INFORMATIVO CULTURAL - ANO MMXXV - NÚMERO 07 - OUTUBRO / 2025
EDITORIAL E CARTAS DE LEITOR / 2
EDITORIAL E CARTAS DE LEITOR / 2
Reportagem / 3
artigo de opinião / 5
não basta opinar, tem que argumentar / 6
fique por dentro / 7
entrevista / 11
aconteceu aqui / 14
Entretenimento / 18
charge / 19
expediente / 20
EDITORIAL
Ludopatia
Dentre várias oportunidades que nos foram disponibilizadas pelo advento da internet, das quais muitas foram extremamente importantes, também vieram males, que afetam de forma muito prejudicial e, até mesmo perigosa, os seres humanos. O vício, muitas vezes descontrolado em jogos, é apenas um deles.
A sociedade está assistindo impávida e muitas vezes atônita ou indiferente uma onda de pessoas de todas as idades serem praticamente capturadas pelo vício em jogos, que às vezes podem apenas tirar a atenção e a concentração, no caso pedagógico, mas pode evoluir para a perda da estabilidade financeira e, até mesmo, a perda total das relações familiares ou até, em casos extremos, ao suicídio de homens e mulheres de todas as idades.
A sociedade moderna necessita urgentemente enfrentar esse problema que nos propõe um desafio colossal, no qual ainda estamos engatinhando. Se levarmos em consideração o fato de que nossos jovens estão muito fortemente ligados às redes sociais, isso liga um grande alerta, pois diversos influenciadores, que eles acompanham, fazem anúncios ostensivos de diversas plataformas de jogos, desde as mais ingênuas até aquelas que podem levar a ruína financeira e social.
É necessário encarar esse desafio de forma séria e muito objetiva. Não é mais possível virarmos as costas e fingir que não é conosco.
Cesar Lopes
Carta de Leitor
“O jornal abrange diversos temas, evoluindo nosso conhecimento cada vez mais.”
Julia Gouveia, 6º ano
“O jornal é importante para os alunos saberem o que está acontecendo dentro e fora da escola.”
Felipe de Sousa, 6º ano
“O jornal é muito importante nessa fase em que os alunos estão se descobrindo, pois influencia a leitura e a busca de informações, sendo também muito interessante para os alunos que participam dele ”
Alicia Cassimiro, 7º ano
“O jornal da escola é muito interessante, porque traz informações recentes e com as notícias muito bem estruturadas..”
João Vitor, 7º ano
“O jornal é uma das ferramentas de conhecimento de maior valor. E é de extrema importância ter algo assim em nossa escola, que nos traga conhecimento e informações.”
Raphaella Birolli, 8º ano
“O Jornal do nosso colégio é umas das maiores ideias que a escola já teve, pois, com ele, conseguimos saber sobre notícias importantes que acontecem no nosso dia a dia ”
Mário Andalecio, 8º ano
“O jornal é muito bom, e uma coisa que poderiam adicionar é abrir margem para além do fundamental II e Ensino Médio, poderiam entrevistar o fundamental I também.“
Davi Alves, 9º ano
“O jornal é muito importante para a nossa escola, já que traz uma linguagem mais acessível sobre as notícias que estão acontecendo no mundo e prende o interesse do estudante em ler o jornal. ”
Rafael Paulino, 1° EM
“Gosto da sessão de entretenimento, porque é diferente e dinâmica E das notícias, pois agregam informações importantes. ”
Lara Alves, 2° EM
Sophia Belchior e Bruno Otávio
MATÉRIA DE CAPA
LUDOPATIA: QUANDO O JOGO SEQUESTRA O CÉREBRO
O vício em apostas altera áreas do cérebro ligadas ao prazer e ao autocontrole, transformando diversão em doença
O que começa como simples entretenimento pode se tornar uma armadilha devastadora. Com a popularização das apostas esportivas online no Brasil, milhões de pessoas foram atraídas pela promessa de ganhos rápidos. Mas, por trás das propagandas coloridas e da euforia de uma possível vitória, esconde-se um transtorno reconhecido pela Organização Mundial da Saúde: a ludopatia, o vício em jogos de azar. Mais do que uma questão de escolha ou força de vontade, trata-se de uma condição que literalmente sequestra o cérebro, reorganizando circuitos ligados ao prazer, ao desejo e à tomada de decisões.
Pesquisadores de universidades como Yale e Cambridge já demonstraram, por meio de exames de ressonância magnética, que o cérebro de um jogador compulsivo funciona de forma diferente. Sempre que a pessoa aposta, ocorre uma descarga intensa de dopamina, o neurotransmissor associado à sensação de recompensa. Curiosamente, essa descarga não acontece apenas quando o jogador ganha: ela é liberada também na expectativa do resultado e até mesmo em situações de “ quase vitória”. Esse fenômeno, conhecido como near-miss, faz com que o cérebro interprete um fracasso como se fosse sinal de que a próxima tentativa estará mais próxima do sucesso. É esse engano neurológico que empurra o apostador a continuar jogando, mesmo diante de perdas sucessivas.
Ao mesmo tempo, regiões do cérebro responsáveis pelo raciocínio lógico e pelo autocontrole, como o córtex pré-frontal, apresentam atividade reduzida em pessoas com ludopatia. Isso explica por que muitos não conseguem parar, mesmo conscientes das dívidas acumuladas e do sofrimento causado à família. É o mesmo mecanismo observado em dependentes químicos: a recompensa imediata se torna mais forte do que a razão. Estudos publicados na revista Neuron já compararam a compulsão pelo jogo ao vício em drogas como cocaína e álcool, mostrando que ambos compartilham as mesmas rotas neurológicas.
Os impactos não se restringem ao campo individual. O vício em jogos tem efeitos devastadores nas relações sociais e financeiras. No Brasil, uma pesquisa do Instituto Locomotiva apontou que cerca de 25 milhões de pessoas realizaram apostas online apenas em 2024, e o Itaú Unibanco estimou que os apostadores brasileiros perderam cerca de R$ 23,9 bilhões em um único ano. Histórias de famílias destruídas por dívidas se multiplicam em reportagens da mídia: pais que gastam todo o salário em apostas, jovens endividados antes mesmo de entrarem no mercado de trabalho e pessoas que chegam a cometer furtos ou golpes para sustentar a compulsão. Em casos extremos, a ludopatia está associada a taxas elevadas de depressão e suicídio estudos internacionais apontam que jogadores patológicos têm até dez vezes mais risco de tentativa de suicídio do que a população em geral.
Outro ponto preocupante é o acesso cada vez mais fácil às apostas. Diferente de cassinos físicos, os sites e aplicativos estão disponíveis 24 horas por dia, com rodadas rápidas, bônus de entrada e propagandas massivas que envolvem ídolos do esporte. O ambiente digital potencializa todos os gatilhos do vício: a velocidade das partidas, a ilusão de controle, a sensação de quase vitória e a falsa ideia de que é possível recuperar perdas com uma nova rodada. Para o cérebro vulnerável, trata-se de uma combinação explosiva.
Apesar da gravidade, o problema ainda é subestimado. Muitos enxergam a ludopatia como simples “falta de disciplina”, quando na verdade é um transtorno que exige tratamento especializado. A terapia cognitivo-comportamental tem se mostrado eficaz para ajudar jogadores a identificar pensamentos distorcidos, resistir a gatilhos e reconstruir sua vida. Além disso, grupos como Jogadores Anônimos oferecem apoio coletivo, com encontros regulares em várias cidades do Brasil. Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para auxiliar no controle da compulsão e no tratamento de sintomas associados, como ansiedade e depressão.
A ludopatia é uma doença que prova como o cérebro humano pode ser enganado por estímulos simples, mas poderosos. Quando o prazer se torna compulsão, não é apenas a conta bancária que sofre: a vida inteira do indivíduo pode ser consumida pelo jogo. Informar, prevenir e oferecer apoio são passos essenciais para enfrentar essa epidemia silenciosa que, a cada dia, captura mais brasileiros.
Imagem: (ICL
Disponível em: https://iclnoticias com br/ludopatia-vicioem-jogos-de-azar/
O desafio, no entanto, vai além do consultório. Especialistas defendem campanhas de prevenção em escolas e universidades, alertando jovens sobre os riscos do vício em jogos. A regulação das casas de apostas também se tornou pauta política, já que a ausência de regras claras favorece abusos, publicidade agressiva e o endividamento em massa. Enquanto medidas mais efetivas não são tomadas, famílias e instituições de ensino podem desempenhar um papel crucial, identificando sinais de risco e encaminhando os afetados para tratamento.
NÚMEROS DO VÍCIO
25 milhões de brasileiros apostaram online em 2024 (Instituto Locomotiva).
R$ 23,9 bilhões em perdas no país em apenas um ano (Itaú Unibanco).
Jogadores patológicos têm até 10 vezes mais risco de suicídio (estudos internacionais).
OMS reconhece a ludopatia como doença mental desde 2018.
João Vitor Alonso
Notícias)
Artigo de Opinião
Ervas daninhas chamadas “Bets”
As casas de apostas digitais/cassinos online, conhecidas popularmente pelo nome “bets” são um fenômeno muito popular e recente no Brasil, elas lentamente se popularizaram em 2010 e foram oficialmente legalizadas pelo governo em 2023. Hoje estão no auge do seu marketing, popularidade e consequências.
A prática da aposta é viciante por natureza, os jogadores começam com apostas pequenas e se sentem muito recompensados quando ganham, o que os incentiva a apostar mais vezes gastando mais dinheiro em busca de um prêmio maior, isso faz o cérebro soltar maiores quantidades de dopamina há cada sucesso. O apostador começa a perder o prazer em outras atividades, só conseguindo se satisfazer por meio da aposta, que, a longo prazo, prejudica severamente sua vida financeira, pois a quantidade de dinheiro perdido nas apostas é muito maior que a quantidade ganha, trazendo também dificuldades na vida pessoal.
A maioria dos apostadores são de classe mais baixa e veem nas bets uma oportunidade de ganhar dinheiro de forma rápida e fácil. Essa ideia é implantada graças à publicidade desses sites, que tiram proveito da falta de informação sobre como essas casas realmente operam. Nesses jogos, a casa é a única que sempre ganha. Esses mesmos apostadores estão muito mais propícios a acumularem dívidas e acabarem em situações financeiras ainda piores das que se encontravam antes de começar a apostar.
É um mercado prejudicial, aproveitador e viciante, construído meticulosamente para que se aproveite ao máximo de quem joga enquanto mantém tudo o que pode para si, causando mais danos do que benefícios para a maioria dos envolvidos, da mesma forma que uma erva daninha, quando surge em um jardim parece inofensiva, ao crescer pode causar danos a todo o jardim. Por isso, deve ser removida o mais cedo possível, antes que suas raízes cresçam fundo demais para serem retiradas.
Assim, o retorno da proibição dessas práticas traria benefícios, porém, pode já ser tarde demais, já que a popularidade e a quantidade de jogadores das bets está aumentando exponencialmente e sua prática já está impregnada no inconsciente coletivo. Uma solução seria algo parecido com a conscientização do cigarro, que não possui mais nenhum tipo de publicidade, pelo contrário, as consequências do seu consumo são enfatizadas constantemente, o que, sem dúvida, fez várias pessoas reconsiderarem e decidirem não arriscar sua saúde. Nesse sentido, incluir avisos sobre a realidade das apostas e suas consequências em todo tipo de publicidade sobre bets já seria um bom passo para melhorar a situação, pois encorajaria muitos apostadores potenciais a reconsiderar suas escolhas e seguirem um caminho mais seguro e saudável e, quem sabe assim, em algum ponto do futuro, quando as bets não tiveram mais toda a sua influência, elas talvez sejam banidas.
(As
Emiliano Moreno
Não Basta Opinar, Tem que Argumentar
Deveria voltar a proibição de cassinos online?
“Sim, já que o vício pode causar sérios problemas financeiros, emocionais e nos relacionamentos, com consequências devastadoras para os indivíduos e suas famílias.”
- Julia Gouveia, 6º ano
“Sim, porque as pessoas estão entrando em dívidas por estarem jogando esses cassinos onlines, ou então deveriam criar leis para melhorar essa situação.”
- Felipe de Sousa, 6º ano
“Sim, a proibição do cassino online deveria voltar, pois pode causar dependência emocional, física e mental, causando sintomas como ansiedade, sedentarismo e estresse, além de problemas financeiros. ”
- Alicia Cassimiro, 7º ano
“Sim, porque as pessoas ficam viciadas em apostas e acabam gastando dinheiro das contas, para apostar, ficando endividadas.”
- João Vitor, 7º ano
“Sim, a proibição de cassinos online é uma questão de saúde pública. Jogos de azar são extremamente perigosos para a saúde mental da sociedade, já que, uma vez introduzido a eles, a sua vontade de jogar só cresce. E quando se vê, já virou um vício muito perigoso.”
- Raphaella Birolli, 8º ano
“Sim, acredito que a proibição de cassinos online deveria ser instaurada, uma vez que esses jogos geram diversos problemas para a sociedade como os vícios, deixando cada vez mais difícil abandonar as apostas.”
- Mário Andalecio, 8º ano
“Eu acredito que não exatamente proibido, mas tem que haver mais restrições.”
- Davi Alves, 9º ano
“Sim, porque as pessoas não têm discernimento nem conhecimento, e quando ganham uma mixaria, ficam felizes, tendo a falsa ideia de que podem ganhar mais a cada vez que jogarem.”
- Lara Alves, 2º EM
“Sim, eu acho que tem que continuar proibido, porque vemos várias notícias de pessoas fazendo atrocidades com a própria família, se suicidando, porque perderam muito dinheiro com as casas de apostas. Então, se fosse continuar, teria que haver uma grande revisão na lei, como um limite diário para apostar, bancos fazerem um rastreio de todo o dinheiro que é apostado e criar um limite de dinheiro apostado.”
- Rafael Paulino, 1º EM
Fique por Dentro
Inteligência Artificial e o desafio do meio ambiente
Servidores de IA exigem alto consumo de água e levantam debate sobre sustentabilidade
O avanço da inteligência artificial (IA) está impulsionando a inovação em diversos setores, mas também traz preocupações ambientais. Para manter em funcionamento os data centers que processam sistemas de IA, é necessário resfriamento constante, o que resulta em um consumo elevado de água e energia.
Estudos apontam que alguns centros de dados chegam a gastar milhões de litros de água por dia, (cada 20 a 50 interações com modelos como o ChatGPT, cerca de meio litro de água pode ser consumido). Esse volume preocupa especialistas, sobretudo em regiões onde a escassez hídrica já é um problema. Além do risco de competição com o abastecimento humano e agrícola, há também impactos ecológicos quando a água é devolvida ao meio ambiente em temperaturas mais altas.
Diante desse cenário, pesquisadores defendem alternativas como o uso de sistemas de resfriamento mais eficientes, o reaproveitamento da água em circuito fechado e a instalação de data centers em regiões naturalmente mais frias. Paralelamente, a IA pode contribuir para a própria sustentabilidade, ao oferecer ferramentas que otimizam o uso de energia, reduzem desperdícios e apoiam a gestão de recursos naturais.
O debate em torno da IA, porém, vai além do meio ambiente. Pesquisas revelam a existência de um precariado digital: trabalhadores invisíveis responsáveis por treinar sistemas de inteligência artificial em condições de baixa remuneração e instabilidade. Esse aspecto social reforça que os impactos da IA são amplos e exigem atenção em diferentes frentes.
Isabela Medeiros
Imagem: (SENKO Advanced Components)
Disponível
Denúncia de Felca sobre “adultização” de crianças gera debate e reação no Congresso O influenciador Felca reacendeu o debate sobre a “adultização” de crianças e adolescentes nas redes sociais após divulgar um vídeo com denúncias de exposição indevida de menores em conteúdos digitais. A repercussão do caso levou à mobilização de parlamentares, especialistas e entidades de proteção à infância.
No vídeo, publicado em agosto, Felca apresentou casos em que meninas e meninos aparecem em situações com conotação sexual ou comportamentos adultos. Ele também mencionou o que chamou de “algoritmo P”, que, segundo o influenciador, favorece a circulação desse tipo de conteúdo e aumentaria o alcance de vídeos que sexualizam crianças. A denúncia ganhou grande repercussão e resultou em novos projetos de lei no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, parlamentares apresentaram propostas para criminalizar a “adultização digital” e aumentar a responsabilidade das plataformas sobre o conteúdo publicado. No Senado, o PL 2.628/2022, que cria regras para proteger crianças em ambientes digitais, foi aprovado e aguarda sanção presidencial. Especialistas destacam que, embora o termo “adultização” ainda não seja definido por lei, comportamentos ligados a essa prática podem ser enquadrados em crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), como exploração sexual, assédio e exposição indevida. Psicólogos alertam para os riscos emocionais e sociais causados pela perda precoce da infância e pela pressão estética e sexual imposta por ambientes virtuais.
O debate também envolve as grandes plataformas digitais, acusadas de não agir com rapidez suficiente para remover conteúdos inapropriados. Empresas como Google e Meta afirmaram estar revisando suas políticas internas e aprimorando mecanismos de denúncia e verificação de idade.
O caso trouxe à tona a necessidade de discutir limites éticos e legais no uso das redes por crianças e adolescentes, além da importância da fiscalização e do diálogo familiar para prevenir situações de exposição e exploração digital.
‘LEI Felca‘ é sancionada para combater adultização de crianças na Paraíba: Lei foi nomeada em homenagem ao youtuber e humorista Felca, que publicou um vídeo denunciando casos de exposição sexualizada de menores nas redes sociais G1, [S l.], p 1, 3 set 2025 Disponível em: https://g1 globo com/pb/paraiba/noticia/2025/09/03/lei-felca-e-sancionada-para-combater-adultizacao-de-criancas-na-paraiba.ghtml. Acesso em: 16 out 2025
A LEI Felca e o futuro da proteção jurídica infantil: do algoritmo à responsabilidade. Jusbrasil, [S. l.], p. 1, 22 set. 2025. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-lei-felca-e-o-futuro-da-protecao-juridica-infantil-do-algoritmo-a-responsabilidade/4946339554. Acesso em: 16 out. 2025.
As novas taxações de Trump
As taxações do Trump influenciaram muitos países. Alguns foram mais afetados e outros, menos. O Canadá, por exemplo, teve sua tarifa elevada de 25% para 35%. "Em resposta à contínua inação e retaliação do Canadá, o presidente Trump considerou necessário aumentar a tarifa de 25% para 35% para lidar efetivamente com a emergência existente", afirmou a Casa Branca.
Outros países também foram incluídos na nova rodada de tarifas, como Brasil, Síria, Israel e África do Sul.
Na Síria foram taxados impostos corporativos de 28%, taxas de importação variando de 5% a 40%, dependendo do produto, e a taxa de juros de política de 5,00%, incluindo uma tarifa de 41% imposta pelos Estados Unidos, que afetou seu comércio.
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exibe tabela de tarifas a produtos importados em evento na Casa Branca, em 2 de abril de 2025 [Demetrius Freeman/The Washington Post via Getty Images]
Nós países com má relação com Estados Unidos ou com presidente Donald Trump, as tarifas foram aumentadas. O Brasil não foi citado pelo presidente mais é um deles. No dia 9 de julho, Trump publicou uma carta endereçada ao presidente Lula (PT) anunciando a aplicação de tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados. Na lista das taxações feitas, os produtos taxados são café não torrado, instalações e equipamentos de engenharia civil, carne bovina, madeira parcialmente trabalhada e dormentes de madeira, cal, cimento e outros materiais de construção.
TRUMP afirma ter aplicado tarifa de 50% a países com os quais relação ‘não tem sido boa‘: Presidente dos Estados Unidos discursou durante evento em Washington, na noite desta quinta-feira (23). Brasil está entre os países taxados em 50%.. G1, [S. l.], p. 1, 23 jul. 2025. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/07/23/trump-afirma-ter-aplicado-tarifa-de-50percent-a-paises-com-os-quais-relacao-nao-tem-sido-boa.ghtml. Acesso em: 21 out. 2025.
TRUMP lança tarifas contra seis países árabes; pior taxa atinge a Síria. MEMO - Monitor do Oriente Médio, [S. l.], p. 1, 1 ago. 2025. Disponível em: https://www.monitordooriente.com/20250801-trump-lanca-tarifas-contra-seis-paises-arabes-pior-taxa-atinge-a-siria/. Acesso em: 21 out. 2025.
TARIFAÇO: Veja lista de itens mais exportados do Brasil que serão taxados: Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na última quarta-feira (30) um decreto executivo que oficializa a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. CNN Brasil, [S. l.], p. 1, 31 jul. 2025. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/tarifaco-veja-lista-de-itens-mais-exportados-do-brasil-que-serao-taxados/. Acesso em: 21 out. 2025.
Lucas Fulquim
Brainrot, pandemia digital
‘’Brainrot”, em português ‘’podridão cerebral’’, foi eleita a palavra do ano em 2024. No dicionário da Universidade de Oxford, define-se como "a suposta deterioração do estado mental ou intelectual de uma pessoa, especialmente vista como resultado do consumo excessivo de material (principalmente conteúdo online) considerado trivial ou pouco desafiador". Definição que se encaixa muito bem com a tecnologia da tela infinita, usada nas redes sociais em vídeos curtos como, TikTok, Instagram Reels e YouTube Shorts.
Imagem: (WIKIPÉDIA)
Disponível em: https://pt wikipedia org/wiki/Doomscrolling
O problema maior, além da ânsia pelo próximo vídeo, é o conteúdo pouco ou não informativo, de conteúdos gerados por inteligência artificial. Um exemplo são os famosos brainrots italianos, que são criaturas caricatas feitas da mistura de algum animal com algum objeto, como o ‘’Tralalero Tralala’’, um tubarão de 3 pernas que usa tênis. Há também memes sem nenhuma graça real, que apenas servem para repetição e outros conteúdos rápidos muito estimulantes, que acabam com o sistema de recompensa do cérebro.
Em outras tendências, é possível observar um poderoso instinto consumista no qual coisas irrelevantes se tornam o novo alvo da moda, como os recentes morangos do amor, labubus e os bobbie goods, cadernos de colorir para adultos que, segundo o site de negócios ISTOÉDINHEIRO representam os 4 primeiros lugares no ranking de livros mais vendidos no Brasil no ano de 2024. No ano de 2025, a pesquisa indica que esses livros representam os 5 primeiros no ranking de vendas até 20 de junho de 2025. Inclusive, batem recordes de vendas e eventos como a Bienal do livro.
Pedro Divino
ENTREVISTA
“O caminho que você trilhou até aqui é o que te faz ser único”
Nesta edição do jornal, vamos conversar com Giovanna Rosa Borges Pereira, uma ex-aluna do Colégio Casimiro de Abreu. Bacharel em Ciências Sociais pela UFRJ e Tecnóloga em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pelo IFSP, atualmente atua como Analista de Dados. Além da sólida formação, também teve experiências marcantes no jornal da escola, que contribuíram muito para seu crescimento pessoal e profissional. Nesta entrevista, ela compartilha lembranças da época escolar, da faculdade e da sua trajetória até o mercado de trabalho.
Que lembrança do Casimiro vem a sua mente quando pensa na época de estudos?
Eu me lembro, principalmente, do último ano. Durante 11, dos 18 anos da minha vida, até então, eu havia passado todos os dias no Casimiro. Por todo esse tempo e por ser uma escola pequena, eu conhecia todos os professores, todos os funcionários e quase todos os alunos, o que me deixava muito confortável nesse espaço. Então, por ser nosso último ano, a gente teve a liberdade de conseguir ter diversos momentos especiais, com os trotes e algumas brincadeiras que fizemos ao longo do ano No final daquele ano, a escola preparou um show de talentos, a direção e os professores organizaram uma cerimônia improvisada de colação de grau pra minha turma Depois de todas as apresentações das outras turmas, eles homenagearam cada formando e nos entregaram nosso diploma. Isso me fez entender e valorizar ainda mais o carinho e a atenção que todas aquelas pessoas nos deram ao longo desses anos.
Teve algum professor ou projeto escolar que te inspirou a seguir o caminho que trilha hoje?
O professor Sérgio foi uma grande inspiração pra mim, durante minha trajetória na escola. Desde o meu primeiro ano no Casimiro até o último, ele me deu diversas aulas e foi um dos principais responsáveis em estimular meu senso crítico e questionador. Eu ficava encantada com a versatilidade que ele tinha em conseguir debater sobre qualquer assunto de maneira tão centrada e profunda. Me impressionava muito a sua capacidade de observação e leitura dos outros e das situações, além da forma como ele sempre me instigava a questionar o porquê das coisas. Ele foi um dos principais responsáveis por eu escolher fazer Ciências Sociais.
Você participou de algum projeto ou atividade escolar que ajudou na sua carreira atual?
O próprio jornal da escola foi um projeto muito importante, com todas as atividades que precisávamos desenvolver. Foi com o jornal que comecei a estimular meu senso crítico e criativo. Precisei aprender a falar e entrevistar outras pessoas, evoluí meu senso estético para conseguir pensar na diagramação e no storytelling daquilo que queríamos mostrar na edição e também pude desenvolver ainda mais a minha escrita e a forma como me posicionava. Foi muito divertido também! Eu era responsável por realizar a diagramação e ajudei em alguns outros pontos de definição Poder fazer uma atividade mais prática e dinâmica e ter o senso de responsabilidade por algo, me motivaram muito a me dedicar cada vez mais para conseguir produzir aquilo que eu queria.
Você atuou quanto tempo no jornal e o que mais aprendeu durante esse período?
Confesso que não me lembro exatamente. Minha turma foi uma das primeiras a produzir o jornal da escola, então, com muita ajuda da Professora Gildete, pudemos estruturar e desenvolver as edições. Essa experiência me ensinou a importância do trabalho em equipe e a responsabilidade que cada um carrega sobre sua parte, para que o todo possa ser concretizado.
Desde o 2º ano EF até o 3º do EM, qual lembrança ou aprendizado mais marcou sua trajetória?
Tenho um carinho imenso pelos professores que tive durante esse tempo, além de todo o pessoal da escola. Eles foram extremamente importantes na minha conquista de conseguir estudar em uma das melhores universidades públicas do país, não apenas por toda base de conhecimentos que conquistei durante esses anos, mas por terem acreditado e confiado em mim. Quando passei na UFRJ, meus pais, por medo de todo o caos e violência do Rio de Janeiro, não queriam que eu fosse estudar lá, apesar de ter passado um ano inteiro me sacrificando para que isso se concretizasse. A tia Inês e alguns professores, vendo tudo isso acontecer, tiveram diversas conversas com meus pais para que eles mudassem de ideia e me deixassem seguir o meu sonho.
Você fez curso preparatório para o vestibular?
Eu fiz um ano de cursinho preparatório, porém conciliando com o último ano do Ensino Médio. Dessa forma, de manhã participava normalmente das aulas na escola e, à tarde, assistia às aulas no cursinho. Isso serviu de reforço para me empenhar ainda mais nos estudos.
Como foi o momento inicial da faculdade aquela fase de caloura, com a cara pintada e tudo?
Foi a concretização de muita luta Eu passei o ano anterior inteiro estudando e sacrificando muito da minha vida social em prol de entrar na universidade. Eu deixei minha casa e minha família, fui pra um lugar novo, que eu não conhecia ninguém, só pra poder estar ali.
Durante sua trajetória acadêmica e profissional, houve algum momento que exigiu de você reinventar sua forma de trabalhar ou aprender algo novo?
A minha mudança de carreira foi um grande desafio nesse sentido. Eu já estava acostumada a estudar e ler muito, mas me debruçar sobre um novo tema, uma nova área e tarefas mais práticas, me obrigaram a reinventar os meus processos de estudos e aprendizados, já que muitas coisas eu tive que realmente aprender do zero.
Como sua formação em Ciências Sociais contribuiu para sua atuação como Analista de Dados?
Durante minha formação em Ciências Sociais, condicionei meu olhar para enxergar o mundo de maneira mais crítica, tentando encontrar explicações que não eram tão óbvias à primeira vista. Analisar, entender como diversos dados podem ser relacionados, extrair uma nova informação desses dados e, por fim, encontrar a melhor maneira de comunicar as descobertas realizadas são atuações de ambas as áreas.
Quais foram os maiores desafios que você enfrentou ao migrar de uma área mais social para uma área tecnológica?
O maior desafio foi lidar com as minhas próprias inseguranças e ansiedades Estar novamente em uma sala de aula, me gerou uma grande sensação de estar atrasada, sensação que só passou quando um dos meus professores me fez entender que todo conhecimento é válido e importante. Assim, parei de me comparar com meus colegas, passei a buscar qual área da Tecnologia mais me identificava, levando em consideração não apenas os meus gostos e afinidades, mas onde também poderia utilizar e me destacar pelos conhecimentos adquiridos em Ciências Sociais.
Que conselhos daria hoje para quem ainda está na escola e sonha em seguir uma trajetória como a sua?
Pense bem e com calma naquilo que você realmente quer fazer e no caminho que quer seguir, mas não se prenda a isso. Entenda que, com 17,18 anos é impossível saber exatamente o que você vai querer para o resto da vida. A gente muda o tempo todo e vive coisas completamente diferentes. Então “tá tudo bem” se o caminho que você escolheu não faz mais sentido pra você. Tá tudo bem se replanejar e começar uma nova trajetória, porque tudo o que te levou até ali, também te ensinou muito e é o que te diferencia de todos os outros.
Que conselho você daria para alguém que deseja migrar de uma área mais humanística para uma carreira tecnológica, mantendo relevância em ambos os campos? A área tecnológica é muito grande e variada. Há diversas possibilidades de atuação e vagas completamente diferentes. Encontre aquilo que você tem mais afinidade, o que te deixa mais confortável dentro das habilidades que você já está desenvolvendo. E não esqueça nunca: o caminho que você trilhou até aqui é o que te faz ser único. Se agarre ao seu potencial e mostre para o mercado que você é excepcional!
ACONTE
TROTES
mostra cultural
projeto alimentação saudável
concurso cultural
Beatriz Vitória, Sophia Belchior e Prof.ª Gildete Silva
ENTRETENIMENTO
Epic: The Musical - Uma jornada além da Odisséia
“Epic: The musical” é uma adaptação interessante do poema épico, “Odisseia”, escrito por Homero. O autor do musical explora pontos que, muitas vezes, são ofuscados na obra original, devido ao principal tema que é o sentimento de raiva do personagem Aquiles. Além disso, o enredo e os pontos básicos são inicialmente retirados do poema de Homero, mas os temas, a mensagem geral e a história, que o criador genial está tentando dizer, são completamente diferentes do original.
O que mais chama atenção é como a animação, criada por Jorge Rivera-Herrans em 2022, traz atualidade a um texto antigo, com canções que, não só contam uma história, como também transmitem os sentimentos profundos dos personagens. Porém, por não seguir na íntegra o enredo do original, definitivamente, não é um guerra de tróia.
material para ser usado como estudo da história da
Sinceramente, o musical de animação faz parte de um dos meus primeiros contatos com musicais no geral e, posso dizer que “Epic: The musical”, me incentivou, não só a ir em busca da história original, como também a procurar outros conteúdos do mesmo gênero, aguçando minha curiosidade sobre uma área artística que, até então, não despertava meu interesse.
Apesar de ter alguns pontos a melhorar e de não ter uma animação tão elaborada, é sim uma criação que eu recomendaria por cumprir seu papel como musical e ser de fácil acesso, além da boa trilha sonora e do ótimo enredo, que me causou um misto de sentimentos durante toda a animação
Manuella Costa Imagem: (Ei Nerd) Disponível em: https://www einer d com/o-que-eepic-the-musicalque-conquistoufas-no-mundotodo/
Mentirosos - Verdades por trás de mentiras.
A série “Mentirosos”, adaptação do livro de E Lockhart, é uma mistura de suspense, mistério, drama e uma forte crítica social. A trama gira em torno de um grupo de adolescentes pertencentes a uma família rica, com muitos segredos e disputas pelo poder.
A série é narrada, na maior parte, pela perspectiva de Cadence Sinclair, uma jovem que sofre um acidente misterioso na ilha da família, ocasionando uma amnésia.
O suspense é muito bem construído, trazendo várias dúvidas sobre o que realmente aconteceu, já que a personagem não lembra do acidente, tornando a narrativa envolvente. Além disso, há uma crítica à superficialidade das relações baseadas no dinheiro e no status social.
No entanto, a série também tem suas fragilidades, com diálogos repetitivos e personagens secundários não suficientemente aprofundados, o que reduz o impacto de certas reviravoltas.
Apesar disso, “Mentirosos” cumpre sua função: provocar reflexões sobre mentiras e o peso da culpa. O mistério e a tensão psicológica mantém o público atento até a revelação final, que é impactante e deixa marcas no espectador. Fabiana Queiroz
Uma sexta-feira mais louca ainda
O filme “Uma sexta-feira mais louca ainda”, produzido por Jordan Weiss e Mary Rodgers, traz uma narrativa com as atrizes Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis interpretando as personagens principais, trocando de corpos e aprendendo lições valiosas.
Anna tem uma filha e se prepara para ser madrasta, enquanto Tess, agora avó e ganhadora de um Oscar, também está em um momento de grandes mudanças. A troca de corpo acontece com as filhas das personagens do primeiro filme, que não se suportam, mas aprendem a se amar.
Imagem: (Cine Gracher)
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Uma das coisas que mais gostei de ver foram as meninas tentando se virar uma na vida da outra, uma bagunça atrás da outra! E, mesmo continuando a história do primeiro filme, consegue ser divertido e único, com uma história simples, mas que prende a pessoa que assiste. Além de ter piadas fáceis de entender, que fazem a gente rir toda hora. Adorei ver como o filme tem tantos momentos muito engraçados, quanto situações emocionantes sobre família, amizade, e união. E é uma ótima opção de filme para assistir com a família.
CHARGE
Veronika V. Bôas
Expediente
Revisão de Textos e Coordenação: Prof.ª Gildete Silva.