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POESIA | SLAM DO PREGO

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1. Momento em que o poeta apresenta sua poesia ao público espectador do slam

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2. Jurados dão suas notas para escolher quem será o vencedor da batalha

a grande batalha que acontece no fi nal do ano. Quem vence a batalha municipal tem sua vaga garantida para o slam estadual, onde compete com os vencedores de slams de todo o estado de São Paulo. Por sua vez, o vencedor estadual segue para o slam nacional. O melhor poeta de resistência representa o Brasil na Copa do Mundo de Poesia, que acontece na França.

“Tudo isso é real, orgânico e intenso. Merece ser sentido, visto, vivido, propagado. E, apesar de ser uma batalha, quem vence sempre é a palavra, a livre expressão. A poesia sempre vence”, comenta Rosinha Morais, uma das fundadoras do Slam do Prego.

Com cada vez mais adeptos e público espectador, as batalhas de poesia não acontecem apenas em praças das cidades, mas em casas de cultura, bibliotecas, em estações de metrô e até mesmo em lanchonetes. “O slam cumpre a função social de dar voz aos participantes de uma forma democrática. Atitudes e falas de repressão e preconceito são repudiados pelo grupo”, fi naliza Monique. c

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Conheça outros slams da capital paulista

Slam da Tiqua� ra,

na estação Vila Mati lde do Metrô

Slam do Grito,

no bairro do Ipiranga

Fotos Divulgação

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Slam das Minas SP,

em diversos pontos da capital

Slam Guilhermina,

na zonal leste de São Paulo

Slam Resistência,

na Praça Roosevelt, em São Paulo

Direto do túnel do tempo

Lojistas apostam nos discos de vinil e atraem desde fãs antigos dos “bolachões” até o público jovem, habituado a consumir músicas via streaming

_ POR ALEXANDRE ROCCO

EM TEMPOS DE streaming, ainda há um público que mantém o hábito de colocar seu vinil favorito para tocar. Segundo pesquisa da Recording Industry Association of America, até março deste ano, as vendas de LPs nos Estados Unidos cresceram 30% e arrecadaram US$ 419 milhões ao ano. De acordo com o Ebay, desde 1991, as vendas de vinis cresceram 53% em todo o mundo, e no Brasil vende-se mais de 100 discos “bolachões” por mês.

O colecionador Raymond Captain é dono da loja Blue Sonic, que fica no centro de São Paulo. Ele vende CDs e DVDs, e notou um aumento na procura por LPs. “As pessoas estão voltando a comprar vinil, pois quando se passa o LP para CD acaba perdendo a qualidade do som. No vinil, a gravação fica mais grave e é possível escutar o som de todos os instrumentos”, comenta.

Tudo indica que o público jovem entende essa diferença e as vantagens apontadas por Captain. O DJ Boaventura Viera de Moura, dono da loja Tony Hits, também no centro de São Paulo, percebeu que os mais novos passaram a procurar por toca discos e vinis. “A capa e a contracapa de um vinil trazem informações de quem é o produtor, além dos nomes dos músicos, algo que você não consegue ver nas plataformas de streaming”, observa.

Além do bom som e das informações técnicas, a vendedora Marcia de Souza coleciona vinis, em especial os do cantor e compositor Rick James (1948-2004), por outro motivo: a capa. “Acho incrível como as artes feitas para os discos do Rick e de outros artistas da época conseguiam ter tanto conceito, cor e qualidade, isso se levarmos em conta que não existia tanta tecnologia para manipulação de imagem e impressão”.

A busca por vinis mudou a realidade de gravadoras como a brasileira Polysom, que foi reativada há dez anos, quando havia apenas 42 fábricas de vinil em todo o mundo. Hoje, o número aumentou para 65 e a produção passa de 50 milhões de discos ao ano. Além de lançar em vinil os novos trabalhos de Pitty, Céu e Otto, a gravadora criou o selo “Clássicos em Vinil”, com edições limitadas dos primeiros trabalhos de Zé Ramalho, Tony Tornado, Gilberto Gil, Odair José e Tom Zé. c

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