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Lampião conhece Massilon Leite

Segundo Sérgio Dantas, não aconteceram outras mortes na cidade graças à intervenção do padre Benedito Basílio Alves. De crucifixo na mão, rogou por misericórdia. Devotos, os cangaceiros atenderam.

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Sem o retorno de Luiz Leite, o bando foi embora por volta do meio-dia, deixando a cidade arrasada. No caminho, invadiram e saquearam as propriedades de Antônio Manoel de Sousa, Joaquim Pereira e João Francisco de Oliveira

De acordo com a edição de 15 de maio de 1927, além dos 5 contos levados de Chico Pinto, os bandidos levaram ainda 1 conto de Luiz Sulpino e 20 contos de Bevenuto Hollanda. João Paizinho, Antônio de Souza, Lucas Pinto, João Pinto, Elpídio Câmara e João de Deus também foram assaltados em quantias inferiores a 1 conto de réis.

Um fato interessante, segundo Geraldo Maia, é que, embora não fosse comum aos cangaceiros, parte dos bandidos que atacaram

Foto: Arquivo histórico

Chico Pinto era o intendente de Apodi em 1927

Apodi estava mascarado. Mas isso não impediu que alguns fossem identificados como antigos residentes do lugar.

Com o sucesso da empreitada criminosa, Massilon Leite foi se encontrar com o então coronel Isaías Arruda em Aurora/CE, a 240 km de Apodi. Lá, dividiram o saque. O bandido estava eufórico e fazia grandes planos, um deles era entrar para o cangaço.

Na penúltima semana de maio, Virgulino armou acampamento na Serra do Coxá-Diamante, em Aurora/CE. Tinha fracassado na missão de saquear a Paraíba.

Coube a José Cardoso, primo de Isaías, a tarefa de levar e apresentar Massilon a Lampião. Contou sobre seu assalto e pediu que fosse incorporado ao bando. O cangaceiro desconfiou, mas, como tinha perdido alguns homens nos confrontos recentes, aceitou a parceria.

Foto: Arquivo histórico

Massilon Leite foi o comandante do ataque a Apodi

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