O São Paulo - 3449

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Dom Odilo aos jovens: ‘O Espírito Santo está sempre conosco, não nos abandona’

Como já é tradição na Arquidiocese de São Paulo, adolescentes e jovens que se preparam para receber o sacramento da Crisma participaram da missa da Solenidade de Pentecostes, na Catedral da Sé, na tarde do domingo, 28, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer.

Editorial

Leis, ações efetivas e conscientização pessoal contra o racismo

Encontro com o Pastor

O Espírito Santo é o animador da Igreja e garantidor de sua vitalidade

O Arcebispo Metropolitano falou sobre a ação do Espírito Santo para a unidade da comunidade eclesial e na vida dos cristãos, para que compreendam a Palavra, sendo Ele também o “mestre espiritual” prometido por Jesus.

No celebração, foram entronizadas as ré-

plicas da Cruz peregrina e do Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude, que este ano acontecerá em agosto, em Lisboa, Portugal, com a presença do Papa Francisco.

Museu de Arte Sacra inicia mostra de expoentes do barroco brasileiro

“Fé, Engenho e Arte – Os Três Franciscos’ é o nome da exposição inaugurada no sábado, 27, com 65 peças de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho), Francisco Vieira Servas e Francisco Xavier de Brito, referências da arte sacra barroca do Brasil no século XVIII.

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A comunidade perfeita apresentada por Deus na Santíssima Trindade

Com curadoria de Fábio Magalhães e museografia de Haron Cohen, a exposição pode ser vista até 30 de julho no Museu localizado no bairro da Luz, próximo à estação Tiradentes do Metrô, com entrada gratuita aos sábados.

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A essência divina é uma só: o Pai é igual ao Filho e ao Espírito Santo

SEMANÁRIO DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO Ano 68 | Edição 3449 | 31 de maio a 6 de junho de 2023 www.osaopaulo.org.br | R$ 3,00 www.arquisp.org.br
Espiritualidade Liturgia
e Vida
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Luciney Martins/O SÃO PAULO
Cardeal Odilo Scherer, bispos auxiliares de São Paulo e padres concelebrantes, unidos a jovens crismandos na celebração da Solenidade de Pentecostes na Catedral da Sé, no domingo, 28

Acelebração de Pentecostes recorda o fato extraordinário da manifestação e ação do Espírito Santo no início da vida da Igreja. A existência da Igreja, que já está para completar dois mil anos, explica-se unicamente mediante a atuação do Espírito Santo. Não há nenhuma outra instituição humana com essa longevidade! Também ela é uma instituição humana, formada de “santos e pecadores”, mas não depende apenas da ação e decisão humanas. Se dependesse unicamente das forças e vontades humanas, ela já teria desaparecido, como tantas outras instituições que nasceram, atuaram durante algum tempo e, depois, desapareceram. A Igreja de Cristo segue viva e atuante, desde os apóstolos até hoje. Não faltaram crises e di culdades, devidas às nossas fragilidades humanas e pecados ao longo da história. Mas ela sempre superou essas crises, colocando-se novamente à escuta da Palavra de Deus e daquilo que o Espírito Santo diz em cada momento e circunstância. Nos momentos difíceis, ela se põe a discernir sobre as realidades que a cercam, deixan-

Igreja: guiada e animada pelo Espírito Santo

do-se chamar à conversão, para uma delidade renovada a Cristo e à sua própria missão.

Também hoje, não faltam di culdades e crises na Igreja. Ela enfrenta constantes divisões internas, fechamentos, falsos pregadores e mestres mais interessados em si mesmos e nas próprias vaidades do que na verdade e no serviço do Evangelho e no bem da Igreja. E não faltam desa os postos a ela pela cultura contemporânea. Por isso, é tempo para “ouvir o que o Espírito diz à Igreja” (cf. Ap 2-3) e para fazer um sereno discernimento sobre qual é, de fato, a vontade de Deus em cada momento. Ao longo da história, a Igreja fez isso muitas vezes e sempre reencontrou seu caminho, voltando-se para Jesus Cristo, o Evangelho, o exemplo dos Santos e das grandes testemunhas do Evangelho. Não há de ser diferente em nossos dias. Durante nosso sínodo arquidiocesano, colocamo-nos muitas vezes diante do apelo feito, já no primeiro século do Cristianismo, às sete Igrejas da Ásia Menor: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas’ (cf. Ap 2-3). E a invocação ao Espírito Santo, “animador e renovador da vida da Igreja”, acompanhou todo o trabalho do sínodo. É Ele quem pode mover os corações e as mentes para uma verdadeira conversão e reno-

vação pessoal e comunitária na vida eclesial e pastoral. E o sínodo arquidiocesano evidenciou que temos muita necessidade de realizar um processo de profunda “renovação missionária” em nossa Arquidiocese.

Após o encerramento do sínodo, logo teve início a etapa pós-sinodal, para colocar em prática as diretrizes e os propósitos sinodais, divulgados na Carta Pastoral Comunhão, Conversão e Renovação Missionária. Nossa Arquidiocese, em todas as suas comunidades, expressões, organizações e serviços, está chamada, agora, a traduzir em novas atitudes e práticas as propostas e diretrizes sinodais, para um renovado espírito de missão e ardor missionário. Só assim, a Igreja se renovará e o Evangelho trará novos e abundantes frutos de vida cristã em nossas comunidades.

Com as propostas sinodais em mãos, mais uma vez nos perguntamos, como o apóstolo Paulo no caminho de Damasco, com fé e generosa abertura: “Senhor, que devemos fazer?”. Não basta ter feito um diagnóstico da realidade e ter tomado consciência da situação e dos desaos. Agora é tempo de agir, com ardor missionário e esperança. E necessitamos muito da ajuda do Espírito Santo nesta fase do caminho sinodal. Precisamos dos seus preciosos sete

dons, de muito discernimento à luz da fé e da missão; de sabedoria evangélica, unida ao esforço humano; de fortaleza interior, unida à coragem para a superação dos nossos medos, calculismos e autossu ciências humanas; precisamos do verdadeiro e santo temor de Deus, que nos faça levar a sério Deus e a missão que nos foi con ada como Igreja de Cristo. Precisamos do dom da perseverança, para não nos abatermos diante das inevitáveis di culdades do caminho. Precisamos da “alegria do Evangelho”, para a superação dos negativismos e desânimos e para con armos mais na ação silenciosa e e caz do Espírito Santo.

Que o Espírito Santo venha em socorro de nossa fraqueza para sermos as testemunhas do Evangelho na grande cidade de São Paulo: “Deus habita esta cidade: somos suas testemunhas”. E Jesus prometeu o Espírito Santo para ser nosso mestre interior: “Ele vos ensinará todas as coisas”. Para ser nosso advogado e defensor nos perigos e contra as insídias do Maligno: “Enviarei a vós um outro consolador, o defensor”. Para ser nosso amigo, consolador e constante companhia “Ele estará sempre com vocês”. O Espírito Santo é o animador da vida da Igreja e o garantidor de sua vitalidade e fecundidade missionária.

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SCHERER Arcebispo metropolitano de São
CARDEAL ODILO PEDRO
Paulo
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Em Mogi das Cruzes (SP), Dom Odilo Scherer participa da novena da Festa do Divino

nos colocamos à sua disposição para acolher os seus preciosos dons”, a rmou.

Em 25 de maio, o Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu a missa na 7ª noite da novena da 410a Festa do Divino Espírito Santo, na Catedral de Sant’Anna, em Mogi das Cruzes (SP), tendo entre os concelebrantes o bispo diocesano, Dom Pedro Luiz Stringhini.

No início da missa, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo exortou os éis a estarem em atitude de acolhida e espera do Espírito Santo, como faziam os Apóstolos: “O Espírito vem todos os dias. Sempre que pedimos e precisamos, Ele vem ao nosso encontro. Mas nesta semana, de maneira toda especial, nós

Ao falar sobre a oração descrita no Evangelho daquele dia (Jo 17,20-26), o Arcebispo ressaltou que nela Jesus pede ao Pai a unidade da Igreja, pois reza para que seus discípulos permaneçam unidos e em comunhão; fala da revelação do nome e da glória de Deus; e pede que os discípulos estejam na glória do Pai.

Ao nal da homilia, Dom Odilo exortou que todos sejam éis ao Divino Espírito Santo: “Eles nos ajudará a manter o dom da comunhão, do amor recíproco, da caridade, do respeito, e do cultivo de tudo aquilo que é bom”.

(CominformaçõesdaDiocesedeMogidasCruzes)

(Colaborou: Fernando Arthur)

Cardeal fala sobre sua carta pastoral ao clero na Brasilândia

O clero atuante na Região Episcopal Brasilândia se reuniu na quinta-feira, 25, na Paróquia São José, Setor Perus, em encontro que teve a participação do Cardeal Odilo Pedro Scherer e de Dom Carlos Silva, OFMCap., Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia. Na ocasião, o Arcebispo Metropolitano falou sobre sua mais recente carta

pastoral, escrita após a realização do 1o sínodo arquidiocesano. Ele destacou o grande objetivo de comunhão, conversão e renovação missionária proposto pelo sínodo, e que todos devem caminhar juntos, saber como está a Igreja em São Paulo. Ressaltou, ainda, que grande parte da ação evangelizadora da Igreja se dá no domingo, o Dia do Senhor; por isso, é preciso valorizar este dia, a alegria da fé, a epifania da Igreja, alargando o senso de pertença, de comunhão e de participação.

O Arcebispo de São Paulo também comentou sobre a importância de que se recupere o senso de ser católico e lembrou que os leigos são a expressão da Igreja missionária. Disse, ainda, sobre a necessidade de todos os cristãos serem mais missionários como comunidades eclesiais, construtores de uma sociedade voltada para os valores do Reino de Deus. Também destacou a necessidade de priorizar a Catequese e a formação à vida cristã na Arquidiocese.

Movimento Sacerdotal Mariano realiza cenáculo anual na Catedral da Sé

REDAÇÃO

osaopaulo@uol.com.br

No sábado, 27, na Catedral da Sé, o Movimento Sacerdotal Mariano (MSM) realizou seu cenáculo anual arquidiocesano, com a participação de seus membros, entre os quais famílias – incluindo crianças e jovens – e sacerdotes.

O cenáculo teve início às 15h com a invocação ao Espírito Santo, exposição do Santíssimo Sacramento, reza do Terço, leitura de uma mensagem do livro “Aos Sacerdotes Filhos prediletos de Nossa Se-

nhora” e o ato de consagração ao Imaculado Coração de Maria. A atividade foi concluída com a missa presidida pelo Cardeal Scherer, Arcebispo Metropolitano.

O Movimento Sacerdotal Mariano tem o propósito de ajudar os sacerdotes a serem éis e santos por meio de sua consagração ao Imaculado Coração de Maria. Também realiza cenáculos de oração nas casas e igrejas.

O MSM existe há 51 anos e se expandiu pelos cinco continentes, tendo sido promovido pessoalmente pelo padre italiano Stefano Gobbi (1930-2011),

FESTA DA RAINHA DOS APÓSTOLOS

Na noite do sábado, 27, foi comemorada a Festa de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos. A Eucaristia foi presidida pelo Cardeal Scherer, e concelebrada pelos Padres José Elias Fadul SAC, Pároco; Emerson José da Silva, SAC; e Edvaldo Betioli Filho. Nossa Senhora e os 12 Apóstolos perseveravam em oração no Cenáculo, à espera do envio do Espírito Santo. Devido a essa manifestação de fé, é também considerada Rainha da Igreja que nasce, consequentemente Rainha dos Apóstolos, festa comemorada nesta celebração.

O Lucernário da Rainha é feito lembrando essa espera no Cenáculo, e na Paróquia tradicionalmente são acesas, dia a dia, nove velas acompanhadas de orações, em preparação à festa de Pentecostes. A íntegra da notícia pode ser lida em https://curtlink.com/yeTd840.

(por Patrícia Midões)

que durante uma peregrinação a Fátima, Portugal, em maio de 1972, teve a inspiração de iniciar um movimento para

rezar pelos padres e formar com eles um grupo de consagrados ao Imaculado Coração de Maria.

PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO NA VILA BRASILÂNDIA

Dando início aos preparativos para as comemorações, em 2024, dos 70 anos de criação da Paróquia Santo Antônio, na Vila Brasilândia, o Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu missa, no domingo, 28, na matriz paroquial, concelebrada pelo Padre Edemilson Gonzaga de Camargo, Pároco, com a assistência do Diácono Otoniel Pro ro de Morais. Na ocasião, houve também o anúncio do tema da Trezena de Santo Antônio 2023: “Deus habita esta cidade. A exemplo de Santo Antônio, somos suas testemunhas”. Na homilia, o Arcebispo Metropolitano destacou que “Deus continua reunindo, como aconteceu em Pentecostes, todas as culturas, línguas e raças, pela ação do Espirito Santo, para formar um só povo, uma só Igreja, uma só família. Formamos um só corpo e não pode existir divisões”. (por Kátia Maderic)

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PADRE RAFAEL ARAÚJO NOLLI
SÃO
ESPECIAL PARA O
PAULO
REDAÇÃO osaopaulo@uol.com.br
Dora Santos Padre Rafael Araújo Nolli Movimento Sacerdotal Mariano Patrícia Midões Kátia Maderic

Nossa responsabilidade pessoal diante do racismo no futebol Editorial

Oesporte é visto, tradicionalmente, como um espaço privilegiado de formação moral e de cultivo das virtudes do caráter. Também a Igreja sempre o viu assim, como bem lembrou São João Paulo II, em um discurso a jovens esportistas em 1980. Também o Papa Francisco sublinha que, no esporte, podemos encontrar beleza, gratuidade e camaradagem. Na sua mensagem para a abertura da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, salientou a importância do treinamento, do fair play (“jogo justo”, isto é, o esporte praticado de forma ética) e da honra entre os competidores – além de considerar que as competições poderiam ser uma ocasião de diálogo, de compreensão, de enriquecimento humano recíproco.

Infelizmente, a realidade nem sempre corresponde ao ideal, como mostram as manipulações dos resultados de jogos; a violência entre torcidas, que chega a provocar mortes; e os casos de racismo, que voltaram a ga-

nhar destaque recentemente em mais um episódio envolvendo Vinicius Júnior, o jogador brasileiro do Real Madrid. Os ataques racistas contra ele e outros jogadores de futebol escandalizam, particularmente, porque temos a imagem de uma sociedade cada vez menos racista. De fato, na maior parte do mundo, as leis têm se desenvolvido no sentido de combater cada vez mais o racismo e não permitir qualquer forma de ataque à dignidade da pessoa. Movimentos por igualdade racial parecem cada vez mais atuantes e a sociedade menos conivente com atentados que apresentam implicações raciais.

Esses avanços, contudo, são apenas parte da realidade. Concepções racistas, cultivadas por séculos, continuam a impregnar nossas mentalidades – manifestando-se normalmente como piadas, comentários jocosos ou expressões ofensivas. Na maior parte dos casos, acontecem em âmbitos restritos, nos quais o ofensor se considera impune em relação às medidas

legais. Nem por isso deixam de ferir, magoar e criar um ambiente favorável para discriminações – essas sim com implicações objetivas graves.

Grandes eventos esportivos são momentos de catarse coletiva, nos quais os torcedores liberam suas tensões emocionais adquiridas no cotidiano. Podem ser momentos de alegria e euforia na vitória; podem ser momentos de tristeza e frustração na derrota. Essa catarse pode se revelar positiva, pela simples descarga da pressão e pela experiência de pertencimento a algo maior; mas também pode ser profundamente negativa, ao liberar agressividade e violência descontroladas. Nessas ocasiões, lados obscuros de nossa personalidade vêm à tona, exibimos comportamentos que não mostraríamos em público em outras condições. Um pequeno insulto de alguém mais exaltado pode gerar um ataque verbal coletivo e até mesmo gestos de agressão física.

Além disso, o ressentimento e a raiva vêm crescendo em nossa socie-

Opinião

dade, que cada vez mais nos exige em termos de desempenho e resultados, e na qual o sucesso parece ser uma condição para a aceitação social – ao mesmo tempo em que vemos o êxito apenas de uns poucos, a exclusão crescente, a corrupção e o corporativismo dos poderosos. Se, em termos legais, a igualdade e a dignidade de todos parece cada vez mais assegurada, em termos psicológicos se procura cada vez mais por “bodes expiatórios” para se descarregar as frustrações.

Leis e ações efetivas contra aqueles que exibem comportamentos racistas são essenciais em todas as sociedades, mas também precisamos de uma educação ao respeito e à solidariedade, responsabilidade de todos nós. Nas palavras do Papa Francisco: “A solidariedade como virtude moral e comportamento social, fruto da conversão pessoal, requer empenho por parte de uma multiplicidade de sujeitos que detêm responsabilidades de caráter educativo e formativo” (Mensagem para o XLIX Dia Mundial da Paz).

Qual o caminho para a economia? A proposta de Francisco

LUIZ ANTONIO ARAUJO PIERRE

A improdutiva atividade econômico- nanceira é um dos grandes entraves para a existência de uma economia que conduza a um equilíbrio social. O ‘endeusamento’ deste sistema nanceiro contribui de forma contundente para a implantação e ampliação da injustiça para com os mais pobres, aprofundando a desigualdade e, sobretudo, travando o desenvolvimento.

Intrinsecamente, este sistema consiste num tipo de corrupção, pois diculta as possibilidades de uma vida mais digna à população carente. O funcionamento do mercado tem mecanismo de exclusão dos mais necessitados, sempre ignorando a miséria, constituindo, portanto, uma forma de corrupção.

Corrupção é agir com a nalidade de obter vantagens em relação aos demais e signi ca, etimologicamente, “ato de quebrar aos pedaços”, ou seja, decompor e deteriorar algo. Assim sendo, quando o ‘mercado’ se coloca no centro e deixa de lado a pessoa, temos, sim, um tipo velado de corrupção, que desvia o dinheiro, seja com a distribuição de dividendos sem a tributação adequada, seja para pagamento aos bancos de dívidas in ndáveis devido aos juros abusivos.

A pergunta que se faz é: se existem alternativas para a economia, para não car dependente e atrelado ao capital improdutivo, ou pelo menos, para minimizar os seus malefícios?

Sim, existem alternativas, sendo que a Economia de Francisco é um exemplo signi cativo de proposta, lembrando que a Economia de Francisco é um processo, e não um evento ou um projeto. Devemos nos engajar e deixar ser envolvidos nesta caminhada e dar um novo signi cado à pobreza mundial, colocando toda

a população no mesmo patamar de dignidade humana e igualdade de oportunidades. Indispensável, também, á a dimensão espiritual, que abre os horizontes, para além dos conceitos meramente técnicos.

Um dos aspectos fundamentais da Economia de Francisco é a garantia de uma renda básica, dando dignidade à pessoa pobre, tendo o Estado efetiva participação na distribuição da renda, que hoje é concentrada na mãos de poucos. Esta é uma carcterística da solidariedade, indispensá-

vel para que a economia possa estar a serviço de todos, como se encontra previsto, por exemplo, na Constituição Federal do Brasil.

Outra proposta muito importante é o reinvestimento na própria empresa, garantindo e ampliando os postos de trabalho e atividade econômica, investindo na formação cultural dentro desta nova racionalidade, de modo a fortalecer a base cultural que sustenta o projeto, ou seja, na difusão da cultura da partilha, mediante a promoção de congressos, estruturas, escolas formativas, bolsas de estudo e imprensa.

Imprescindível distribuir e compartilhar uma parte do lucro com pessoas em situação de pobreza, dando-lhes a possibilidade de viver de modo mais digno, criando para elas projetos de desenvolvimento, sem limitar-se a assisti-las nanceiramente.

A Economia de Francisco quer se orientar na linha da justiça social, colaborando para uma redistribuição dos recursos de modo adequado ao equilíbrio econômico, sempre em consonância com o meio ambiente. Na visão do Papa Francisco, os jovens devem ser os protagonistas, pois serão os jovens, diz o Papa, que vão mudar a economia.

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Arte: Sergio Ricciuto Conte LuizAntonioAraujoPierre é membro do Movimento dos Focolares. Professor,advogadoesociólogo.

Formar-se para formar

SIMONE RIBEIRO CABRAL FUZARO

Educar os lhos tem sido um desa o cada vez maior. Existem muitas variáveis que concorrem para que isso aconteça: os pais são cada vez mais consumidos pelo mercado de trabalho, as moradias são cada vez menores e menos apropriadas às necessidades infantis, as informações disponíveis sobre a educação dos lhos são inúmeras e, muitas vezes, contraditórias, gerando confusão.

Para além disso, porém, e muito mais grave do que tudo isso, está a realidade de que estamos vivendo em uma época de extrema deformação, de jovens adultos que são frutos de uma mentalidade absolutamente hedonista; de uma geração que pouco foi formada nas virtudes, que tem di culdades claras de identi car a verdade, de de nir objetivos, de delimitar quais os valores que, de fato, são importantes para nortear a vida. Acontece que se torna impossível formarmos alguém, ou seja, contribuirmos para a formação do caráter e da personalidade de outras pessoas, se não nos dedicarmos primeiro a buscar uma sólida formação pessoal.

O que mais se busca hoje em dia é um modo “leve”, tranquilo e e ciente de educar os lhos. Vive-se a falsa ideia

de que a vida precisa ser vivida sem grandes trabalhos, sem sair da zona de conforto e sem tirar os lhos dessa mesma condição. Parece que quanto menos os pais interferirem naquilo que os lhos têm por natureza (seus quereres, seus impulsos, seus comportamentos), mais os lhos serão livres e felizes. Tenho certeza de que não se pensa ou se age dessa maneira por deliberada falta de interesse em formar bem os lhos, a nal, geralmente, os pais querem o melhor para seus lhos. No entanto, estou absolutamente convencida de que uma vez imersos nessa mentalidade de conforto e prazer, de busca de uma felicidade fugaz, os pais acabam confusos sobre o que realmente é o bem para a formação de seus lhos.

Exatamente por isso, quero entusiasmá-los a que se dediquem a conhecer mais e melhor o que signi ca ser uma pessoa e a grandeza da missão que assumem quando geram uma nova vida. Hanna Arendt, lósofa in uente no século XX, diz de modo muito belo que “cada criança que nasce é uma novidade: vem ao mundo alguém que é diferente de todos que viveram no mundo antes dele e dos que convivem com ele. A singularidade de todo ser humano faz com que a todo nascimento surja algo potencialmente novo,

Santíssima Trindade

DOM

com misericórdia, cuida e acolhe. Mentes perversas que insistem na gura de um deus que castiga, exclui e causa medo, na verdade estão disseminando uma falsa imagem de Deus, porque o Deus dos cristãos é amor.

capaz de realizar algo inédito”. Ocorre que, para que a criança chegue a verdadeiramente alcançar todo o seu potencial e a marcar o mundo com sua singularidade, ela precisa ser bem formada. Precisa encontrar em seus pais pessoas comprometidas a gastar-se por ela, a implicar-se verdadeiramente com a difícil tarefa de forjar um caráter, de se envolver inteiramente no processo de lapidação de uma personalidade, para que bem formada, se torne capaz de viver com plenitude sua missão. Então, queridos papais e mamães, precisamos sair da zona de conforto e nos dedicarmos a crescer em primeiro lugar. Identi car os valores que queremos transmitir a nossos lhos é o primeiro passo, mas, em seguida, e não menos importante, é preciso lutarmos por viver de modo coerente cada um desses valores. Precisamos lutar por ganhar as virtudes que tanto almejamos que nossos lhos tenham e, mais ainda, precisamos entender que não se trata de algo piegas ou ultrapassado viver de modo virtuoso; ao contrário, estamos nesse mundo cinzento e conturbado por termos deixado de lado a busca das virtudes; por termos acreditado nas mentiras que nos foram sendo contadas a respeito da vida – de que tradição é bobagem, de que tudo o que é

moderno é melhor, de que precisamos aproveitar a vida loucamente, a nal ela é curta. Precisamos revisitar o sentido de nossa existência e aí, sim, veremos como isso tudo se encaixa.

Não é possível que as estatísticas assustadoras de ansiedade, depressão e suicídio na infância e adolescência não nos digam nada. Não acredito que, diante da realidade que estamos vivendo, estejamos convencidos de que estamos educando bem nossos pequenos, que estamos fazendo o melhor que podemos fazer. Isso não é verdade. A verdade é que estamos fazendo aquilo que nos convenceram de que seria o melhor a ser feito. Chegou o momento de abrirmos os olhos, de iluminarmos nossa inteligência, buscando a verdade e de mudarmos o rumo nesse processo. Tanto conhecimento se busca para tanta coisa menos importante. Que se busque também para esse projeto que certamente será o maior e mais importante de suas vidas: a formação dos lhos. Mas tomem cuidado, pais: busquem em fontes sólidas, cristãs. Não se deixem enganar por modismos e facilidades. Gastem-se por seus lhos e encontrarão felicidade ao nal do processo.

Pesquisas recentes informam que 89% dos brasileiros acreditam em Deus. Mas, que deus?

Existe uma crença perigosa que povoa a mente de pessoas fanáticas que as torna intolerantes e violentas. Em nome de deus, dá para fazer muitas coisas, até coisas que não prestam.

Ao celebrar a festa da Santíssima Trindade, os cristãos têm a oportunidade de puri car seus corações de uma falsa ideia de deus espalhada entre nós.

No texto do livro do Êxodo, a motivação é ir ao encontro de Deus como fez Moisés. Ele levantou quando ainda estava escuro e foi encontrar-se com Deus levando duas pedras para que nelas fossem inscritos os Mandamentos. E Deus se revelou como misericordioso, paciente, rico em bondade, el, que caminha com o povo, mesmo que este seja de cabeça dura. Vejam: Deus se revela com um pai de bondade, que atua

A certeza de que Deus é amor está contida no texto do Evangelho segundo São João, que garante: “Deus amou tanto o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que Nele crer, mas tenha a vida eterna”. É um gesto extremo de amor que Deus faz por nós ao se fazer um de nós na pessoa do Filho e se encarnar. Em tudo o Filho revelou a face amorosa do Pai: perdoando a mulher que estava por ser apedrejada, indo em busca da ovelha perdida, curando os doentes, alimentando os famintos, acolhendo crianças, protegendo órfãos e viúvas... e, por m, se entregando por amor, sendo glori cado na Cruz.

Para uma melhor compreensão da ação e presença da Santíssima Trindade, proponho a contemplação da escultura da irmã Caritas Muller. Nela, o Pai está carinhosamente inclinado, com um dos joelhos em terra, esforçando-se para levantar uma pessoa caída. Deixa a impressão de que o sentimento é de ternura e carinho, seu rosto se aproxima e beija o rosto inerte da pessoa ferida, tal quais os beijos e abraços quando retornou o lho pródigo.

O Filho ajoelha e se inclina profundamente. Ele se rebaixa à mesma condição do ser humano. Ele segura e sustenta com suas mãos os pés da pessoa ferida, lava-os, cura as feridas com carinho e beija seus pés. Em Jesus, Deus se abaixa para estar mais perto da miséria do ser humano.

O Espírito Santo desce em forma de pomba e de fogo. Com seu bico, beija a pessoa caída e lhe transmite o sopro de vida. Como um fogo, aquece aquele que está desfalecido.

Pai, Filho e Espírito Santo se preocupam com a pessoa caída. Ela está no centro e é de cor mais escura, cor da terra, um ser criado por Deus que estaria sem vida não fosse o sopro divino (Padre José Adroaldo). Vidas caídas importam, “vidas negras importam”, toda vida importa, pois o Deus que cremos é o Deus da vida.

A Santíssima Trindade é a perfeita comunidade. E para ser comunidade perfeita, a modelo da Trindade Santa, o apostolo Paulo oferece elementos preciosos que revelam o rosto de uma comunidade cristã: alegria, busca da perfeição, encorajamento mútuo, união, paz e beijo fraterno. Todas essas características são como ferramentas para que a comunidade possa ser o lugar da presença e manifestação de Deus. A alegria é manifestação de

uma comunidade que se sente amada por Deus, sendo capaz de contagiar e transformar. A busca da perfeição é o reconhecimento dos limites, mas a certeza de que é possível melhorar o que se está fazendo. O encorajamento mútuo é aquele companheirismo saudável que motiva os irmãos a superarem os possíveis percalços que a vida oferece. Por fim, o beijo fraterno, o ósculo litúrgico, símbolo da fraternidade cristã.

Diante de um Pai que se inclina para beijar a pessoa desfalecida, do Filho que beija os pés de quem está caído e do Espírito que transmite o sopro da vida, a comunidade cristã chama para si a responsabilidade de oferecer sua pequena contribuição com gestos de amor para reproduzir a beleza da Trindade Santa. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

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JOSÉ BENEDITO CARDOSO BISPO AUXILIAR DA ARQUIDIOCESE NA REGIÃO LAPA
Espiritualidade Comportamento
Simone Ribeiro Cabral Fuzaro é fonoaudiólogaeeducadora.Mantém o site www.simonefuzaro.com.br.Instagram:@sifuzaro
EDITAL DE CONVOCAÇÃOMons. Sérgio Tani
6 | Publicidade | 31 de maio a 6 de junho de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br

Estados Unidos

Fiéis farão peregrinação eucarística para expressar sua fé

Para se preparar para a 10ª edição do Congresso Eucarístico Nacional, que ocorrerá em 2024 na cidade de Indianápolis, católicos dos Estados Unidos farão uma peregrinação eucarística com dois meses de duração.

A iniciativa, que tem como objetivo aproximar os éis da Eucaristia e reavivar o compro-

misso com o Santíssimo Sacramento, será iniciada no Domingo de Pentecostes, 19 de maio de 2024, e terminará em 16 de julho, data de abertura do Congresso.

O percurso, que terá mais de 10 mil quilômetros e cobrirá 65 dioceses ao longo de quatro itinerários diferentes, cada um com um padroeiro especí co, faz parte da proposta de Reavivamento Eucarístico de três anos, estabelecida pela Conferência

dos Bispos Católicos do país. Cada uma das viagens terá a participação de jovens católicos acompanhados por capelães que visitarão cada uma das rotas uma vez por semana. As paróquias visitadas ao longo da rota serão sede de celebrações eucarísticas, adoração ao Santíssimo Sacramento, devoções de 40 horas, palestras eucarísticas, testemunhos de peregrinos, entre outras atividades.

Vaticano

Pontífice apoia o Pacto Global da Família

O Papa Francisco enviou na terça-feira, 30, uma mensagem de apoio ao lançamento do Family Global Compact (Pacto Mundial da Família), para que as universidades católicas promovam a família no mundo.

“Não podemos car indiferentes ao futuro da família, comunidade de vida e de amor, aliança insubstituível e indissolúvel

entre homem e mulher, lugar de encontro entre as gerações, esperança da sociedade”, disse o Santo Padre.

“A família tem efeitos positivos sobre todos, como geradora de bem comum: as boas relações familiares constituem uma riqueza insubstituível não só para os cônjuges e os lhos, mas também para toda a comunidade eclesial e civil”, disse.

São

Francisco enfrenta caos urbano

Quarta cidade mais populosa do estado da Califórnia, centro nanceiro, cultural e de transportes da área da baía homônima, São Francisco tornou-se símbolo da crise das pessoas em situação de rua nos Estados Unidos. De mentalidade libertária e progressista desde as décadas de 1960 e 1970, tolerante ao uso de drogas – a ponto de se poder comprá-las em lojas à luz do dia –, com um sistema judiciário permissivo, que se isenta de condenar grande parte dos delitos urbanos – furtos e roubos de objetos com valores inferiores a 950 dólares são considerados “contravenções” e cam impunes – e escassez de habitações populares, estima-se que 100 mil pessoas não têm onde morar e vivem nas ruas da cidade, o que ocasiona aumento da insegurança e do caos urbano e prejuízo ao turismo local. (JFF)

Fonte:ProfessorFernandoCarlos–Geogra a,GeopolíticaeAtualidades

O Pontí ce convidou as universidades católicas e a pastoral a promoverem juntas “uma cultura da família e da vida que, a partir da realidade, ajude as novas gerações – neste tempo de incertezas e de falta da esperança – a valorizar o Matrimônio, a vida familiar com os seus recursos e desa os, a beleza de gerar e proteger a vida humana”.

Até o momento, 373 universidades e centros de pesquisa estão envolvidos na iniciativa, porém outras instituições deverão aderir em breve. Um site dedicado ao Pacto também está disponível: www.familyglobalcompact.org. Nele, demais informações podem ser encontradas em italiano, inglês e espanhol. (JFF)

Fonte:ACIDigital

Martin Scorsese e Papa Francisco se unem para produzir um filme sobre Jesus

Depois de apresentar seu novo lme “Killing of e Flower Moon” fora da competição no festival de cinema francês, o cineasta Martin Scorsese a rmou no sábado, 27, que decidiu atender ao apelo do Papa Francisco para fazer um lme sobre Jesus.

O cineasta se encontrou com Francisco no Vaticano. “Respondi ao apelo do Papa aos artistas da única maneira que sei: imaginando e escrevendo o roteiro de um lme sobre Jesus. E estou prestes a

começar a fazê-lo”, a rmou o diretor.

O lme ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento, mas os planos são de que Scorsese assuma a direção e que o Papa Francisco atue como consultor e forneça insights espirituais durante o processo de criação. A parceria entre Scorsese e Francisco promete trazer uma perspectiva importante sobre a vida e os ensinamentos de Jesus.

O enredo do longa ainda não foi divulgado, mas é provável que foque milagres,

pregações e o impacto duradouro de Jesus Cristo na história e na espiritualidade. Scorsese é conhecido por sua abordagem artística e compromisso com a autenticidade histórica, o que sugere que o lme terá um olhar cuidadoso e detalhado.

Em fevereiro, o Papa Francisco disse que o cinema precisa de lmes que “suscitem espanto” e que o mundo está “atormentado”. O Sumo Pontí ce comentou que os lmes são um bom caminho para

a evangelização. “Gosto da obra que vocês fazem, das obras de cinema, de arte e de beleza como grande expressão de Deus. Se quisermos quali car as grandes obras do cinema, podemos dizer que uma boa razão são os atores, mas apenas as que souberam expressar harmonia, tanto na alegria quanto na dor. O cinema é poesia, pois dar a vida é poético”, comentou Francisco em encontro com membros da Fondazione Ente dello Spettacolo. (JFF)

Fontes: UOL e Correio do Povo

www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br | 31 de maio a 6 de junho de 2023 | Pelo Mundo | 7
Fonte: Gaudium Press
FERREIRA
osaopaulo@uol.com.br
JOSÉ
FILHO

Com apenas R$ 1,00 já é possível fazer a diferença na vida gestantes, bebês e puérperas

CAMPANHA

AMPARO PELA VIDA

2023 PROSSEGUE

ATÉ DEZEMBRO

Quando acolhida, Beatriz teve acesso a todo o atendimento pré-natal, o que incluiu exames para investigar a suspeita de ter hepatite C.

placas solares é esperado que o consumo de energia do Centro seja reduzido a quase zero e, assim, sobrem recursos para serem investidos na instituição.

IRA ROMÃO

ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

Está em andamento a segunda edição da campanha “Amparo pela Vida”, da Associação Amparo Maternal, que há mais de oito décadas tem por missão acolher mulheres gestantes em situação de vulnerabilidade.

Iniciada em 14 de maio, no Dia das Mães, a campanha de 2023 se estenderá até 15 de dezembro.

“É como um parto prematuro. Pela

urgência da necessidade das mulheres, realizamos a campanha em sete meses, celebrando o ‘Dia do Amparo’ em 8 de dezembro, data escolhida por ser dia da Imaculada Conceição, o maior amparo maternal que temos”, disse ao O SÃO PAULO Lorenna Pirolo, diretora-presidente da Associação Amparo Maternal.

Os recursos arrecadados na campanha ajudam a manter as atividades do Centro de Acolhida da instituição, localizado na Vila Clementino, na zona Sul da capital.

SALVANDO VIDAS

Em 2022, a campanha arrecadou R$ 1,5 milhão, valor que foi utilizado para a manutenção dos 50 acolhimentos simultâneos, somando mães e bebês, realizados ao longo de todo o ano.

“Foram 246 vidas salvas por nós e amparadas com serviços ininterruptos. Garantimos 5.846 atendimentos individualizados com apoio psicológico social e atividades socioeducativas”, destacou Lorenna.

No total, 85% das pessoas assistidas tiveram saída quali cada, o que signi ca que foram reinseridas na sociedade, seja retornando à própria família, seja conseguindo moradia autônoma ou continuidade em outros serviços públicos de acolhimento.

Houve ainda a realocação de 63 mulheres ao mercado de trabalho. E 100% das gestantes e dos bebês acolhidos tiveram acompanhamento na rede pública de saúde.

Essa assistência fez a diferença na vida da angolana Beatriz Diogo, 45, acolhida em novembro de 2022, grávida de sete meses, após ter cado cinco dias desabrigada pelas ruas da cidade de São Paulo.

Beatriz viajou sozinha de Angola, país do sul da África, até a capital, em busca de melhor atendimento médico para dar à luz.

“Não tinha nenhum conhecido aqui. Vim porque soube que a Medicina daqui é muito boa. Como estava tendo problemas na minha gravidez e já tinha passado por uma perda gestacional antes, acreditei que seria bom ter meu bebê aqui”, contou.

“Graças a Deus, cheguei ao Amparo e fui encaminhada para médicos que me pediram vários exames. Foi investigado tudo até que todas as análises deram negativas”, relatou.

O bebê de Beatriz também foi acompanhado com mais rigor. “Os médicos suspeitavam que eu estava com pouco líquido amniótico, sendo assim, em uma gestação de alto risco. Fui assistida por um hospital até meu lho nascer, em janeiro deste ano”, narrou.

Para Beatriz, é difícil imaginar como estaria, hoje, a sua vida e a do lho, caso

CAMPANHA 2023

A meta deste ano da campanha é arrecadar R$ 2 milhões para, assim, manter o custeio dos serviços oferecidos pelo Amparo Maternal e aumentar em 100% a capacidade de acolhimento da instituição.

“Vai passar de 50 acolhimentos diários para 100. Para garantir o apoio às mulheres, além de atender a gestante e o seu bebê, hoje sendo, em média, de até seis meses de vida, passaremos também a acolher puérperas e seus lhos de até cinco anos e 11 meses”, detalhou Lorenna.

PÓS-AMPARO

Outro foco da atual campanha é ampliar os projetos de capacitação para reinserção das mães no mercado de trabalho. “Também olhamos as mulheres no pós-Amparo, pois ela já encontra discriminação e disparidade no mercado de trabalho. Mas sendo mulher e mãe de um recém-nascido, é ainda mais complicado para se realocar”, enfatizou Lorenna.

“Sem apoio, a mulher vai cando cada vez mais longe de uma equidade e acaba sendo impulsionada a uma situação de vulnerabilidade, às vezes, ao extremo, como ocorre com a maioria das mulheres que estão em situação de rua”, expôs.

EMBAIXADOR

Foi incluída nessa campanha a gura do embaixador, que pode ser qualquer pessoa física ou jurídica que queira se comprometer com a causa, representando o Amparo Maternal para arrecadar fundos.

“O embaixador é uma pessoa que promove a vida, que incentiva ações de valores com responsabilidade social”, disse Lorenna.

“É um agente de transformação, que veste a nossa camiseta de campanha e é identi cado com crachá da instituição. Onde ele estiver, será porta-voz em nosso nome para pedir recursos e mais apoio”, acrescentou.

Para ser embaixador, basta entrar em contato com a Associação Amparo Maternal.

ACOLHIMENTO INÉDITO

ela não tivesse sido acolhida. “Vou agradecer por toda a minha vida”, expôs.

OUTROS BENEFÍCIOS

As doações viabilizaram também reformas estruturais no Centro de Acolhida. Entre elas, a ampliação da biblioteca e da sala de convivência, a instalação de um banheiro com acessibilidade e a implementação de energia solar fotovoltaica (energia renovável).

Na biblioteca e na sala de convivência, ocorrem as o cinas de capacitação, orientações, atividades socioeducativas, entre outras ações.

“Ambos são espaços de interação importantes, já que as acolhidas permanecem 24 horas por dia conosco e compartilham o mesmo espaço físico, os quais precisam ser ambientes dignos. Por isso, ampliá-los foi fundamental para a rotina do Centro”, destacou Lorenna.

Sobre a energia solar fotovoltaica, Lorenna a rmou que com a instalação das

DOE 1 AMPARO Chave PIX doacoes@amparomaternal.org

Transferência bancária:

Banco Itaú – Ag: 0910

C/C: 010733-3

Associação Amparo Maternal

CNPJ: 61.904.678.0001-93

Saiba mais detalhes em: https://amparopelavida.com.br

Com a expansão do acolhimento, consequentemente, aumentarão as despesas e, assim, haverá a necessidade de realizar reformas e adequação da estrutura para comportar esse acréscimo.

“Precisamos dobrar o número de berços, de camas, alimentação, vestuário, além de todo o trabalho de conscientização de apoio à restauração da dignidade dessas vidas, mantendo as portas abertas e ofertando um serviço de qualidade”, frisou Lorenna.

A também angolana Conde Titina Wina, 23, foi acolhida em abril deste ano, quatro dias após chegar ao Brasil. Ela desembarcou em busca de refúgio no aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, grávida de oito meses, acompanhada da lha primogênita que tem apenas 2 anos de idade.

Sem ter para onde ir com a lha, Conde buscou auxílio em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e foi a primeira gestante a ser acolhida no Amparo Maternal com uma criança já nascida, forma de acolhimento que está em implantação na instituição.

“Nunca vou esquecer do que o Amparo fez por nós. Não só em nos acolher, mas, também, por ter lutado para que minha lha permanecesse aqui, aos cuidados de uma voluntária, e não fosse encaminhada a um abrigo quando eu fosse internada para ter o meu bebê”, contou Conde, emocionada.

Para ela, o Amparo está sendo uma verdadeira mãe e uma avó para seuslhos: “Outra coisa importante é que, além de zelar pelo bem-estar da mãe e doslhos, o Amparo dá oportunidade de sermos independentes, recebemos formações. O que é muito importante, já que ao sairmos daqui, temos que dar continuidade ao que foi começado”.

8 | Reportagem | 31 de maio a 6 de junho de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br
Amparo Maternal/Divulgação

Pentecostes: O Espírito Santo ‘renova a terra’ criando harmonia entre diferentes

FILIPE DOMINGUES ESPECIAL PARA O SÃO PAULO, EM ROMA

Em referência às palavras do Salmo cantado no Domingo de Pentecostes, 28, que diz “Envia o teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra” (104,30), o Papa Francisco a rmou que o Espírito Santo é capaz de produzir harmonia mesmo onde há diferenças. O Espírito Santo é aquele que “no princípio dos tempos, faz passar as realidades criadas da desordem à ordem, da disper-

são à coesão, da confusão à harmonia”.

A discórdia e a divisão presentes no mundo, que produzem “indiferença e solidão”, guerras e con itos, hostilidade e desagregação, são produtos do “espírito divisor, o diabo”, disse o Papa Francisco. Esse “espírito maligno que seduz toda a terra” se alimenta de “antagonismos, injustiças, calúnias”. Mas o “Espírito do Senhor”, continuou, é um “Espírito bom, o Espírito Santo, que se opõe ao espírito divisor porque é harmonia, Espírito de unidade que leva à paz”.

Para que as redes sociais possam se tornar lugares de encontro verdadeiro, é preciso humanizar esses ambientes com comportamentos mais amigáveis e amorosos, de escuta e abertura ao outro, começando pelos próprios cristãos. Essa mensagem é central em um novo documento publicado pelo Dicastério da Comunicação, o primeiro do tipo desde sua criação em 2015. O texto, publicado na segunda-feira, 29, tem como título “Rumo à presença plena: uma re exão pastoral sobre a participação nas redes sociais”.

“Interações hostis, bem como palavras violentas e ofensivas, especialmente no contexto da partilha de um conteúdo cristão, gritam da tela e representam uma contradição do próprio Evangelho”, diz o documento. O comportamento mais coerente é aquele do Bom Samaritano, que cuida do outro, um homem ferido que encontrou na estrada, sem saber quem é e de forma gratuita.

O documento é assinado pelo Prefeito do Dicastério, o jornalista Paolo Ru ni, e pelo Secretário, Dom Lucio Ruiz, mas é resultado de uma ampla consulta a jovens, pastores, religiosos, educadores e especialistas – além dos outros dicastérios do Vaticano. Seu objetivo principal, in-

A invocação do Espírito Santo, disse ele, é um caminho para superar as divisões, respeitando os diferentes dons que o mesmo Espírito concede individualmente. “Cada um recebe graças particulares e carismas diferentes”, recordou o Pontí ce, descrevendo a cena de Pentecostes, na qual o Espírito desce sobre cada um dos apóstolos. “A sua harmonia não é uma ordem imposta e homologada”. O Espírito não conduz “um projeto estruturado”, mas, em vez disso, “distribui dons gratuitos e abundantes”.

Na cena de Pentecostes, todos foram contemplados de alguma forma, notou o Papa, e, portanto, “o Espírito cria harmonia e, assim, nos convida a provar surpresa pelo seu amor e pelos seus dons presentes nos outros”. Identi car o Espírito em cada “irmão e irmã na fé” é necessário para viver, por exemplo, a sinodalidade. Colocando o Espírito Santo no centro da Igreja, comentou Francisco, Ele produz “harmonia em nossos corações”, abertura aos outros, reconciliação e comunhão.

comportamentos de cristãos que usam as redes sociais para acusar, difamar ou demonizar os outros, especialmente quando partem de bispos, sacerdotes e líderes leigos com grande visibilidade.

“Portanto, todos devemos ter cuidado para não cair nas armadilhas digitais que se escondem em conteúdos expressamente concebidos para semear con ito entre os usuários, provocando indignação ou reações emocionais”, a rma o texto.

formou Ru ni, é o de dar um passo inicial no aprofundamento dos temas das redes sociais dentro da Igreja, instigando o debate e abrindo portas para discussões mais aprofundadas e especí cas em realidades locais.

INFLUENCER CRISTÃO

“O estilo cristão deve ser re exivo, não reativo, também nas redes sociais”, diz o documento, que critica os

Embora as redes sociais reconheçam como in uencers somente as pessoas que têm um grande número de seguidores – e muitas vezes obedecem mais a objetivos comerciais que de promoção do bem comum – todos os participantes das redes são in uenciadores, ainda que em pequena escala. “Cada cristão é um microin uencer”, diz o texto.

Assim, todos têm o potencial de “estabelecer um vínculo” com os outros e tornar-se modelo de vida cristã. “Não fazemos publicidade, mas comunicamos a vida, a vida que nos foi concedida em Cristo. Por isso, cada cristão deve ter o cuidado de não fazer proselitismo, mas dar testemunho.” (FD)

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Humanizar as redes sociais com escuta, abertura ao outro e ‘reflexão, não reação’
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‘Que o Espirito Santo seja luz, coragem e sabedoria em nossos caminhos’

AFIRMOU O CARDEAL SCHERER, NA MISSA DA SOLENIDADE DE PENTECOSTES COM OS CRISMANDOS DA ARQUIDIOCESE

FERNANDO GERONAZZO ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

Na tarde do domingo, 28, o Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu a missa da Solenidade de Pentecostes, na Catedral da Sé. Como já é tradição na Arquidiocese de São Paulo, nessa celebração reunem-se os adolescentes e jovens que se preparam nas paróquias e comunidades para receber os sacramento da Con rmação (Crisma).

A Eucaristia foi concelebrada por alguns bispos auxiliares, entre os quais Dom Carlos Lema Garcia, Vigário Episcopal para a Educação e a Universidade e Referencial para o Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo (Sejusp).

No início da celebração, foram entronizadas as réplicas da Cruz peregrina e do Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá no mês de agosto, em Lisboa, Portugal, com a presença con rmada do Papa Francisco. Desde fevereiro, esses símbolos estão percor-

rendo as regiões episcopais da Arquidiocese como preparação para o evento internacional.

Na homilia, Dom Odilo explicou que a celebração de Pentecostes com os crismandos tem o objetivo de proporcionar aos adolescentes e jovens a oportunidade de conhecerem a Catedral da Sé e terem um contato mais próximo com o Arcebispo, além de se entrosarem entre si, conhecendo jovens de outras paróquias que estão na mesma caminhada, para, assim, ter uma percepção mais ampla da Igreja.

ESPÍRITO DA UNIDADE

Em seguida, o Arcebispo meditou sobre a presença do Espírito Santo na Igreja e na vida de cada cristão. “Graças à ação do Espírito Santo, a Palavra de Deus é espalhada, anunciada e acolhida. É esse o mesmo Espírito Santo que concede a todos compreender a Palavra em sua própria língua, cultura e no testemunho de fé”, explicou.

Dom Odilo também comentou a segunda leitura da missa, na qual São Paulo exorta os Coríntios à unidade, como membros do corpo de Cristo. “É o Espírito Santo que nos dá a capacidade de vivermos unidos, embora sejamos tão diferentes um dos outros, mas a nossa fé é a mesma”, a rmou, acrescentando: “Na Igreja, devemos buscar a união, nunca a divisão. E se há alguma discórdia, existe o momento da reconciliação. Não podemos introduzir divisões no corpo de Cristo”.

MESTRE, DEFENSOR E AMIGO

Ainda sobre a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, Dom Odilo explicou aos crismandos que o Espirito Santo é o “mestre espiritual” prometido por Jesus, que disse aos discípulos: “Ele vos ensinará todas as coisas”.

“Jesus também prometeu o Espirito

Santo para ser o nosso Divino Defensor, Advogado. Na vida, temos muitas batalhas a enfrentar e o Espirito Santo está sempre conosco para nos ajudar nos momentos da tentação, quando estamos em di culdade, sobretudo na iminência de abandonar a fé”, continuou o Arcebispo.

Por m, o Cardeal destacou que o Espírito Santo é o Divino Amigo que sempre acompanha os cristãos. “Que bom saber que o Espírito Santo está sempre conosco, não nos abandona. Rezem a Ele, con em Nele. Ele está com vocês em todos os momentos para conduzir e orientar”, completou Dom Odilo, recomendando aos jovens que recitem diariamente a oração ao Espírito Santo, invocando sua presença e auxílio para as tarefas cotidianas. “Que o Espirito Santo seja luz, coragem e sabedoria em nossos caminhos”, concluiu.

JMJ

Conhecida como a “Cruz do Ano Santo”, a “Cruz do Jubileu”, a “Cruz da JMJ”, a “Cruz Peregrina” ou “Cruz dos jovens”, o símbolo original, confeccionado em madeira e medindo 3,8 metros, foi presenteado por São João Paulo II em 1984, na conclusão do Ano Santo da Redenção, em que se celebrava os 1.950 anos da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Na ocasião, o Pontí ce criador da JMJ exortou: “Caríssimos jovens, ao término do Ano Santo, con o-vos o mesmo sinal do Ano Jubilar: a ‘Cruz de Cristo’! Levai-a ao mundo como sinal do amor do Senhor Jesus pela humanidade, e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção”.

Em 2003, o mesmo Papa con ou aos jovens a imagem de Nossa Senhora Salus Populi Romani (em português “Protetora do Povo Romano”), pintada em estilo bizantino, réplica do histórico ícone ve-

nerado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Desde então, esses símbolos peregrinam pelos países-sede das JMJs. Este ano, portanto, a peregrinação acontece nas dioceses portuguesas e em alguns países lusófonos.

Referindo-se a esses símbolos, o Cardeal motivou os jovens a participarem do encontro internacional da juventude com o Papa Francisco e, aos que não puderem participar presencialmente, convidou-os a se unirem espiritualmente ao evento em suas paróquias e grupos. “O Papa quer se encontrar de alguma forma com os jovens do mundo todo, seja lá, em Portugal. seja por meio das mídias”, completou.

ANO VOCACIONAL

Antes de concluir a celebração, Dom Odilo convidou a todos a fazerem a oração do 3º Ano Vocacional da Igreja no Brasil.

O Arcebispo motivou os adolescentes e jovens a re etirem sobre o chamado de Deus para suas vidas para as mais variadas missões, com destaque para as vocações matrimonial e de especial consagração, como o sacerdócio e a vida religiosa.

“São vocações bonitas e importantes, que não podem faltar na Igreja, para continuar a realizar a sua missão evangelizadora. Hoje, lanço a vocês este pensamento: ‘Será que Deus não os chama para alguma vocação de especial consagração?’”, indagou.

Após a bênção nal, houve o rito no qual o Círio Pascal foi apagado, marcando o m do tempo litúrgico da Páscoa. “O Círio Pascal lembra Jesus Cristo ressuscitado e presente no meio de nós. O Círio é apagado, e somos nós que agora devemos ser a luz, pois Cristo quer continuar a ser luz, a iluminar o mundo”, destacou Dom Odilo.

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Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO Cardeal Odilo Pedro Scherer preside missa na Solenidade de Pentecostes na Catedral da Sé, no domingo, 28; jovens crismandos conduzem o ícone e a cruz da Jornada Mundial da Juventude

Exposição ‘Fé, Engenho e Arte – Os Três Franciscos’ é aberta no Museu de Arte Sacra

VISITANTES PODEM

TER CONTATO COM 65 TRABALHOS DE ALEIJADINHO, FRANCISCO VIEIRA

SERVAS E FRANCISCO

XAVIER DE BRITO

Até o dia 30 de julho, quem for ao Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS-SP) pode conferir a exposição “Fé, Engenho e Arte – Os Três Franciscos: mestres escultores na capitania das Minas do ouro”, sob curadoria de Fábio Magalhães e museogra a de Haron Cohen.

A mostra permite aos visitantes uma imersão histórica e de fé por meio de 65 peças de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho), Francisco Vieira Servas e Francisco Xavier de Brito, referências do século XVIII na arte sacra barroca no País.

As esculturas e talhas são do acervo do MAS-SP e de colecionadores particulares. A inauguração ocorreu no sábado, 27.

ESPAÇO DE ARTE

O conceito curatorial de Haron Cohen resgata elementos históricos e geográ cos de Minas Gerais. O primeiro espaço da exposição é uma sala onde há uma simulação do adro de Congonhas do Campo que reproduz com delidade, nas devidas proporções, a localização original dos 12 Profetas criados por Aleijadinho.

“Busquei reproduzir com representações de desníveis, ladeiras e praças, características próprias do local, sendo el à história originária dos artistas barrocos”, explica o arquiteto.

A sala principal, em formato longitudinal, apresenta as obras de Aleijadinho e o “Painel das 1000 cruzes”. Na sequência, estão as peças dos mestres portugueses Francisco Vieira Servas e Francisco Xavier De Brito.

ARTE, CULTURA E FÉ

Fábio Magalhães é crítico de arte, museólogo, professor e curador da exposição. Ao O SÃO PAULO, ele destacou que a mostra apresenta ao público um acervo de artes catalogadas que remontam à vivência da arte e espiritualidade.

“A exposição nasceu do desejo de apresentar ao público as obras destes três expoentes da arte sacra barroca no período do engenho e do ouro exportado para Portugal. Nesse período, multiplicaram-se, também, a presença de confrarias leigas, irmandades e ordens terceiras que tomaram a frente dos temas religiosos em Minas e com fé, engenho e arte, investiram em construções de igrejas com obras de arte e representações do imaginário do sagrado. Portugal enviou seus mestres e, também, ensinou aos na-

tivos os ofícios do entalhe e da cantaria, entre outras atividades vinculadas à arte sacra”, explicou Magalhães.

O curador recordou que na região das minas de ouro, três escultores de nome Francisco se destacaram sobre os demais, e que essa exposição é uma forma de homenageá-los e de destacar as obras desses mestres das expressões barroca e rococó do Brasil do século XVIII.

Entre as obras da exposição destacam-se as de Aleijadinho: Santo Antônio em madeira policromada; São Francisco de Assis em madeira; Santa Luzia em madeira policromada, dourada e metal; Santana Mestra em madeira entalhada; Senhor dos Passos em madeira com resquícios de douração; o Oratório Ermida com Cristo Cruci cado, São Miguel Arcanjo, São Rafael, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Dores, São José de Boas e São Sebastião, entre outras.

De Francisco Vieira Servas, destacam-se o Par de Anjos, Santo com Palma na mão, e São Benedito; e de Francisco Xavier de Brito, chamam a

atenção o São Francisco Charitas e as portas do Oratório.

EXPRESSÃO DE ARTE

Célia Duarte, 72, é cozinheira e a convite de amigos foi conhecer a exposição. “Estou encantada! Uma imersão na fé e na história da arte brasileira”, mencionou.

Heitor Elias Pereira Faria, 23, estudante de História, foi ao MAS-SP com uma turma de 20 colegas de faculdade.

“Estudar a nossa história e poder ver de perto as obras de arte barroca é interessante, pois nos permite observar os símbolos e seus signi cados inseridos no tempo, espaço e que atravessam décadas, ressaltando a beleza, a riqueza de detalhes e o papel desses artistas”, ressaltou.

Nathalia Emanuela da Silva Machado, 25, enfatizou que evidenciar as obras dos três ‘Franciscos’’ é signi cativo para a sociedade: “Até então, eu só tinha estudado as obras na faculdade por meio de guras representadas em livros. Contemplá-las assim, de perto, ressigni ca meu conhecimento”.

Essa mostra estava prevista para

acontecer no Vaticano em 2020, mas foi adiada em razão da pandemia. A previsão é de que ocorra por lá em 2024.

OS 3 FRANCISCOS

Antonio Francisco Lisboa – Aleijadinho (1738 – 1814): Nascido em Vila Rica (atual Ouro Preto), é considerado um dos maiores expoentes da arte barroca no Brasil. Pouco se sabe, com precisão, sobre sua biogra a. Sua trajetória é reconstituída a partir das obras que deixou, feitas entre talhas, projetos arquitetônicos, relevos e estatuária, em Minas Gerais. Aleijadinho é conhecido principalmente por suas esculturas, com destaque para os profetas do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, e os 12 Apóstolos de Ouro Preto.

Francisco Vieira Servas (1720 – 1811): Escultor e entalhador português, nascido em Eidra Vedra, foi um dos principais representantes da talha e do barroco mineiro, deixando uma importante marca na arte sacra. Suas esculturas revelam uma devoção religiosa profunda, retratando santos, anjos e cenas bíblicas em madeira e pedra.

Francisco Xavier de Brito (data de nascimento desconhecido – 1751): Entalhador e escultor português, foi responsável por importantes talhas de igrejas do barroco mineiro. Ele contribuiu de maneira signi cativa para a arte sacra barroca brasileira.

(CominformaçõesdeMAS-SP)

VISITE A EXPOSIÇÃO

Até 30 de julho

Museu de Arte Sacra de São Paulo (Avenida Tiradentes, 676, bairro da Luz – ao lado da estação Tiradentes do Metrô).

Ingresso: R$ 6,00 (Inteira) | R$ 3,00 (meia entrada nacional para estudantes, professores da rede privada e I.D. Jovem –mediante comprovação) | Grátis aos sábados

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ROSEANE WELTER ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
Oratório de Cristo Crucificado e imagens de Nossa Senhora das Dores e Sant’Ana são algumas das obras de Aleijadinho em exposição no Museu de Arte Sacra de São Paulo, até 30 de julho; abaixo, produções de Francisco Xavier de Brito (à esq.) e de Francisco Vieira Servas (à dir.) Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

Prefeitura realiza fórum sobre o papel da família nas políticas públicas

FERNANDO GERONAZZO

ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

A Secretaria de Relações Institucionais da Prefeitura de São Paulo realizou, no dia 22, a primeira sessão do “Fórum de discussões a respeito do fortalecimento de vínculos familiares”.

O evento teve o intuito de ouvir a opinião técnica de especialistas no tema e colher as sugestões dos munícipes sobre o papel essencial da família no desenvolvimento social e na criação de políticas públicas.

Realizado com o apoio técnico do Family Talks – um programa da Associação de Desenvolvimento da Família (Adef), voltado para a atuação na esfera pública – essa primeira de três sessões do fórum abordou o tema do desenvolvimento da parentalidade e cuidados na primeira infância.

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Diariamente, no site do jornal O SÃO PAULO, você pode acessar notícias sobre a Igreja e a sociedade em São Paulo, no Brasil e no mundo. A seguir, algumas notícias e artigos publicados recentemente.

Morre o Padre Manuel Jesús Arroba Conde, referência mundial em Direito Canônico https://curtlink.com/Atcmtyo

Pontí ce recebe presidente, cofundadores e membros da Canção Nova https://curtlink.com/takVinh

Conselho Episcopal

Pastoral da CNBB aponta pistas pastorais para o quadriênio 2023-2027

https://curtlink.com/N5t4Kcg

Cerca de 2 mil pessoas participam do Simpósio Nacional das Famílias, em Aparecida (SP) https://curtlink.com/P59kkoQ

Estão abertas as inscrições para candidatos aos 52 Conselhos Tutelares de São Paulo

https://curtlink.com/JtC5WQ9

Os dons do Espírito Santo levam à perfeição as virtudes daqueles que os recebem https://curtlink.com/5s8T3vy

Dez milhões saíram da pobreza no Brasil em 2022 https://curtlink.com/aClyBzh

UM BEM PARA SOCIEDADE

Um dos convidados foi Rodolfo Canônico, diretor-executivo do Family Talks, que explicou que formar uma família é uma decisão privada e um direito inviolável reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Porém, tal decisão possui repercussões públicas, sendo que a mais básica é a própria continuidade da sociedade.

“Não existe uma estrutura social que possa substituir a família. Isso tanto é verdade que a Constituição federal a reconhece como base da sociedade civil. Além disso, legislações infraconstitucionais como o Estatuto da Criança e do Adolescente a rmam o direito da criança ao convívio familiar”, comentou Canônico, enfatizando que é dever da sociedade garantir o apoio às famílias e que seu bem-estar é de interesse público.

Canônico falou também sobre os problemas que mais afetam a família, como a violência doméstica contra crianças e adolescentes, drogas e delinquência juvenil, frutos da negligência familiar. “Quando a família passa a um estado de disfuncionalidade, vira realmente uma fonte de problemas”, observou, salientando a urgência de buscar mecanismos para garantir melhores condições de desenvolvimento das crianças e dos adolescentes.

EDUCAÇÃO PARENTAL

Marcelo Couto, secretário municipal da Família em Osasco (SP) e ex-diretor na Secretaria Nacional da Família, do Governo Federal, recordou que a Convenção Americana sobre os Direitos Humanos diz que toda criança tem direito a medidas de proteção que a sua condição de menor requer, por parte da família, da sociedade e do Estado.

“Uma parentalidade adequada é uma medida de proteção. Para isso, dentro da lógica de subsidiariedade, a família precisa ser apoiada para ter condições de exercer o seu papel”, a rmou Couto. Como exemplo, ele destacou o Programa Famílias Fortes, desenvolvido pela Secretaria Nacional da Família, vinculada ao então Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, desde 2019.

O Famílias Fortes tem uma metodologia de prevenção de comportamentos de

risco destinada às famílias com adolescentes entre 10 e 14 anos de idade, e se desenvolve ao longo de sete encontros semanais, visando ao bem-estar dos membros da família a partir do fortalecimento dos vínculos familiares e do desenvolvimento de habilidades parentais e socioemocionais.

Segundo um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Federal do Ceará (UFC), divulgado em dezembro de 2022, entre as famílias brasileiras que participaram desse programa federal, houve uma redução de 60% nas chances de os pais apresentarem estilo parental negligente, um aumento de, em média, 10% no uso de práticas educativas de disciplina não-violenta e uma redução de 5% no escore de con ito.

INFORMAÇÃO

Ivana Moreira, jornalista e educadora parental, fundadora do portal Canguru News, salientou a necessidade de levar informação às famílias em relação à educação de seus lhos. “A Neurociência e a Psicologia já provaram, com diferentes estudos, o impacto das relações entre pais e

lhos na primeira infância, como de nem características que elas vão carregar para a vida adulta”, acrescentou a educadora. Ivana mencionou programas de combate à evasão escolar e melhoria do rendimento escolar com iniciativas de educação parental. “Eu não tenho a menor dúvida de que a transformação do Brasil passa pelo trabalho nas famílias”, completou, sublinhando a necessidade de tornar tais políticas mais acessíveis às famílias de baixa renda.

TEMA TRANSVERSAL

“O tema da família tem uma capacidade de mobilização que, felizmente, vemos nesse plenário cheio”, observou o secretário executivo de Relações Institucionais da Prefeitura de São Paulo, Enrico Misasi, explicando que a ideia de promover o fórum nasceu justamente do desejo de promover uma re exão profunda sobre o tema, ouvindo dos diferentes grupos da sociedade, sobre o que a Prefeitura pode fazer concretamente, trazendo a família como “uma perspectiva transversal para todas as políticas públicas”.

12 | Reportagem/Geral | 31 de maio a 6 de junho de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br
Family Talks
Divulgação
Primeira sessão do fórum, no dia 22, realizado pela Prefeitura, trata sobre o desenvolvimento da parentalidade e os cuidados na primeira infância

Paróquia Santa Domitila completa 50 anos e projeta ações à luz do sínodo arquidiocesano

e aos domingos às 8h, 10h e 18h – e para as demais ações da igreja, que está com as portas abertas diariamente para a adoração ao Santíssimo e o atendimento de Con ssões.

O Sacerdote contou que tem feito visitas às casas e prédios na área de abrangência da Paróquia, abençoando as famílias, ação que tem ajudado a trazer mais éis para a igreja.

A única paróquia no Brasil dedicada a Santa Flávia Domitila, mártir dos primeiros séculos do Cristianismo, completa 50 anos de criação neste mês de maio, festejados com uma novena entre os dias 3 e 11, com o tema “Deus habita esta cidade. A exemplo de Santa Flávia Domitila, somos suas testemunhas”. O dia padroeira foi celebrado em 12 de maio.

“Na novena, para dar continuidade àquilo que foi proposto no sínodo, trabalhamos a temática da Carta Pastoral de Dom Odilo e as Propostas Sinodais. Além disso, convidamos para a novena padres e bispos que tiveram algum vínculo com a Paróquia, incluindo sacerdotes que aqui tiveram o despertar vocacional”, contou ao O SÃO PAULO o Padre Fabrício Mendes de Moraes, Administrador Paroquial, recordando que três religiosas e cinco sacerdotes iniciaram sua trajetória vocacional na Paróquia Santa Domitila.

Na sexta-feira, 26, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, presidiu missa em ação de graças pelo jubileu de ouro da Paróquia, localizada no Parque Maria Domitila, na zona Noroeste, Região Episcopal Lapa.

“Aqui no bairro, vocês são a expressão da Igreja de Jesus. São 50 anos de história, de testemunho da fé, da caridade e da esperança cristã. São 50 anos de serviço missionário e de transmissão da fé”, disse o Arcebispo Metropolitano na homilia.

COM FÉ E UNIÃO

Instituída em maio de 1966, a Capela Santa Domitila inicialmente pertenceu à Paróquia São Domingos Sávio, e teve a primeira missa celebrada em 1967. Em 1971, já com atividades pastorais iniciadas e grande participação de famílias, foi integrada à Paróquia São João Batista, da Vila Mangalot, sob os cuidados da Congregação dos Missionários do Espírito Santo (Espiritanos). A um desses sacerdotes missionários, o Padre Gregório Lutz, coube a responsabilidade de

comprar o terreno e construir a Capela, em 1972, com a ajuda de cinco famílias. Em 12 de maio de 1973, a Paróquia Santa Domitila foi erigida e inaugurada por Dom Paulo Evaristo Arns, então Arcebispo Metropolitano.

“Para a construção, zemos mutirões, quermesses e pedimos muitas doações. Fomos nós quem construímos a Capela, orientados por um engenheiro responsável. E o Padre Gregório acompanhava tudo”, recordou Aparecida Conceição Rodrigues Picco, 75. Cida, como é mais conhecida, atualmente participa do Apostolado da Oração.

Os padres Espiritanos estiveram à frente da Paróquia até 1989. Dai em diante, passaram pela igreja padres da Arquidiocese. No ano 2000, teve início a construção da atual matriz paroquial, ao lado da primeira Capela.

Maria Dias de Goz é a atual coordenadora paroquial. Ela e a família frequentam a Paróquia desde 1995, após terem tido a casa visitada e abençoada em uma atividade missionária. Lia, como é mais conhecida, destaca que a Paróquia Santa Domitila é uma grande família na fé.

“Quando alguém da comunidade tem uma perda, passa por um sofrimento, a comunidade se mostra presente. Em 2005, meu lho foi vítima de uma bala perdida e faleceu. Eu me sustentei no apoio da comunidade. Aqui servimos uns aos outros, vivemos o verdadeiro amor fraterno”, enfatizou.

REVITALIZAÇÃO PASTORAL

Padre Fabrício está à frente da Paróquia desde fevereiro e tem procurado atrair mais pessoas para as missas – de segunda-feira a sábado, sempre às 6h30,

Uma nobre martirizada pela fé

Nas comemorações dos 50 anos da Paróquia Santa Domitila, um dos propósitos do Padre Fabrício é tornar a padroeira mais conhecida. O Sacerdote tem pesquisado sobre a vida da Santa e sua iconogra a o cial, que foi estampada nas âmulas dadas aos éis durante a novena e no minicírio utilizado pelas famílias na Vigília Pascal.

Santa Flávia Domitila era uma nobre dama da Roma antiga, esposa do cônsul Flávio Clemente, e sobrinha do imperador Vespasiano. Ela e o esposo eram simpatizantes do Cristianismo. In uenciada pelo testemunho dos soldados Nereu e Aquiles, que a serviam diretamente, Domitila tornou-se cristã, e passou a ser perseguida, assim como seu esposo. Clemente acabou sendo decapitado; já Domitila foi presa e condenada ao exílio na inóspita Ilha de Ponza, após recursar-se a negar a fé em Cristo. Ali de nhou até a morte.

“Ela é uma santa e mártir da fé. Além disso, depois de convertida, San-

ta Flávia Domitila cuidava dos necessitados, daqueles cristãos que moravam nas catacumbas. Ela lhes provia os alimentos. É uma história que precisa ser amplamente conhecida”, enfatizou Padre Fabrício. (DG)

“O povo tem correspondido, como pudemos ver na Semana Santa, mas ainda nem todos os bancos estão cheios nas missas”, comentou o Padre. “A partir destas visitas, vamos conhecer a realidade pastoral, mapeá-la e depois, com base na Carta Pastoral de Dom Odilo, iremos estruturar os trabalhos da Paróquia”, prosseguiu. Com os agentes da Pastoral da Saúde, Padre Fabrício tem ido ao encontro dos enfermos nas casas e nos hospitais. Na Paróquia também se apresentam bem estruturadas as Pastorais da Criança e do Dízimo, o movimento da Mãe Rainha, com as Capelinhas de Nossa Senhora em 19 casas; o Apostolado da Oração; e o grupo da Terceira Idade, que se reúne sempre as quintas-feiras à tarde, para um momento de oração e confraternização. A maioria dos paroquianos é de adultos e idosos.

Padre Fabrício comentou que ele e o conselho paroquial traçaram alguns objetivos, como a construção do altar contendo a pedra da primeira Capela, a reforma da parte interna do templo, e a conclusão do revestimento e da pintura da parte externa.

A COMUNIDADE DOS DISCÍPULOS DE JESUS

Na missa da sexta-feira, Dom Odilo lembrou aos éis que a Igreja é a comunidade dos discípulos de Jesus, que são por Ele instruídos na Palavra, alimentados na Eucaristia e santi cados pelos dons que Cristo ofereceu à humanidade na Cruz.

Ao recordar que Santa Domitila foi mártir da Igreja, destacou que cada cristão é parte da Igreja dos mártires – “Não estamos sozinhos, somos a ponta da procissão do povo de Deus que caminha ao longo da história rumo à casa do Pai” –, devendo transmitir às novas gerações a fé recebida e servir à Igreja com amor.

“Na Igreja, primeiramente há o amor in nito de Jesus. Ele entregou sua vida por todos nós. Por isso, por maior que sejam as di culdades, nunca podemos nos esquecer, como disse São Paulo, ‘Ele me amou e se entregou por mim na Cruz’”, comentou, exortando que cada cristão viva a fé com muita profundidade, força e generosidade.

Antes da bênção nal, o Arcebispo de São Paulo recomendou aos éis que sempre peçam a força do Espírito Santo para revigorar as ações da Igreja: “Coragem, não desanimem! Vocês têm a alegria de escrever as primeiras páginas dos próximos 50 anos da Paróquia”.

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DANIEL GOMES osaopaulo@uol.com.br Luciney Martins/O SÃO PAULO Reprodução ‘Vocês têm a alegria de escrever as primeiras páginas dos próximos 50 anos da Paróquia’, diz Dom Odilo Scherer aos fiéis da Santa Domitila

Na Solenidade de Pentecostes, no domingo, 28, na Paróquia Nossa Senhora da Assunção e São Paulo – Paróquia Pessoal Nipo-Brasileira São Gonçalo, Setor Catedral, presidida pelo Padre Kiyoharu Ojima, Vigário Paroquial, ocorreu a ação mensal bene cente “Domingo da Caridade”, com a arrecadação de leite em pó e achocolatado, destinados ao Lar Santo Antônio, em Biritiba-Mirim (SP). Logo após, houve a missa em louvor a São Benedito (foto), presidida pelo Padre Luiz Fernando de Oliveira, organizada pela Pastoral Afro da Região Sé, com a participação das irmandades da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos do bairro da Casa Verde e da cidade de Praia Grande (SP). (por Pascom paroquial)

No domingo, 28, a Solenidade de Pentecostes foi celebrada na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, Setor Perdizes, com a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, vinda de Portugal. A missa foi presidida pelo Padre Adailton Mendes, O.M.I, Pároco, e concelebrada pelos Padres Juliar Nava, O.M.I, Vigário Paroquial, e Lucas Rodrigo da Silva, O.M.I. As crianças da Catequese realizaram a coroação de Nossa Senhora. (por Larissa Mantuan)

No domingo, 28, o Cônego José Arnaldo Juliano dos Santos, teólogo perito do sínodo arquidiocesano, esteve na Paróquia Nossa Senhora da Paz para re etir sobre a atual etapa pós-sinodal. “Inicia-se o tempo pós sinodal, voltado para a implementação das propostas e das orientações baseadas no sínodo arquidiocesano”, observou. Na ocasião, houve a distribuição da Carta Pastoral do Arcebispo e das Propostas Sinodais. O Sacerdote ressaltou que a etapa do pós-sínodo é um momento de re exão sobre as propostas e orientações, a m de promover ações concretas de comunhão, conversão e renovação missionária na Arquidiocese de São Paulo. Participaram do encontro paroquianos da Nossa Senhora da Paz e da Paróquia Pessoal dos Fiéis Latino-Americanos. (por Padre Paolo Parise)

No dia 23, no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, Setor Perdizes, cerca de 150 missionárias da Campanha da Mãe Peregrina da Região Sé se reuniram para um encontro, que contou com a presença da Irmã Márcia Maria Gusmão, assessora da Campanha da Mãe Peregrina em São Paulo, e da Irmã Ana Maria dos Santos Lima, do Conselho Provincial de Atibaia (SP). O encontro focou os desa os e estratégias para o recomeço da missão evangelizadora com a Mãe Peregrina no pós-pandemia. (por Fátima Bracco)

14 | Regiões Episcopais | 31 de maio a 6 de junho de 2023 | www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br SÉ Pascom paroquial Fátima Bracco
Karine Lima Patrícia Cappio
Missão Paz No dia 20, na Paróquia Santa Generosa, Setor Paraíso, durante missa presidida por Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé, e concelebrada pelo Padre Cássio Albério Pereira de Carvalho, Pároco, 45 jovens e adultos receberam o sacramento da Crisma. Destes, 20 também receberam a Eucaristia pela primeira vez. (por Ítalo Queiroz de Souza)

Dom Cícero conhece a realidade pastoral da Paróquia São João Batista

porque precisamos mostrar que a Igreja está junto do povo”, a rmou, ressaltando que a Paróquia tem muitas riquezas. Ele estimulou a todos a cuidarem delas, pois são sinais da pobreza de Jesus.

FERNANDO ARTHUR COLABORADOR DE COMUNICAÇÃO NA REGIÃO

Entre os dias 25 e 28, Dom Cícero Alves de França realizou a sua primeira visita pastoral a uma paróquia na Região Belém.

O Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém pôde conhecer um pouco da realidade da Paróquia São João Batista, no Jardim Colonial. A visita se iniciou na noite da quinta-feira, 25, com a missa de abertura, contando com a presença dos éis das comunidades e das lideranças pastorais.

Na sexta-feira, 26, Dom Cícero visitou famílias, idosos e enfermos, além de conhecer as Capelas São Gonçalo e Santa Helena, e a obra da Missão Belém no bairro.

O Prelado também pôde conversar com professores e educadores da Ação Comunitária Paroquial do Jardim Colonial Padre Emir Rigon e da Escola Muni-

cipal Professor Rodrigo Mello Franco de Andrade. O dia se encerrou com a missa na Comunidade Nossa Senhora da Boa Esperança e uma reunião com o Conselho Pastoral Paroquial.

No sábado, 27, o Bispo Auxiliar se encontrou com as crianças e jovens que estão na Catequese, e com seus pais. Também abençoou os voluntários da Festa de São João Batista, iniciada no sábado.

Por m, visitou a favela do Jardim Colonial, na qual pôde ouvir os moradores, conhecer a realidade das pessoas que ali vivem e abençoar as casas. Sobre esta última visita, Dom Cícero ressaltou que foi um momento comovente, pela forma como foi acolhido e como as pessoas caram felizes em ver o Bispo, e exortou os éis a assumirem o compromisso de se fazerem presentes nas ruas desta comunidade.

“Rezem nas vielas, nas ruas, no quintal,

A atividade, marcada por encontros com lideranças paroquiais e visitas aos colégios, às obras sociais da Paróquia e às Capelas se encerrou com a missa da Solenidade de Pentecostes (foto abaixo), na manhã do domingo, 28, presidida pelo Bispo Auxiliar e concelebrada pelo Padre Itamar Roque de Moura, SDS, Pároco.

A celebração contou com a participação dos membros das comunidades que compõem a Paróquia e foi ocasião para o Bispo conferir o sacramento da Con rmação a sete adultos.

Antes da bênção nal, Dom Cícero falou sobre a visita pastoral, ressaltando o quanto foi proveitosa, não somente

SANTANA

REDAÇÃO

osaopaulo@uol.com.br

Motivar, acompanhar e formar Comunidades Eclesiais Missionárias (CEM) tem sido um dos focos de ação da Comissão Missionária Arquidiocesana (Comiar) da Região Santana.

Em 23 de maio, mais um passo foi dado nessa caminhada: o início da primeira comunidade eclesial missionária on-line do Comiar Santana, durante um encontro virtual que contou com a participação do Cardeal Odilo Pedro Scherer e de Dom Jorge Pierozan, Bispo Auxi-

liar da Arquidiocese na Região Santana.

“Dom Odilo nos motivou na perseverança com esta comunidade virtual, mas nos lembrou da importância da comunidade eclesial missionária presencial”, contou ao O SÃO PAULO o Padre Erly Avelino Guillén Moscoso, Assessor Eclesiástico do Comiar Santana.

As reuniões dessa comunidade eclesial missionária acontecerão sempre às terças-feiras, às 20h, virtualmente. Do primeiro, participaram 12 pessoas. Além do Padre Erly, a atividade é mediada por Sandra Maria Alves, coordenadora do Comiar Santana.

“Nesse modelo virtual, o ideal é ter de 12 a 15 pessoas, para que haja uma boa dinâmica de partilha das alegrias, preocupações e desejos dos integrantes. Além disso, com essa quantidade, todos têm a oportunidade de falar, bem como de partilhar a Palavra de Deus e outras meditações de fé, e, assim, cada um ajuda a enriquecer a nossa re exão, com a graça do Espírito Santo”, ressaltou o Padre Erly.

As CEM são voltadas à concreta conversão pastoral, por meio da vivência da comunhão e da solidariedade, e devem propiciar meios para a Iniciação à Vida Cristã e para uma formação

por conhecer e acompanhar as realidades da Paróquia, mas também por conrmar a fé dos éis.

“Nesta Eucaristia agradecemos, porque, como irmãos, fomos visitados pelo Espírito Santo e con rmados na sua fé. Que a presença do Bispo nestes dias possa deixar esperanças novas, possa nos deixar con rmados na fé, animados de que não estamos sozinhos, de que nós temos um pastor que nos guia e nos acompanha, que é Jesus Cristo”, a rmou.

Por m, Dom Cícero desejou que o Espírito Santo possa iluminar a Paróquia, e que se torne cada vez mais uma comunidade de amor.

“Que esta Paróquia possa crescer na unidade, na comunhão, mas, sobretudo, possa crescer no amor a Jesus Cristo, aos irmãos e aos mais pobres”, concluiu.

cristã sólida, integral e permanente. Conforme apontam as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023), a conversão pastoral implica “a formação de pequenas Comunidades Eclesiais Missionárias, nos mais variados ambientes, que sejam casas da Palavra, do pão, da caridade e abertas à ação missionária” (n.33); a m de que nessas comunidades “os cristãos leigos e leigas, a partir da participação na vida da Igreja, do senso de fé, dos carismas, dos mistérios e do serviço cristão à sociedade, vivam sua vocação e sua missão, em comunhão e solidariedade” (n.36).

Padres Octaviano Pinto da Silva, SCJ; Jovanes Vitoriano, SDD; Antônio Pedro dos Santos, E gênio Rodrigues da Rocha (Padre Estevão); Marcelo Alves dos Reis, SCJ; Ronaldo Rodolfo, SCJ; João Luiz Uzan Malnalcich, SCJ, com a assistência dos Diáconos Edson Breda e Eduardo Sierra. (por Fernando Fernandes e Antônio Rampazzo)

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BELÉM
No dia 24, a Paróquia Santa Dulce dos Pobres recebeu Dom Jorge Pierozan, que na ocasião presidiu missa em ação de graças pelos 26 anos de sua ordenação sacerdotal. Entre os presbíteros concelebrantes esteve o Padre Lucas Antônio Gobbo Custódio, CR, Pároco, com a assistência dos Diáconos Ailton Machado Mendes e Luiz Carlos Peres. (por Robson Francisco) No sábado, 27, o Setor Vila Maria celebrou a 13ª Vigília de Pentecostes, na Paróquia Nossa Senhora da Candelária. A Vigília foi presidida pelo Coordenador do Setor, Padre Luiz Cláudio Vieira, e concelebrada pelos
Comiar dá início a comunidade eclesial missionária on-line
Pascom paroquial
Robson Francisco Fernando Arthur Antônio Rampazzo

LAPA

No dia 24, os éis da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora participaram da celebração eucarística da memória litúrgica da padroeira, presidida por Dom José Benedito Cardoso, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, e concelebrada pelo Padre José Pedro Batista, Pároco. (por Benigno Naveira)

No dia 21, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Setor Butantã, celebrou a abertura de seu jubileu de ouro, cuja conclusão será em 22 de maio de 2024. A missa foi presidida por Dom Jorge Pierozan, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, que já foi Pároco dessa Paróquia. Concelebrou o Padre Pedro Augusto Ciola de Almeida, atual Pároco. (por Benigno Naveira)

No dia 19, na Paróquia Nossa Senhora da Assunção, Setor Pirituba, aconteceu a ordenação presbiteral de dois monges do Mosteiro São João Gualberto: Dom Martinho Furtado, OSB, e Dom Lucas Lindoso, OSB. A missa foi presidida por Dom Gregório Paixão, OSB, Bispo de Petrópolis (RJ), tendo entre os concelebrantes Dom Robson Medeiros, OSB, Prior. (por Benigno Naveira)

Entre os dias 23 e 25, realizou-se o 5o encontro temático para conhecer e aprofundar o Evangelho segundo São Marcos, com o tema “A Bíblia e a natureza”, conduzido pelo Professor Matthias Grenzer e pelo Padre Fernando Gross. No dia 23, na Paróquia São José do Jaguaré, reunindo os Setores Butantã e Rio Pequeno; no dia 24, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, os Setores Leopoldina e Lapa; e no dia 24, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, o Setor Pirituba. (por Benigno Naveira)

Na noite de domingo, 28, na Paróquia São José, no Jaguaré, Setor Butantã, 33 jovens e adultos receberam o sacramento da Crisma: 26 crismandos da própria Paróquia e sete da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, Setor Butantã. A missa foi presidida por Dom José Benedito Cardoso e concelebrada pelo Padre Laudeni Ramos Barbosa, CSC, Administrador Paroquial.

No sábado, 27, na Paróquia Nossa Senhora da Lapa, mais de 100 ministros extraordinários da Sagrada Comunhão (MESCs) que atuam nas paróquias do Setor Lapa participaram de um momento formativo conduzido por Dom José Benedito Cardoso. A atividade contou com a participação dos Padres Ernandes Alves da Silva Junior, Assistente Eclesiástico dos MESCs regional, e Pedro Augusto Ciola de Almeida, Coordenador Regional de Pastoral. (por Benigno Naveira)

Na Paróquia São João Bosco, Setor Leopoldina, 33 jovens e adultos receberam na manhã do domingo, 28, o sacramento da Crisma, 30 dos quais da própria Paróquia e três da Paróquia Nossa Senhora Mãe do Salvador (Cruz Torta), Setor Pinheiros, da Região Sé. A missa foi presidida por Dom José Benedito Cardoso e teve como concelebrantes o Padre Claudio Andrade Motta, SDB, Pároco, e o Padre Sérgio Lucas, Pároco da Paróquia Nossa Senhora Mãe do Salvador. (por Benigno Naveira)

No sábado, 27, na Paróquia Santo Antônio de Pádua, Setor Rio Pequeno, em missa presidida por Dom José Benedito Cardoso, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, e concelebrada pelo Padre João Carlos Deschamps, Pároco, 15 jovens e adultos receberam o sacramento da Crisma. (por Benigno Naveira)

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(por Benigno Naveira) Irineu Faleiros Magro Irineu Faleiros Magro Pascom paroquial Pascom paroquial Pascom paroquial Benigno Naveira Benigno Naveira Na manhã do domingo, 28, Dom José Benedito Cardoso, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, presidiu missa na Paróquia São Mateus, Setor Rio Pequeno, durante a qual conferiu o sacramento da Crisma a quatro adultos. Concelebrou o Padre Antônio Roberto Pimenta, CSSR, Administrador Paroquial. (por Benigno Naveira)

IPIRANGA

Congresso Teológico no Santuário São Judas Tadeu está com inscrições abertas

POR DEPARTAMENTO DE MARKETING E COMUNICAÇÃO DO SANTUÁRIO

A 2ª edição do Congresso Teológico São Judas Tadeu acontecerá de 12 a 15 de junho, das 19h30 às 21h30, no Salão Dehon do Santuário São Judas Tadeu, Setor Imigrantes, apenas presencialmente,

com o tema “Creio na vida eterna - Céu e inferno, seremos julgados sobre o amor”.

Serão abordados temas acerca da vida eterna nas perspectivas teológica, bíblica, moral e pastoral. O evento se destina aos leigos, estudantes de Teologia, sacerdotes, religiosos e religiosas e a todos os

interessados pelo assunto. Para a participação nos quatro dias do congresso, o investimento é de R$100,00 por pessoa e inclui material, co ee break e certi cado emitido pela Faculdade Dehoniana, parceira do evento.

As vagas são limitadas e as inscrições

podem ser feitas em saojudas.org.br ou pessoalmente na secretaria. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: eventos@saojudas.org.br. O Santuário São Judas Tadeu ca localizado na Avenida Jabaquara, 2.682, próximo à estação São Judas do Metrô.

Durante todo o mês de maio, os éis da Paróquia Nossa Senhora Mãe de Jesus, Setor Cursino, celebraram a sua padroeira, com muita oração e festividades: houve uma novena em honra a Nossa Senhora e o Cerco de Jericó, conduzido pelos Padres Myguel Tostes, SJS, Pároco, e João Otávio, SJS, Vigário Paroquial. Nos dois últimos ns de semana, aconteceu a festa no salão da igreja, com diversão para toda a família. E no domingo, 28, foi feita a coroação de Nossa Senhora, em todas as celebrações do dia, promovidas pela Catequese, Legião de Maria e pelo Projeto Vida e Futuro, dirigido pelos Vicentinos com as crianças carentes da comunidade. (por Lívia Lobo)

O último m de semana foi de re exão e celebração na Paróquia São João Clímaco, no Setor Anchieta. No sábado, 27, o grupo de jovens realizou um momento mariano intitulado “Eis me aqui”, contemplando Nossa Senhora e o seu sim a Deus. A iniciativa contou com a participação de jovens crismandos, que re etiram sobre o sim que dariam a Deus no Domingo de Pentecostes, 28, juntamente com os crismandos adultos, ocasião em que receberam das mãos de Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, o sacramento da Crisma, em celebração eucarística que contou com a assistência do Diácono Walmir Cardoso dos Santos. (por Karen Eufrosino)

No domingo, 28, Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, presidiu a missa da Solenidade de Pentecostes na Paróquia Imaculada Conceição, no Ipiranga, durante a qual conferiu o sacramento da Crisma a nove jovens e oito adultos. Concelebraram os Padres Bóris Agustín Nef Ulloa, Pároco, e Rodrigo Thomaz, Vigário Paroquial, com a assistência do Diácono Koichi Sanoki. (por Pascom paroquial)

Na Vigília de Pentecostes, no sábado, 27, Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, conferiu o sacramento da Crisma a 27 jovens e adultos da Paróquia São João Batista, na Vila Guarani, Setor Imigrantes. Concelebrou o Padre Ricardo Pinto, Pároco. (por Catequistas da Paróquia São João Batista)

No Domingo de Pentecostes, 28, Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, conferiu o sacramento da Crisma a 24 adultos e oito jovens, durante missa presidida na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Moema, Setor Vila Mariana, e concelebrada pelo Padre Samuel Alves Cruz, SDS, Pároco. (por Teresa Geribello)

No sábado, 27, no auditório do campus Ipiranga da PUC-SP, cerca de 200 catequistas das paróquias da Região Ipiranga estiveram reunidos para mais uma etapa formativa da Escola Bíblico-Catequética São José de Anchieta. O tema tratado foi “O contexto da Catequese”, ministrado pelo Padre Antônio de Lisboa Lustosa Lopes, Pároco da Paróquia São João Clímaco. (por Karen Eufrosino)

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Maria da Graça Feltrin Pascom paroquial Pascom paroquial Karen Eufrosino marcos Lomelino Catharina Nóbrega de Barros

BRASILÂNDIA

Comissão das Pastorais Sociais promove evento sobre a reforma tributária

No sábado, 27, na Paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus, Setor Freguesia do Ó, aconteceu uma palestra promovida pela Comissão das Pastorais Sociais da Região Brasilândia, com o tema “Os impactos da reforma tributária na vida do povo”.

O evento contou com a participação de Dom Carlos Silva, OFMCap., de padres que atuam na Região Brasilândia, agentes de diversas pastorais e da comunidade em geral.

A assessoria foi feita por Katia Drager Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil, e Fausto Augusto, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e

Festa

Estudos Socioeconômicos (Dieese). Eles falaram a respeito desses impactos, do que se espera da reforma e do que realmente é preciso para que esta traga benefícios para os brasileiros.

Ornella Maria Aleixo, da Pastoral da Mulher da Paróquia Santa Luzia, no Jardim Primavera, iniciou as atividades e explanou a situação e os problemas enfrentados na Região. Por sua vez, Carlos Cordeiro, da Pastoral Fé e Política, direcionou os trabalhos, os quais foram concluídos pelo Cônego José Renato Ferreira, Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Zatt, que ressaltou a importância do encontro e do compromisso de todos na divulgação das informações.

patronal da Capela Divino Espírito Santo tem como foco as vocações

“Divino Espírito Santo, avivai as vocações!” Com esse apelo e preces, oséis da Capela Divino Espírito Santo, que pertence à Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Souza, reuniram-se entre os dias 22 e 28 para os festejos em preparação para a Solenidade de Pentecostes.

A programação contou com noite de louvor, adoração ao Santíssimo Sacramento e Terço vocacional conduzido pelas Irmãs Missionárias de Maria, mais

conhecidas como Irmãs Xaverianas, além de um tríduo eucarístico, que teve início na quinta-feira, 25, com a missa presidida por Dom Carlos Silva, OFMCap. O Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia exortou os éis: “Ide e anunciai, sede testemunhas do Divino”.

No segundo e terceiro dias do tríduo, a Capela recebeu, respectivamente, os Padres Alécio Ferreira Silva, Vigário Paroquial da Paróquia Santos Apóstolos, no Jardim Maracanã, e Dorival Ferreira Leite, CRL, Pároco da Paróquia Imaculado Coração de Maria, no Jardim Princesa.

No domingo, 28, Solenidade de Pentecostes, os éis da matriz e das comunidades que compõem a Paróquia se reuniram para celebrar os 26 anos de existência da Capela, com missa presidida pelo Padre Rafael Araújo Nolli, Administrador Paroquial, que em sua homilia destacou os dons do Espírito Santo e a vivência do Pentecostes diário na vida dos cristãos batizados e que são enviados à missão, estimulando a comunidade para que continue suas ações de evangelização no Jardim Ondina, bairro em que está situada a Capela.

Na Freguesia, Festa do Divino é manifestação da fé no Espírito Santo

MARTA GONÇALVES E RAEL PIMENTA COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO

A Paróquia Nossa Senhora da Expectação (Matriz da Freguesia do Ó) realizou a Festa do Divino, que contemplou a novena ao Espírito Santo, a cada dia com uma celebração eucarística presidida por um padre convidado, e foinalizada com a missa na Solenidade de Pentecostes, no domingo, 28.

Trata-se de uma festa tradicional na região, que neste ano completou 202 anos de existência, seguindo o mesmo rito vindo de Portugal, com vários elementos incorporados, como a gura do Imperador, Capitão do

Mastro e Alferes da Bandeira, além de 21 guardiões da bandeira do Divino, que são escolhidos por sorteio. Esses éis contemplados levam para suas casas uma bandeira e, durante um ano, realizam orações e ações com a família, vizinhos e amigos.

Dom Carlos Silva, OFMCap., Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia, presidiu a missa do nono dia da novena, durante a qual conferiu o sacramento da Crisma a 63 jovens.

No domingo, 28, um dos momentos mais aguardados foi o sorteio dos novos festeiros para o ano de 2024: o Imperador será Milton Pereira de Brito; o Capitão do Mastro, Fábio Giorgi Zampieri;

e a Alferes da Bandeira, Vera Lúcia de Carvalho Vasconcelos.

O Padre Aldo Alves de Lima, Pároco, ressaltou que “foram dez dias conviven-

do na intimidade com o Espírito Santo, com muitas graças recebidas e muitas sementes lançadas. Que possamos produzir frutos de conversão”, concluiu.

da Sagrada Comunhão Eucarística. Concelebrou o Padre Maycon Wesley, Pároco. O Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia lembrou que Pentecostes marca os 50 dias decorridos da Ressurreição de Cristo, encerrando, assim, o tempo pascal, ocasião em que também se realiza o rito de apagar o Círio Pascal. (por Pascom da Paróquia Cristo Libertador)

O Setor Família da Região Episcopal Brasilândia promoveu de 23 a 26 de maio, a Semana de Formação Regional – Semana da Família. Foram quatro dias de formação simultânea e articulada entre os seis setores pastorais que compõem a Região, com o debate dos seguintes temas: Amor familiar - integrar as fragilidades; Redes sociais, “um ambien-

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Na Solenidade de Pentecostes, no domingo, 28, Dom Carlos Silva, OFMCap., presidiu missa na Paróquia Cristo Libertador, durante a qual conferiu o sacramento do Crisma a 19 adultos e instituiu 52 ministros extraordinários te” para as famílias?; Os desa os dos dias de hoje para a família cristã (Família mostra quem tu és!); e Espiritualidade na família (virtudes, família, vocação e vida de santidade). (por Taíse Cortês) LUCCAS SANT’ANA COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO
Rúbria Mazza Tina Lima Rael Pimenta Pascom paroquial Patrícia Beatriz Lopes
RÚBIA MAZZA COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO

Caritas Arquidiocesana inicia a Campanha do Agasalho 2023

REDAÇÃO

osaopaulo@uol.com.br

A Arquidiocese de São Paulo, por meio da Caritas Arquidiocesana de São Paulo (CASP), em parceria com o jornal O SÃO PAULO e a rádio 9 de Julho, lançou na sexta-feira, 26, a Campanha do Agasalho 2023, com o tema “O Frio Machuca. A Solidariedade Cura!”, e o lema “Estava nu, e me vestistes” (Mt 25,36).

A CASP está mobilizando todas as paróquias, comunidades e escolas para que se unam nessa ação em prol da população que vive nas ruas da cidade de São Paulo e, também, em favor daqueles que estão em condições indignas de moradia ou que estejam enfrentando di culdades econômica e social.

“Vamos nos unir e assumir esta campanha que acontecerá enquanto o frio persistir”, conclama o Diácono Márcio José Ribeiro, Diretor da CASP.

O Diácono explica que, por causa da pandemia de COVID-19, não foi possível realizar a campanha nos últimos dois anos, devido ao alto risco de contágio pelo coronavírus. Agora, porém, os entes envolvidos retomam com esperança a iniciativa a m de contribuir para minorar o impacto do frio em nossos irmãos e irmãs da cidade de São Paulo.

“Em meio a tantos sofrimentos, não podemos fechar nossos corações. O inverno é o momento de olhar mais atentamente para nossos irmãos sem agasalho, que sofrem com o frio nas ruas, em casas ou em instituições. Agindo assim, somos

Liturgia e Vida

SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE

04 DE JUNHO DE 2023

Santo, Santo, Santo!

éis ao mandato do Evangelho”, salientou o Diretor da CASP.

Além de cada paróquia, haverá pontos centrais para a coleta de roupas, cobertores e demais itens apropriados para uso, que devem estar higienizados.

PADRE JOÃO BECHARA VENTURA

Se Cristo não no-lo houvesse revelado, seria impossível conhecer o maior mistério da fé: Deus é uno e trino. O Antigo Testamento já o havia de algum modo preanunciado. Os três Visitantes misteriosos de Abraão (Gn 18); a Sabedoria divina personicada (Pr 8); as menções ao “Espírito do Senhor” (Gn 1,2); e a invocação a Deus como “Santo, Santo, Santo” (Is 6,3) já apontavam para esse grande mistério.

A plena revelação da Trindade, todavia, foi feita por Cristo. Ele se apresentou como ‘o Filho’ unigênito e igual ao ‘Pai’ e prometeu enviar-nos o ‘Espírito Santo’. Além disso, ordenou aos apóstolos que batizassem “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Em Cristo, a Santíssima Trindade se manifestou inclusive visivelmente, durante seu Batismo (Mt 3,16) e na Trans guração (Mt 17,5).

Sede da CASP: Avenida Marechal Eurico Gaspar Dutra, 1.853, Parada Inglesa. Telefone: (11) 3457-9101; Associação Missão Belém: Praça da Sé, 47, Centro. Telefone: (11) 2291-6656; Casa de Oração do Povo da Rua: Rua Djalma Dutra, 03, Luz. Telefone: (11) 3106-5531.

85ª Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB acontece em Itaici

Com o tema “Uma Igreja em saída para as periferias”, começou na terça-feira, 30, e prossegue até quinta-feira, 1o de junho, a 85ª Assembleia do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Os arcebispos, bispos e padres coordenadores de dioceses e arquidioceses do estado de São Paulo estão reunidos no Mosteiro de Itaici, no município de Indaiatuba (SP), na assembleia na qual também serão eleitos os membros da presidência do Regional – presidente, vice e secretário – bem como os integrantes das Comissões Fiscal e Econômica e os bispos para as comissões pastorais e para representar o Regional no Conselho Permanente da CNBB.

A Assembleia teve início com a recitação da Hora Média na capela do Mosteiro de Itaici. “Muito bom começarmos com a oração! À luz do texto bíblico recitado (cf. Is 55,1011), iniciamos com a Palavra de Deus e estamos em comunhão com os trabalhos pastorais de nossas arquidioceses e dioceses, rezando pelo nosso povo, lembrando, em nossas orações,

principalmente dos doentes”, destacou Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Mogi das Cruzes (SP) e atual Presidente do Regional Sul 1.

Depois, Dom Luiz Carlos Dias, Secretário do Regional e Bispo de São Carlos (SP) falou, na 1a sessão, sobre as atividades do encontro eclesial, as alterações e celebrações do episcopado no último ano. Em momento posterior, ele também apresentou o relatório econômico e o parecer do Conselho Fiscal, com destaque às melhorias na sede do Regional, na capital paulista, para favorecer o dinamismo no trabalho pastoral.

Dom Pedro Luiz apresentou o re-

latório da presidência e detalhou as principais ações do Regional Sul 1, com destaque aos encontros estaduais das pastorais, movimentos e organismos em todo o estado, aos projetos missionários, tanto na Amazônia quanto na Diocese de Pemba, na África, às ordenações episcopais e outras ações do secretariado que motiva os trabalhos pastorais do organismo.

“Que possamos viver na graça e na paz de Deus essa edição da Assembleia de nosso Regional”, desejou Dom Edmilson Amador Caetano, Vice-Presidente da entidade e Bispo de Guarulhos (SP).

Fonte:RegionalSul1daCNBB

A celebração do mistério da Trindade nos leva a rea rmar que cremos em um só Deus em três Pessoas realmente iguais e distintas, Pai e Filho e Espírito Santo. A essência divina é uma só: o Pai é igual ao Filho e ao Espírito Santo. Contudo, as três Pessoas têm relações distintas entre si. O Pai – Fonte e Origem –gera o Filho. O Filho – Sabedoria de Deus – é eternamente gerado pelo Pai. O Espírito Santo é o Amor divino que procede do Pai e do Filho.

Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus; o Pai é imenso, o Filho é imenso e o Espírito Santo é imenso; o Pai é Senhor, o Filho é Senhor e o Espírito Santo é Senhor; o Pai é onipotente, o Filho é onipotente e o Espírito Santo é onipotente; o Pai é eterno, o Filho é eterno e o Espírito Santo é eterno. Contudo não são três ‘deuses’, nem três imensos, nem três senhores, nem três onipotentes, nem três eternos; mas um único Deus imenso, Senhor de todas as coisas, todo-poderoso e eterno. Cremos e adoramos um só Deus em três Pessoas, sem confusão de Pessoas e sem separação da única substância divina.

Do ponto de vista espiritual, esta solenidade nos convida a aprender a nos relacionarmos pessoalmente e sem anonimato com cada uma das Pessoas divinas. Tanto as preces vocais quanto a oração mental podem se dirigir individualmente a cada uma delas. Assim, ao rezar o Pai-Nosso, por exemplo, pensamos na Pessoa do Pai. Com o ‘Vinde Espírito Santo’, nos abrimos ao Paráclito. E, antes da Comunhão, com o ‘Cordeiro de Deus’, falamos ao Filho. Crescemos na intimidade com cada uma das Pessoas, orando-lhes individualmente e percebendo a sua particular presença!

O Pai nos sustenta com a Providência; o Filho se entrega na Santa Missa; o Espírito Santo nos santi ca desde o centro da alma, em que Ele habita. Podemos também dialogar com cada uma das Pessoas durante a Missa. Ao Pai é que se dirige toda a oração eucarística. O Filho é o verdadeiro Sacerdote e a Vítima, que renova a oferta que fez de si mesmo no Calvário. O Espírito Santo atualiza os mistérios celebrados e, juntamente com a Palavra de Cristo, realiza o milagre da transubstanciação. E, com profunda reverência, confessamos: Santo, Santo, Santo!

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