O São Paulo - 3447

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SEMANÁRIO DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

Ano 68 | Edição 3447 | 17 a 23 de maio de 2023

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Francisco: a abertura à vida é o indicador principal da esperança de um povo

‘Uma comunidade feliz desenvolve naturalmente os desejos de gerar e de integrar’, afirma o Papa, em evento sobre a natalidade na Itália

Em encontro com os participantes da 3ª edição dos Estados Gerais da Natalidade, realizado na sexta-feira, 12, na Itália, o Papa Francisco comentou sobre as baixas taxas de natalidade naquele país e chamou a atenção para uma cultura global que desestimula os casais a ter filhos.

Francisco enfatizou que “natalidade e acolhida são duas faces da mesma moeda”, criticou o fato de que a sociedade atual acolhe melhor os animais do que as

crianças, e enfatizou: “O nascimento dos filhos é o indicador principal para medir a esperança de um povo. Se nascem poucos, quer dizer que há pouca esperança”.

Nesta edição, o jornal O SÃO PAULO conta a história do casal Mariana e Carlos Arasaki, pais de dez filhos e à espera de gêmeas: “Estar aberto à vocação de gerar uma nova vida é acolher nos braços o maior tesouro, que são os filhos”, afirmam.

Páginas 10, 19 e 20

Esta edição do caderno ‘Pascom em Ação’ apresenta os principais apontamentos do Papa Francisco na mensagem para o 57º Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado em 21 de maio, e os detalhes sobre as estruturas do Vicariato Episcopal para a Pastoral da Comunicação e das mídias arquidiocesanas.

tema “Falar com o coração. Testemunhando a verdade no amor”. “Foi o coração que nos moveu para ir, ver e escutar [verbos que nortearam as mensagens de anos anteriores], e é o coração que nos move para uma co- municação aberta e acolhedora. Após o nosso treino na escuta, que requer saber esperar e paciência, e o treino na renúncia a impor em detrimento dos outros o nosso ponto de vista, pode- mos entrar na dinâmica do diálogo e da partilha que é, em concreto, comu- nicar cordialmente. E, se escutarmos o outro com coração puro, conseguire- mos também falar testemunhando a verdade no amor (cf. Ef 4,15)”, escre- ve o Papa Francisco na introdução da mensagem. A realização de um dia voltado às comunicações foi algo proposto no Concílio Vaticano II e está indicado no decreto conciliar Inter miri ca (IM), de 1966: “Para que se revigo- re o apostolado da Igreja em relação com os meios de comunicação so- cial, deve celebrar-se em cada ano, em todas as dioceses do mundo,

é indispensável em um mundo “tão propenso à indiferença e à indignação, baseada, por vezes, até na desinformação que falsi ca e instru- mentaliza a verdade”.

COMUNICAÇÃO ATENTA AO

PRÓXIMO O Papa também lembra que é preciso comunicar cordialmente, de modo que “a pessoa que nos lê ou escuta seja levada a deduzir a nossa

“mas que se ajude as pessoas a re etir calmamente, a decifrar com espírito crítico e sempre respeitoso a realidade onde vivem”. COM CORAGEM E LIBERDADE, A EXEMPLO DE SÃO FRANCISCO DE SALES Na mensagem, o Papa enaltece São Francisco de Sales (1567-1622), Doutor da Igreja e que há cem anos, em 1923, foi declarado padroeiro dos jornalistas“Franciscocatólicos. de Sales foi bispo de Genebra no início do século XVII, em anos difíceis, marcados por anima- das disputas com os calvinistas. A sua mansidão, humanidade e predisposi- ção em dialogar pacientemente com todos, e de modo especial com

NA IGREJA, UMA COMUNICAÇÃO COM DEUS E COM O PRÓXIMO Como já a rmara em outras oca- siões, na mensagem deste ano o Papa reforça que também na Igreja “há grande necessidade de escutar e de nos escutarmos”, e lembra que tal es- cuta deve ser “sem preconceitos, aten- ta e disponível”, uma comunicação “que in ame os corações, seja bálsamo nas feridas e ilumine o caminho dos irmãos e irmãs”. Nessa perspectiva, Francisco con- dencia: “Sonho uma comunicação eclesial que saiba deixar-se guiar pelo Espírito Santo, gentil e ao mes- mo tempo profética capaz de en- contrar novas formas e modalidades para o anúncio maravilhoso que é chamada a proclamar no terceiro mi- lênio. Uma comunicação que coloque no centro a relação com Deus e com o próximo, especialmente o mais ne- cessitado, e esteja mais preocupada em acender o fogo da fé do que em preservar as cinzas de uma identidade autorreferencial”. PROMOVER A LINGUAGEM DA PAZ Na parte nal da mensagem, Fran- cisco conclama que este

Gratidão à Virgem Maria por seu grande amor a Deus e a cada um de nós

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A boa comunicação deve ser feita com amor e visar

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Deus chega aos corações e alcança os que lhe dão permissão para entrar

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Ascensão do Senhor: ‘Estarei convosco todos os

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Editorial Encontro com o Pastor Espiritualidade Liturgia e Vida Comportamento

Pais presentes na vida dos adolescentes evitam que

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ExpoCatólica 2023 amplia experiências de participação do público

A principal feira de produtos e serviços direcionados à Igreja Católica ocorrerá no Pro Magno – Centro de Eventos, na zona Norte da capital, entre os dias 18 e 21. A Arquidiocese terá estande no local.

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Nossa Senhora de Fátima: a mãe que ama, acolhe e convida à conversão

Devotos lotaram o santuário mariano, no sábado, 13, no Sumaré, e participaram de missas e da procissão com a imagem peregrina vinda de Portugal.

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Arcebispo e bispos auxiliares realizam visitas pastorais a paróquias

Na última semana, o Cardeal Odilo Scherer esteve na Paróquia Imaculado Coração de Maria, na Região Brasilândia.

Páginas 3,

e 17

14, 16
17 de maio 2023 EDIÇÃO 04 Realizado pela primeira vez em 1967 e celebrado no Domingo da Ascen- são do Senhor, o Dia Mundial das Comunicações Sociais chega à sua 57 edição, este ano em 21 de maio, com o
um dia em que os éis sejam ensinados a respeito das suas obrigações nesta matéria, Comunicar com o coração, testemunhando a verdade no amor O SÃO APRESENTAPAULOOS PRINCIPAIS ABORDADOSASPECTOS NA MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O 57O DIA MUNDIAL DAS SOCIAISCOMUNICAÇÕES Daniel Gomes gando ao ponto de sentir no próprio coração também o pulsar do outro. Então, podeterlugaromilagredoen- contro, que nos faz olhar uns para os outros com compaixão, acolhendo as fragilidades recíprocas com respeito em vez de julgar a partir dos boatos, semeando discórdia e divisões”, a rma o Pontí ce, destacando que esse falar com o coração
‘Falar com o coração. Testemunhando a verdade no amor’
“falar com o coração” ajude a promover uma cul- tura de paz e abrir sendas de diálogo e reconciliação “No dramático contexto de con - to global que estamos vivendo, urge assegurar uma comunicação não hostil É necessário vencer ‘o hábito de denegrir rapidamente o adversário, aplicando-lhe atributos humilhantes, em vez de se enfrentarem num diálo- go aberto e respeitoso’. Precisamos de comunicadores prontos a dialogar, ocupados na promoção de um de- sarmamento integral e empenhados em desmantelar a psicose bélica que se aninha nos nossos corações
Reprodução
Vatican Media

No domingo, 21 de maio, a Igreja celebra a solenidade da Ascensão de Jesus aos céus. Após a ressurreição dos mortos, Jesus se manifesta uma última vez aos apóstolos, envia-os em missão e diante deles se eleva para sempre à glória do Pai. A Igreja expressa a sua fé neste acontecimento de grande signi cado de maneira sintética e forte: “Subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos. E seu reino não terá m”.

Antes, porém, de se elevar aos céus, Jesus enviou os apóstolos em missão, prometendo-lhes o dom do Espírito Santo e a sua permanente companhia: “Estarei convosco todos os dias até o m dos tempos”. O envio em missão está relacionado com o anúncio do Evangelho a toda criatura por palavra e testemunho: “Vós sereis minhas testemunhas”. E os apóstolos iniciaram a sua missão da Igreja, mediante a ajuda do Espírito Santo, assim como continua

A comunicação que evangeliza

até os dias de hoje. A missão dos apóstolos e da Igreja é, portanto, um fato de comunicação, por palavras e exemplos de vida.

Não é de agora que a comunicação é uma ação central para a Igreja. A evangelização é a ação comunicadora do Evangelho, de muitas maneiras, e não apenas mediante o uso de meios de comunicação e imprensa, ou mediante as novas mídias. A boa comunicação na Igreja começa com o bom acolhimento de todas as pessoas nos ambientes paroquiais, nas igrejas, nas celebrações e reuniões. O visual de nossos templos, lugares de reunião e celebração, bem como a apresentação e atitude pessoal de cada cristão, também são fatores de comunicação. A limpeza, a arrumação estética dos espaços celebrativos, nossas comunidades, organizações, estruturas eclesiais também passam mensagens, que podem ser edi cantes ou não.

Mais ainda, cada cristão em particular comunica mediante o seu modo de viver e de agir. Jesus Cristo, Filho de Deus, vivendo entre os homens, comunicava a imagem do Pai celeste, o Deus invisível, mediante a palavra do Evangelho, seus

gestos e atitudes. Tudo, em sua pessoa, comunicava o reino de Deus, anunciado e presente no mundo na sua pessoa. Também os cristãos, discípulos de Jesus, são enviados ao mundo para comunicar a todos as “boas novas” do reino de Deus.

É o caso de nos perguntarmos: qual o tipo de mensagem e imagem que nós comunicamos ao mundo, como Igreja de Cristo? Nossas boas ações e iniciativas de caridade e solidariedade certamente comunicam uma mensagem boa. Mas nossas divisões e brigas, nossas invejas e queixas internas, bem como nosso azedume, falta de vibração e desânimo comunicam mensagens de pouca credibilidade.

Por isso, é importante que nossas organizações eclesiais, paróquias, comunidades, grupos e movimentos zelem pelo bom nome da Igreja e de suas organizações e pessoas. A retidão moral na vida pessoal e social, bem como o interesse em participar da edi cação do bem comum precisam fazer parte de nossa comunicação testemunhal do Evangelho.

A caridade, a sensibilidade humana diante dos sofrimentos do próximo e a ajuda samaritana

devem ser marcas das nossas comunidades e do nosso comportamento pessoal. Nossas celebrações feitas bem, nossas igrejas e lugares de celebração bem arrumados, a boa acolhida de quem chega, os nomes visíveis dos nossos templos, nossa postura pessoal digna e correta, como convém a discípulos de Cristo, tudo isso é comunicação e mensagem, mesmo sem palavras. Neste Dia Mundial das Comunicações Sociais, pensemos nisto: somos nós bons comunicadores da Boa-Nova de Jesus Cristo?

Na sua Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano, o Papa Francisco recorda que a boa comunicação deve ser feita com amor e deve visar à edi cação no bem. A comunicação não deve ser usada para destruir, matar, semear ódio, divisão e discórdia. Mesmo quando a comunicação precisa “colocar o dedo nas feridas” e fazer denúncias, isso precisa ser feito por amor e com atitude de amor. Do contrário, não ajudará a corrigir erros, nem a promover o bem entre as pessoas. Que nossa forma de comunicar traduza sempre a intenção de realizar a obra boa.

2 | Encontro com o Pastor | 17 a 23 de maio de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br
ODILO PEDRO SCHERER Arcebispo metropolitano de São Paulo
CARDEAL
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Mantido pela

Dom Odilo realiza visita pastoral a paróquia na Região Brasilândia

FERNANDO GERONAZZO ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

Entre os dias 9 e 13, o Cardeal Odilo Pedro Scherer realizou visita pastoral à Paróquia Imaculado Coração de Maria, na Região Brasilândia.

O Arcebispo de São Paulo esteve na matriz paroquial e nas nove comunidades que constituem a Paróquia: Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Fátima, Santa Tereza D’Avila, Nossa Senhora de Guadalupe, São Vicente de Paulo, São Benedito, São Francisco de Assis, São Judas Tadeu e São José.

Dom Odilo participou de momentos de oração, encontros com pastorais e organizações eclesiais, visitas às comunidades paroquiais, famílias, obras sociais, centros educacionais, escolas e unidades de saúde, acompanhado do Pároco, Padre Dorival Ferreira Leite, e do Vigário Paroquial, Padre Juscelino

Ricardo de Santana, ambos Cônegos Regulares Lateranenses.

No encontro com as pastorais e movimentos, o Cardeal re etiu sobre a temática de sua recente Carta Pastoral, que apresenta as propostas do 1º sínodo arquidiocesano de São Paulo. Dirigindo-se

aos paroquianos, o Arcebispo enfatizou a importância das forças vivas que atuam na Paróquia, em serviços como Catequese, Liturgia, família, juventude, caridade, especialmente no atendimento aos pobres, idosos, enfermos, reforçando que essas são obras de misericórdia e, por

isso, toda comunidade precisa ter um olhar atento aos necessitados, a exemplo das primeiras comunidades cristãs. O Arcebispo também se encontrou com os adolescentes que se preparam para a Crisma, e com os jovens, com os quais re etiu sobre sua missão na Igreja. Ele também ouviu os apelos e inquietações da juventude. Dom Odilo participou ainda de um momento de diálogo com os estudantes e educadores da rede de ensino estadual de ensino presentes no território paroquial. As visitas pastorais são previstas pelo Código de Direito Canônico, devendo ser feitas periodicamente pelo bispo diocesano e, em seu nome, pelos bispos auxiliares e vigários episcopais. Esse é um costume na Igreja desde os tempos apostólicos, quando os apóstolos passavam pelas várias comunidades fundadas, con rmando os irmãos na fé. (Colaborou:Viviane Simplício)

Cardeal Scherer participa da 39ª Assembleia Geral do Celam

REDAÇÃO osaopaulo@uol.com.br

Acontece até sexta-feira, 19, em Porto Rico, a 39a Assembleia Geral Ordinária do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam), com o tema “Colegialidade, eclesialidade e sinodalidade para a missão”.

Iniciada na terça-feira, 16, nela serão traçados os caminhos pastorais da Igreja no continente para os próximos quatro anos, à luz dos desa os da 1a Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, e no contexto do Sínodo (2021-2024).

Também haverá a eleição da pre-

PRORROGAÇÃO DA NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE PÁROCO:

Em 02/05/2023, foi prorrogada a nomeação e provisão como Pároco da Paróquia Santa Cândida, no bairro da Vila Santa Eulália, na Região Episcopal Ipiranga, do Reverendíssimo Padre Anderson Marçal Moreira, pelo período de (03) três anos

NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE ADMINISTRADOR PAROQUIAL:

Em 09/05/2023, foi nomeado e provisionado como Administrador Paroquial da Paróquia São Paulo Apóstolo, no bairro Parada Inglesa, na Região Episcopal Sant’Ana, o Reverendíssimo Padre Antônio Bezerra Moura

NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE VIGÁRIO PAROQUIAL:

Em 05/05/2023, foi nomeado e provisionado como Vigário Paroquial da Paróquia Natividade do Senhor, no bairro Vila Guarani, na Região Episcopal Belém, o Reverendíssimo Padre Carlos Roberto Froes, até que se mande o contrário

Em 03/05/2023, foi nomeado e provisionado como Vigário Paroquial da Paróquia São Paulo Apóstolo, no bairro Parada Inglesa, na Região Episcopal Sant’Ana, o Reverendíssimo Padre Rafael Alves Pereira Vicente

sidência do Celam para o quadriênio 2023-2027.

Por intermédio do Secretário de Estado do Vaticano, o Cardeal Pietro Parolin, o Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes, na qual expressa seu desejo de que “esta Assembleia dê abundantes frutos à Igreja peregrina na América Latina e no Caribe, para que esteja sempre pronta a servir, especialmente os pobres e os marginalizados, discernindo as inspirações do Espírito Santo, em sinodalidade com todo o povo santo de Deus”.

REPRESENTAÇÃO DA CNBB

Atualmente, a Conferência Nacional

dos Bispos do Brasil (CNBB) é representada no Celam pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, que também é o 1o Vice-presidente deste conselho episcopal.

Durante a 60ª Assembleia Geral da CNBB, em abril, foi eleito como novo delegado brasileiro no organismo continental o Cardeal Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília (DF), tendo como suplente Dom Joel Portella Amado, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro (RJ).

Na noite da segunda-feira, 15, na véspera do começo dos trabalhos, Dom Odilo presidiu missa, com a participação dos bispos que participam do evento. Ele lembrou que esta 39a Assembleia Geral

Atos da Cúria

Em 18/04/2023, foi nomeado e provisionado como Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo - Basílica, no bairro da Bela Vista, na Região Episcopal Sé, o Reverendíssimo Frei Silvio Ferrari, O.Carm., pelo período de (01) um ano

Em 18/04/2023, foi nomeado e provisionado como Vigário Paroquial da Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Sufrágio das Almas, no bairro da Luz, na Região Episcopal Sé, o Reverendíssimo Padre Francisco Tarcísio de Souza Fernandes, MSC, pelo período de (01) um ano

PRORROGAÇÃO DA NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE VIGÁRIO PAROQUIAL:

Em 18/04/2023, foi prorrogada a nomeação e provisão como Vigário Paroquial da Paróquia São Miguel Arcanjo, no bairro Jardim da Conquista, na Região Episcopal Belém, do Reverendíssimo Padre Sérgio de Jesus Alvez Azevedo, MSC, pelo período de (01) um ano

NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE ASSISTENTE ECLESIÁSTICO DE PASTORAL:

Em 05/05/2023, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico da Animação Litúrgica da Região Episcopal Belém, o Re-

verendíssimo Padre Edmar Ap. de Oliveira, SSCC, pelo período de (02) dois anos

Em 27/03/2023, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico da Pastoral da Escola de Teologia da Região Episcopal Belém, o Reverendíssimo Padre Reuberson Rodrigues Ferreira, pelo período de (02) dois anos

PRORROGAÇÃO DA NOMEAÇÃO

E PROVISÃO DE ASSESSOR

ECLESIÁSTICO:

Em 09/05/2023, foi prorrogada a nomeação e provisão como Assessor Eclesiástico da Associação das Damas da Caridade de São Paulo, do Reverendíssimo Padre Gilson Feliciano Ferreira, SV, pelo período de (03) três anos

NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE ASSISTENTE DE PASTORAL:

Em 04/05/2023, foi nomeado e provisionado como Assistente de Pastoral da Paróquia Divino Espírito Santo, no bairro da Cohab Teotônio Vilela, na Região Episcopal Belém, o Diácono Permanente Valter Perandre, até que se mande o contrário

POSSE CANÔNICA:

Em 15/04/2023, foi dada a posse canônica como Vigário Paroquial da Paróquia Cris-

do Celam ocorrerá em terras onde chegaram os primeiros evangelizadores da América, em Porto Rico, algo que por si “merece um grande reconhecimento à ação silenciosa, porém, e caz, do Espírito Santo que Jesus prometeu e infunde constantemente na Igreja, para que tenha valor do testemunho, da força, da perseverança e do consolo em tempos em que não faltam o martírio e a perseguição”.

A 39ª Assembleia Geral também contará com a participação de Dom Robert Francis Prevost, Prefeito do Dicastério para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina.

Fontes: Celam e CNBB

to Rei, no bairro do Tatuapé, na Região Episcopal Belém, ao Reverendíssimo Padre Luiz Paulo de Sousa

NOMEAÇÃO DA COMISSÃO DE PRESBÍTEROS DA REGIÃO SÉ:

Em 18/04/2023, foram nomeados para a Comissão de Presbíteros da Região Episcopal Sé, para compor o mandato de 2021 a 2025, os reverendíssimos:

Padre Aparecido da Silva – Vigário Geral; Padre José Arnaldo Juliano dos Santos – Coordenador de Pastoral; Padre Vandro Pisaneschi – Representante Regional dos Presbíteros; Padre Alessandro Enrico de Borbon – pelo Conselho de Presbíteros; Padre Helmo Cesar Faccioli – pelo Conselho de Presbíteros; Padre José Elias Fadul, SAC – representante dos Setores Aclimação e Brás; Padre Edson Donizete Toneti – representante dos Setores Jardins e Catedral; Padre Valdir Neres de Barros – representante dos Setores Santa Cecília e Bom Retiro; Padre Lucas Pontel – representante dos Setores Perdizes e Pinheiros; Padre Frei José Carlos Coltri, OFMCap. – representante dos Setores Cerqueira César e Pinheiros; Cônego Sérgio Conrado – Episcopi; Padre Adiair Lopes da Silva (Padre Romano) – Episcopi; Padre Noberto Donizetti Brocardo, CP – Episcopi.

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Pascom paroquial

Caminha conosco, Maria! Editorial

Nós católicos, felizmente, ainda guardamos o piedoso costume de dedicar o mês de maio a uma devoção toda especial a Nossa Senhora – mas pode ser que, pela rotina e pela força do hábito, nosso fervor vá se esfriando, e nos esqueçamos dos motivos para amarmos tanto a Mãe de Nosso Senhor e nossa. Aproveitemos, então, este mês mariano para reavivar no nosso coração a gratidão pelo grande amor que Maria devotou a Deus e a cada um de nós, ao longo de toda a sua vida.

Resumindo bastante, podemos dizer que o propósito de nossa vida, a razão pela qual Deus chamou cada um de nós à existência, é convidar-nos a participar livremente de sua Vida e Felicidade eternas, dizendo “sim” ao projeto de amor que em sua Providência Ele nos preparou. E aqui entendemos o papel único e insubstituível de Maria na vida da Igreja: para cada um de nós, Ela é o modelo da

fiel que soube sempre dizer “sim” aos desígnios de Deus.

O primeiro grande “sim” de Maria veio na Anunciação, quando aquela menina, recolhida em oração, recebe do Anjo o estonteante anúncio de que Deus a escolhera para ser Mãe do Messias: durante alguns instantes, a criação inteira esperava ansiosamente a resposta que ela daria. Aquele Fiat que ela respondeu ao anjo “é muito mais que uma autorização: é uma adesão absoluta e rme ao plano divino; é um ato positivo de vontade pelo qual a Virgem queria o cumprimento dos propósitos divinos, não propriamente sem pensar em si mesma, mas aceitando de uma vez para sempre tudo o que o futuro lhe pudesse reservar, fosse o que fosse” (Federico Suárez, A Virgem Nossa Senhora).

Recebido o convite divino e dado seu consentimento, Nossa Senhora poderia ter decidido tirar uns dias de “férias” para acostumar-se com a novidade – mas não: como o Anjo lhe dera a pista de que sua prima Isabel

engravidara já bastante idosa, Maria imediatamente pôs-se a caminho, com alegria e humildade, para doar-se no auxílio dos serviços domésticos. Ao fazê-lo, acontece uma coisa surpreendente: Deus se utiliza de seu “sim” para comunicar a Isabel (e a João Batista que ela carregava em seu ventre) a presença do Messias – e a viagem acaba sendo a primeira “missão evangélica” da história.

Vários anos depois, quando chegara a hora de Jesus deixar a o cina de Nazaré e iniciar sua vida pública, foi também Nossa Senhora quem soou a trombeta para o início de seus milagres, nas Bodas de Caná. Já ali, Maria mostrou-se medianeira el: foi ela a primeira a perceber a iminente falta de vinho, e a interceder e cazmente a seu lho. A pergunta que Jesus então lhe fez, ao contrário do que poderia parecer à primeira vista, não era uma recusa ou uma bronca. Cristo indicava à sua Mãe que, no momento em que Ele zesse o milagre e revelasse sua divindade, Ele colocaria em

Opinião

marcha a obra da Redenção, e seria apenas uma questão de tempo até ser levado à Cruz. Deixaria de ser o “ lho de José” e passaria a ser o “Filho de Deus”, e ela deixaria de ser “a mãe de Jesus” e passaria a ser a Mãe de todos os cristãos – e o que Nosso Senhor queria saber, no fundo, era se ela concordava com isso (Fulton Sheen, A vida de Cristo).

Na Paixão, Maria perseverou com a fé inabalada, de pé junto à Cruz, quando quase todos os discípulos vacilaram ou mesmo abandonaram o Mestre. Depois da Ressurreição, ela estava com os Apóstolos na efusão do Espírito, quando a Igreja se manifestou ao mundo.

E também hoje, en m, Nossa Senhora continua sendo o instrumento escolhido por Deus para o crescimento da Igreja, corpo Místico de seu Filho. Peçamos, então, à Nossa Mãe que nos acompanhe sempre, até chegarmos ao descanso de nitivo com seu Filho, no Céu. Caminha conosco, Maria!

O corpo humano: resultado da evolução, redimido pelo

EDUARDO RODRIGUES DA CRUZ

No final de 2022, o biólogo evolutivo italiano Telmo Pievani publicou um interessante artigo sobre a evolução humana, intitulado “As partes do corpo que não fazem sentido” (por exemplo, a uretra que passa no meio da próstata, nos homens, e o estreitamento do canal vaginal, nas mulheres, que tanta dor causa no parto). Nossa história evolutiva assemelha-se, interpreto eu, a uma moradia que começa como uma pequena casa em região de periferia que, ao longo dos anos, vai sendo remodelada, ganha “puxadinhos” e novas lajes sobre lajes. Décadas depois, o resultado divide opiniões. Alguns veem uma casa malfeita, disfuncional e desconfortável. Outros veem soluções engenhosas encontradas pela família, mais bem adaptadas ao meio em que viviam e aos recursos que tinham—medalha de ouro! A casa é o nosso corpo, nosso organismo, nossa inteligência. Para aqueles cristãos acostumados a certo tipo de leitura literal do livro do Gênesis, isso é meio absurdo, pois Deus havia criado Adão e Eva como perfeitos em tudo, física e moralmente, e, com o pecado original, o homem

decaiu para esse estado corporal “mal ajambrado” que temos hoje.

Não é fácil reconciliar as duas narrativas, como já argumentei, pois diz-se que Deus “criou o homem à sua imagem e semelhança” e “viu tudo o que tinha feito: e era muito bom” (Gn 1,27;31). Mas a história prossegue sob um outro ângulo: “Então Deus modelou o homem com a argila do solo e insu ou em suas narinas um hálito de vida” (Gn 2,7). Em outras palavras, nós somos pó e cinzas,

e vivemos pela graça de Deus. O paradoxo do divino e do humano é bem captado pelo Salmo 8: “Que é o homem, para dele te lembrares, e um lho de Adão, para vires visitá-lo? E o zeste pouco menos que um Deus, coroando-o de glória e beleza” (8, 5-6).

Esse paradoxo foi captado no Novo Testamento, ao se identi car o Cristo na Paixão ao Servo Sofredor de Isaias: “Não tinha beleza nem esplendor que pudesse atrair nosso olhar.., como pessoa de quem

Cristo

todos escondem o rosto... E, no entanto, eram nossos sofrimentos que Ele levava sobre si” (53, 2-4). É desse homem que Pilatos fala: Ecce Homo!

A teoria da evolução fala tanto do humano bem adaptado ao seu ambiente e das soluções inteligentes encontradas quanto de “custos”, do ônus de se recorrer a “puxadinhos” ao longo do caminho, que tantos sofrimentos nos causam. Sob a luz da fé, a criação, dentro de uma perspectiva cristológica, fala tanto do Adão representado por Michelângelo na Capela Sistina quanto do sofredor, do marginalizado, do de ciente, do invisível. Paradoxalmente, um não ocorre sem o outro.

No Cristo sofredor e cruci cado, que entretanto ressuscitou, encontramos a resolução desse paradoxo, o novo homem que é simultaneamente fruto da longa evolução descrita pelas teorias cientí ca e da contínua vinda de Cristo. Viver esse paradoxo exige do cristão discernimento ante a tensão nas concordâncias e divergências entre teoria cientí ca e dado revelado.

EduardoRodriguesdaCruzéprofessortitulardo DepartamentodeCiênciadaReligiãodaPUC-SP, tendograusavançadosemFísicaeTeologia; publicou extensamente sobre o relacionamento entre ciências naturais e fé cristã.

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Arte: Sergio Ricciuto Conte

Comportamento

Adolescentes: compreendê-los para ajudá-los a crescer (II)

SIMONE RIBEIRO CABRAL FUZARO

Tendo em vista tudo o que foi dito sobre a adolescência no artigo anterior –Adolescentes: compreendê-los para ajudá-los a crescer (I) –, gostaria agora de deter-me mais em alguns aspectos práticos da relação dos pais com o adolescente.

O processo de crescimento das crianças rumo à vida adulta precisa ser um progressivo de aumento da capacidade de compreender, realizar, decidir e arcar com as consequências das decisões, ou seja, de crescer na autonomia em seus diversos aspectos: autonomia de execução, de decisão e de análise sobre as circunstâncias.

Ao longo da primeira infância, a criança cresce em autonomia de execução (é progressivamente capaz de guardar seus próprios brinquedos e pertences, de tomar banho sozinha, de trocar de roupa, de contribuir com pequenas tarefas no lar...), mas, os pais, como adultos, precisam tomar para si os papéis de análise das circunstâncias e decisão do melhor a ser feito. Nesse processo, ensinam limites, critérios, valores e virtudes para seus lhos.

Conforme as crianças passam para outra etapa da infância, é preciso ir aumentando as oportunidades de que exercitem a autonomia de análise e de escolha. Os adultos sempre precisam de nir quando é possível e educativo que elas escolham.

Existem alguns critérios importantes para isso: o assunto a ser decidido; a gravidade da consequência no caso de uma má escolha; e a capacidade da criança de realizar alguma análise sobre tal assunto.

Dos 7 aos 11 anos, a criança já possui uma racionalidade mais lógica e temporal, o que a ajuda na realização de um movimento de análise um pouco mais amplo. No entanto, ainda é fundamental que os pais conversem com os lhos, ajudem-nos a pensar e considerar as consequências e, depois, é preciso deixá-los arcar com as consequências da escolha, pois esse é um passo importantíssimo de aprendizagem.

Quando a criança vai sendo acompanhada nesse caminho de crescimento, ganha gradativamente virtudes importantes: a temperança, a ordem, a prudência, a obediência, en m, é preparada para a próxima etapa: a adolescência.

Na adolescência, é necessário manter esse processo de crescimento das autonomias: aumentam as oportunidades de autonomia de análise e de decisão. Não podemos perder de vista, no entanto, que ainda estão em tempo de treino dessas habilidades. Por isso, é tão importante os pais os acompanharem de perto, conversarem, promoverem re exões e de nirem quando estão aptos ou não para decidir.

No processo de treino, existem idas e

vindas. Por vezes, deixamos que decidam sobre algo num determinado momento, mas em outro precisamos impedir que protagonizem a decisão – tudo dependerá da maturidade que apresentem no processo. Para que vocês, pais, percebam isso, só existe uma fórmula: ouçam os argumentos de seus adolescentes, entendam suas análises, promovam conversas e leituras edi cantes e sejam presentes na vida deles.

Ouço muitos pais de adolescentes dizendo: “Não adianta, ele não larga o celular; não escuta o que falo; não quer almoçar quando chamo; ca até de madrugada na internet...” Agora, pensem: quem deu autonomia para que decidissem sobre esses assuntos? Quem é a autoridade sobre eles? A autoridade se mantém com a força da coerência, do exemplo de vida, do comprometimento com os lhos, da admiração que se desperta neles. Será que vocês estão conseguindo exercer essa autoridade sobre os adolescentes ou estão simplesmente admitindo que “eles são assim mesmo, não há o que fazer”?

Várias estratégias são muito boas para ajudar os adolescentes a amadurecerem rumo à vida adulta: Reuniões de família, nas quais cada um se posiciona sobre determinados assuntos, analisando-o o mesmo e se delibera em conjunto sobre o que será feito a respeito;

Você Pergunta

Rezar primeiro a Deus ou a Nossa Senhora?

PADRE CIDO PEREIRA osaopaulo@uol.com.br

“Quando oramos, primeiro devemos fazer nossos pedidos a Deus Pai, depois a Jesus, depois a Maria?”. Quem pergunta é a Rosangela Nogueira Lopes.

Primeiramente, temos que entender que nossos pedidos são feitos a Deus Pai. Nós sabemos, porém, que nosso Deus é um só e que há três pessoas distintas nele:

o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Uma única divindade em três pessoas. Agora, vamos lembrar que assim terminam as orações da missa: “Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo”.

Por que dizemos: “Por Nosso Senhor Jesus Cristo?” Porque nos dirigimos ao Pai por meio de Jesus, que é a ponte pela qual nós chegamos ao Pai com a nossa oração; e pela qual o Pai chega até nós com seu

amor e sua graça. E por que na unidade do Espírito Santo? Por que o Espírito Santo é amor do Pai e do Filho. Esse amor derramado sobre nós, coloca em nossa boca as palavras e os pedidos de nossa oração.

A nossa oração, porém, pode ser dirigida a Jesus somente, suplicando sua mediação ou suplicando diretamente a Ele mesmo, porque suplicar a Jesus é o mesmo que suplicar ao Pai. Jesus diz no Evangelho: “Quem me vê, vê o Pai. Eu e o Pai

Cine debate em família, a partir de um lme interessante, que tematize assuntos importantes para essa etapa da vida. Assistam a ele juntos, promovendo depois um momento de conversa e análise sobre o lme;

Momentos de convívio com os amigos dos lhos na casa da família: jogos de tabuleiro, lanches aos nais de semana etc. Abrir a casa para os amigos deles é uma estratégia interessante para conhecer bem o grupo e promover experiências edi cantes a todos; Praticar esportes juntos.

En m, também na adolescência, os lhos precisam de muita ajuda dos pais para enfrentarem os desa os que se colocam nessa caminhada para a vida adulta. Não há receita pronta para isso. Cadalho é uma pessoa única, diferente, que demandará dos pais um olhar e uma atenção também diferentes.

Portanto, pais, cuidem dessa etapa da vida com toda atenção e carinho. É uma fase desa adora, mas muito importante para a vida de seus lhos. Hoje, infelizmente, há muitos adolescentes perdidos, mal-orientados por estarem sendo conduzidos muito mais pelas redes sociais do que pelos valores familiares.

Simone Ribeiro Cabral Fuzaro é fonoaudiólogaeeducadora.Mantém o site www.simonefuzaro.com.br.Instagram:@sifuzaro

somos um”. Isso vale para o Espírito Santo também. Podemos suplicar ao Espírito Santo que coloque em nossa boca o que pedir e nos ensine a pedir ao Pai, ou podemos suplicar diretamente ao Espírito Santo porque Ele é Deus, com o Pai e o Filho.

E quanto a Nossa Senhora e os santos? Eles nada podem fazer por nós a não ser interceder. O que pedimos a eles é só intercessão. Nós pedimos a eles que orem por nós, que falem a Deus sobre nós!

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Em novo local, ExpoCatólica amplia a participação do público

EDIÇÃO DESTE ANO

ACONTECE DE 18 A

21 DE MAIO, NO PRO MAGNO – CENTRO DE EVENTOS, NA ZONA NORTE, PRÓXIMO À MARGINAL TIETÊ

A principal feira de produtos e serviços direcionados à Igreja Católica no Brasil chega à sua 16ª edição com novo local, formato e programação. Realizada pela Promocat – Promotora Católica, com o apoio da revista Paróquias e Catequistas Brasil, a ExpoCatólica reunirá, entre os dias 18 e 21, expositores, compradores, pro ssionais ligados ao setor e o público em geral para promover negócios, formação pastoral, além de apresentações artísticas e culturais, na perspectiva evangelizadora.

Realizada desde 2003, a feira neste ano mudou-se para o Pro Magno – Centro de Eventos, na Casa Verde, zona Norte da capital paulista. Segundo a diretora comercial da Promocat, Kiara Castro, o novo local, com mais de 25 mil m2, dividido em dois andares, foi buscado com o objetivo de “aumentar os espaços e dar uma visibilidade maior aos setores de turismo religioso, vocacional e dos auditórios”.

Os visitantes terão entrada livre em todos os dias da feira. O cadastramento poderá ser feito gratuitamente pelo site www.expocatolica.com.br ou no próprio local do evento. Pede-se aos participantes a doação de alimentos não perecíveis, que serão destinados à Comunidade Aliança de Misericórdia.

ARENAS

No espaço da ExpoCatólica, no térreo, além dos expositores de produtos e serviços, haverá duas arenas de músicas e palestras com temáticas diversi cadas.

“Nós teremos, por exemplo, um painel sobre a importância da inclusão de Pessoas com De ciências (PCDs) no ambiente paroquial. O objetivo é conscientizar sobre a dignidade da pessoa com de ciência, a importância da visibilidade, a necessidade de adaptações (arquitetônica, comunicacional etc) para ações pastorais e vivências litúrgicas”, destacou Kiara Castro.

Sacerdotes e músicos católicos também farão lançamentos de livros, com sessões de autógrafos e pocket shows

FORMAÇÃO

No andar superior do Pro Magno, a revista Paróquias, de gestão eclesial, promoverá congressos simultâneos: Conage (Congressos de Gestão Eclesial), Conaspar (Congresso Nacional de Secretários Paroquiais), Economatus (Seminário de Gestão Contábil e Finan-

ceira), Conacomp (Congresso Nacional de Comunicação Paroquial), CPP - Seminário de Lideranças Pastorais, Seminário de Coordenadores de Catequese e o Conadiz (Congresso Nacional da Pastoral do Dízimo e da Partilha). Nos dias 18 e 19, pela primeira vez na ExpoCatólica também será realizado o seminário para Organizadores de Festas Religiosas (Festeiros). As inscrições para os congressos e seminários podem ser feitas até o dia 17.

TURISMO RELIGIOSO

O ano de 2023 apresenta perspectivas positivas para o setor do Turismo no Brasil, que começa a reagir no pós-pandemia. O Turismo Religioso tem espaço de destaque na Feira. Neste ano, as secretarias de cultura dos estados do Pará, Bahia, e Espírito Santo e Goiás apresentarão roteiros que convidam os visitantes a uma experiência de fé e cultura. “Após a pandemia, sentimos que o turismo religioso dentro da feira está tendo uma força muito grande. Em nível nacional, muitas peregrinações estão acontecendo”, comemora Kiara.

PRESENÇA DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

A Arquidiocese de São Paulo apoia e participa da ExpoCatólica desde 2003. Nesta edição, o estande coordenado pelo Vicariato Episcopal para a Pastoral da Comunicação (Vicom) apresentará seus meios – portal da Arquidiocese, jornal O SÃO PAULO e rádio 9 de Julho – bem como os trabalhos da Pastoral da Comunicação (Pascom), do Amparo Maternal e do Serviço de Animação Vocacional (SAV), com a presença de promotores vocacionais, sob a orientação do Padre José Carlos dos Anjos.

A equipe do jornal O SÃO PAULO estará com a redação instalada no es-

tande para a cobertura dos principais momentos da feira, com atualizações no site – www.osaopaulo.org.br - e nas redes sociais (@jornalosaopaulo; @arquiSP).

A rádio 9 de Julho transmitirá toda a programação do estúdio multimídia montado para o evento, com a presença dos comunicadores da emissora. Haverá uma programação especialmente pensada para o público visitante, com ênfase para o Dia Mundial da Comunicações Sociais, celebrado no domingo, 21, na Solenidade da Ascensão do Senhor, em que as paróquias da Arquidiocese de São Paulo oferecerão as coletas das missas para a manutenção da rádio da Arquidiocese.

AMPARO MATERNAL

Com o intuito de dar visibilidade às suas ações em prol da promoção da dignidade humana, a Associação Amparo Maternal mais uma vez integra o estande da Arquidiocese de São Paulo. Os visitantes receberão gratuitamente material explicativo, com as informações necessárias de acesso ao projeto, relevância do serviço para a sociedade e como fazer parte, seja uma pessoa física, seja jurídica, sendo um doador ou voluntário.

Para Lorenna Pirollo, diretora-presidente da Associação Amparo Maternal, participar da ExpoCatólica é uma oportunidade para “construir e conservar vínculos, entre as nossas ações e o público visitante, lugar para partilha de valores e signi cados, num senso de corresponsabilidade a m de tornar durável as nossas ações caritativas, com olhar atento e misericordioso quanto à existência e ao cuidado com a vida, com as famílias mais vulneráveis e em extrema pobreza e vulnerabilidade social da cidade. É uma grande oportunidade de se estabelecer novas parcerias em prol

do bem comum, pois acreditamos que ´juntos, ca possível!’”.

PASCOM

A 2ª Edição do Pascom Experience – experiência de imersão dos agentes no dia a dia dos meios de comunicação da Arquidiocese de São Paulo – reunirá mais de 40 voluntários, distribuídos em três equipes de trabalho: acolhida, produção e redes sociais. Os voluntários se inscreveram nas áreas de interesse da comunicação da Arquidiocese de São Paulo, para desenvolverem trabalhos em conjunto com a equipe no estande. De acordo com o Coordenador da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo, Padre Antonio Francisco Ribeiro, os agentes “estão entusiasmados e trabalhando para que a participação da Arquidiocese seja bem organizada e possa contribuir para que o trabalho do Vicariato da Comunicação seja uma referência para que outras dioceses e organizações católicas também desenvolvam trabalhos de evangelização e possam contar com o apoio, orientação e motivação da Pastoral da Comunicação”.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO ESTÚDIO MULTIMÍDIA

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CLEIDE BARBOSA ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
Divulgação

Campanha Maio Roxo destaca a prevenção às doenças inflamatórias intestinais

DOR ABDOMINAL, DIARREIA E SANGUE

NAS FEZES SÃO

ALGUNS DOS SINTOMAS

DESSAS DOENÇAS; DIAGNÓSTICO PRECOCE É FUNDAMENTAL

As DIIs são ligadas ao sistema imunológico. “São doenças imunomediadas (autoimunes) que acometem tanto o intestino delgado quanto o grosso, o que inclui o canal anal e o ânus”, explica Sinara, destacando que não são contagiosas nem causadas por agentes transmissores como vírus, bactérias, parasitas ou tumores.

timento, ela pode se tornar uma doença bem debilitante.

SINTOMAS

Dor abdominal, diarreia prolongada, cansaço e sangue nas fezes são os principais sinais gerais de uma DII.

“A recolite ulcerativa por in amar basicamente o reto e o cólon. Normalmente, a in amação começa bem no nalzinho do intestino grosso, lá no reto e vai ascendendo”, detalha Sinara.

“Passa pela permissão genética, o que signi ca que o paciente pode ter alguma predisposição, e de acordo com a alteração da sua ora intestinal ou de aspectos da própria vida, que podem estar relacionados ao estresse ou ligados ao sistema imunológico, os fatores se somam e a doença se desencadeia”, discorre Sinara.

Embora sejam tratadas pelos coloproctologistas e os gastroenterologistas, o tratamento das DIIs é multidisciplinar e envolve diversas especialidades como reumatologia, dermatologia e nutrição, já que os pacientes podem apresentar sintomas relacionados a outras doenças imunomediadas.

Sangue e muco nas fezes são os sintomas mais característicos da recolite ulcerativa, que nem sempre apresenta diarreia.

Histórico da doença na familia (parentes próximos como pais, irmãos oulhos), dieta rica em gordura e alimentos industrializados, falta de bras e de água e o tabagismo são outros fatores de risco.

Ainda pouco conhecidas, as Doenças In amatórias Intestinais (DIIs) são o foco da campanha Maio Roxo, que acaba por ser uma extensão do Dia Mundial da

As DIIs afetam o trato digestório com in amação e sintomas persistentes. As mais comuns são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.

Estima-se que em todo o mundo as DIIs acometam 5 milhões de pessoas; destas, 1,6 milhão no Brasil, segundo estudos da Organização Brasileira de Doença de Crohn e Colite (GEDIIB), em 2020. No País, a incidência da doença de Crohn é de sete a dez casos por 100 mil habitantes, e da retocolite ulcerativa de dez a 20 casos por 100 mil habitantes.

“No Brasil, as doenças inamatórias intestinais ainda são consideradas raras. O que signi ca que a frequência delas na população é baixa, embora nós, médicos, estejamos assistindo ao crescimento progressivo dessas doenças”, disse, ao O SÃO PAULO, Sinara Leite, membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), especialidade médica e cirúrgica que trata de doenças do intestino delgado e do intestino grosso.

Sinara aponta que, apesar dos esforços das instituições e de pro ssionais que trabalham com as DIIs, faltam dados consolidados no Brasil sobre a incidência e a prevalência de tais doenças.

“Há subnotificação por subdiagnóstico, pois os sintomas são comuns aos de outras doenças que lesam o tubo digestório. Às vezes, o paciente leva até quatro ou cinco anos para obter o diagnóstico correto”, comenta a médica.

AS DIIS

As Doenças In amatórias Intestinais são enfermidades crônicas, sem cura, que podem causar impacto signi cativo no cotidiano do paciente. Porém, com o tratamento adequado, os sintomas são amenizados e pode-se desfrutar de uma vida com menos restrições.

Qualquer pessoa pode ter uma DII.

“Do ponto de vista de faixa etária, existem dois picos de incidência. Um que vai dos 20 aos 35 anos, e um segundo pico, menor que o primeiro, que afeta pacientes a partir dos 65 anos”, diz Sinara, lembrando que outras faixas etárias podem ser afetadas, inclusive crianças com poucos meses de vida.

AS MAIS COMUNS

Debaixo do guarda-chuva das DIIs há duas enfermidades. A doença de Crohn pode afetar qualquer parte do tubo digestório, desde a boca até o ânus. Mas, na maioria dos casos, costuma acometer a parte inferior do intestino delgado e do intestino grosso.

Já a retocolite ulcerativa afeta o intestino grosso, uma ou mais camadas do cólon, causando úlceras (feridas) e in amações na camada super cial do órgão. Com diferentes graus de acome-

“Quanto maior o segmento envolvi-

no intestino.

Também não podem ser ignoradas as doenças que afetam o aspecto emocional como a depressão e a ansiedade, que elevam a sensibilidade das células nervosas Doença In amatória Intestinal, em 19 de maio.

Ainda sobre o ponto de vista genético, Sinara a rma que já há vários genes que podem estar ligados ao desenvolvimento de DIIs.

Existe, ainda, uma incidência maior quando o paciente tem alguém na família, um parente em primeiro grau, com a doença. “Mas não é uma coisa matemática, em que o fato de um pai ter uma DII fará com que o lho tenha 50% de chance de ter também. A doença é multifatorial: às vezes, a pessoa tem a permissão genética e jamais a desenvolverá”, a rma Sinara.

DIAGNÓSTICO PRECOCE

do pela in amação, mais sintomas de alteração intestinal o paciente terá, ou seja, aumento da frequência evacuatória, alteração da qualidade das fezes, que cam mais amolecidas”, diz a doutora.

No caso da doença de Crohn, que pode atingir qualquer parte do intestino, os sintomas variam.

“Com a in amação no nal do delgado, é comum um mal-estar abdominal, cólica e diarreia. Às vezes, uma certa inapetência (fastio) e pode ocorrer perda de peso”, relata Sinara.

Quando o canal anal é acometido, há dor na hora de evacuar. “Um ardor. E o paciente pode até identi car secreção na roupa ou no papel higiênico. Pode ainda ter constipação”, descreve.

CAUSAS

A DII é multifatorial. Trata-se da somatória de situações, como fatores genéticos, comportamentais e físicos.

Antes do diagnóstico, é comum o paciente ignorar os sintomas. Normalmente, quando está com uma crise de diarreia ou cólica, a pessoa acredita que seja relacionada a algo que comeu. Embora, na maioria das vezes, seja só isso mesmo, é preciso estar atento à frequência com que isso acontece e observar os demais sintomas. Obter um diagnóstico precoce é fundamental para melhor tratar as DIIs. “Porque são doenças progressivas, ou seja, nesse in ama e desin ama, a área afetada do intestino vai cando deformada. Ela vai espessando, estreitando, pode perfurar e quanto mais antiga a doença, mais sequelas o paciente pode ter”, alerta. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior a chance de controlar a DII com medicação. “Já quando as sequelas estão estabelecidas, nos casos mais avançados, o paciente vai precisar de cirurgia”, explica.

Ao perceber os sintomas, é preciso procurar atendimento médico para obter o diagnóstico correto. “Não é porque a pessoa teve uma diarreia e viu um pouquinho de sangue nas fezes, que signi ca que está com uma DII”, conclui Sinara, reforçando a recomendação de que haja a procura do serviço médico especializado.

8 | Reportagem | 17 a 23 de maio de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br
IRA ROMÃO ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doenças de Crohn

Começa a campanha ‘Amparo pela Vida’ 2023

Começou a segunda edição da campanha ‘Amparo pela Vida’, com a meta de arrecadar recursos para manter os trabalhos do centro de acolhida para gestantes, mães e bebês do Amparo Maternal, localizado na Vila Clementino, zona Sul da capital paulista.

O valor mínimo para doação é R$ 1,00, e pode ser feito via PIX ou transferência bancária até 15 de dezembro.

O lançamento da iniciativa ocorreu no

domingo do Dia das Mães, 14, durante as missas na Paróquia Nossa Senhora do Brasil, na Região Sé.

A meta primordial da campanha é que a captação de recursos permita cobrir o dé cit mensal, atualmente em R$ 22 mil, da manutenção do Centro de Acolhida. Uma vez alcançado esse objetivo, o que for arrecadado a mais será usado para adequar as instalações prediais do Amparo Maternal; uma meta posterior é a de ampliar projetos de capacitação pro ssional que ajudem na reinserção no mercado de tra-

balho das mães que forem acolhidas.

“O Brasil e um pais solidário, e, por isso, contamos com milhões de amparos e temos con ança de que chegaremos a 100% dos objetivos da campanha”, a rma Lorenna Pirolo, diretora-presidente da Associação Amparo Maternal, vinculada à Arquidiocese de São Paulo.

Criado em 1939 a partir do olhar caritativo do obstetra Álvaro Guimarães Filho, da Madre Marie Domineuc e do então Arcebispo de São Paulo, Dom José Gaspar D’A onseca e Silva, o Amparo

Maternal é reconhecido pela excelência nos serviços que bene ciam gestantes, mães e bebês em situação de risco e vulnerabilidade social.

DOE 1 AMPARO

Chave PIX

doacoes@amparomaternal.org

Transferência bancária: Banco Itaú – Ag: 0910 – c/c: 010733-3

Associação Amparo Maternal

CNPJ: 61.904.678.0001-93

Saiba mais detalhes em: https://amparopelavida.com.br

Morre José Carlos Stangarlini, ex-deputado defensor dos valores cristãos

Aos 72 anos, faleceu na quinta-feira, 11, em São Paulo, José Carlos Stangarlini, que fez carreira como advogado na área de seguros, foi deputado estadual e federal, e como pro ssional e parlamentar defendeu os valores cristãos. Ele foi sepultado na sexta-feira, 12, no Cemitério Gethsêmani Morumbi, na Vila Sônia, na zona Sul.

Stangarlini se elegeu deputado estadual por dois mandatos 1999-2003 e 2003-2007. No legislativo paulista, foi o

autor de leis voltadas ao bem-estar social, segurança pública e educação, entre as quais o projeto de lei no 1036, de 1999, para a instituição do ensino religioso como disciplina nas escolas da rede pública estadual de ensino fundamental. O PL se tornaria a lei estadual 10.783, sancionada em 2001 Stangarlini foi ainda deputado federal, entre 2009 e 2011, tendo integrado as comissões de Educação e Cultura; Relações Exteriores e Defesa

Nacional; e Seguridade Social e Família.

Ao longo de sua vida, Stangarlini fez parte da Renovação Carismática Católica, tendo sido seu secretário-geral na Arquidiocese de São Paulo. Ele também deu apoio e acompanhamento ao Arsenal da Esperança, à Toca de Assis e à Aliança de Misericórdia; e foi membro do Conselho de Assessoria em Administração e Finanças, da Fundação São Paulo, da Arquidiocese de São Paulo. (DG)

Fonte: Portais Alesp e Câmara Notícias

Seminário aprofunda o tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais

Para comemorar o 57o Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Serviço à Pastoral da Comunicação (Sepac) e a plataforma Paulinas Cursos realizaram entre os dias 9 e 11, o III Seminário de Comunicação.

O evento, promovido com o apoio da Arquidiocese de São Paulo e outras entidades, aprofundou a temática da mensagem do Papa Francisco para essa data comemorativa: “Falar com o coração. ‘Testemunhando a verdade no amor’ (Ef 4, 15)”, evidenciando a comunhão para uma cultura de paz.

Nas primeiras duas noites, o evento aconteceu exclusivamente na modalidade on-line, contando com conferências do jornalista Rovilson Robbi Britto, pós-doutor em Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP); e da jornalista Cristiane Murray, vice-diretora da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Ao comentar a mensagem do Papa Francisco para a ocasião, Rovilson res-

saltou que a temática escolhida pelo Pontí ce é bastante oportuna e adequada para o momento atual da sociedade. “Falar com o coração é uma provocação para que re itamos não sobre a quantidade de comunicação que existe, mas a qualidade da comunicação que se realiza nos tempos atuais”, a rmou.

ESCUTA SINODAL

Cristiane Murray compartilhou a experiência de escuta sinodal realizada pelo Dicastério para a Comunicação, no Vaticano. Cerca de 400 pro ssionais participaram do processo, por meio de encontros e re exões em grupo, que permitiram que as agentes da comunica-

ção vaticana expressassem suas alegrias e desa os no desempenho de sua missão, além de apontarem caminhos para maior comunhão, participação e missão. “A comunicação, que é o nosso serviço, não podia, não pode deixar de ser sinodal; e precisamente por isso, juntamente com a comunhão, torna-nos verdadeiramente membros uns dos outros”, a rmou a jornalista.

A última noite do seminário aconteceu de forma on-line e presencial, no Auditório Paulo Apóstolo, das Irmãs Paulinas (foto), na Vila Mariana. O evento contou com a participação de Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé; Angélica Lima, jornalista da Rede Imaculada de Comunicação e secretária da SIGNIS Brasil; e Padre Antonio Iraildo Alves de Brito, Diretor da Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom). Os convidados partilharam como buscam viver, a partir se suas missões, a experiência de “falar com o coração”

Para assistir à íntegra do seminário, acesse: https://tinyurl.com/2kef42bg

Pastoral do Menor lança cartilha sobre as eleições do Conselho Tutelar

Com o intuito de informar os cidadãos católicos sobre a importância do processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, cuja eleição ocorrerá em todo o Brasil em 1o de outubro, a Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo lançou uma cartilha formativa sobre o que é e como é composto o Conselho Tutelar, bem como o per l do conselheiro.

Ao todo, 150 mil exemplares da cartilha serão dis-

tribuídos nas seis regiões episcopais da Arquidiocese de São Paulo.

Os Conselhos Tutelares foram criados em 1990, com a publicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei Federal no 8.069/90. Trata-se de um “órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente” (art. 131 do ECA); sujeito

à scalização da sociedade, do Ministério Público, dos Conselhos de Direitos e do Poder Judiciário.

Cada Conselho Tutelar é formado por um grupo de cinco pessoas, eleitas pela população local, para o mandato de quatro anos, permitido recondução, mediante novo pleito. Na cidade de São Paulo existem 52 Conselhos Tutelares.

Fonte: Pastoral do Menor (Colaborou: Fernando Arthur)

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FERNANDO GERONAZZO ESPECIAL PARA O SÃO PAULO Luciney Martins/O SÃO PAULO - ago.2002 Sepac

Mariana e Carlos: um amor sem medidas multiplicado por 12

‘JUNTOS, VIVENCIAMOS

NO COTIDIANO O AMOR DE DEUS POR NÓS’, DIZ O CASAL, PAIS DE 10 FILHOS E AO AGUARDO DA CHEGADA DE GÊMEAS. NO PERFIL

@CORACAODEMAMI NO INSTAGRAM, A DINÂMICA DA CRIAÇÃO DOS FILHOS É COMPARTILHADA

COM MAIS DE 537 MIL SEGUIDORES

ROSEANE WELTER ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

Mariana e Carlos Arasaki estão casados há 12 anos. Ambos têm 38 anos de idade. Eles são pais de dez lhos e estão à espera de gêmeas. Em entrevista ao O SÃO PAULO, o casal enfatizou a vocação à vida, a experiência da maternidade e da paternidade, a rotina e curiosidades sobre os lhos.

Maria Philomena, 11, Martin, 10, Maria Clara, 8, Maria Sophia, 7, Bernardo, 6, Margarida Maria, 4, Maria Madalena, 3, Stella Maria, 2, os gêmeos João Pio e Josemaría, 1, já convivem com o amor dos pais, bem como as gêmeas, com cinco meses de gestação, cujos nomes ainda não foram escolhidos por Mariana e Carlos.

Diariamente, Mariana compartilha em seu perfil no Instagram (@coracaodemami) a dinâmica da criação dos lhos, a ajuda de uma rede de apoio, e inspira outras mulheres na arte de ser mãe. Atualmente, mais de 537 mil pessoas são seguidoras desse per l nas redes sociais.

VOCAÇÃO À VIDA

Mariana e Carlos se conheceram em 2010, no Domingo de Páscoa, na Paróquia Nossa Senhora do Brasil, na Região Sé, onde são paroquianos e membros do Apostolado da Oração. Carlos é lho único e Mariana de uma família com seis irmãos. Eles a rmaram que desde que se conheceram, desejavam constituir uma família numerosa

“Não sabíamos quantos lhos teríamos, mas sempre brinquei com ele que, no mínimo, seriam quatro, para começar!”, recordou Mariana.

Carlos enfatizou que constituir uma família é “estar aberto à vocação de gerar uma nova vida, é acolher nos braços o maior tesouro que são os lhos, é, sobretudo, amar sem medidas”.

Ao falar sobre a descoberta desta décima gestação e a segunda de gêmeos, o casal mencionou que foi uma grande surpresa e, ao mesmo tempo, um momento de profunda alegria. “Cada gestação é única, assim como cada um dos nossos

lhos é único”, a rmaram, enfatizando estarem sempre abertos à vida. “Juntos, nós vivenciamos no cotidiano o amor de Deus por nós, um amor que não se mede, não se divide, soma-se”, disseram.

ALEGRIAS E DESAFIOS EM FAMÍLIA

Mariana lembrou que em curto período de tempo, a família ganhou quatro novos membros. “Que bênção. Éramos 8, somos 10 e em breve 12. Sinto-me feliz, abençoada, realizada e agradeço a Deus todos os dias por tantas bênçãos na minha vida e na minha família”, disse.

A mãe enfatizou que uma gestação gemelar nunca é fácil. “É um momento que requer mais atenção e cuidado. É uma experiência única. Cada uma das dez gestações teve suas particularidades, desaos. Nesta, por exemplo, tive mais enjoos, mais cansaço e fome, mas a alegria de gerar uma nova vida é singular”, contou.

A mãe ressaltou que a família conta com uma rede de apoio para a rotina diária com as crianças. “Adaptar-se à rotina é um desa o, mas, também, um momento precioso em família, no qual, como casal, compartilhamos as atividades e contamos com o apoio da minha mãe, irmãs e duas babás”.

“Dá muito trabalho! São muitos detalhes, e, sim, também me sinto cansada, esgotada e penso que não vou dar conta, mas ao ver o sorriso, ao receber um beijo e abraço, a cada ‘mamãe eu te amo’, a energia é renovada, e a presença de cada lho é contagiante!”, destacou Mariana.

Sobre o dia a dia, os pais a rmaram que o ideal não é lotar a agenda da criança – mas, sim, estar presente, orientar e educar para que se sintam protegidas em todos os momentos –, ter horários a serem seguidos com disciplina e diálogo, para que cresçam con antes e responsáveis.

“Aqui em casa, por exemplo, o horário de dormir é sagrado. Além de fazer bem às crianças, proporciona momentos de diálogo e intimidade ao casal. Outra prioridade são os momentos de oração: rezamos o Terço e participamos das missas aos domingos. Assim como nossos

pais nos introduziram na fé, queremos transmitir esse legado aos nossos lhos”, garantem.

PAIS EM CONSTRUÇÃO

O casal é enfático ao a rmar que são pais em construção, e que cada nova gestação é uma experiência de aprendizado e que estão sempre abertos às novas possibilidades. “Sou uma mãe em construção. A cada amanhecer e entardecer, aprendo elementos novos para minha vida e para meus lhos. Juntos, Carlos e eu buscamos no amor, no diálogo e na ajuda mútua o melhor para as crianças”, conta, ressaltando que a prioridade é a educação dos lhos na fé, no amor a Deus e ao próximo.

“Eu sou um pai em construção. Todos os dias, aprendo com as crianças coisas novas. Foi em casa, com meus pais, que aprendi que o essencial da vida são os valores da fé, da vida, do diálogo, do respeito mútuo, entre outras coisas. E, diariamente, eu me esforço para transmitir o essencial aos meus lhos”, diz Carlos.

INSPIRAR OUTRAS MÃES

Quem acompanha regularmente o per l @coracaodemami no Instagram se depara com publicações que têm por objetivo inspirar outras mães.

“É uma forma de comunicar e incentivar os casais nessa jornada, mostrando um pouco da nossa vida em família”, disse Mariana, que, mesmo com a agenda cheia, compartilha dicas para levar a maternidade com leveza; de organização do lar, alimentação das crianças e jogos caseiros em família.

“O per l surgiu com o intuito de mostrar a rotina e a rede de apoio que me auxilia nesta brilhante jornada da maternidade”, a rmou Mariana, lembrando que recebe críticas pelo número de lhos, mas que as mensagens de amor e apoio a motivam a ser uma mãe melhor todos os dias.

“Os comentários maldosos até me magoam, mas busco priorizar a missão pela qual o per l existe. As mensagens de amor e apoio são a grande maioria e isso

me fortalece, até porque o amor e a adesão à vida são os pilares da nossa união matrimonial e estamos abertos aos lhos que Deus nos mandar”, conta.

Mariana mencionou que muitas mulheres desejam ser mães, mas, por causa do cenário atual, têm medo; outras, estão gestantes e inseguras; outras que não querem ter lhos, mudam de ideia inspiradas no amor compartilhado.

“Poder ajudar muitas mulheres a ressigni car o sentido da maternidade é inspirador. Ser mãe não é um mar de rosas, mas busco mostrar a beleza e as di culdades enfrentadas pelas mulheres”, conta, destacando que isso a tem ajudado a ser uma mãe e esposa melhor.

DICAS DA MAMÃE

Questionada sobre as solicitações nas redes sociais, Mariana a rmou que a maior demanda gira em torno das perguntas (abaixo) e que sempre busca compartilhar dicas a partir da própria experiência.

“Com tantos filhos, como você dá conta?”

“Com amor, carinho e organização tudo dá certo. Não existe a maternidade perfeita e sim mães sempre tentando fazer o seu melhor. Mesmo diante do cansaço, da exaustão, a maternidade mostra que somos capazes de tirar forças da onde nem imaginávamos que existiam”.

“Quem a ajuda nas atividades com tantas crianças? Como é a rede de apoio e a rotina”

“Sempre ressalto que sozinha eu realmente não conseguiria. Tenho uma rede de apoio que me auxilia diariamente, minha mãe, irmãs e duas babás, e o mais importante, o apoio e parceria do meu esposo. Sempre procuro mostrar que ser mãe é ser e estar presente na rotina dos lhos. Preparo o café da manhã, levo-os à escola e os busco depois, vou às atividades extracurriculares, passeamos juntos e estou sempre atenta às necessidades de todos e à particular de cada um.

10 | Reportagem | 17 a 23 de maio de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br
@coracaodemami

Comunicar com o coração, testemunhando a verdade no amor

O SÃO PAULO APRESENTA OS

PRINCIPAIS ASPECTOS

ABORDADOS NA

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA O 57O DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

Daniel Gomes

Realizado pela primeira vez em 1967 e celebrado no Domingo da Ascensão do Senhor, o Dia Mundial das Comunicações Sociais chega à sua 57a edição, este ano em 21 de maio, com o tema “Falar com o coração. Testemunhando a verdade no amor”.

“Foi o coração que nos moveu para ir, ver e escutar [verbos que nortearam as mensagens de anos anteriores], e é o coração que nos move para uma comunicação aberta e acolhedora. Após o nosso treino na escuta, que requer saber esperar e paciência, e o treino na renúncia a impor em detrimento dos outros o nosso ponto de vista, podemos entrar na dinâmica do diálogo e da partilha que é, em concreto, comunicar cordialmente. E, se escutarmos o outro com coração puro, conseguiremos também falar testemunhando a verdade no amor (cf. Ef 4,15)”, escreve o Papa Francisco na introdução da mensagem.

A realização de um dia voltado às comunicações foi algo proposto no Concílio Vaticano II e está indicado no decreto conciliar Inter miri ca (IM), de 1966: “Para que se revigore o apostolado da Igreja em relação com os meios de comunicação social, deve celebrar-se em cada ano, em todas as dioceses do mundo, um dia em que os éis sejam ensinados a respeito das suas obrigações nesta matéria, convidados a orar por esta causa e a dar uma esmola para este m, a qual se destina a sustentar e a fomentar as instituições e as iniciativas promovidas pela Igreja nesta matéria” (IM 18).

AMOR, VERDADE E ENCONTRO

Na mensagem deste ano, Francisco enfatiza que o cristão não deve ter medo de proclamar a verdade, ainda que incômoda, e precisa fazê-lo com o coração puro.

“Trata-se de um coração que revela, com o seu palpitar, o nosso verdadeiro ser e, por essa razão, deve ser ouvido. Isso leva o ouvinte a sintonizar-se no mesmo comprimento de onda, che-

gando ao ponto de sentir no próprio coração também o pulsar do outro. Então, pode ter lugar o milagre do encontro, que nos faz olhar uns para os outros com compaixão, acolhendo as fragilidades recíprocas com respeito, em vez de julgar a partir dos boatos, semeando discórdia e divisões”, a rma o Pontí ce, destacando que esse falar com o coração é indispensável em um mundo “tão propenso à indiferença e à indignação, baseada, por vezes, até na desinformação que falsi ca e instrumentaliza a verdade”.

COMUNICAÇÃO ATENTA AO PRÓXIMO

O Papa também lembra que é preciso comunicar cordialmente, de modo que “a pessoa que nos lê ou escuta seja levada a deduzir a nossa participação nas alegrias e receios, nas esperanças e sofrimentos das mulheres e homens do nosso tempo Quem assim fala, ama o outro, pois preocupa-se com ele e salvaguarda a sua liberdade, sem a violar”.

O Pontí ce destaca que essa comunicação “de coração e braços abertos” deve ser uma preocupação não apenas dos agentes de informação: “Todos somos chamados a procurar a verdade e a dizê-la, fazendo-o com amor. De modo particular nós, cristãos, somos exortados a guardar continuamente a língua do mal (cf. Sl 34,14)”.

Francisco também exorta que nos meios de comunicação de massa não se fomente uma comunicação que gere ódio e conduza ao confronto,

“mas que se ajude as pessoas a re etir calmamente, a decifrar com espírito crítico e sempre respeitoso a realidade onde vivem”.

COM CORAGEM E LIBERDADE, A EXEMPLO DE SÃO FRANCISCO DE SALES

Na mensagem, o Papa enaltece São Francisco de Sales (1567-1622), Doutor da Igreja e que há cem anos, em 1923, foi declarado padroeiro dos jornalistas católicos.

“Francisco de Sales foi bispo de Genebra no início do século XVII, em anos difíceis, marcados por animadas disputas com os calvinistas. A sua mansidão, humanidade e predisposição em dialogar pacientemente com todos, e de modo especial com quem se lhe opunha, zeram dele uma extraordinária testemunha do amor misericordioso de Deus”.

O Pontí ce lembra ainda que o Santo ensinou que somos aquilo que comunicamos, “uma lição contracorrente hoje, num tempo em que, como experimentamos particularmente nas redes sociais, a comunicação é muitas vezes instrumentalizada para que o mundo nos veja, não por aquilo que somos, mas como desejaríamos ser”.

“Possam os agentes da comunicação sentir-se inspirados por este Santo da ternura, procurando e narrando a verdade com coragem e liberdade, mas rejeitando a tentação de usar expressões sensacionalistas e agressivas”, exorta o Papa.

NA IGREJA, UMA COMUNICAÇÃO COM DEUS E COM O PRÓXIMO

Como já a rmara em outras ocasiões, na mensagem deste ano o Papa reforça que também na Igreja “há grande necessidade de escutar e de nos escutarmos”, e lembra que tal escuta deve ser “sem preconceitos, atenta e disponível”, uma comunicação “que in ame os corações, seja bálsamo nas feridas e ilumine o caminho dos irmãos e irmãs”.

Nessa perspectiva, Francisco condencia: “Sonho uma comunicação eclesial que saiba deixar-se guiar pelo Espírito Santo, gentil e ao mesmo tempo profética, capaz de encontrar novas formas e modalidades para o anúncio maravilhoso que é chamada a proclamar no terceiro milênio. Uma comunicação que coloque no centro a relação com Deus e com o próximo, especialmente o mais necessitado, e esteja mais preocupada em acender o fogo da fé do que em preservar as cinzas de uma identidade autorreferencial”.

PROMOVER A LINGUAGEM DA PAZ

Na parte nal da mensagem, Francisco conclama que este “falar com o coração” ajude a promover uma cultura de paz e abrir sendas de diálogo e reconciliação

“No dramático contexto de con ito global que estamos vivendo, urge assegurar uma comunicação não hostil. É necessário vencer ‘o hábito de denegrir rapidamente o adversário, aplicando-lhe atributos humilhantes, em vez de se enfrentarem num diálogo aberto e respeitoso’. Precisamos de comunicadores prontos a dialogar, ocupados na promoção de um desarmamento integral e empenhados em desmantelar a psicose bélica que se aninha nos nossos corações, como exortava profeticamente São João XXIII na encíclica Pacem in terris [de 1963]: ‘A verdadeira paz entre os povos não se baseia em tal equilíbrio [de armamentos], mas, sim, e exclusivamente, na con ança mútua’ (no 113)”.

Francisco conclama que se rejeite toda a retórica belicista, assim como toda a forma de propaganda que manipula a verdade, deturpando-a com nalidades ideológicas. “Em vez disso, seja promovida, em todos os níveis, uma comunicação que ajude a criar as condições para se resolverem as controvérsias entre os povos”.

“Que o Senhor Jesus, Palavra que Se fez carne, nos ajude a colocarmos à escuta do palpitar dos corações, para nos reconhecermos como irmãos e irmãs e desativarmos a hostilidade que divide”, conclui o Pontí ce.

17 de maio de 2023 EDIÇÃO 04

A comunicação a serviço da evangelização na maior cidade do Brasil

Na Arquidiocese de São Paulo, esse serviço é organizado e animado pelo Vicariato Episcopal para a Pastoral da Comunicação, responsável por acompanhar os meios de comunicação arquidiocesanos – jornal O SÃO PAULO, rádio 9 de Julho, folheto Povo de Deus em

São Paulo, portal ArquiSP e mídias digitais –, a Assessoria de Imprensa e a Pastoral da Comunicação (Pascom).

Desde 2017, os meios de comunicação ociais da Arquidiocese de São Paulo iniciaram um processo de integração dos trabalhos rea-

lizados em uma mesma redação, no bairro da Freguesia do Ó, na zona Noroeste da cidade. O projeto também conta com a integração na produção de conteúdos e na administração dos veículos, seguindo a tendência mundial da convergência de mídias.

OSÃO PAULO: um jornal católico de notícias

Em seus 67 anos de história e mais de 3,4 mil edições, o jornal O SÃO PAULO tem retratado a vida da Igreja em âmbito arquidiocesano, nacional e global.

Pelas páginas do semanário arquidiocesano, os leitores tiveram ciência sobre os atos, discursos e documentos de sete papas – Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco – e cinco arcebispos – Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, Dom Agnelo Rossi, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Cláudio Hummes e Dom Odilo Pedro Scherer.

A cada semana, a dinâmica evangelizadora da Igreja, com práticas que externam a fé, a esperança e a caridade cristã, continuam a preencher as páginas do O SÃO PAULO, fazendo com que este veículo cumpra sua missão de ser um jornal católico de notícias, que lê “os acontecimentos dentro e fora da Igreja, sob a ótica do Evangelho, da ética e da moral cristã”, como indica o ponto 18 dos atuais princípios editoriais.

NO COMPASSO DAS MUDANÇAS

Em quase sete décadas de história, o mundo mudou, o fazer jornalístico também, assim como as maneiras pelas quais as pessoas se informam. O jornal O SÃO PAULO acompanha as evoluções das tecnologias informativas e hoje também pode ser acessado pela internet – www.osaopaulo.org.br – e seus conteúdos são compartilhados pelas redes sociais – Facebook/ Instagram (@jornalosaopaulo), bem como em uma newsletter semanal e por meio de aplicativos de mensagens.

Evangelizar pelos canais de comunicação disponíveis a cada tempo é um dos pilares do O SÃO PAULO, como manifestou seu fundador, o

#ARQUISP

Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, na primeira edição do jornal, em 25 de janeiro de 1956: “Se a imprensa, a boa imprensa, é órgão indispensável na estrutura de qualquer organismo da sociedade moderna, também para a Igreja é elemento necessário à propaganda e à defesa da fé e da moral, da doutrina e da prática da religião”.

Às vésperas da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em julho de 2013, o jornal passou por uma signi cativa mudança em seu formato impresso: de standard para germânico, tendo, desde então, todas as páginas coloridas.

Nos anos que se seguiram, houve aprimoramentos na forma de apresen-

A primeira experiência da Arquidiocese de São Paulo na internet aconteceu ainda em 1999, sendo uma das primeiras dioceses do Brasil a ter um site institucional. Em 2010, para corresponder aos avanços tecnológicos, iniciou-se um projeto de re-

tação das notícias – em uma linguagem mais compreensível a todos os púbicos – mas sem perder de vista a missão de não só informar, mas, também, de bem formar os católicos sobre a riqueza da fé cristã. Por essa razão, foram criadas nos últimos anos as editorias “Viver Bem”, “Pelo Brasil”, “Pelo Mundo” e “Com a Palavra”, com o objetivo de um maior aprofundamento dos temas apresentados no jornal.

Desde 2022, o jornal tem intensicado a produção de cadernos temáticos, com periodicidade mensal ou bimestral, entre os quais os de “Fé e Cultura” e “Fé e Cidadania”, em parceria com o Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP; “Pascom em Ação”, com a Pastoral da Comunicação da Arqui-

formulação do site, com o objetivo de transformá-lo em um portal. A primeira versão do portal da Arquidiocese foi lançada em 2011. O portal arquisp.org.br tem o objetivo de ser, como afirmou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, o “ambiente digital” da Igreja em

diocese; e “Laudato si’– por uma ecologia integral”, produzido pela equipe de jornalismo do semanário, à luz dos apontamentos feitos pelo Papa Francisco na encíclica sobre o cuidado com a casa comum.

JORNAL O SÃO PAULO

Publicado semanalmente às quartas-feiras

Acesse notícias diariamente em – www.osaopaulo.org.br

Siga-nos nas redes sociais –Facebook/Instagram –@jornalosaopaulo

Sugestões de pauta –osaopaulo@uol.com.br

São Paulo, integrando paróquias, clero, pastorais, organismos e os demais meios de comunicação da Arquidiocese em uma mesma plataforma. Ainda este mês, será concluída a primeira etapa da nova versão do portal, mais interativa e integrada com as mídias digitais e os dispositivos móveis.

2 | Pascom em Ação | 17 de maio de 2023 | www.arquisp.org.br www.osaopaulo.org.br/fé-cultura

Rádio 9 de Julho, rumo aos 25 anos

Prestes a completar, em 2024, os 25 anos de sua reinauguração o cial, a rádio 9 de Julho rea rma sua missão de ser a voz da Igreja em São Paulo. Nascida como uma emissora estatal, em 1954, para homenagear o Quarto Centenário de fundação da cidade de São Paulo, a rádio foi oferecida pelo presidente em exercício, João Fernandes Campos Café Filho, à Arquidiocese de São Paulo. Assim, desde 1956, também pelas ondas do rádio, a Igreja em São Paulo tem entre seus meios de comunicação uma emissora que evangeliza, informa e leva entretenimento ao público.

Nesse percurso, um hiato de 26 anos marcou a história da Igreja e da sociedade. Um decreto do governo do presidente Emílio Garrastazu Médici, de 30 de setembro de 1973, declarou extintas as ondas OM (Ondas Médias) e OC (Ondas Curtas) da rádio 9 de Julho. Esse fato criou grande indignação dentro e fora da Igreja. Sob a liderança pastoral do Cardeal Paulo Evaristo Arns, em 1996, o decreto que silenciou a emissora foi anulado e a concessão restabelecida. Assim, em 1999, voltava ao ar a rádio da Arquidiocese de São Paulo, a serviço do povo, procurando ser um espaço de anúncio do Reino de Deus e respeito à dignidade das pes-

soas, preocupada com o conteúdo e a qualidade de sua programação.

MULTIPLATAFORMA

Quase 25 anos após sua reinauguração, com o avanço das tecnologias em comunicação, a rádio 9 de Julho se de ne como um veículo multiplataforma. O alcance de audiência e de transmissão do rádio, com a convergência de mídias, vai muito além do seu limite espectral. Aliada às ondas do AM 1600 kHz, a emissora também pode ser ouvida por meio do site (www.radio9dejulho.com.br), no aplicativo, bem como vista pelas redes sociais.

Segundo o Padre Jorge Silva, Diretor geral da rádio 9 de Julho, a programação da emissora re ete uma linha editorial baseada no plano de pastoral da Arquidiocese de São Paulo, o que a coloca como instrumento de evangelização e de serviço ao bem comum e, neste momento, acolhendo as propostas do sínodo arquidiocesano, tornar-se uma rádio ainda mais pastoral. O Sacerdote detalha que está em curso um projeto de um novo aplicativo da emissora, moderno e interativo, com funcionalidades a m de integrar a comunicação das regiões episcopais .

QUANDO CHEGARÁ AO FM?

A expectativa é que até o próxi-

mo ano, a rádio 9 de Julho também opere em FM (Frequência Modulada), o que vai garantir mais qualidade de áudio ao ouvinte. No processo de migração das emissoras que operam em AM (Amplitude Modulada) para a FM, ao menos oito emissoras na Grande São Paulo já transmitem na faixa estendida desta frequência.

Há um desa o adicional aos radiodifusores: os aparelhos atuais sintonizam de 88 MHz a 108 Mhz, mas a portaria interministerial nº 68, assinada pelos Ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), obriga os fabricantes de eletroeletrônicos a produzir rádios FM capazes de sintonizar a faixa estendida (entre 76 MHz e 108 MHz). Desde 2019, os aparelhos de som automotivos produzidos no País já são obrigados a carregar essa nova faixa em FM.

Com a migração para o FM, a emissora arquidiocesana poderá operar nas duas frequências, em simulcasting – transmissão simultânea em AM e FM – para a adaptação da audiência AM em relação à transmissão em FM. Em São Paulo, para as emissoras que ocuparam faixas da FM estendida, a previsão é de que o simulcasting dure cerca de cinco anos.

Precisamos de comunicadores prontos a dialogar, ocupados na promoção de um desarmamento integral e empenhados em desmantelar a psicose bélica que se aninha nos nossos corações

Comunicar cordialmente quer dizer que a pessoa que nos lê ou escuta é levada a deduzir a nossa participação nas alegrias e receios, nas esperanças e sofrimentos das mulheres e homens do nosso tempo

Sonho uma comunicação eclesial que saiba deixar-se guiar pelo Espírito Santo, gentil e ao mesmo tempo profética, capaz de encontrar novas formas e modalidades para o anúncio maravilhoso que é chamada a proclamar no terceiro milênio

Que seja promovida, em todos os níveis, uma comunicação que ajude a criar as condições para se resolverem as controvérsias entre os povos

FOLHETO LITÚRGICO

Criado em 1976, o folheto Povo de Deus em São Paulo tem a missão de ser um rico subsídio para os cristãos participarem do ápice da sua fé, a Santa Missa, e também de promover

a unidade dos católicos nas celebrações dominicais da Arquidiocese e de outras paróquias que assinam o folheto. Trata-se, também, de um rico canal de comunicação dos principais eventos da Igreja Particu-

lar de São Paulo, e de mais um canal de diálogo do Arcebispo e dos bispos auxiliares com a população da cidade. O subsídio também é acessado pela internet, no formato digital pelo link: https://arquisp.org.br/liturgia/folheto-povo-de-deus.

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Vatican Media

Uma pastoral chamada a promover a comunhão

ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

Fernando Geronazzo

A expressão “Pastoral da Comunicação” nasce da conjunção de duas realidades que interagem reciprocamente: comunicação e pastoral. A palavra “pastoral” tem sua raiz no verbo “apascentar”, “pastorear” e no termo “pastor”.

A Pascom, como é popularmente conhecida no Brasil, surgiu como resposta à urgente necessidade da Igreja em utilizar e evangelizar pelos meios de comunicação social. Esta pastoral se estrutura a partir dos documentos da Igreja, dos estudos e pesquisas na área da comunicação e das práticas comunicativas vividas e experienciadas pelas comunidades e grupos, convertendo-se em um “eixo transversal de todas as pastorais da Igreja”.

As ações comunicativas da Pascom ganham sentido na medida em que colaboram com a ação evangelizadora da Igreja, pois “a evangelização, anúncio do Reino, é comunicação”. Contudo, não se pode reduzir essa pastoral aos meios de comunicação, pois ela é um elemento articulador da vida e das relações comunitárias. Ela favorece o cultivo do ser humano como pessoa que comunica valores, vivenciados a partir da Palavra de Deus e da Eucaristia, pois o anúncio sempre deve ser acompanhado do testemunho de vida cristã.

EM SUA ABRANGÊNCIA, A

PASCOM SE DESTACA PELAS

SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:

Colocar-se a serviço de todas as pastorais para dinamizar suas ações comunicativas; Promover o diálogo e a

Que a comunicação não fomente uma aversão que exaspere, gere ódio e conduza ao confronto, mas ajude as pessoas a re etir calmamente, a decifrar com espírito crítico e sempre respeitoso a realidade onde vivem

comunhão das diversas pastorais; Capacitar os agentes de todas as pastorais na área da comunicação, especialmente a catequese e a liturgia; Favorecer o diálogo entre a Igreja e os meios de comunicação; Envolver os profissionais e pesquisadores da comunicação nas reflexões da Igreja; Desenvolver as áreas da comunicação, como a imprensa, a publicidade e as relações públicas.

A Pastoral da Comunicação está estruturada em milhares de comunidades, paróquias e na maioria das dioceses do Brasil.

Na Arquidiocese de São Paulo, a Pascom integra o Vicariato Episcopal para a Pastoral da Comunicação e é constituída de uma equipe de reflexão central, atualmente coordenada pelo Padre Antonio Francisco Ribeiro, com o auxílio da Irmã Viviani Moura, jornalista e religiosa paulina. A equipe também conta com representantes das regiões episcopais. Além da preocupação em organizar grupos de coordenação nas seis regiões episcopais e em todas as paróquias, a equipe central promove cursos de formação e encontros para a motivação dos agentes de pastoral.

Com o destaque pastoral preocupado com a renovação das paróquias, a atuação da Pascom é fundamental, uma vez que sua missão está vinculada à busca de unidade do trabalho desenvolvido por todas as pastorais de uma comunidade.

PADRE ANTONIO FRANCISCO RIBEIRO

Em entrevista ao O SÃO PAULO, Padre Antonio Francisco Ribeiro falou sobre a nova missão à frente da Pascom na Arquidiocese de São Paulo.

Pároco da Paróquia Santo Alberto Magno, na Região Episcopal Lapa, Padre Antonio é Doutor em Psicologia da Comunicação e atua na Pascom desde 2007. Em março passado, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, nomeou-o para o cargo de coordenador arquidiocesano desta Pastoral.

O SÃO PAULO - Como o senhor acolhe a nova missão de coordenador arquidiocesano da Pascom?

Padre Antonio Francisco Ribeiro – Acolho com muita alegria, pois a comunicação é fundamental e indispensável no exercício das relações humanas. Dediquei parte dos meus estudos, re etindo sobre como seria possível construir aprendizagens relevantes e signi cativas de forma a tornar a comunicação mais acessível, capaz de produzir mais proximidade entre as pessoas, e a Pascom tem este compromisso.

Com o senhor começou a caminhada com a Pastoral da Comunicação?

Sou formado em Psicologia, com doutorado pela USP há 25 anos e, em 2007, fui nomeado assistente eclesiástico da Pascom na Região Episcopal Lapa e, desde então, faço parte da Pascom regional e acompanho as orientações da Pascom Arquidiocesana.

Como o senhor define essa pastoral?

Como toda pastoral, a Pascom está a serviço da Igreja, numa ação organizada e dirigida na Arquidiocese, regiões e paróquias para atender, no que se refere à comunicação, todas as necessidades na integração de todas as pastorais. Todos têm uma função, um carisma, um jeito de viver. Porém, todos são importantes e a comunicação atua para integrar de forma organizada a ação evangelizadora para que o Reino de Deus aconteça.

Que o Senhor Jesus, Palavra que Se fez carne, nos ajude a nos colocarmos à escuta do palpitar dos corações, para nos reconhecermos como irmãos e irmãs e desativarmos a hostilidade que divide

Quais são os principais desafios da Pascom na Arquidiocese?

O desa o principal é realizar essa integração, fazer entender que somos um todo único como Igreja e que a missão de evangelizar precisa ser integrada e organizada. Por isso, estamos buscando parcerias, unindo todos os meios de comunicação católica na Arquidiocese para que juntos possamos realizar o que foi proposto no sínodo arquidiocesano.

Este ano, o Papa Francisco convida os comunicadores a ‘falar com o coração’. Como a Pascom pode contribuir nesse sentido?

Por ser um pastoral com objetivo voltado à evangelização, temos de entender que antes de falar precisamos escutar. Escutar por meio da oração qual é a vontade de Deus, escutar quais os anseios de nossa comunidade católica. Quando se fala com o coração, entendemos que é com a nossa vida, com aquilo que cremos, e, a partir daí, aperfeiçoar o entendimento do que foi ouvido, buscar na formação instrumentos para avaliar as necessidades e depois, com o mesmo espírito de quem vive a alegria do Evangelho, falar com o coração.

Qual mensagem o senhor deixa para os ‘pasconeiros’ da Arquidiocese?

A mensagem para todos que dedicam o seu tempo neste serviço de evangelização é que façam primeiro a experiência de fé, escutem com atenção o que o Espírito Santo comunica, escutem o que as pessoas têm a dizer, vivam o amor que Deus nos oferece como Igreja e se alegrem na honra de servir Nosso Senhor e Sua Igreja por meio da Pascom. Não desanimem diante de obstáculos. Não estamos sozinhos e temos um defensor que nos capacita e nos ajuda nesta jornada, o Espirito Santo de Deus. (FG)

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Vatican Media
Arquivo pessoal

No dia de Nossa Senhora de Fátima, fiéis lotam santuário mariano no Sumaré

IMAGEM PEREGRINA

ESTÁ EM SÃO PAULO

DESDE O INÍCIO DESTE

MÊS. CENTENAS DE DEVOTOS PARTICIPARAM

DAS MISSAS E

PROCISSÃO NO SÁBADO, 13

Diante da imagem mariana peregrina, vinda de Portugal, muito eram os olhares emocionados, no sábado, 13, no Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no Sumaré.

Nesta data, há 106 anos, em 13 de maio de 1917, a Virgem Maria apareceu pela primeira vez na Cova da Iria, em Fátima, Portugal, a três pastorinhos – Lúcia, Francisco e Jacinta – pedindo-lhes orações para a reparação dos pecados da humanidade e pela conversão dos pecadores. Desde então, a cada ano, em todo o mundo, os devotos de Nossa Senhora de Fátima se unem para celebrar sua memória litúrgica. No Santuário em São Paulo, centenas de éis participaram das dez missas que ocorreram neste dia, bem como da procissão com a imagem peregrina pelas ruas próximas ao Santuário.

IMAGEM PEREGRINA

Reitor do Santuário, o Frei Jair Roberto Pasquali, da Terceira Ordem Regular de São Francisco de Assis, a rmou que essa é a terceira vez que a imagem peregrina vai ao Santuário como um sinal do amor de Maria para com os devotos.

O Frade recordou que as aparições de Nossa Senhora de Fátima a três pastorinhos remontam à simplicidade de Maria e convidam os cristãos a uma verdadeira

adesão à fé. “A Virgem de Fátima é mãe que ama e acolhe, que convida à conversão, à santidade de vida e amor à Igreja”, disse.

Frei Alain Even enfatizou que celebrar a memória de Nossa Senhora de Fátima é rea rmar a atualidade de sua mensagem para a Igreja e para a humanidade. “Recordamos a Virgem de Fátima que em sua mensagem nos convoca para a oração, penitência e conversão. Três atitudes tão necessárias nos dias atuais”, lembrou, mencionando que na época das aparições o mundo vivia tempos turbulentos com guerras e a indiferença das pessoas em relação a Deus, como tem se visto hoje.

“Em tempos difíceis, cabe-nos ouvir o clamor de Maria que recomenda a oração do Terço, pedindo a misericórdia a Deus pelos próprios pecados e a conversão dos pecadores”, completou.

VIVENCIAR A FÉ

Aparecida Maria Cunha Santos, 67, foi ao Santuário na companhia das netas Maria Lucia, 8, Maria Isabel, 6 e Elis, 6. “Nasci no interior de Minas Gerais e aprendi com minha mãe a sempre rezar a Nossa Senhora. Ensinei a devoção aos meus -

lhos e hoje quero continuar esse legado com meus netos”, disse, mencionando um fato em sua vida que considera ter sido um milagre. “Recentemente, sofri um acidente em uma viagem interestadual. Houve vários óbitos, feridos, mas eu saí ilesa, como um milagre”, contou, emocionada.

O casal Deise Casado, 33, e Eduardo Vicentin, 34, foi à procissão com a lha Maria Clara, de 8 meses. “Nossa lha é um milagre de Nossa Senhora. Quando descobrimos a gravidez, estávamos cumprindo um cronograma de viagens de um sonho em comum: conhecer todos os estados do Brasil”, disse Deise. Ela recordou que no sétimo mês de gestação, durante uma dessas viagens, teve um sangramento e foi levada às pressas para atendimento médico. “Foi um momento difícil, mas já ali no hospital consagrei minha lha a Nossa Senhora”, contou a mãe. Maria Clara nasceu saudável, aos nove meses.

GRATIDÃO

Também na procissão, ao lado da mãe, estava a pequena Ana Claudia Martins Lopes, 8: “Nesta caminhada, quero agradecer por ter casa, família, cama, comida,

poder ir à escola. Sei que muitos não têm essas oportunidades que eu tenho. Por isso, agradeço a Deus e a Nossa Senhora de Fátima e também peço por um mundo mais justo e igual para todos”.

Sergio Saad, 63, é adminstrador de empresas. Todos os anos, em 13 de maio, ele participa da procissão. “Lembro-me de que, ainda criança, com minha mãe, antes de dormirmos, rezávamos a Nossa Senhora, de joelhos. O motivo era sempre para agradecer a Maria. Com o passar dos anos, mesmo em meio às di culdades da vida, busco manter o hábito de rezar e o compromisso da agenda, neste dia 13, é deixar as demandas para caminhar em louvor e gratidão por tantas graças alcançadas”, falou.

EMOÇÃO NA CASA DA MÃE

Dalva Santos, 75, veio de Guarulhos (SP) para o Santuário de Nossa Senhora de Fátima. “Durante a pandemia, não pude participar e estou emocionada em poder retornar à casa da mãe. Peguei dois ônibus e metrô, quase duas horas de viagem para agradecer a Nossa Senhora”, disse a devota que perdeu a irmã, vítima de COVID-19. “Ela era tão devota de Nossa Senhora de Fátima. Hoje, é a primeira vez que venho sem a sua companhia, mas tenho certeza de que ela está viva entre nós”, concluiu. Rosangela Cortes Cardoso, 67, com o Terço na mão e entre lágrimas, pedia a Nossa Senhora de Fátima a cura do câncer no intestino. “Sempre priorizei e cuidei da minha saúde e há pouco mais de um ano fui diagnosticada com cancêr. Fiquei triste e inconformada. Com o tratamento e o resgate da fé, quero testemunhar o dom da minha cura”, contou.

Marilucia Bueno, 18, falou à reportagem sobre a emoção de ir à casa da Mãe. “Estar aqui no Santuário é motivo de alegria e gratidão. Somos a força jovem da Igreja que caminha e busca a cada dia estar em sintonia com os apelos do Evangelho e difundindo a devoção mariana”, disse, assegurando: “Com a Virgem Maria, ca mais leve a jornada cotidiana”.

Imagem vinda de Portugal continua a peregrinar por São Paulo

A imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima chegou a São Paulo, vinda de Portugal, no dia 1o, quandoi foi recepcionada na Catedral da Sé e no Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no Sumaré.

Tem permanecido no Santuário a maior parte do tempo para a veneração dos éis, mas também já foi conduzida a outros locais. Na sexta-feira, 12, por exemplo, esteve no complexo de comunicação integradada da rádio 9 de Julho e do jornal O SÃO PAULO, no bairro da Freguesia do Ó, e também houve missa, com a presença da imagem, na Paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus, localizada no mesmo endereço.

Nos próximos dias, estes são alguns dos locais para onde a imagem será levada para ser venerada pelos éis na cidade de São Paulo.

Dia 17: Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora da

Salette (Rua Dr. Zuquim, 1.746, Alto de Santana – das 8h às 22h);

Dia 20: Santuário Sião do Jaraguá (Rua Galvão Bueno Trigueirinho, 764, Jaraguá – das 13h às 17h);

Dia 22: Paróquia Nossa Senhora do Belo Ramo (Praça Dom Duarte Leopoldo, 46, Vila Matilde –das 8h às 22h);

Dia 23: Paróquia São Domingos Sávio (Rua Tomás Lopes Ferreira, 131, Parque São Domingos – das 8h às 22h);

Dia 24: Creche Nossa Senhora de Fátima (Avenida Doutor Arnaldo, 1.492 - das 8h às 22h);

Dia 25: Paróquia Santa Rosa de Lima (Rua Apiacás, 250, Perdizes – das 8h às 22h);

Dia 26: Paróquia Nossa Senhora de Lourdes (Avenida Pompeia, 2.221, Vila Pompeia – das 8h às 22h);

Dia 27: Paróquia São Domingos (Rua Caiubi, 164, Perdizes – das 8h às 22h);

Dia 28: Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia (Avenida Pompeia, 1.250 – das 8h às 22h);

Dia 29: Movimento Internacional Mariano (Rua Roma, 139, Granja Viana – das 8h às 22h).

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WELTER ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
ROSEANE
Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO Devotos de Nossa Senhora de Fátima acompanham procissão com a imagem peregrina, dia 13 Imagem peregrina é levada aos estúdios da rádio 9 de Julho, dia 12

Grupos de trabalho pós-sinodais recebem orientações para elaborar planos de ação

O 1o sínodo arquidiocesano chegou ao m em março, com a publicação da Carta Pastoral do Arcebispo e das Propostas Sinodais. Agora, passa-se à etapa do pós-sínodo, em que todas as comunidades, paróquias, grupos, movimentos, pastorais e famílias estão chamadas a re etir sobre tais propostas e orientações, a m de que se viabilizem ações concretas com vistas à comunhão, conversão e renovação missionária na Arquidiocese de São Paulo.

“As comunidades estão acolhendo a Carta Pastoral e as Propostas Sinodais, re etindo com os padres, e buscando responder novamente a esta pergunta: ‘Diante de tudo que vimos e ouvimos no sínodo, o que devemos fazer concretamente para novas práticas de vida eclesial, de vida cristã, de vida pastoral?’”, indagou o Cardeal Odilo Pedro Scherer no programa Encontro com o Pastor, da rádio 9 de Julho, em 10 de maio.

No mesmo dia, o Arcebispo Metropolitano reuniu-se pela primeira vez com os membros por ele nomeados, em 25 de abril, para os 12 grupos de trabalho pós-sinodais, os quais terão dois meses para apresentar um plano de ação especí co (veja abaixo a relação dos GTs).

Na reunião, realizada no Centro Pastoral São José, no Belenzinho, Dom Odilo ressaltou tópicos da Carta Pastoral e das Propostas Sinodais, e recordou a urgência de que a Igreja em São Paulo seja cada vez mais mis-

Algumas paróquias da Arquidiocese têm realizado encontros para refletir sobre os apontamentos da Carta Pastoral do Arcebispo e das Propostas Sinodais

sionária, com atenção aos que estão mais distantes da vida eclesial, bem como em se rea rmar o sentido cristão da família. Também externou sua preocupação com alguns indicadores levantados no sínodo, como a baixa frequência dos éis às missas dominicais e a diminuição da procura pelos sacramentos de iniciação à vida cristã – Batismo, primeira Comunhão e Crisma – e o Matrimônio.

Dom Odilo também destacou outras temáticas que serão re etidas nos grupos, como a necessidade de realizar de modo mais organizado as ações caritativas na

Arquidiocese; de preparar os animadores da vida eclesial, incluindo a renovação de lideranças e o entrelaçamento de gerações; de atualizar a linguagem com a qual a Igreja apresenta ao mundo sua vida e missão; da reformulação da estrutura organizacional de pastoral da Arquidiocese; e do acompanhamento do exercício pastoral dos padres nas diferentes frentes de apostolado e nas paróquias.

Tarcísio Marques Mesquita, Coordenador do Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, os trabalhos dos grupos “não partirão do zero”, já que os participantes poderão consultar bibliogra as a respeito das temáticas para que possam formular suas propostas e a eles será pedido que revisem ou atualizem os planos e diretórios já existentes, a m de aprimorá-los ou implementá-los.

Padre Tarcísio lembrou, ainda, que os grupos de trabalho não são deliberativos, pois a palavra nal sobre as propostas será a do Arcebispo Metropolitano. Possivelmente, as propostas formuladas nos GTs serão colocadas para posteriores reavaliações e reformulações de texto, “isso se levarmos em consideração o que foi feito em todo o processo de escuta e proposição do sínodo”, explicou.

O cronograma de realização dos encontros de cada grupo temático será de nido pelos próprios participantes e é dada a liberdade aos GTs para fazerem consultas a outras instâncias da Igreja e agentes de pastoral sobre o tema em que se debruçam. “Não será uma coisa hermética, fechada aos participantes”, assegurou Padre Tarcísio.

CONHEÇA OS GRUPOS DE TRABALHO PÓS-SINODAIS

1 Reformulação da Estrutura Organizacional da Arquidiocese

2 Elaboração de um Diretório de Pastoral

3 Revisão e Adequação do Plano de Manutenção da Arquidiocese

4 Atualização do Diretório dos Sacramentos

5 Elaboração de um Diretório Litúrgico para a Arquidiocese

6 Elaboração de um regimento da Cúria Metropolitana

7 Criação de um Vicariato Episcopal para a Área da Saúde

8 Criação de um Vicariato Episcopal para a Catequese

9 Revisão e Adequação do Diretório Arquidiocesano de Formação Presbiteral

10 Organização do Vicariato para a Educação e a Universidade

11 Organização do Conselho da Caridade Social

12 Elaboração de um novo Plano de Pastoral

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Paróquia Nossa Senhora dos Remédios – Região Sé Paróquia São João Batista – Região Ipiranga Paróquia Santa Cristina – Região Ipiranga A ATUAÇÃO DOS GRUPOS DE TRABALHO De acordo com o Padre
Pascom paroquial Pascom paroquial Pascom paroquial
Giane Falavigna

Fiéis festejam a padroeira e os 50 anos de criação da Paróquia Santa Domitila

Os éis da Paróquia Santa Domitila, no Parque São Domingos, Setor Pirituba, comemoraram, no dia 7, a memória litúrgica da padroeira, Santa Flávia Domitila, com uma missa presidida por Dom José Benedito Cardoso, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, e concelebrada pelo Padre Fabrício Mendes de Moraes, Pároco.

Já na sexta-feira, 12, houve a comemoração do

jubileu de ouro de criação da Paróquia, durante missa presidida pelo Pároco, que no início da celebração lembrou aos éis que eles são os responsáveis por continuar a história da comunidade: “Que esta igreja continue para sempre, até o m dos tempos, levando o amor de Deus à presença dos homens”.

O Sacerdote destacou também que vários padres e bispos já presidiram missas alusivas ao ano jubilar e até o m do ano todos os padres que trabalharam nessa Paróquia também irão fazê-lo.

No sábado, 13, os éis da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Setor Leopoldina, festejaram a memória litúrgica da Padroeira, que foi antecedida por uma novena preparatória, entre os dias 4 e 12. No dia de Nossa Senhora de Fátima foram realizadas três missas, além de uma procissão pelas ruas do bairro, durante a qual o andor com a imagem de Nossa Senhora de Fátima foi incialmente conduzido pelos Padres Tarcísio Justino Loro, Pároco, e Fernando Gross, da Diocese de Santos (SP). (por Benigno Naveira)

No sábado, 13, na Paróquia São Patrício, aconteceu o encontro formativo para os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão (MESCs) que atuam nas paróquias do Setor Rio Pequeno, com a participação de mais de 160 ministros. Conduzido por Dom José Benedito Cardoso, a atividade contou com a participação dos Padres Ernandes Alves da Silva Júnior, Assistente Eclesiástico dos MESCs regional, e Pedro Augusto Ciola de Almeida, Coordenador Regional de Pastoral.

Entre os dias 9 e 11, realizou-se o quarto encontro temático para conhecer e aprofundar o Evangelho segundo São Marcos, como tema “O primeiro e o segundo mandamentos”. No dia 9, na Paróquia São José, no Jaguaré, reunindo os Setores Butantã e Rio Pequeno; no dia 10, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, os Setores Leopoldina e Lapa; e no dia 11, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, o Setor Pirituba.

No ônibus de Abraão

No dia 7, na Paróquia Santo Alberto Magno, no Jardim Bon glioli, Setor Butantã, 16 crianças da Amazing School – Escola Humanista Bilíngue – que foram preparadas pela catequista Otilia Andrade Vieira, receberam a primeira Eucaristia, durante missa presidida pelo Padre Antonio Francisco Ribeiro, Pároco. (por Benigno Naveira)

Quando falamos de Simão Pedro e sua vocação, falamos da Igreja de Jesus Cristo. O Criador quis formar um povo que comungasse das coisas do Alto e O servisse. O pecado, porém, impediu que houvesse a comunhão sonhada no coração de Deus. Mas Ele não desistiu de nós: chamou Abraão e revelou-se como Criador. Abraão acreditou na revelação, caminhou na fé e Deus o constituiu pai

Em missa presidida por Dom José Benedito Cardoso, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, no sábado, 13, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, Setor Pirituba, 27 jovens e adultos receberam o sacramento da Crisma, durante missa concelebrada pelo Padre José Pedro Batista, Pároco.

Espiritualidade

de um povo. É a Igreja que nasce! Igreja vem do termo grego ekklesía: chamar de fora, convocação. Deus convocou Abrão e sua descendência.

O Novo Testamento empregou ekklesía referindo-se a uma nova aliança do povo de Deus. Jesus também “cria” seu povo: chama, ensina, dá força, reveste de inúmeras graças e derrama o Espírito Santo para que a obra seja eterna. Jesus cria a Igreja e convoca Pedro para que a lidere. A autoridade de Pedro nunca foi questionada, nem por Paulo, que era mais “letrado”. Pedro é Francisco! Rezemos por ele.

Na Igreja instituída pelo Senhor, existe uma doutrina. Andamos no mesmo trilho de fé. Em qualquer lugar do mundo, os católicos professam a mesma fé. E você que parou para “espiar” essas linhas é verdadeiramente lho(a) e herdeiro(a) da Promessa. Deus o(a)

chamou a ser católico(a), estar na Sua casa, conhecer toda a verdade e participar da mesa da Eucaristia.

De tão utilizado o termo “Igreja”, infelizmente está um pouco deteriorado: se criam tantas “igrejas”, para deturpar algo tão sublime. Certamente, é uma ação do inimigo que confunde as pessoas e desonra, degrada e desmoraliza o nome de uma instituição sagrada. É desprezível o que se faz com o nome santo do Senhor!

O ano era 2009, em Londres, na Inglaterra. No vidro traseiro de um ônibus, apareceu um cartaz: “Provavelmente Deus não existe. Então, pare de se preocupar e aproveite a vida”. A ideia se espalhou pela cidade, por outros ônibus, e chegou a outras capitais da Europa.

Quero falar do livro “9 Ateus Mudam de Ônibus”, do escritor espanhol José Ramón Áyllón, que mostra como cientistas, escritores, professores tomaram

um novo rumo na vida. O sofrimento ou uma grande alegria os fez mudar de direção. A conversão aconteceu das maneiras mais diversas: após pesquisas sobre a Sagrada Escritura; por uma “ventania de fé” nascida aleatoriamente; ou lendo a biogra a de algum santo.

Deus existe e vive! É o Criador, o sustentáculo, o início e o m de tudo o que se pode ver, tatear, experimentar. Nosso Deus invisível existe, assim como há um compositor por trás de uma sinfonia ou um pintor por trás de um quadro. Deus tem seus caminhos para chegar aos corações: alcança a vida de homens e mulheres de boa-vontade, os que Lhe dão permissão, no dia e hora em que as pessoas estiverem dispostas a mudar de ônibus.

Caro irmão, pule para fora do ônibus desgovernado! Venha conosco para o comboio da fé, rumo aos braços do Pai.

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BENIGNO NAVEIRA COLABORADOR DE COMUNICAÇÃO NA REGIÃO Benigno Naveira
Benigno Naveira Benigno Naveira Pascom paroquial DOM JORGE PIEROZAN BISPO AUXILIAR DA ARQUIDIOCESE NA REGIÃO SANTANA

BRASILÂNDIA

Paróquia Santa Rosa de Lima recebe a visita pastoral de Dom Carlos Silva

CÉLIA APARECIDA LEME COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO

Entre os dias 11 e 14, Dom Carlos Silva, OFMCap. visitou pastoralmente a Paróquia Santa Rosa de Lima, Setor Perus, e foi acompanhado pelo Padre Luciano Andreol, Pároco, em todas as atividades e celebrações.

O início da visita se deu com a missa presidida pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia na matriz paroquial, concelebrada pelo Pároco, com a presença de membros dos grupos e éis das comunida-

des, seguida de uma confraternização.

No segundo dia, foi rezado o Ofício Divino e, em seguida, houve uma visita à biblioteca municipal, que possui um acervo com a história das lutas do bairro.

À tarde, Dom Carlos e o Padre Luciano visitaram alguns doentes e idosos. Na Comunidade Girassol, encontraram-se com o Grupo Jantar da Misericórdia, que toda semana acolhe os irmãos em situação de rua para banho e jantar.

No sábado, 13, a oração e o café da manhã foram partilhados com os integrantes da Pastoral Afro regional, reunida no centro comunitário paroquial para

Pastoral Afro Brasileira promove encontro na Região

No sábado, 13, no Centro Comunitário Padre Guilherme Kuiypers, da Paróquia Santa Rosa de Lima, em Perus, aconteceu o encontro da Pastoral Afro Brasileira (PAB) Dom José Maria Pires, da Região Brasilândia: animação, formação, celebração e compromisso.

O encontro contou com a presença de mais de 80 pessoas, com destaque para religiosos e religiosas e um grupo da Paróquia São Sebastião, da Região Santana.

Dom Carlos Silva, OFMCap., Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia, que estava fazendo visita

pastoral à Paróquia, marcou presença no evento, além do Cônego José Renato Ferreira, Assistente Eclesiástico da Pastoral Afro regional.

O Padre Luiz Fernando de Oliveira, Assessor da Pastoral Afro Brasileira no estado de São Paulo, a Irmã Rosa Martins e os advogados Cleusa Lincol e Sinvaldo José Firmo conduziram as reexões sobre o negro na sociedade, os princípios e objetivos da PAB e a importância do Direito para o negro. Houve, ainda, apresentações teatrais sobre a vida da negra Anastácia e a história de luta da população de Perus. Foram homenageadas a Mãe Aparecida e São Benedito, um dos padroeiros da PAB.

Na sexta-feira, 12, a Paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus, Setor Freguesia do Ó, recebeu a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima. A celebração foi presidida pelo Padre Armênio Rodrigues Nogueira, Vigário Paroquial da Paróquia São Judas Tadeu, e concelebrada pelo Cônego José Adriano, Diretor Espiritual do Seminário de Filoso a Santo Cura D’Ars. Após a missa, a imagem foi levada em procissão pelos arredores da Paróquia, seguindo para os estúdios da rádio 9 de Julho, de onde partiria para o Santuário de Nossa Senhora de Fátima. No dia 13, houve a realização de uma festa na Paróquia, com o Terço luminoso e missa solene presidida pelo Padre Frank Antônio de Almeida, Administrador Paroquial, em honra à Virgem de Fátima. (por Rubria Mazza)

um encontro de re exão. Ainda na parte da manhã, foi celebrada uma missa com doentes e idosos que receberam a Unção dos Enfermos. À noite, o encontro foi na Comunidade Nova Jerusalém, que tem Nossa Senhora de Fátima como padroeira e na qual aconteceu a primeira Eucaristia de seis crianças da Catequese.

A visita se encerrou no domingo, 14, com duas missas pela manhã, sendo que durante a segunda, concelebrada pelo Pároco e com a assistência do Diácono Antônio Campineiro Ferreira, 29 adultos receberam o sacramento da Crisma pelas mãos de Dom Carlos.

No sábado, 13, o Padre Francisco Antônio Rangel de Barros, Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Setor Pereira Barreto, celebrou pela primeira vez a festa da padroeira. A festividade foi antecedida por uma novena, cuja tema foi “Nossa Senhora de Fátima, guia-nos na esperança e na fé”, durante a qual foram arrecadados alimentos para a Pastoral da Caridade, a m de assistir as famílias em situação de vulnerabilidade social. O encerramento se deu com uma procissão luminosa, com a imagem de Nossa Senhora de Fátima pelas ruas do bairro. (por Julia Slapelis)

Entre os dias 10 e 13, aconteceu, na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, pertencente à Paróquia Santos Apóstolos, Setor São José

14 | Regiões Episcopais | 17 a 23 de maio de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br
No domingo, 14, na capela do Cemitério Memorial Parque Jaraguá, na Vila Anhanguera, a missa das 10h, presidida pelo Padre Gleidson Novaes, Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Paz, Setor Jaraguá, foi dedicada às mães. As missas no cemitério acontecem sempre no 4º domingo do mês, às 10h. (por Patrícia Beatriz Lopes) Operário, a festa da padroeira, com o tema “Com Maria, façamos tudo o que Ele nos disser”. No encerramento da festividade, o Padre Sílvio Costa Oliveira, Pároco, presidiu a missa, concelebrada pelo Padre Alécio Ferreira Silva, Vigário Paroquial, durante a qual se propôs a re exão sobre a importância da Virgem Maria e quão forte é seu pedido para que todos orem. (por Pascom paroquial) DANIELE ISIDORO COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO Célia Aparecida Leme Daniele Isidoro Rubria Mazza Pascom Nossa Senhora da Paz Juh Torres Gerson Morera

Pastorais da Ecologia e da Saúde refletem sobre a CF 2023

ÉDER FRANCISCO SILVA COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO

Na manhã do sábado, 13, as Pastorais da Ecologia e da Saúde da Região Belém se reuniram no Centro Pastoral São José, no Belenzinho, para um encontro no qual puderam re etir sobre a Campanha da Fraternidade 2023, cujo tema é “Fraternidade e fome”.

Na roda de conversa, foi recordado que a fome causada por impactos ambientais in uencia diretamente na saúde pública, e se re etiu sobre como superar a insegurança alimentar e os problemas

decorrentes da fome e da desnutrição.

“Devemos fazer a Laudato si’ chegar a todos os lugares, não somente como uma carta formal, mas, de modo popular, a m de que possa dialogar com todas as pessoas, especialmente com as pastorais e movimentos da Região Belém”, a rmou Éder Francisco Silva, coordenador da Pastoral da Ecologia na Região Belém.

Padre Christian Uptmoor, Assessor Eclesiástico Regional da Pastoral da Ecologia, motivou a formação de grupos das pastorais da Sáude e da Ecologia nas paróquias e comunidades.

Na manhã do domingo, 14, Dom Cícero Alves de França presidiu missa na Paróquia São Paulo Apóstolo, no Belém, durante a qual conferiu o sacramento da Con rmação a dez jovens. Concelebrou o Padre Fabiano Alcides Pereira, Pároco. (por Fernando Arthur)

Dom Cícero Alves de França presidiu missa na Paróquia São Benedito das Vitórias, na Vila Formosa, na noite do domingo, 14, e conferiu o sacramento da Crisma a dez jovens. Concelebrou o Padre Pierre Rodrigues da Costa, Pároco. (por Fernando Arthur)

No domingo, 14, na Paróquia Santa Adélia, no Jardim Santa Adélia, dezenas de mães foram homenageadas pelo Pároco, Padre Jonatas Mariotto, que as abençoou e as presenteou com rosas. (Por Padre Jonatas Mariotto)

Na tarde do sábado, 13, foi apresentado como Vigário Paroquial da Paróquia São Rafael Arcanjo, na Mooca, o Padre Wagner Barbosa, CRSP, durante missa presidida por Dom Cícero Alves de França, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém. Na celebração, Padre Wagner fez sua prossão de fé e o juramento de delidade diante do Prelado. Concelebrou o Pároco, Padre José Maria Ramos, CRSP.

(por Fernando Arthur)

Morreu na quinta-feira, 11, aos 73 anos de idade, o Padre Patrick Gerard McNamara, da Congregação do Espírito Santo. Padre Geraldo, como era mais conhecido, atuou como Vigário Paroquial da Paróquia Santa Teresa de Calcutá, criada em 2021. Acometido por um câncer, ele retornou à Irlanda, seu país natal, no ano passado, para tratamento de saúde. (por Redação)

Na Capela Nossa Senhora de Fátima, no Jardim Andaraí, pertencente à Paróquia Santa Rita de Cássia, Setor Vila Maria, aconteceu no sábado, 13, na memória litúrgica da padroeira, uma procissão pelas ruas do bairro, seguida de missa, presidida pelo Frei Cássio Ramon Nascimento, OSA, Pároco. (por Fernando Fernandes)

Pierozan, presidiu missa na Paróquia São Paulo Apóstolo, Setor Tucuruvi, em que foi dada posse ao Padre Rafael Pereira Vicente como Vigário Paroquial, com a assistência do Diácono Marcelo Reis. (por Fernando Fernandes)

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SANTANA BELÉM
No sábado, 13, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Vila Dionísia, Setor Mandaqui, Dom Jorge Pierozan presidiu a missa na memória litúrgica da padroeira, concelebrada pelo Padre João Henrique Novo do Prado, Reitor do Seminário Propedêutico da Arquidiocese; e com a assistência dos Diáconos Jindarley Santos da Silva e Leandro Pereira Duarte. (por Lenivaldo Jacobino) No domingo, 14, o Padre Carlos Alberto Doutel, Vigário Adjunto da Região Santana, representando Dom Jorge Na sexta-feira, 12, na Paróquia Nossa Senhora de Fatima, Setor Tremembé, Dom Jorge Pierozan, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, celebrou a nona noite da novena em honra à padroeira. Concelebrou o Padre Benedito Raimundo de Siqueira, Pároco. (por Lene Zuza) Giane Falavigna Pascom paroquial Wagner Claudino Silva Larissa Bernardo Carolina Aparecida de Jesus Almeida do Nascimento Pascom paroquial Pascom paroquial Lenivaldo Jacobino Lene Zuza

Fiéis do Jardim Maristela celebram Nossa Senhora de Fátima

FÁBIO HIRATA

COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO

A Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Jardim Maristela, celebrou a festa litúrgica da sua padroeira com um tríduo, entre os dias 10 e 12, cujo tema foi “Agraciada por Deus, em missão”.

No sábado, 13, ao longo de todo

Dom Ângelo realiza visita pastoral à Paróquia São Bernardo de Claraval

Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, esteve em visita pastoral à Paróquia São Bernardo de Claraval, Setor Anchieta, entre os dias 9 e 14.

Nesses dias, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga conheceu o cotidiano da comunidade e participou de reuniões com alguns paroquianos e mem-

o dia, as atividades incluíram a celebração de missas, venda de artigos religiosos e da camiseta comemorativa em alusão aos 50 anos de existência da Paróquia, além do bolo de Nossa Senhora.

Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, presidiu a celebração

eucarística das 15h, concelebrada pelo Padre Edson Chagas Pacondes, Pároco, com a assistência do Diácono Raimundo Alves Ferreira.

A última missa do dia ocorreu às 19h, presidida pelo Pároco, seguida de procissão pelas ruas do bairro e da continuidade da festa da padroeira nas dependências da Paróquia.

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Diariamente, no site do jornal O SÃO PAULO, você pode acessar notícias sobre a Igreja e a sociedade em São Paulo, no Brasil e no mundo. A seguir, algumas notícias e artigos publicados recentemente.

Vaticano projeta receber

32 milhões peregrinos no Jubileu 2025

https://curtlink.com/lnMgGua

Papa expressa tristeza pela legalização da eutanásia em Portugal

https://curtlink.com/jNjPeQN

Brasil precisa investir R$ 295 bilhões em mobilidade urbana até 2042

https://curtlink.com/Vm9PmI4

Conheça a Igreja: Qual é o signi cado do sacerdócio católico?

https://curtlink.com/6hYWw

bros das pastorais, além de ter visitado os enfermos que recebem acompanhamento da Pastoral da Saúde e a Instituição Cassa, que administra o CEI São Bernardo e o CCA Santo Agnelo (foto).

Para o Padre Hernane Santos Módena, Pároco, o momento foi de muito aprendizado e alegria, proporcionados por Dom Ângelo, que encerrou a visita com uma missa no domingo, 14, durante a qual conferiu o sacramento da Crisma a 35 jovens.

Na Vila Guarani, católicos participam da trezena de Nossa Senhora de Fátima

“Foi uma transformação, muitas graças foram alcançadas. E muitas bênçãos foram derramadas sobre toda a nossa comunidade”, a rmou o Padre Anderson Pereira Bispo, Pároco, traduzindo com alegria o que foram os 13 dias em que a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Se-

Na sexta-feira, 12, a Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe, na Chácara Klabin, realizou mais uma missa votiva à padroeira, que contou com a presença de Francisco Hirota e família, do Hirota Food Supermercados. No sábado, 13, no terreno onde será construída a futura matriz paroquial, foi celebrada missa, presidida pelo Frei José Maria Mohomed Junior, em homenagem dos 50 anos da rede de supermercados, ocasião em que havia um quadro 3D de Nossa Senhora de Guadalupe, vindo do Santuário de Guadalupe, no México, que cou exposto até a segunda-feira, 15. Vasos de ores ofertados pela rede de supermercados foram entregues às mães presentes às missas do sábado, 13, e do domingo, 14, Dia das Mães.

(por Karen Eufrosino)

tor Imigrantes, esteve imersa na celebração da padroeira, entre 30 de abril e 12 de maio, dia em que foram completados os 11 anos de criação da Paróquia.

As 13 missas, presididas por padres atuantes em diferentes regiões episcopais, foram antecedidas pela adoração ao Santíssimo Sacramento e a reza do Terço, sempre com a presença de um número signi cativo de éis. No último dia, a

celebração eucarística foi presidida por Dom Cícero Alves de França, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém.

No sábado, 13, dia da padroeira, houve missa pela manhã, seguida de carreata pelas ruas da Vila Guarani. A celebração de encerramento do dia festivo foi presidida por Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga.

No domingo, 14, Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, esteve na Paróquia Santuário Santa Edwiges, Setor Anchieta, e presidiu a celebração eucarística, concelebrada pelo Padres Orestes Monteiro de Melo, OSJ, Pároco, e Marcelo Ocanha, OSJ, Vigário Paroquial, durante a qual foi conferido o sacramento da Crisma a 45 jovens.

(por Pascom paroquial)

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IPIRANGA
HELDER BERTAZZI COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO PHERNANDA COELHO COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO
Pascom paroquial
Pascom paroquial Pascom paroquial Pascom paroquial Karen Eufrosino

O Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Setor Perdizes, tem celebrado, com muita alegria e devoção, a festividade da sua padroeira, que se estenderá por todo o mês de maio. No encerramento da novena, a missa contou com a presença da imagem peregrina, vinda de Portugal. No sábado, 13, dedicado a Nossa Senhora de Fátima, várias missas foram celebradas e uma procissão percorreu as ruas do bairro (leia mais na página 11). A imagem peregrina foi acolhida no início do mês na Catedral Metropolitana de São Paulo e percorreu algumas paróquias da Região, como a São José (foto), no Jardim Europa, e Nossa Senhora do Brasil, Setor Jardins, e Santa Generosa, Setor Paraíso. (por Pascom paroquial)

Dom Rogério visita a Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Sufrágio das Almas

PASCOM PAROQUIAL

Entre os dias 9 e 14, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Sufrágio das Almas, próxima à estação Armênia do Metrô, recebeu a visita pastoral de Dom Rogério Augusto das Neves, que foi acompanhado pelo Padre Air José de Mendonça, Pároco, que pertence à Congregação dos Missionários do Sagrado Coração (MSC).

Além do contato com o Pároco e os coordenadores do Conselho Paroquial de Pastoral, que lhe apresentaram o trabalho realizado na Paróquia, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé visitou o Centro Gaspar Garcia Laviana, destinado ao acolhimento de pessoas em situação de rua ou de extrema pobreza, e o Asilo São Vicente de Paulo, mantidos pela congregação dos MSC e que contam com a colaboração da Paróquia.

A conclusão da visita se deu com a celebração eucarística no Dia da Mães,

no domingo, 14, presidida por Dom Rogério e concelebrada pelo Padre Luís Carlos Araújo de Moraes, MSC, Supe-

rior Provincial, pelo Pároco e demais padres. As crianças da Catequese zeram a coroação da imagem de Nossa Senhora.

No dia 6, teve início mais um curso de formação para voluntários do Serviço de Escuta, que se estenderá por todo o mês de maio, aos sábados – dias 13, 20 e 27, e em 3 de junho, sempre das 8h30 às 12h, na matriz da Paróquia Nossa Senhora da Saúde (Rua Domingos de Morais, 2.387, Vila Mariana). Está sendo ministrado pelo Frei Hipólito Martendal e contará também com a presença do Padre Deolino Pedro Baldissera, ambos formadores dessa Pastoral. Para informações e inscrições, o contato deve ser feito pelo e-mail escutasp@regiaose.org.br. (porLigiaPezzuto)

A Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano, promoveu, no dia 10, um chá bene cente em prol das obras sociais paroquiais. A atividade reuniu cerca de 180 pessoas. Essa ação teve início em 2005, quando membros da Pastoral da Terceira Idade e do Apostolado da Oração se reuniam para produzir meias, xales e gorros que eram destinados a asilos e casas de repouso. Com o passar do tempo, a iniciativa se expandiu e começaram a ser preparados enxovais para recém-nascidos de famílias carentes. Com a crescente necessidade de matérias-primas para a elaboração desses itens, decidiu-se criar um evento para angariar recursos, que foi sendo moldado até o formato atual com o apoio de toda a comunidade. (por Rogério Nakamoto)

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Flávia Maria Palavéri

Imposto de Renda 2023

Destine até 6% do valor devido para fundos de apoio a crianças e idosos

QUEM FAZ A DECLARAÇÃO

COMPLETA DO IRPF TEM

ESSA POSSIBILIDADE, SEM CUSTOS

ADICIONAIS; DETALHES

SÃO APRESENTADOS

PELA RECEITA FEDERAL

NA ‘CAMPANHA

DESTINAÇÃO - EU SOU

CIDADÃO SOLIDÁRIO’

Faltam poucos dias. Até 31 de maio, cerca de 39 milhões de brasileiros deverão entregar à Receita Federal a declaração anual do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Em meio aos cálculos e à procura por comprovantes de gastos e pagamentos do ano anterior, há espaço para a solidariedade, já que os contribuintes podem destinar até 3% do IRPF devido para fundos da criança e do adolescente, e até 3% para fundos do idoso.

A destinação social do Imposto de Renda para tais fundos – municipal, estadual ou nacional – pode ser feita no ato de entrega da declaração (leia detalhes no box ao lado) apenas por aqueles que optem pelo modelo completo, o da tributação por deduções legais. Não é possível fazê-lo na declaração simpli cada.

A destinação não representará acréscimo àquilo que o contribuinte tenha de pagar à Receita, pois o valor destinado aos fundos será descontado do total devido. Já se a pessoa tiver restituição, o que for destinado aos fundos será somado ao que ela receberá.

“A destinação do imposto de renda é uma forma legal e segura de ajudar e incentivar projetos sociais e culturais, em que o cidadão e as empresas podem destinar parte do seu imposto, estimulando a proteção às crianças, adolescentes e idosos, bem como as atividades culturais, audiovisuais e desportivas. Em termos práticos, o contribuinte pode deduzir do imposto de renda que ele deve os valores que doar a estes projetos, dentro dos limites previstos na lei”, explica, ao O SÃO PAULO, Marcos Gregório Borges, coordenador técnico da “Campanha Destinação - Eu sou Cidadão Solidário”, promovida pela Receita Federal.

Borges detalha que o foco da Campanha Destinação é apenas para os fundos da criança e do adolescente e o do idoso por se tratarem de duas áreas de políticas sociais “que sempre carecem de particular atenção, em termos de políticas públicas, e por causa de serem as duas formas de destinação que podem ser realizadas diretamente na própria declaração, isto é, na hora de entregá-la, o que na prática

facilita bastante o processo para o contribuinte pessoa física. Importante ressaltar que isso não ocorre em relação às demais modalidades por falta de previsão legal”.

A GARANTIA DO USO EFETIVO DOS RECURSOS

Os recursos que são repassados a estes fundos públicos apenas podem ser gastos com políticas sociais voltadas a estas áreas especí cas.

“A aplicação dos recursos é de nida pelos conselhos de políticas públicas, que é composto por representantes da sociedade civil e do poder público ao qual o fundo é vinculado (municipal, estadual ou nacional). Na prática, as entidades que atuam nestas áreas apresentam projetos especí cos a estes conselhos, que, com base em determinados critérios, avaliam e aprovam ou não os projetos. Os aprovados recebem recursos dos fundos para custeio das atividades”, explica Borges.

Os recursos que compõem esses fundos são geridos pelos conselhos de políticas públicas, tanto no que se refere à aprovação dos projetos quanto em relação ao acompanhamento e controle das entidades que recebem os recursos, as quais também são scalizadas por outros órgãos de controle, especialmente o Ministério Público.

“A sociedade também pode acompanhar o uso dos recursos, entrando em contato com os conselhos para obter informações de como estes estão sendo aplicados. Geralmente, o conselho disponibiliza – ou deveria disponibilizar – pela internet, em site próprio, as informações dos projetos que estão recebendo os recursos, bem como os valores recebidos”, explicou.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, no site da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania, o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (Fumcad), que é gerido pelo Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA), apresenta uma detalhada prestação de contas sobre o uso de recursos em projetos em prol de crianças e adolescentes, rmados entre o poder público municipal e as organizações da sociedade civil.

CIDADANIA FISCAL

Mesmo com toda a transparência do processo, a quantidade de pessoas que fazem a destinação direta do IRPF ainda é baixa. Em 2022, somadas as doações que foram feitas diretamente na declaração e os valores doados ao longo do ano, o total de doações a tais fundos foi de R$ 278,73 milhões, apenas 2,89% dos R$ 9,65 bilhões que poderiam ter sido doados.

Por essa razão, a Receita Federal tem intensi cado as ações da “Campanha Destinação - Eu sou Cidadão Solidário”, buscando também conscientizar de que se trata de um gesto de cidadania scal.

“A destinação de parcela do imposto de renda a projetos sociais é uma das formas mais diretas e concretas de cidadania scal. Por meio dela, a pessoa tem a oportunidade de ajudar diretamente projetos sociais com uma parte do imposto que deve, e escolher para onde quer que o recurso seja direcionado”, comenta Borges, destacando, ainda, que quem faz a destinação acaba por querer se informar melhor sobre a utilização dos recursos e o funcionamento de tais políticas públicas. “Com isso, também acaba sendo estimulado o controle social e a cidadania scal. Eu ouso dizer que a

destinação de parte do Imposto de Renda a projetos sociais é uma verdadeira escola de cidadania scal”, complementa.

SUBSIDIARIEDADE

Católico, licenciado em Filoso a e mestre em Gestão de Políticas Públicas, com especialização em Direito Tributário, Borges também destaca que a destinação direta do Imposto de Renda é uma situação concreta de subsidiariedade, um dos princípios da Doutrina Social da Igreja, e ao qual corresponde, entre outros aspectos, “a descentralização burocrática e administrativa” (cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja – CDSI 187) e a participação do cidadão na vida social da comunidade a que pertence, de modo responsável e em vista do bem comum (cf. CDSI 189).

“Podemos dizer que a destinação é uma espécie de ‘subsidiariedade scal’, uma vez que é uma oportunidade concreta de o cidadão exercer o protagonismo em relação a estas políticas sociais. O contribuinte, inclusive, tem o direito não apenas de decidir se quer ou não destinar, mas também para qual fundo ele quer que o recurso seja destinado, que pode ser tanto o do município em que ele reside quanto o de qualquer outro do Brasil”, detalha.

COMO FAZER A DESTINAÇÃO

Após ter preenchido toda a declaração do IRPF no modelo completo, incluindo a ficha “Doações efetuadas”, vá à ficha “Doações Diretamente na Declaração”; Depois, escolha a aba “Criança e Adolescente” ou “Pessoa Idosa”, e na sequência, se deseja doar a um fundo “municipal”, “estadual” ou “nacional”. Feita essa escolha, o valor disponível para a doação será exibido na tela; Pode ser destinado até 3% para fundos da criança e do adolescente e até 3% para fundos do idoso.

O programa irá gerar o Darf (um para cada fundo escolhido), referente ao valor da destinação. Este precisa ser pago até 31 de maio.

Importante: Sua declaração só terminará de ser processada pela Receita Federal quando for detectado que o Darf da destinação foi pago e não houver qualquer outra pendência.

AINDA COM DÚVIDAS?

No link a seguir, acesse o vídeo explicativo da Campanha Destinação

https://curtlink.com/cNWy59u

18 | Reportagem | 17 a 23 de maio de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br
Receita Federal/Divulgação

Ano de 2022 tem alta de 20% no número de deslocados

por conflitos e catástrofes naturais

O aumento de crises forçou quase 71 milhões de pessoas a fugirem de seus próprios países no ano passado, um número recorde, segundo divulgou o Centro de Monitoramento de Deslocamentos Internos (IDMC, na sigla em inglês), com sede em Genebra, na Suíça, e o Conselho Norueguês para Refugiados (CNR).

De acordo com os dados revelados na quinta-feira, 11, a alta foi de 60% na comparação com 2021, e conforme a rmou Alexandra Bilak, diretora do IDMC, esse número é “extremamente elevado”. “Uma grande parte do aumento é causado, claro, pela guerra na Ucrânia, mas também pelas

inundações no Paquistão, por con itos novos e os já existentes em todo o mundo e por uma série de desastres súbitos ou lentos que vimos das Américas até o Pací co”, acrescentou.

No ano passado, os novos deslocamentos internos provocados por con itos chegaram a 28,3 milhões, quase o dobro de 2021 e o triplo na comparação com a média anual da última década. Entre eles, estão 17 milhões de pessoas deslocadas dentro da Ucrânia e 8 milhões no Paquistão.

A região da África subsaariana registrou 16,5 milhões de deslocamentos internos, mais da metade devido a con itos, em particular na República Democrática do Congo e na Etiópia, e o número de deslocados internos deve aumentar em 2023. No Sudão,

Vaticano

os combates iniciados em abril forçaram 700 mil pessoas a fugir para outras áreas do país.

Embora muitas pessoas sejam forçadas a deixar suas casas em todas as regiões do planeta, quase 75% dos deslocados internos vivem em apenas 10 países: Síria, Afeganistão, República Democrática do Congo, Ucrânia, Colômbia, Etiópia, Iêmen, Nigéria, Somália e Sudão (em ordem decrescente do número de deslocados internos).

Muitos deslocados são vítimas de con itos que duram vários anos, mas as catástrofes naturais são responsáveis pela maioria dos novos deslocamentos internos: 32,6 milhões de pessoas foram obrigadas a fugir por este motivo em 2022, 40% a mais que em 2021.

Papa Francisco: ‘A família é o antídoto contra a pobreza e o inverno demográfico’

Na segunda-feira, 15, Dia Internacional da Família, dedicado este ano ao tema “Tendências demográ cas e famílias”, o Papa Francisco a rmou, num tuíte, que “a família é o principal antídoto contra a pobreza material e espiritual, assim como também para o problema do inverno demográ co. É necessário que em todos os países sejam promovidas políticas sociais, econômicas e culturais ‘amigas da família’ e do acolhimento da vida”.

A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1989 e comemorada pela primeira vez em 1993. Em 1994, foi celebrado o Ano Internacional da Família.

Francisco expressou a mesma preocupação com a cultura de hoje, o “inimigo” da família. Ele exortou a combater esse inimigo trazendo novas vidas ao mundo e superando, também, aqueles “condicionamentos quase intransponíveis para as mulheres”: as “mais prejudicadas” e “escravas desse trabalho seletivo”. É por isso que “são necessárias políticas previdentes”, que preparem um terreno fértil “para fazer orescer uma nova primavera e deixar para trás este inverno demográ co”. Ele recomendou a não contrapor “natalidade e acolhimento”.

Fontes: Observatório Católico eVatican News

Liturgia e Vida

SOLENIDADE DA ASCENSÃO 21 DE MAIO DE 2023

PADRE JOÃO BECHARA VENTURA

Na Ascensão, Jesus não se afastou deste mundo. Continua vivo e presente entre nós, mas de uma maneira diversa. Os Atos dos Apóstolos narram assim esse acontecimento: “Uma nuvem o ocultou de seus olhos” (At 1,9). Ele continua conosco, porém de modo invisível. Isso acontece primeiramente na Hóstia consagrada, na qual Jesus está inclusive sicamente, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Mas, além disso, é Ele quem age nos demais sacramentos; quem fala quando a Igreja ensina o Evangelho; quem atua nas obras de caridade dos cristãos.

Dizer que Cristo “está sentado à direita do Pai” signi ca que o seu Corpo ressuscitado – o mesmo que recebemos na Comunhão – já entrou na glória. Ele está “bem acima de toda a autoridade, poder, potência e soberania” e possui “tudo sob os seus pés ” (Ef 1,20-21). Mas não está longe! Pois prometeu: “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o m do mundo” (Mt 28,20).

Paradoxalmente, na Ascensão, o Senhor “se foi” para estar ainda mais próximo. Mas não apenas na Galileia e na Judeia… Em todas as igrejas do mundo em que uma lâmpada arde ao lado do Sacrário, ali está o Senhor! Em todas as missas, ali está o seu único Sacrifício! Em todas as Con ssões, é Ele quem diz “Eu te absolvo”. Em cada alma em graça, Ele é o Hóspede. Tudo isso sem restrições de tempo e lugar.

Apesar de ter desmobilizado a polícia moral logo após os intensos protestos populares de 2022, as autoridades iranianas intensi caram o controle social por meio de scalização eletrônica e restrição a benefícios sociais a críticos e opositores da teocracia islâmica. O principal alvo da scalização são as mulheres, que há vários anos protestam contra a obrigatoriedade do uso do hijab, o lenço islâmico, mas todos os que apoiam a causa estão na mira do governo.

Heidi Basch-Harod, cineasta e diretora executiva da organização de defesa dos direitos da mulher “Women’s Voices Now”, a rma que a liberdade das mulheres no Irã continua sendo a problemática desde os protestos de setembro, apesar de a polícia moral não estar mais nas ruas scalizando pessoalmente os costumes.

“Ataques com gás venenoso contra meninas e meninos em escolas que mostram apoio à causa, proibição total de mulheres que não usam xador em locais de trabalho, a execução de centenas e a prisão de milhares indicam que a liberdade não está aumentando”, disse Heidi. “O que é inspirador é que o movimento de revolução [democrática] continua e os números de apoio a ela não parecem estar diminuindo.”

Observadores de direitos humanos dizem que a desmobilização da polícia moral representa uma tentativa do governo dos aiatolás de fugir da atenção internacional obtida durante os protestos de 2022, mas os iranianos continuam sendo punidos por expressarem suas opiniões, seja por meio de multas, da proibição de sair do país, de demissão de em-

pregos, expulsão de escolas ou até mesmo do cárcere.

Sob o slogan “Mulher, vida e liberdade”, os protestos de 2022 foram vistos por alguns analistas como o maior ato revolucionário desde 1979 [quando a revolução islâmica derrubou o governo do Xá e impôs regras religiosas, como o véu]. A manifestação das mulheres foi seguida por grande repressão das forças do governo.

“No início de abril deste ano, grupos de direitos humanos iranianos registraram a morte de 537 pessoas pelas forças de segurança no contexto dos protestos que começaram nonal de agosto de 2022 após a morte de Mahsa Jina Amini, incluindo pelo menos 68 crianças”, apontou o relatório da instituição humanitária Human Rights Watch.

Seria falta de humildade não reconhecer que tudo o que há de verdadeiramente santo e bom neste mundo – como os sacramentos e a vida dos santos - é, em última análise, uma obra de Jesus Cristo. Pois o mesmo Senhor que disse “sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5) continua vivo na sua Igreja, conferindo-lhe e cácia e delidade. Aquela força que segundo o Evangelho “saía Dele e curava a todos” (Lc 6,19), levando a multidão a comprimi-lo para ao menos tocar a orla do seu manto, continua em plena e cácia. A ação silenciosa de Jesus é o que leva a Igreja adiante.

Além disso, o Senhor subiu aos Céus para que permaneçamos com Ele também depois desta vida! Na Última Ceia, Ele havia dito: “Vou preparar-vos um lugar” (Jo 14,2). Quando o seu Corpo glori cado sentou-se no trono celestial reservado ao Filho de Deus, a natureza humana adquiriu um espaço no Céu. Esta nossa natureza “um pouco menor do que os Anjos”, que o Verbo assumiu, foi nalmente “coroada de honra e glória” (Hb 2,7). Portanto, Ele foi porque quer que estejamos com Ele!

A Ascensão leva-nos a crer sem ainda ter visto o Senhor. Por isso, serve para nos aumentar a fé. Torna a nossa esperança e caridade mais sobrenaturais, pois nos ensina a viver com o desejo direcionado para o Céu. De lá o Senhor retornará, para julgar vivos e mortos, e para nos fazer participar com Ele da vida eterna. A nal, “a nossa Pátria está nos Céus, de onde também esperamos ansiosamente, como Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que trans gurará nosso corpo humilhado, conformando-o ao seu Corpo glorioso” (Fl 3,20s).

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‘Estarei convosco todos os dias, até
Irã
Fonte: RFI Brasil
Governo substitui polícia moral por câmeras inteligentes e perseguições
Fonte: Olhares do Mundo Sima Gha arzadeh/Pexel

Papa recebe presidente da Ucrânia em esforço de mediação pela paz

Parando todo o centro de Roma com esquemas de segurança, no sábado, 13, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez uma visita o cial ao Papa Francisco no Vaticano. A audiência durou 40 minutos e foi, talvez, a mais importante do ano até aqui. Antes, o líder ucraniano havia se reunido com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, e

a primeira-ministra, Giorgia Meloni, como parte de uma viagem por países europeus em busca de apoio na guerra contra a Rússia.

O Papa Francisco e, portanto, a Santa Sé, tem adotado um tom moderador no con ito entre Rússia e Ucrânia. Sem deixar de reconhecer que a Ucrânia é um país soberano e democrático que foi invadido cruelmente por uma potência nuclear, a Rússia, o Papa tem se apresentado como potencial mediador entre os países, pedindo a paz e apontando para pontos de interesse cultural, afetivo e devocional comuns entre russos e ucranianos. Ele acredita que o apelo à fé e aos valores humanos dos dois povos tocará os corações e terá ressonância entre os poderosos.

UMA EMPREITADA DIFÍCIL

Entretanto, o Papa não tem tido sucesso na tarefa: tanto a Rússia quanto a Ucrânia estão completamente fechadas às negociações de paz. A Ucrânia não

aceita abrir mão de territórios hoje ocupados pela Rússia, que não pretende sair de mãos vazias e com imagem de perdedora de uma guerra inventada por seu líder quase absoluto e presidente, Vladimir Putin.

O principal objetivo da excursão de Zelensky, que depois de Roma partiu para Berlim, na Alemanha, foi pedir armas, aviões e outros recursos militares aos países desenvolvidos – missão que o Papa não apoia. De acordo com a imprensa italiana, citando fontes diplomáticas, Zelensky teria dito “respeitosamente” ao Santo Padre que a Ucrânia “não precisa de um mediador” para acabar com a guerra. Zelensky, em declarações públicas, disse que pediu ao Papa uma posição mais dura na condenação da Rússia – algo que Francisco tem feito com muito cuidado, para não fechar o diálogo com todas as partes.

Como relata o jornal La Stampa, a Santa Sé insiste na necessidade de se

abrir uma negociação de paz e se concentra, por ora, nos esforços de ajuda humanitária. Em entrevista ao diário, o Cardeal Michael Czerny, Prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, a rmou que “o ‘não’ de Zelensky não paralisa nossa diplomacia” e, embora a “invasão violenta de Putin seja um crime”, a guerra só pode “degenerar em crimes contra a humanidade”. Enquanto os inimigos não se encontram, o Vaticano con-

tinuará promovendo a reconciliação.

CORDIALIDADE

Nas imagens da TV do Vaticano, vê-se que o Papa, ao encontrar Zelensky – que ele já havia recebido dois anos antes da guerra – diz que “é uma grande honra ter essa visita”, ao que o presidente ucraniano responde: “É uma grande honra para mim, Santo Padre.” Conforme o comunicado do Vaticano sobre o encontro, que não entrou em detalhes, os dois trocaram presentes e falaram sobre “a situação humanitária e política da Ucrânia, provocada pela guerra em curso”.

Além disso, “o Papa assegurou sua oração constante, testemunhada pelos seus tantos apelos públicos e pela invocação contínua ao Senhor pela paz, desde fevereiro do ano passado”. Eles estão de acordo sobre o fornecimento de ajuda à população, especialmente às “pessoas mais frágeis, vítimas inocentes do con ito”, diz o texto.

e acolhida

“Natalidade e acolhida são duas faces da mesma moeda”, disse o Papa Francisco na terceira edição de um evento organizado na Itália para criticar as baixas taxas de natalidade no país e promover políticas de estímulo aos casais e famílias que desejam ter lhos. O evento, promovido pela Fundação pela Natalidade, foi na sexta-feira, 12. Com ironia, o Papa criticou o fato de que a sociedade atual acolhe melhor os animais, os pets, do que as crianças. “O nascimento dos lhos é o indicador principal para medir a esperança de um povo. Se nascem poucos, quer dizer que há pouca esperança”, declarou.

Atualmente, a Itália registra as mais baixas taxas de natalidade em sua história, algo que preocupa governos pelos impactos econômicos e sociais de uma população envelhecida. Francisco disse que o problema vai além disso. “Hoje, colocar lhos no mundo é entendido como um empreendimento a cargo das famílias. E isso, infelizmente, condiciona a mentalidade das jovens gerações, que crescem na incerteza, se não na desilusão e no medo”, declarou. Servem, portanto, medidas de incentivo à família e que combatam as “existências solitárias” tão comuns nas sociedades ocidentais. É preciso criar uma cultura de apoio, compartilhamento e acolhida, completou, referindo-se indiretamente também à abertura aos estrangeiros, migrantes. “Uma comunidade feliz desenvolve naturalmente os desejos de gerar e de integrar, acolher, enquanto uma sociedade infeliz se reduz a uma soma de indivíduos que buscam defender a todo custo aquilo que tem. E tantas vezes esquecem de sorrir”, analisou. (FD)

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A ‘felicidade’ de um povo se mede com natalidade
FILIPE DOMINGUES ESPECIAL PARA O SÃO PAULO, EM ROMA
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