
1 minute read
FALA, JORNALISTA
from Cultcom #5
Sorria, a piada está viva
Shows de stand-up atravessam gerações, e humoristas contam quais motivos levam o público a sair de casa para dar boas risadas
Advertisement
_ POR CLEITON SILVA
PIADA BOA É aquela que nunca envelhece, e o stand-up é a prova viva disso. No Brasil, os humoristas Chico Anísio (1931-2012) e Jô Soares foram os primeiros a se aventurarem no estilo de show que surgiu no início do século 19. Mas foi em 2005 que esse tipo de comédia ganhou notoriedade com nomes como Danilo Gentili, Marcelo Mansfield, Oscar Filho e Rafinha Bastos.
O termo stand-up, no português, é expresso como “permanecer de pé” ou “ficar de pé”, que é como os comediantes do gênero ficam diante do público. O texto de apresentação é sempre original, e o artista não precisa de cenários, caracterização, acessórios, ou personagens. A abordagem principal das piadas é o cotidiano, ou seja, situações comuns, e o termômetro para avaliar a qualidade dos shows é a gargalhada da plateia. Mas entre risos e aplausos, o quê mantém o stand-up vivo?
Fazer uma plateia rir não é fácil. É preciso técnica e carisma. Comediante desde 2009, Tiago Carvalho sonhava em seguir carreira no humor. “Quando o ‘CQC’ [Band] estourou, o stand-up também fez sucesso com o Rafinha Bastos e o Danilo Gentili. Eu olhava para aquilo e sonhava: ‘eu quero ser esses caras’”, lembra. “Acho que o standup não vai morrer tão cedo. É um show que vai sempre se reinventar”, comenta.
Para o comediante, o mais difícil é ser agradável, principalmente quando o humorista está no início da carreira. “Acho que ter carisma é o principal. Se o que o cara estiver falando não for interessante, não vai rolar”, comenta. “É mais fácil um humorista que começa com 30 anos ser interessante do que um com 17. Digo mais fácil na questão de experiência de vida, não necessariamente ele vai ser interessante”.
Figura presente nas casas e nos shows de humor, a comediante Ane Freitas acredita que é a boa piada que segura a plateia. “É necessário seguir a sua verdade. Sempre levo para o meu pessoal e acho o essencial. A pessoa está indo ali para saber sua história”.
Contar uma situação e ser engraçado faz parte da rotina do humorista de stand-up, mas há sempre um questionamento sobre como essas