O SÃO PAULO - edição 2978

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Igreja em Ação

www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 12 a 18 de novembro de 2013

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pastoral do menor

bioética

‘Evangelizando a Casa’

México 2014: Sede Mundial da Bioética (2)

Psatoral do Menor

pastoralmenor@gmail.com Título dado por um jovem da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de São Paulo, que, motivado com a proposta do projeto, de imediato respondeu: “Temos que levar Jesus Cristo a estes jovens! É urgente que evangelizemos a Fundação Casa”. E o projeto nasce intitulado: “Evangelizando a Casa”. Durante um período, a Pastoral do Menor confirmou a ausência da Igreja Católica nas unidades e, ao mesmo tempo, tinha a consciência que, devido à dimensão do número de unidades, não conseguiria concretizar uma ação de evangelização sozinha. Diante da conjuntura do mundo atual, é urgente uma Ação Evangelizadora voltada à Juventude, que lhes tragam a esperança e a fé em dias melhores, não é diferente com menino ou menina que cumprem medida socioeducativa de privação de liberdade na Fundação Casa. “Os jovens têm direito de receber da Igreja o Evangelho e de serem introduzidos na experiência religiosa, no encontro com Deus e no contato com as riquezas da fé cristã” (Doc. 85 CNBB, p.5). Com o objetivo de levar o Cristo a todos os ambientes, evangelizar e ser evangelizado, a Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo propôs a implantação do presente projeto nas seis regiões episcopais (Belém, Brasilândia, Santana, Sé, Lapa e Ipiranga). Iluminados pelo 11º Plano de Pastoral da Arquidiocese de São Paulo, que traz como meta orientadora ser testemunha de Jesus Cristo na cidade de São Paulo, em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e vindo ao encontro com a primeira urgência: “Igreja em estado permanente de missão” e a sexta: “A Igreja e evangelização dos jovens”.

padre leo pessini

A proposta avança e o grupo cresce: catequistas, religiosos, religiosas, padres, comunidades, pastorais, leigos e leigas com a assessoria de dom Fernando Penteado, bispo emérito da Diocese de Jacarezinho (PR). Dentro de um projeto participativo, construímos a nossa proposta. Foram diversas reuniões e extremamente produtivas: O quê? Por quê? Como? Quem? Para quem? Quando e com quê? Até a construção do projeto. A proposta foi acolhida em Assembleia Arquidiocesana, no último dia 26 de outubro e referendada na reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP). No último sábado, 9, demos um grande avanço, as regiões episcopais Santana, Sé e Lapa, com suas equipes já compostas, levaram os documentos necessários a serem entregues nas unidades da Fundação Casa, onde o projeto será iniciado. Tivemos o nosso primeiro momento de formação, de muitos que ainda virão, quando refletimos sobre: “Quem é o menino e a meni-

na ao qual propomos evangelizar?” Qual a sua história; seus valores; sua origem; onde ele esta inserido. A partilha contribuiu com crescimento de toda a equipe. Agendamos a continuidade das reuniões ampliadas, com toda a equipe arquidiocesana, para o dia 1º de fevereiro de 2014, às 9h, no Centro Pastoral São José do Belém (rua Álvaro Ramos, 366, Belenzinho), quando juntos construiremos o nosso calendário para 2014. As reuniões da equipe do “Evangelizando a Casa” arquidiocesana, terá como metodologia características formativas informativas, logo é de extrema importância a participação de todos. A organização e a ampliação das equipes das regiões episcopais, continuam, portanto, fica o convite a todos que tenham o carisma e queiram contribuir com este desafio. Seguimos as orientações do Santo Padre Francisco: “Ide, sem medo, para servir”. Por Sueli Camargo

pastoral familiar

Família e Desafio da Modernidade Secretários da Pastoral Familiar Arquidiocesana

Zuleica e João Abrahão

A família é ainda hoje lugar de refúgio, de segurança, de apoio para seus membros, mesmo assim são muitos os cuidados de que a família necessita, cada vez mais, para se acautelar perante o deslumbramento oferecido pela cultura moderna, que recompensa mais o indivíduo do que a família. O que interessa ao mundo contemporâneo, que se diz globalizado e relativista, é alardear outros modelos para uma família “dita mo-

derna”. De todos os lados, a mídia – falada, escrita, televisionada ou a virtual pelo espaço cibernético – procura desvirtuar o matrimônio indissolúvel e fiel, apresentando aos olhos dos jovens um individualismo selvagem, sempre fomentando o egoísmo e o consumo desenfreado. Nesse cenário, o jovem não vê futuro, não vê moralismo, não vê ética e se entrega a uma cultura do provisório, do descartável e dos prazeres egoístas. A família cristã não deve se abalar perante essa ideologia de “dureza de coração” e permanecer fiel à manifestação divina, testemunhando, sempre, com coragem, a fé que professa. Anunciar, pela singeleza de seus atos e vi-

vências, que a família criada por Deus, verdadeira Igreja doméstica, desenvolve entre seus membros, sempre, um amor renovado e generoso, que nada poderá sobrepujá-la ou substituí-la no dia a dia do ser humano. Enquanto tiver forças, a família cristã será sempre uma família em construção no amor e na fidelidade, lugar onde Deus possa morar e se manifestar. A família está no centro de todos esses problemas e desafios. “Relegá-la para um papel subalterno e secundário, excluindo-a da posição que lhe compete na sociedade, significa causar um grave dano ao autêntico crescimento do corpo social inteiro” (“Carta às famílias”, papa João Paulo 2º, n. 17).

O México tem uma Comissão Nacional de Bioética (Conbioética). Sua missão é “promover a cultura da bioética no México, a partir da análise laica, plural e inclusiva dos dilemas bioéticos, fundamentados no respeito aos direitos humanos, proteção dos seres vivos e preservação de seu habitat”. Sua visão é “ser um organismo autônomo de vanguarda, reconhecido pela sociedade como referência nacional e internacional, no contexto dos dilemas bioéticos e no desenvolvimento da cultura bioética”. Existe também, no México, um atuante Centro de Conhecimento Bioético (Cecobe). Sua missão é fomentar o conhecimento da ética e bioética nas instituições de saúde, de pesquisa e de ensino de bioética, bem como para toda a população mexicana. Este centro dispõe de dois vértices estruturais: a gestão do conhecimento bioético, a partir de onde desenvolvem os conteúdos, o site de internet da Conbioética e a plataforma virtual Cecobe, bem como o apoio logístico para a elaboração de material e apoio para eventos e organização dos mesmos. Também conta com um precioso serviço de biblioteca. As Comissões Estatais de Bioética (CEBs) são “órgãos colegiados encarregados de impulsionar a missão e políticas da Conbioética e a aplicação da normatividade em bioética em cada entidade federativa, para promover o debate dos dilemas bioéticos, desenvolvendo uma estratégia própria de difusão dos princípios e fundamentos da bioética nos cuidados da saúde, na pesquisa, no ensino e no cuidado do meio ambiente”. Juntamente com esta rede de Comissões Estatais de Bioética, coordenadas pela Conbioética, temos ainda uma rede de Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e Comitês Hospitalares de Bioética (CHBs) também sob a responsabilidade e coordenação da mesma Comissão Nacional de Bioética. O Comitê de Ética em Pesquisa é um órgão colegiado, autônomo, institucional, interdisciplinar, plural e de caráter consultivo, criado para avaliar e elaborar protocolos de pesquisa em seres humanos. O Comitê Hospitalar de Bioética é definido como sendo um “espaço de reflexão, deliberação e educação, num ambiente de liberdade e tolerância, a partir de onde se analisam de maneira sistemática os conflitos de valores e os princípios de bioética, que surgem durante o processo de cuidados médicos, ou na área da educação em saúde”. O Brasil ainda tem muito que caminhar e se organizar neste âmbito da ética e bioética pública!

Existe também, no México, um atuante Centro de Conhecimento Bioético (Cecobe). Sua missão é fomentar o conhecimento da ética e bioética nas instituições de saúde, de pesquisa e de ensino de bioética, bem como para toda a população mexicana


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