grupo tornar-se-á líder mundial em soluções de mobilidade sustentável, irá servir como modelo e exemplo no que respeita ao ambiente e reduzir de forma significativa a pegada de carbono. De forma a reforçar a necessidade da redução de CO2 e chegar ao objetivo implementado, no Dia Mundial da Terra, foram realizadas palestras de sensibilização por especialistas na área de ambiente e soluções de mobilidade. Foram ainda plantadas pela Equipa SIVA|PHS, 44 árvores num espaço verde dedicado a este fim, num sinal claro e simbólico de aposta na sustentabilidade. A SIVA|PHS tem implementado estes padrões de redução da pegada de carbono, através da implementação de processos vários, que asseguram este objetivo, tais como: • Eletrificação da frota SIVA|PHS equivale à redução da pegada de carbono: menos 37,6 T CO2/ ano; • Implementação de um parque de painéis fotovoltaicos na SIVA|PHS e na cobertura da SIVA – TEC: produção anual estimada de 618 MWh/ano e redução nas emissões 123t CO2 /ano1, o que equivale à captação de CO2 por 5.619 árvores; • Substituição das luminárias existentes por luzes LED: -36% de consumo energético estimado até ao final do ano; • Eliminação das garrafas de água em plástico; • Avaliação de colocação de sensores de movimento em vários setores da SIVA|PHS em curso. O #Project1hour conseguiu o ano passado, um total de mais de 660.000 pessoas do Grupo Volkswagen a fazer uma pausa nos seus trabalhos, para refletir e discutir temas como o aquecimento global, o uso de recursos e o impacto que cada um tem no meio ambiente.

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MOBI.DATA: O PORTAL INTERATIVO QUE DISPONIBILIZA TODA A INFORMAÇÃO SOBRE A REDE MOBI.E EM TEMPO REAL A MOBI.E convida a viver a rede de carregamento de veículos elétricos como nunca imaginou, através de uma ferramenta que todos esperávamos para conhecer ao minuto. Trata-se de um portal de dados em constante atualização, onde é possível consultar informação e interagir não só sobre a disponibilidade da rede, mas também sobre a sustentabilidade e o impacto ambiental, e ainda sobre a evolução histórica e os principais indicadores, bem como conhecer algumas curiosidades da Mobi.E. De modo a transmitir um maior conhecimento e maior familiaridade com a utilização da sua rede pública de carregamento de veículos elétricos, a MOBI.E acaba de lançar um portal de dados interativos. Através do MOBI.Data, todos os interessados podem explorar a mobilidade elétrica e a rede de carregamento, de uma forma fácil e intuitiva, ajudando a satisfazer a curiosidade de cada um. No lançamento oficial do MOBI.Data, que se realizou nas instalações da MOBI.E, em Lisboa, marcaram presença o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado. Para uma melhor sensibilização da mobilidade elétrica em Portugal, a MOBI.E desenvolveu esta plataforma, que permite consultar o fornecimento de dados sobre a rede, o impacto que a mesma tem no meio ambiente, a evolução histórica e também algumas curiosidades. Os dados encontram-se agregados em quatro grandes áreas: Disponibilidade: Em tempo real, passa a ser possível consultar o estado da rede: o número de postos e tomadas, agregada ou por município. Permite conhecer, em cada momento, à distância de um clique, qual a disponibilidade da rede concelho a concelho. Utilizando os filtros, poderá, de uma forma rápida e simples, saber o que está a acontecer na rede Mobi.E num determinado concelho, quantos postos e tomadas existem, quantos estão livres, em uso, etc.;

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Sustentabilidade: Permite conhecer o impacto da rede Mobi.E no meio ambiente. Com retropesquisa desde 1 de janeiro de 2019, são fornecidos dados sobre as toneladas de CO2 por mês e os principais indicadores, como os litros de gasóleo não consumidos, o número de casas em Portugal que consomem a mesma energia elétrica por ano, quantas árvores são necessárias para eliminar o CO2 num ano ou o número de habitantes que produzem as mesmas toneladas de CO2 por ano; Mobilidade: Possibilita explorar com maior profundidade a evolução histórica da rede Mobi.E em termos de carregamentos, energia consumida, número de utilizadores e de postos e tomadas e comparar estes indicadores com períodos homólogos; Curiosidade: Para quem quer saber ainda mais, esta secção apresenta dados, como a densidade populacional por tomadas por município, postos adicionados à rede, média das tomadas disponíveis e em uso por hora do dia, média de carregamentos por utilizador, média dos consumos por carregamento ou média dos tempos de carregamento.

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LANÇAMENTO DA PLATAFORMA CUIDAFARMA LOVE UKRAINE O projeto oferece cerca de uma centena de oportunidades de emprego para Farmacêuticos e Técnicos de Farmácia, afetados pela guerra na Ucrânia.

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A Cuidafarma com os Grupos de Farmácias seus associados, e em parceria com a Bluepharma, agregaram esforços junto das Farmácias e outras entidades, para desenvolver a Plataforma Cuidafarma Love Ukraine (www.cuidafarmaloveukraine.pt) que tem como objetivo prestar apoio aos Farmacêuticos e Técnicos de Farmácia, afetados pela guerra na Ucrânia, que escolheram Portugal como destino. A plataforma conta já com 50 farmácias parceiras que disponibilizaram cerca de uma centena de ofertas de trabalho para Farmacêuticos e Técnicos de Farmácia, afetados pela guerra na Ucrânia. Para garantir uma rápida e completa integração, a Plataforma Cuidafarma Love Ukraine apresenta uma lista de oportunidades de emprego, que pretende articular as necessidades de procura de emprego dos profissionais de Farmácia provenientes da Ucrânia, com as disponibilidades existentes nas Farmácias parceiras. Através da Plataforma Cuidafarma Love Ukraine pretende-se dar resposta às principais dificuldades dos profissionais de farmácia que chegam a Portugal, disponibilizando ofertas de emprego em farmácias, na aprendizagem da língua portuguesa e na identificação de um local para habitação. Este projeto conta com a colaboração da Ordem dos Farmacêuticos e de outros Farmacêuticos Ucranianos residentes em Portugal, que estão a trabalhar para oferecer ajuda direta a estes profissionais. Também em cooperação com as entidades competentes e a comunidade ucraniana em Portugal, pretende apoiar Técnicos de Farmácia ou outros profissionais com experiência no setor. As Farmácias que pretendam integrar este projeto e receber os profissionais de Farmácia provenientes da Ucrânia, devem preencher o formulário https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd6bE3WnPPznogetTBLxr3OnPwxuGrRaxJZfpT19uGiarNvw/viewform

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> ask@wehelpukraine.org

we help ukraine .org

Help us help the people of Ukraine PT

+351 308 808 725 (7h to 16h Lisbon Time)

USA +1 202-978-6038 UKR +380 800 503 598 UK +44 7458 152230


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