Jornal das Lajes
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Entrevista exclusiva com o prefeito em exercício de Resende Costa, Lucas Paulo. No último dia 9, Lucas recebeu em Campo Belo (MG) o Troféu Gente e Marcas de Sucesso, sendo o primeiro prefeito da região do Campo das Vertentes a receber a premiação a qual é referência no Brasil. Na entrevista ao Jogo Aberto, o prefeito em exercício de Resende Costa analisa os dois primeiros anos de governo, o cenário político nacional e fala também sobre seus projetos para os próximos dois anos de mandato.
O que têm em comum a Vila de Cuba, pertencente ao distrito de Beja no baixo Alentejo, Portugal, com a Cuba caribenha, na América Central?
O jornalista José Venâncio de Resende, editor regional do JL, viajou à Vila de Cuba e conta na reportagem especial desta edição o que as duas ilhas têm em comum, além do nome. PÁG 10
Neste ano, o destaque da decoração de Natal no Mirante das Lajes, principal cartão-postal de Resende Costa, foi o presépio. Montado com materiais rústicos que recriam a simplici-
dade do nascimento do Menino Jesus, o presépio foi concebido pelas mãos criativas do artesão e empresário resende-costense Zinho do Tenta. “A proposta do Natal Tecendo Luz 2022 é va-
lorizar o simbolismo, a magia e a essência do Natal, especialmente através da montagem do presépio no Mirante das Lajes. Natal é luz, sonho, magia, encantamento. Mas, principal-
mente, celebração e vivência da espiritualidade cristã”, destacou o secretário municipal de Turismo, Artesanato e Cultura, André Eustáquio.
Já estamos em clima de Ano-Novo e as reflexões sobre o 2022 que está terminando são essenciais. Afinal, o homem é um ser que questiona, já nos ensina essa sabedoria filosófica, que nos distingue enquanto seres pensantes e conscientes da própria existência. Trata-se de um privilégio? Sim, pode ser, mas a capacidade de questionar, inclusive a existência e o que nos circunda, nos torna, além de seres pensantes, pessoas angustiadas, inquietas, às vezes (in)felizes.
Refletir sobre o que fizemos da nossa vida ao longo desses longos 365 dias nos angustia ou causa em nós uma sensação vitoriosa de dever cumprido? Certamente, cada um de nós tem uma resposta para uma pergunta tão individual, subjetiva e particular. A ação humana de pensar sobre o que realizamos ou deixamos de realizar no ocaso do ano é também estímulo para recebermos o ano que está nascendo. Portanto, aí vai a pergunta: o que foi 2022 para você?
Há dois anos, vimos refletindo sobre o drama da pandemia de Covid-19, que trouxe seus efeitos mais devastadores ao Brasil no início de 2021. Quantas vidas foram precocemente perdidas nesses dois anos de pandemia?! Muitas delas vítimas da irresponsabilidade política de líderes que optaram pelo negacionismo. No entanto, superamos os momentos mais críticos e 2022 pode ser considerado o ano da volta. Retorno das atividades comerciais e culturais, como os grandes eventos, viagens, shows e até Copa do Mundo.
Para o brasileiro, 2022 foi ainda mais desafiador. Em ano de eleições presidenciais, sabíamos que o futuro do nosso país estava condicionado às nossas decisões no momento solitário do voto. E não poderíamos fugir dessa responsabilidade cidadã. Mas, o que decidir? Como decidir?
O brasileiro presenciou uma das campanhas eleitorais mais aguerridas, disputadas e tensas da história republicana recente. Ódio destilando de todos os lados, notícias falsas (fake news) contaminando os meios de comunicação, pipocando sem limites e pudores. Como decidir? O que decidir?
Decidimos. O Brasil elegeu seus novos parlamentares, governadores e presidente da República numa eleição limpa, justa e democrática. Aos olhos do mundo demos mais uma vez um show de democracia.
Se existe, portanto, uma palavra que possa sintetizar e traduzir o sentimento e a vontade do brasileiro nas eleições 2022, essa palavra é ESPERANÇA. Após a divisão, o ódio, a mentira e as constantes agressões à democracia e suas instituições, como a imprensa livre, o Judiciário e o Congresso Nacional, o brasileiro gritou um brado forte de ESPERANÇA.
Não esperança de dias melhores ou de um ano melhor. Esperança de construirmos, alicerçados em bases verdadeiramente sólidas, uma nação onde haja respeito às diferenças, onde se busca incansavelmente a justiça social, a paz e a harmonia entre todos. Conseguiremos esse feito? Essa é a reflexão que devemos fazer neste final de 2022 para iniciarmos otimistas 2023.
Quais foram, então, as decisões que tomamos e, ao refletirmos sobre elas, concluímos que se tornaram importantes para a minha realização enquanto indivíduo e cidadão? Se essa reflexão lhe causa angústia, caro leitor, é sinal de que 2022 valeu a pena e que dele e com ele aprendemos muitas coisas boas.
Ouvir, pensar, refletir e agir. É assim que mudamos a nossa vida e a sociedade em que vivemos. Que 2023 seja um ano leve e feliz. Que nossas angústias, pensamentos, medos e incertezas sejam sinais da sabedoria que nos mostra como pensar e onde agir para a construção de um mundo melhor.
Que em 2023 sejamos lúcidos construtores da paz em um mundo onde a loucura e a insensatez insistem em nos angustiar.
Feliz Natal e próspero Ano-Novo!
Redação: Rua Assis Resende, 95 Centro - Resende Costa, MG CEP 36.340-000 TEL(32)3354-1323
Editoração e Site: Rafael Alves Tiragem: 2000 exemplares
Circulação: Resende Costa e São João del-Rei
Impressão:
Tel: (31) 2101-3544
Conforme informações da Organização das Nações Unidas - ONU, no dia 15 de novembro de 2022 a população mundial chegou aos 8 bilhões de habitantes. O crescimento populacional ainda não se estabilizou, o que é um problema socioambiental, visto que quanto mais habitantes no planeta, maior é a demanda por recursos naturais.
Até o início do século XIX, o aumento da população foi lento, pois, apesar de uma uma alta taxa de natalidade, a mortalidade também era alta, o que contribuía para, naturalmente, equilibrar a população. O desequilíbrio aconteceu com a diminuição da mortalidade, isso devido a vários fatores: urbanização, medidas de saneamento básico nas cidades, surgimento de procedimentos para garantir saúde e segurança aos trabalhadores, invenção das vacinas, descoberta da penicilina, entre outros.
Para se ter uma ideia, a humanidade demorou séculos para chegar à casa de um bilhão de habitantes, o que aconteceu por volta de 1802. Após 125 anos, em 1927, chegou-se a 2 bilhões. Em 1960, 33 anos depois, atingiu-se 3 bilhões. E assim foi: 4 bilhões em 1974, 5 bilhões em 1985, 6 bilhões em 1999, 7 bilhões em 2011 e 8 bilhões agora em novembro. As previsões apontam para 9 bilhões em 2037 e 10 bilhões em 2057.
Cabe destacar que os países desenvolvidos estabilizaram o seu crescimento demográfico ao longo do século XX. Atualmente, algumas nações europeias e o Japão estão enfrentando a si-
Fim detuação invertida, o crescimento negativo (morrem mais pessoas do que nascem), além do envelhecimento da população. Os países da América Latina, no geral, estão em processo de estabilização demográfica. A Ásia e a África estão em franco crescimento demográfico. A primeira deve se estabilizar por volta de 2050. Mas, abriga os dois países mais populosos do planeta, China e Índia, que juntos possuem mais de 1/3 da população mundial. Para a África, não há previsão de estabilização do crescimento populacional e é justamente o continente mais pobre.
Sobre o Brasil, o decréscimo da natalidade se tornou progressivo a partir dos anos 2000. A taxa de fecundidade (número médio de filhos por mulher) brasileira está em torno de 1,7. Sabendo-se que a taxa de reposição da população, considerada pela ONU, é de 2,1. O Brasil é o sétimo país mais populoso e estamos perto de ter 215 milhões de habitantes.
Dentre as teorias demográficas, uma nos chama atenção por relacionar crescimento demográfico e meio ambiente: o ecomalthusianismo. Essa teoria afirma que o elevado crescimento populacional demanda cada vez mais a retirada de recursos naturais, especialmente de áreas de grande biodiversidade e que precisam ser preservadas, como, por exemplo, a Amazônia. Assim, afirma-se que há um desequilíbrio entre o aumento da população e a disponibilidade de recursos naturais. Fala-se ainda da questão da resiliência
da natureza, ou seja, sua capacidade de resistir e de se recuperar frente às crescentes intervenções humanas.
É bom lembrar que estamos num mundo capitalista e consumista. Tomemos como base dois países, Estados Unidos e China. O primeiro é atualmente o cabeça do capitalismo, responsável por 15% do consumo de bens no planeta, apesar de ter 6% da população mundial (337 milhões de pessoas). A China está prestes a se tornar a maior economia do mundo e em 2012 se tornou um país urbano (a maior parte da população está nas cidades). Ao se urbanizar, o poder de consumo aumenta. Se pensarmos que o país é o mais populoso do mundo, com 1,42 bilhões de pessoas, o que acontecerá com o planeta se os chineses atingirem o padrão de consumo médio de um estadunidense?
Ainda temos aqueles que defendem o desenvolvimento sustentável como solução, cujos pilares são: crescimento econômico, preservação ambiental e justiça social. Porém, a relação entre crescimento demográfico e desenvolvimento sustentável é complexa, visto que pobreza, degradação ambiental e aumento da população caminham juntos.
Por fim, diante da quantidade de habitantes do planeta e da perspectiva de aumento populacional em áreas pobres, precisamos repensar duas premissas do capitalismo: consumo exagerado e desigualdade social. Visto que alguns estudos já apontam que o planeta está chegando ao limite da resiliência.
DA REDAÇÃOQuando o orçamento aperta, é comum diminuirmos aqueles gastos que são considerados luxos, tais como: o cineminha no fim de semana, a alimentação também sofre “cortes” nas contas finais e deixá-la mais saudável torna-se um desafio para as famílias brasileiras. Apesar de ser mais difícil consumir alimentos saudáveis nos momentos de crises financeiras e aumento no preço dos alimentos, manter uma dieta rica em nutrientes e vitaminas é essencial. A nutricionista Amanda Resen-
de, de São João del-Rei, recomenda a preferência por alimentos naturais, como frutas e legumes. “É interessante a gente pensar em descascar mais e desembalar menos, porque os alimentos in natura são nutricionalmente mais balanceados”.
Outra dica muito importante é ficar de olho nas promoções do mercado. É que os produtos da época costumam ser aqueles com preço mais em conta. “Os alimentos de época são mais baratos e mais nutritivos. Vemos o impacto disso principalmente quando vamos comprar frutas, verduras e legumes. Aqueles que estão na época são mais baratos e nutritivos. Uma dica prática para
isso é olhar nas bancas do mercadinho. Quais os alimentos mais baratos? Ir montando pratos e receitas com eles no dia a dia.”
A nutricionista cita alguns alimentos: “Frutas e verduras da safra, como Abacate, Banana, Acerola, Laranja, Abobrinha, Beterraba, Brócolis, Couve-flor. Mas uma coisa muito importante é pensar que a maneira que combinamos os alimentos entre si é que vai garantir os nutrientes que o nosso corpo precisa, é a variedade, o colorido.” Aproveitar os alimentos da época e as promoções pode ser uma alternativa para não sair dos mercados com a carteira e o carrinho cada vez mais vazios.
Alimentos da época são aliados para boa alimentação e economia no momento das compras
ano
O Executivo Municipal apresentou Projeto de Lei que autoriza a abertura de crédito especial, no valor de R$524.449,29, através de convênio firmado entre o
Município de Resende Costa e Ministério da Saúde vinculado à FUNASA, visando a garantir recursos para a ampliação do Sistema de Abastecimento de Água
do Distrito Urbano Ribeirão de Santo Antônio. O projeto de lei foi aprovado por unanimidade e resultou na Lei Municipal nº 5.029/2022.
A Câmara Municipal de Resende Costa torna público que fará realizar concurso público para provimento do cargo de Secretário Geral.
Inscrições: de 26/12/2022 a 25/01/2023
Prova: 05/02/2023
Informações: www.camaraderesendecosta.mg.gov.br www.escolideres.com.br
O Executivo Municipal apresentou ao Legislativo Projeto de Lei com o objetivo de acolher no município estagiários de medicina da UFSJ que estejam cursando
De autoria dos vereadores Cleiton, Zé do Dico e Coló, o Projeto de Lei nº 187/2022 tem o objetivo de denominar a Rua Vinte e Quatro, situada no bairro Nossa Senhora Aparecida, para RUA VALDEVINO MARTINIANO DO NASCIMENTO.
Valdevino Martiniano do Nascimento, conhecido como Sr. Vino, nasceu no povoado do Ribeirão de Santo Antônio em 19 de agosto de 1921. Foi um homem muito religioso e desenvolveu, ao longo de sua vida, valiosos trabalhos em prol das manifestações religiosas e culturais de Resende Costa. O Sr. Vino, como era conhecido em Resende Costa, se dedicou com afinco às funções de membro da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, tornando-se, por longos anos, presidente da mesma.
O Sr. Vino foi também festeiro da tradicional Festa de Nossa Senhora do Rosário.
o último ano. A proposta é que os alunos estágiários atuem nos sistemas locais de saúde através do internato rural, melhorando a atenção aos usuários do sistema
de saúde municipal. O projeto de lei foi aprovado por unanimidade e resultou na Lei Municipal nº 5.030/2022.
- Que seja estudada a possiblidade de o Executivo Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Transportes, promover o rebaixamento de 03 quebra-molas localizados na extensão da Avenida Antônio da Silva Barbosa, bairro Várzea, devido principalmente à altura dos mesmos. Caminhões que transportam grãos e veículos menores estão apresentando dificuldades para trafegar por esses redutores de velocidade, ocasionando desgaste dos automóveis e prejuízos para o transporte de cargas, que despencam das caçambas e graneleiras de caminhões, prejudicando o escoamento da produção agrícola. (Vereador Zé do Dico).
- Que seja estudada a possiblidade de o Executivo Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, promover o corte de enxurradas na estradas vicinais que cruzam a extensão do Município de Resende Costa-MG, uma vez que tal iniciativa visa a preservar a integridade do piso das vias de acesso rural, evitando assim que os cidadãos das comunidades e o escoamento da produção agrícola tenham seus deslocamentos prejudicados e onerados, principalmente durante o período chuvoso que se inicia. (Vereador Zé do Dico).
O Executivo Municipal apresentou Projeto de Lei que visa suplementação de crédito especial, autorizado pela Lei Municipal nº
Dedicou-se ainda como zeloso e carismático Capitão do Terno de Congado criado e mantido por ele. O Congado do Vino tornou referência no município de Resende Costa e região, e por todos era aguardado na tradicional Festa de Nossa Senhora do Rosário.
A atuação do Sr. Vino engrandeceu a cultura popular em Resende Costa, especialmente em suas manifestações na religiosidade e no folclore.
Aprovado por unanimidade, o projeto resultou na Lei Municipal nº 5.031/2022.
- Que seja estudada a possiblidade de o Executivo Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, Artesanato e Cultura, promover a realização do projeto “Amigo Artesão”, idealizado pela Associação dos Artesãos de Resende Costa-MG (ASARC), e voltado para o apoio e incentivo ao artesão atuante no Município de Resende Costa-MG. Isso valoriza o profissional artesão, como peça fundamental da produção têxtil que alavanca a economia municipal, haja vista o título concedido a Resende Costa-MG, de a Capital Mineira do Artesanato Têxtil, pela Lei Estadual 23.770/2021. Com o objetivo de buscar ampliar a emissão da Carteira Nacional do Artesão no Município, o projeto visa também garantir o acesso destes profissionais a feiras nacionais e estaduais, bem como aos diversos programas federais que exigem ou venham a exigir a carteirinha de artesão. Para fomentar o desenvolvimento do artesão, mostra-se a realização de cursos voltados para o artífice local, juntamente com a criação de um programa de descontos no comércio municipal para artesãos em parceria com a ASSETURC, como forma de maior incentivo a este trabalhador, possibilitando assim maiores possibilidades de incremento de renda para essa classe produtiva fundamental para a geração de riquezas econômicas e culturais de Resende Costa-MG (Vereador Fernando Chaves).
4.873, de 15 de fevereiro de 2022, no valor de R$20.000,00, tendo em vista a formalização de parceria com a Associação Filhas de São
Camilo/Lar São Camilo de Léllis, importante entidade filantrópica de nosso município.
O recurso visa o custeio de
medicamentos, aquisição de materiais de higiene e limpeza, conforme plano de trabalho apresentado pela diretoria da entidade.
Aprovado por unanimidade, o projeto resultou na Lei Municipal nº 5.039/2022.
O prefeito em exercício de Resende Costa, Lucas Paulo, vai iniciar a segunda e última metade do primeiro mandato da atual gestão municipal. Em entrevista ao Jogo Aberto do JL, Lucas avalia os dois primeiros anos, fala sobre o afastamento de Zinho Gouvea, os enfretamentos à pandemia, as eleições de 2022 e os planos para os dois últimos anos do atual governo municipal.
Qual a sua avaliação da primeira metade do mandato da chapa eleita para a Prefeitura de Resende Costa? A gente avalia muito bem essa primeira metade do mandato. Conseguimos fazer bastante coisa do que foi prometido no nosso plano de governo. Quem tem o plano de governo em casa pode acompanhar isso. Conseguimos avançar muito, criar várias coisas que não estavam no nosso plano de governo, com ideias da população, ideias que foram surgindo com os secretários e as nossas próprias ideias. Acreditamos que, mesmo com a dificuldade frente a uma pandemia num ano passado pesado, conseguimos avançar bastante nas ações que prometemos quando colocamos o nosso nome à disposição da população.
Infelizmente, Zinho Gouvea, por problemas de saúde, precisou se afastar do cargo de prefeito. Como foi para você assumir o cargo? Foi um dos momentos mais difíceis na minha trajetória política ao longo desses dez anos como vereador e como vice-prefeito. Porque o Zinho, além da questão de estarmos na mesma chapa, é meu amigo. Foi, sem dúvidas, um grande baque. E, ao mesmo tempo, não podia me deixar abater, visto que os nossos projetos, os nossos planos tinham que continuar. Eu e toda a equipe tínhamos que estar ali prontos e preparados para assumir. O que facilitou para mim foi estar trabalhando junto com o Zinho, presente na prefeitura desde o primeiro dia. Mas, sem dúvidas, não foi fácil, estávamos no momento mais difícil da administração. A pandemia estava no seu momento mais agressivo, com mais de 3.000 mortes diárias no país. Além do ocorrido ter afetado o nosso emocional, ainda tínhamos que enfrentar uma grande pandemia pela frente naquele momento.
E desde então, como tem sido a participação de Zinho nas decisões do município? A participação do Zinho é muito importante e motiva a equipe. O Zinho está sempre participando com a gente das aberturas, das inaugurações. Quando a gente tem alguma ideia, a gente sempre está passando pra ele. É muito importante o carinho que toda a equipe tem por ele e que ele tem por toda a equipe. Isso, com certeza, traz um resultado positivo para a administração.
No último dia 9 de dezembro, você recebeu o Troféu Gente e Marcas de Sucesso, sendo reco-
nhecido prefeito destaque. Como foi receber esse prêmio? Receber esse prêmio é muito gratificante, muito importante. É um prêmio de referência no Brasil inteiro, eu fico muito satisfeito de ser o primeiro prefeito do Campo das Vertentes a receber esse prêmio e ter esse reconhecimento é gratificante. Eu quero aproveitar para agradecer à população pela confiança, agradecer aos funcionários da prefeitura, toda a equipe e o secretariado. Esse prêmio não conquistei sozinho, foi graças a um bom trabalho fruto de uma boa equipe.
Vocês assumiram a administração em um ano que se tornou totalmente atípico, o ano do início da pandemia da Covid-19 no Brasil. Como foi passar por essa fase mais crítica da pandemia? Foi um momento muito difícil. Questão comercial, no qual tínhamos que definir se um comércio poderia abrir e fechar, e eram coisas que mudavam de um dia para outro, às vezes fora do nosso controle. Devíamos seguir as orientações do estado, através do Minas Consciente. Também havia a pressa de poder vacinar a nossa população, mas nem sempre tínhamos vacinas em mãos para poder fazer isso. Foi um trabalho muito grande da nossa equipe de vacinação para poder vacinar o mais rápido possível, tendo as vacinas em mãos. Investimos no hospital, ajudamos na compra da usina de oxigênio, mas não foi um momento fácil. Acredito, com certeza, que fizemos um grande trabalho, tanto na questão comercial, conseguindo ajudar que o comércio pudesse continuar; e, principalmente, na questão da saúde, com a agilidade na vacinação, na busca por vacinas e também no combate à pandemia.
E agora, com a pandemia controlada, como tem sido reorganizar as ações e os projetos? Fica mais fácil poder concentrar nos nossos programas, mas estamos em outros desafios, principalmente na saúde. Existem muitas pessoas que tiveram sequelas devido à Covid-19. A demanda por fisioterapia, por exemplo, aumentou muito para poder atender aqueles que ficaram, infelizmente, com sequelas. Na época da pandemia, foram suspensas cirurgias eletivas; agora a nossa fila é muito maior. O atendimento para conseguir fazer com que a fila ande é mais complicado, e essa é uma realidade de todos os municípios. O trabalho já era difícil, e agora, com algumas demandas, como cirurgias eletivas, exames e atendimentos, tudo isso duplicou.
A administração inaugurou uma importante obra para a cidade – a Avenida Tiradentes. No entanto, as mudanças no trânsito na região da Avenida Alfredo Penido geraram polêmicas e até um certo descontentamento por parte da população local. Como você avalia a realização dessa obra? A gente fez a mudança no trânsito, houve polêmica, mas eu acredito que o descontentamento se originou de um grupo menor de pessoas. Eu acho que houve uma
alteração positiva. Fizemos pesquisa que mostrou que em torno de 80% da população aprovou a mudança no trânsito. A gente sabe que ela passará por alguns testes, afinal ali tem um movimento muito grande. Vamos ter que fazer algumas adaptações até ela realmente ficar 100% pronta. Onde existe erro da empresa, estamos cobrando que a empresa corrija. E assim será feito. Houve um descontentamento, principalmente da parte comercial do artesanato, e a opinião do empresariado é muito importante. Fizemos reuniões e alteramos o projeto, que era de uma forma, e após a reunião, mudamos esse projeto em respeito e atenção também ao comércio.
Já que estamos falando em obras, e a rede de esgoto? Essa obra foi iniciada ainda no mandato do Aurélio, uma licitação em que a Copasa terceirizou mais uma etapa da implantação da rede de esgoto no município. Assumimos e acompanhamos de perto as obras. Não estávamos gostando do trabalho feito pela empresa terceirizada e estivemos várias vezes em Belo Horizonte, com a Copasa, inclusive vereadores também me acompanharam em algumas reuniões. Em abril desse ano, houve o rompimento do contrato entre a Copasa e a empresa terceirizada por ela. Agora está sendo feito o projeto, que vai passar por algumas modificações, e, em breve, a Copasa vai licitar novamente para retomar as obras de esgotamento na cidade. Estaremos atentos como sempre estivemos e, se o serviço não estiver sendo feito com qualidade, estaremos cobrando. Mas esperamos que a próxima empresa que vier dê continuidade e faça um serviço de qualidade para a população, visto que se trata de uma obra de extrema importância. É importante ressaltar que essa é uma obra que não é de responsabilidade da prefeitura, mas é uma obra que fiscalizamos de perto até haver realmente esse rompimento do contrato. E estamos sempre cobrando.
Entre saúde, educação, obras, infraestrutura, cultura e turismo, esporte, meio-ambiente, qual a área que você encara como o maior desafio da cidade? Por quê? Todas as secretarias têm dificuldades. Mas eu vejo três secretarias que envolvem desafios maiores: saúde, educação e obras. A saúde, com certeza, tem prioridade e é a maior dificuldade, visto que ainda temos reflexos da pandemia, como respondi anteriormente. A educação também apresenta grandes desafios. As aulas presenciais ficaram suspensas por quase dois anos, e estamos trabalhando para que isso tenha o menor impacto possível. Outro desafio são as obras: temos ruas para calçar e temos que avançar com outrasobras importantes no município. E assim será feito, mas para mim as três secretarias com maior desafio, neste momento, são as áreas da saúde, educação e obras e infraestrutura.
Como você avalia o secretariado à frente das pastas nesses dois anos? Houve mudanças? Só
relembrando que renovamos quando assumimos pela primeira vez a prefeitura de Resende Costa, até mesmo na região, com o processo seletivo para alguns cargos de secretário. Lembrando que é direito do prefeito colocar quem quiser em um cargo de confiança. Porém, mesmo assim, quisemos fazer processo seletivo. Quanto aos outros que continuaram conosco, isso foi devido ao trabalho realizado com Aurélio. E apenas duas mudanças ocorreram até agora: uma na área de educação e uma na área de obras. Todos os dois cargos já vinham desde a gestão passada, a do Aurélio. Com muito tempo na secretaria, secretarias que são pesadas, com um gasto físico e mental do secretariado... frente a isso, preferimos dar essa renovada. Foi, inclusive, uma decisão conjunta.
Esse ano houve eleições em níveis estadual e federal. Você e demais políticos da cidade apoiaram o presidente derrotado, Jair Bolsonaro. Qual o motivo do apoio? Por que o apoio aconteceu apenas no segundo turno? É só a questão do apoio. Isso é normal acontecer em todas as cidades. Um grupo apoiar um candidato, outro grupo apoiar o adversário, mas é muito importante sempre o respeito. A questão de apoio no primeiro turno e segundo turno também acho normal e aconteceu isso em Resende Costa, dos dois lados, ou seja, políticos que no primeiro turno não apoiaram e depois manifestaram apoio a Bolsonaro ou Lula. Não posso falar por todos, mas falando por mim, no primeiro turno não me posicionei por dois motivos principais. O primeiro, visto por toda a nossa população: estávamos mal representados de candidatos. Nos debates, poucas vezes discutiam ideias, programas, sugestões e soluções, e, infelizmente, apenas ataques foram vistos. Isso levou o ódio à campanha presidencial em todo o país. E, segundo, porque, devido a essa situação, eu não tinha ainda o meu candidato no primeiro turno, queria analisar todos os candidatos, por isso não tinha como me posicionar, eu mesmo ainda não tinha definido a quem queria apoiar no segundo turno. O meu apoio veio de uma situação que eu acho que é bem clara: apoiei um candidato mais da direita e meu apoio se fez necessário, como todos os políticos fizeram. Eu sou, e sempre serei, Resende Costa na frente de qualquer coisa. Os nossos deputados, a maioria dos nossos deputados, que ajudam e mandam mais recursos para a cidade apoiam o presidente Bolsonaro. O nosso governador, e a gente tem demandas importantes com o estado, também declarou apoio ao candidato Bolsonaro. Mas a eleição veio, o presidente Lula foi eleito, a quem parabenizamos. Já estive em Brasília em busca de recursos para nossa cidade e desejo boa sorte. Torço para que o Brasil continue crescendo e conto com que os recursos continuem chegando a Resende Costa, seja através de deputado da esquerda ou deputado da direita.
nos próximos quatro anos, qual a expectativa de apoio do Governo Federal para a cidade? Como eu disse, os nossos deputados eram mais alinhados com Bolsonaro. Acredito e espero que tenham abertura para que continuem apoiando a nossa cidade, mesmo com a eleição do Lula. Assim como há deputados que apoiavam o Lula e devem continuar mandando recurso pra nós. Tenho esperança de que os deputados continuem fazendo o papel de mandar recursos para os municípios. Porque, lembrando, cidade pequena depende demais de recursos e programas federais. E eu, com certeza, estarei em Brasília correndo atrás para ajudar a cidade.
Quais são seus planos para os próximos dois anos de mandato? Esperamos terminar o que está em andamento. Estamos com vários programas e várias obras em ação. Vamos focar para terminar e entregar tudo à nossa população na melhor qualidade possível e dar continuidade ao que prometemos. Quando passamos de casa em casa, apresentamos o nosso plano de governo e, ao completarmos os quatro anos de governo, esperamos entregar à população o que prometemos e retribuir o voto de confiança que nos foi dado.
Uma mensagem aos conterrâneos. Queria aproveitar para agradecer à população de Resende Costa pela confiança e pelo carinho que sempre tivemos, dizer que estamos à disposição. Não somos perfeitos, não conseguiremos fazer uma Resende Costa perfeita, mas a nossa intenção é sempre fazer uma cidade melhor em todos os setores. Precisamos investir em saúde, educação, obras, cultura, esporte e assim vamos fazer. Esperamos que possamos, em 2023, dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito e dizer que estamos sempre à disposição para atender da melhor maneira possível a nossa população e representar nossa Resende Costa.
Pose para fotos, contemplação dos espaços e visita a uma Resende Costa iluminada e preparada para o Natal de 2022. No dia 26 de novembro, foi inaugurada a segunda edição do “Natal Tecendo Luz”. Com a presença de autoridades locais e da população, as luzes se acenderam no Mirante das Lajes, com apresentação do Clube da Seresta.
O prefeito em exercício, Lucas Paulo, fala sobre como foi pensada a segunda edição do Natal Tecendo Luz. “Em 2021 foi um sucesso. Gostamos do nome, escolhido pela aluna Yasmim em um concurso da escola, e o mantivemos. Esse ano, pensamos em algo diferente e reduzimos o gasto. No ano passado, os gastos com a iluminação ficaram em 180 mil reais; neste ano, 97 mil reais. Para 2022, alguns detalhes foram considerados. Pensamos em resgatar o espírito natalino. Espero que a população goste realmente e sinta esse clima natalino”.
O Secretário de Turismo, Artesanato e Cultura de Resende Costa, André Eustáquio Melo de Oliveira, fala sobre a segunda edição do evento. “A proposta do Natal Tecendo Luz 2022 é de valorizar o simbolismo, a magia e a essência do Natal, especialmente através da montagem do presépio no Mirante das Lajes. Natal é luz, sonho, magia, encantamento. Mas, principalmente, celebração e vivência da espiritualidade cristã. Com o Natal Tecendo Luz, desejamos também fortalecer o turismo em nossa cidade, incentivar os resende-costenses e turistas a visitarem os pontos decorados a fim de vivenciarem a magia e o encantamento do Natal”.
Sobre os pontos escolhidos para serem iluminados, Lucas explica. “Mantivemos o foco no Mirante das Lajes, fizemos também a Avenida Ministro Gabriel Passos e montamos uma árvore na Praça
Professora Rosa Penido, a Praça do Fórum, e uma iluminação no CAT (Centro de Atendimento ao Turista)”.
Para André, a comunidade aprovou as decorações. “A população vem se envolvendo e isso nos deixa muito felizes e animados para os próximos anos. Observamos isso na frequência do público durante os shows no Mirante das Lajes, nas postagens nas redes sociais, nos comentários entre famílias... Esse é o objetivo do Natal Tecendo Luz, ou seja, unir a comunidade, reunir as famílias e fomentar o clima e o ambiente natalinos”.
Além das luzes e da decoração natalina, a cidade também tem recebido diversas apresentações culturais. André fala sobre a proposta da programação. “As apresentações foram pensadas, como no ano passado, com o objetivo de valorizar a música, que é também um dos atrativos do Natal. Pensamos também na música enquanto elemento que agrega a família, que gera um clima intimista e dialoga com a luzes e com o ambiente iluminado. A escolha teve como parâmetro o clima de Natal, ou seja, optou-se pela MPB e por músicas instrumentais. Além de apresentações de grupos de outras cidades, contamos, claro, com apresentações de músicos resende-costenses, como o Coral e Orquestra Mater Dei e a banda de música Santa Cecília”, detalha.
Lucas Paulo acredita que o investimento também contribui para a retomada do turismo na cidade. “Iniciativas como essa somam-se ao turismo. É muito importante porque Resende Costa, tradicionalmente, já recebe muitos turistas que vêm conhecer as nossas lojas, os nossos produtos e agora podem também passear pelos pontos turísticos em pleno clima do Natal, com a nossa cidade iluminada e ainda
mais bonita. E, é claro, que é uma oportunidade para a população de Resende Costa também. As famílias que moram fora, ou aqueles que recebem os amigos que vêm de fora para visitar a nossa cidade, podem estar vindo à noite para visitar esses pontos, tirar fotos, divulgar e ver o tanto que a nossa cidade é bonita”.
Além de turistas de outros estados, e até mesmo de outras regiões do país, André destaca a visita de moradores de cidades vizinhas. “Nesta época do ano, a tendência é de aumento do fluxo turístico na cidade, devido ao Natal e às férias. Mas, não há dúvidas, a decoração natalina vem atraindo mais visitantes, especialmente de cidades da nossa região”, avalia.
Para o Natal 2022, a Prefeitura Municipal também criou o Concurso de Decoração Natalina, com premiação para as melhores decorações do comércio e das residências. Lucas Lara, da Secretaria de Cultura, fala sobre a ideia. “O Concurso de Decoração Natalina, de Resende
Costa, foi criado com os mais variados objetivos, principalmente estimular o envolvimento e a criatividade das decorações e envolver a população em geral e o comércio em torno do evento Natal Tecendo Luz. Além disso, é de nosso interesse despertar e fortalecer os valores imateriais, que são a essência do Natal e que afloram na humanidade nesta época do ano, quais sejam: solidariedade, bondade, simplicidade, religiosidade. Com o concurso, pretendemos espalhar o clima natalino por todo o município de Resende Costa, além de despertar e valorizar os talentos artísticos da população local e seguir políticas públicas convergentes com o desenvolvimento turístico”, declara.
De acordo com Lucas, a primeira edição teve uma participação tímida da população, porém a gestão espera que nas próximas edições mais pessoas participem para deixarem Resende Costa cada vez mais iluminada e preparada para o Natal. Lucas explica como serão escolhidos os vencedores. “Os critérios para avaliação serão: materiais utilizados, destaque de produtos,
iluminação, harmonia de formas, acabamento e limpeza do espaço, cenário, estética do conjunto, impacto visual, harmonia das cores e coerência com o tema ‘Natal’. Os membros da Comissão Julgadora selecionarão o melhor trabalho de cada categoria, sendo primeiro e segundo lugares para residências e comércios”.
O julgamento será feito por uma comissão. Lucas explica como foi montado o júri. “A comissão foi designada por ato da Prefeitura Municipal, composta por cinco integrantes, sendo escolhidos entre representantes da Secretaria Municipal de Turismo, Artesanato e Cultura, do Conselho Municipal de Turismo, da Asseturc (Associação Empresarial e Turística de Resende Costa) e/ou da sociedade civil. Os integrantes do júri serão indicados pela Comissão Organizadora do #NatalTecendoLuz. A divulgação dos vencedores será feita no dia 23 de dezembro de 2022, no Mirante das Lajes, a partir das 20h. Inclusive, com um super show da banda MagoZen”, finaliza.
O Natal da Mineiridade foi aberto no dia 02 de dezembro, data em que Minas Gerais completou 302 anos, com a inauguração, em Belo Horizonte, das luzes da Praça da Liberdade e dos equipamentos do entorno. Neste ano, além da capital mineira, a Secretaria de
Cultura e Turismo do Estado também está promovendo a decoração natalina no interior do estado. Resende Costa é uma das 160 cidades mineiras que fazem parte da programação do projeto estadual.
De acordo com o Secretário de Estado de Cultura e Turismo de
Minas Gerais, Leônidas Oliveira, o Natal da Mineiridade está conectado ao sentimento de orgulho que o povo mineiro tem de pertencer a essa terra. “Celebramos em 2022 o Ano da Mineiridade. Agora teremos no Circuito Liberdade em Belo Horizonte e nas cidades do
interior, uma iniciativa em conjunto para fortalecer não apenas o sentimento de amor à nossa terra, mas também o turismo em todo o estado. Minas é o segundo destino do Brasil mais procurado por turistas e é o estado que mais cresce no país, gerando, nos últimos 18 me-
ses, 120 mil empregos. Nessa época do ano, estamos prontos para receber os turistas e celebrar este período natalino”, destacou em coletiva de imprensa na abertura do Natal da Mineiridade.
V.R.
O JL conversou com Francianne Fernandes, uma das coordenadoras do encontro. Ela contou como foi sua experiência organizando o evento e a importância dele para a juventude católica.
“Eu defino fazer parte da organização em três palavras: desafio, confiança e aprendizado. Desafio, porque eu nunca tinha organizado nenhum tipo de evento nessa proporção e tive que procurar aqueles que sabiam me orientar em detalhes específicos, tendo que tirar cada informação de um lugar diferente, correndo atrás de várias empresas e pessoas para buscar resolver as situações do jeito que fosse o melhor possível. Confiança, porque precisei que várias pessoas, incluindo nosso prefeito e o pároco, confiassem em mim para aceitar ofícios, gastos, pedidos e para assumir funções, porque muitas dessas pessoas sequer sabiam quem eu era. Tive que combinar muitas coisas por mensagem de WhatsApp e por ligações. E aprendizado, pois acredito que muitos da nossa cidade perceberam que o Shalom tem grande importância na nossa Diocese (de São João del-Rei) e que os jovens são responsáveis por assumirem grandes funções. Acredito também que o encontro trouxe muita visibilidade para Resende Costa. Apesar de muitos serem adolescentes, eram de diversas cidades da nossa região e que nunca tinham vindo à Resende Costa. Muitos ficaram curiosos para conhecer os nossos artesanatos e a escolha do local contribuiu bas-
tante, uma vez que adoraram nosso mirante, tiraram muitas fotos e vídeos, inclusive das luzes de Natal à noite. Isso vai atrair aqueles que viram essas mídias. Acredito também que isso pode contribuir para a evangelização em nossa cidade e para trazer novos jovens para o Shalom e, quem sabe, levarmos mais pessoas aos próximos DNJs em outras paróquias, por verem que ser Igreja não é apenas rezar e adorar, mas também é dançar, pular e conhecer novas pessoas.”
“É sempre bom participar de um DNJ, conhecer pessoas novas e de realidades diferentes em que todos interagem, dançam e gritam demais. Temos sempre grandes expectativas para esse dia. Estar do outro lado e ver que as pessoas estão aproveitando e que está tudo funcionando bem é gratificante. Porém, infelizmente, neste ano não conseguimos atrair um grande público para participar do evento porque, na mesma data, houve alguns jovens fazendo provas de pré-vestibular e do ENADE. Tivemos também o problema que na pandemia muitos jovens se afastaram de seus grupos e os grupos perderam força para participar de eventos diocesanos, como o DNJ. Também houve grupos que não conseguiram encher ônibus e por isso não puderam participar. Acredito que o que teve maior participação até hoje foi o realizado em 2019, na Paróquia de Dom Bosco, em São João del-Rei.”
Lucas Paulo, prefeito
exercício de Resende Costa, esteve presente na abertura do evento e falou sobre o privilégio de a cidade sediar o DNJ em 2022. “Foi muito gratificante para nós receber o DNJ, um evento que a cada ano é sediado em um município. Receber o DNJ aqui em Resende Costa foi um prazer, ainda mais após a pandemia de Covid-19, período no qual o evento ficou parado. Portanto, ter o retorno do DNJ em nossa cidade foi uma alegria. Quero parabenizar todos que fizeram parte desse evento, dessa organização que não deve ser fácil, e agradecer também a todo mundo que ajudou, agradecer aos prefeitos das cidades vizinhas que ajudaram a gente, como Coronel Xavier Chaves, Dores de Campos, as quais nos ajudaram muito.”
Vitória Mendonça, integrante do grupo de jovens Shalom, também falou sobre sua experiência com a organização do evento. “Foi desafiador, principalmente pelo fato de ser a primeira vez organizando um evento para tantas pessoas e pela expectativa de que fosse tão bom quanto os outros. Esse ano foi diferente dos outros anos em que participei pelo fato de eu também estar responsável pela organização. A sensação era a de preocupar-me se estava dando tudo certo e se as pessoas estavam gostando e com a alegria de poderem participar de mais um DNJ, tendo a oportunidade de conhecerem novas pessoas e reverem outras. A experiência foi ótima. Espero que tenhamos conseguido mostrar a força da juventude e testemunhar para a população e participantes que os jovens que estão na Igreja podem se divertir.”
Aconteceu, no último dia 26 de novembro, em Resende Costa, no Salão C&M, mais uma edição da badalada festa Túnel do Tempo, resgatando sucessos do flashback. Em destaque, sucessos nacionais. O público que prestigiou o evento dançou a noite toda!
De acordo com os organizadores, Os Patetas Produções, foram inúmeros pedidos para que o baile Túnel do Tempo fosse realizado novamente. O evento contou com a presença de grande público. A Banda Magnatas Show e Remembers 80 e 31’s garantiu a animação e o sucesso do baile ficou marcado por grandes hits das décadas de 70, 80 e 90.
Edmar Assis e Fagner Oliveira, que fazem parte da organização, falaram sobre a importância de haver mais eventos assim: “Falo pelos frequentadores do nosso baile. É muito necessária uma festa assim em nossa cidade porque pessoas da nossa idade e ciclo social não encontram eventos que sejam voltados para eles em Resende Costa. Não há opção de eventos para pessoas mais velhas. Além disso, trata-se de algo que busca um público mais voltado para a família e também tenta
trazer de volta as lembranças antigas de bailes e músicas dançantes.”
Edmar destaca as parcerias que vêm garantindo o sucesso do Túnel do Tempo. “Já estamos na sexta edição e fazer parte dos Patetas Produções com o Fagner e Valnei é muito bom. Somos um time que está dando certo há mais de 10 anos. Adoramos fazer festas nessa temática. É um prazer enorme reviver músicas da nossa época e ver sempre pessoas que curtem o evento, sendo que muita gente só sai de casa para ir ao nosso baile.”
Edmar Assis falou também fala sobre o público regional que a festa atrai. “Esse ano nosso público foi bastante diferenciado. Temos nosso público fiel aqui de Resende Costa e, além dele, vieram pessoas de São Paulo, São João del-Rei, Belo Horizonte, Ritápolis, Lagoa Dourada, entre outras cidades da região das Vertentes. Gostaríamos de agradecer a todos que compareceram à 6ª edição do Túnel do Tempo. Aguardem que já estamos preparando a 7ª edição para 2023”!
O Sicoob Credivertentes financiou, este ano, cerca de 100 contratos de energia solar fotovoltaica, no valor total de R$ 6,5 milhões, abrangendo os 21 pontos de atendimentos na região. A identificação desses dados só foi possível porque a cooperativa criou uma linha de crédito específica com o nome de “Financiamento Sicoob Energia Renovável”, explica Alessandro Caldeira dos Santos, gerente da agência de Resende Costa.
Antes, não era possível filtrar o que era específico para energia renovável nas operações de concessão de crédito, explicou. A energia solar era incluída em uma linha geral do tipo “crédito para livre utilização”, daí a dificuldade de levantar dados dos anos anteriores. “Assim, os recursos liberados para esse tipo de projeto foram bem maiores do que o apresentado no último ano
dentro do período da pandemia.”
Mas o número de projetos fotovoltaicos pode ser ainda maior do que as instalações financiadas. Em Resende Costa, por exemplo, o técnico em montagem de painéis Marcelo Paiva, da EFL Energia Força e Luz, instalou, até outubro, cerca de 15 kits de energia solar. “E temos ainda mais uns seis para fazer até o final do ano”, acrescenta.
São projetos voltados para residências, empresas e fazendas, com capacidade de geração entre 400/600kW e 1500/1600 kW. Esse número já é superior ao de 2021 (13 kits). Desse total, dois foram financiados pelo Credivertentes, segundo Marcelo. “Muita gente está pagando praticamente à vista porque nós fazemos um preço bom.”
O Sicoob acaba de lançar seu “Plano de Sustentabilidade” com
ações e metas previstas até 2030, segundo informou a Credivertentes. O documento é um instrumento tático, cujo objetivo é fomentar práticas sustentáveis na organização. Com base nos compromissos assumidos com os stakeholders, reúne um conjunto de diretrizes e ações que vão aprimorar práticas administrativas e de negócios, com olhar direcionado para aspectos sociais, ambientais, climáticos e de governança.
O Plano está estruturado em sete compromissos, que se desdobram em 24 objetivos. As diretrizes permeiam todo o negócio de forma transversal, convergindo com a estratégia da organização. Traz uma visão integrada e holística, envolvendo a intensificação da difusão do cooperativismo para o fomento da justiça financeira e o fortalecimento da vocação econômica dos territórios nos quais o Sistema está presente.
A multinacional Boston Metal, especializada em produzir “aço verde”, vai implantar a sua primeira unidade brasileira na zona rural de Coronel Xavier Chaves (MG), na microrregião das Vertentes com sede em São João del-Rei. A informação foi comunicada oficialmente pela Prefeitura Municipal.
A Boston Metal surgiu em Massachusetts, em 2013, através da união entre pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), engenheiros e metalúrgicos com o objetivo de revolucionar a forma como é obtido o aço. A empresa desenvolveu uma tecnologia capaz de empregar eletricidade re-
novável para converter o minério de ferro em aço líquido, eliminando a necessidade de carvão na produção.
A sua tecnologia, denominada Molten Oxide Electrolysis (MOE), oferece a solução para fazer o “aço verde”. Este processo ambientalmente sustentável e com o apoio dos maiores fundos de capital de risco de tecnologia limpa, empresas de mineração e consumidores comprometidos com a descarbonização da indústria pesada almeja eliminar aproximadamente 10% das emissões de carbono em nível global.
O desenvolvimento do projeto da Boston Metal Brasil no município deverá ter início ainda este
mês. A partir de 2023, a empresa começará a produção de ferroligas e metais especiais de maior valor agregado para abastecimento em escala mundial.
Com isso, serão gerados inicialmente 30 empregos, número que deverá ser expandido para 200 em três a quatro anos, período ao longo do qual serão investidos 500 milhões de reais na unidade.
A Boston Metal Brasil é presidida pelo são-joanense Itamar Resende, formado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e com mestrado em eletrometalurgia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). J.V.R.
Faz saber a tantos quantos este edital irem ou dele conhecimento tiverem, que foi protocolado nesta serventia em data de 21 de outubro de 2022, sob o nº. 30.581, fls. 020 do Livro 1-C, o requerimento pelo qual PEDRO CLAUDIO DE ALMEIDA, brasileiro, nascido em 23/03/1977, filho de Sebastião José de Almeida e Antônia Maria de Fátima Almeida, portador da C.I nº. MG-21.357.096 da PC/MG, CPF nº 100.863.276-74, solteiro, residente e domiciliado no Sítio Espigão da Pedra Grande, zona rural, Resende Costa/MG, solicita o reconhecimento do direito de propriedade através da Ação de Usucapião Extrajudicial, nos termos do Artigo 1.238 do CC/02 e Artigo 216-A da Lei nº. 6.015/73, do imóvel rural constituído por uma área com por uma área com 06.27.94 ha (seis hectares, vinte e sete ares e noventa e quatro centiares) de terras, situada na zona rural deste município, no lugar denominado “SITIO ESPIGÃO DA PEDRA GRANDE”, dentro das seguintes divisas: Inicia-se a descrição deste perímetro no ponto P-1, com coordenadas E=558.518,540m e N=7.702.330,841m; deste, segue confrontando com ABEL MARCIANO RIBEIRO CPF 504.150.346-04; DALVA APARECIDA DE SOUSA RIBEIRO CPF 005.889.60667 com os seguintes azimutes e distâncias: 43°53’30” e 69,05m, até o vértice P-2, coordenadas E=558.566,412m e N=7.702.380,602m; 62°20’24” e 20,41m, até o vértice P-3, coordenadas E=558.584,486m e N=7.702.390,075m; 126°16’22” e 128,47m, até o vértice P-4, coordenadas E=558.688,063m e N=7.702.314,066m; 122°37’20” e 56,84m, até o vértice P-5, coordenadas E=558.735,939m e N=7.702.283,422m; 106°46’51” e 52,88m, até o vértice P-6, coordenadas E=558.786,570m e N=7.702.268,154m; 225°23’21” e 106,90m, até o vértice P-7, coordenadas E=558.710,469m e N=7.702.193,080m; 250°17’21” e 72,77m, até o vértice P-8, coordenadas E=558.641,967m e N=7.702.168,538m; 252°19’23” e 164,86m, até o vértice P-9, coordenadas E=558.484,893m e N=7.702.118,479m; 237°23’02” e 56,44m, até o vértice P-10, coordenadas E=558.437,350m e N=7.702.088,055m; deste, segue confrontando com SEBASTIÃO MARCIANO RIBEIRO CPF 231.197.056-91; MARTA MARIA DA GLORIA RIBEIRO CPF 029.469.966-03 com azimute de 241°38’01” e distância de 5,26m, até o vértice P-11, coordenadas E=558.432,718m N=7.702.085,554m; deste, segue confrontando com ANTÔNIO FERNANDES RIBEIRO CPF 553.974.206-87; DEANA DE RESENDE SOUZA RIBEIRO CPF 062.133.556-85 com os seguintes azimutes e distâncias: 294°58’07” e 108,19m, até o vértice P-12, coordenadas E=558.334,636m e N=7.702.131,225m, com azimute de 42°39’14” e distância de 271,42m, até o vértice P-1, ponto inicial da descrição deste perímetro. Todas as coordenadas aqui descritas estão georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro, e encontram-se representadas no Sistema UTM, referenciadas ao Meridiano Central 45° WGr., tendo como Sistema Geodésico de Referência o SIRGAS2000, época 2000,4. Todos os azimutes e distâncias, área e perímetro foram calculados no plano de projeção UTM; tudo conforme Memorial Descritivo de autoria de Marcos Tulio Resende Maia, Técnico em Agropecuária, CFTA 54638828604. Assim sendo, ficam intimados terceiros eventualmente interessados e titulares de direitos reais em relação ao pedido, apresentando impugnação por escrito perante o oficial do Registro de Imóveis a contar da publicação deste com as razões de sua discordância em 15 dias, contados da publicação deste, cientes de que caso não contestado presumir-se-ão como verdadeiros os fatos alegados pelas requerentes, sendo reconhecida a Usucapião Extraordinária, como competente registro conforme determina a Lei. Dado e passado nesta cidade de Comarca de Resende Costa, aos 21 de outubro de 2022. Oficial do Registro de imóveis. Antônio de Paula Pinto (Oficial do Registro de Imóveis)
Uma homenagem ao saudoso músico resende-costense Tilú
A Banda de Música Santa Cecília, de Resende Costa, é mais que centenária, uma vez que nasceu em meados do século XIX. É um grupo musical muito importante para nós. Sua função principal se volta para a participação ativa em eventos cívicos, populares e religiosos da cidade. Qualquer que seja a festa municipal, lá está ela tocando seus dobrados, suas marchas. Quando nos voltamos para as festas religiosas, todas realizadas pela Igreja Católica ao longo do ano, também ela se faz presente. Durante o Carnaval, parte dos seus integrantes, voluntariamente, participam tocando repertório específico atrás dos blocos que se formam para essa festa. Portanto, não é possível imaginar a cidade sem esse conjunto musical, ele é fundamental.
Durante todo o tempo de sua existência, foram muitos os que se destacaram como instrumentistas, regentes e compositores. Alguns permaneceram na cidade trabalhando e participando da banda de música. Evidentemente, outros precisaram se mudar para buscar emprego em outros lugares. Estou entre esses, quando precisei me mudar para São João del-Rei e, posteriormente, aos 18 anos de idade, para Belo Horizonte. Aprendi a tocar requinta, uma clarineta pequena, e recebi aulas de música do professor e regente Geraldo Sebastião Chaves. É certo dizer que, distante de Resende Costa, houve os que não abandonaram a prática de tocar seus instrumentos musicais, iniciada na banda de música.
Na capital mineira, optei por dar continuidade aos estudos. Estudei na Schola Cantorum, da Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes), para, em seguida, me graduar em regência na Escola de Música da UFMG. Cito o que ocorreu comigo a título de exemplo. Os espaços destinados aos ensaios de bandas de música no Brasil, desde que esse tipo de formação de grupo musical foi se consolidando a partir da primeira década do século XIX, passaram a funcionar como centros de formação musical. Sem escolas de música, como são os conservatórios municipais ou estaduais, era na banda de música que muitos obtinham aulas de teoria, de solfejo e ritmo, mais a prática de um dos instrumentos que compõem uma banda de música. Se esse conjunto musical não tinha sede própria, era nas residências dos regentes ou mesmo de outros músicos mais expe-
rientes que os interessados se iniciavam no estudo da música. Percebemos a importância que têm esses grupos, já que é quase impossível uma cidade deste país não possuir uma banda de música. Somente em Minas Gerais, com seus 853 municípios, há mais de 1000 bandas.
Uma das frentes de trabalho escolhidas por ex-integrantes da nossa Banda de Música Santa Cecília foi a militar. Alguns, como o José Gilmar Silva (Gilmar do Aderson) e o Antenor Noé de Souza, por nós conhecido pelo apelido Tilú, ambos saxofonistas, tornaram-se profissionais da Banda de Música do 11º Batalhão de Infantaria sediado em São João del-Rei. Assim que começaram a prestar serviço militar, apresentaram-se na condição de músicos e seguiram carreira até completarem seus tempos de serviço, dando baixa, isto é, se aposentando. Gilmar, 2º Sargento Músico, nunca se transferiu de São João del-Rei. Tilú, 1º Tenente Músico Antenor Noé de Souza, foi regente da Banda de Música do 11º BI Mth no período de 2010 a 2014, quando se aposentou. Incorporou-se nas fileiras do Exército Brasileiro no ano de 1977 como
soldado no então 11º RI (Regimento de Infantaria), hoje 11º BI Mth
(Batalhão de Infantaria de Montanha), em São João del- Rei. Naquela época, aconselhou-se com o conterrâneo Gilmar a fim de se alistar e atuar como músico no batalhão. Na função, serviu nas cidades de Uberlândia e Três Corações (MG), Caçapava e Campinas (SP), Foz do Iguaçu (PR), São Gabriel da Cachoeira (AM) e encerrou sua carreira militar na cidade de São João del- Rei (MG), após 37 anos de serviços prestados à Pátria como Regente da Banda de Música do 11º BI Mth, no posto de 1º Tenente. Aposentado, Tilú não deixou de atuar como instrumentista. Por vezes, era visto tocando em festas, bares e restaurantes até se juntar à banda do Chá Preto, grupo formado por violonistas, percussionista e cantores que se dedicam à interpretação de música popular. Ele faleceu e foi sepultado no último dia 19 de novembro, momento em que instrumentistas da nossa Banda de Música Santa Cecília e da Banda do 11º BL Mth se juntaram para, ao som de Amigos para Sempre, duas marchas fúnebres e outra própria dos militares, dele se despedirem, prestando-lhe justa homenagem.
Banda de Música Santa Cecília e aspectos da formação musical em Resende CostaEDITAL DE USUCAPIÃO
Quem disse que estrela não fala?
Um dia, um poeta confessou que ouvia as estrelas e que as pessoas diriam que ele, por causa disso, teria perdido o senso. Até que é um pouco verdade. Concordo que para falar com as estrelas é necessário perder o senso... mas o senso comum. Aí, sim, você poderá encontrar o bom senso.
Falar com as estrelas... ouvir as estrelas... saber quem elas são. Cada uma traz em si a missão do brilho. Até quando já estão mortas, brilham através dos anos-luz. Estrela da manhã, estrela da tarde, estrela do mar, estrela d’alva, estrela cadente, tanta estrela, meu Deus! É só olhar para o céu que a gente vê que toda hora é a hora da estrela.
E eu? Eu sou uma estrela que está falando com você agora. Sou a Estrela de Natal. Você sempre me vê em cima da gruta dos presépios. Alguns me confundem com cometa. E aí, me colocam aquele rabão colorido. Acabo ficando que nem vaga-lume vestido de noiva. Não sou cometa, sou estrela. Estrela de Natal.
Porém, não sou a Estrela do Natal, pois quem realmente brilha nesse dia não sou eu, e sim o Dono da festa. Eu apareço apenas para dar um toque a mais. Sei que tenho uma certa importância, e isso me envaidece um pouco. Por exemplo, sempre quando fazem a árvore de Natal, eu sou a última a ser colocada, com toda pompa, lá em cima. Quando fazem o presépio, lá estou eu indicando o caminho para os Reis Magos.
Mas a importância que eu realmente quero ter é fazer você perder o senso... o senso comum... o senso comum do Natal.
O senso comum do Natal
é amigo oculto, peru assado, vinho, ceia, nozes, sininho tocando, músicas com harpa paraguaia, abraços, trocas de votos de felicidade, presentes, Papai Noel, roupa nova, brindes, falatório, risos... Isso é bom. Isso faz bem. Mas falta algo aí para que o senso comum se transforme em bom senso.
Quando você vai a uma festa de aniversário, você come, bebe, diverte-se usufruindo de tudo aquilo que o aniversariante preparou para os convidados. E o que você diz ao dono da festa? “Parabéns pelo seu aniversário! Adorei! Está tudo ótimo. Demais a festa! Obrigado!”
Pois é... no Natal, o Dono da festa prepara tanta coisa para os convidados, dos quais você faz parte. Prepara a alegria da família reunida, a música da confraternização, a ceia da saúde, o abraço da amizade, o brinde da paz... tanta coisa para você aproveitar nessa noite. E você, como todo convidado, aproveita. Que continue aproveitando!
No entanto, se não for por uma questão de fé, que seja pelo menos por uma questão de etiqueta: já que você foi convidado para uma festa de aniversário, dê os parabéns ao aniversariante. Diga a ele também que está gostando muito do que ele preparou para você. Agradeça pela família reunida, pela confraternização, pela saúde, pelas amizades que você tem, pela paz que se instalou em seu espírito. Faça um brinde de gratidão ao aniversariante. Desse modo, você estará ouvindo uma estrela e quebrando o senso comum para assumir o bom senso.
Só mais uma coisa, caso você já nem se lembre mais: o nome do aniversariante é Jesus. Você o encontrará no lugar e no momento mais simples da festa.
“É uma história perturbadora, pois poucas pessoas abandonam a terra natal por vontade própria. Em geral, elas se tornam migrantes, refugiadas ou exiladas, constrangidas por forças que não têm como controlar, fugindo da pobreza, da repressão ou das guerras. [...] Algumas viajam sozinhas, com as famílias ou em grupos. Algumas sabem para onde estão indo, confiantes de que as espera uma vida melhor. Outras estão simplesmente em fuga, aliviadas por estarem vivas. Muitas não conseguirão chegar a lugar algum.”
Com essas palavras o fotógrafo Sebastião Salgado, 78 anos, define o conteúdo do seu Êxodos, livro pertencente a projeto homônimo (que inclui uma grande exposição fotográfica), no qual é contada “a história da humanidade em trânsito”. Para tal empreitada, o brasileiro de Aimorés (MG), cidadão do mundo e um dos maiores expoentes da fotografia mundial, viajou ao longo de seis anos por vários países com o objetivo de documentar episódios importantes da migração humana.
Sabe-se que migrar é deslocar-se para outro lugar, país ou região. Mesmo sendo um ato espontâneo, tem a relevância de um rompimento, de uma mudança em relação a uma nova vida.
Para Alejandro G. Iñárritu, diretor mexicano de Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades, obra eleita pelo México para concorrer a uma vaga no Oscar de filme internacional, “migrar é
morrer um pouquinho”. E explica que a pessoa se integra a uma outra cultura e, com isso, se desintegra da sua. E que nos 21 anos em que esteve fora de seu país, a cidade da qual saiu deixou de existir, as pessoas também deixaram de existir. E afirma que a sensação que tem hoje é a de ter uma identidade quebrada.
Se é assim para quem deixa sua terra natal pelo desafio, pela vontade de ampliar seus horizontes, como deve ser o caso de Iñárritu, fico imaginando o sentimento de quem, por sobrevivência até, lança-se (ou é lançado) ao desconhecido à procura de um lugar para simplesmente viver. Falando apenas do Brasil, um dos países que mais acolhem pessoas nessa situação, ocorre-me a lembrança de uma moça num restaurante em BH. Por alguns dias, tendo almoçado por lá algumas vezes entre setembro e outubro últimos, já que acompanhávamos nossa irmã/tia Guinha em tratamento médico, alguns de nós da família demos de cara com ela. Usando máscara, logo vinha nos perguntar, já sentados para o almoço, se queríamos beber alguma coisa. Melhor dizendo, era isso o que entendíamos. Com a boca coberta e num portunhol tímido de pouquíssimas palavras, nossa atendente se identificou para nós um dia como vinda da Venezuela a uma pergunta do meu irmão Zé sobre a procedência dela.
Como essa venezuelana, tantos outros apartados de sua terra há por aqui, tam-
bém bolivianos, haitianos e de outras nacionalidades. Refugiados ou não, não encontram vida fácil, a maioria formada por indivíduos menos favorecidos socialmente. Não bastassem os passos inseguros em solo estrangeiro no enfrentamento dos primeiros e previsíveis obstáculos, são vítimas de preconceito e tratados com desconfiança.
Falemos de esperança, no entanto, e de empatia em relação a eles. Disso estamos precisados. Sem a perspectiva esperançosa de acreditar que podemos ser pessoas melhores, seremos antecipadamente sempre vencidos. Sem o propósito desejável de nos colocar na pele do outro, estaremos sempre em nós mesmos perdidos. Cultivemos, pois a esperança e a empatia.
Para esta última matéria do ano, escolhi tocar em assunto tão sério como é o êxodo, aqui tratado, porém, de modo superficial dada a sua complexidade e pela limitação deste espaço, mas com a inquietação profunda que devem suscitar em nós o destino e a vida dos expatriados.
Histórias perturbadoras como as contadas por Sebastião Salgado devem nos importar. Afinal, somos todos humanidade. Perto ou longe de casa, um Natal de paz a todos com a expectativa possível de um bom 2023.
P.S.: Dedico o presente texto a Rosalvo Gonçalves Pinto (in memoriam), para sempre entre nós.
Cheguei a Cuba, no baixo Alentejo, sul de Portugal, por volta do meio-dia de 8 de novembro, onde passei dois dias em meio a coincidências e curiosidades. Ao deixar a estação de trem (comboio), deparei-me logo à esquerda, do outro lado da rua, com a “Hospedagem e Restaurante LULA”, de propriedade de Antônio Manuel Fialho Lula e que existe há 24 anos.
Depois do almoço, caminhei até o centro da cidade; na praça principal, encontrei uma estátua com os dizeres “CRISTÓVÃO COLON – Descobridor das Américas”. No centro de informações turísticas, ao lado, tomei conhecimento da versão difundida em Portugal sobre a origem de Cristóvão Colombo (originalmente, Colon), conhecido na historiografia como “o genovês”. Pela versão portuguesa, Colombo seria filho bastardo do infante D. Fernando (irmão do rei D. João II), o 1º Duque de Beja e 2º Duque de Viseu, com a dama da corte de nome Isabel da Câmara Zarco.
O nome de batismo de Colombo seria Salvador Fernandes Zarco, nascido em 26 de agosto de 1451 em Cuba-Beja e falecido em 1506 em Castilla y León (Espanha). Pela sua árvore genealógica (https://www.familysearch.org/),
Salvador seria neto paterno do rei D. Duarte I de Portugal e de Dª Leonor de Aragão e neto materno de João Gonçalo Zarco e Constança Rodrigues Zarco; portanto, bisneto de Gonçalo Esteves Zarco (13661430) e de Brites Eannes de Santarém. João Gonçalo era um navegador português, nascido em 1390 em Matosinhos (região do Porto) e falecido em 1471 no Funchal (ilha da Madeira).
Ainda por esta versão, Colombo pertenceria à mesma árvore genealógica da paulista Ângela de Goes de Almeida, da qual descendem os Pinto de Goes e Lara e os Almeida que se uniram aos Resende e aos Ribeiro da Silva na antiga comarca do Rio das Mortes, atual região de São João del-Rei. Mais precisamente, são descendentes de Gonçalo Esteves Zarco, de origem judaica, e de Brites Eannes de Santarém, ambos nascidos no Funchal, ilha da Madeira.
De acordo com Carlos Calado*, estudioso da vida de Colombo e criador do Núcleo de Amigos da Cuba, o “nobre navegador português”, atendendo estratégia do Rei D. João II, infiltrou-se na Corte dos Reis de Castela, “como se estivesse perseguido e em fuga, sob o falso nome de Cristóvão Colon. Devido a essa estratégia, todos os seus documentos foram destruídos, rasurados ou alterados”. Daí ter ficado “conhecido, erroneamente, pelo nome ´Colombo´”.
Entre as pistas que Calado apontada, encontram-se cerca de 40 topônimos, muitos deles alentejanos, que Colombo atribuiu às
terras (ilhas) do Novo Mundo. São os casos da 1ª ilha: S. Salvador (seu nome); 2ª ilha: Stª Mª Conceição (convento); 3ª ilha: Fernandina (seu pai); 4ª ilha: Isabela (sua mãe); e 5ª ilha: Cuba (local de nascimento). Também repetiu e cruzou nomes, como S. Vicente (igreja matriz de Cuba) a um local de S. Salvador; ainda chamou de S. Salvador a baía onde ancorou em Cuba; e de Fernandes a baía onde ancorou em S. Salvador.
Cristóvão Colombo tinha ligação com o símbolo das “três romãs abertas”, de acordo com Calado. Na Sala dos Almirantes do Alcázar de Sevilha, há o quadro “A Virgem dos Navegantes”, do pintor espanhol Alejo Fernandez, onde figura o “Almirante Don Cristobal Colon”. Ele tem o seu manto decorado com o motivo das três romãs abertas, dispostas em triângulo. No seu túmulo em Sevilha, um dos arautos que transporta a urna tem a sua lança cravada numa romã.
Em Cuba, há um portal decorado em baixo relevo com ramagens e as três romãs abertas dispostas em triângulo, exatamente como no manto do quadro “A Virgem dos Navegantes” em Sevilha. Segundo Calado, esse portal é o único vestígio conhecido que resta do Paço Ducal em Cuba, onde teria nascido Colombo e que ruiu antes de 1585.
Por fim, Calado cita um retrato que Colombro deixou, depois de completar a sua missão em Castela (“sem poder regressar à sua pátria”), com os símbolos que indicam as suas origens: “As romãs abertas do portal do Paço do Duque de Beja, existente em Cuba”.
Já não circulam manuais dizendo que Colombo é genovês, mas os espanhóis também reclamam Colombo, diz o técnico José Roque da Câmara Municipal de Cuba. Muitos dos professores de História nas escolas portuguesas deixam no ar a dúvida sobre a origem de Cristóvão Colombo, complementa o professor Paulo Sérgio Pinto, da Escola Secundária de Resende. “Genovês, castelhano, português?”
No campo das coincidências, está o vinho de talha, produzido artesanalmente com base em processo utilizado pelos romanos há mais de dois mil anos. A partir de janeiro de 2023, mês da posse de Lula da Silva, a Quinta da Pigarça deve iniciar a venda no Brasil do seu vinho de talha, diz João Canena, dirigente desta empresa familiar que engloba as Adegas de Cuba e da Vidigueira. A quinta já exporta para Rio e São Paulo e para a América do Norte o vinho de denominação de origem controlada do Alentejo das marcas “100 Marias” e “Quinta da Pigarça”.
Localizada em Cuba, a quinta tem uma área de 25 hectares de vinha, sendo três quartos de uvas tintas, e o restante, de brancas.
“Utilizamos castas antigas que estavam em extinção, provenientes de vinhas velhas que temos estado a replantar, recuperando-as”, explica João Canena. A Adega de Cuba,
situada ao lado da igreja matriz S. Vicente, é de 1900 (com alvará de destilaria de 1937). Já a Adega Museu do Vinho da Talha, instalada em antigo convento do século XIV no município da Vidigueira, faz parte da rota das adegas criada recentemente.
O vinho de talha é o que distingue a Quinta da Pigarça. A adega dispõe de 60 talhas de argila com capacidade para aproximadamente 1500 litros cada, onde se elabora a maior parte dos vinhos da família. A talha de barro mais antiga é de 1655, e há talhas dos séculos XVIII e XIX e de início do século XX, seguindo a vinificação que é realizada no Alentejo desde a época romana. Recentemente, foram adquiridas na Espanha 10 talhas dos anos 1800, com capacidade para cerca de 8 mil litros.
A vindima (colheita) é feita manualmente e as uvas são escolhidas com rigor. Depois são transportadas para a adega onde são vinificadas em lotes de acordo com o tipo de vinho a que se destinam. Ao se desengaçar as uvas (retirar os bagos), alguns engaços são deixados inteiros para mais tarde servir de filtro ao vinho dentro das talhas. Durante cerca de três semanas, as massas são revolvidas duas a três vezes por dia com o chamado “pau romano” até a fermentação baixar a sua intensidade.
No dia de São Martinho (11 de novembro), ocorre a abertura das vinhas novas e o começo das provas. Mais adiante, é hora de pôr a limpo os vinhos que escorrem normalmente por uma torneira de madeira até ao fim, saindo naturalmente filtrados e brilhantes. A parte sólida da uva é extraída manual-
mente da talha. O vinho resultante da prensa das massas é incorporado novamente na talha de argila.
Depois da fermentação alcoólica, o vinho é guardado em barricas de barro (dos anos 1800), onde estagia de seis meses a um ano para micro-oxigenar e apanhar mineralidade e terrosidade. Além da pequena quantidade de sulfitos, o barro torna o vinho mais macio e melhor para o consumo do que a madeira.
Um evento cultural em Cuba é a celebração, no Dia de São Martinho, da abertura das talhas e do ritual da prova do vinho novo. As manifestações populares constituem-se de rotas pelas adegas, petiscos, tasquinhas, “caminhada pelas vinhas centenárias”, apresentações de grupos corais e cante alentejano (gênero musical tradicional do Alentejo) e conferências sobre o vinho de talha.
Tanto é que o vinho de talha de Cuba e dos municípios vizinhos Vidigueira e Alvito é candidato a patrimônio imaterial da humanidade. Espera-se que em dois anos essa forma milenar de fazer vinho se junte ao cante alentejano e ao fado como patrimônio da Unesco.
A Vila de Cuba, pertencente ao distrito de Beja, no baixo Alentejo, é sede do município com pouco mais de quatro mil habitantes (2021). Cuba fica a cerca de 20km de Beja e a aproximados 70km de Évora. Quem nasce na Cuba portuguesa é denominado cubense.
O conselho de Cuba foi criado por alvará de Dª Maria I de 18 de setembro de 1782; antes pertencia a Beja. Atualmente, pertencem a Cuba, além da sede, as aldeias
Além das vinhas e das azeitonas, a produção de grãos é outra atividade econômica relevante em Cuba. Mas, em meio à polêmica dos direitos humanos na Copa do Mundo do Catar, a agricultura cubense viu-se às voltas com uma megaoperação policial, divulgada pela imprensa portuguesa. São suspeitas de exploração em condições sub-humanas e de semiescravidão de centenas de trabalhadores estrangeiros, principalmente asiáticos, em campos agrícolas do baixo Alentejo e do centro do país.
A operação da Polícia Judiciária, que envolveu mais de 400 inspetores, realizou em 23 de novembro 60 buscas e deteve cerca de 40 pessoas. São suspeitos de ficar com os ordenados das vítimas, pagos pelos empregadores, e fazer fortuna, ostentada por vários sinais exteriores de riqueza. Contariam ainda com a colaboração de uma solicitadora da Vila de Cuba para a criação de empresas-fantasma e falsificação de documentos.
As vítimas são atraídas nos seus países de origem para uma vida melhor em Portugal, com direito a alojamento, condições de trabalho e salários dignos, mas tudo não passa de um logro. Para isso, a rede organizada a partir do distrito de Beja conta com angariadores no Leste da Europa (Ucrânia, Romênia etc.), além de países como Índia, Paquistão ou Timor.
Esses trabalhadores ficam em dívida com a rede, que cobra pelas viagens, logística e alojamento milhares de euros que as vítimas não podem pagar. Como estão ilegais no país, ficam vulneráveis e sujeitos a trabalhos pesados com raro descanso e escassa recompensa. A maior parte do ordenado é retida na fonte pelos capatazes que são, em geral, compatriotas das vítimas. (J.V.R)
de Vila Alva, Vila Ruiva, Faro do Alentejo e Albergaria dos Fusos. A presença romana deixou marcas visíveis no concelho, segundo Emília Salvado Borges. Mas poucos são os vestígios dos muitos séculos de dominação árabe.
Na maior parte do período posterior à Revolução de 25 de abril de 1974, Cuba é dirigida pelo Partido Comunista Português (PCP), em coligação com os Verdes, escolhido pelo voto popular. A presidência da Câmara Municipal (equivalente a Prefeitura no Brasil) vem sendo controlada pelo PCP nos períodos 1974-1997 e 2014 até agora (a exceção é o período 1998-2013 quando o município foi dirigido pelo Partido Socialista).
*Carlos Calado cita em seu apoio os livros: O português Cristóvão Colombo, agente secreto do Rei D. João II (de Mascarenhas Barreto); A vida de Cuba em 1706 (de J. Figueira Mestre); O mistério Colombo relevado (de Manuel daa Silva Rosa); e O Concelho de Cuba (de Emília Salvado Borges).
Fim de noite de sábado. Triste e silenciosa. Você, dolorido, me chamou com voz fraca e rouca. Eu me aproximei do leito semiescuro, ali onde o barulho da grande cidade não chegava. Seu sussurro sumia tanto, que tive que chegar o ouvido esquerdo bem perto dos seus lábios. As palavras saindo com dificuldade, e lágrimas profundas minando dos seus olhos.
“Não tenho medo da morte. Não quero é sofrer e nem ver vocês sofrendo.”
Busquei apaziguá-lo, desejando-lhe força quando na verdade eu sabia que somos tomados de muita fraqueza. Da sua boca, o pedido:
“Quero ir pra casa, pra minha terra.”
Eu lhe dizendo na sequência que para sua casa não seria possível, que ficar num hospital era mais necessário por haver mais recurso. Do fundo da minha agonia, eu ali buscando alívio para sua dor, a psicológica. Porque a dor física, entregue nas mãos de médicos e enfermeiras, já estava, parecia, sob controle.
“Sei que vou morrer: hospital pra quê?”
Eu lhe dizendo tanta coisa,
sabendo no fundo que nada está no nosso controle. Uma sensação de incapacidade, o momento exato em que nossa essência falível vem à tona com toda a força, e ficamos sem saber o que fazer, que palavras dizer ao certo, que atitude tomar. Expliquei-lhe da necessidade do hospital, falei do fato de os remédios na veia serem mais eficazes. E acrescentei que, se você quisesse, poderíamos pedir sua ida para o hospital de nossa cidadezinha.
“Isso, quero isso. Na minha terra, perto do pai e de todo mundo.”
Garanti-lhe que faria de tudo para atender ao seu desejo. Conversei com as enfermeiras e depois com o médico de plantão. E seu retorno para nossas raízes foi acordado. Ainda demoraria dois dias e meio para isso ocorrer, mas seu desejo foi atendido.
Na mesma noite ainda, naqueles mesmos instantes, voltei para o seu lado depois de conversar com o médico. E você tomava nova medicação. Morfina quase que sempre, ininterrupta. Sua esposa e filho conversavam, a tevê ligada, sua vida me olhava de modo intenso. Num repente seus
Quanta “chegada” realizamos na vida!
Chegada da rua. Chegada da casa de nossos pais. Chegada de viagem.
Chegada do aniversário. Chegada da formatura. Chegada do primeiro pagamento. Chegada do casamento.
Chegada dos filhos. Chegada das muitas bodas. Chegada das aposentadorias.
São “chegadas”. São tempos passados. Vividos. Irrepetíveis, pois não são repetição de nada. São lembranças, mais ou menos intensas. Até saudades.
As “chegadas” parecem se revestir de algumas notas características: alegria, satisfação e até alívio... “coisa boa é chegar em casa”.
As “chegadas”, entretanto, não parecem ter, obrigatoriamente, a conotação de um recomeço. Podem conter essa dimensão, pois pode-se chegar para se retomar; pode-se chegar para se partir mais uma vez; pode-se chegar para enveredar por outros caminhos. E pode-se chegar até para esquecer: “Ufa, que luta, até que enfim!”
Por outro lado, é certo que o encanto das chegadas é proporcional à sua expectativa. Quanta gente concorda com o dito popular: “O melhor da festa é esperar por ela.” Não por nada, o Pequeno Príncipe já dizia: “Se vens às quatro da tarde, desde as três começarei a ser feliz”. É assim: há expectativas de chegada que aclaram noites
olhos e bocas me chamaram atenção para o televisor, onde se dava uma notícia de algo tão comum neste mundo, no nosso país. Num bar da zona sul desta cidade, uma cena de violência. Dois rapazes, à mesa, tinham trocado um beijo, um selo simples, e um deles, quando depois se dirigira ao banheiro, fora espancado por alguns homens que diziam não ser ali um lugar para pessoas anormais. Você só acenou com seu braço fino e roxo mostrando veia sofrida. Acenou, e a boca fraca dizendo forte:
“Isso é muito triste; presta atenção!”
Concordei com gesto e palavras e me voltei para lhe perguntar se você estava com sede, se queria água.
“Um pouco só”.
Tomei da água e lhe matei a sede, sempre eterna. Continuei do seu lado por mais um tempo sem tempo. Vez em quando seus olhos se fechavam em cochilos necessários. Até que, num certo ponto, seus olhos se abriram por saberem que já estava quase na hora de eu sair. Seu filho ficaria na sua companhia durante a madrugada, e sua esposa dormiria em minha
casa.
Dois dias e meio depois, na terça-feira, a hora da sua volta. Precisamos sempre voltar. Eu tinha que dar aula às 13h10min, já era mais de meio-dia, e cruzar esta cidade não é fácil. Chegou a hora da despedida. Você me acenou, e eu segurei sua mão fragilizada.
“Me perdoa” – sua boca e seus olhos me disseram dolorosamente.
Inclinei-me sobre o seu rosto, beijei-lhe a testa tão raquítica agora, e lhe disse que não havia nada o que perdoar.
“Por tudo o que te fiz”. Minhas lágrimas vieram ao socorro das suas. Beijei-lhe novamente, abracei seu corpinho tão apequenado pela enfermidade, e busquei palavras com que arrancar-nos do sofrimento. Argumentei, como São Paulo o faz numa de suas cartas, que agora não éramos mais crianças, que éramos adultos e que tínhamos deixado para trás as coisas de crianças. Você não entendeu a alegoria. Parafraseei o já dito, e lhe expliquei que já tínhamos nos tornado mais maduros, mais atentos às coisas da vida, mais unidos pela expe-
riência que nos aproximara tanto ao longo dos anos. E arrematei: águas passadas não movem moinho.
Naquele instante, vidas inteiras passaram por minha cabeça. A sua vida e a minha. Creio que todo o filme, imenso e sempre inacabado, também lhe atravessou a mente sofrida. Beijei-lhe a esguia face novamente, antes de sair do quarto. Unidos, nós dois.
Fui revê-lo uma semana e dois dias depois. Você estava parado para sempre, deitado sem dor e agonia como águas plácidas não mais movendo moinhos.
sombrias, enfeitam ocasiões frustradas, despertam sorrisos onde lágrimas seriam naturais.
Advento, chegada.
Agora, estamos numa “chegada” especial: todo ano, por quatro semanas, a gente se põe em movimento, em clima de “chegada” para a comemoração do nascimento de Jesus. Ele não vai chegar. Já veio, ficou, morreu e “está no meio de nós” ressuscitado. Mas somos convidados a “chegar”. Somos convidados a nos preparar, a nos movermos em expectativa para a celebração da memória, da lembrança do Menino que nos relembra tantos outros meninos.
Por que tanta preparação para alguém que não vai che-
gar? Por que todo ano repetir esta festa cheia de luzes, de cores, de canto?
Ora, não fazemos isso, a cada ano, para as pessoas a quem amamos? Não fazemos isso para as pessoas que dão sentido às nossas vidas? Não fazemos isso para as pessoas que completam nossas existências? Para as pessoas que nos ajudam a transformar nossas dores em alegria e saúde?
Vai chegar o Natal. Está chegando. Se não houver motivos para celebrá-lo, nem sequer vamos conseguir esperá-lo. O menino que foi Jesus já se foi. Agora “está no meio de nós”, como fonte de esperança, luz para os momentos de trevas, alegria para nossos amores, for-
taleza para nossos sofrimentos. Preparar a celebração de sua memória é o caminho que fazemos nesta “chegada”.
Chegada que pode ter novas cores, que pode significar uma retomada de caminho. Já que não faz muito sentido ver Jesus como linda criancinha num presépio, dele pode nos vir a inspiração de, em seu lugar, vermos outras crianças ali deitadas, crianças que não têm quem cante para elas: parabéns pra você.
Advento. Chegada: luzes, flores, sons. Imensa solidariedade. Crianças mil.
*Professor aposentado da UFSJ, membro da Academia de Letras de São João del-Rei.
Texto atualizado em 4 de dezembro, com o acréscimo do quadro de Filomena de Lourdes Resende
JOSÉ VENÂNCIO DE RESENDENo último dia 15 de outubro, completaram-se cinco anos da morte de Deizinho. O melhor exemplo de que sua memória está viva é a sua arte espalhada por residências e estabelecimentos comerciais em Resende Costa, Belo Horizonte, São Paulo e sabe-se lá onde mais. Os dotes artísticos de Daniel Fernandes dos Reis Resende, filho de Orestes Resende, o Orestes seleiro, e de Luiza Resende, manifestaram-se já na idade adulta.
Algumas décadas atrás, Deizinho apareceu em casa em São Paulo com um tapetinho artesanal trazendo o logo do Palmeiras. Acredito que ele tenha sido o primeiro a imprimir a marca dos clubes de futebol no tapetinho típico de Resende Costa. Pena que não tenha dado sequência ao projeto.
Ainda em São Paulo, minha irmã Berenice Resende preserva dois quadros, um representando um piquenique e o outro o casarão de José de Resende Costa na praça da matriz em nossa cidade, que foram presenteados por Deizinho.
De capital para capital, no apartamento de Olga Maria Resende Coelho, a Guinha, em Belo Horizonte, existe uma tela da fachada da casa da família do Adenor Coelho. O quadro foi um presente de Regina Coelho para a irmã. “Encomendei
esse trabalho ao Deizinho.”
Em Resende Costa, a Sorveteria Zero Grau mantém um quadro da Rua Gonçalves Pinto, que foi presente de Deizinho a Edney Silva. Duas telas de paisagens encontram-se no sítio de Janete do Carmo Chaves, no Povoado de Ramos, divisa de Resende Costa com Ritápolis.
É possível que existam obras de Deizinho perdidas por aí, como o quadro que se encontra no sítio de José Antônio de Resende, o Zainha do restaurante Xegamais. Quem souber de outras obras de arte de
Uma tecnologia inovadora, desenvolvida pelo aluno João Marcus Callegari no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica do CEFET-MG, pretende melhorar a eficiência e a confiabilidade de inversores fotovoltaicos (eletricidade que vem do sol) conectados à rede elétrica, possibilitando reduzir o custo dos sistemas e torná-los cada vez mais acessíveis à sociedade. A ideia foi tema de sua dissertação “Minimum
Dc-Link voltage control strategy for efficiency and reliability improvement in two-stage photovoltaic inverters”, sob orientação dos professores Allan Cupertino (CEFET-MG) e Heverton Pereira (UFV).
O trabalho conquistou o primeiro lugar na Student Thesis Contest 2022, categoria Non-PhD, promovida pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), líder mundial no avanço da ciência e tecnologia, ao integrar teoria e prática na aplicação de sistemas elétricos e eletrônicos para o benefício da
Deizinho, pode manifestar-se que incluo nesta publicação.
Mais uma pintura de Deizinho aparece em Resende Costa. Ângela Maria Resende informa que seu irmão Matias terá comprado o quadro para sua mãe Filomena de Lourdes Resende. E Ângela ainda faz uma revelação: “o Deizinho foi a primeira pessoa que chamou minha atenção para a minha capacidade aeróbica quando eu era adolescente. Hoje eu corro. Vou correr a volta da Pampulha e a São Silvestre”.
sociedade. “A tecnologia desenvolvida permite reduzir os custos operacionais do inversor fotovoltaico, por meio do aumento da sua eficiência e vida útil. O preço reduzido do inversor sugere maior acesso aos sistemas fotovoltaicos por parte da sociedade com menor poder aquisitivo”, explica João Marcus.
Os módulos fotovoltaicos têm uma garantia de produção energética de 25 anos, mas a maioria dos fabricantes de inversores dá garantia de 5 a 10 anos. Durante a vida útil do sistema, pode ser necessário substituir o
Paulo, prefeito em exercício de Resende Costa, é eleito o novo Presidente da Trilha dos Inconfidentes
VANUZA RESENDEO Circuito Turístico Trilha dos Inconfidentes elegeu, no dia 14 de dezembro de 2022, sua nova diretoria executiva para o biênio 2023 - 2024. A assembleia, que contou com a presença de prefeitos e representantes dos municípios que fazem parte do Circuito, aconteceu na nova sede do CIGEDAS em São João del-Rei. Foi eleito presidente do Circuito Trilha dos Inconfidentes o prefeito em exercício de Resende Costa, Lucas Paulo de Assis Vale, e vice-presidente José Antônio Alves Donatinho, de Santa Bárbara do Tugúrio.
Lucas Paulo falou sobre a expectativa de assumir a presidência do Circuito. “Agradeço a confiança dos prefeitos por me darem essa oportunidade para conduzir a Trilha dos Inconfidentes no novo biênio. Gostaria de reforçar que o Circuito tem um papel muito importante para o turismo da região. Hoje são 26 cidades, a gente observa o crescimento do Circuito nos últimos anos, e dar continuidade a esse crescimento é um desafio. Acredito na equipe que a Trilha dos Inconfidentes tem e em todo o suporte oferecido aos municípios. O turismo e a cultura têm papel fundamental para o desenvolvimento da região, principalmente na geração de empregos e desenvolvimento econômico. Vamos seguir juntos trabalhando com todos os prefeitos e secretários para que a nossa região, que tem um grande potencial, se desenvolva cada vez mais no quesito turístico e desenvolvimento econômico”.
Além da eleição da nova diretoria, foram aprovados na assembleia o planejamento do
inversor duas ou três vezes, elevando o custo total e a viabilidade dos sistemas fotovoltaicos. “A motivação para o trabalho, portanto, está no desenvolvimento de uma estratégia de controle embarcada, que permita estender a vida útil dos inversores fotovoltaicos e aumentar a competitividade dos sistemas frente às outras fontes de energia”, explica João Marcus.
A estratégia foi implementada em um inversor fotovoltaico comercial de 1.5 kW, facilmente encontrado no mercado. A performance do equipamento, de acordo com o pesquisador, foi satisfatória
Circuito para 2022, o novo valor da mensalidade e novos projetos para os 26 municípios que fazem parte da Trilha dos Inconfidentes.
A nova diretoria do Circuito Turístico Trilha dos Inconfidentes ficou composta pelos seguintes nomes e respectivos cargos:
Presidente: Lucas Paulo de Assis Vale – prefeito municipal em exercício de Resende Costa; Vice-presidente: José Antônio Alves Donatinho – prefeito municipal de Santa Bárbara do Tugúrio.
2º vice-presidente: Marcio Antônio Pinheiro – prefeito municipal de Dores de Campos;
1º secretário: Higino Zacarias de Souza – prefeito municipal de Ritápolis;
2º secretário: Fúvio Olímpio de Oliveira Pinto – prefeito municipal de Coronel Xavier Chaves.
em comparação com a estratégia de controle convencional. “Uma redução do estresse térmico do equipamento resultou em uma queda de 62 % da probabilidade de falha do inversor. Foi mostrado que a vida útil do inversor aumenta de forma significativa com esta proposta para quase 30 anos de operação, especialmente devido à redução de perdas e estresse térmico dos seus componentes”, afirma.
FONTE: Secretaria de Comunicação Social (SECOM / CEFET-MG)
Tecnologia para energia limpa de aluno do CEFET-MG recebe prêmio internacional
São João del-Rei vai ter, em breve, uma Associação de Assistência aos Condenados (APAC) juvenil – voltada para o acolhimento de menores infratores. A unidade será a segunda do Brasil. A primeira está na cidade de Frutal. A sede vai ser construída em frente à atual APAC, situada na BR 265, próximo ao trevo do Bonfim.
A cerimônia de inauguração da pedra fundamental e de início das obras foi realizada na quinta-feira 1º de dezembro, na quadra da associação. Estiveram presentes membros da rede nacional APAC, recuperandos das unidades masculina e feminina, integrantes da prefeitura municipal, vereadores, Polícia Militar, dentre outras autoridades.
Em pronunciamento, o presidente da APAC da cidade histórica, Antônio Carlos de Jesus Fuzatto, disse que esta é uma conquista memorável, e que os próprios recuperandos vão construir a APAC Juvenil. Garantiu que todos vão se empenhar ao máximo para entregar uma unidade de excelência em menos de seis meses.
O juiz da 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca de São João del-Rei, doutor Ernane Barbosa, também participou da solenidade. Falou sobre os desafios que a instituição encontrará pela frente. “A sociedade de São João del-Rei não deve esperar um milagre, a mudança de um dia para outro. A mudança virá com o tempo, sabemos que será um grande desafio modular a metodologia APAC, para adaptar à execução da metodologia socioeducativa. Teremos que operar grandes mudanças de paradigmas para recuperarmos os adolescentes infratores. Será preciso estudar com afinco a origem do desvio de personalidade de cada um deles, buscar a razão do envolvimento com as drogas e criminalidade, estudarmos a personalidade de cada um dos adolescentes para traçar um programa que possa, com eficácia, recuperar esse jovem infrator”.
A APAC vai receber recurso na ordem de R$ 100 mil da prefeitura municipal para dar andamento às obras da nova unidade. O anúncio foi feito pela secretária de governo, Adriana Rodrigues, que alegou ser uma grande satisfação fazer parte dessa história.
Um grupo de reeducandos
da APAC Juvenil de Frutal veio para a cerimônia. Eles fizeram uma apresentação musical que emocionou a todos. Inclusive, os recuperandos puxaram palmas para engrandecer ainda mais o momento.
Vale lembrar que, inicialmente, a unidade vai receber apenas reeducandos do sexo masculino. Mas, em um futuro próximo, a intenção é expandir para as reeducandas.
Na noite de 06 de dezembro, uma moradora da cidade de Ritápolis (MG) entrou em contato com o 193 – telefone de emergências do Corpo de Bombeiros. De acordo com a solicitante, seu bebê, um menino de apenas 25 dias, aparentava não estar respirando após ter sido amamentado. Disse ainda que o menino já não conseguia sequer chorar e estava ficando com a boca arroxeada.
Imediatamente, o Cabo Morais, militar que atendeu a ligação, encaminhou a Unidade de Resgate até o local e passou a orientar a mulher sobre as manobras de desobstrução. “É importante manter a calma neste tipo de situação e é nosso papel tentar tranquilizar quem está do outro lado da linha. O ideal é que alguém fique com o telefone recebendo as orientações e as repasse para uma outra pessoa, que executará as manobras. Felizmente, conseguimos ter sucesso nesta ocasião”, explicou.
Familiares acionaram o telefone de emergências do Corpo de Bombeiros de São João del-Rei, no último dia 30 de novembro, e informaram que uma senhora estava engasgada. A via respiratória teria sido obstruída por um pedaço de carne. De imediato, o Cabo Sena, militar que atendeu a ligação, acionou a equipe de resgate e a encaminhou para o local.
Enquanto a viatura se deslocava, o bombeiro explicou para os solicitantes o procedimento a ser adotado para auxiliar na desobstrução. Alegou que “neste tipo de situação, temos que orientar via telefone, pois como a vítima não está respirando, cada segundo é fundamental. Por isso, expliquei sobre como fazer a manobra de Heimlich, que é o modo mais eficaz de conseguir a desobstrução”.
Após as primeiras orientações, percebeu que os parentes não estavam conseguindo entender bem o procedimento. Então, teve a ideia de fazer uma vídeo-chamada. “Como todos estavam muito nervosos, notei que as orientações por telefone não estavam surtindo efeito. Por isso, tive a ideia de anotar o telefone de uma das pessoas que estavam próximas e utilizar um aplicativo de mensagens para realizar uma chamada de vídeo. Assim, pude observar o que estava sendo feito de errado e também pude corrigir, tornando a ação mais eficiente”.
Cerca de 70% do serviço de terraplanagem e 1,3 km de aplicação de massa asfáltica estavam concluídos até o início de dezembro no trecho de 4,7 km da rodovia que liga Coronel Xavier Chaves a Resende Costa, informou o secretário xavierense de Obras e Urbanismo, Romilson Meiro de Sousa. A aplicação da massa asfáltica começou no final de novembro.
O contrato para a pavimentação do trecho pertencente ao município de Coronel Xavier Chaves foi assinado no dia 6 de maio pelo prefeito Fúvio Olímpio, o que significa que a obra segue dentro do prazo previsto. Presente ao evento de oficialização da obra, o prefeito em exercício de Resende Costa, Lucas Paulo, assegurou a pavimenta-
ção dos restantes 1,5km.
Com investimento estimado em R$ 3,6 milhões de reais, a obra é considerada relevante para o porte do município por ser a maior já realizada em toda sua história. Segundo Fúvio Olímpio, é uma anti-
ga demanda da comunidade e uma conquista da atual administração. Além de beneficiar a comunidade local, o asfaltamento da estrada vai facilitar a vida de turistas que circulam entre as duas cidades, evitando assim voltas desnecessárias.
Ainda segundo os Bombeiros, após alguns instantes, o bebê já chorava. “Quando ouvi o choro da criança, a sensação foi de emoção e alívio. Nestes casos, o choro audível é um ótimo sinal, pois indica que já há passagem de ar”, concluiu. Quando os Bombeiros chegaram, o menino já estava respirando normalmente. De acordo com o Sargento Márcio, chefe da equipe de resgate, “graças à atuação bem-sucedida do nosso militar, nos deparamos com o bebê bem tranquilo, no colo da mãe. Aproveitamos a ocasião para explicar aos familiares sobre o procedimento a ser adotado nestes casos”.
Mãe e filho foram encaminhados para a Santa Casa para avaliação médica.
Uma senhora de 78 anos, em São João del-Rei, que se engasgou com um pedaço de carne, foi salva via vídeo-chamada por um bombeiro
Após alguns instantes, viu que a vítima já conseguia respirar, ainda que com certa dificuldade. A Unidade de Resgate foi até o local e a encaminhou para atendimento médico.
Sena concluiu que “é parte importante do nosso trabalho saber identificar uma situação de risco e conseguir atuar nestes casos. Fico feliz em pensar que ajudei a salvar uma vida”.
Destaque veio com o projeto Minas+Vertentes, dedicado a proteger fontes naturais de água. Até agora, foram isolados 14 mil metros de área
“Deus deu a água pra que a gente possa cuidar”. A frase é de Seu Edson Paiva, produtor rural de 76 anos e dono apaixonado do Sítio da Capetinga, em Coronel Xavier Chaves. Na verdade, o imóvel foi comprado por ele décadas atrás com um único objetivo: preservar toda a água do lugar, a começar por quatro nascentes (também conhecidas como minas, olhos d’água ou mananciais) que já perdiam força no terreno. “Fiz a minha parte satisfeito. Mas era tudo improvisado, sem muita técnica, sabe?”, se recorda.
Não por outro motivo, Seu Edson abriu o sorriso e todas as porteiras quando representantes do Sicoob Credivertentes apareceram por lá, em 2021. Desta vez,
o assunto não era Crédito, mas Conservação. “Lembro como se fosse hoje do convite. Pra mim foi uma bênção”, diz em respeito ao Minas+Vertentes, projeto de Responsabilidade Ambiental da instituição que, em 2022, está entre os nalistas do Prêmio SomosCoop Melhores do Ano, realizado pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).
A iniciativa, lançada há três anos, transformou uxos hídricos e a vida de pelo menos mil pessoas nas zonas rurais de seis municípios. Como? Cercando em 2020 e 2021, gratuitamente, 40 mananciais. Ou, em outras palavras, protegendo água desde a fonte em 22 propriedades de São Tiago, Ritápolis, Resende Costa, São João del-Rei, Prados e Coronel Xavier Chaves – onde Seu Edson mora.
Até agora, na ponta do lápis, 14 mil metros de área foram isolados com apoio técnico e materiais sustentáveis como moirões, arame, balancins. Tudo custeado pelo Sicoob Credivertentes. E mais: a meta é ultrapassar a marca de
50 nascentes bene ciadas nos próximos meses, quando serão isolados mais 7km de área hídrica em Madre de Deus de Minas e Piedade do Rio Grande. Com isso, a Cooperativa terá investido em prol de suas comunidades, só com o Minas+Vertentes, mais de R$335 mil.
Em 2020, o Minas+Vertentes foi indicado ao Prêmio José Costa, realizado pelo Diário do Comércio em parceria com a Fundação Dom Cabral. Agora, veio a surpresa da seleção para o SomosCoop 2022. Neste ano, segundo dados da própria OCB, foram inscritas 787 iniciativas em seis categorias.
O Sicoob Credivertentes está entre os três nalistas na área de Desenvolvimento Ambiental e os resultados serão divulgados em Brasília no dia 7 de dezembro. “Essa notícia nos alegra e, ao mesmo tempo, nos motiva a persistir numa proposta que não vai mudar o mundo todo, mas pode transformar o mundo de milhares de pessoas ao nosso redor. Água limpa e uida é um direito e, acima de tu-
do, vida”, explica Elisa Coelho, supervisora de Comunicação e Marketing da Cooperativa.
Seu Edson que o diga. “Há muito tempo eu não ouvia o barulho da água caindo no meu quintal. Pouco depois do cercamento, ela já chegava forte e limpa aqui. Dá até pra beber”, comemora. Em 2021, dona Neli Paiva, de Ritápolis, havia comentado algo parecido: ”A gente só tinha água de córrego. Então era assim: de vez em quando, o cheiro dela era ruim e a gente não podia usar. Na seca, não sobrava uma gota; se chovia muito, enchia de lama. Depois que cercaram a mina ali em cima, tudo mudou”.
Para o presidente do Conselho de Administração do Sicoob Credivertentes, João Pinto de Oliveira, esses depoimentos sinalizam, também, a força da Cooperação. “Uma Cooperativa de Crédito tem funções que vão muito além da estabilidade no mercado. Ela tem propósitos sociais, humanistas, comunitários. Com projetos como o Minas+Vertentes, ca claro que desenvolvimento também é sinônimo de dignidade e cidadania”, encerra.
Durante o feriado prolongado da Proclamação da República, 21 motoristas foram autuados por dirigir sob o efeito de bebidas alcóolicas, nas rodovias da região. O número mais que triplicou em relação ao ano passado, quando houve seis autuações administrativas. A informação é da 13ª Compa-
nhia de Polícia Militar Rodoviária, que fiscaliza as estradas de São João del-Rei e outras 29 cidades.
A Operação Proclamação da República 2022, promovida pelas polícias Militar Rodoviária e Rodoviária Federal, monitorou as rodovias de forma ostensiva e preventiva, entre às 07h da sexta-feira, 11 de novembro, e às 23h59 da terça-feira, 15 de novembro.
Além das autuações, sete motoristas foram presos por
embriaguez ao volante. Ainda de acordo com o balanço, houve cinco acidentes – um com vítima fatal. O número de veículos removidos por estarem em situação irregular ou outros motivos disparou. Foram 76 ao todo, enquanto em 2021 foram apenas 10. O mesmo aconteceu com carteiras de habilitação recolhidas. O índice dobrou, chegando a 24. Um motorista foi flagrado traficando drogas e outros 13 com posse de entorpecentes.
Na madrugada de domingo, 11 de dezembro, por volta das 6h, as polícias Civil e Militar foram acionadas após a ocorrência de um assassinato em Santa Cruz de Minas. Após uma confusão em um evento que estava ocorrendo em uma casa de festas, um jovem de apenas 20 anos foi assassinado.
A vítima foi atingida por disparo de arma de fogo feito por um indivíduo de 18 anos e faleceu no local. Segundo um dos seguranças que foi testemunha do crime, o criminoso havia arrumado confusão no interior do estabelecimento com mais dois indivíduos, tendo eles sido colocados para fora pelos seguranças.
Depois disso, um dos baderneiros, já do lado de fora da casa de shows, foi visto com dois chinelos na mão e, em seguida, jogou o chinelo no chão, abaixou e atirou contra a vítima L. de J. T. P., que trabalhava como segurança. Em seguida, o
assassino fugiu.
Quando uma viatura da polícia chegou ao local, pessoas estavam tentando fazer a reanimação da vítima. Testemunhas disseram que o criminoso havia corrido para o meio de um pasto após efetuar os disparos. Uma ambulância do SAMU foi acionada e prestou socorro à vítima que não resistiu e faleceu no local. Um perito da polícia civil esteve na cena do crime e após os trabalhos de praxe liberou o corpo para o IML.
Com base nas informações fornecidas, os policiais foram até a casa da mãe do criminoso, a qual alegou que o mesmo não havia passado a noite em casa e não sabia do seu paradeiro. Na sequência, a polícia encontrou o infrator na frente da casa da namorada, e ao ser questionado onde ele estava no momento do crime ele mentiu e disse que estaria na casa de sua mãe, contradizendo a informação que havia sido repassada aos policiais. Foi então dada voz de prisão ao indivíduo, sendo ele
encaminhado para a delegacia de polícia de plantão. Ao ser preso ele ainda gritou para a namorada que “a casa caiu ” e “deu ruim, já era”.
Durante o registro da ocorrência surgiu uma imagem divulgada em grupos de rede social de um policial empunhando uma arma com as duas mãos.
O policial foi reconhecido e alegou que a imagem se tratava de momentos antes quando ele apenas empunhou sua arma, pois estava acontecendo uma briga no interior da casa de festa e que os indivíduos estariam quebrando as coisas e as jogando em sua direção. Ele afirmou que apenas estava empunhado a arma com as duas mãos e que logo após o fato deixou o local, não presenciando o homicídio.
Em observação a filmagens disponibilizadas fica evidente que o autor disparou a arma em direção a vítima com apenas uma das mãos, sendo ela a mão esquerda. Na presença de seu advogado o acusado confessou ser canhoto.
No dia 04 de novembro, houve eleições para composição da nova diretoria e do novo conselho do Athletic Club de São João del-Rei. O presidente eleito, Renato Luiz baccarini Filho, o Renatinho, que assumiu a direção no último dia 07, fala sobre os planos para a nova diretoria. “Trazer novos e resgatar os antigos sócios. É um trabalho que além do marketing, eu tenho que propor novas ideias recreativas para buscar o pessoal. Hoje em dia, muitas pessoas têm sítio, piscina, por isso temos que ser criativos e já estamos trabalhando nisso. Na praça de esportes, eu gostaria de ver aquilo lá como se fosse um mini resort; tem os apartamentos evidentemente, um lugar onde o sócio possa entrar e ter tudo lá, monitor para as crianças, mesa de frutas, uma coisa que vamos oferecer muito para o associado, para que ele frequente mais o clube e possa trazer novos associados também.”.
Outro destaque de investimento são os esportes especializados. “Nós vamos realmente agora investir pesado nos esportes especializados, basquete, vôlei, natação, futsal, esportes olímpicos. Nós vamos investir pesado, porque eu quero daqui um tempo, não é uma coisa rápida, mas quero ter uma equipe de vôlei ou basquete para competir nacionalmente. É uma coisa plausível, nós vamos conseguir fazer isso, através de trabalho. Nós estamos com vontade e garra.”
Atualmente, o clube oferece aulas de basquete, vôlei, natação, hidroginástica, academias de ginástica e futebol. Outro planejamento da nova diretoria é unir cultura ao esporte. “Penso também que nós temos que inserir um pouco mais na sociedade
em termos de cultura. Queremos abrir a nossa sede para exposições ou coisa do tipo, que ajudem o clube na sociedade como um todo.”.
Além de Renatinho, assumem o clube pelos próximos dois anos, com possibilidade de prorrogação por mais dois: Marcelo Cássio – vice-presidente financeiro; Marcelo Carvalho – vice-presidente de patrimônio; Flávia Baccarini Viegas – vice-presidente de marketing; João Francisco El-corab - vice-presidente de esportes especializados, e Walisson - vice-presidente social. As atividades do clube são divulgadas nas redes sociais: facebook. com/athleticlubsjdr e Instagram @athleticclubmg.
O Athletic foi um dos primeiros times do futebol brasileiro a se tornar SAF. No mesmo ano que se tornou clube empresa, o clube foi o Campeão do Interior e chegou à semifinal do Campeonato Mineiro Primeira Divisão. Em 2022, o clube foi vendido para um novo grupo, o Futbraz que tem como missão disputar o Estadual, Copa do Brasil e Série D no próximo ano. O presidente eleito, Renatinho, falou sobre as mudanças desde então. “É muito nova essa relação, vai ter caso que vai ter sucesso e outro que vai ter fracasso. Tivemos dificuldades nesse ano de SAF nosso, não podemos negar, mas o conselho e a diretoria conseguiram sair dessas dificuldades da melhor maneira possível, naquele momento. Lógico que outros problemas virão. O Athletic, hoje, tem uma parcela menor, ele vendeu a parcela maior, mas é uma sociedade, onde o pessoal da Futbraz briga pelos seus direitos, e você pode ter certeza de que vou brigar com unhas e dentes pelos direitos do Athletic. E os dois juntos vão conseguir com que o clube vá para frente”, conclui.
Tanto no inverno quanto no verão, o Ginásio Monsenhor Nelson sedia bons torneios de futsal. Entre os dias 14 de novembro e 3 de dezembro, dez equipes disputaram o último torneio de futsal do ano em Resende Costa. Um dos organizadores do Torneio de Verão, Cássio Almeida, fala sobre a organização da competição que fechou o ano esportivo 2022 no Monsenhor Nelson. “A organização em 2022 foi um pouco mais corrida devido ao calendário da Copa do Mundo ser praticamente junto com a data que estava prevista para o nosso torneio. Então, em praticamente 10 dias abrimos as inscrições, fizemos o sorteio e planejamos a parte prática do torneio”.
Dez equipes, todas do masculino adulto, participaram da edição
de 2022. O torneio contou também com a presença de times organizados pela escolinha Galaxy. Diferente do Torneio de Inverno, o de Verão não tem times de fora da cidade, como explica Cássio. “Por se tratar de um torneio de porte menor, principalmente se comparado ao Torneio de Inverno, buscamos dar prioridade para times do nosso município”.
As equipes foram divididas em duas chaves de cinco e os quatro melhores de cada chave se classificaram para as quartas de final. Os confrontos foram definidos entre melhor e pior campanha, chegando até a grande final. O título ficou com a equipe do Furões Ouro, que venceu o time do Tear por 6x1. Além do título, o Furões Ouro fez o artilheiro da competição (Ygor Guilherme - 14 gols) e ficou com a defesa menos vazada (troféu para o
goleiro Nandinho).
Cássio Almeida diz que “o torneio teve um ótimo nível técnico, com muitos jogos bem disputados e equilibrados. Como um dos organizadores do evento, fico feliz de sempre poder contar com as equipes tradicionais de Resende Costa e também de ver surgir novos times. Destaco aqui a organização das equipes, que praticamente seguiram à risca os horários dos jogos, não gerando atraso ao evento. Como era de se esperar, tivemos alguns pequenos problemas com as chuvas mais fortes, que acabaram prejudicando a presença de público. No mais, agradeço aos times, equipe de arbitragem e público por mais um torneio realizado com sucesso. Não posso deixar de agradecer também o apoio do Expedicionários e da Prefeitura, através da Divisão de Esportes”, conclui.
O resende-costense Otávio Ribeiro viveu um ano memorável nas disputas de competições de Jiu-Jitsu. Entre os dias 24 e 27 de novembro, em São Paulo, o atleta disputou um Campeonato Mundial da modalidade, organizado pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE). Por lá, cerca de 5.800 atletas entraram em ação na busca por títulos e premiação em dinheiro para os campeões do absoluto.
Otávio fala sobre sua participação. “O Mundial da CBJJE é a competição mais relevante reali-
O Campeonato Mineiro 2023 já tem data e regulamento definidos pela Federação Mineira de Futebol (FMF). Na próxima temporada, o Estadual terá formato de disputa diferente, com as 12 equipes divididas em três grupos. América, Atlético e Cruzeiro são os cabeças-de-chave. A primeira fase do Campeonato Mineiro de 2023 terá oito rodadas. Os jogos de estreia estão pré-agendados para os dias 21 e 22 de janeiro.
O Athletic Club de São João del-Rei, que representa a região
zada no Brasil, sendo vitrine para lutadores se despontarem no cenário nacional e internacional. Eu lutei no 2° dia, sexta-feira, e após varias lutas com adversários duros e técnicos, fui parado na semifinal, ficando com a medalha de bronze”.
Após a pandemia e com a retomada das competições, Otávio faturou seis medalhas ao longo do ano em competições relevantes. Foram
três de ouro: Sul-americano (CBJJ), Abu Dhabi Grand Slam e Copa Barbacena. Uma medalha de prata no Campeonato Brasileiro (CBJJ); duas medalhas de bronze no South América (CBJJ) e uma também de bronze no Mundial (CBJJE).
O atleta encerra o ano agradecendo. “Agradeço a meu Deus por mais um ano competindo. A minha família, a minha equipe, a meus amigos de treinos. Enfim a todos que me ajudaram, seja apoiando, patrocinando ou torcendo e orando. A palavra que define é ‘gratidão’”.
Faltavam quatro minutos... Era só retrancar o time...
Por que o 10 da seleção bate pênalti por último? Mas se não tivesse tirado o Vini Júnior? E se o Richarlison ficasse até o final? Dúvidas e reticências infinitas de uma cruel eliminação.
Na Copa em que a Zebra galopou infinitas vezes, o Brasil perdeu mais uma oportunidade de conquistar o Hexa. Caímos por um adversário tecnicamente mais fraco, entramos no jogo deles e fomos obrigados a engolir o choro, como fez o capitão Tiago Silva; ou ainda, nos debulharmos em lágrimas, como o Pombo.
Para a sexta estrela chegar, era nítido que precisava mais que o futebol apresentado na fase de grupos. Os elogios ao Tite são unicamente exclusivos da decisão de colocar todos os jogadores convocados para jogar, mesmo que isso custasse a derrota, e ameaçasse a liderança do grupo.
Mas nas oitavas, o caminho do Hexa parecia estar ali. Uma sonora goleada contra a Coreia do Sul e o Brasil pronto para mostrar a força da jovem seleção canarinho. Era fácil e, por isso, as quartas de final foram jogadas com a cabeça na semi. Um histórico
Brasil x Argentina nos aguardava, o suficiente para deixar o time nervoso.
E assim foi traçada a nossa queda. A torcida, tudo bem, tem que pensar na folga do trabalho e sonhar com o título mesmo, mas a seleção não pode esquecer do agora nas quatro linhas. Dentro de campo, nenhum adversário chegou ali por acaso. Todos eles têm propostas, estratégias, craques e sonhos em jogo!
Para alguns, a culpa é da superioridade das seleções europeias. Outros acreditam que o Brasil não tem jogadores como os de antigamente, capazes de chegar até, ao menos, a final da Copa. Eu não me arrisco a citar o responsável, ou melhor, listar as responsabilidades. Lamento, e muito, a tentativa fracassada. Lamento mais ainda por saber que tem brasileiro que torce contra a própria seleção a ponto de comemorar a eliminação.
O jogo segue, tivemos um campeão e eu permaneço com o gostinho de que, apesar dos pesares, torço para a única seleção que tem cinco títulos do maior torneio de futebol do mundo e confiante de que as coisas vão mudar para, finalmente, o rumo se tornar realidade e o Hexa chegar!
do Campo das Vertentes na competição, estreia no dia 21, sábado, contra o Tombense, no Joaquim Portugal. No dia 28, será a vez de enfrentar o Cruzeiro no Mineirão. O clube vai receber o América em casa, em uma quarta-feira, pela quarta rodada.
O Athletic está no Grupo A do Campeonato Mineiro, com Atlético, Villa Nova e Pouso Alegre. Portanto, não enfrenta esses clubes na primeira fase. Ao fim das oito rodadas, avançarão as semifinais os três líderes das chaves e o melhor
segundo colocado geral. Um triangular com os piores times de cada grupo vai definir dois rebaixados.
O Campeonato Mineiro começará em 21 de janeiro e terá a primeira fase indo até 4 de março. As semifinais estão previstas para 11 e 18 de março e a final, para 1º e 8 de abril, com jogos de ida e volta.
O time de São João del-Rei, além de mostrar um bom futebol nas últimas temporadas, tem usado a estratégia de marketing fora das quatro linhas com contratações de jogadores já conhecidos por pas-
sagens em outros clubes. Depois de investir em medalhões como Loco Abreu e Ricardo Oliveira, o clube anunciou o jovem Sassá, de 28 anos, para a temporada 2023. O contrato entre as partes é válido até julho do ano que vem. Revelado pelo Botafogo, Sassá já conquistou o Campeonato Mineiro por duas vezes, em 2018 e 2019, quando atuava pelo Cruzeiro. Na Raposa, o jogador disputou 92 partidas e fez 20 gols, além de ter conquistado duas vezes a Copa do Brasil (2017 e 2018). O atacante também já atuou
por Náutico, Coritiba e Marítimo, de Portugal. Seu último clube foi o CSA, neste ano.
O primeiro jogo do Athletic na temporada, que tem Mineiro, Copa do Brasil e Série D, será no dia 14 de janeiro. Com o título de Campeão do Interior conquistado na última temporada, o clube vai disputar a Recopa Mineira junto com o Democrata, de Governador Valadares, Campeão da Taça Inconfidência. O jogo será em São João del-Rei, no Estádio Joaquim Portugal.