MARANHAY - (Revista do Léo ) - 56 - março 2021 - EDUÇÃO ESPECIAL: ANTOLOGIA - MULHERES DE ATENAS

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MÁRCIA MARANHÃO DE CONTI100

Marcia Maranhão De Conti, filha de Antonio do Rêgo Maranhão Neto e Zelair Mendes Maranhão (in memoriam), nasceu em São Luis (MA) em 27/04/1957 e mudou-se para Goiânia, onde reside, aos 7 anos. Morou por um período em São Paulo, época em que nasceram os filhos mais velhos. Estudou no Emmanuel, Liceu, Carlos Chagas, Instituto de Artes da UFG (piano) e Centro Cultural Brasil Estados Unidos. É formada em Nutrição pela UFG e em Direito pela UNIVERSO. Especializou-se em Nutrição Clínica na UFRJ e em Direito Processual na LFG. Trabalha no Ministério da Saúde e é membro da OAB-GO. Sua paixão é a poesia. Participou de antologias, de concursos regionais e nacionais, sendo várias vezes premiada, inclusive no 5° Prêmio Nacional de Poesia - Cidade Ipatinga com o 2° lugar (2007). Teve três poemas selecionados no concurso Poemas no Ônibus e no Trem, promovido pela prefeitura de Porto Alegre: "Flor" (2007), "Um Poema no Ônibus" (2009) e "Embalagem" (2011). "Flor" esta em camisetas de catadores de papel de Porto Alegre a pedido do professor universitário, canadense, Denis Beauchamp, que preside uma associação voltada para esses trabalhadores. Luar nos Porões (piano mudo) é seu livro de estreia. “Cada poeta inventa ou sonha o seu próprio caminho. E, através deste, atira ao papel o grito verbal de suas emoções. Márcia De Conti se enquadra, poetante, à pomífera dimensão desse princípio; porque sabe o canto que arranca da alma e atiça-o à garganta das palavras, como quem pega com a mão uma faísca de sol e a transforma em chamas de poesia: "Agora entrego ao sol o mofo da minha cama/e, devagar, estendo os lençóis/que acompanharam a minha insónia". O seu recado de poeta é a voz de outros recados: os de ânsia metafísica fervilhantes nos subterrâneos da 101 mente.” GABRIEL NASCENTE

PROGNÓSTICO Agora desenho em meu quarto uma varanda E, da janela semi-cerrada, Um raio de luz me alcança. Agora entrego ao sol o mofo da minha cama E devagar estendo os lençóis Que acompanharam minha insónia. Agora pressinto uma brisa No interior do meu cómodo E a inspiro lentamente Até arejar minhas entranhas. Agora decifro as letras Que se agarraram ao meu sangue, E solfejo pra elas uma melodia 100 101

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/goias/marcia_maranhao_de_conti.html DE CONTI, Márcia Maranhão. Luar nos porões (piano mudo). Goiânia: Editora Kelps; Editora PUC Goiás, 2011. 94 p. (Coleção

Goiânia Em Prosa e Verso) Pintura estampada na capa, de Maria de Jesus Furtado


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