Bahia Rural Nº 36

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Correio da bahia

Publicação das Atividades do Meio Rural ANO I Nº 36 - Salvador, 21 de novembro 2006

Embrapa desenvolve melancias de polpa amarela Levemente crocantes, as melancias têm um alto teor de açúcares e apresentam uma coloração amarelo canário, característica que revela a presença de betacaroteno.

Divulgação / Embrapa

04

Rio Real ganha biofábrica de citros

10

Pesquisas em caprinovinocultura recebem R$1,4 mi


eventos e cotações

Salvador - terça, 21 de novembro de 2006

PRODUTOS

links

exposições FENAGRO Período: 25/11/2006 à 03/12/2006 Local: Parque de Exposições de Salvador - Bahia Informações: (71) 3375-3062

EVENTOS

MÉDIO

CEASA/SALVADOR

ALGODÃO

PLUMA

BARREIRAS

CAROÇO COM CASCA

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento www.agricultura.gov.br

ARROZ

Embrapa www.embrapa.gov.br

CACAU

Confederação Nacional da Agricultura www.cna.org.br

CAFÉ ARÁBICA

BANANA

BIOENERGY WORLD AMERICAS Período: 29/11/2006 à 3/12/2006 Local: Salvador - BA Informações: (21) 2233-8002 / E-mail: info@bioenergy-world.com.br IV CONGRESSO NORDESTINO DE PRODUÇÃO ANIMAL / X SIMPÓSIO NORDESTINO DE ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES / I SIMPÓSIO DE PRODUÇÃO ANIMAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO Período: 27/11/2006 à 30/11/2006 Local: Centro de Convenções de Petrolina – PE Informações: www.snpa.org.br

CURSOS

EBDA www.ebda.ba.gov.br FAEB - Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia www.faeb.org.br Associação Nacional dos Criadores e Pesquisadores www.ancp.org.br AIBA - Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia www.aiba.com.br ADAB - Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia www.adab.ba.gov.br

CAFÉ CONILLON

COCO VERDE FEIJÃO

LARANJA/PERA

IV CURSO DE NOÇÕES BÁSICAS DE MORFOLOGIA E JULGAMENTO DE ZEBUÍNOS Período: 29/11/2006 a 01/12/2006 Local: Auditório do EBDA, Parque de Exposições de Salvador Informações: (71) 3375-3062 / 3245-3248

Nos próximos dias, o tempo no Estado deve ficar encoberto a nublado, com pancadas de chuva no centro, sul e oeste. Nas demais áreas, os dias serão nublados com pancadas de chuva e períodos de melhoria. A temperatura será estável, com máxima de 35°C e mínima 17°C. Em Salvador, máxima de 28°C e mínima de 22°C.

expediente

Departamento Comercial Tel.: (71) 3203-1864/1353 comercial.correio@redebahia.com.br Departamento de Marketing Tel.: (71) 3203-1469/1921 bahiarural.correio@redebahia.com.br Editora de Marketing Rafaela Manzo rafaela.manzo@redebahia.com.br

Redatora Lívia Cabral

bahiarural@mettacomunicacao.com.br

Encartado no jornal Correio da Bahia. Não pode ser vendido separadamente.

BARREIRAS

ARROBA

15,00

BARREIRAS

SC 60 KG

26,00

KG

0,95

CENTO

10,00

ILHÉUS/ITABUNA

ARROBA

45,50

NEW YORK

(US$) TON

1.463,00

DURO TIPO 6

LUIZ E. MAGALHÃES

SC 60 KG

225,00

RIO

LUIZ E. MAGALHÃES

SC 60 KG

195,00

DESPOLPADO

LUIZ E. MAGALHÃES

SC 60 KG

245,00

DESPOLPADO

VITÓRIA DA CONQUISTA

SC 60 KG

250,00

DURO

VITÓRIA DA CONQUISTA

SC 60 KG

215,00

SC 60 KG

247,00

DISPONÍVEL

SANTOS

DISPONÍVEL

NEW YORK

(U$$) LIBRA-PESO

FUTURO

NEW YORK

(U$$) LIBRA-PESO

TIPO 7

EUNÁPOLIS

SC 60 KG

170,00

TIPO 7/8

EUNÁPOLIS

SC 60 KG

167,00

CEASA/JUAZEIRO

SC 20 KG

3,50

IRECÊ

SC 20 KG

2,00

MÉDIO

CEASA/SALVADOR

MÉDIO

CEASA/SALVADOR

CARIOCA

GRANDE

0,92 1,07

CENTO

140,00

CENTO

30,00

ADUSTINA

SC 60 KG

45,00

IRECÊ

SC 60 KG

55,00

RIBEIRA DO POMBAL

SC 60 KG

40,00

CENTO

8,00

CEASA/SALVADOR RIO REAL

TONELADA

205,00

SC 20 KG

35,00

CEASA/SALVADOR

MAMÃO

FORMOSA

CEASA/SALVADOR

KG

0,80

MAMÃO

HAWAI

CEASA/SALVADOR

CX 7/8 KG

7,00

IRECÊ

SC 60 KG

37,00

MANGA

CEASA/JUAZEIRO

KG

0,20

MELANCIA

CEASA/JUAZEIRO

KG

0,10

MELÃO

CEASA/JUAZEIRO

KG

0,50

MILHO

BARREIRAS

SC 60 KG

18,50

IRECÊ

SC 60 KG

17,00

SISAL

TOMMY ATKINS

EXTRA

VALENTE

KG

1,10

TIPO 2

VALENTE

KG

0,98

REFUGO

VALENTE

KG

0,72

SOJA

BARREIRAS CHICAGO-USA

SC 60 KG

25,50

(U$$) BUSCHEL

6,22

CEASA/SALVADOR

CX 20/22 KG

26,00

CEASA/JUAZEIRO

CX 26 KG

18,50

ITÁLIA

CEASA/JUAZEIRO

CX 06 KG

16,00

FEIRA DE SANTANA

ARROBA

58,00

ITAPETINGA

ARROBA

57,00

CAPRINO

FEIRA DE SANTANA

ARROBA

78,00

OVINO

FEIRA DE SANTANA

ARROBA

84,00

FEIRA DE SANTANA

LITRO

0,42

TEIXEIRA DE FREITAS

LITRO

0,45

UVA BOI GORDO

Estagiário Luiz Eduardo Pelosi Rua Coronel Almerindo Rehem, 82 Edf. Bahia Executive Center , sala 610 Caminho das Árvores - Salvador-Ba Telefax.: (71) 3342.4440/4441 metta@mettacomunicacao.com.br

39,02

GRANDE

TOMATE MESA Produção

90,00

CEASA/SALVADOR

MAMONA

tempo

CENTO ARROBA

PRATA

INDÚSTRIA LIMÃO TAITI

PREÇO (R$)

CEASA/SALVADOR

CEBOLA COCO SECO

UNIDADE

PACOVAN

FUTURO

CAR - Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional www.car.ba.gov.br Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia www.seagri.ba.gov.br

PRAÇA

ABACAXI

Conab www.conab.gov.br Iº SIMPÓSIO DE PRODUÇÃO DE LEITE A PASTO Período: 27/11/2006 a 28/11/2006 Local: Centro de Treinamento da EBDA – Parque de Exposições de Salvador Informações: (71) 375 2383 / 3285-8300

TIPO

FRIGORÍFICO FRIGORÍFICO

LEITE

(NA PLATAFORMA)

Fonte: EBAL, EBDA, Coordenação de Conjuntura Agrícola - SEAGRI - Fone : 3115 - 2725


Informes Rurais

Salvador - terça, 21 de novembro de 2006

CAVALOS

Divulgação

Festival reuniu o melhor do esporte eqüestre Realizado entre os dias 03 e 05 de novembro no Parque de Exposições de Salvador, o Festival do Cavalo 2006, reuniu o que há de melhor na eqüinocultura da Bahia. Caracterizado por ser um evento de cunho eminentemente esportivo, o Festival ganha mais importância quando se transforma no palco das grandes finais dos campeonatos realizados durante todo o ano no interior da Bahia. Durante o evento, foram classificados os campeões de cada uma das etapas que disputaram os títulos de campeões baianos em cada uma das modalidades de esportes eqüestres, a exemplo de Hipismo Rural, Team Penning, Circuito Baiano de Cavalgadas, Campeonato Baiano do Cavalo de Passeio, Baliza e Tambor. Além destas modalidades, a programação do Festival contou com as Copas de Marcha do Mangalarga Marchador e do Campolina, a prova da categoria Patrão do Mangalarga Marchador, a Prova de Apartação do Quarto de Milha.

LEILÃO

AGRICULTURA FAMILIAR Mandiocultores recebem equipamentos Fornos, empacotadeiras e fecularias são alguns dos itens que estão sendo entregues, este mês, aos 5.400 agricultores familiares dos 47 municípios das regiões Recôncavo Sul e Baixo Sul da Bahia, cadastrados no Programa Nossa Raiz. No total são 60 fornos, 60 empacotadeiras e 60 fecularias. Além disso, 71.300 sacos de 50 quilos de insumos, fertilizantes e defensivos super-simples, já foram entregues este ano aos agricultores nas duas regiões, que correspondem a uma área de 10.800 hectares.

Assessoria EBDA

AGECOM

BANANA Maranhão livre da Sigatoka Negra O Maranhão é o sexto Estado a ser reconhecido como área livre da praga Sigatoka Negra. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário oficial da União (DOU) do último dia 13, a Instrução Normativa que concedeu o título ao Estado nordestino. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Maranhão produz cerca de 130 mil toneladas de banana por ano, em uma área de aproximadamente 11,8 mil hectares.

Reprodutores Nelore em leilão virtual A empresa Agro-Pecuária CFM, que atua no fornecimento de touros com CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção), sediada em São José do Rio Preto (SP), venderá 100 reprodutores da raça Nelore no Leilão Virtual CFM, programado para 29 de novembro, a partir das 20 horas, com transmissão pelo Canal do Boi. Todos os lotes à venda foram avaliados geneticamente e possuem elevados índices de produtividade para as características que oferecem lucro ao pecuarista: precocidade, ganho de peso a pasto, fertilidade, musculosidade, entre outras. A oferta do evento será negociada em 16 parcelas. Os compradores de cargas fechadas (16 ou 24 touros) receberão os animais gratuitamente em suas propriedades em qualquer lugar do país. Este é um dos principais diferenciais oferecidos pela empresa e atrai criadores dos principais pólos de produção e até mesmo das novas fronteiras pecuárias, como o Norte e o Nordeste, regiões com grande potencial de crescimento para a atividade. Informações adicionais podem ser obtidas pelo telefone 0800127111, e-mail: faleconosco@agrocfm.com.br ou site www. agrocfm.com.br

INSEMINAÇÃO “Peça um Curso de Inseminação Artificial para o Papai Noel” A central de genética Lagoa, localizada no município de Sertãozinho, em São Paulo, lança a campanha “Peça um Curso de Inseminação Artificial para o Papai Noel”, que vai premiar uma pessoa de qualquer localidade brasileira com um curso de inseminação artificial, isento de qualquer despesa, inclusive viagem e estadia. Para participar, basta enviar uma carta, e-mail ou preencher o formulário disponível no site da Lagoa contando porque o Papai Noel tem que lhe presentear com um curso. O prazo para as inscrições é até o próximo dia 30. O resultado será divulgado no dia 1º de dezembro. O ganhador poderá escolher entre duas semanas para realizar o Curso (11 a 15 ou 18 a 22 de dezembro), na sede da Central. Como participar: Por carta: “Peça um Curso de IA para o Papai Noel” Rodovia Carlos Tonani, km 88 – Caixa Postal 60 Sertãozinho – SP – Cep 14174000 Por e-mail: assessoria@lagoa.com.br Pelo site: www.lagoa.com.br


Agrobahia

Salvador - terça, 21 de novembro de 2006

Rio Real ganha biofábrica de citros Será inaugurada hoje mais uma base de produção de borbulhas cítricas em ambiente protegido (Biofábrica de Citros). A nova unidade funcionará na região Litoral Norte, no município de Rio Real. O objetivo é implementar as normas e padrões para a produção e comercialização de mudas no Estado. No evento, mais de 500 agricultores familiares da região conferem, em um seminário, os avanços do programa BahiaCitros, informações sobre a produção de mudas e manejo de solo em pomares cítricos. “Através do BahiaCitros, ina­ uguramos em setembro, duas Biofábricas nos municípios de Conceição do Almeida e Alagoi­ nhas. São equipamentos muito importantes para a Bahia que já é o 2ª maior produtor de citros do país. Nossa meta é avançarmos ainda mais nessa cultura, garantindo o fortalecimento do setor e mais renda para os produtores”, afirmou o secretário da Agricultura, Pedro Barbosa. Este incentivo vai proporcionar aos agricultores familiares do Estado a oportunidade de

adquirir borbulhas (porção de casca de planta matriz com ou sem lenho, que contenha uma gema possível de reproduzir a planta cítrica original) de qualidade genética e com sanidade para o novo sistema de produção de citros. “As biofábricas vão contribuir para o sucesso nos pomares e, assim, melhorar a produtividade e a rentabilidade dos agricultores familiares do Estado”, disse o presidente da EBDA, Joaquim Santana. No evento programado para a inauguração, os produtores vão participar de quatro pa­ lestras. Na primeira, os produtores terão informações sobre a contextualização e os avanços tecnológicos do Programa BahiaCitros. Na segunda, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adab) irá explicar a Legislação na produção de mudas cítricas. Sobre o sistema de produção de mudas cítricas em enxertia e o Manejo de solos em pomares cítricos, os produtores vão obter informações na terceira e na quarta palestras respectivamente.

Assessoria EBDA

Assessoria EBDA

Mudas devem ser produzidas a partir de matrizes sadias A coordenadora estadual do Programa BahiaCitros, Sandra Carvalho, chama atenção para os cuidados na produção de mudas cítricas. “As mudas devem ser produzidas com borbulhas provenientes de matrizes sadias, em viveiro telado, que é a forma mais segura de obter mudas com alta qualidade genética e, principalmente, de aumentar a possibilidade de que sejam livres de doenças e pragas”. A meta é que as biofábricas de Rio Real, Conceição do Almeida e de Alagoinhas alcancem, juntas, a produção anual de 1,7 a 1,8 mil borbulhas cítricas. Em ambiente protegido, o espaço apresenta uma

estrutura resistente a ventos fortes, para evitar a exposição das mudas durante o processo de produção. A unidade conta ainda com uma mureta la­ teral de concreto, com altura mínima de 30 cm, para evitar a entrada de água das chuvas por respingos. O programa BahiaCitros é desenvolvido em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adab), Embrapa, Escola de Agronomia da Ufba (Agrufba), bancos do Brasil e do Nordeste, Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), Associação dos Citricultores da Bahia (Asciba) e com a iniciativa privada.


agroeventos

Salvador - terça, 21 de novembro de 2006

19ª Fenagro supera número de animais expostos

Divulgação

Mais de mil eqüinos de várias raças já estão inscritos para participar da 19ª edição da Fenagro, que será realizada entre os dias 25 de novembro e 3 de dezembro de 2006, no Parque de Exposições de Salvador. De acordo com Almir Mendes, Diretor de Comunicação do evento, esse número representa um recorde em relação às edições anteriores do evento. Os animais serão expostos em dois turnos. O primeiro turno, que irá acontecer entre os dias 23 e 24 de novembro, trará animais das raças Campolina, Pampa, Quarto de Milha, Paint Horse, Appaloosa e os pôneis, além dos muares (jumentos e burros), enquanto as raças Mangalarga Marchador e Man­galarga Paulista serão mostradas a partir do dia 25, data oficial da abertura do evento. Já estão contabilizados a

presença de 500 expositores. Foram adquiridas argolas para 1.300 bovinos, e espera-se que mais de 2 mil , inclusive gado de corte estarão sendo leiloados nos 31 leilões que estão confirmados durante a feira. Os caprinos e ovinos somam quatro mil, repetindo o número de edição da Fenagro de 2004, que é o recorde brasileiro deste tipo de animais numa feira de agronegócios. Além disto, estão previstos a presença de cerca de 7.600 pequenos animais entre aves, roedores, dentre outros. Uma das novidades da feira é o Shopping de Embriões Top Bahia, no qual estarão reunidas as melhores e mais renomadas doadoras baianas das raças Nelore, Girolando e Gir leiteiro. No espaço os visitantes terão a oportunidade de encontrar num só local um grupo seleto de animais com genética superior e de negociar prenhezes e direitos de aspiração diretamente com os proprietários dos animais.

A Fenagro traz mais uma vez o curso de Gestão e Organização das Propriedades Rurais para os criadores, técnicos, estudantes e demais interessados no agronegócio, que será realizado no dia 29 de novembro. Outra iniciativa é o Iº Simpósio de Produção de Leite a Pasto, que vai ocorrer no auditório da EBDA, no Parque de Exposições de Salvador, entre os dias 26 e 27 de novembro, com o objetivo de reunir todos os segmentos da Cadeia Produtiva do Leite produzido em Sistemas de Pastejo no Brasil, como forma de fortalecimento do setor e difusão de tecnologia de modelos produtivos. Além disso, haverá

o curso de Noções Básicas de Morfologia e Julgamento de Zebuínos, que também ocorrerá no auditório da EBDA, nos dia 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro. O curso de Gestão e Organização das Propriedades Rurais traz como tema “Agronegócios e mercados agroindustriais” (Prof. Guilherme Vieira – FTC/ SSA), “Gestão da propriedade rural” (Prof. Armando Lapa – FTC/SSA), “Custos de produção agropecuária” (Profa. Jucimara Rodrigues dos Santos – FTC/ SSA) e “Financiamentos para produção agropecuária” (Eco­ nomista Fábio Lúcio – Banco do Nordeste). O custo para profissionais, produtores rurais e

demais interessados é de R$60. Sócios da ABAC pagam R$50 e estudantes, R$40. As inscrições devem ser feitas na FTC, através do número de telefone (71) 3281-8059 ou pelo e - mail: posgrad.ssa@ftc.br. O Curso de Noções Básicas de Morfologia e Julgamento de Zebuínos, que formará juizes para raças zebuínas. É uma boa opção para profissionais e estudantes da agropecuária, assim como criadores de zebu. As aulas serão teóricas e práticas e contarão com três raças distintas de zebuínos. As inscrições devem ser realizadas no escritório de Salvador da ABCZ, pelos telefones (71) 32453248 e 3375-3062.

Stock.XCHNG

Feira promove cursos e simpósio


Matéria da capa

Salvador - terça, 21 de novembro de 2006

Embrapa desenvolve mel O Desenvolvimento de duas variedades de melancia de polpa tenra, chamadas BRS Soleil e BRS Kuarah, cria alternativas para consumidores e produtores. As variedades da fruta foram desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Rondônia, em pareceria com a Embrapa Semi-Árido (PE), a pesquisa começou em 2002. Levemente crocantes, as melancias têm um alto teor de açúcares e apresentam uma coloração amarelo canário, característica que revela a presença de betacaroteno. O custo e o tempo de produção das variedades são menores do que o da melancia de polpa vermelha. O pesquisador responsável pelo trabalho, Flávio de França Souza, explica que a idéia é proporcionar ao consumidor novas alternativas de consumo. “Na realidade a melancia amarela já existe na natureza, o que a Embrapa fez foi desenvolver um trabalho para tornar o seu cultivo economicamente viável, além disso, o consumidor contará com um fruto com valor nutricional igual ao da melancia de polpa vermelha, porém, com um diferencial: o alto teor de betacaroteno”. O pigmento betacaroteno - normalmente encontrado em outros vegetais de coloração amarela e alaranjada, como as abóboras e a cenoura - é precursor da vitamina A e desempenha importantes funções no orga­ nismo humano, sobretudo com relação à visão e à imunidade. A melancia de polpa amarela tem em suas propriedades a função antioxidante, capaz de reduzir os efeitos do envelhecimento, neutralizando a ação dos radi­ cais livres no corpo e, além disso, têm um papel importante na função imunológica.

O pesquisador ressalta que as variedades foram produzidas através do melhoramento genético, que não é transgênico. “Utilizamos o material guardado no banco genético da Embrapa Semi-árido e cruzamos com algumas variedades comerciais. A partir desse cruzamento, fizemos vários tipos de seleções dentro da população obtida, levando em conta as caracte­ rísticas que nos interessavam. Este melhoramento durou oito gerações, para conseguirmos a variedade ideal”, explica Souza. Além de excelentes propriedades organolépticas (de sabor e odor) e nutricionais, as duas variedades apresentam menor tamanho de fruto. Isso faz com que o consumidor possa transportar mais facilmente a fruta do supermercado até a residência. O tamanho também permite um consumo mais rápido do fruto, além de um fácil acondicionamento no refrigerador. Há ainda a vantagem do menor preço unitário dos frutos. Além disso, o baixo valor calórico da melancia torna o fruto adequado aos mais variados tipos de dietas. As melancias de polpa amarela já são comuns na Europa, Ásia e Estados Unidos. Porém, as variedades comercia­ lizadas têm um sabor e propriedades nutritivas iguais a da melancia de polpa vermelha. “A variação na cor da polpa decorre da própria variabilidade genética da espécie. Existem também melancias de polpa branca, laranja e rósea”, completa Flávio de França. Para os produtores, a precocidade da BRS Soleil e BRS Kuarah possibilitará retorno mais rápido, o fruto tem um ciclo

de 65 a 70 dias, com um retorno maior para o produtor, que leva entre 85 a 90 dias para produzir a melancia convencional. O manejo é igual ao das melancias de polpa vermelha. Além disso, há uma economia no uso de insumos, mão-de-obra e me­ lhor aproveitamento da área de cultivo, além de contribuir para redução dos riscos de perda da lavoura pela ocorrência de estiagens ou enxurradas. As plantas são mais compactas, possibilitando uma produção de até dez mil plantas por hectare.

A planta é também mais densa e com um alto potencial produtivo. As únicas diferenças entre a BRS Soleil e a BRS Kuarah são na aparência e no peso do fruto, a BRS Soleil é listrada e pesam entre 5 e 7 kg, a BRS Kuarah não tem listras e pesam entre 3 e 5 kg. As variedades, que serão lançadas em 2007, foram apresentadas, pela primeira vez, no dia 07 de novembro, no Campo Experimen-

tal da Embrapa Rondônia, em Ouro Preto d’Oeste. O projeto deve desenvolver futuramente outra variedade, a melancia de polpa laranja, com propriedades semelhantes do fruto de polpa amarela. Em Rondônia, essas va­ riedades foram testadas nos municípios de Porto Velho, Machadinho d’Oeste, Presidente Médici e Ouro Preto d’Oeste, com produtividade média de 31 t/ha e ciclo de 65 a 70 dias. Esses frutos serão mostrados também na Amazontech, Feira de Tecnologias do Norte que será realizada de 22 a 26 de novembro em Belém/ PA.

Divulgação / Embrapa


Salvador - terça, 21 de novembro de 2006

lancias de polpa amarela Divulgação

Fruto apresenta outras variedades Outra tecnologia adaptada pela Embrapa é o desenvolvi­ mento de híbridos de melancia sem sementes. A tecnologia foi desenvolvida no Japão ainda na década de 50. Segundo o pesquisador da Embrapa Rondônia, Flávio de França Souza, atualmente, os frutos sem sementes já representam mais de 20% das melancias consumidas nos mercados europeu e americano. “No Brasil, a produção dessa variedade ainda é incipiente. Há pouca disponibilidade de híbridos no mercado e suas sementes são muito caras em relação às va­riedades tradicionais”, completa Souza. A melancia forrageira é mais uma variedade, porém, a sua utilização é feita para

a alimentação alternativa de rebanhos. Com um fruto que se conserva por mais de um ano, após maduro, a forrageira é um recurso alimentar indispensável para a criação pecuária em regiões extremamente secas. Com origem africana, esta variedade tem uma casca dura, resistente a impactos e deterioração, com uma polpa branca e consistente, e apresenta um baixo teor de sacarose, o que a torna sem sabor. Um hectare no sertão, a depender da quantidade e da distribuição das chuvas, pode chegar a produzir entre 25 e 30 toneladas de frutos. Esta espécie de melancia ainda manifesta tanto resistência ao oídio, como tolerância a vírus causadores de doenças que, comumente,

provocam danos à melancia tradicional, proporcionando redução de gastos no manejo do cultivo. O seu ciclo vegetativo é de aproximadamente 90 dias. No Japão, uma cooperativa agrícola produz a melancia quadrada há quase 30 anos. O formato do fruto é interessante para o consumidor, pela facilidade em se guardar na geladeira. A forma é obtida antes do amadurecimento do fruto, o processo de desenvolvimento não é revelado pela cooperativa. Entretanto, a me­ lancia quadrada não é tão doce e tem um sabor parecido com o do pepino. O fruto tem um tempo longo de conservação, em média um ano e meio e o preço é bem salgado, R$230.

VALOR NUTRICIONAL A melancia tradicional, de polpa vermelha, tem propriedades hidratantes (contém cerca de 90% de água). Além disso, possui também açúcar, vitaminas do Complexo B e sais minerais, como cálcio, fósforo e ferro. • Cada 100 gramas de melancia (Cucurbita citrullus) contêm:

Stock.XCHNG

Calorias - 31kcal Proteínas - 0,5g Gorduras - 0,2g Vitamina A - 410 U.l. Vitamina B1 (Tiamina) - 25 mcg Vitamina B2 (Riboflavina) - 35 mcg Vitamina B5 (Niacina) - 0,20 mg Vitamina C (Ácido ascórbico) - 9 mg Fósforo - 12 mg Cálcio - 7 mg Ferro - 0,20 mg


artigo

Salvador - terça, 21 de novembro de 2006

Retenção de placenta em fêmeas tem relação direta com nutrição deficiente

uma série de alterações. No dia do parto o animal tem dificuldades para expelir sua placenta e, quando este processo se prolonga por mais de 12 horas, quadro já caracterizado como RP, invariavelmente a vaca desenvolve quadro de infecção uterina. A conseqüência imediata é a queda na produção de leite, e conforme a gravidade da infecção, os sintomas podem ser: febre, toxemia e redução da ingestão de alimentos. Nos casos mais graves, a infecção pode levar à morte. Outra conseqüência da retenção da placenta é a demora do animal para recuperar a forma original do útero (processo conhecido como in-

torna-se fonte de contaminação ao meio ambiente e pode transmitir doenças de origem bacteriana ao restante do rebanho. Para manter afastado este problema, o produtor precisa investir em prevenção, A retenção de placenta é procurando minimizar os faum problema que pode ser tores de risco. Em primeiro lugar, é necessário estruminimizado com a adoção de na propriedade um cuidados relativamente simples turar rigoroso programa sanitário no manejo e na alimentação dos de prevenção ou de erradicação das principais bovinos. doenças. Também é preciso adequar a dieta dos animais vacas em lactação, aumento do em gestação, bem como das intervalo entre partos e gastos vacas em produção, com as maiores com inseminação e formulações nutricionais ideais medicamentos veterinários. para cada uma delas. AtualAlém disso, a fêmea que não mente o ajuste nutricional que consegue expelir sua placenta vem demonstrando melhores

volução uterina). Isso tem como conseqüências a redução da taxa de prenhez do rebanho, queda no número de cios das vacas, redução na fertilidade das fêmeas e no número de

Tendo entre suas principais causas alterações no metabolismo das fêmeas bovinas, decorrentes principalmente de deficiências ou desequilíbrios nutricionais ao final da gestação, a Retenção de Placenta (RP) é um dos problemas mais recorrentes na pecuária leiteira na atualidade. A enfermidade é responsável por queda na produção de leite, problemas reprodutivos e descarte de animais em sua plena fase produtiva, cuja principal conseqüência é aumento nos custos de produção. No entanto, a retenção de placenta é um problema que pode ser minimizado com a adoção de cuidados relativamente simples no manejo e na alimentação dos bovinos. O período que compreende 60 dias antes do parto e 30 dias depois dele exige da vaca grandes esforços. Isso porque ao término da gestação o feto encontra-se no estágio final de sua formação e sua estrutura óssea demanda grande quantidade de minerais. E, após o parto, a vaca precisa recuperar os nutrientes cedidos ao feto para repor suas reservas e estar o mais rápido possível apta a conceber novamente. Quando há limitações nutricionais neste período de risco, estresse da gestação, condições ambientais inadequadas (calor ou umidade excessivos), transporte e manejo agressivo, ocorrência de brucelose ou outras doenças de caráter reprodutivo, o metabolismo da vaca sofre

Stock.XCHNG

*Por Gil Horta

resultados é a dieta aniônica na fase de pré-parto (uso de sais aniônicos). Por último, reduzir de todas as formas possíveis o estresse diário com técnicas de lida gentil e investimento em instalações adequadas. Os animais já acometidos pela doença podem, na maioria dos casos, ser tratados e, em pouco tempo devolvidos ao rebanho. É preciso ressaltar que em todos os casos um médico veterinário deverá ser consultado. Sem os conhecimentos técnicos adequados, jamais deve-se retirar (puxar) a placenta retida do útero do animal. Isso pode complicar ainda mais o quadro de saúde das vacas. O ideal é tratar os animais doentes com antibiótico de amplo aspecto e terapias adicionais. O tratamento da retenção de placenta não é simples e pode ter diferenças de caso para caso. Por isso, é importante o acompanhamento de um profissional para definir a melhor estratégia de tratamento. Mesmo com todos estes cuidados, não é possí­ vel eliminar completamente a retenção de placenta do rebanho. Mas eles permitem minimizar o problema a taxas de incidência inferiores a 5% das vacas, que podemos considerar toleráveis.

* O autor é médico veterinário e gerente de produtos para pecuária de leite da Tortuga Cia. Zootécnica Agrária.


pesca

Salvador - terça, 21 de novembro de 2006

A mobilização de um grupo de pescadores, por conta da queda na produção do pescado, fez surgir o Projeto de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Tilápia no município de Barra, no oeste do Estado. Diante dos avanços alcançados, o grupo reativou o entreposto de pescado que estava fechado, criou uma cooperativa e conta com financiamento de órgãos municipais, estaduais e federais para ampliar a produção com a aquisição de novos tanquesredes. Em parceria com a prefeitura do município, os piscicultores foram buscar alternativas para melhorar a produção, conta Anderson Silva, técnico em piscicultura e coordenador do Projeto. “Fomos, então, buscar junto aos órgãos competentes como Sebrae, Bahia Pesca, Codevasf tecnologias para resolver o problema”, explica Silva. Foram instalados inicialmente 12 tanques-rede na Lagoa de Água Branca, situada

no Rio Grande para a criação e engorda da tilápia. Após 45 dias quando os alevinos atingiram aproximadamente 30g foram transferidos para os tanques de engorda onde permaneceram estocados até atingir 700g por um período de 120 dias. Para a gestora local do Sebrae, Ivalda Neiva, os resultados são animadores. “Depois da implantação do Programa tivemos a primeira produção de tilápia em abril deste ano em que foi despescado 8 toneladas de tilápia. Já no mês de agosto foram mais 7,5 toneladas que foi toda beneficiada e comercializada, o que animou os pescadores a investirem na atividade”, informa Neiva, que acompanha o Projeto Tilápia do Baixo Médio São Francisco. O Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável do Banco do Brasil também apoia o projeto, o município foi escolhido para trabalhar com a piscicultura devido ao potencial hídrico, pois além de ser banhado pelo Rio Grande e o São Francisco, já possui uma

tradição de pesca. Ao todo, 20 famílias de pescadores da colônia Z30 foram beneficiadas pelo programa. Durante esse período foram realizadas uma série de ações como a formação de um grupo gestor composto pelos parceiros envolvidos no projeto; capacitação dos produtores em gestão associativa, planejamento e organização para depois iniciar a produção. A Cooperbarra (Cooperativa de Piscicultores e Pescadores de Barra) que ainda está em fase de regulamentação, conseguiu fechar uma venda antecipada de 12 toneladas de tilápia com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção será doada a comunidades carentes do município. Agora os pescadores, ou melhor, piscicultores estão buscando financiamento junto aos bancos para aquisição de novos tanques-rede. “Já encaminhamos o projeto para os organismos financeiros e nas próximas semanas já deveremos ter um retorno

Divulgação / Sebrae

Parcerias impulsionam a produção de tilápia

para o financiamento para cada produtor de 12 tanquesredes, no final de seis meses deverá estar produzindo 144 toneladas de tilápia. Agora sim

estamos preparados para produzir dentro dos padrões exi­ gidos”, conclui o presidente da Cooperativa, Edvaldo Francisco dos Santos.


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Agrociência

Salvador - terça, 21 de novembro de 2006

Pesquisas em caprinovinocultura têm R$1,4 mi Projetos de pesquisa e difusão de tecnologias apropriadas para a pecuária de caprinos e ovinos estão sendo selecionados pelo Banco do Nordeste, por meio do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Fundeci. Segundo o Aviso Etene/Fundeci 04/2006 divulgado pelo Banco, os recursos disponibilizados totalizam R$ 1,4 milhão, que serão concedidos em caráter não-reembolsável às institui­ ções proponentes que tiverem

projetos selecionados. O objetivo é apoiar a rea­ lização de projetos de pesquisa e difusão de tecnologias na área de atuação do BNB (Região Nordeste, norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo). De acordo com o Aviso, poderão apresentar propostas pesquisadores vinculados a instituições sem fins lucrativos (fundações, institutos, autarquias, ONG’s e outras entidades), com sede na área de atuação do BNB, legalmente habilitadas a conduzir

projetos de difusão tecnológica e com comprovada estrutura e competência para tal. Este é o quarto Aviso lançado pelo BNB para seleção de projetos a serem financiados em áreas pré-determinadas, consideradas prioritárias pela Administração do Banco. O primeiro foi sobre biodiesel, o segundo sobre a­gricultura familiar e convivência com o semi-árido. O terceiro aviso ainda está disponível e trata da pesquisa e difusão de tecnologias apropriadas para

fruticultura. Segundo o Superintendente do Etene, José Sydrião Alencar Júnior, a arte da criação de ovinos e de caprinos tem des­ taque na aplicação de recursos do BNB. O volume e valor das operações de crédito no setor cresceram cerca de 90 e 30%, respectivamente, em relação a 2002, fechando o ano de 2005 em torno de 150 milhões de reais para 70 mil projetos na sua área de atuação. Para assegurar maior de-

mocratização dos recursos, o valor individual dos recursos solicitados ao Fundeci, para cada proposta de projeto, não poderá ser superior a R$ 100 mil. O prazo para recebimento das propostas termina no dia 30 de novembro. A divulgação do resultado da pré-seleção deverá ocorrer até o dia 22 de dezembro próximo. O Aviso Etene/Fundeci 04-2006 está disponível para consulta na página do BNB na internet, através do endereço www.bnb.gov.br.

TEMAS 1. Pesquisa 1.1. Pesquisa sobre indicadores econômicos e zootécnicos de alternativas de cruzamentos para produção de caprinos leiteiros e de cordeiros e cabritos para corte; 1.2. Conservação, preservação e agregação de valor econômico para ovinos e caprinos autóctones; 1.3. Caracterização ecofisiológica, produtiva e nutricional de forrageiras para distintos sistemas de produção de ovinos e caprinos; 1.4. Pesquisa sobre subprodutos da agroindústria de frutas regionais para alimentação de ovinos e caprinos; 1.5. Pesquisa sobre viabilidade técnica e econômica de sistemas de produção a campo de ovinos e caprinos; 1.6. Pesquisa sobre exigências nutricionais para fontes alimentares regionais para ovinos e caprinos. 2. Difusão 2.1. Implantação de cooperativas de produtores de cordeiros e/ou cabritos para organização da cadeia produtiva; 2.2. Reflorestamento com espécies forrageiras nativas e uso racional para alimentação de ovinos e caprinos; 2.3. Agregação de valor e uso de BFP (boas práticas de fabricação) e APPCC (análises de perigos e pontos críticos de controle) para produtos cárneos e lácteos, produção, gestão e comercialização de ovinos e caprinos; 2.4. Validação da suplementação mineral sobre as características produtivas e reprodutivas de ovinos e caprinos; 2.5. Tecnologias de produção e de conservação de volumosos, manejo reprodutivo e sanitário de ovinos e caprinos. AGECOM


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Salvador - terça, 21 de novembro de 2006

Produtores de cebola ganham campos de testes ABC DO criador

Tema da semana: Suínos – Manejo de Leitões

AGECOM

Os pequenos agricultores familiares das regiões de Irecê (João Dourado), Juazeiro, Sento Sé e Casa Nova vão ter a oportunidade de cultivar novas va­riedades de cebolas adaptadas às condições climáticas do Estado. A Empresa Baiana de Desenvolvi­mento Agrícola (EBDA), em parceria com a Embrapa Semi-Árido, está implantando, nessas regiões, campos de testes e avaliações de novas variedades de cebola, conhecidos como campos de validação. A iniciativa faz parte do projeto de desenvolvimento de populações, cultivares e híbridos de cebola de cor roxa, amarela e cascuda para o Nordeste brasileiro. “O objetivo do projeto é desenvolver variedades de cebola adaptadas às condições climáticas do Vale do São Francisco, que possibilitem ao a­gricultor familiar plantar e obter uma maior produtividade na sua atividade e assim aumentar a renda de sua família”, disse o presidente da EBDA, Joaquim Santana. O comportamento de duas cultivares, disponibilizadas pela Embrapa, a Alfa São Francisco e a Brisa IPA – 12, estão sendo avaliados pela EBDA na Unidade Estadual de Pesquisa (UEP) de Juazeiro, em plantios efetuados a cada dois meses, através de unidades de validação, comparando-as com a IPA – 11, varie-

dade tradicionalmente cultivada pelos produtores do vale. Dentre as propostas do projeto estão o desenvolvi­mento de uma variedade de cebola amarela para cultivo de verão, cebola cascuda bronzeada, tomando como referência seleções fenotípicas, recorrentes dentro de uma população da alfa tropical, e o desenvolvimento de populações de cebola suave (doce). “A EBDA faz o acompanhamento técnico aos produtores, como controle de doenças, sistema de plantio, adubação, manejo, irrigação e processo de colheita”, disse o gerente regional da EBDA em Juazeiro, George Libório Bandeira. “Em uma parceria com a Embrapa/ Semi-Árido, esse trabalho é resultado das ações de melhoramento genético de cebola no Nordeste brasileiro, com materiais existentes ou adaptados”, assegurou George. Em estudos feitos pela Unidade Estadual de Pesquisa e Projeto Irrigado Mandacaru – UEP Juazeiro, o plantio rea­lizado, no primeiro semestre, com a cebola Alfa São Francisco, recomendada para plantio no segundo semestre, e cebola IPA 11 apresentaram produtividades semelhantes entre si em torno de 23 t/ha, sendo que a Alfa São Francisco apresenta uma maior qualidade de bulbos comerciais.

Quais os principais cuidados com os leitões após o nascimento? Limpar e enxugar o leitão com pano limpo e seco; • amarrar o cordão umbilical de 3 a 4cm abaixo da barriga do leitão, c om barbante mantido em álcool iodado; • mergulhar o umbigo no álcool iodado antes de cortá-lo; •cortar os dentes do leitão evitando machucar a gengiva; •cortar o terço final da cauda; •colocar o leitão em lugar aquecido (escamoteador), com temperatura controlada a 30 ºC. Qual o procedimento para enxugar o leitão? Os leitões devem ser limpos e secos à medida em que vão nascendo. Os líquidos fetais, bem como os restos de membranas que envolvem o recém-nascido, devem ser removidos com toalhas de papel ou panos limpos, dando preferência à toalha de papel, por ser mais higiênica. Em primeiro lugar, limpa-se a cabeça do recém-nascido, removendo os líquidos fetais existentes ao redor da cavidade bucal e das narinas, para evitar a obstrução das vias respiratórias. A seguir, limpa-se o restante do corpo do leitão, massageando o dorso e a região pulmonar, para ativar a circulação e estimular a respiração. Quanto mais tempo o leitão permanecer úmido, maior a quantidade de calor perdido. Alguns leitões podem nascer parcial ou totalmente envoltos pelas membranas fetais e podem morrer sufocados

se não forem removidas imediatamente. Após sua remoção, recomenda-se fazer uma massagem enérgica no leitão, para reanimá-lo. Como é a técnica para o corte e desinfecção do umbigo? Logo após o nascimento, recomenda-se fazer a ligadura e o corte do cordão umbilical de 3 a 4 cm de sua inserção e, em seguida, a desinfecção. Para a ligadura, usa-se um cordão previamente desinfetado ou embebido em desinfetante. Para o corte, usa-se tesoura cirúrgica desinfetada. Para a desinfecção do umbigo, usa-se um frasco de boca larga com tintura de iodo (5 a 7%) ou iodo glicerinado. Mergulhase o umbigo na solução pressionando o frasco contra o abdômen do leitão e fazendo um movimento de 180 graus para que o desinfetante atinja a base do umbigo. O umbigo deve permanecer em contato com o desinfetante por três a cinco segundos. O corte e a desinfecção do umbigo só têm validade se forem realizados nos primeiros minutos após o parto. Essa validade, aliás, está condicionada à adoção de esquema adequado de limpeza e desinfecção das instalações. Qual é o peso ideal de um leitão ao nascer? Quanto maior o peso ao

nascer, maior será o ganho diário do leitão na fase de aleitamento. A mortalidade também é reduzida em recém-nascidos de peso elevado. Por isso, o ideal seria que todos os leitões tivessem, ao nascer, pelo menos 1,2 kg. Quando se deve fornecer a primeira ração ao leitão? A maior dificuldade para a adequada nutrição do leitão durante a lactação reside no desconhecimento da quantidade de leite que a matriz produz. Para cobrir as exigências nutricionais de uma leitegada com dez leitões, a matriz deve produzir 6,5 litros de leite/dia ao final da primeira semana e 11 litros de leite/dia no final da terceira semana de lactação. Na prática, porém, isto não ocorre. Por esse motivo, deve-se fornecer ração pré-inicial peletizada para os leitões, a partir do sétimo dia de vida. No início, as quantidades fornecidas devem ser pequenas e substituídas quando houver sobras, a fim de não ocorrer alteração no sabor e na composição da ração. Assim, os leitões dispõem de alimento na medida de suas necessidades de modo a poderem expressar todo seu potencial de ganho de peso.


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Agrobrasil

Salvador - terça, 21 de novembro de 2006

Missão conhece ovinocultura neozelandesa próprias, que levem produtores e instituições de apoio. Dividida em duas ilhas e com área territorial equivalente a do Estado do Rio Grande do Sul, o rebanho de ovinos da Nova Zelândia é de 45 milhões de cabeças, número três vezes superior ao brasileiro. Após investir em inovação e promover a integração de produtores e indústrias, os neozelandeses elevaram a competitividade da ovinocultura. Tanto que expor-

tam 80% da carne produzida no País. Segundo o consultor da Unidade de Agronegócios do Sebrae Nacional e um dos coordenadores nacionais da Rede Aprisco (Apoio a Programas Regionais Integrados e Suste­ ntáveis da Cadeia da Ovinocaprinocultura), Ênio Queijada de Souza, a proposta da missão técnica é identificar as melhores práticas da ovinocultura neo­ zelandesa para, no ano que vem

ou em 2008, levar uma missão de empresários àquele país. “A Nova Zelândia é internacionalmente conhecida pelo seu padrão de excelência”, diz. Ao todo, a missão brasileira terá 14 profissionais. Além de Ênio Queijada e Newman Costa, coordenadores nacionais da Rede Aprisco, o Sebrae será representado por gestores de projetos de ovinocultura nos estados de Alagoas, Bahia, Mara­ nhão, Minas Gerais, Paraíba, Rio

Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe, São Paulo e Pernambuco. Pernambuco também enviará um representante da Câmara Estadual da Ovinoca­ prinocultura. Já a Embrapa será representada por Raimundo Lobo, secretário-geral da Câmara Setorial da Ovinoca­ prinocultura, que funciona no âmbito Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Divulgação

Técnicos do Sebrae e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão em visita técnica na Nova Zelândia com o intuito de identificar as estratégias que fizeram a ovinocultura se transformar numa das principais atividades do agronegócio daquele País e tentar adaptá-las ao Brasil. Outro objetivo é preparar terreno para que cada unidade estadual do Sebrae possa, entre 2007 e 2008, realizar missões


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