O SÃO PAULO - edição 2978

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Pastoral vocacional avalia sua ação

Exposição mostra alfaias e objetos litúrgicos

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Semanário da Arquidiocese de São Paulo

CAP discute indicações e destaques pastorais Página 10

São Paulo lembra o beato Mariano de La Mata Página17

ano 58 | Edição 2978 | 12 a 18 de novembro de 2013

R$ 1,50

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Família, ‘espelho do amor da Trindade’ Luciney Martins/O SÃO PAULO

Don Vincenzo Paglia, prefeito do Pontifício Conselho para a Família, esteve em São Paulo e, no dia 5, falou a bispos, padres e agentes de pastoral que atuam direta ou indiretamente com a família. No contexto da convocação do Sínodo sobre a família pelo papa Francisco, dom Vincenzo discorreu sobre “Família, sujeito de uma Nova Evangelização do amor”. Ele acentuou a importância da família para a Igreja e para a sociedade e criticou o individualismo que permeia a família e a sociedade atual. Dom Odilo Pedro Scherer se alegrou com a visita de dom Vincenzo e espera que ela desperte na Igreja de São Paulo vivo interesse pelo Sínodo em 2014 sobre os desafios da família no contexto da Nova Evangelização. página 24 Luciney Martins/O SÃO PAULO

Dom Vincenzo Paglia, durante coletiva de imprensa, aborda as questões da convocação da Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos para 2014 Gabirante

Dom Ilson é ordenado bispo e servirá em Roma Na quinta-feira, 7, em Sertãozinho (SP), o monsenhor Ilson de Jesus Montanari foi ordenado bispo e servirá a Igreja em Roma, como secretário geral da Congregação dos Bispos. Na celebração presidida pelo arcebispo de Ribeirão Preto, dom Moacir Silva, o cardeal Scherer, arcebispo de São Paulo, foi um dos concelebrantes.

Reportagem especial: Sacrosanctum Concilium Promulgada em 4 de dezembro de 1963, a primeira constituição conciliar apresentou a reforma da Liturgia. 50 anos depois, quais foram as mudanças que este documento provocou na Igreja? Que entendimento a comunidade possui da Sacrosanctum Concilium? Em reportagem especial O SÃO PAULO aborda essas e outras questões da constituição conciliar. Páginas 12 e 13

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Pastoral vai combater obesidade infantil A Pastoral da Criança na Arquidiocese capacitará seus membros para desenvolverem ações de prevenção e combate à obesidade infantil, em sintonia com a Pastoral da Criança de todo o Brasil. Nos dias 9 e 10, em assembleia anual 40 participantes refletiram sobre os desafios da Pastoral na cidade. Página 22

Pascom Arquidiocese de Ribeirão Preto

Seminário ouve migrantes e refugiados O seminário “Vozes e olhares cruzados 2”, no dia 8, reuniu no auditório do ITESP participantes de diversas entidades que trabalham com migrantes em São Paulo, para discutir a situação dos imigrantes e refugiados e os processos de integração. Imigrantes de vários países testemunharam seus problemas. Página 9 Luciney Martins/O SÃO PAULO


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Fé e Vida

www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 12 a 18 de novembro de 2013 Gabirante

frases da semana

“Eu quis viver uma vida inserida no meio dos mais pobres, tanto que não saí de onde eu morei. Fui para a periferia de São Paulo na época em que já estava bem adiantada a Operação Periferia, idealizada por dom Paulo Evaristo Arns, e isso me motivou muito.”

Iracema da Silva, secretária de Pastoral da Região Belém, na coluna Ano da Fé

“A comunicação comunitária é horizontal, isso é básico. Horizontal na sua gestão de assuntos e temas, na maneira que serão tratados, na preparação das pautas, na realização das matérias, das entrevistas e na gestão.”

Raquel Paiva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em entrevista ao O SÃO PAULO

você pergunta

Espiritualidade

Por que não se usa a cor azul na Liturgia?

Deus se serve de tudo para nos falar

Diretor do O SÃO PAULO, semanário da Arquidiocese de São Paulo

Padre Cido Pereira

Por que nas festas marianas não se usa a cor azul na liturgia e nos paramentos? É o Ivanildo, do Bom Retiro, São Paulo, quem pergunta. A resposta à sua pergunta é muito simples, Ivanildo. Nas festas marianas não se usa a cor azul porque o branco é a cor da luz, da pureza, da alegria, muito mais apropriada para Maria do que a cor azul. O fato de a cor azul usada pela arte sacra indicar o manto de Maria não significa que essa cor é litúrgica e deva ser usada na liturgia. Se alguém usa essa cor nos paramentos, nas estolas, é por conta própria. O melhor mesmo é a gente seguir as cores litúrgicas que a Igreja nos propõe: O branco para as grandes festas que lembram os mistérios de luz, de glória e de alegria de nossa fé. O vermelho representa o fogo do Espírito Santo, o amor, o sangue de Jesus derramado por amor a nós, em sua Paixão, e o sangue dos mártires que deram sua vida por Cristo. O verde lembra a esperança cristã celebrada durante todo o ano no Tempo Comum. E o roxo, a preparação para a vinda do Senhor no Advento e a penitência da Quaresma. Existe uma cor litúrgica intermediária, o cor-de-rosa, situada entre o vermelho e o branco para nos lembrar de que mesmo no meio da penitência da Quaresma e da preparação para o Natal, já podemos nos alegrar com a Páscoa e a chegada do Senhor que se aproxima. Está vendo, Ivanildo, se as cores que a Igreja já prescreve são tão cheias de significado, por que inventar outras, não é mesmo? Fique com Deus e que ele abençoe você e sua família.

O fato de a cor azul usada pela arte sacra indicar o manto de Maria não significa que essa cor é litúrgica e deva ser usada na liturgia

Semanário da Arquidiocese de São Paulo

Frei Patrício Sciadini

Devo ir à Itália e da Itália a Dublin, na Irlanda, para o encontro dos provinciais Carmelitas. Sexta-feira no Egito há o toque de recolher às sete horas da noite, depois não se pode sair pelas ruas por nenhum motivo, nem se pode ir ao aeroporto. Tentei mudar a passagem, mas a Alitalia anulou o voo. O jeito foi ficar 15 horas no aeroporto. Onde? Como? O jeito foi encontrar um hotel, que não é barato, no aeroporto, e ficar aí esperando o tempo passar. O meu deserto foi no quarto do hotel, onde Deus me falou ao coração. Três coisas ele me falou ao coração. Primeiro, podemos encontrar Deus em todos os lugares. Não é o ambiente

que faz Deus presente, mas sim a nossa fé, o nosso coração e o amor. Poucas vezes, tinha sentido Deus tão presente na minha vida como naquelas 15 horas de “hotel”. Senti que Deus me falava forte e me convidava a ser totalmente dele e me doar sem reserva para o bem da Igreja, do Carmelo, especialmente aqui no Egito. Quantas vezes não pensamos em lugar solitário, desértico, para encontrar a Deus! Na verdade, é dentro de nós que devemos fazer deserto e afinar o nosso ouvido para escutar Deus. O hotel é um pequeno mundo onde, quem sabe, muitas pessoas estão aí hospedadas porque perderam o voo ou, como eu, não tiveram outra saída, mas cada um tem os seus problemas e seus dramas pessoais, sociais, familiares. E aí vi como é possível abraçar a todos na oração. Passando perto das pessoas, esforçava-me para ser delicado e atencioso, dar um sorriso, fazer sen-

“Enfrentamos preconceito e vi como é precária a situação dos bolivianos nas oficinas de costura. Demoramos cinco anos para conseguirmos legalizar nosso casamento e, ainda assim, o Yoni só conseguiu naturalidade brasileira após a anistia.”

Auélia Ferreira Alvarado, no Seminário Vozes e Olhares Cruzados 2

tir o sopro suave e ligeiro da amizade. Compreendi que ao mesmo nessa situação, podemos manifestar o nosso ser cristão sem falar, e nem tem jeito porque eu não falo árabe. Vi no fim da minha estada forçada as pessoas me cumprimentarem em forma diferente de quando tinha chegado, e não retirei a minha cruz do pescoço, nem a escondi, ela faz parte da minha identidade, do meu ser. Devo ser fiel ao meu ser cristão e meu ser carmelita. Aí Deus se serviu desse contratempo para me fazer compreender que não é o lugar que faz a pessoa, mas a pessoa que faz o lugar e cria o seu ambiente com respeito e amor, e tudo isso me ajudou. Foi um pequeno retiro que me fez sentir a presença de Deus não só em mim, mas também nos outros. É verdade, perdi dinheiro, mas não o tempo nem oportunidade para poder testemunhar Jesus. Agradeça a Deus, por tudo isso!

palavras que não passam

Prêmio ‘Comunicação simples’ ao papa Francisco PADRE AUGUSTO CÉSAR PEREIRA

Cinquenta anos depois, fato inédito confirma e legitima o anseio do Concílio pelo uso de linguagem e comunicação simples na evangelização moderna da Igreja: o papa Francisco recebe o prêmio desconhecido (inédito?) de comunicador do ano (2013) do Instituto Europeu Terceiro Milênio, por sua “comunicação simples”. Há dez anos, o Instituto, de Roma, presta consultoria e formação na área da comunicação; o que lhe confere autoridade e crédito para valorizar o prêmio. Incluo nessa série a entrevista à Rádio Vaticano, em que o diretor do Instituto, Andrea Pizzicaroli, justifica a concessão do prêmio ao papa Francisco. “Ninguém imaginava que o novo Papa pudesse ser uma figura tão expressiva e comunicativa. Nós mesmos ficamos positivamente surpresos. Daí que, com muita humildade, decidimos

atribuir-lhe o prêmio intitulado ‘Comuni- revolucionou tudo, porque é um papa acessível a todos.” cação simples’”. Perguntado se esse modelo de comu“Comunicação simples é aquilo que procuramos fazer trabalhando muito nicação simples diminui a sacralidade da para simplificar os conceitos complexos função e a autoridade de quem fala? “Abpara que se tornem acessíveis. A comu- solutamente não! A mensagem da comunicação simples é clara e procura chegar nicação que for acessível às pessoas, que a um grande número de pessoas, trans- tiver esse caráter de proximidade, não mitindo uma mensagem autêntica, jus- tira sua ‘nobreza’; pelo contrário, a torna tamente quando se sente no coração. O ainda mais fascinante, mais bonita e versegredo é a sinceridade: quando alguém dadeira e, a meu ver, mais importante.” é sincero consigo e com os outros, a comunicação flui O papa Francisco habitualmente de modo coerente; ninguém cumprimenta as pessoas em pé de pode colocar em discussão igualdade, de modo direto, como se aquilo que é dito com sinceridade, porque se tem uma fosse um amigo, um parente, uma profunda convicção daquilo pessoa querida como efetivamente ele é que se expressa. Onde existe convicção, se comunica de Por fim, acrescento a minha sugestão modo simples e as pessoas entendem.” “Este Papa conseguiu de modo sur- de que, na trilha do precioso exemplo do preendente e, sobretudo inovador, che- papa Francisco, as faculdades de Teologar às pessoas. O papa Francisco habi- gia incluam em seus cursos a redação, a tualmente cumprimenta as pessoas em homilética e a fonoaudiologia, para que pé de igualdade, de modo direto, como os novos padres se tornem capazes de se se fosse um amigo, um parente, uma fazerem acessíveis, inteligíveis para prepessoa querida como efetivamente ele gar a Palavra ao Povo de Deus com coné. Portanto, esse tipo de comunicação vicção e competência, na simplicidade.

Mantido pela Fundação Metropolitana Paulista • Publicação Semanal • www.osaopaulo.org.br • Diretor Responsável e Editor: Antônio Aparecido Pereira • Reportagem: Daniel Gomes e Edcarlos Bispo de Santana • Colaboração: Nayá Fernandes • Fotografia: Luciney Martins • Administração: Maria das Graças Silva (Cássia) • Assinaturas: Djeny Amanda • Projeto Gráfico e Diagramação: Jovenal Alves Pereira • Impressão: Atlântica Gráfica e Editora Ltda. • Redação e Administração: Av. Higienópolis, 890 - Higienópolis - 01238-000 • São Paulo - SP - Brasil • Fones: (11) 3660-3700 e 3760-3723 - Telefax: (11) 3666-9660 • Internet: www.osaopaulo.org.br • Correio eletrônico: redacao@osaopaulo.org.br • adm@osaopaulo.org.br (administração) • assinaturas@osaopaulo.org.br (assinatura) • Números atrasados: R$ 1,50 • Assinaturas: R$ 45 (semestral) • R$ 78 (anual) • As cartas devem ser enviadas para a avenida Higienópolis, 890 - sala 19. Ou por e-mail• A Redação se reserva o direito de condensar e de não publicar as cartas sem assinatura • O conteúdo das reportagens, artigos e agendas publicados nas páginas das regiões episcopais é de responsabilidade de seus autores e das equipes de comunicação regionais.


Fé e Vida encontro com o pastor

Frutos do Ano da Fé

Arcebispo metropolitano de São Paulo

cardeal dom odilo pedro scherer

No próximo dia 24 de novembro, Domingo de Cristo Rei, será celebrado o encerramento do Ano da Fé. Em muitas igrejas, mais uma vez, as comunidades farão a solene renovação da profissão da fé. Há, nesse ato, uma força testemunhal muito expressiva: de fato, não cremos apenas de modo individual e subjetivo, mas em comunidade, juntamente com muitos outros que professam a mesma fé. A Igreja é uma grande comunidade de fé, formada de inúmeras comunidades menores e, finalmente, de pessoas que creem pessoalmente e vivem a comunhão de fé com grande comunidade eclesial. Não cremos sozinhos, mas com a Igreja toda; e cremos como a Igreja crê – a Igreja que vive hoje neste mundo e também a Igreja celeste! São incalculáveis aqueles que viveram essa mesma fé e já nos precederam na “casa do Pai”. Eles são nossos irmãos na fé, testemunhas e exemplos de fé, que continuam a nos ajudar a prosseguir e perseverar no caminho da fé. Estamos, pois, em boa companhia e bem amparados!

O Ano da Fé foi uma bênção, pois nos ajudou a tomar consciência renovada da preciosidade da fé da Igreja e da importância de professá-la com convicção e alegria. O Ano da Fé termina, mas a vivência da fé continua; temos agora o nosso compromisso de testemunhar a fé com intensidade e de traduzir a fé em frutos de vida cristã. Não basta ter iniciado bem o caminho: é preciso perseverar nele, para alcançar a meta da nossa fé: a vida eterna e a comunhão plena com Deus. Primeiros frutos da fé deveriam ser a gratidão e a alegria. A fé é um dom precioso, recebido de Deus, e que requer a nossa resposta diária através das atitudes de fé. A fé leva a viver em contínua sintonia e comunhão com Deus e a ter as luzes de Deus (lumen fidei), para iluminar todas as circunstâncias da vida. A fé ajuda a discernir para fazer as escolhas certas. Viver a fé é viver unidos a Deus; é viver “por Cristo, com Cristo e em Cristo”, para usar a expressão de São Paulo. Outra consequência do Ano da Fé deverá ser o cultivo da fé. Podemos imaginar a fé como uma planta, que precisa ser cultivada para viver, florescer e produzir frutos. A fé precisa ser alimentada no encontro pessoal frequente com Deus na oração. Sem oração, a fé enfraquece e morre, como a planta, que não recebe água. Alimento essencial

da fé é também a Palavra de Deus, acolhida quer na Liturgia, quer em outras ocasiões, como também na leitura pessoal e orante da Sagrada Escritura. Para crescer e amadurecer, a fé precisa ser esclarecida mediante o estudo; de fato, nossa fé também se expressa em conteúdos e afirmações; não é mero sentimento, mas também afirmação e convicção. Para ter uma compreensão melhor da fé da nossa Igreja, é importante ler e conhecer o Catecismo da Igreja Católica; ele é a explicação que a própria Igreja dá oficialmente sobre os motivos e as bases da nossa fé, sobre seus conteúdos, sobre como a fé é celebrada na Liturgia e nos Sacramentos, sobre as consequências da fé para sua vida, mediante a observância dos mandamentos e sobre como a fé é traduzida no testemunho e na vivência diária. Finalmente, a fé verdadeira produz frutos, que são as “obras da fé”, sem as quais ela seria estéril: “a fé, sem obras, é morta em si mesma”, afirma São Tiago. Frutos da fé são as boas obras da justiça, caridade e solidariedade, que revelam a fecundidade e autenticidade da fé. São ainda as virtudes humanas e cristãs, que traduzem o jeito de viver de quem está em sintonia com Deus. É também a prática sincera e perseverante da religião, expressão da adoração e do louvor de Deus. Santuário Nossa Senhora Medianeira

70ª Romaria Estadual - No domingo, dia 10, o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, participou da 70ª Romaria Estadual da Nossa Senhora Medianeira de todas as graças, em Santa Maria (RS), sendo o maior evento religioso do interior do Rio Grande do Sul. O Arcebispo Metropolitano de São Paulo presidiu a missa das 10h, que reuniu cerca de 300 mil romeiros.

@DomOdiloScherer para Porto Alegre. Chuva forte. Estive na Romaria de Nossa Senhora Medianeira. Com cerca de 300 mil pessoas na procissão. Beleza! 10 – “O Senhor é Deus de vivos, não de mortos; pois todos vivem

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editorial

Termina o Ano da Fé O Ano da Fé, querido e proclamado pelo papa Bento 16, já se encaminha para o fim. Foi um Ano bem vivido? Frutuoso? Produziu frutos duradouros? São perguntas que cada Igreja Particular, cada paróquia, cada comunidade, cada família cristã é convidada a fazer. Porque o Ano da Fé termina. A Fé, porém, deverá ser ininterruptamente confessada, celebrada, vivida, orada e testemunhada na vida pessoal e comunitária dos discípulos de Cristo, dos filhos da Igreja. Ficarão na memória de todos nós os ensinamentos bonitos dos papas Bento 16 e Francisco, todos registrados na Lumen Fidei, um manual de instrução para nossa caminhada neste mundo. Ficarão na memória de todos nós os encontros, estudos, reflexões sobre a fé, que nos irmana no amor a Deus e ao próximo, que nos fortalece nas lutas da vida e que nos alimenta a esperança. O que realizamos juntos no Ano na Fé não será esquecido. Fizemos peregrinações, dobramos os joelhos em solenes proclamações de fé, gritamos ao mundo as razões de nossa esperança. E há que se pensar que muitos reencontraram o Cristo do seu Batismo, da sua Primeira Eucaristia, do seu Casamento, enfim, o Cristo que se dá a nós em cada sacramento, sinal de salvação, que a Igreja nos oferece. Demos graças a Deus por este Ano da Fé. E vamos em frente, porque há um mundo a evangelizar, um mundo onde deve ser plantado o Reino de Deus. A Arquidiocese de São Paulo foi rápida no atender à proclamação de Bento 16. Dom Odilo Pedro Scherer nos ajudou a viver o Ano da Fé com uma belíssima carta pastoral. Uma a uma, nossas regiões episcopais peregrinaram à Catedral em solenes e alegres testemunhos de fé. Glória a Deus por tudo isso! E vamos em frente. Continuemos a nossa caminhada de fé. E, se pela frente, dermos com tropeços, com desafios, com perseguições, gritemos ao Senhor Jesus que caminha conosco: “Senhor, nós cremos. Aumentai a nossa fé!”. Dá para imaginar nossas comunidades e paróquias no domingo, 24, fechando o Ano da Fé com bonitos e coletivos atos de fé, em que cada fiel, com vela acesa na mão, dirá o seu “Creio”. Que Deus dê a cada um de nós a graça de provar com a vida o que os lábios proclamam.

Ficarão na memória de todos nós os encontros, estudos, reflexões sobre a fé, que nos irmana no amor a Deus e ao próximo, que nos fortalece nas lutas da vida e que nos alimenta a esperança

Tweets do Cardeal

10 – Estou saindo de Santa Maria

www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 12 a 18 de novembro de 2013

para ele”, disse Jesus. 10 – Oremos: “Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo o obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao nosso serviço”. 10 – Hoje, em Santa Maria (RS), na

romaria de Nossa Senhora Medianeira. Também rezando pelos jovens vítimas do “incêndio” e suas famílias. 8 – Rm 1, 16b-17: “O Evangelho é uma força salvadora para todo aquele que crê. O justo viverá pela fé”.

agenda do Cardeal Terça-feira (12)

18h30 – Missa com as Irmãs Scalabrinianas – em Jundiaí (SP).

Quarta-feira (13)

19h30 – Reunião com o CLASP – na Cúria Metropolitana.


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Fé e Vida

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liturgia e vida

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO 24 DE NOVEMBRO DE 2013

palavra do papa

Ele é o Deus de cada um de nós!

Ana Flora Anderson

Venha o vosso Reino Neste domingo, chegamos ao fim do Ano Litúrgico e celebramos a grande festa de Cristo Rei. Como cristãos, rezamos sempre o Pai-nosso e pedimos: “Venha a nós o vosso Reino”. Com essas palavras, afirmamos a Deus que queremos um mundo e uma vida que realizam plenamente a vontade dele. A primeira leitura (1Samuel 5, 1-3) narra a unção do Rei Davi como o Pastor do povo de Israel. O Evangelho apresenta Jesus, nosso Rei, como o Bom Pastor que entregou sua vida para seu povo. A segunda leitura (Colossenses 1, 12-20) dá graças ao Pai, que, através de Jesus, nos libertou e nos recebeu no Reino de seu Filho. Este nosso Rei existia antes de todas as coisas e, nele, está presente a plenitude de Deus. O Evangelho de São Lucas (23, 35-43) apresenta nosso Rei na cruz da sua glória. Por amor, nosso Pastor entrega sua vida. As autoridades civis e militares, e até um dos crucificados, fazem ironia de Jesus como Messias, o Escolhido de Deus que não é capaz de se salvar. O outro crucificado fez um ato de fé na inocência de Jesus e pede a graça de entrar no seu Reino. Jesus, nosso Rei, escuta o apelo do marginalizado e promete recebê-lo no seu Reino. Neste domingo, pedimos a graça de compreender mais profundamente o sentido da oração: ‘‘Venha a nós o vosso Reino”! leituras da semana

SEGUNDA (25): Dn 1, 1-6.8-20; Lc 21, 1-4 TERÇA (26): Dn 2, 31-45; Lc 21, 5-11 QUARTA (27): Dn 5, 1-6.13-14.16-17.23-28; Lc 21, 12-19 QUINTA (28): Dn 6, 12-28; Lc 21, 20-28 SEXTA (29): Dn 7, 2-14; Lc 21, 29-33 SÁBADO (30): Rm 10, 9-18; Mt 4, 18-22

Santos e Heróis do Povo – 15 de novembro

“Se amais os que vos amam, que graça alcançais? Pois até mesmo os pecadores amam aqueles que os amam” (Lc 6,32). No dia da proclamação da República, pede-se a Deus que os bens e valores do Brasil se tornem coisa pública, “res-publica”, defendida por todos os cristãos e homens de boa vontade. Esse não é só um feriado, mas dia de oração, de reflexão e de ação comum. O santo que enche o dia, mereceu, também ele, ser chamado “Magno”. É santo Alberto Magno. Foi talvez um dos maiores sábios do seu tempo. Mereceu este elogio da Igreja: “Iluminaste o mundo, porque soubeste tudo quanto se podia saber”. Santo Alberto Magno, o dominicano afamado, trabalhava até em laboratórios, como se faz hoje, para experimentação em física e química. Cultivou, acima de tudo, a filosofia e a teologia, para chegar até Deus. Morreu em 15 de novembro de 1280. No México, venera-se João Del Valle, um grande amigo dos índios, sobretudo os da Colômbia e do México. Morreu em 1562. Fonte: “Santos e Heróis do Povo”, livro do cardeal Arns.

Papa francisco Da mensagem do Papa pronunciada aos fiéis e peregrinos reunidos na praça de São Pedro, no domingo, 10, às 12h, durante a tradicional oração do Angelus, extraímos o texto abaixo. O Evangelho deste domingo nos apresenta Jesus com os saduceus, que negavam a ressurreição. E é justamente sobre este tema que eles fazem uma pergunta a Jesus, para colocá-lo em dificuldade e ridicularizar a fé na ressurreição dos mortos. Partem de um caso imaginário: “Uma mulher teve sete maridos, mortos um depois do outro”, e perguntam a Jesus: “De quem será esposa esta mulher depois da sua morte?”. Jesus, sempre humilde e paciente, primeiramente responde

que a vida depois da morte não tem os mesmos parâmetros daquela terrena. A vida eterna é outra vida, em outra dimensão, onde, entre outras coisas, não existirá mais o matrimônio, que está ligado à nossa existência neste mundo. Os ressuscitados – disse Jesus – serão como os anjos, e viverão em um estado diferente, que agora não podemos experimentar e nem sequer imaginar. E assim explica Jesus. Mas, depois, Jesus, por assim dizer, passa ao contra-ataque. E o faz citando a Sagrada Escritura, com uma simplicidade e uma originalidade que nos deixam cheios de admiração pelo nosso Mestre, o único Mestre! A prova da ressurreição, Jesus a encontra no episódio de Moisés e da sarça ardente (cf. Ex 3, 1-6), lá onde Deus se revela como o Deus de Abrão, de Isaac e de Jacó. O nome de Deus está ligado aos nomes dos homens e das mulheres com os quais ele se liga, e esta ligação é mais forte do que a morte. E nós podemos falar também da relação de Deus conosco, com cada um de nós: Ele é o

nosso Deus! Ele é o Deus de cada um de nós! Como se ele tivesse o nosso nome. Ele gosta de dizer, e esta é a aliança. Eis por que Jesus afirma: “Deus não é dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem por ele” (Lc 20,38). E esta é a ligação decisiva, a aliança fundamental, a aliança com Jesus: ele mesmo é a Aliança, ele mesmo é a Vida e a ressurreição, porque com o seu amor crucificado venceu a morte. Em Jesus, Deus nos dá a vida eterna, a dá a todos. E todos, graças a ele, têm a esperança de uma vida ainda mais verdadeira do que esta. A vida que Deus nos prepara não é um simples embelezamento desta atual: ela supera a nossa imaginação, porque Deus nos surpreende continuamente com o seu amor e com a sua misericórdia. Portanto, o que acontecerá é justamente o contrário do que esperavam os fariseus. Não é esta vida que é referência para a vida eterna, para a outra vida, aquela que nos espera, mas é a eternidade – aquela vida – que ilumina e dá esperança à vida eterna de cada um de nós! L’Osservatore Romano

Tweets do papa

@Pontifex_pt 9 - A nossa vida deve estar centrada

no essencial: em Jesus Cristo. Todo o resto é secundário. 8 - Está chegando ao fim o Ano da Fé. Senhor, ajudai-nos neste tempo de graça a levar a sério o Evangelho. 7 - Os santos são pessoas que se deixam possuir totalmente por Deus. Não têm medo de ser ridicularizados, incompreendidos ou marginalizados. 5 - É preciso coragem para permanecer fiéis e coerentes ao Evangelho. 4 - Obrigado a todos os missionários, homens e mulheres que, sem fazer barulho, tanto trabalham pelo Senhor e pelos irmãos.

Quem não se arrepende e “faz de conta que é cristão”, prejudica a Igreja. Foi o que disse o papa Francisco na missa desta manhã na Casa Santa Marta. Em sua homilia, o Papa refletiu sobre a exortação do Senhor a perdoar o irmão arrependido. Quando Jesus pede que perdoemos sete vezes por dia – observou –, “faz um retrato de si mesmo”. Jesus perdoa, mas, neste trecho evangélico, diz também: “Ai daquele que produz escândalos”. O Pontífice então questionou: qual a diferença entre pecar e escandalizar?

há 50 anos

Semanário chama atenção para empresa petrolífera O semanário da Arquidiocese de São Paulo mostra o trabalho da Capuava, que é uma empresa de petróleo exemplar que foi encampada pela Petrobrás. O jornal deixa claro que houve uma análise não séria e por motivos desconhecidos que ocorreram nesta decisão. Também na capa foi publicada a seguinte chamada “Armas: nada contra Lacerda”. No texto, há a afirmação de que tudo acaba sempre bem no Brasil, devido à banda dos paraquedistas que foi tocar para en-

cerrar a chamada luta interna. “Depois do famoso inquérito do atentado contra Lacerda e que o governo informa nada ter havido a não ser um ‘exercício militar’ anunciam agora os jornais: ‘Fontes militares confirmaram, hoje, que o general Paulo Torres, nas conclusões do inquérito sobre as armas apreendidas em Jacarepaguá, isenta o governo da Guanabara de qualquer intenção dolosa contra a família do senhor João Goulart, como fora anunciado pela imprensa fiel ao governo federal’.”

Capa da edição de 17/11/1963


Viver Bem

‘Aventuras a 90 de Glicemia’, de Bruno Pereira

No Mosteiro de São Bento, até dia 24, exposição Pontificalis

vamos cuidar da saúde!

Arquivo pessoal

O que: Pontificalis: uma relação entre a Arquidiocese de São Paulo e o Mosteiro de São Bento Onde: Mosteiro de São Bento (ao lado da estação São Bento do metrô) Quando: Até dia 24 de novembro Quanto: grátis Visitação: de segunda a sexta-feira: das 8h às 17h; sábado: das 8h às 12h; e domingo, após a missa, das 10h até às 12h. Informações: (11) 3328-8799.

direito do consumidor

Papanicolau

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literatura

dicas de cultura

“Pontificalis: uma relação entre a Arquidiocese de São Paulo e o Mosteiro de São Bento” é a exposição em destaque no Mosteiro até o dia 24 deste mês. Entre os objetos em exposição estão um trono de jacarandá do século 18, que pertenceu à Cúria Metropolitana e que foi utilizado por dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo; um quadro (óleo sobre tela) de 1908, de dom Duarte; um báculo de dom Miguel Kruse, abade do Mosteiro de São Bento, de 1907; um jogo de castiçais do Mosteiro em estilo beuronense, de 1912. Também podem ser encontrados paramentos e alfaias que foram utilizadas na Catedral da Sé e no Mosteiro nos séculos 19 e 20 e ainda, um solidéu de dom Cândido Padim, dentre outros objetos. São apresentadas, ainda, na exposição, fotografias de celebrações pontificais realizadas no Mosteiro. A exposição acontece no contexto das comemorações dos 100 anos da reabertura do Mosteiro, em 1913. No encerramento, dia 24, às 15h, haverá um concerto da Sociedade prómúsica sacra de São Paulo e recital de órgão pelo irmão Ezequiel Vinicios de Oliveira, às 15h.

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Separação

Realizar o papanicolau anualmente é muito importante para diagnosticar precocemente o câncer de colo de útero. Todas as mulheres com vida sexual ativa devem realizar esse exame após 1 ano de ter iniciado a relação sexual e só o médico, individualmente, é quem vai analisar quando não há mais necessidade. Está entrando em vigor a vacina de HPV (causador do câncer de colo de útero) que deve ser aplicada somente em meninas que ainda não tiveram relação. Mas isso não substitui o papanicolau. Uma dica: escolha um mês e todo ano você já sabe que naquele mês terá que realizar seus exames de rotina. Dúvidas, dracassiaregina@gmail.com

Quando um casal está se separando, muitos conflitos surgem envolvendo os mais diversos aspectos da vida da pessoa: a questão sentimental, a guarda dos filhos, a discussão acerca da alteração ou manutenção do nome e, como não se esquecer, do debate sobre o patrimônio e a divisão (partilha) dos bens de acordo com o regime matrimonial adotado. Às vezes, a vontade do casal de se divorciar é muito intensa e eles querem que isso ocorra logo, no entanto, a discussão sobre a divisão dos bens pode acabar atrasando a formalização do divórcio. A pergunta que surge é a seguinte: É possível que os cônjuges concordem que o divórcio seja desde logo formalizado e que a discussão sobre a divisão dos bens seja resolvida depois? Noutras palavras, é possível a concessão do divórcio sem a prévia partilha dos bens? Sim. Essa possibilidade se encontra expressamente prevista no art. 1.581 do Código Civil que dispõe: O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens...

Dra. Cássia Regina é medica atuante na Estratégiade Saúde da Família (PSF).

Ronald Quene é formado em Direito

O jornal O SÃO PAULO

Bruno Pereira, voluntário em diabetes, lançou o livro “Aventuras a 90 de Glicemia”. O autor nasceu em Osasco (SP), tem 22 anos e desde os 15 convive com o diabetes tipo 1. Após seu diagnóstico, foi internado em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) durante dias, e chegou a se revoltar contra a disfunção. Mas, após participar de um acampamento de diabetes, sua vida nunca mais foi a mesma. Além dos estudos e da vida profissional, Bruno dedica seu tempo ao trabalho voluntário em educação em diabetes, participando de acampamentos educativos e grupos de apoio. Por causa desses compromissos, ele já viajou para países como Chile, Argentina e Paraguai, onde viveu altas aventuras e conheceu pessoas tão doces quanto ele. Nessa sua obra de estreia no mundo da escrita, “Aventuras a 90 de Glicemia”, Bruno quer mostrar que o diabetes não é um “bicho de sete cabeças” como muita gente pensa. No início, ele pode até assustar, mas é possível viver com saúde e curtir as coisas boas da vida sem deixar a glicemia nas alturas. O livro é uma produção independente e está à venda no link: https://clubedeautores. com.br/book/152054-Aventuras_a_9_de_Glicemia

O avanço do diabetes no mundo O Dia Mundial do Diabetes é celebrado anualmente no dia 14 de novembro, com ações e campanhas de prevenção em vários países. De acordo com dados da Federação Internacional do Diabetes (IDF, na sigla em inglês), a doença atinge pelo menos 370 milhões de pessoas no mundo. O Brasil ocupa o 4º lugar neste ranking com 13,4 milhões de portadores, atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos. O diabetes tipo 1, descoberto geralmente na infância, é causado por uma falha no pâncreas, órgão que produz o hormônio que regula o açúcar no sangue. Já o diabetes tipo 2, responsável pela maior parcela dos casos, está diretamente relacionado com o excesso de peso e o sedentarismo, e a boa notícia é que é possível preveni-lo. Em ambos os casos, com o diagnóstico precoce e o tratamento certo, o paciente pode ter uma vida de qualidade.

está de cara nova

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Fé e Vida

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direito canônico

fé e cidadania

Fundamentação teológica e canônica do princípio da subsidiariedade (2)

Encerramento do Ano da Fé

Padre carlos roberto santana da silva

O princípio eclesiológico da legítima autonomia, da Igreja Particular, como capacidade de se governar, incluindo também aquela de anunciar autenticamente as verdades de fé (cânon 753), se expressa, sobretudo, no múnus docendi (ensinar) e no múnus regendi (governar), daí que o poder correspondente de magistério e de governo deve ser exercido por sua natureza em comunhão hierárquica com a Cabeça do Colégio, Romano Pontífice, e o próprio Colégio, Bispos (Lumen Gentium, LG, 21b; cânon 375,§ 2). Isto, como dizia Paulo 6º no dia 14 de setembro de 1964, na alocução de abertura do terceiro período conciliar: “Não debilita a autoridade episcopal, mas a reforça, enquanto os vínculos da comunhão hierárquica que unem os bispos com a Sé Apostólica fazem com que os bispos realizem e manifestem nas diversas partes do mundo a nota da catolicidade da Igreja”. Daí se segue a necessária coordenação da responsabilidade do Bispo Diocesano e da autoridade suprema, portanto, do direito particular e do direito universal, através das reservas estabelecidas. Considerando tudo o que se disse à Igreja, salva a justa autonomia de cada um dos grupos sociais, é plenamente legítimo, e diríamos, necessária, a intervenção da autoridade superior, também, nas compe-

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tências da autoridade inferior (Constituição Dogmática Lumen Gentium n. 22b; cânones 331, 333; 336), porém, tendo em vista intuitu boni communis Ecclesiae, isto é, para a tutela e o desenvolvimento da santidade e da unidade da própria Igreja, em sua dimensão universal e particular. Os limites são colocados pela mesma natureza da Igreja e, portanto, por causa da finalidade, ou seja, do poder do Bispo Diocesano e do poder primacial. É o mesmo direito divino que coloca os limites do exercício de um e de outro poder. Por esta razão, o poder dos bispos “... não é, pois, diminuído pela autoridade suprema e universal, mas antes, pelo contrário, é por ela assegurado, fortificado e defendido”, justamente pelo fato de que o Espírito Santo conserva a forma de governo que Cristo estabeleceu para a sua Igreja (Constituição Dogmática Lumen Gentium, n. 27; cânon 333, § 1). Concluindo, se se entende o princípio de subsidiariedade no sentido exposto, pode-se falar também de aplicação do princípio de subsidiariedade na Igreja, porém, para evitar a ambiguidade que pode surgir de natureza filosóficosociológica de tal princípio, no âmbito eclesiológico, seria melhor falar de aplicação do princípio da justa ou legítima autonomia. Podemos dizer que tal princípio tem sido fundamentalmente seguido no novo Código, considerando os frequentes envios ao direito particular ou próprio, inclusive dentro de determinações universais ou comuns. (Continua na próxima edição).

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Padre Alfredo José Gonçalves

No dia 24 de novembro de 2013, o papa Francisco celebra o encerramento do Ano da Fé, iniciado por seu predecessor numa cerimônia realizada em 11 de outubro de 2012. “O Ano da Fé, que estamos inaugurando hoje” – dizia o papa Bento 16 naquela ocasião –, “está ligado coerentemente com todo o caminho da Igreja ao longo dos últimos 50 anos: desde o Concílio Ecumênico Vaticano 2º, passando pelo Magistério do Servo de Deus Paulo 6º, que proclamou o Ano da Fé em 1967, até chegar ao Grande Jubileu do ano 2000. Quais os frutos dessa iniciativa para a caminhada da Igreja? Primeiro, como lembrava o Papa, destacamos a celebração dos 50 anos de Concílio Vaticano 2º, evento que transformou

não só a estrutura, mas toda a ação pastoral da Igreja. Documentos como a Lumen Gentium, a Ad Gentes e a Gaudium et Spes – para só citar alguns – trouxeram nova vida à liturgia, à pastoral e à missionariedade. Vale destacar o conceito de Igreja como Povo de Deus, aberta aos desafios do mundo contemporâneo. Depois, o Ano da Fé celebra também os 20 anos do Catecismo da Igreja Católica, onde se fundem e difundem as linhas mestras da mensagem evangélica e de todo o Magistério. Mais do que leis e dogmas a serem seguidos, trata-se de luzes que orientam a pertença e o trabalho de todo o batizado, seja no interior da Igreja, seja em sua solicitude para com os pobres e mais necessitados. Um farol que, em meio às tempestades do mundo moderno, procura apontar o rumo do porto – vida, obra e palavras de Jesus Cristo. Em terceiro lugar, dois documentos nutrem a intuição do Papa: a carta apostólica Porta

Fidei e a carta encíclica Lumen Fidei. A primeira delas é justamente o documento com o qual se proclama o Ano da Fé. Ilustrativo a esse respeito é seu título: a porta da fé abre horizontes novos a uma sociedade que, pouco a pouco, vem perdendo o sentido da vida humana. Também na segunda carta o título aponta numa direção precisa: a luz da fé nos ensina a olhar a existência pessoal e a própria história com os olhos de Jesus. Enfim, não seria exagero falar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio de Janeiro, como de um evento ligado ao Ano da Fé. Basta recordar os símbolos da Cruz e o Ícone de Maria. De fato, aos pés da cruz, a fé adquire um caráter realista diante do sofrimento humano, em que tantas pessoas continuam crucificadas pela miséria e injustiça, violência e guerra. Ao mesmo tempo, uma visão de esperança como caminho para a ressurreição. A vida, e não a morte, possui a última palavra. L’Osservatore Romano

espaço aberto

Sobre violência padre antônio manzatto

Não são poucos os programas de televisão que têm como assunto principal a violência. A crer neles, a cidade é uma guerra só. Também nos jornais e no rádio, a quantidade de notícias sobre violência assusta. Para muitos, este é o maior problema da cidade, quase como se a violência fosse necessária na cidade, como se fosse ela que definisse a civilização ou estivesse na origem de todas as coisas. Nós conhecemos os mitos que dizem que a violência está na origem de todas as coisas, mas acredi-

tamos em outra coisa. Parece que querem nos fazer acreditar no poder da violência. Parece que querem que pensemos que violência se resolve com violência, e eis-nos aí no círculo violento. É claro que há violência na cidade. A violência dos assaltos, dos assassinatos, dos crimes de todos os tipos, isto existe sim. A violência da repressão, do trânsito, da falta de condições de vida digna, isto existe também. Mas o povo da cidade não é violento, sua imensa maioria não acredita na violência. Se assim não fosse, a cidade já teria explodido. O povo de São Paulo é ordeiro, pacífico. Não tolera violência nas torcidas de futebol, por exemplo, ou nas manifestações. Na cidade, 95% da população se declarou

contrária às manifestações violentas, dizendo que não é assim que se faz política. Não querem saber de mascarados, destruição do patrimônio público ou privado, agressões, lutas de bandos, nada disso. Também não querem a violência institucionalizada dos sistemas desumanos, nem a da indiferença que querem nos impingir. O povo quer paz, justiça e solidariedade. Esta é a marca do povo brasileiro: festa, alegria, companheirismo! Por que querem mudar nosso jeito de ser? Quais os reais interesses envolvidos na indústria da violência e em sua promoção? Como Francisco, também queremos ser instrumentos da paz, porque é nela que cremos. Afinal, não é a violência a origem de tudo: é o Amor.


Igreja em Ação

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pastoral do menor

bioética

‘Evangelizando a Casa’

México 2014: Sede Mundial da Bioética (2)

Psatoral do Menor

pastoralmenor@gmail.com Título dado por um jovem da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de São Paulo, que, motivado com a proposta do projeto, de imediato respondeu: “Temos que levar Jesus Cristo a estes jovens! É urgente que evangelizemos a Fundação Casa”. E o projeto nasce intitulado: “Evangelizando a Casa”. Durante um período, a Pastoral do Menor confirmou a ausência da Igreja Católica nas unidades e, ao mesmo tempo, tinha a consciência que, devido à dimensão do número de unidades, não conseguiria concretizar uma ação de evangelização sozinha. Diante da conjuntura do mundo atual, é urgente uma Ação Evangelizadora voltada à Juventude, que lhes tragam a esperança e a fé em dias melhores, não é diferente com menino ou menina que cumprem medida socioeducativa de privação de liberdade na Fundação Casa. “Os jovens têm direito de receber da Igreja o Evangelho e de serem introduzidos na experiência religiosa, no encontro com Deus e no contato com as riquezas da fé cristã” (Doc. 85 CNBB, p.5). Com o objetivo de levar o Cristo a todos os ambientes, evangelizar e ser evangelizado, a Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo propôs a implantação do presente projeto nas seis regiões episcopais (Belém, Brasilândia, Santana, Sé, Lapa e Ipiranga). Iluminados pelo 11º Plano de Pastoral da Arquidiocese de São Paulo, que traz como meta orientadora ser testemunha de Jesus Cristo na cidade de São Paulo, em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e vindo ao encontro com a primeira urgência: “Igreja em estado permanente de missão” e a sexta: “A Igreja e evangelização dos jovens”.

padre leo pessini

A proposta avança e o grupo cresce: catequistas, religiosos, religiosas, padres, comunidades, pastorais, leigos e leigas com a assessoria de dom Fernando Penteado, bispo emérito da Diocese de Jacarezinho (PR). Dentro de um projeto participativo, construímos a nossa proposta. Foram diversas reuniões e extremamente produtivas: O quê? Por quê? Como? Quem? Para quem? Quando e com quê? Até a construção do projeto. A proposta foi acolhida em Assembleia Arquidiocesana, no último dia 26 de outubro e referendada na reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP). No último sábado, 9, demos um grande avanço, as regiões episcopais Santana, Sé e Lapa, com suas equipes já compostas, levaram os documentos necessários a serem entregues nas unidades da Fundação Casa, onde o projeto será iniciado. Tivemos o nosso primeiro momento de formação, de muitos que ainda virão, quando refletimos sobre: “Quem é o menino e a meni-

na ao qual propomos evangelizar?” Qual a sua história; seus valores; sua origem; onde ele esta inserido. A partilha contribuiu com crescimento de toda a equipe. Agendamos a continuidade das reuniões ampliadas, com toda a equipe arquidiocesana, para o dia 1º de fevereiro de 2014, às 9h, no Centro Pastoral São José do Belém (rua Álvaro Ramos, 366, Belenzinho), quando juntos construiremos o nosso calendário para 2014. As reuniões da equipe do “Evangelizando a Casa” arquidiocesana, terá como metodologia características formativas informativas, logo é de extrema importância a participação de todos. A organização e a ampliação das equipes das regiões episcopais, continuam, portanto, fica o convite a todos que tenham o carisma e queiram contribuir com este desafio. Seguimos as orientações do Santo Padre Francisco: “Ide, sem medo, para servir”. Por Sueli Camargo

pastoral familiar

Família e Desafio da Modernidade Secretários da Pastoral Familiar Arquidiocesana

Zuleica e João Abrahão

A família é ainda hoje lugar de refúgio, de segurança, de apoio para seus membros, mesmo assim são muitos os cuidados de que a família necessita, cada vez mais, para se acautelar perante o deslumbramento oferecido pela cultura moderna, que recompensa mais o indivíduo do que a família. O que interessa ao mundo contemporâneo, que se diz globalizado e relativista, é alardear outros modelos para uma família “dita mo-

derna”. De todos os lados, a mídia – falada, escrita, televisionada ou a virtual pelo espaço cibernético – procura desvirtuar o matrimônio indissolúvel e fiel, apresentando aos olhos dos jovens um individualismo selvagem, sempre fomentando o egoísmo e o consumo desenfreado. Nesse cenário, o jovem não vê futuro, não vê moralismo, não vê ética e se entrega a uma cultura do provisório, do descartável e dos prazeres egoístas. A família cristã não deve se abalar perante essa ideologia de “dureza de coração” e permanecer fiel à manifestação divina, testemunhando, sempre, com coragem, a fé que professa. Anunciar, pela singeleza de seus atos e vi-

vências, que a família criada por Deus, verdadeira Igreja doméstica, desenvolve entre seus membros, sempre, um amor renovado e generoso, que nada poderá sobrepujá-la ou substituí-la no dia a dia do ser humano. Enquanto tiver forças, a família cristã será sempre uma família em construção no amor e na fidelidade, lugar onde Deus possa morar e se manifestar. A família está no centro de todos esses problemas e desafios. “Relegá-la para um papel subalterno e secundário, excluindo-a da posição que lhe compete na sociedade, significa causar um grave dano ao autêntico crescimento do corpo social inteiro” (“Carta às famílias”, papa João Paulo 2º, n. 17).

O México tem uma Comissão Nacional de Bioética (Conbioética). Sua missão é “promover a cultura da bioética no México, a partir da análise laica, plural e inclusiva dos dilemas bioéticos, fundamentados no respeito aos direitos humanos, proteção dos seres vivos e preservação de seu habitat”. Sua visão é “ser um organismo autônomo de vanguarda, reconhecido pela sociedade como referência nacional e internacional, no contexto dos dilemas bioéticos e no desenvolvimento da cultura bioética”. Existe também, no México, um atuante Centro de Conhecimento Bioético (Cecobe). Sua missão é fomentar o conhecimento da ética e bioética nas instituições de saúde, de pesquisa e de ensino de bioética, bem como para toda a população mexicana. Este centro dispõe de dois vértices estruturais: a gestão do conhecimento bioético, a partir de onde desenvolvem os conteúdos, o site de internet da Conbioética e a plataforma virtual Cecobe, bem como o apoio logístico para a elaboração de material e apoio para eventos e organização dos mesmos. Também conta com um precioso serviço de biblioteca. As Comissões Estatais de Bioética (CEBs) são “órgãos colegiados encarregados de impulsionar a missão e políticas da Conbioética e a aplicação da normatividade em bioética em cada entidade federativa, para promover o debate dos dilemas bioéticos, desenvolvendo uma estratégia própria de difusão dos princípios e fundamentos da bioética nos cuidados da saúde, na pesquisa, no ensino e no cuidado do meio ambiente”. Juntamente com esta rede de Comissões Estatais de Bioética, coordenadas pela Conbioética, temos ainda uma rede de Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e Comitês Hospitalares de Bioética (CHBs) também sob a responsabilidade e coordenação da mesma Comissão Nacional de Bioética. O Comitê de Ética em Pesquisa é um órgão colegiado, autônomo, institucional, interdisciplinar, plural e de caráter consultivo, criado para avaliar e elaborar protocolos de pesquisa em seres humanos. O Comitê Hospitalar de Bioética é definido como sendo um “espaço de reflexão, deliberação e educação, num ambiente de liberdade e tolerância, a partir de onde se analisam de maneira sistemática os conflitos de valores e os princípios de bioética, que surgem durante o processo de cuidados médicos, ou na área da educação em saúde”. O Brasil ainda tem muito que caminhar e se organizar neste âmbito da ética e bioética pública!

Existe também, no México, um atuante Centro de Conhecimento Bioético (Cecobe). Sua missão é fomentar o conhecimento da ética e bioética nas instituições de saúde, de pesquisa e de ensino de bioética, bem como para toda a população mexicana


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Igreja em Ação

Mundo do trabalho – pastoral operária

pastoral da criança

O modelo econômico na berlinda

Assembleia da Pastoral da Criança da Região Santana

pometropolitana@yahoo.com.br

A subordinação do padrão de incorporação de progresso técnico às necessidades do conjunto da população, como reivindica a crítica do Movimento do Passe Livre (MPL) ao transporte particular e sua luta a favor do passe livre, exigiria mudanças ainda mais profundas. Sem romper com um padrão de acumulação que promove a mercantilização de todas as esferas da vida e o incentivo indiscriminado à cópia dos estilos de vida das economias centrais, é impossível imaginar a livre mobilidade nas cidades e o fim do reinado do automóvel. A revolta da juventude comprometeu a sustentabilidade social e política do modelo econômico. Ao refutarem o princípio da austeridade fiscal (que é, em verdade, um princípio da panaceia financeira), os protestos solaparam um dos pilares da política econômica do Plano Real. Ao defenderem a primazia do co-

Trecho da análise apresentada por Plínio de Arruda Sampaio Júnior, professor livre-docente do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas – IE/Unicamp na Assembleia da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo. Parte 1 O partido da ordem e seus aliados suprimiram o mês de junho do calendário. O antagonismo entre as reivindicações das ruas e o padrão de acumulação liberal periférico fica caracterizado pela absoluta impossibilidade de compatibilizar as medidas práticas que seriam necessárias para atender ao pleito dos manifestantes e à preservação dos princípios básicos que sustentam o Plano Real. O atendimento do clamor da juventude por políticas públicas requereria que os recursos do Estado destinados à área social fossem de no mínimo 25% a 30% do ProAo refutarem o princípio da duto Interno austeridade fiscal (que é, em Bruto (PIB). verdade, um princípio da panaceia É o que gastam os países financeira), os protestos solaparam com políticas um dos pilares da política sociais deceneconômica do Plano Real tes. O esforço exigiria praticamente uma duplicação do letivo sobre o privado, repugasto social. Tais recursos diaram a crescente mercantipoderiam ser obtidos, basi- lização dos serviços públicos. camente, de três fontes: redu- Ao questionarem os valores ção das despesas com juros que presidem a modernizada dívida pública; diminuição ção dos padrões de consumo, de subsídios e incentivos fis- negaram a própria essência cais às empresas; e aumento do capitalismo dependente, colocando na ordem do dia a da carga tributária. A inversão na prioridade necessidade de uma verdado gasto público implicaria deira revolução cultural que uma completa reviravolta na redefina os princípios que depolítica fiscal. Para que o gas- vem nortear a própria noção to social deixe de ser uma va- de progresso. A pressão da juventude riável de ajuste do orçamento público, seria necessário, em por uma radical inversão nas nome da responsabilidade so- prioridades do Estado coincicial, revogar a Lei de Respon- diu com a pressão em direção sabilidade Fiscal e acabar com oposta do capital internacioa prioridade dada à geração nal pelo reforço da ortodoxia de superávits primários. Para econômica. O antagonismo que as despesas financeiras que condiciona a política deixassem de asfixiar a capa- econômica não poderia ser cidade de gasto do setor públi- maior. As mobilizações soco, seria indispensável limitar ciais exigem que as necessios gastos do Governo Federal dades básicas dos brasileiros com o serviço da dívida públi- sejam postas em primeiro luca e renegociar as dívidas da gar. O agravamento da crise União com Estados e Muni- econômica e o risco de uma cípios. Para reforçar o poder inflexão nos fluxos de capiefetivo do Estado brasileiro de tais, provocado pela mudanfazer políticas públicas, seria ça na política monetária dos fundamental fazer uma refor- Estados Unidos, condicionam ma tributária que permitisse a estabilidade do Real à insubstancial elevação dos im- tensificação do aperto fiscal, postos sobre o lucro e as gran- à promoção de novas rodas des fortunas – na contramão de privatização e à absoluta do que vem sendo discutido obediência aos imperativos do capital internacional. no Congresso Nacional.

danielfieo@bol.com.br Aconteceu, nos dias 5 e 6 de outubro de 2013, a assembleia anual da Pastoral da Criança do Setor Santana, Arquidiocese de São Paulo. A assembleia teve início com missa presidida pelo padre Jeremias, a qual contou com a presença de 45 pessoas. A coordenadora do Setor Arlete Della Coleta aproveitou a presença das coordenadoras e capacitadoras para fazer uma oficina de formação contínua do Guia do Líder. Foi um momento muito rico, em que os participantes tiraram as dú-

vidas e trocaram experiências. No domingo, o evento contou com a presença de Maria do Rosário Gazzola de Souza, capacitando os membros da Pastoral presentes sobre uma nova forma de envio de informações via torpedo, em parceria com a operadora TIM. A coordenadora da Arquidiocese de São Paulo, Aparecida Gonçalves de Jesus, mostrou os indicadores e falou do grande desafio a vencer, que é o expressivo número de crianças que necessitam do acompanhamento da Pastoral. A assembleia contou também com a presença de Eunice

Gomes Rodrigues, coordenadora da Pastoral da Criança do Estado de São Paulo, que falou sobre a importância da procura pela gestante nas comunidades. “Muitas mortes de crianças que ocorrem antes do nascimento seriam evitadas se elas tivessem o acompanhamento da Pastoral da Criança.” Foi lançado o desafio para que todo líder cadastre uma nova gestante nos próximos meses. O encontro terminou com o comprometimento de todas as coordenadoras em trabalhar a motivação dos líderes e organizarem os mutirões em busca de novas gestantes. Pastoral da Criança/Divulgação

pastoral da pessoa com deficiência

Pastoral realizará encontro pastoral.pcd.sp@gmail.com A Pastoral da Pessoa com Deficiência, da Arquidiocese de São Paulo, realizará, no próximo dia 23 de novembro, das 8h às 17h, no Colégio Espírito Santo, situado no bairro do Tatuapé, próximo à estação de Metrô e da CPTM, o 7º Enconfrater e Pessoas com Deficiência. O tema do encontro este ano será: “Protagonismo das pessoas com deficiência na Igreja e na sociedade”. O evento contará com representantes da sociedade civil, da Igreja e da própria pastoral, que discursarão e debaterão acerca do tema mencionado. Em seguida, os demais participantes

do encontro formarão grupos de discussão e terão a oportunidade de formular perguntas e apresentar propostas acerca do que for debatido entre eles. O objetivo do encontro, este ano, é despertar nas pessoas com deficiência o desejo de se tornarem agentes protagonistas da própria história, de maneira que o movimento das pessoas com deficiência se fortaleça cada vez mais e para que haja equiparação de oportunidades nos diversos níveis de atuação e participação na sociedade e, em especial, na Igreja. O encontro contará com diversos recursos de acessibilidade, como:

- audiodescrição, para pessoas com deficiência visual e intelectual; - intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), para pessoas prestadores de deficiência auditiva; - acessibilidade arquitetônica, inclusive a banheiros, para pessoas com deficiência física; - atenção especial e de acolhimento a todas as deficiências; O evento é aberto a todas as pessoas envolvidas com a temática da inclusão e a todos os interessados em colaborar na caminhada por uma sociedade mais justa e humana. Esperamos contar com sua presença e participação.

Deus os faça felizes e os fortaleça nesta caminhada permeada de desafios.

para evangelizar. Parabéns e que vocês possam continuar evangelizando.

Pascom Maceió - Arquidiocese de Maceió-AL

Irmã Cintia Giacinti Barbon, da Congregação das Irmãs Apostolinas

espaço do leitor

Sobre as mudanças no jornal Queremos parabenizar pela nova “cara” do jornal. Somos seus admiradores! A cada edição nos surpreende e nos mostra a qualidade dos profissionais que trabalham nessa redação. Temos um jornal centenário “O Semeador”, que desde março de 2013 ficou sob a responsabilidade da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese.

Quero agradecer e parabenizar o jornal O SÃO PAULO, que é um meio muito importante de comunicação. Nós, da Congregação das Irmãs Apostolinas, acreditamos que a comunicação é um meio também

Redação do jornal O SÃO PAULO. Endereço: Avenida Higienópolis, 890, São Paulo (SP), CEP 01238-000. E-mail: osaopaulo@uol.com.br Twitter: @JornalOSAOPAULO Facebook: Jornal O SÃO PAULO


Geral

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Luciney Martins/O SÃO PAULO

ANO DA FÉ

Iracema: experiência de fé dinâmica por toda a vida Daniel Gomes Redação

Yoni e Auélia (primeiros à esq.) e Simba (segundo à dir.) contam suas histórias de integração durante o Seminário

Imigrantes e refugiados: vozes e olhares cruzados Seminário produziu uma carta com propostas, que será entregue na 1ª Conferência Municipal de Políticas para Migrantes NAYÁ FERNANDES

ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

Luta, força, medo e sonho foram algumas das palavras repetidas pelos imigrantes e refugiados que contaram suas histórias no Seminário “Vozes e Olhares Cruzados 2”, que aconteceu na sexta-feira, 8. Os processos de integração entre imigrantes e refugiados foram o destaque da segunda edição do Seminário promovido pela Missão Paz em São Paulo, que reuniu pesquisadores, estudantes, educadores e religiosos. Bolivianos, congoleses, haitianos, chineses, cubanos, paraguaios, peruanos e brasileiros deram testemunhos relacionados aos eixos trabalho, saúde, educação, lazer, família,

vizinhança, universidade. Auélia Ferreira Alvarado e Yoni Alvarado Reque contaram como se conheceram e as dificuldades para ficar juntos. “Enfrentamos muito preconceito e vi como é precária a situação dos bolivianos nas oficinas de costura. Demoramos cinco anos para conseguirmos legalizar nosso casamento e, ainda assim, o Yoni só conseguiu naturalidade brasileira após a anistia”, disse Auélia. Yoni hoje trabalha como costureiro em casa. Mas, quando chegou ao Brasil, trabalhou para uma empresa terceirizada que fornecia mercadoria para a marca de roupas Daslu. “Ganhava pouco. Hoje, trabalho sozinho porque não posso pagar um empregado de forma justa e não quero fazer com outros o mesmo que fizeram comigo.” À tarde, os participantes se dividiram em grupos. Um deles se reuniu para discutir questões escolares com o congolês Nsimba Augustin. Simba, como é chamado, veio refugiado para o Brasil porque foi acusado de comunismo. Ele é apóstolo de uma Igreja cristã e estava reunido com um grupo quando foi

perseguido pelo Governo do Congo. No Brasil há sete anos, Simba recebeu também a esposa, que ficou grávida de gêmeos e precisou voltar ao seu país por questões de saúde. Ele ficou sozinho com as crianças recém-nascidas. Depois, outra filha adolescente veio para o Brasil. “Foi difícil, lutei um ano para conseguir creche e, depois de passar por três escolas, consegui uma vaga para a mais velha. Ela chegava chorando em casa todos os dias. Era discriminada pelos colegas e até pelos professores”, contou o pai. Apresentações de teatro, dança, vídeo, música e fotografias compuseram a programação, além da exposição do “Migrarte”, projeto da Casa do Migrante que promove ações de arte com os migrantes que se hospedam na casa. Padre Paolo Parise, diretor do Centro de Estudos Migratórios, reforçou que o Seminário produzirá uma carta que será entregue às autoridades durante a 1º Conferência Municipal de Políticas para Migrantes, que acontecerá no fim de novembro, entre os dias 29 e 1º de dezembro, em São Paulo.

Ela tinha apenas seis anos, mas quando ia à missa com alguém da família, em Mirandópolis (SP), pedia a uma de suas irmãs um véu, pegava o “livrinho” usado pelos fiéis e ficava como que a lê-lo, mesmo ainda não sendo alfabetizada e não entendendo as palavras que o padre proferia em latim. “A mamãe sempre foi de levar todos os filhos para a igreja nas rezas, nas missas, e a gente entendia que precisava ir”, recordou, ao O SÃO PAULO, Iracema da Silva, 72, secretária de Pastoral da Região Episcopal Belém. “Minha mãe sempre teve a presença de Deus na vida dela e isso foi gerando nos filhos a fé, mas claro que acredito que essa fé eu já comecei a tê-la no meu Batismo, ainda neném.” Nascida em Lavínia (SP), em uma família com 11 irmãos, Iracema passou a viver em Mirandópolis com um ano de vida. Na adolescência, foi catequista e, ao completar 18 anos, ingressou no Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus. Ainda

to”, recordou. “Quando me desliguei, já estava na Região Belém e continuei ligada ao trabalho que fazia com crianças, adolescentes, e fui atuar no movimento de favelas na Vila Alpina, até ser convidada para secretária de Pastoral da Região”. Para Iracema, Não consigo separar a fé de ter fé “é viver quando rezo da fé com que na presença de me dedico a um trabalho com Deus”, sentencrianças, com adolescentes, com ciou. “A fé é meu dia a dia, é meu as comunidades. A fé é minha entusiasmo para vida, é meu dinamismo, fazer as coisas que o Espírito de é minha vivência 24 horas Deus me inspira. no período de discernimento Eu sinto que a fé é dinâmica: vocacional, veio para a capi- não consigo separar a fé de tal paulista e depois realizou quando rezo da fé com que trabalhos em um educandário me dedico a um trabalho com em Bauru (SP). De volta a São crianças, com adolescentes, Paulo, fez seus votos perpétu- com as comunidades. A fé é os. Foram 30 anos de vivên- minha vida, é meu dinamiscia no Instituto, “um tempo mo, é minha vivência 24 hode graça, de aprendizado, de ras.” Após sete décadas de excrescimento na fé”, garantiu. Porém, Iracema desejava uma periência de fé católica, Iracema tem uma convicção: “Hoje nova experiência. “Eu quis viver uma vida a Igreja não é melhor do que inserida no meio dos mais antes, simplesmente vive oupobres, tanto que não saí de tro tempo, estamos em uma onde eu morei. Fui para a pe- mudança de época e temos riferia de São Paulo na época uma mudança de Igreja”, afirem que já estava bem adianta- mou, com a serenidade de da a Operação Periferia, idea- quem parece sempre pronta a lizada por dom Paulo Evaristo mudar sem perder a essência Arns, e isso me motivou mui- da fé.


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Serviço de Animação Comunitária – do Movimento por um Mundo Melhor Entre os dias 15 a 17, acontecerá a 32ª Exercitações do Serviço de Animação Comunitária (SAC) do Movimento por um Mundo Melhor (MMM). Na Paróquia Bom Jesus dos Passos (praça Portugal, 20 em Pinheiros). O SAC é um serviço de animação na Igreja que tem como finalidade promover um movimento por um mundo melhor. Informações: (11) 3085-9740.

CAP reflete sobre indicações pastorais para 2014 Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

Conselho Arquidiocesano de Pastoral se reúne e encaminha propostas e destaques para próximo ano padre Cido Pereira

Diretor do O SÃO PAULO

No sábado, 10, reuniu-se no Centro Pastoral São José, no Belém, o Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP), com o objetivo de refletir e encaminhar as indicações, propostas e destaques apresentados pelas seis regiões episcopais e coordenações pastorais na Assembleia Pastoral realizada no dia 26 de outubro. Na Assembleia, conforme síntese realizada por dom Milton Kenan Junior, foi proposto: Formação ampla e continuada, nos três níveis da Igreja em SP, paroquial, setorial e arquidiocesano; Mais articulação pastoral buscando a unidade, valorizando dons, carismas e talentos, e ações intersetoriais; Que a Iniciação à Vida Cristã, se desenvolva pela forma-

Dom Odilo, os bispos auxiliares e representantes de todas as coordenações pastorais compõem o Conselho Arquidiocesano de Pastoral, que acompanha a ação da Igreja na cidade

ção continuada de adultos, pela mudança na metodologia da catequese, pela formação de pequenas comunidades cristãs; Que a juventude esteja em estado permanente de missão e com consciência crítica; Que se incentive a formação missionária dos leigos e leigas. E o serviço da vida plena deve articular as pastorais sociais, promovendo sua inte-

gração e divulgação dos seus trabalhos, sobretudo nas paróquias onde atuam. Apresentadas por dom Milton as indicações da Assembleia, os membros do Conselho Arquidiocesano de Pastoral reuniram-se em quatro grupos e refletiram sobre Formação, Juventude, Iniciação à Vida Cristã e Missão. As observações e refle-

xões recolhidas nos quatro grupos caminharam no sentido de se concretizar o que a Assembleia de outubro assumiu como destaques pastorais para 2014. Dom Odilo Scherer lembrou os objetivos do Conselho Arquidiocesano de Pastoral. Cabe a ele acompanhar a vida e a missão da Igreja em São Paulo. E é preciso que tenha

sempre presente o bom cumprimento da missão da Igreja em São Paulo. Se empenhamos nossos esforços de maneira organizada. Onde tem avanços? Onde não está funcionando? Estamos evangelizando? Estamos fazendo uma pastoral de manutenção? Para dom Odilo, uma paróquia com cinco ou dez batizados num bairro com 20 mil habitantes precisa se questionar. O mesmo se diga a respeito da Crisma, do Matrimônio. “Nossa cidade é grande. Tem muita coisa boa. Às vezes é difícil acompanhar. Precisamos ajustar nossos passos.” Pediu-se também que o CAP tenha reuniões mais frequentes para que se levantem as prioridades, as ações. Dom Milton Kenan Júnior comunicou que a Coordenação do Serviço da Caridade, da Justiça e Paz vai se reunir todas as primeiras segundas-feiras de cada mês. “Pensamos na necessidade de maior frequência diante da realidade terrível que a pastoral enfrenta. E concluiu: “Foi valioso este encontro nosso. O que dom Odilo disse para o CAP soa muito oportuno. Nesse organismo, temos que rever nossa caminhada pastoral, se estamos de fato cumprindo nosso objetivo.

Papa Francisco envia carta ao cardeal Hummes Publicamos a seguir, a íntegra da carta que o papa Francisco remeteu, em 10 de outubro, ao cardeal dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, que será enviado extraordinário do Sumo Pontífice a Assunção, no Paraguai, em 15 de novembro, para as celebrações dos 25 anos de canonização de São Roque González de Santa Cruz, São Alfonso Rodríguez e San Juan del Castillo. Ao Venerável Irmão Cláudio Cardeal Hummes, OFM Prefeito Emérito da Congregação para o Clero Forte como a morte é o amor (Ct 8,6) dos santos, modelo sublime dos que imitam o Redentor, o qual ensinou com palavras e demonstrou com obras que o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas (Jo 10,11).

A esse grande número de pastores pertencem São Roque González de Santa Cruz, primeiro santo paraguaio, assim como Alfonso Rodríguez e Juan del Castillo que, movidos por zelo missionário, haviam vindo da Espanha para o Paraguai. Invocando constantemente a Beatíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, esses corajosos presbíteros da Companhia de Jesus, assíduos no amor de Cristo, pregaram a salvação eterna aos povos indígenas, iniciando muitos bons trabalhos em toda parte, em que atuavam, fundando assim as chamadas reduções, confirmaram, por fim, seu testemunho de fé derramando seu sangue e receberam no céu a coroa da glória do próprio Senhor (cf. 2 Tm. 4,8). Assim como o Nosso Predecessor Beato João Paulo 2º cumulou com a maior honra esses três heroicos evangelizadores, quando na cidade de Assunção solenemente os proclamou santos, tanto mais agora e de bom grado, ao sentir ainda mais a necessidade da proteção deles, de-

sejamos, nós próprios, venerá-los e o culto deles recomendar e favorecer. Ao ter claro, na verdade, que são amplos o campo da miséria humana e a necessidade de muitos e ardorosos ministros da misericórdia, colocamos nossa fé viva no válido exemplo e na poderosa intercessão deles junto de Deus. Com alegria, portanto, tomamos conhecimento de que, com grande devoção de pastores e fiéis, as relíquias de São Roque González e seus Companheiros são levadas em peregrinação por toda a Nação. Isso, sem dúvida, proporciona uma ótima ocasião para elevar abundantes preces, purificar as almas dos pecados, receber com maior frequência a Eucaristia, bem como expor retamente e meditar a Palavra de Deus. Tudo isso, neste especial Ano da Fé e comemorando ao mesmo tempo o 25º aniversário de canonização desses santos, no dia 15 de novembro, atingirá o seu ponto culminante na celebração em Assunção, capital do Paraguai.

Por conseguinte, nós também, desejosos de honrar esses santos e ao mesmo tempo confirmar a reconhecida fé do povo daquela terra, iniciada naquele tempo com ardor apostólico por esses santos, recebemos com alegria o pedido do Venerável Irmão Catalino Cláudio Giménez Medina, bispo de Caacupé, presidente da Conferência Episcopal do Paraguai, o qual nos propôs que enviemos para ali um Padre Purpurado para presidir as celebrações comemorativas, que acontecerão em Assunção no próximo dia 15 de novembro. Portanto, recorremos a ti, Venerável Irmão, digno filho de São Francisco de Assis, fiel colaborador dos nossos predecessores e nosso fiel amigo, que se digne cumprir essa honrosa delegação. De boa vontade, pois, te escolhemos e destinamos como Nosso Enviado Extraordinário para a celebração dessas comemorações. Pedimos-te que, enquanto presidires as celebrações, saúdes cordialmente os presentes, e lhes mostres o grau de

amor que sinto por eles. Assim, exortarás todos os fiéis e principalmente os sacros pastores, que, seguindo o exemplo dos Santos Mártires, sejam vigilantes quanto à fé católica a ser proclamada intrepidamente e demonstrada através dos bons costumes. Finalmente, enquanto eles alegremente agradecem a Deus por tão eminentes Protetores Celestes do Paraguai e de toda a região, os incitarás a que, pela intercessão desses santos, se abram largamente para receber a Misericórdia Divina, e implorá-la para os irmãos. Por fim, como testemunho e penhor do nosso sincero amor, te concedemos a Bênção Apostólica, pedindo que a comuniques também a todos os que participarem deste memorável evento. Vaticano, 10 de outubro de 2013, primeiro ano do Nosso Pontificado. Francisco


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19º Encontro Estadual de Comunicação De 29 de novembro de 2013 a 1º de dezembro, acontecerá, no Seminário do Bom Jesus, em Aparecida (SP), o 19º Encontro Estadual de Comunicação com o tema “Evangelizar é comunicar: fundamentos bíblicos teológicos da PASCOM”, com a assessoria do padre Joãozinho, scj. Informações e inscrições em www.facebook.com/PascomSul1. Edcarlos Bispo de Santana/O SÃO PAULO

cremos na vida eterna

Auxílio nos momentos de fragilidade Nayá Fernandes

Especial para O SÃO PAULO

Professora da UFRJ apresenta seminário durante 8º Muticom e fala da “Comunicação comunitária e construção de cidadania”

Professora aponta novos caminhos para a comunicação A doutora Raquel Paiva falou a participantes do 8º Muticom e lembrou de documento de estudo produzido pela Igreja Edcarlos Bispo de Santana

especial para o são paulo

Já nas décadas de 1970 e 1980, a Igreja Católica no Brasil se preocupava com os rumos que a mídia estava tomando. Por isso, junto com a União Cristã Brasileira de Comunicação (UCBC) investiu numa metodologia chamada Leitura Crítica da Comunicação (LCC). Durante o 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom), realizado em Natal (RN), a professora doutora Raquel Paiva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), citou por diversas vezes, durante sua exposição,

este método de estudo criado pela Igreja. O seminário apresentado pela professora teve como tema a “Comunicação comunitária e construção de cidadania”. Para ela, a “comunicação comunitária é naturalmente cidadã e pode ser popular ou alternativa”. Em entrevista ao O SÃO PAULO, Raquel destacou a importância da LCC e recomendou a leitura e o estudo deste material. Retomando pontos de sua palestra, a professora disse que é preciso criar um padrão de comunicação alternativo, que fuja do modelo vigente na grande mídia. Sobre a comunicação comunitária, a professora afirmou que “a comunicação comunitária é horizontal, isso é básico. Horizontal na sua gestão de assuntos e temas, na maneira que serão tratados, na preparação das pautas, na realização das matérias, das entrevistas e na gestão”. Raquel destacou que é o momento para que a Igreja, enquanto instituição de influência na socie-

dade, paute o debate da importância de uma comunicação comunitária e coletiva, além de questionar a produção que é feita pela mídia nos dias atuais. “Os valores que são passados hoje pela mídia não coadunam com os valores evangélicos”, disse. A professora sugere algo além, para ela é importante que tanto a Igreja, como os veículos de comunicação comunitária e alternativa busquem uma linguagem própria e questionem a técnica vigente, a forma “hegemônica” de fazer comunicação. Ao falar desse assunto, a professora Raquel questiona a “imparcialidade”, para ela os meios alternativos e comunitários não devem seguir o discurso de “ter que ser imparciais”, para ela a grande mídia não é imparcial. Nesta mesma linha, destaca a questão do “ouvir os dois lados”, algo que, na visão da professora, deveria ser de outra forma. “Eu tenho que ouvir os dois lados de quem está falando, porque tenho que ouvir os dois lados”, afirmou Raquel.

Padre Syllas Reschilliani é pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, da Vila Formosa, e realiza, com um grupo de leigos, a pastoral junto às famílias de pessoas enlutadas no cemitério da Vila Formosa. Para o Padre, é necessário ter grande desprendimento e preparar bem os membros da comunidade para que tenham segurança no que dizer durante o velório. “É preciso programar a Palavra e, ao mesmo tempo, evangelizar com uma visão de conjunto da Igreja particular, para que se tenha a unidade.” O trabalho, segundo os membros da pastoral, não é muito agradável, devido ao choro, às lamúrias e até aos gritos, às vezes, das pessoas enlutadas. “Mas sempre resulta numa semente deixada pela evangelização, na qual percebemos um público fora da Igreja e aproveitamos para transmitir alguns elementos para a reflexão sobre a vida.” Com cânticos e orações, a equipe tenta sensibilizar os familiares para a realidade da esperança na vida eterna, mesmo para um público, muitas vezes, desesperado, por falta de participação nas comunidades. “Há falta de interesse, não participam das orações, das respostas e das leituras da Palavra, porque ou não querem ou não sabem ler ou são alheios a tudo o que se faz no cemitério”, lamentou o Padre. Mas, mesmo com tantas dificuldades, a equipe afirmou que há muitas alegrias. Quando, por exemplo, as pessoas vêm agradecer pelas palavras de fé e esperança e afirmam que a Escritura lida e comentada trouxe tranquilidade e conforto. Um dos membros desta pastoral é o Evangelista João de Souza, ele é candidato ao Diaconato Permanente e, nos fins de semana, dedica-se a este trabalho no cemitério de Vila Formosa. “É difícil, sim, sobretudo encontrar mais pessoas que nos auxiliem. Mas, é um profundo momento de evangelização”, disse, ao O SÃO PAULO. Luciney Martins/O SÃO PAULO


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O jubileu da reforma daniel gomes, edcarlos bispo de santana e nayá fernandes 8 minutos e 33 segundos de comentário inicial antes do canto: 49 nomes de pessoas falecidas; 24 nomes de aniversariantes; dois nomes de recém-nascidos; consagração a Nossa Senhora da Fraternidade da Arca de Maria, e oração por cinco jovens que fariam a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB): eis algumas das intenções colocadas no início da missa na Paróquia Nossa Senhora da Luz, de Pituba, em Salvador (BA). A missa foi celebrada no 5º Domingo da Páscoa, e os cantos não remetiam à Ressurreição de Jesus. O canto para o momento da comunhão dos fiéis começou com “presença real” que evoca a presença viva de Cristo na Eucaristia, mas, não enfatiza o principal do Mistério Eucarístico, em que se vive “o memorial da morte e Ressurreição de Jesus: sacramento da piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade e banquete pascal” (cf. Sacrosanctum Concilium, SC, 47). Fatos como esses entram em conflito com as orientações dadas pela Igreja com a promulgação do documento conciliar que propôs uma reforma litúrgica, em 4 de dezembro de 1963. Mesmo após 50 anos, atitudes semelhantes continuam a acontecer, além da construção de templos enormes e a preocupação em atrair multidões, práticas criticadas pelos liturgistas no pós-Concílio. Eclesiocentrismo, clericalismo, devocionalismo, sacramentalismo e ritualismo podem comprometer a formação consciente e competente do povo e a participação, elemento primordial da reforma litúrgica (cf. SC 34).

Um documento conhecido?

Em sondagem realizada pelo O SÃO PAULO, com 130 pessoas, 70% responderam que conhecem a Sacrosanctum Concilium, 10,8% que já ouviram falar e 19,2% responderam que não

conhecem esse documento conciliar. Dos que disseram conhecer, 23,8% acabaram por errar as perguntas do contexto em que foi escrito, ou o aspecto em que influenciou a Igreja. Sobre este ponto, frei Faustino Paludo, ofm cap, assessor de Liturgia da CNBB, destacou que, no campo de formação, muitas coisas têm sido feitas, contudo, “a grande parte do Povo de Deus no Brasil desconhece as riquezas dos enunciados da Sacrosanctum Concilium”. Para o Frei, os fiéis da Igreja no Brasil “ainda alimentam sua espiritualidade cristã na fonte da piedade popular, nas manifestações da religiosidade, nas devoções... Sem objetivos, quantos dos que frequentam uma celebração eucarística compreendem o sentido dos gestos e sinais da ação litúrgica. Quantos entendem a linguagem de uma oração eucarística, mesmo proclamada em língua vernácula? Só uma autêntica formação poderá salvaguardar as conquistas da renovação conciliar e pós-conciliar. Formação que se traduza numa autêntica experiência simbólico-ritual da Liturgia, de caráter mistagógico, mais do que simples informação de conteúdos”. O coordenador do Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard, padre Hernaldo Pinto Farias, sss, por sua vez, ressaltou que a conferência episcopal brasileira foi uma das que “mais investiu na formação litúrgica, pois entendeu que, sem a compreensão litúrgica, essa formação não vai entrar na vida da Igreja para superar uma compreensão rubricista”. Para o Sacerdote, esse conceito “rubricista” foi adquirido na Idade Média, quando a Igreja perdeu a “grande força de celebrar” e passou a compreender a celebração como “mero cumprimento de rubricas e normas”. O movimento litúrgico, então, “procura recuperar a concepção da Patrística dos Santos Padres. Recuperando isso, o Vaticano 2º, portanto, com a Sacrosanctum Concilium, devolve à Igreja essa concepção e assume como da

Igreja, oficialmente por m Frei Faustino afirmou, sim dizer, se transformou horizontes do Vaticano 2º “visava uma reforma prof mentar a vida cristã entre às necessidades de nossa são suscetíveis de mudan possa contribuir para a u Cristo; e promover tudo o mento de todos ao seio da visava ‘rejuvenescer’ a Ig mento, torná-la mais apta Igrejas e com o ‘mundo’”. Diante de algumas ten antes do Concílio Vaticano brou que esse movimento “próprio da historia huma dar passos para frente, da ca cada vez mais de uma v que é a Liturgia”. Porém, o Sacerdote de há grupos que querem faz compreensão do que é o

O espaço de celebração e a Sacrosanctum Concilium A Congregação das Irmãs Discípulas do Divino Mestre tem o carisma em tudo o que se cria, executa e divulga, em termos de conteúdo, de formação, de peças e de objetos, sempre a serviço da Liturgia. Irmã Laíde Sonda, arquiteta, e irmã Kelly de Oliveira, engenheira civil, falaram ao O SÃO PAULO sobre o espaço litúrgico nas mudanças ocorridas a partir do Concílio Vaticano 2º. “As mudanças trazidas pela Sacrosanctum Concilium, em relação à Liturgia e, consequentemente, em relação ao espaço de celebração, vão, ou deveriam ir, além das rubricas e das modificações externas que bem conhecemos”, afirmaram as religiosas. Esse é o acontecimento central da fé que

molda e dá forma à Igreja e em decorrência também à igreja-espaço-templo. Como o rito, também as ações e o espaço são componentes que contribuem na educação da fé. Mas, como dispor uma assembleia de forma que ela esteja totalmente envolvida pela ação litúrgica? Como superar a bipolaridade do espaço que divide a nave de presbitério de tal forma que a assembleia não se torne mera espectadora de uma “ação sagrada”, mas que possibilite uma participação plena e ativa (cf. SC 41)? “Favorecer a participação é indispensável e irrenunciável. Não dá mais para conceber espaços onde as pessoas não se sintam totalmente envolvidas pela escuta, pelo olhar, pelo cheirar, pelos movimentos e procissões. Não é suficiente pedir a graça

da comunhão, essa precisa ser estimulada, favorecida, buscada, também pela maneira como se organiza um espaço de celebração”, completaram.

Mudanças no espaço litúrgico

A assembleia: manifesta a “Igreja” e a presença do Ressuscitado. Quando a assembleia reunida responde à saudação inicial da celebração diz: “Ele está no meio de nós”. “Ele está presente” (...) O altar: o lugar da mesa da Eucaristia é central do espaço porque ele polariza um sentido de presença e de comunhão: presença de Cristo. Ele é a síntese do espaço, inclusive da Palavra. O ambão: é sinal da Palavra, que, anunciada e recebida, tem o poder de atuar na

O que mudou a partir da Sacrosanctum Concilium: Essencialmente, houve o resgate da centralidade do ministério pascal na celebração Proclamação e interpretação da Palavra de Deus no idioma vernáculo de cada povo;

Restauração do salmo responsorial, da homilia e da oração universal;

Participação ativa da assembleia nos atos litúrgicos (antes a liturgia estava centralizada no clero);

Introdução de ministérios litúrgicos não clericais (tais como leitores, salmistas, acólitos e cantores);

Presidente da celebração fica de frente para a assembleia;

Obrigatoriedade de homilias nas missas dominicais e nas principais festas e solenidades litúrgicas;

Permissão para administração do sacramento da Confirmação durante a missa;


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conciliar da Liturgia

meio de uma constituição”. ainda, que a “SC, por asu num farol apontando os º” e que este documento funda da Igreja, isto é, ‘foos fiéis; acomodar melhor a época as instituições que nças; favorecer tudo o que união dos que creem em o que conduz ao chamaa Igreja’ (SC 1). O Concílio greja, o famoso aggiornaa ao diálogo com as outras

ntativas de volta à liturgia o 2º, padre Hernaldo lemo de “idas e vindas” é algo ana e da história da Igreja, ar passos para trás na busvivência mais autêntica do

estacou que “muitas vezes, zer retornos sem a devida o espírito da Liturgia para

a vida do Concílio Vaticano 2º”, e ainda afirmou que a Sacrosanctum Concilium fala que a Igreja deve voltar às fontes, e esse “voltar às fontes é buscar a genuína natureza da Liturgia que fomos perdendo no decurso da história, colocando penduricalhos na Liturgia. A nossa Liturgia, a Liturgia romana, tem como grande característica a sua simplicidade”. Um dos temas que são abordados pela Constituição Conciliar é a questão da inculturação, o que, segundo padre Hernaldo, “é um processo demorado e complexo, que não se faz da noite para o dia e existe como que em níveis para a inculturação da realização de um rito na Igreja”. Para ele, a Igreja no Brasil possui um rito com elementos de inculturação, o Ritual do Matrimônio, e outro, no entanto, que conseguiu ser completamente inculturado, que é o Ritual do Batismo de Crianças.

O leigo na Sacrosanctum Concilium

“Recordemos que as pessoas que participam da Liturgia são um povo de batizados, um povo sacerdotal. O Batismo é a primeira experiência de participação litúrgica e, portanto, de inserção no mistério pascal de Cristo: com ele, a pessoa morre, é sepultada e ressuscita (cf. Rm 6,4). Os que são inseridos em Cristo, pelo Batismo, formam uma ‘raça escolhida, um sacerdócio real, uma nação santa, o povo adquirido por Deus’ (1ª Pd 2,9). A participação litúrgica de todos os fiéis, além de ser-lhes uma exigência da própria Liturgia, é, ainda, um ‘direito e obrigação, por força do Batismo’ (SC 14)”, afirma dom Edmar Peron, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e referencial da Liturgia. Em entrevista, dom Edmar recordou que é preciso também considerar a qualidade dessa participação, conforme fora proposta pelo próprio Concílio: “Plena, consciente e ativa”. “Participar vem do

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latim participare e quer dizer: tomar parte, ou seja, envolver-se inteiramente na ação, ‘de corpo e alma’ ou, como dizemos, com todo o coração”. A participação consciente refere-se àquela ação em que a mente acompanha as palavras, os gestos, os cantos, enfim, todas as ações, possibilitando a compreensão do que se está fazendo. É um conhecimento que brota da fé e cresce pela meditação “da Palavra de Deus, da tradição litúrgica, do discernimento da presença do Senhor nos sinais dos tempos”. Esse conhecimento espiritual arranca o fiel do ritualismo, ou seja, aquele agir litúrgico que ocorre sem conhecimento do sentido do que se faz. Quanto à participação ativa, em comunhão com os outros irmãos e irmãs – reunidos em assembleia, por constituírem um povo sacerdotal –, os fiéis se envolvem na Liturgia, entrando em comunhão com Jesus Cristo, o protagonista da ação, participando ativamente de toda a ação litúrgica. Assim determinou o Concílio: “Para promover a participação ativa, cuide-se de incentivar as aclamações dos fiéis, as respostas, a salmodia, as antífonas, os cânticos, bem como as ações, gestos e atitudes. Seja também observado, a seu tempo, o silêncio sagrado” (SC 30). Palavras, gestos e silêncio contribuem para uma participação ativa. Contudo, é preciso recordar sempre que, participando da ação litúrgica, cada pessoa, “faça tudo e só aquilo que pela natureza da coisa ou pelas normas litúrgicas lhe compete” (SC 28). Por fim, a participação frutuosa está “intimamente unida à participação consciente e ativa: quem assim participa é capaz de unir celebração e vida. A Liturgia ‘dá frutos’ na vida da pessoa pelo testemunho, oração e comunhão contínua com o Senhor, no amor solidário para com os irmãos, enfim, na missão de cada dia. É, segundo o Senhor, ouvir a Palavra e colocá-la em prática, pois não basta dizer ‘Senhor, Senhor’ e não praticar a justiça do Reino (cf. Mt 7, 15-27)”, concluiu dom Edmar.

O primeiro documento do Vaticano 2º salvação levada à plenitude por Cristo. O círio pascal, perto do ambão, evidencia essa realidade, revela o mistério de Cristo, faz-nos desejar caminhar à luz desse mistério até que possamos na plena luz da ressurreição. O Batismo: sacramento que nos insere no mistério de Cristo e nos faz templos de Deus, corpo de Cristo tem como lugar simbólico a fonte. É importante vê-la no contexto do espaço como elemento que recorda aos cristãos a dupla pertença: a Deus e à comunidade. A cadeira da presidência: Quem preside faz parte da assembleia celebrante e é sinal de Cristo, cabeça da Igreja (cf. Ef 1,12); por isso deve existir um lugar destinado a quem preside.

Promulgada em quatro de dezembro de 1963, a Sacrosanctum Concilium, primeiro documento do Concílio Ecumênico Vaticano 2º, foi pensada por uma comissão litúrgica pré-conciliar, que a apresentou pela primeira vez em outubro de 1962. Após receber contribuições dos padres conciliares, teve aprovação quase unânime: 2.147 votos favoráveis e quatro contrários. “O decreto de 12 mil palavras, que reforma a Liturgia católica, aprovado na sessão final da segunda fase do Concílio Ecumênico, representa a transformação mais ampla no culto público católico desde o século 3º, quando o latim substituiu o grego na Igreja ocidental”, indicava reportagem do O

SÃO PAULO, de dezembro de 1963. Na solene sessão em que promulgou o documento, o papa Paulo 6º afirmou: “Vemos que se respeitou nele a escala dos valores e dos deveres. Deus, em primeiro lugar, a nossa obrigação primeira; a liturgia, fonte primeira da vida divina que nos é comunicada, primeira escola da nossa vida espiritual, primeiro dom que podemos oferecer ao povo cristão, que junto a nós crê e ora...”. As primeiras disposições da Sacrosanctum Concilium só entrariam em vigor em 16 de fevereiro de 1964, após o motu proprio Sacram Liturgiam, do papa Paulo 6º, em 25 de janeiro do mesmo ano.

ão da liturgia, tida como a fonte da espiritualidade cristã.

Permissão para o uso de instrumentos nativos e formas de artes no culto e no adorno da Igreja;

Possibilidade de que os meios de comunicação de massa transmitam as missas;

Sacramento da Unção dos Enfermos (chamado de extrema unção) a quem está em perigo de morte;

Restauração do ano litúrgico em torno do domingo e da Vigília Pascal;

Lecionário dominical com um ciclo de três anos de leituras para os domingos e as grandes festas;

Instituição do ensino da sagrada Liturgia nos seminários, congregações e faculdades teológicas;

Sacramentalidade de toda liturgia (e não somente dos sete sacramentos)

*Em alguns casos, levaram anos para ser decretadas


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Região Ipiranga

Clero apresenta propostas pastorais para 2014 Francisco David

Em encontro, padres destacaram trabalho em unidade com as ações da Igreja em todo o mundo e com o papa Francisco Francisco David Rodrigues

Colaborador de comunicação da Região

Aconteceu na terça-feira, dia 5, o Encontro Geral IPIRANGA do Clero da Região Episcopal Ipiranga, na sede regional, na zona sul de São Paulo, no qual foram apresentadas as propostas pastorais para o próximo ano. Na abertura da reunião, os padres rezaram a Hora Média da Liturgia das Horas, conduzida pelo frei José Maria Mohomed, Odem, coordenador de pastoral do Setor Anchieta e pároco da Paróquia Nossa Senhora das Mercês, na Vila das Mercês. Após a oração, o padre Benedito Vicente de Abreu (padre Vicente), coordenador de pastoral da Região Episcopal Ipiranga e pároco da Paróquia Imaculada Conceição, deu introdução à pauta do encontro. Iniciou falando sobre as propostas pastorais para 2014, que resultaram da Assembleia Regional de Pastoral e foram apresentadas na última Assembleia Arquidiocesana,

Destaques do 11º Plano de Pastoral da Arquidiocese de São Paulo serão a referência das ações regionais no próximo ano

tudo embasado no 11° Plano de Pastoral da Arquidiocese de São Paulo, que vigora até 2016. Padre Vicente também destacou o trabalho unitário da Igreja, trabalhando em colegialidade com os documentos do papa Francisco, as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, da CNBB, e diversos documentos da Igreja, citando também o Catecismo da Igreja Católica e o Diretório dos Sacramentos. As propostas pastorais tiveram três aspectos, resumidamente: Igreja em Estado Permanente de Missão, em que foi proposto criar um polo gestor de animação missionária; Igreja, casa da iniciação à vida cristã, para o qual foi proposta uma atualização para um projeto mistagógico que abranja padres e leigos, aprimorando a formação de um projeto acolhedor. O terceiro aspecto, Igreja e a evangelização dos jovens, foi o mais trabalhado devido à

Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu em julho passado, na cidade do Rio de Janeiro. Para a Região foi proposta a

criação de uma comissão setorial para a juventude, na qual jovens e padres manterão vivo o espírito da fraternidade oriundo

da JMJ e prestarão assistência aos grupos paroquiais, incluindo também trabalhos sociais e caritativos junto aos pobres. Logo após, o vigário episcopal da Região Ipiranga, padre Anísio Hilário, também pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida no Ipiranga, falou aos padres sobre a Assembleia das Igrejas Particulares do Regional Sul 1 da CNBB, que aconteceu em outubro, em Itaici, Indaiatuba (SP). Também ressaltou que a paróquia nunca está isolada em si, faz parte de uma Região, de uma Arquidiocese, e deve estar em comunhão com o papa Francisco, sendo assim trabalhando em uniformidade com as propostas pastorais da Arquidiocese de São Paulo e da Região Ipiranga.

CRP reúne-se para avaliar caminhada regional Francisco David

Da Região Episcopal

Aconteceu na manhã do sábado, 9, o encontro do Conselho Regional de Pastoral (CRP), ocasião em que foram reunidas as diversas expressões pastorais presentes na Região Episcopal Ipiranga. A pauta do encontro iniciouse com um momento de oração, conduzido pelo diácono permanente Anivaldo Blasques, coordenador da Cáritas Regional e também dos Ministros da Sagrada Comunhão na Região Ipiranga. O diácono usou o Evangelho do dia para realizar uma breve reflexão. Logo após, padre Anísio Hilário, vigário episcopal para a Região Ipiranga e pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, da Labatut, deu a introdução da apresentação das conclusões da Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, redigida com base nas propostas enviadas pelas regiões, por dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar de São Paulo e responsável pelo Secretariado Arquidiocesano de Pastoral. Durante a apresentação, padre Anísio deu a palavra a alguns coordenadores para observarem sobre o resultado das assembleias paroquiais, regional e arquidiocesana. O secretário do Setor Vila Mariana, Renato Vieira de Aquino, paroquiano na Paróquia Nossa

Padre Anísio Hilário coordena reunião do Conselho Regional de Pastoral, dia 9

Senhora da Saúde, ressaltou que os agentes de pastorais devem sair do espaço físico da Igreja propriamente dita, para realizar missões externas, criando uma consciência missionária nas pastorais. A coordenadora regional da Pastoral Bíblico-Catequética, Edna Márcia Perez Pires, ressaltou que é necessária a retomada da Pastoral de Conjunto, e que os agentes devem ter uma consciência de que não só participam da Igreja, mas são Igreja. Padre Anísio, continuando a reflexão, lançou uma pergunta aos coordenadores regionais sobre as preocupações e o significado de estar em uma coordenação pastoral. A participação foi ativa,

segundo Leonardo Tókio, coordenador da Renovação Carismática Católica na Região Ipiranga, que disse que a grande preocupação hoje é formar líderes para que possa haver uma renovação nas pastorais e que é preciso que os antigos coordenadores possam se centralizar em uma única pastoral, não acumulando funções e cargos. Também foi proposta aos coordenadores a nova nomenclatura dos padres nas pastorais, passando de assessores espirituais para assessores eclesiásticos, tornando assim o compromisso mais ativo. Finalizando a reunião, as pastorais divulgaram seus eventos para o mês de dezembro.


Região Lapa

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Dom Julio preside missa do Encontro de Casais Em ação de graças, bispo auxiliar da Arquidiocese celebra com encontristas do ECC na Paróquia São João Batista Benigno Naveira

Colaborador de Comunicação da Região

Na paróquia São João Batista, rua Tonelero, LAPA 967, vila Ipojuca, realizou-se na quinta-feira, 7, às 20h, a celebração da missa de ação de graças do Encontro de Casais com Cristo, presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese na Região, dom Julio Endi Akamine, e concelebrada pelo pároco padre José Donizetti Rolim e o padre João Carlos Deschamps, pároco da Paróquia São João Gualberto e coordenador do ECC. Dom Julio, em sua homilia disse: Pertencemos ao Senhor ninguém vive para si mesmo ou morre para si mesmo, vivemos e morremos para o Senhor, por isso Jesus utiliza a parábola da ovelha, que se perde e da moeda perdida, que cada uma dessas parábolas tem uma característica própria. Dom Julio lembra que Jesus contou esta parábola, aos fariseus e doutores da lei, porque eles criticavam Jesus, que ele acolhe os pecadores e faz a refeição com eles. Isto significa ter comunhão de vida, a comunhão de mesa é mais do que simplesmente partilhar o alimento, indica também comunhão de vida. Ele é como um pai que não deseja que ninguém se perca, Deus não se conforma com a perdição e conta a parábola do homem que tem cem ovelhas e perde uma, quando ele encontra carrega nos ombros com alegria e contagia os outros que participam da sua alegria, e não só isto, essa sua alegria chega até o céu. No céu tem de fato mais alegria por um só pecador que se converte do que por 99 justos que não precisam de conversão. Dom agenda regional

Na Paróquia São João Batista, dom Julio Endi Akamine preside missa em ação de graças pelo encotro de casais com Cristo que aconteceu na quinta-feira, dia 7

Julio comentou sobre a outra parábola da moeda perdida. Ela tem um aspecto importante, a mulher é pobre ela tem dez moedas. Ela perde uma e faz falta para sobreviver, esta perda é dolorida para a mulher, assim também a perdição de

alguém é dolorida para Deus. A alegria da mulher em achar a moeda é a mesma de Deus quando encontra aquele que se perdeu na fé, e compartilhada com os anjos de Deus quando os pecadores se convertem à vida Cristã. Dom Julio terminou

dizendo que presidiu esta santa missa, pelo Encontro de Casais com Cristo, que tem dinâmica de ir buscar aqueles que se perderam na fé, porque Cristo é vida, ele é o caminho que nos leva à salvação, o encontro de casais com Cristo é exatamen-

te isso, encontro com a vida. Após a missa, o padre João Carlos Deschamps, coordenador do ECC, parabenizou a todos pelo trabalho de evangelização nas comunidades e convidou dom Julio e a todos para a confraternização no salão paroquial.

palavra do bispo

O chamado à fé é a oferta de um novo ser e de uma vida nova Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa

Dom Julio Endi Akamine

Prezado leitor do jornal O São Paulo, é possível encontrar “motivo para crer”? É legítima a reflexão sobre os motivos de crer? É ela necessária? Tratar sobre o “motivo de crer” consiste em falar do significado da revelação. Em outras palavras, a proposta da fé diz respeito àquilo que é percebido pela pessoa como autenticamente significativo para a sua existência, como algo seriamente pensável, dig-

no de ser levado em consideração e verificado, válido para uma vida plenamente humana. Em suma, aquilo que me é proposto solicita ao menos minha atenção e o meu tempo e – por que não? – meu compromisso definitivo de vida. É próprio de toda pessoa buscar o sentido para a sua vida. Sem encontrar o sentido, a própria personalidade não se realiza, e toda a existência se degrada em gestos e momentos fragmentados a serem “curtidos” com sofreguidão. É o sentido que unifica toda a existência, mobiliza as forças vitais e as decisões da liberdade para um fim, fortalece vigorosamente na hora da dor

e do sofrimento, justifica os esforços, os sacrifícios e as renúncias. O motivo para crer em Cristo está estreita e internamente vinculado à busca e à escolha do sentido que a existência humana reclama de todos nós. Para o cristão, o motivo da fé é, sobretudo, o encontro com uma pessoa, Jesus Cristo, que “revela plenamente o homem ao próprio homem e lhe faz conhecer a sua vocação sublime” (GS 22). A fé no Filho de Deus feito homem em Jesus de Nazaré não nos separa da realidade; antes, nos permite individuar o seu significado mais profundo, descobrir quanto Deus ama este mundo e o orienta sem

cessar para si; e isso leva o cristão a se comprometer, a viver de modo mais intenso o seu caminho sobre a terra (LF 18). O chamado à fé é a oferta de um novo ser e de uma vida nova. Ninguém é coagido a crer em Deus. Mas todos são chamados a prestar sua homenagem de fé ao Deus que lhe vem ao encontro como Amor Incondicional. Assim como o Amor não “passa por cima como tanque de guerra”, da mesma forma a revelação divina permanece uma proposta humilde e respeitosa. No entanto, a fé, quando aceita e abraçada pela pessoa, tem o poder de transformar o mais profundo do ser.

Sexta-feira (15), 9h

Sábado (16)

Domingo (17)

Missa do Padroeiro, Paróquia Santo Alberto Magno (avenida Comendador Alberto Bonfigliolli, 247, Jardim Bonfigliolli).

Às 18h30 - Santa missa, Dedicação da Nova Igreja, Paróquia Santíssima Trindade (avenida Marechal Fiuza de Castro, 861, São Domingos, presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer).

Às 11h – Crisma na Paróquia Sagrado Coração de Jesus (rua Francisco Ferrari, 130, parque Continental).

Às 19h – Crisma Paróquia São Patrício (rua Octacílio Tomanik, 1.555, Rio Pequeno).

Às 19h – Crisma na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (rua Bretano, 437, vila Hamburguesa).


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Região Santana

Secretárias paroquiais fazem retiro anual Diácono Francisco Gonçalves/Pascom

Encontro reuniu profissionais da região e teve palestra de dom Sergio e de padre João Luiz francisco gonçalves

Colaborador de comunicação da Região

Realizou-se na quinta-feira, 7, na Cúria de SanSANTANA tana, o retiro anual das secretárias e secretários paroquiais da Região Santana. O retiro foi assessorado por dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar na Região Santana, e padre João Luiz Miqueletti, coordenador Regional de Pastoral. Iniciando sua pregação, dom Sergio tomou como referência a alocução do papa Pio 12, no Vaticano, a membros da Marinha do Brasil. O Bispo alertou que “descobriremos o sentido de nossa vida viajando para dentro de nós mesmos, fazendo escalas no silêncio interior, onde encontraremos respostas às aspirações de maior intimidade com Deus”. Entre essas escalas, mencionou o Bispo, as secretárias têm o privilégio por atuar nas paróquias, a visita ao Santíssimo, que é “lugar para ancorar nossas fragilidades humanas na força de Deus. Lá encontraremos a paz, alegria e felicidade”. Dom Sergio levou os participantes a se questionarem para onde devem navegar. Essas respostas se encontram nas paradas que se faz, pois são nelas que se detectam os rumos para motivar a missão de cada um. Nesses questionamentos sobre a vocação, sobre o que Deus quer de cada um, Deus irá orientar, pois ele nos chama para algo maior. O sonho de Deus é maior do que o nosso, daí ser necessário crescermos na altura de Deus. Na parte da tarde, padre João Luiz aplicou uma dinâmica de grupo visando complementar o tema abordado na formação pelo Bispo. Na visão da secretária Wania Rodrigo, o retiro preencheu suas expectativas e a dos participantes. Ela notou que os secretários estavam muito atentos e desejando melhorar sua espiritualidade para que o retiro seja diário.

Retiro anual das secretárias e secretários paroquiais da Região Santana tem assessoria de dom Sergio e padre João Luiz, na quinta-feira, dia 7 palavra do bispo

A renovação paroquial sob o signo da santidade! Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana

Dom Sergio de Deus Borges

No encerramento do Ano Santo de 2000, quando os pastoralistas afirmavam que era necessário um novo projeto pastoral para atender às necessidades da Igreja no novo milênio, o beato João Paulo 2° iluminou nossos horizontes ensinando que, para renovar a pastoral, a Igreja não tem necessidade de inventar um novo programa. Disse ele: “O programa já existe. É o mesmo de sempre, expresso no Evangelho e na Tradição viva. Concentra-se, em última análi-

fética e menos evangelizadora? Como poderemos atender ao pedido do papa Francisco de manter-nos no essencial, ou de discernir quais projetos e estruturas devemos manter ou construir em uma paróquia renovada? Creio que um bom critério, uma bússola que nos ajude no discernimento, foi dado pelo beato João Paulo 2°: “Colocar a programação pastoral sob o signo da santidade” (NMI, 31). Se as estruturas e os projetos não levam para a santidade, não são essenciais. Voltar ao essencial, como pede o papa Francisco, ou manter-se no programa, como pediu o beato João Paulo 2°, é voltar-se para o horizonte que

se, no próprio Cristo, que temos de conhecer, amar, imitar, para nele viver a vida trinitária e com ele transformar a história até à sua plenitude na Jerusalém celeste” (NMI 29). Recentemente, ouvimos o papa Francisco nos convidando a permanecer no essencial e deixar de lado estruturas e projetos que não nos fazem voltar à fonte de nossa missão e nossa finalidade. Como permanecer no essencial nesta grande estrutura de pastorais, movimentos, serviços, associações? Como definir qual é essencial ou não, onde os membros procuram demonstrar que ‘seu projeto’ é essencial e sem ele a paróquia ficará mais pobre, menos pro-

deve tender todo o caminho pastoral: a santidade (NMI, 30). Este programa pastoral da Igreja quem nos deu não foram alguns estudiosos ou pastoralistas, mas o Bom Pastor Jesus, como bem nos recordaram os bispos no Concílio Vaticano 2º. Esta é uma opção cheia de consequências e graças, pois estaremos recordando e demonstrando que renovar a Paróquia é, em primeiro lugar, renovar nosso modo de ser discípulos missionários, será decidir-se em deixar para trás um projeto de vida medíocre, de uma religiosidade superficial, e entrar no projeto da alta medida da vida cristã ordinária: a santificação (cf. NMI, 32).

Clero tem formação sobre Campanha da Fraternidade 2014 Padres e diáconos realizaram sua reunião mensal sob a presidência de dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar na Região Santana. A reunião teve dois momentos distintos, uma parte foi operacional, tratando de temas relativos às ações pastorais, e uma parte foi de formação, tendo como assessor frei Guilherme Anselmo, coordenador da Campanha da Fraternidade (CF) na Região. Em 2014, a CF terá como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, cujo lema será: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”. Frei Guilherme apresentou a campanha para o pró-

ximo ano colocando-se à disposição das comunidades para ajudar na formação da CF nas paróquias. A Campanha da Fraternidade 2014 será aberta no dia 5 de março do próximo ano, Quarta-feira de Cinzas. Um dos pontos que vai ser discutido na CF é o tráfico humano. Assim, frei Guilherme apresentou na reunião, o doutor Ricardo Felix, da Caritas Arquidiocesana, que abordou o tema, evidenciando que a situação do tráfico humano no País e no mundo é alarmante. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) atenta para o aumento de

agenda regional

Diácono Francisco Gonçalves/Pascom

Padres e diáconos realizam sua reunião mensal que discute a CF-2014

vítimas do tráfico humano, do trabalho forçado e do tráfico para a exploração sexual. De acordo com o site da Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, o tráfico de pessoas

faz cerca de 2,5 milhões de vítimas por ano, incluindo homens, mulheres e crianças, mas principalmente pessoas vulneráveis e carentes – psicologicamente e de recursos.

Sábado (16), 17h

Domingo (17), 16h

Dom Sergio de Deus preside a celebração do sacramento da Confirmação para o Setor Mandaqui, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima (rua Gomes Leal, 329, Vila Dionísia).

Dom Sergio de Deus preside a celebração do sacramento da Confirmação para o Setor Tremembé, no Recanto Nossa Senhora de Lourdes (rua Luís Carlos Gentile de Laet,176 , Vila Rosa).


Região Sé

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Beato Mariano de La Mata é celebrado em São Paulo Paróquia Santo Agostinho recorda sacerdote agostiniano beatificado em 2006

palavra do bispo

Te vi ou não te vi... Eis a questão da fé Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Sé

Dom Tarcísio Scaramussa

Fernando Geronazzo

Colaborador de Comunicação da Região

Na terça-feira, 5, a Igreja celebra a memória do SÉ beato Mariano de La Mata, sacerdote agostiniano espanhol que viveu boa parte de sua vida em São Paulo, mais precisamente na Região Episcopal Sé, onde foi beatificado em 2006. Na Paróquia Santo Agostinho, na região central da capital, local onde o bem-aventurado viveu e onde também estão os seus restos mortais, sua memória foi celebrada solenemente com três missas. A principal das celebrações foi presidida pelo vigário paroquial, frei Inocêncio Justo Pérez, que conheceu e conviveu com o padre Mariano, e concelebradas pelo pároco, frei Jesús Caballero Fernández, demais frades agostinianos e formadores do seminário Arquidiocesano de Filosofia, que acompanharam os seminaristas da filosofia, que, junto com os formandos do Seminário Propedêutico Nossa Senhora da Assunção, peregrinaram à paróquia dentro do Ano da Fé. Para o seminarista propedeuta Rubens da Cruz, a presença de grandes sacerdotes como o beato Mariano inspira os jovens a servirem a Deus. “Ser seminarista na Arquidiocese de São Paulo é uma grande responsabilidade. Diante de tantos exemplos de sacerdotes santos que viveram na nossa cidade, o padre Mariano é um exemplo de ministério sacerdotal sempre atual: levava uma vida de constante oração e estava sempre pronto para atender o povo de Deus. Assim devem viver os padres de hoje”, afirmou. Mariano de La Mata Aparício, mais conhecido como padre Mariano, nasceu em La Puebla de Valdavia, em 31 de dezembro de 1905. Veio para o Brasil em 1931, um ano após a ordenação sacerdotal. Chegou a Taquaritinga (SP) e começou a trabalhar como vigário da paróquia e capelão do colégio das Irmãs Agostinianas Missionárias. Depois de passar por São José do Rio Preto (SP), foi transferido para a capital pau-

A última hora litúrgica do dia, chamada Completas, se inicia com o convite a um exame de consciência diário. Antes de terminar o dia, na intimidade com o Senhor, fazemos a revisão do dia, para verificar a conformidade ou não de nossos atos com o Evangelho, a correspondência à graça de Deus, as fraquezas e omissões. O Senhor está aí, como a dizer: “eu te vi disponível à minha inspiração”, ou “não te

vi”... O Senhor vem ao nosso encontro em cada momento de nossa vida. Este ano foi um ano de graça especial do Senhor. Foi o Ano da Fé. Convidou-nos ao reavivamento da fé, à renovação da profissão da fé, a uma resposta coerente na confissão da fé, à oração suplicante a Deus para que aumente a nossa fé, à prática das obras da fé. Os estímulos foram muitos para o crescimento da fé: as motivações e as indicações do Motu Proprio de Bento 16 “A Porta da Fé”, a Carta Pastoral de dom Odilo, o Curso de Atualização do Clero, os Exercícios Espirituais, as Peregrinações, as Catequeses

- em especial o estudo do Catecismo, dos documentos do Concílio -, as atividades organizadas nas Paróquias, a prática da Leitura Orante da Palavra de Deus, o aprofundamento da vivência da fé no encontro com o Senhor na Liturgia, em especial na Eucaristia. Este Ano da Fé está se concluindo, e foi tempo de graça do Senhor para a fé da Igreja. É o Senhor que passa em nossa vida! No kairós dessa passagem o que ouvimos do Senhor: “te vi”, ou “não te vi?”. Os dias passam, a história de nossa vida também. O exame de consciência de cada dia se amplia para uma revisão de vida. Toda a nossa vida é colo-

cada diante do Senhor, na esperança da fé. Na resposta às opções fundamentais da vida, o que nos diz o Senhor: “te vi”, ou “não te vi...”?. E chega o momento do encontro definitivo, do último convite, agora uma ordem: “vinde” ou “ide”. E nossas interrogações continuam presentes até este momento, pois é difícil ver o Senhor que passa: - “Quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?” … - “Todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes!”. É o momento da visão determinante, da visão definitiva: “Te vi”, ou “não te vi...”.

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Paróquia Santo Agostinho abriga os restos mortais do Beato Mariano de La Mata, mais conhecido como Padre Mariano, cuja memória é celebrada em 5 de novembro

lista, onde morreu em 1983, vítima de câncer no abdômen. Em 1997, teve início o processo de pedido de beatificação junto ao Vaticano, conduzido pelo então arcebispo de São Paulo, cardeal dom Paulo Evaristo Arns. O milagre aprovado pela Congregação para as Causas agenda regional

dos Santos e pelo papa Bento 16 para a beatificação ocorreu em 1996. Em Barra Bonita (SP), o menino João Paulo Polotto, então com seis anos, sofreu um acidente quando se soltou de sua mãe e atravessou a rua. Ele foi atingido por um caminhão e sofreu fratura do crânio. O garoto foi internado com

parada respiratória e hemorragia cerebral. Padres e alunos do Colégio Agostiniano São José, de São José do Rio Preto, pediram oração e dez dias depois o menino era visto nas ruas da cidade caminhando e brincando sem qualquer sequela do acidente. A missa de sua beatificação foi realizada na Catedral da Sé,

em 5 de novembro de 2006, presidida pelo então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal José Saraiva Martins. A Paróquia Santo Agostinho é um dos lugares de fé indicados pelo arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Scherer, para o Ano da Fé.

Sábado (16), 10h

Domingo (17)

Celebração da Confirmação na Paróquia São Luís Gonzaga (avenida Paulista, 2.378).

Às 11h30, Celebração da Confirmação na Paróquia Santa Margarida Maria (avenida Lins de Vasconcelos, 2.129). Às 19h, Celebração da Confirmação na Paróquia Santo Antônio do Pari (praça padre Bento).


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Região Brasilândia

Nossa Senhora do Retiro reúne casais no 34º ECC Com o tema: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade”, os casais reuniram-se para refletir o Matrimônio Renata Moraes

Colaboradora de comunicação da Região

Entre os dias 8 e 10, a Paróquia Nossa Senhora do Retiro, no BRASILÂNDIA Setor Pastoral Pereira Barreto, realizou o 34º Encontro de Casais com Cristo (ECC), que aconteceu na Escola Estadual Nossa Senhora do Retiro, em Vila Mirante, e teve a colaboração dos casais da equipe regional do ECC. Com o objetivo de evangelizar as famílias em busca da construção do Reino de Deus, após 15 anos o ECC foi retomado (a última edição do encontro na Paróquia aconteceu em 1998), a partir, do desejo da comunidade, junto com o incentivo do pároco, padre Natanael Pires. Durante os três dias, 18 casais participaram do encontro, refletindo sobre temas como o sacramento do Matrimônio, vida familiar, educação dos filhos, vida de oração e, principalmente, o encontro com Cristo. Em entrevista, padre Natanael partilhou que, após assumir

Renata Moraes

trabalhará com os temas: “Família e Juventude”, em 2014. O evento geral foi coordenado pelo casal Luiz Cunha e Darlea Oliveira, que pertence à Paróquia Nossa Senhora das Graças, da Vila Carolina. Em entrevista, eles refletiram sobre a missão do ECC. “As famílias fazem parte Paróquia na Brasilândia volta a realizar Encontro de Casais com Cristo após 15 anos da missão de Jesus, nosso objetivo é tamO Pároco percebeu que o en- bém restaurar aquelas famílias a Paróquia, em fevereiro deste ano, sentiu o desejo de reunir as contro também era um meio de que estão desestruturadas”, disfamílias. “E analisando a melhor resgatar os casais que estavam se Cunha. Para Darlea, a beleza maneira de reunir essas famílias, afastados da Igreja, e vem ao do trabalho é a unificação dos pensei em convocar os casais encontro do planejamento pasto- casais da região. “Somos uma ral do Setor Pereira Barreto, que família, de diversas paróquias para realizar o ECC.”

RCC promove escola de comunicadores Da Região Episcopal

Na manhã do sábado, 9, a Renovação Carismática Católica da Região Brasilândia reuniu seus membros para mais uma aula da Escola Regional de Formação de Comunicadores. O evento aconteceu na Casa Clamor Cavanis, na Freguesia do Ó. Na aula deste mês, os comunicadores dos grupos de oração e ministérios agenda regional

trabalharam o tema “Fanpage: O que postar e como postar”, visando a qualidade do conteúdo, em especial a ortografia e a veracidade da informação. As datas das aulas são sempre divulgadas previamente na página da RCC no Facebook (www.facebook.com/ brasilandiarcc) e as mesmas são abertas para membros de todas as pastorais e movimentos.

reunidas no mesmo objetivo da evangelização.” No encerramento, na tarde do domingo, 10, foi celebrada uma missa. Em sua homília, padre Natanael exortou a todos sobre a vivência do amor. “O Matrimônio é o sacramento do Amor, e pautados nele vocês devem viver e resgatar os valores da família.” Em seguida, os casais renovaram suas promessas matrimoniais. Para o casal Ivani Alves e Valter Luiz, que participaram pela primeira vez do ECC, foi um momento de renovação. “Foi um tempo de renovar a fé e de trazer mais Jesus em nossas vidas e da nossa família”, comentou Ivani. Para o esposo, Valter, o encontro, serviu para renovar a aliança com Deus e reavivar a fé. Ricardo Dieguez

Jovens da RCC realizam formação de comunicadores, dia 9

Sexta-feira (15), 19h

Sábado (16)

Crisma na Paróquia Nossa Senhora Aparecida (praça 25 de Novembro, 53, na Vila Zatt). Outras informações: (11) 3974-9926.

Às 9h, encontro de avaliação e planejamento do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) Brasilândia, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida (rua Luciano D’Amore, 47, na Vila Souza). Às 18h, Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Paz (rua Vale das Flores, 32, 2ª Gleba, em Cidade D’Abril), Outras informações: (11) 3942-0493.


Região Belém

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Cáritas Arquidiocesana realiza último bazar Família Missionária

Roupas vindas da Suíça foram vendidas a preços populares; arrecadação é destinada às crianças do Centro Educacional Sanj Makenson, no Haiti João Carlos Gomes

Colaborador de comunicação da Região

A Cáritas Arquidiocesana, núcleo Belém, realizou bELÉM nos dias 9 e 10 de novembro, na garagem do Centro Pastoral São José, seu quinto bazar de roupas. Dezenas de pessoas passaram pelo bazar para adquirir itens de vestuário novos e usados vindos da Suíça, todos a preços populares. No primeiro dia do bazar, os voluntários se alegraram com a visita sempre querida de dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, e de dom Edmar Peron, bispo auxiliar da Arquidiocese e vigário da Região Belém. A arrecadação do bazar, último deste ano, será destinada às crianças atendidas no Centro Educacional Sanj Makenson, no Haiti. “Como de costume, o bazar se torna um momento de encontro fraterno de voluntários e amigos clientes em prol da solidariedade”, disse Cristina Mari-

Bazar da Cáritas acontece no Centro Pastoral São José do Belém, renda será destinada às crianças atendidas no Centro Educacional Sanj Makenson, no Haiti

nho Arraes, a Cris, voluntária da Cáritas Núcleo Belém. Além das roupas, a equipe de voluntários também divulgou agenda regional

a agenda da Cáritas para 2014 e contou com um garoto-propaganda de peso: o pequeno Gabriel Marinho, sobrinho de Cris,

que mostrou toda a sua experiência em solidariedade. “Ele veio acompanhando a avó, Ana Lucia Marinho, e encantou a todos: vo-

luntários, clientes. Também mostrou que a solidariedade não tem idade e nasce dentro de casa”, disse Cris.

Sábado (16), 19h

Domingo (17)

Crisma Paróquia São José Vila Zelina (praça República Lituana, 74, Vila Zelina).

Às 8h, Crisma São Vicente Pallotti (rua dos Povoadores, 123, Vila Antonina). Às 11h, Crisma Santa Luzia (avenida Sapopemba, 1.500, Vila Leme). Às 18h, Crisma Nossa Sra. Aparecida (praça Antonio Alves Vilares da Silva, 13, Vila Nova York).

palavra do bispo

Crescer na fé, programando a pastoral e a vida Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém

Dom Edmar Peron

O término do ano civil aproxima-se rapidamente, mas antes concluiremos o Ano Litúrgico e o Ano da Fé. As pessoas e as famílias planejam como pagar as contas ou, sendo otimista, como fazer algum passeio ou viagem. Na Arquidiocese, são muitas as assembleias pastorais, realizadas nos diferentes níveis, com o intuito – espero! – de tornar concreto o grande horizonte proposto pelo 11º Plano de Pastoral: Arquidiocese de São Paulo, testemunha de Jesus Cristo na Cidade.

Nesse contexto, quero recordar o grande papa João Paulo 2º, retomando sua Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte (01/02/2001), o 3º capítulo, Partir de Cristo, nn. 29-41. Naquela ocasião, o encerramento do Jubileu do Ano 2000, ele repropôs a toda a Igreja a necessidade de um “relançamento pastoral”, cujo “programa” é sempre Cristo: conhecê-lo, amá-lo, imitá-lo “para nele viver a vida trinitária e com ele transformar a história até a sua plenitude na Jerusalém celeste”. Esse “programa”, porém, precisa ser traduzido em “orientações pastorais ajustadas às condições de cada comunidade”; nessas orientações, a primeira prioridade deve ser a “santidade”. “Não hesito em dizer

que o horizonte para que deve tender todo o caminho pastoral é a santidade.” Surpreendente, pois o centro não são as atividades – como normalmente pensamos – mas a vida cristã. Essa “prioridade” encontrava inspiração eclesial no 5º capítulo da Constituição Dogmática sobre a Igreja, Lumen Gentium: Vocação Universal à Santidade na Igreja. Todos os membros da Igreja – leigos e leigas, religiosos e religiosas, bispos, presbíteros e diáconos – são chamados à santidade. Não podemos nos contentar com o mínimo, afirma o Papa: “Seria um contrassenso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial”. Esse caminho

de santidade não é apenas para alguns, mas é a “medida alta da vida cristã ordinária: toda a vida da comunidade eclesial e das famílias cristãs deve apontar nesta direção”. Essa prioridade da santidade requer renovado empenho: na oração (32 e 38); na liturgia, como “meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte donde promana toda a sua força” (SC 10), destacando o Dia do Senhor, o Domingo, e os sacramentos da Eucaristia e da Penitência (35-37); na renovada escuta da Palavra de Deus (39); no serviço à Palavra, anunciando-a no “trabalho da evangelização” (40). Esse caminho é exigente, sem dúvida, mas não impossível; ele faz parte da escolha que você e eu somos chama-

dos a fazer cada dia por Cristo e seu Evangelho, ou seja, pelo Reino de Deus (cf. Mt 6,33). Então, perguntemo-nos: as nossas muitas atividades e os diferentes compromissos nos ajudam a acolher o Reino de Deus e vivê-lo, ou apenas passamos de reuniões em reuniões, sem assumirmos seriamente um caminho de santidade, de crescimento na fé? Que a conclusão do Ano da Fé, no próximo dia 24 de novembro, nos impulsione para o futuro, para um crescimento contínuo, a fim de que, tendo passado pela Porta da Fé (At 14,27), sejamos sempre mais iluminados pela Luz da Fé: “Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas” (Jo 12,46).


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Entretenimento PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br A do rio Jordão foi comandada por Josué (Js 3:9-17)

© Revistas COQUETEL 2013

Instrumento musical recebido pelos sete anjos que estavam diante de Deus, em (?) da onApocalipse 8:2 (pl.) ça: a falsa

Oficial de Faraó que comprou José dos Ismaelitas (Gn 39:1)

General cananita morto por Jael (Jz 5:26)

O critério adotado Verbo da de para classificação de dúvida Hamlet programas de TV (Lit.)

1o livro do Novo Testamento Aptidão

Valor trazido pela experiência (Rm 5:4) Pablo Casals, violoncelista espanhol Feijão Vocalista do Capital Inicial

Bruxa; feiticeira (?) Paese, variedade de queijo italiano

O cheque da compra parcelada

Fazer telefonema de aparelho antigo Pensou que Ana estivesse embriagada (I Sm 1:13)

Alvos das pregações de Paulo (Rm 11:13)

Conversa mole (gír.)

Moeda do Japão Porção lateral de um corpo ou objeto

Imposto Sobre Serviços (sigla) Eugene Ormandy, maestro dos EUA

A pessoa cega de uma das vistas

Falso; falsificado (?) com fritas, prato tradicional Filha de Jacó violada por Siquém (Gn 34:5)

Alimento multiplicado por Jesus (Mc 8:6) Jamais, em inglês

Bed-(?), protesto pacifista de Lennon

Jesus (Ap 5:5) Avô (red.) Cantora de “Quando Eu Chorar”

www.coquetel.com.br

S I A S E P R E A R S N E V E R A N Ç L A

NAS BANCAS E LIVRARIAS

Solução L A D O

de lógica ambientados no universo místico da Idade média

8

E S S T E U A R R P I S C O S I E A L F I A E J U U A T A K A R

60 jogos

passa tempo

(?)-line: conectado à internet

Inerente; congênita

mais de

www.triguito.org.br www.triguito.org.br

Nele o anjo derramou a taça (Ap 16:17-18)

A T R A V R M A P O T I F M A GA D B EL G E N T I T T N C A O L H S E O P R L E Ã O D V O I E I N B R U N A

BANCO

Anna Kendrick, atriz dos EUA

Forma das rampas de skate

2/in — on. 3/bel — eli. 4/diná — ever — fava. 6/sísera. 7/gentios.

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Família Paulina comemora seu centenário Celebrando Padre Tiago Alberione, a Família Paulina convida a todos para celebrar o início das comemorações do centenário de fundação. A missa em comemoração aos 100 anos será no domingo, 17, às 11h, na Catedral da Sé, presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, e com a presença do padre Silvio Sassi, superior Geral dos Padres e Irmãos Paulinos.

Em assembleia, laicato do Sul 1 fala de juventude Arquivo pessoal

“À pesca maiores, convoco teus braços” (CF 92) foi o tema do encontro que reuniu leigos do Estado de São Paulo Kamila Gomes

Encontro, nos dias 8 e 9, reúne leigos do Regional Sul 1 da CNBB em assembleia que teve como tema a juventude

questionamentos sobre a realidade juvenil hoje, temas como manifestações, Setor Juventude, movimentos sociais e violência permearam a discussão. Nessa perspectiva, no sábado, 9, a Comissão Regional de Juventude (CRJ) foi apresentada à assembleia. Os trabalhos foram coordenados pela mesma. Joilson Toledo apresentou o caminho que deveria ser percorrido pelos participantes do encontro, para que, ao final da assembleia,

pudessem ter o Plano de Ação para o regional, para que o mesmo possa nortear o caminho da juventude nesse espaço. O caminho metodológico teve como base as seguintes questões: Tomar consciência do lugar de onde olho a juventude e acolher a juventude como uma realidade teológica. Seguindo esse caminho, foram realizadas dinâmicas, vídeos e trabalhos em grupos a luz do Documento 85 da CNBB no qual todos foram

convidados a estudar mais e utilizar como ferramenta de trabalho com a juventude. No domingo, com base nas discussões sistematizadas, foram apresentados três eixos para os próximos dois anos de trabalho de atuação junto a Juventude do regional, são eles: “Formação Continuada, Inserção Social e Aproximação”. A presença da juventude foi fundamental para o debate e construção coletiva junto ao laicato.

Comunidades Negras fazem romaria nacional a Aparecida Arquivo pessoal

redação

“Celebrar a vida com a juventude no resgate da dignidade do povo negro” foi o tema que animou centenas de fiéis na Romaria do Povo Negro ao Santuário Nacional de Aparecida, iniciada na sexta-feira, 8, e concluída no sábado, 9, com a celebração da missa das 10h30, presidida por dom João Alves dos Santos, bispo de Paranaguá (PR) e referencial da Pastoral Afro-brasileira da CNBB. A romaria foi articulada pelo assessor nacional da Pastoral, padre Jurandyr Azevedo Araújo, que destacou ser a atividade um momento de graça para todos. Nas manifestações de fé e nos banners e faixas das diver-

Ano da Fé: veneração das relíquias de São Pedro

Pela primeira vez na história, o Vaticano apresentará publicamente para a veneração pública as relíquias de São Pedro. Será um dos acontecimentos de encerramento do Ano da Fé. Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, deu a notícia através do jornal vaticano, L’Osservatore Romano.

especial para O SÃO PAULO

Neste ano, o CNLB Sul 1 teve como tema central de sua assembleia a Juventude. Os participantes começaram a Assembleia com uma roda de conversa sobre o tema “Qual o lugar da juventude na Igreja e no mundo?” Participaram do debate o assessor nacional da Pastoral da Juventude (PJ), Joilson Toledo, que fez toda a assessoria metodológica da Assembleia; Daniel Lima, coordenador da comissão de Fé e Política do CNLB; e Márcia Signorelli, coordenadora da Comissão de Formação do CNLB. Foram feitas muitas perguntas e

Direto de Roma

Romeiros apresentam faixa com demandas da população negra no Brasil, dia 9

sas comunidades negras participantes, se fez visível o lema da romaria - “Na ternura da Mãe negra, celebramos negritude de fé”, que abriu as comemorações do Dia da Consciência Negra,

que será em 20 de novembro, na memória de Zumbi dos Palmares. Em frente ao presbitério, a fé do povo negro misturou-se ao alerta de que ainda há precon-

ceito no Brasil. Uma das faixas exibidas trazia uma sentença sobre o racismo: “Constatou-se que do homicídio doloso contra menores, 54% é da população negra”. Pelas mídias sociais, aqueles que participaram da romaria expressaram a satisfação pelo que vivenciaram. “Amigos, o sábado no Santuário de Aparecida foi maravilhoso, pedi por todos os que eu deixei em casa, pelos que não puderam ir e os que foram para que voltassem em segurança para os seus lares”, disse Janaína Simões, de São Paulo. “Inesquecível, maravilhoso, abençoado, lindo, foi indescritível”, expressou, no Facebook, a jovem paulistana Deise Lopes.

Assinado acordo entre a Santa Sé e o Chade sobre o estatuto jurídico da Igreja Católica no país africano

Foi assinado na quarta-feira, 6, na sede do Ministério das Relações Exteriores da República do Chade em N’Djamena, um acordo entre a Santa Sé e a República do Chade sobre o estatuto jurídico da Igreja Católica no Chade. O acordo é composto por 18 itens e estabelece o reconhecimento da personalidade jurídica da Igreja Católica e das instituições eclesiásticas e define o quadro jurídico das relações entre a Igreja e o Estado. O documento afirma o valor social da colaboração para a promoção da dignidade da pessoa humana e para a construção de uma sociedade mais justa e pacífica.

As Bem-Aventuranças são temas escolhidos para as próximas JMJ

O Vaticano divulgou na quinta-feira (7), os temas que o Papa Francisco escolheu para as três próximas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ): As bem- aventuranças, que marcarão as etapas do itinerário de preparação espiritual. Para as edições de 2014 e 2015, a nível diocesano, os temas serão: “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu” (Mt 5,3) e “Felizes os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8). E o tema da edição internacional, que acontecerá em Cracóvia, Polônia, em 2016 será “Felizes os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia” (Mt 5,7).


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1ª Conferência Municipal de Políticas para Migrantes Acontecerá em São Paulo entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro, a 1ª Conferência Municipal de Políticas para Migrantes. O evento será na avenida Liberdade, 1.451, e tem objetivo de recolher subsídios e aprofundar o debate a respeito das políticas públicas para os migrantes. Informações em migrantes@prefeitura.sp.gov.br. Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

Waldemar Caldin assessora encontro da Pastoral da Criança, no Centro de Formação Sagrada Família, com a participação da nova coordenadora arquidiocesana, Aparecida Gonçalves de Jesus

Pastoral da Criança analisa missão na Arquidiocese Em sintonia com as ações em todo o Brasil, foco em 2014 será o combate à obesidade infantil Daniel Gomes

Reportagem na zona sul

Vigilância nutricional será o foco das ações da Pastoral da Criança a partir de 2014. Na Arquidiocese de São Paulo, já em março, os primeiros líderes serão capacitados para essa proposta, conforme afirmou, ao O SÃO PAULO, Aparecida Gonçalves de Jesus, coordenadora arquidiocesana, durante a assembleia anu-

al da Pastoral, realizada nos dias 9 e 10, no Centro de Formação Sagrada Família, no Ipiranga. “Hoje só pesamos as crianças, mas como a maioria está obesa e não mais desnutrida, vamos passar a trabalhar com ação nutricional, para uma alimentação saudável, com frutas, e verduras, por exemplo”, explicou Aparecida, comentando que tal vigilância já é adotada em projetos, pilotos, no País. Na Região Episcopal Santana, segundo a coordenadora regional, Arlete Della Coleta, a preocupação com a vigilância nutricional já começou. “Estamos orientando as lideranças para estimular cada mamãe à alimentação saudável, e no, próximo ano vamos incentivar mais a plantação de hor-

tas caseiras e os cuidados com a alimentação”, garantiu. Arlete e Aparecida estiveram entre os 40 participantes da Assembleia, que refletiram sobre os desafios dos trabalhos na Arquidiocese e a missão da Pastoral, e também acolheram a visita da nova coordenadora estadual, Eunice Gomes. Nos momentos de mística e espiritualidade, cada participante tomou ciência que faz parte de um trabalho conjunto e descentralizado, que na Arquidiocese, atualmente, é feito por 900 voluntários em contato direto com as crianças e famílias. “Precisamos de mais pessoas, pois acompanhamos somente 10 mil crianças e em São Paulo há muitas outras que precisam de acompanha-

mento”, contou Aparecida. Agente da Pastoral há 20 anos e ex-coordenador estadual, Waldemar Caldin foi um dos assessores da Assembleia. Ele apresentou aspectos da missão da Pastoral da Criança, à luz do Documento de Aparecida, de textos do Antigo e Novo Testamento e do Guia do Líder, e ressaltou que toda a ação da Pastoral deve ter por objetivo o desenvolvimento integral das crianças. Waldemar lembrou ser missão da Pastoral fazer com que as próprias famílias assistidas ajam para o desenvolvimento das crianças; que os líderes devem estar dispostos a um contínuo aperfeiçoamento e a um trabalho integrado com outras pastorais; e que é preciso acompanhar com ternura e solidarie-

dade às mulheres que resistem à prática do aborto e agir com misericórdia com aquelas que abortaram, para que se arrependam do feito e passem a defender a vida. O Assessor também enfatizou que a Pastoral da Criança é um organismo da ação social da CNBB e não uma ONG, como por vezes tentam enquadrá-la, e que os trabalhos de evangelização que ela realiza não necessariamente falam de Cristo, mas sempre levam a Cristo. “Se eu, como líder da Pastoral, mudo os valores de uma família, valores de morte para valores de vida, os valores do Evangelho, eu estou evangelizando, porque faço que a vida dessas pessoas se pareça com o Evangelho”, comentou à reportagem.


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Prorrogadas inscrições de curso da CNBB para capacitação de assessores juvenis As inscrições para o curso de Educação a Distância “Capacitação para Acompanhantes de Adolescentes e Jovens” foram prorrogadas até o próximo dia 14. O curso é uma parceria da CNBB, Rede Século 21, Faculdades Claretianas e Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB. Inscrições pelo site: www.rs21.com.br/ead.

Vocacional realiza assembleia arquidiocesana Edcarlos Bispo de Santana/O SÃO PAULO

Animadores vocacionais, padres e religiosas das seis regiões episcopais reuniram-se para avaliar as atividades deste ano e apresentar o calendário de 2014 Renata Moraes

especial para O SÃO PAULO

Com o objetivo de atualizar as equipes regionais, a Pastoral Vocacional (PV) e do Serviço de Animação Vocacional (SAV) da Arquidiocese de São Paulo, realizou na manhã do sábado, 9, a assembleia anual, na Igreja Nossa Senhora da Assunção e São Gonçalo, na região central. Iniciou-se o encontro com a celebração da missa, que foi presidida pelo padre Messias de Moraes Ferreira, coordenador Arquidiocesano da Pastoral Vocacional. Em seguida a irmã Cintia Giacinti Barbon, da Congregação das Irmãs Apostoli-

Padre Messias de Moraes Ferreira, coordenador arquidiocesano, avalia como positivos os trabalhos pastorais em 2013

nas da Região Ipiranga, falou aos participantes sobre o Simpósio Vocacional do Brasil, que acontecerá entre os dias 16 e 18 de maio de 2014. O Simpósio faz parte do Plano Pastoral da CNBB e está sendo organizado pela Comissão Episcopal Pastoral para os

Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, da CNBB, e pelo Instituto de Pastoral Vocacional (IPV). Com o tema: “Ide e anunciai! Vocações diversas para uma grande missão!”, o evento ocorrerá simultaneamente em cinco regiões do País, com

o objetivo de aprofundar a vocação, articular e revigorar as pastorais vocacionais. “À luz do Documento de Aparecida, o encontro fará memória de dois grandes acontecimentos vocacionais: os 50 anos da instituição do Dia Mundial das Vocações, e os 30 anos do primeiro

ano vocacional”, enfatizou irmã Cintia. Avaliando as atividades pastorais de 2013, o padre Messias Ferreira, ressaltou que foi um ano produtivo e gerou frutos. “Ao todo foram 33 candidatos vocacionados aprovados, e ingressarão em nossos seminários em 2014.” Quanto à animação vocacional, o coordenador da Região Sé, Mário Furukawa, relatou que após a Jornada Mundial da Juventude houve um aumento do número de jovens em busca de discernimento. E também destacou a importância de formar nas bases essa consciência “O desafio é trabalhar com os jovens ainda nas escolas, despertando sobretudo a vocação ao Batismo, a ser cristão e evangelizadores.” Os animadores vocacionais avaliaram os trabalhos realizados ao longo de 2013 e receberam o calendário arquidiocesano de 2014. Em entrevista, padre Messias, deixou uma mensagem aos jovens que sentem o chamado a vocação sacerdotal: “Não tenham medo de dizer sim a Deus”, e pediu a todos que rezassem pelos jovens vocacionados.

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Encerramento do Ano da Fé Em todo o mundo, o Ano da Fé será encerrado no domingo, dia 24, na Solenidade de Cristo Rei. Na Arquidiocese de São Paulo a data também marcará a Peregrinação do Laicato no Ano da Fé, com celebração às 11h na Catedral da Sé, presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano. Todos são convidados a participar.

As famílias no centro da Igreja e da sociedade Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

Prefeito do Pontifício Conselho para a Família visitou São Paulo e falou sobre a família e convocação da Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos Edcarlos Bispo de Santana

reportagem na zona sul e centro

“O tema da família está no centro do coração do papa Francisco, tanto que o primeiro ato de seu pontificado foi a convocação do Sínodo sobre a família”. Essa foi a afirmação que abriu a palestra realizada por dom Vincenzo Paglia, prefeito do Pontifício Conselho para a Família, na terça-feira, 5, no auditório Paulo Apóstolo, nas Paulinas. O tema do encontro: “Famílias, sujeito de uma nova evangelização do amor”, reuniu pessoas, de pastorais, movimentos e novas comunidades que trabalham, direta ou indiretamente, com a evangelização das famílias. Durante sua exposição, dom Paglia ressaltou a importância da família para a sociedade, e afirmou que a mesma não tem sido valorizada e respeitada. “O governo, o mundo do trabalho usa as famílias e as ajuda pouco”, disse. Para o prefeito do Pontifício

Dom Vincenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho para a Família, destaca importância do amor no seio familiar. Amor que segundo ele é doação e entrega

Conselho para a Família, o gesto do papa Francisco, de convocar uma assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, para 2014, que trate o tema da família, representa algo de grande importância, não apenas para a Igreja, mas para a sociedade de todo o mundo. Dom Paglia criticou a cultura do individualismo, que permeia não apenas as famílias, mas toda a sociedade. “Se por um lado dissemos que a família é a realidade que sustenta a sociedade, por um outro lado, vivemos uma cultura, uma sociedade que exalta o indivíduo, o eu. Uma ‘egolatria’ o culto do ‘eu’”, afirmou. Os coordenadores da Pastoral Familiar arquidiocesana,

Silvio dos Santos e Ester dos Santos, afirmaram que há muito tempo esperavam este “momento forte da Igreja em São Paulo”, segundo eles, para dar uma “chacoalhada nos padres” para que apoiem a implantação da Pastoral nas paróquias. O casal destacou que é preciso ter famílias evangelizadas, para que as mesmas possam evangelizar outras famílias. Ester citou as palavras de dom Paglia que, durante a palestra, destacou a importância da paróquia na evangelização das famílias e afirmou que a Pastoral Familiar deve “ser organizada na paróquia evangelizar a paróquia a região geográfica que envolve a Igreja”. Durante o encontro, dom

Paglia respondeu a algumas perguntas dos participantes da palestra, entre elas uma que versava sobre a administração do Sacramento da Eucaristia para os casais de segunda união. Neste aspecto, o casal coordenador da Pastoral Familiar arquidiocesana afirmou possuir um trabalho com os casais de segunda união. “Temos um trabalho lindíssimo aos casais de segunda união. Organizamos o encontro ‘Jesus Bom Pastor’ para casais de segunda união, acolhendo e mostrando, principalmente, a proposta da Igreja”. Dom Paglia destacou a importância de viver o amor em família, segundo o arcebispo, “o amor que se vive em família deve ser o espelho do amor que

se vive na trindade”. Ele ressaltou que o amor não é apenas um sentimento, mas é doação e entrega. Por isso o amor supera o individualismo, pois é uma entrega para o outro. O bispo auxiliar da arquidiocese e referencial da Vida e da Família, dom Sergio de Deus Borges, reforçou a importância do amor em família. Para dom Sergio, “precisamos aprender a amar, e, na família, ensinar a amar”. O bispo ressaltou que a visita de dom Paglia roferça a importância da família e o desejo que ela esteja no centro da Nova Evangelização. Entrevista coletiva Na quarta-feira, 6, dom Vincenzo Paglia concedeu entrevista coletiva à imprensa. Na sua exposição reforçou, mais uma vez, as questões do individualismo, que, segundo ele, permeia as relações da sociedade moderna e está afetando a família. O arcebispo explicou a configuração do Sínodo e as perguntas que foram enviadas as Igrejas particulares. Quando questionado sobre os casamentos de segunda união e as uniões homoafetivas, dom Paglia afirmou que espera que a assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos dos bispos apresente respostas a essas questões. O cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, disse esperar que a visita de dom Paglia possa motivar os católicos da Arquidiocese de São Paulo a buscarem informações sobre o Sínodo.

Monsenhor Ilson é ordenado bispo em Ribeirão Preto Arquidiocese de Ribeirão Preto

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O monsenhor Ilson de Jesus Montanari, 54, nomeado pelo papa Francisco, em 12 de outubro, arcebispo titular de Capocilla e secretário geral da Congregação dos Bispos, recebeu ordenação episcopal na quinta-feira, 7, no Ginásio de Esportes Pedro Ferreira dos Reis, em Sertãozinho (SP). Dom Moacir Silva, arcebispo de Ribeirão Preto, foi ordenante principal, tendo por coordenantes o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo e presidente do Regional Sul 1 da CNBB, e dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte. “Enraizado e fundamentado em Cris-

to” é o lema episcopal de dom Ilson, que na secretaria da Congregação para os Bispos terá a tarefa de colaborar com o Prefeito, o cardeal Marc Ouellet, em questões como a preparação dos relatórios que auxiliam o papa no momento de nomear novos bispos, organizar territorialmente as dioceses e o calendário de visitas ad limina. Na homilia, dom Moacir destacou o significado do lema episcopal do novo arcebispo. “Nele está o segredo do ministério episcopal: não é possível ser sinal visível de Cristo Bom Pastor senão enraizado e fundamentado nele. A sua missão de secretário da Congregação para os Bispos, este serviço importante que a Igreja lhe pede, exige mais ainda este enraizamento em Cristo Jesus Nosso Senhor”, frisou.

Ao fim da celebração, dom Ilson, que desde 2008 era oficial da Congregação para os Bispos, expressou gratidão. “A primeira palavra gratidão, a Deus, de quem recebi tudo, tudo de autenticamente grande e bom, a vocação, a graça que me sustenta. A gratidão a Igreja universal e a Igreja de Ribeirão Preto, que me plasmou como filho. Gratidão ao papa Francisco pela estima e confiança que se dignou depositar em mim, não obstante eu seja tão pequeno para missão tão grande. Gratidão aos senhores bispos que vieram de tantas partes, o sacrifício, desmarcando compromissos, com grande generosidade nessa noite”, disse dom Ilson, que finalizou, pedindo orações pela sua nova missão e abraçando a todos, na consagração a Nossa Senhora Aparecida.


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