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JG / R. Montagnini

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COOLTURA

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Cavas submarinas: uma especialidade chilena no mundo milenar dos vinhos (Pág. 15)

Jogadores que desafiaram o mainstream do futebol e da política (Pág. 14)

ANO 4 - EDIÇÃO 43

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

GLEBA

Genuinamente Palhano

Desabamento à vista

VIVA JG/M. Polli

Ducha caprichada

JG / C.Chueire

Um bom banho representa qualidade de vida e bem-estar. A empresária cosmética Rosi Mari Grassi Corcini (foto) é especialista em produtos que proporcionam maior relaxamento, conforto e qualidade para o banho (Pág. 10)

PERFIL

Dr. Soja O engenheiro Nilton Capucho, diretor do Crea-PR, em Londrina, verificou que, nos prédios abandonados, a ferragem dos pilares e das lajes está muito comprometida, e afirma que o poder público deve intervir urgentemente nesses locais antes que ocorra uma tragédia.

Em plena Gleba Palhano, uma ilha de calamidade afronta a população, exposta a desabamento iminente, marginalidade e doenças (Pág. 4) ABRIL DE 2013

Arquivo Pessoal

O geneticista Dr. Romeu Kiihl (foto) viu seu legado revigorar o agronegócio brasileiro (Pág. 3)


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JORNAL DA GLEBA - abril de 2013

EDITORIAL É impossível andar pela Gleba Palhano e não notar a presença de alguns “esqueletos” de prédios inacabados. Se, por um lado, vemos o que há de mais moderno na construção civil, com a elevação de torres comerciais e residenciais cada vez mais altas e imponentes; por outro, vemos um amontoado de ferragens, lixo e mato, um retrato da inércia e incompetência de quem deveria proteger a população desses lugares insalubres. O risco de desabamento existe e não deve ser mais tolerado, é o que aponta o diretor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) em Londrina, Nilton Capucho. Também conversamos com vizinhos desses lugares e escutamos o que a Secretária de Obras tem a dizer sobre assunto. Veja a matéria do jornalista Lucas

Andrade na página 04. Nesta edição, você também confere uma entrevista com o geneticista Dr. Romeu Kiihl, morador da Gleba Palhano, e um dos responsáveis pela vertiginosa expansão da soja em solos brasileiros, ocupando hoje metade da nossa área plantada em grãos. Na editoria ZOOM, a jornalista Talita Oriani dá as boas- vindas aos futuros moradores do Maison Victoria, o mais novo edifício da Gleba Palhano. Para finalizar esta edição, o jornalista Rafael Montagnini, apresenta, aos leitores do Jornal da Gleba, as Cavas Submarinas, uma deliciosa novidade chilena para os amantes de vinhos nobres.

Boa leitura!

EXPEDIENTE JORNALISTAS RESPONSÁVEIS: Rafael M. Montagnini (MTB 7239/PR) e Talita Oriani (MTB 7358/PR) DIAGRAMAÇÃO: Eduardo Massi REVISÃO: Ana Setti TIRAGEM: 5.700 Exemplares DISTRIBUIÇÃO: Gratuita COLABORAÇÃO: Carolina Chueire, Mariana Polli e Thiago F. de Andrade

PONTOS CONTATO DE DISTRIBUIÇÃO Fone: (43) 3027-4125 Pautas: redacao@jornaldagleba.com.br Site: www.jornaldagleba.com.br PONTOSCOMERCIAL DE DISTRIBUIÇÃO

(43) 9976-0243

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PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO O Jornal da Gleba é distribuído gratuitamente em todos os edifícios e condomínios horizontais da Gleba Palhano e região. Se você não recebe o Jornal da Gleba em casa entre em contato conosco ou retire seu exemplar nos pontos de distribuição:

EDIF. COM. TORRE MONTELLO (Av. Ayrton Senna, 550.) · MERCADO PALHANO (R. João Huss, 74) · PADARIA DOMENICO (Av. Garibaldi Deliberador, 94.) · PANETTERIA PALHANO (R. Ernani L. de Athaide, 130.) · POSTO BELA SUÍÇA (Av. Higienópolis, 2685.) · VISCARDI PREMIUM (Rod. Mabio G. Palhano, 1025.)


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Arquivo Pessoal

PERFIL

O “pai da soja” no Brasil Com 71 anos, dos quais 47 dedicados à pesquisa agrícola, o geneticista Dr. Romeu Kiihl viu seu legado revigorar o agronegócio brasileiro O Brasil está prestes a se tornar o maior fornecedor de soja no mundo, superando os EUA. E um dos principais responsáveis por esse feito é o Dr. Romeu Afonso de Souza Kiihl, sumidade internacional em melhoramento genético de soja para regiões tropicais. Atuando na Embrapa Soja, em Londrina, o ilustre morador da Gleba esteve ligado ao desenvolvimento de mais de 150 cultivares desse grão que nos é exótico. Em razão disso, ao longo das últimas três décadas, a soja, que é originária da China, se expandiu vertiginosamente nos solos brasileiros e hoje ocupa metade da nossa área plantada em grãos. Ao desenvolver variedades adaptadas a regiões de baixa latitude, o geneticista realizou um grande feito: permitiu que grandes áreas do Cerrado, tidas como improdutivas, se tornassem celeiro nacional. Atualmente, Dr. Romeu Kiihl é diretor científico da TMG Tropical Melhoramento & Genética (TMG),

onde se dedica ao desenvolvimento de material genético resistente a doenças e nematoides. Orgulhoso com os avanços realizados em sua área, o cientista vê com otimismo o futuro do agronegócio brasileiro, mas alerta para deficiências de nossas práticas de manejo (principalmente a falta de rotação de culturas). Jornal da Gleba – Como o senhor avalia a importância do cultivo da soja para o suprimento da demanda alimentar mundial? Dr. Romeu Kiihl - Como leguminosa que é, a soja não necessita de adubação mineral nitrogenada, pois um sistema simbiótico eficiente, com bactérias fixadoras do nitrogênio atmosférico, fornece o suficiente para boas produtividades. A soja é rica em óleo (energia) e proteína, e adapta-se perfeitamente a sistemas de rotação de culturas; será sempre uma grande fornecedora de alimentos e energia no mundo. JG – Considerando os progressos trazidos pelo melhoramento

Dr. Romeu Kiihl: A soja será sempre uma grande fornecedora de alimentos e energia no mundo.

genético, como o senhor avalia o futuro dos defensivos agrícolas? R.K. - Grande parte de nossa agricultura é realizada em ambiente tropical, assim será difícil não utilizar defensivos. Os programas de melhoramento dão ênfase cada vez maior à resistência a doenças, assim como insetos (nesse caso, em geral, com plantas transgênicas). Acredito que poderemos reduzir o uso de defensivos, utilizando-os de modo racional e associado a genes de resistência em um manejo integrado. JG – Temos consciência, de fato, dos efeitos dos transgênicos na saúde do consumidor e no meio ambiente? R.K. - Os organismos geneticamente modificados, para serem aprovados, são amplamente estudados e só liberados

se considerados seguros. JG – Qual é o caminho a ser adotado pelo agronegócio brasileiro para um futuro ainda mais próspero? R.K. - Não tenho dúvidas de que o nosso futuro está ligado a um sistema silvo-agro-pastoril, pois pode ser eficiente e sustentável; e, nesse sistema, a soja se encaixa que é uma maravilha. A Embrapa criou recentemente um centro de pesquisas para tais estudos. Estrategicamente localizado em Sinop, no Mato Grosso, o centro possui na sua chefia dois pesquisadores originários da Embrapa Soja.

Lucas Andrade

redacao@jornaldagleba.com.br


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GLEBA JG/L. Andrade

Edifícios abandonados ameaçam a integridade dos moradores da Gleba Palhano Sem a intervenção do poder público, população está vulnerável aos perigos que representam obras abandonadas Nas proximidades da Av. Madre Leônia Milito, principal artéria da Gleba Palhano, obras abandonadas têm prejudicado seriamente a qualidade de vida dos moradores da região e dos que por ali passam. Em estado de franca degradação, as construções formam uma ilha de insalubridade, que contrasta grosseiramente com a agradável paisagem que caracteriza o bairro. O local, frequentado por pessoas que vivem na marginalidade, está repleto de lixo. Além disso, conforme o engenheiro Nilton Capucho, diretor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CreaPR) em Londrina, ao menos um desses prédios negligenciados – o único avaliado por ele – está na iminência de desabar, e necessita urgentemente de intervenção do poder público. Capucho verificou que a ferragem dos pilares e das lajes já está tão exposta que, se não houver

interferência, a deterioração irá aumentar rapidamente, seguindo uma progressão geométrica. “Quando há grande contato da ferragem interna com ar e água, o processo de corrosão da armadura se acelera”, explica. E o resultado final dessa triste equação é o desabamento, com graves consequências, como ferimentos e mortes. Outro problema apontado pelo engenheiro é a ausência de calçadas e de muros de proteção contra o deslocamento de terras e resíduos, que então correm livremente pelas galerias de águas pluviais, assoreando e poluindo um dos mais emblemáticos pontos de Londrina: o lago Igapó. Diante dessa série de infrações ao Código de Obras da cidade, cabe ao poder público, e mais especificamente à Secretaria de Obras, tomar as devidas providências para que a população não fique à mercê da boa vontade ou da capacidade de realização dos proprietários.

E conforme estabelece o Art. 231 do código, a demolição total ou parcial das construções será imposta pela prefeitura, mediante intimação, quando constituírem ameaça de ruína, com perigo para os transeuntes. A Gerência de Avaliação de Projetos e Obras não soube informar se os proprietários já haviam sido notificados, porém, reconhecendo o descuido e alarmada com o problema apresentado, garantiu que irá agir com afinco. O Jornal da Gleba seguirá acompanhando, de perto, esse caso e outros semelhantes, a exemplo de uma obra na Rua João Huss, da qual sequer foi possível fazer uma avaliação, devido às condições precárias do local, com denso matagal e muito lixo.

Lucas Andrade redacao@jornaldagleba.com.br

Vizinhança indignada “Ou terminam, ou desmancham!”, revolta-se Rogério Fertonani, síndico do Vivaldi Boulevard, edifício ao lado da ilha insalubre mencionada. Segundo ele, as obras estão paradas há mais de dez anos e se tornaram verdadeiros mocós. “Quase toda noite, tem gente subindo as escadas dos esqueletos, e os porteiros relatam que a movimentação estranha, inclusive de usuários de drogas, é constante”. Com isso, a região como um todo se desvaloriza, e a tal ponto que é comum lhe perguntarem se ele não tem medo de morar ali. Mas o que Rogério mais teme é o risco de contaminação pelo vírus da dengue. Afinal, cerca de 140 casos já foram registrados oficialmente em Londrina. Segundo o coordenador do setor de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Jorge Augusto de Sá, o local é considerado estratégico no combate à doença, pois é muito suscetível ao desenvolvimento do mosquito transmissor. “O trabalho de controle ali é intensivo e o tratamento com veneno é feito a cada 15, 20 dias”.


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JORNAL DA GLEBA - abril de 2013 Imagens: JG / C.Chueire

VIVA

Dê um plus no seu banho! No chuveiro ou banheira, rápido ou demorado, confira as dicas para um banho mais caprichado

Anote as dicas:

É normal tomar o banho de todo o dia com pressa, para afastar o cansaço ou até mesmo para amenizar a sensação de calor. Esquecemos que esse saudável ritual pode ganhar um tratamento especial se a ele dedicarmos um pouco mais de tempo e alguns produtos específicos. Algumas lojas especializadas trabalham com linhas e kits que proporcionam maior relaxamento, conforto e qualidade para o banho. Para Rosi Mari Grassi Corcini, proprietária da Grasse Saboaria Artesanal, um bom banho hoje em dia representa qualidade de vida, pois por meio dele conseguimos grande bemestar. “As pessoas podem escolher as essências que querem, de acordo com o momento que estão vivendo, ou seja, para diminuir o stress, relaxar ou até mesmo trazer alegria”, afirma.

A empresária cosmética Keila Marrone de Ávila aposta nas esferas efervescentes, com óleos essenciais de diversos aromas, que podem ser usadas na banheira ou como escalda-pés.

Uma das tendências para os banhos são as esferas. Segundo Keila Marrone de Ávila, proprietária da Klaroma Internacional, as esferas efervescentes são bolas com óleos essenciais de diversos aromas, que podem ser usadas na banheira ou como escaldapés. “As esferas possuem vitaminas que proporcionam relaxamento a partir de seu aroma e efervescência”, conta. Um momento especial - A empresária Lucilene Pinto costuma usar produtos específicos para o banho sem precisar de uma ocasião especial. “Gosto de usar todo dia produtos que, além de bonitos, hidratam a pele. Mas, de vez em quando, me dou o direito de tomar um banho de banheira, usar esferas efervescentes, pois deixam a água gostosa e cheirosa”. Conta ainda que, para ela, um banho vai muito além de limpar, e que é importante tomar um banho mais caprichado para trazer relaxamento, calma e paz.

Para quem pensa que só as mulheres gostam de dar um plus no banho, está muito enganado. Os homens têm se dedicado a customizar os banhos e investem tempo e dinheiro na compra de produtos específicos. É o caso de Virgílio Tomasetti Junior, diretor de escola, que há muito tempo deixou de usar sabonetes comuns para usar aqueles à base de glicerina, com pouca química, mas com aromas de sua preferência. “Sempre adorei um banho personalizado. Gosto de sabonetes com cheiro cítrico e o meu favorito é o de tangerina, seguido dos aromas maracujá e limão”, afirma. Para o diretor, os homens merecem ter um banho de estrela. “O banho personalizado nos deixa com uma sensação refrescante e de limpeza por mais tempo. Vale a pena pagar um pouco mais caro por um sabonete que nos agrade, pois compensa o custo-benefício. Acaba se tornando um vício. Mas um vício gostoso e barato”, explica.

AROMA • Cada aroma causa um efeito no corpo. A Aromaterapia veio da Fitoterapia, e tem como objetivo mostrar os efeitos que os aromas de plantas provocam no indivíduo. Por isso, é muito importante saber escolher o aroma ideal para o momento que deseja. • Segundo estudos, o aroma Limão Siciliano estimula e mantêm a concentração. Já a Litsea ou Capim Limão tem o poder de diminuir a ansiedade. A Bergamota estimula o entusiasmo. O Alecrim ajuda na recuperação do sono atrasado e cansaço. A Lavanda ajuda na melhora de depressão e tensão. A Aloe Vera tem efeito calmante. Já a Tangerina e o Gerânio causam efeito de equilíbrio, paz e alegria. As Rosas ajudam na sedução e melhora da autoestima. O Eucalipto tem efeito analgésico e descongestionante. Já o Cravo ajuda na autoconfiança e estimula a coragem. E o Jasmim estimula a energia.

Com essas sugestões, o banho além de limpar e refrescar, proporcionará um bem-estar muito maior, e, assim, uma melhor qualidade de vida!

Carolina Chueire

redacao@jornaldagleba.com.br

Para tornar o banho um momento especial, o Jornal da Gleba ouviu as especialistas e preparou algumas dicas de como dar esse plus, seja antes, durante ou depois do refrescante “mergulho”. • Separe um dia da semana para tomar aquele banho mais caprichado e demorado; • Prepare o ambiente com velas aromatizantes para iluminar o espaço e deixá-lo com cheiro agradável; • Use sais grossos (para uso em banheira) ou finos (para uso em chuveiro). Eles possuem efeito relaxante e são aromatizados; • Se tiver uma banheira, use as esferas efervescentes para relaxar o corpo, aliviar dores e cansaço. Se for em um chuveiro, faça antes um escalda-pés com as bolas; • Use óleos essenciais para hidratar, massageando bem a pele. Podem ser bifásicos ou trifásicos, com ou sem enxague; • Aproveite para usar um sabonete líquido com aquela essência que mais o agrade; • Mousses hidrantes ou loção com gel são novidades que ajudam a hidratar, refrescar e deixar a pele mais cheirosa.

SERVIÇO: • Grasse Saboaria Artesanal Av. Maringá, 528 - Sobreloja Fone: (43) 3339-1094 • Klaroma Internacional Rua Alagoas, 1439 Fone: (43) 3025-5056


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ZOOM

Talita Oriani

talita@jornaldagleba.com.br

MAISON VICTORIA

Lúcio, Ana Paula e Kawany Dias

Marcela Faria

Carolina, Emanuel e Alex Menk

Juliana Meda e Luiz Carlos Pisicchio

Os futuros moradores do recém-entregue Maison Victoria, da A.Yoshii Engenharia, ficaram encantados com a atenção da construtora na decoração minimalista da área de lazer do empreendimento. Os espaços exclusivos para os vários momentos de descontração da família ficaram um show. Destaque para o espaço virtual game, que vai entreter a garotada na interação com a tecnologia de ponta; os brinquedos sugestivos para crianças, como a casa na árvore; o fitness integrado com SPA e as piscinas, a quadra de tênis, o salão de beleza com sala de massagem, além do extenso espaço verde para relaxamento e caminhada. As fotos, do coquetel de lançamento, mostram mais. Fotos: Carmen Kley. Toni Silva

Deep

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Em quase dois anos de mercado, o Studio Deep, sob o comando de Aline Isper, anda disputadíssimo. No espaço aconchegante e muito sofisticado, a fisioterapeuta oferece pilates, estética corporal e a mais nova onda em termos de exercício físico: o fisioteg, uma junção de exercício aeróbico e musculação. Aline, primeira profissional a trazer a modalidade para o Paraná, especializou-se na técnica no Rio de Janeiro, com Jackeline Figueiredo, uma das mais renomadas e respeitadas fisioterapeutas do Brasil.

Birthday O arquiteto Wagner Donadio comemora nova idade no dia 6. No dia 15, é a vez da personal stylist Lu Barbosa reunir os amigos para comemorar mais um ano de vida. Já no dia 16, quem recebe os cumprimentos é a gerente regional da Plaenge, Célia Catussi. Congratulations !!!


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D-Nox Em turnê pelo Brasil, o DJ alemão D-Nox desembarcou na Kingdom 2800 nos últimos dias, em uma balada marcada por ótimo som e muita gente bonita. Toni Silva registrou algumas imagens de quem esteve por lá.

D-Nox

Amanda Antoniolli e Ana Cavalheri Michel Neme e Tassiane Bernini

Caroline Marinho e Gabriel Matsuo Vanessa Paes e Paulinha Marin

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CLICK

SABER

Dicas de como os pais podem ajudar os filhos nos estudos

Em março, os síndicos integrantes do Conselho de Condomínios Residenciais da Gleba Palhano (ConGP) entregaram à promotora de justiça, Solange Vicentin, um abaixo-assinado dos moradores da Rua João Huss, solicitando a fiscalização e a punição para os estabelecimentos comerciais, localizados na via, que não respeitam a Lei do Silêncio. Foto: Rafael Montagnini.

TIRAS

Na edição passada do Jornal da Gleba, falamos um pouco do papel da família, no que diz respeito ao processo de aprendizagem do aluno. No texto deste mês, daremos continuidade ao assunto, para mostrar algumas dicas importantes. Observem: 1. O aluno precisa de certa autonomia para desenvolver responsabilidade, não que façam tudo por ele. Isso vale até para as primeiras lições na educação infantil, que já são consideradas uma forma de estudo. 2. Antes de cobrar o cumprimento das tarefas, converse com o aluno para saber se ele está sentindo alguma dificuldade específica. 3. O estudante precisa de organização. Cabe aos pais combinar os horários de estudo e das outras atividades para os menores. Com os maiores, ajudá-los a organizar suas agendas. Se for possível, devem manter sempre o mesmo período do dia para a realização da tarefa escolar. Isso é fundamental para que se estabeleça uma rotina de estudo. 4. Na hora de estudar, a TV e o som devem, preferencialmente, ficar desligados. Ambientes agitados interferem na concentração. 5. A maneira de estudar varia muito de pessoa para pessoa, então, não tente impor um método proibitivo. Com o tempo, o aluno descobre qual procedimento é mais eficaz para si mesmo. 6. Sempre que possível, os pais devem retomar com o aluno a matéria que foi dada em sala de aula. Com o tempo, isso se tornará um hábito e ele o fará sozinho. Como muitos pais não praticam isso nos anos iniciais, eles não desenvolveram o hábito e, por esse motivo, precisam ser orientados sobre como estudar. 7. Um instrumento que facilita o controle do desempenho da criança pela família são os cadernos e os espaços dos livros destinados para esse fim. É importante folheá-los regularmente, mesmo que o aluno não apresente dificuldades em cumprir suas tarefas, para que percebam a importância da aquisição de novos conteúdos. 8. Se o aluno apresentar baixo rendimento escolar, pode ser interessante aumentar o tempo de dedicação aos estudos em casa e, paralelamente, verificar se enfrenta problemas de outras ordens. Em alguns casos, tarefas complementares são ótima alternativa. Pense nisso! Silvia Helena R. Carvalho – pedagoga, Mestre em Educação. Diretora Educacional do Colégio Universitário de Londrina.


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Imagem Ilustrativa / Agência Brasil

INFORME JURÍDICO

A problemática do troco

Não são raras as ocasiões em que os estabelecimentos comerciais arredondam o valor do produto acima do ofertado, ou pior, oferecem as famosas balinhas/bombons a fim de suprir a ausência de troco. Isso ocorre devido às ofertas com preços quebrados (R$ 1,99; R$ 2,57). Muito embora seja uma prática corriqueira no comércio, ela é totalmente proibida pelo Código de Defesa do Consumidor, segundo o qual o comerciante é obrigado a cumprir com a oferta. A retenção do troco, mesmo que em valor ínfimo, coloca o consumidor em uma situação de desvantagem que não lhe cabe, além de caracterizar prática abusiva e enriquecimento sem causa por parte do comerciante. Vale ressaltar que é dever do comerciante arcar com a indisponibilidade dos centavos essenciais à devolução correta do troco. Veja bem, o consumidor não é obrigado a aceitar qualquer tipo de compensação pela falta de troco e, muito menos, valor aquém do que realmente deveria ser. Assim, quando o

estabelecimento comercial não possuir a quantidade correta de troco, então, é obrigado a arredondar o valor do produto para baixo. Todavia, pergunta-se: mas por que os estabelecimentos comerciais continuam disponibilizando produtos com preços quebrados, mesmo sabendo que não terão a quantidade exata de troco para devolver ao consumidor? A resposta é bem simples. Enquanto os consumidores não exigirem a efetiva entrega dos centavos do troco, os comerciantes continuarão a cometer esse ato abusivo. Por isso, é muito importante que os consumidores sempre exijam os centavos do troco e denunciem aos órgãos de proteção os estabelecimentos comerciais que insistirem nessa prática abusiva, haja vista que é direito seu e dever do comerciante. Ademais, o consumidor ainda pode pleitear uma reparação judicial em virtude dessa prática abusiva, sendo o estabelecimento comercial obrigado a recompor o prejuízo causado.

Mais notícias acesse: www.asvc.adv.br

CHECK UP DA ECONOMIA

Economia sem heróis Apostar na grande safra que está sendo colhida (e cantada em prosas e versos pelas previsões oficiais) e, assim, achar que a abundância de grãos vai “salvar” a economia, tirando-a das incertezas de 2013, pode ser um erro estratégico. Grandes safras garantem estabilidade no abastecimento interno, o que já uma grande vitória; ancoram as exportações para transpor barreiras alfandegárias e sustentam o poder de negociação para reconquistar velhos clientes do Oriente Médio e Europa, afastados por desconfianças sanitárias. Grandes safras também movem a economia nos setores do agronegócio: as cadeias de insumos, equipamentos e sobretudo as cadeias produtivas. Isto já é uma benção. Agora achar que o campo vai salvar a economia de março a dezembro, é ilusório. Ou querer demais de um setor que não sabe o que é apoio e política de organização da produção. Pode, a grande safra, quando muito, ser usada pelos órgãos estatísticos para mascarar números da economia como um todo. Afora isso, a influência que o agronegócio exerce, por exemplo, no setor têxtil, é quase nada. Idem com relação à mineração, construção civil, etc. É bom não perder o foco. Outros setores, todos os manufaturados, por exemplo, têm influência apenas relativa. Temos visto nos últimos anos o agronegócio salvado PIB e a balança de pagamentos. Mas, e o crescimento industrial? E a expansão do setor de serviços? Outra coisa: as desonerações localizadas que o governo promoveu são medidas efêmeras que não mudam muito. Reduzir tarifas de energia quando este e tantos setores e

subsetores são punidos pelos impostos em cascata. Antes de apostar no agronegócio como salvador da Pátria, é bom conhecê-lo melhor. Quando ele cresce, impulsionado, na ponta, pela abundância das safras, temos apenas um sinalizador. Competência e, convenhamos, um pouco de sorte, garantem a eficácia dentro da propriedade. Da porteira para fora, os obstáculos começam na estrada e param (param literalmente) no cais dos portos ou dezenas de quilômetros antes. As filas não se formam apenas no Litoral; nas indústrias do interior também. Há tantos outros gargalos que elevam os custos, as perdas e a riqueza acaba sendo mal distribuída. Quando, na televisão, homens do governo estufam o peito para exercitar o ufanismo de grandes safras, avultam duas formas de ilusionismos: na primeira, a ênfase é tanta que você chega a imaginar o ministro pilotando colheitadeiras, como fora ele o protagonista e não o produtor. Na segunda, o encalhe na estrada, na logística e na burocracia. Por tudo isso, gente, nada de atribuir ao agronegócio a tarefa de salvar a economia. É muito para quem age sozinho, contra tudo e contra todos. E mais, por enquanto os atores premiados desse cenário são apenas na natureza e produtor, às vezes, ainda, não suficientemente preparado.

Oswaldo Petrin Colunista econômico redacao@jornaldagleba.com.br


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divã Imagens Ilustrativas

Pais e filhos: entre o vivido e o sonhado Imaginemos uma cena comum, porém, importante na vida de pais e filhos: uma garotinha deitada no sofá da sala com seus pais. Eles começam a ler um livro, uma historinha, ou um conto de fadas... A criança adormece e começa a sonhar... “Era uma vez um casal que não conseguia mais se entender, suas brigas eram recorrentes, e, de longe, seus dois filhos pequenos observavam toda a situação, começando a perceber que sempre seus nomes estavam em meio às discussões. Um dia, após voltarem da escola, um dos pais não estava mais em casa, e o outro diz que este já não voltaria mais, que haviam se separado. As crianças, na tentativa de entender toda aquela situação, fizeram perguntas e as respostas foram: ‘Ele(a) nos abandonou’; ‘Ele(a) não vai pagar mais nada porque não gosta mais de vocês’; ‘Não quero que saiam com ele(a), pois vou ficar aqui sozinha(o)’. O tempo vai passando e a situação se complicando, os encontros são dificultados, a convivência é interrompida”. A garotinha, que adormeceu durante a história, acorda assustada. Sonho? Sim, o dela. Seus pais estão ali, continuam contando suas histórias, mas não é bem isso que acontece com outras crianças que vivem em meio a um pesadelo, a realidade delas é a sonhada pela garotinha. Esse problema vivido por um grande número de famílias foi descrito pelo psiquiatra norte-americano Richard Gardner em 1985 e nomeado Síndrome da Alienação Parental (SAP). O processo consiste em destruir, desmoralizar e desvalorizar o genitor que não detêm a guarda, o filho é utilizado como instrumento da agressividade, da vingança de um dos genitores

endereçada ao outro. As crianças ficam como que programadas para nutrir uma repulsa pelo genitor que não está com elas, o que propicia um espaço para os conflitos e a violência emocional. Nessa manipulação, a criança perde e se sente culpada, pois a lealdade a um genitor implica em deslealdade ao outro. Em meio a esse turbilhão de sentimentos vividos, os resultados ou os ônus da circunstância podem ser: crianças que se fecham, optam pelo isolamento, estimulando a incidência de episódios depressivos; não conseguem se socializar na escola; apresentam dificuldades de aprendizagem; ficam ansiosas; deixam de comer, ou comem muito; ficam agressivas; têm insônia, enurese, ecoprese, terror noturno, entre outras dificuldades. Tornam-se mais predispostas a distúrbios psicológicos. Nesses casos, nos quais o genitor causa o mal ao filho e a si mesmo, é importante que a família seja acompanhada por um profissional que trabalhe, com o tratamento adequado, a manutenção do vínculo de convivência do filho com os pais, objetivando um desenvolvimento saudável e integral da criança. Se pensarmos, então, no sofrimento vivido pelos pais e, principalmente, pela criança, é necessário que algo seja feito para ser mudado o rumo dessas histórias reais, para que tenham finais mais próximos aos dos contos de fadas – que nunca acontecem de fato, mas que ajudam tantas crianças a dormir. Isabella Silva Borghesi Psicanalista e Psicóloga Clínica isborghesi@hotmail.com


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O futebol como instrumento de um ideal Será que em um mundo movido pela moeda a nobreza do espírito humano pode florescer? Será que em um tempo onde as leis de mercado imperam há espaço para idealismos? Será que em um esporte onde vultosos interesses particulares ditam as regras há campo ainda para manifestações de altruísmo e mesmo de genuíno heroísmo? A resposta mais óbvia a essas perguntas seria não; salvo, digase, pela promessa que há na exceção, no corte ao padrão. O futebol, por todo interesse que desperta e por toda sua enorme popularidade, é mais facilmente usado como meio de manobra pelos que ocupam o poder do que como instrumento de um ideal social. A profissionalização e o marketing pessoal fornecem todas as justificativas para que atletas bemsucedidos pensem, sobretudo, em suas carreiras, em seus umbigos. Mas não que seja uma particularidade da classe desportista - de modo algum! -, apenas reflexo de toda estrutura do egoísmo e do materialismo presentes

na sociedade que hoje nos rege. Por isso, o mérito do recémlançado documentário Os Rebeldes do Futebol, do ex-jogador francês e ídolo do Manchester United, Eric Cantona. Ao recontar a história de cinco ícones do esporte, num período que abrange desde a década de 50, com o argelino Rachid Meklhoufi, até os dias de hoje, com o marfinense Didier Drogba, o filme tem a nobre propriedade de resgatar valores que parecem adormecidos. Consagrado pelo SaintEttiene e com g r a n d e s possibilidades de integrar a seleção francesa de 58, Meklhoufi acabou desertando e voltando

clandestinamente à sua Argélia natal, onde se engajou no movimento de violenta independência contra a própria França que o aclamava. Drogba, por sua vez, valendo-se de todo seu prestígio Divulgação internacional, forçou um cessar-fogo em seu país, a Costa do Marfim, em 2007, durante a realização de uma partida pela Copa das Nações Africanas. O documentário também conta a emocionante história do bósnio Pedrag Pasic, que, em plena guerra civil, que assolava sua cidade natal, Sarajevo, e repleto de meios para se exilar e desfrutar de sua boa fama como craque do clube alemão Stuttgart, permaneceu e

não se dissuadiu de seus princípios, fundando uma escolinha de futebol que acolhia crianças de todas as etnias - enquanto do lado de fora do ginásio seus pais guerreavam. Estão presentes ainda as histórias não menos dramáticas do chileno Carlos Caszely, que, ao não cumprimentar o ditador Pinochet em uma solenidade, teve sua família perseguida pelo regime militar e sua mãe torturada, e de nosso saudoso doutor Sócrates, cujos ideais democráticos e cujo punho cerrado erguido aos céus dispensa maiores apresentações. Aos que gostam de futebol, um belo filme. Aos que gostam de uma boa história, idem. Mas aos que sentem uma pontinha de incômodo toda vez que testemunham uma injustiça, sem dúvida, um consolo para o espírito.

Thiago F. de Andrade

redacao@jornaldagleba.com.br


15 JORNAL DA GLEBA - abril de 2013 Imagens: JG / R. Montagnini

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Cavas submarinas, uma novidade na milenar cultura do vinho Há 470 quilômetros da capital chilena, a pequena Tomé abriga o passado e o futuro da cultura do vinho na América do Sul Tomé é uma pequena cidade litorânea do Chile, localizada a 30 quilômetros de Concepción, segunda maior cidade chilena. A cidadezinha fica bem no meio do país andino e suas praias são banhadas pela corrente marítima Humboldt, a mais fria do mundo. Os cinquenta mil habitantes de Tomé dividem-se entre a indústria têxtil, a pesca artesanal e os vinhedos espalhados por seu território. Apesar do cenário bucólico à primeira vista, Tomé tem uma enorme importância para a cultura do vinho em nosso continente. Foi ali que, em 1545, o padre espanhol Francisco de Caravante plantou as primeiras cepas de uvas nas Américas, com o intuito de produzir vinho

para a comunhão católica. Quatrocentos e sessenta e três anos depois, a pequena Tomé seria novamente o centro das atenções do mundo do vinho. Tudo recomeçou em 2008 quando Juan Casanova, proprietário de um tradicional vinhedo e praticante de mergulho em alto mar, teve a ideia de repousar seus produtos em grutas no fundo do oceano Pacífico, criando assim novas variedades de vinhos, as modernas Cavas Submarinas. Para uma cultura milenar, como a produção de vinho, qualquer alteração na feitura ou armazenamento do produto é algo para ser celebrado. Jorge Sepulveda, sommelier chileno, radicado em Londrina e natural da pequena Tomé, explica como é feito o armazenamento em alto mar: “As garrafas de Cabernet Sauvignon, Carménère, Sauvignon Blanc e Chardonnay são levadas para o fundo do oceano, a mais ou menos vinte metros de profundidade, e ali são deixadas por seis meses. Quando são retiradas e trazidas para a superfície, os vinhos ganham novas e diferentes

notas aromáticas, ou seja, exalam novos e deliciosos odores e sabores. Presumese que isso ocorra porque minúsculas partículas de oxigênio atravessam a rolha e dão ao vinho engarrafado novas características”. O sommelier acredita que três fatores atuam para a melhora do vinho em alto mar: a temperatura da corrente marítima de Humboldt, aproximadamente 7 ou 8 °C inferior à temperatura média do oceano na mesma latitude; a escuridão provocada pela profundidade, e, o mais importante, o balanço suave das garrafas causado pelo movimento do mar. “Isso é magnífico, nenhuma adega pode imitar esse balanço”, fascina-se Jorge. Hoje, as Cavas Submarinas são também motivo para se fazer turismo pela pacata Tomé. Muitos apreciadores de vinhos do Chile ou de outros lugares do mundo estão indo conhecer as Cavas no fundo do mar.

Rafael Montagnini

rafael@jornaldagleba.com.br

O sommelier Jorge Sepulveda conta que, em noites de fortes tempestades em alto mar, algumas garrafas se desprendem e vão parar nas praias de Tomé. “Eu sei exatamente onde elas costumam parar nas praias. Já tive a sorte de encontrar algumas garrafas sensacionais”, brinca Jorge. Se você não é tão sortudo como nosso amigo sommelier, saiba que as Cavas Submarinas são bem difíceis de serem encontradas fora do Chile. A produção é pequena e quase não há exportação do produto. O preço médio das Cavas Submarinas no Brasil é de R$140,00 a garrafa.

SERVIÇO: • Cavas Submarinas Site: www.chilexplorer.cl Tel.: (43) 9680-6909


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