MARANHAY 52 - revista lazeirenta - DEZEMBRO 2020

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MEMORIAL DE PAULO AUGUSTO DO NASCIMENTO MORAES – PARA A COLEÇÃO ‘CRÔNICAS MARANHENSES -’. A VOLTA DO BOÊMIO FERNANDO BRAGA in prólogo para o livro no título acima anunciado, enfeixado também em ‘Conversas Vadias’, antologia de textos do autor.

[Paulo Augusto do Nascimento Moraes, São Luis-Ma, 23.11.1912 – São Luís-Ma, 11.9.1991]. Por incrível coincidência, as coisas naturais só se nos fazem ratificar a assertiva de que nada acontece por acaso, daí a sincronicidade de há muito estudada por Karl Jung. Refiro-me ao quarto centenário de São Luís, fundada em 12 de setembro de 1612, pelo fidalgo francês Daniel de La Touche Monsieur de La Ravardière, ao tempo do Rei-Menino Luís XIII, com o centenário de vida de Paulo Augusto Nascimento Moraes, nascido em 23 de novembro de 1912, o cronista que cantou nossa Cidade com seus gestos de amores por ela e, que, também, por ela chorou lágrimas de dores e saudade. Enquanto São Luís era fundada sob a égide de uma monarquia européia, trezentos anos depois, nascia no seio de uma aristocracia de professores, egressa do sentimentalismo escravo, Paulo Augusto do Nascimento Moraes. Assim, tanto São Luís como Paulo nasceram ligados por um mesmo espírito; a Ilha o inspirava, e ele escrevia ‘O Retrato da Cidade’. E morreu abraçado àquela paisagem de amores e poesias, feliz por não a ter decepcionado, porque dalgum lugar onde se achava, voltava sempre para encontrá-la, como aquele estroina que partira um dia... A incrível coincidência que aqui me refiro, cabe ao fruto do amor do talento de Paulo Moraes e da bondade e querença maternal de Emília, sua mulher pela vida inteira, a educarem ambos, Paulo de


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