JornalCana 348 (Dezembro 2023/Janeiro 2024)

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Dezembro 2023/Janeiro 2024

Série 2

Número 348

Colombo navega na Indústria 4.0 rumando para superar desafios

A usina avança no mercado de açúcar e bate recordes de produtividade




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CARTA AO LEITOR

Dezembro 2023/Janeiro 2024

índice MERCADO

carta ao leitor

RenovaBio precisa de alterações, afirma Miguel Ivan, pai do programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 e 7 Créditos de descarbonização em detalhes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 e 9

Andréia Vital - redacao@procana.com.br

Team Building na jornada agroindústria 50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 Redi@Cana responde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 Ecoatingx inaugura unidade em Ribeirão Preto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 Capuz 51 Rothobras é incomparável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15

AGRÍCOLA Em última reunião de 2023, IAC apresenta maior censo varietal do país . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 Maré Fertilizantes anuncia inauguração de nova fábrica em 2024 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 Com adoção da agricultura regenerativa, produtor de Batatais – SP aumenta produtividade e eficiência em suas lavouras e cana-de-açúcar . . . . . . . . . . . . . . .18 e 19

INDUSTRIAL Colombo navega na Indústria 40 rumando para superar desafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20 a 23 21ª edição do SINATUB Internacional traz diversas inovações tecnológicas . . . . . . . . . . . . .24 e 25 Otimização em tempo real impulsiona gestão industrial inteligente nas usinas do Nordeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26 e 27

ROAD SHOW Road Show da Transformação Digital passa pelo Nordeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28 e 29 Ingenio La Cabaña eleva eficiência e exportação Grupo São Luiz investe na indústria e supera marco histórico de moagem . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 de energia através de controle avançado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 Usina Ferrari é TOP na utilização de Laços Fechados integrados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 IrricaNOR foi sucesso de público e conteúdo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 6º Seminário UDOP de Inovações promove encontro de amigos e profissionais . . . . . . . . .32 e 33

EVENTOS Antônio de Pádua Rodrigues é homenageado durante 6º Seminário UDOP de Inovações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34 e 35

MASTERCANA Carmeuse Brasil inova em soluções para o setor sucroenergético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36 MasterCana Award e MasterCana Brasil celebram a integração tecnológica . . . . . . . . . . . . .38 a 42 Lideranças destacam desenvolvimento e justiça social no MasterCana Nordeste . . . . . . . .42 a 46 Grupo Jatobá foca no aumento da produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47 ALS leva etanol de milho para o Nordeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47 Do Sonho à Realidade: Pindorama inicia testes de produção de etanol de milho e se torna a primeira usina flex do Norte-Nordeste do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . .48 e 49 Usina União e Indústria investe no resgate social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 Presidente do Sindicape recebe troféu do MasterCana Nordeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50

”… mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3:13-14

Perspectivas doces para o futuro do setor bioenergético? Vivemos um momento promissor no setor bioenergético, reflexo não apenas da demanda crescente por produtos mais sustentáveis, mas também da capacidade do Brasil de inovar e adaptar−se às exigências do mercado global. As perspectivas para o futuro do setor são igualmente doces, se projetarmos o panorama atual para os negócios a serem realizados na próxima safra. Prova disso é que, em 2023, os preços médios, em dólares, foram 24,5% maiores para o açúcar bruto e 19,3% para o açúcar refinado. Com números surpreendentes relacionados à safra 2023/24, a Colombo Agroindústria ilustra a matéria de capa desta edição e é exemplo da boa fase do setor. Após superar os desafios climáticos de 2021, a companhia investiu significativamente em inovação, planejando uma nova fábrica de açúcar. A marca Caravelas destaca−se nacionalmente, liderando as vendas de açúcar refinado no Brasil. Os esforços para recuperar o canavial resultaram em um aumento expressivo na moagem, na produtividade e em toneladas de ATR por hectare. A estratégia focada em açúcar, representando 49,2% da produção, reflete a capacidade da empresa de se adaptar rapidamente às condições de mercado. A trajetória da Colombo Agroindústria destaca−se como exemplo de resiliência e inovação no setor agroindustrial. A edição também destaca os números referentes à Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que completou seis anos desde a sua instituição, pela Lei 13.576, de 26 de dezembro de 2017. O programa já evitou a emissão de 100 milhões de toneladas de CO2 equivalente, de janeiro de 2020 até agosto de 2023, período em que realmente ocorreram as negociações dos créditos de descarbonização (CBIOs) na bolsa de valores brasileira (B3). Apesar dos excelentes resultados, a política enfrenta desafios, como tentativas de desconfiguração por parte de algumas distribuidoras que buscam favorecer os combustíveis fósseis. Nesta edição, em entrevista exclusiva ao JornalCana, Miguel Ivan Lacerda de Oliveira, considerado o "pai" do RenovaBio, destaca a necessidade de algumas alterações, como a desoneração tributária do CBIO e a ampliação do programa para além da usina, marcando o uso da terra e a geração de bioenergia. Ele ressalta que as ações para desestruturar políticas de captura de carbono são retrógradas e prejudiciais ao país e ao mundo. Ainda neste contexto, Paulo Costa, Coordenador do Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Mineração (SGM) do Ministério do Meio Ambiente (MME), oferece insights detalhados sobre os Créditos de Descarbonização (CBIOs). Costa ressalta o rápido crescimento do mercado, com expectativa de negociação de 77,9 milhões de CBIOs em 2023, e a importância da estabilidade regulatória para a robustez contínua do RenovaBio, destacando o risco regulatório como um desafio persistente. Entretanto, apesar das conquistas notáveis, desafios persistem. Mudanças climáticas, questões logísticas e oscilações nos preços das commodities são fatores que demandam atenção constante. Nesse contexto, a busca por práticas agrícolas mais eficientes e sustentáveis é crucial, não apenas para a resiliência do setor, mas também para garantir que a produção de cana−de−açúcar continue sendo uma força positiva para o meio ambiente. Nesta edição, o leitor poderá conferir as ações em que as usinas e os produtores estão investindo nesse sentido. Além disso, traz também os premiados no MasterCana Award e MasterCana Brasil e detalhes sobre o Road Show da Transformação Digital no Nordeste. É muito conteúdo interessante. Boa leitura.



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MERCADO

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RenovaBio precisa de alterações, afirma Miguel Ivan, pai do programa Em entrevista exclusiva, ele aponta o que deve ser modificado na Política Nacional de Biocombustíveis

A Política Nacional de Biocom− bustíveis (RenovaBio) chega aos pri− meiros seis anos de vida desde a insti− tuição da Lei 13.576, em 26 de de− zembro de 2017. Como programa de Estado, que externaliza o potencial dos biocom− bustíveis para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa nos transportes, o RenovaBio oferece uma série de exemplos positivos. Um deles: desde o início da ope− racionalização do programa, em janei− ro de 2020 e até agosto de 2023, fo− ram evitadas as emissões de 100 mi− lhões de toneladas de CO2 equiva− lente para a atmosfera. Para efeito de comparação, esse montante representa 5% das 2,42 bi− lhões de toneladas de CO2 lançadas pelo país em 2021, conforme a orga− nização Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). A marca dos 100 milhões de CO2 “atesta o compromisso do Brasil com o meio ambiente, a partir de uma po− lítica de Estado construída a muitas mãos pelos setores público e privado, e aprovada pelo Congresso Nacional”, afirma Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana−de− Açúcar e Bioenergia (UNICA). Outro exemplo positivo do Re− novaBio: 318 produtores de biocom− bustíveis do país estão devidamente certificados no programa pela Agên− cia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e, assim, es− tão aptos para emitir os créditos de descarbonização (CBIOs), equivalen− tes, cada um, a uma tonelada de CO2. Luciano Rodrigues, diretor de Economia e Inteligência Setorial da UNICA, destaca a eficiência do pro− cesso de operacionalização da ANP no monitoramento da certificação e na geração de lastros dos CBIOs. “Hoje, mais de 90% da capacida− de produtiva dos biocombustíveis têm sua pegada de carbono auditada por planta industrial por esse proces− so”, afirma.

Programa enfrenta desfiguração Mas apesar da excelência dos re− sultados, o RenovaBio enfrenta ten− tativa de desconfiguração. Em no− vembro, um grupo de distribuidoras tentou pressionar o governo a desfi− gurar o programa e beneficiar os combustíveis fósseis, como revela matéria do Valor, Em nota, a UNICA destaca que “os argumentos trazidos na matéria são evidente exercício de desonesti− dade intelectual com as autoridades e com a opinião pública brasileira. A suposta escassez de CBIOs (Créditos de Descarbonização) foi le− vantada pelas mesmas empresas em julho deste ano, quando afirmaram que não haveria créditos suficientes para o cumprimento das suas metas em setembro. Entretanto, o que se viu ao final de setembro foi uma oferta de CBIOs muito superior ao necessário para o atendimento das metas – vale ressaltar, inclusive, que na ocasião cerca de 6 milhões de CBIOs foram aposentados além do exigido, permitindo uma an− tecipação do cumprimento das metas previstas para março de 2024. Não fosse suficiente, os elementos trazidos vão de encontro à postura do governo brasileiro, que tem dado pro−

vas concretas de seu compromisso com o avanço no combate às mudan− ças climáticas”. Conforme a UNICA, “infeliz− mente, contudo, a cena não é nova. Depois de terem atuado para que o Congresso Nacional não aprovasse o RenovaBio em 2017, essas distribui− doras pressionaram o Executivo para que ele não fosse regulamentado. Quando aprovado, fizeram de tudo para descaracterizar o programa, espe− cialmente no governo passado. Agora, mais uma vez, organizam− se para pressionar e para desmontar um conjunto de políticas públicas ambientais que fazem do Brasil uma referência global no processo de des− carbonização do setor de transportes”. Afinal de contas, o RenovaBio precisa ou não ser alterado? Para saber mais a respeito, o Jor− nalCana entrevista − com exclusivi− dade − o pai do programa, Miguel Ivan Lacerda de Oliveira. Analista da Embrapa, ele foi di− retor do Departamento de Biocom− bustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), sendo responsável pelo desenvolvimento da Política Nacional de Biocombustíveis (Re− novaBio), instituído pela Lei 13.576/2017. Oliveira também foi diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Confira a entrevista:

Jor nalCana: Qual seu balanço desta política de Estado que comple− ta os seis pr imeiros anos em dezembro de 2023? Miguel Ivan − Em termos de po− lítica pública, o RenovaBio é um pro− grama muito recente. E infelizmente ele foi interrompido pela pandemia da Covid 19, que mudou regras. Depois, teve uma política de va− lorização do combustível fóssil tan− to na redução da tributação, como para lidar com os efeitos da própria pandemia. O RenovaBio é uma política de sucesso que tem se estruturado, que tem garantido um olhar estratégico para a bioenergia, mas que, devido à pandemia, precisa ainda de alguns anos para ser avaliado, corrigido, se isso for necessário. Mas eu avalio que o RenovaBio é um programa que teve, sim, impacto ambiental, no modelo de produção mais sustentável para o país. Passados esses pr imeiros seis anos, o senhor,‘pai’ do RenovaBio, far ia al− guma alteração em nome de ajustá− lo em alguma direção? O RenovaBio precisa, sim, de al− gumas alterações. Entre as principais alterações necessárias está a desoneração tribu− tária do crédito de descarbonização (CBIO). Isso porque a oneração en−


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equivalente por unidade. Essa energia CO2 capturada é que deveria ser a grande política de carbono.

carece o modelo de tributação. Outra alteração necessária nos processos é reduzir os custos de transação. Além destes dois, há outro aspec− to importante [de alteração] é que, se fosse possível hoje, com o aprendiza− do que temos, ampliar o RenovaBio para além da cadeia da usina. Ou seja, a montante marcar o uso da terra, e, a jusante, marcar o tipo de como a energia é gerada e o uso da bioenergia com a biomassa. Esses aspectos devem ser conside− rados, mas devem ser estudados. Isso tem que ser com base em ciência, não de vontade. Assim como quando foi construído o RenovaBio, a ciência que ser base de qualquer alteração a ser construída. A possível regulação do mercado de carbono veio para confundir com− panhias que voluntar iamente estão certificadas no RenovaBio? Do jeito que está sendo feito, a regulação do mercado de carbono veio sem considerar o RenovaBio co− mo caminho que poderia ser trilhado para toda despesa de energia. [Consi− derá−lo] faria muito mais sentido. [Como a regulação é feita] gera confusões, mas acho que ainda há tempo de consertar, ou seja, estru− turar o RenovaBio de uma forma

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que o CBIO seja valorizado e que funcione como crédito de carbono, mas não no modelo tradicional de mitigação, mas no modelo de fungi−

bilidade [troca, substituição] e de adicionalidade. Ou seja, em um modelo que abarcasse a transição de joule por CO2

Diante as recentes ofensivas em que se pede renovação do prog rama − suger indo que a par te obr igada deve ser a produtora de combustível e não as distr ibuidoras −, dá para dizer que o RenovaBio vive uma perseguição? Em toda política pública, em todo programa de desenvolvimento, sempre há aquelas pessoas que tinham ganho no modelo anterior. Isso aconteceu, por exemplo, com os ludistas [movimento de operários], quando começou a industrialização na Europa, e que invadiam fábricas e queimavam máquinas, porque eram contra as máquinas. Mas é inegável: existe mudança do clima, existe aquecimento global e ações precisam ser feitas. Todas as ações para desestruturar as políticas de captura de carbono, de li− dar com problemas de mudanças cli− máticas e aquecimento global, são movimentos retrógrados. E isso é ruim para o país, é ruim para o mundo e é ruim para a pró− pria indústria brasileira, porque se fi− ca numa discussão de preservar o ga− nho de pequenos grupos em detri− mento do ganho para a sociedade e para a humanidade.


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Créditos de descarbonização em detalhes Coordenador no Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Mineração (SGM) do Ministério de Meio Ambiente (MME), Paulo Costa foi analista de infraestrutura do MME, entre fevereiro de 2008 e fevereiro de 2021, e membro da equipe de cons− trução do RenovaBio. Liderou a articulação, com o setor financeiro, do processo de emissão, negociação e aposentadoria dos cré− ditos de descarbonização (CBIOs) do RenovaBio negociados na B3. Em artigo exclusivo para o Jor− nalCana, Costa destaca detalhes do programa. Confira:

Origem A Política Nacional de Biocom− bustíveis (RenovaBio, Lei 13.576, de 26/12/17) nasceu dentro de um ce− nário em que a importação de com− bustível era crescente e o sistema ope− rava no limite. Existiam muitas usinas com ala− vancagem alta e/ou em recuperação judicial. Havia a necessidade de po− líticas ambientais para o cumpri− mento das metas do Acordo de Paris,

Dentro do hall de políticas públi− cas, o RenovaBio se destaca pela ar− ticulação realizada entre os setores de biocombustíveis, petróleo, logística e financeiro em prol da construção de uma moeda ambiental, o crédito de descarbonização (CBIO).

Fungível e intercambiável

mas, claro, sem espaço para renúncia fiscal, e sem recursos do BNDES com taxas abaixo daquelas praticadas pelo mercado.

Construção do CBIO O RenovaBio surge, então, de um líder visionário (Miguel Ivan Lacerda de Oliveira) dentro do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, que era composto por profissionais especialistas no mer− cado financeiro, simulação computa− cional e redação legislativa.

Desde o princípio, o CBIO foi construído para que fosse fungível e intercambiável entre os ativos da mes− ma categoria, de maneira que não fos− se possível e necessário identificar o seu emissor. Acreditava−se na construção de um mercado secundário de CBIOs com liquidez crescente, transparente e que tivesse a divulgação das infor− mações necessárias para construção dos preços.

Apassos largos De fato, o mercado tem aconteci− do. Em 2023 devem ser negociados 77,9 milhões de CBIOs, com um vo− lume financeiro de R$ 8,8 bilhões. Considerando que em 2020 foram negociados 25,9 milhões de CBIOs com um volume financeiro de R$ 1,1 bilhão; em 2021, 51,2 milhões de CBIOs com volume financeiro de R$

2 bilhões e, em 2022, 62,2 milhões de CBIOs com volume financeiro de R$ 6,9 bilhões, o mercado tem se desen− volvido a passos largos.

Processo de formação Ao sucesso desse mercado estão atribuídos a confiabilidade do proces− so de formação do lastro do CBIO, que envolve o processo de certifica− ção, a emissão da nota fiscal, o envio ao sistema SERPRO/ANP e a escri− turação em uma instituição financei− ro; e os processos de registro e nego− ciação na B3. A negociação acontece em mer− cado organizado cuja função princi− pal é controlar, manter e garantir ambientes ou sistemas para o encon− tro de ofertas e a realização de negó− cios com formação eficiente de pre− ços. Funções essas que aumentam a confiança dos investidores no merca− do secundário.

Sem identificação O crédito de descarbonização po− de ser negociado por qualquer inves− tidor em um ambiente que garanta a não identificação das contrapartes, de modo a mitigar manipulações indevi−


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das desse mercado, numa aproximação do modelo de concorrência perfeita. A participação de outros investi− dores ameniza o desbalanceamento do setor de distribuição de combustíveis que se concentra em apenas quatro empresas (Vibra, com 28%; Ipiranga, 20%; Raízen, 19%; e Alesat, 3%, repre− sentando 68% do mercado nacional).

Novos compradores Outro ponto que pode contribuir para o aumento da liquidez é a nova regulamentação da Comissão de Valo− res Mobiliários (CVM) (Resolução 175, de dezembro de 2022), que abriu a possibilidade de novos compradores aos CBIOs, os fundos de investimen− tos financeiros.

Redução de custo A aquisição do CBIO por inves− tidores que não fazem parte do setor, mas que mesmo assim desejam redu− zir a emissão de gases de efeito estufa, traz uma redução de custo ao consu− midor final de combustíveis. O CBIO também induz o au− mento da oferta de biocombustíveis, com destaque para o etanol hidratado, que compete de forma indireta com a gasolina nos postos revendedores, possibilitando mais uma redução no preço da cesta de combustíveis ao consumidor.

MERCADO

Mercado de derivativos

Sem a necessidade de regulamen− tação adicional, mas como algo ino− vador, está a construção do mercado de derivativos de CBIOs. O derivativo possibilita que as duas partes de um contrato estabele− çam a compra e a venda do CBIO a ser liquidado em data futura preesta− belecida por um preço previamente combinado. O registro do contrato para entre− ga futura permite a redução do risco de oscilação no preço do CBIO para o distribuidor e, ainda, permite um melhor provisionamento dos custos. O produtor de biocombustível percebe a venda para entrega futura como uma operação de financiamen− to em que poderá precificar os CBIOs a uma taxa mais atrativa que o seu Capital Asset Pricing Model (CAPM) [modelo de precificação de ativos fi− nanceiros].

Compra de defensivos Esse novo formato de negociação abre oportunidades para a troca de in− sumos ou produtos agrícolas por CBIOs a serem entregues numa data futura e por um preço predetermina− do entre as partes. Ou seja, um produtor de biocom− bustíveis pode comprar defensivos agrícolas para sua lavoura utilizando

CBIOs a serem entregues a um preço remunerador para ambas as partes.

Modelo atender fornecedor de cana Esse mesmo modelo também atenderia o fornecedor de cana−de− açúcar que agrega mais sustentabilida− de na produção de uma determinada usina de etanol. Esse fornecedor, então, passaria a ter CBiIO em uma data futura em quantidade proporcional ao seu ganho de eficiência pagando o custo de emissão ou zero. Trata−se, em verdade, de uma so− lução de mercado em que o produtor de etanol dá a posse do Crédito de Descarbonização ao seu fornecedor de cana.

Supera iniciativas de taxação de carbono O Crédito de Descarbonização tem valor internacional dentro da agenda mundial de sustentabilidade na produção de uma determinada, que supera as iniciativas de taxação de car− bono e mercados de licença de emis− sões. A longevidade do mercado de CBIOs passa pela intercambialidade com outros mercados de carbono, que

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deve ser buscada pelos representantes governamentais e pela iniciativa pri− vada, como, por exemplo, o Mercado de Redução e Compensação de Emissões da Aviação Internacional (Corsia), o Mercado Europeu de Créditos de Carbono, e o recente Mercado de Carbono do Setor de Energia Chinês.

Novo entendimento Além disso, a entrada de investi− dores pessoa física deve ser perseguida para aumentar a liquidez do mercado e reduzir a amplitude das variações de preço do CBIO. Por esse motivo, a construção de um novo entendimento com as cor− retoras e distribuidoras de valores mo− biliários faz−se necessário.

Risco regulatório Dos pontos levantados, verifica− se muitas possibilidades e a necessida− de de estabilidade regulatória para que todas ganhem materialidade. Ou seja, para que o RenovaBio fique robusto, faz−se necessário que a Política Nacional de Biocombustíveis não passe por alterações. Como no meio político cada um que passa tende a deixar sua marca, mesmo que negativa, o risco regula− tório é e sempre será o maior risco do RenovaBio.


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TEAM BUILDING NA JORNADA AGROINDÚSTRIA 5.0: PREPARANDO O PROFISSIONAL AGROEXPERT 5.0 PARA A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO SETOR SUCROENERGÉTICO

Estamos preparados para essa [R]Evolução? O setor sucroenergético é exemplo pela sua capacidade de ab− sorção de novas tecnologias e desenvolvimento susten− tável. Isso só é realidade pelo empenho, capacidade e per− severança dos profissionais que atuam no dia a dia do campo e da indústria. Agora é a vez da Transformação Digital e Inteligência Artificial, por uma nova missão: a Jornada Agroindústria 5.0. O sucesso e exploração plena dos benefícios da Revolução da Industrial 5.0 dependem da mudança de mentalidade (mindset) da liderança e da formação de um novo profissional: o Agroexpert 5.0. Es− tamos preparados para receber esse upgrade em nossa cognição humana pela Inteligência Artificial e dispostos a nos preparar adequadamente para essa nova missão? Não Existe Revolução Sem Quebra de Paradigmas e Modelos Mentais. Paradigmas são modos de conduta que, com o passar do tempo, se tornam enraizados e con− solidados em nossa maneira de pensar, agir e reagir. A quebra de paradigmas, nas empresas, é um constante e ár− duo desafio por significar “o rompimento de um modo ou padrão de pensamento ou ação já praticados por mui− to tempo e substituí−lo pela novidade”. Isso não precisa ser árduo, pois é necessário para o avanço tecnológico e sustentabilidade das corporações.Trata−se de uma evo− lução natural causada pelas revoluções científicas que, em sua essência, significa mudar os padrões de pensamentos e comportamentos atuais e a maneira como fazemos as

coisas por novos modelos frutos da descoberta de novos conhecimentos e novas tecnologias. Mas, o novo, na grande maioria das vezes, e ainda mais quando é desco− nhecido, proporciona desconfianças, inseguranças e in− certezas, nos prendendo aos nossos padrões atuais, limi− tando nosso desenvolvimento tanto emocional como profissional. Portanto, é paradoxal pensarmos em revolu− ção tecnológica sem quebra de paradigmas e modelos mentais. Se quisermos conduzir realmente o setor su− croenergético ao patamar da Agroindústria 5.0, está mais do que na hora de rompermos nossos paradigmas e mo− delos mentais. “Se não quer ser substituído pela máquina, não haja como uma”! Definitivamente, as tecnologias como Mi− neração de Dados, Aprendizado de Máquina, Visão Computacional, Computação Cognitiva e Programação em Nuvem, aliadas a um conhecimento Agronômico Profundo, Bioestatística, Ecoinformática, Modelagem de Culturas e Internet das Coisas, estão se tornando as res− ponsáveis pela descoberta de novos conhecimentos es− condidos em bilhões de informações coletadas a cada dia sobre o Manejo de Culturas. Para completar, os Sistemas de Previsão e Suporte à Tomada de Decisões Assertivas serão os tomadores de decisões das recomendações de monitoramento e utilização de cada insumo, defensivo e operação a serem realizadas no local correto, na hora certa e da melhor forma possível.A cognição humana é limi− tada e jamais conseguiremos analisar bilhões de informa− ções, quatrilhões de combinações possíveis e tomar a de− cisão correta para sistemas complexos em cada situação que temos. Não teremos chance se tentarmos competir com a máquina. Portanto, seja mais humano do que nunca, mas preparado para a [R]Evolução! É preciso desenvolver as habilidades do novo profis− sional para a Agroindústria 5.0. Cabe a nós então reali− zarmos o que nenhuma máquina consegue fazer, para não ser substituído por ela. Além disso, ter “o conhecimento para manipular e operar as máquinas para realizarem o

que cabe a elas na Era Digital e da Inteligência Artificial. Cada um no seu quadrado.” Segundo o Fórum Econô− mico Mundial, as seguintes habilidades comportamentais que serão arrebatadoras são: 1. Resolução de problemas complexos 2. Pensamento crítico 3. Criatividade 4. Liderança e gestão de pessoas 5. Trabalho em equipe 6. Inteligência emocional 7. Julgamento e tomada de decisões 8. Orientação a serviços 9. Negociação 10. Flexibilidade cognitiva A criação do Team SMARTFARMING e o desen− volvimento de cada AGROEXPERT5.0 é de primordial importância durante a Jornada Agroindústria 5.0. Não te− mos mais barreiras tecnológicas para esse avanço. Conta− mos com uma Plataforma Completa, Integrada e na Pal− ma da Mão para Operação, Monitoramento, Manejo e Gestão de Culturas 5.0. Algo exclusivo no mundo. No entanto, precisamos de profissionais preparados para or− ganizar e levar essa avalanche de inovações tecnológicas até nossos parceiros, as usinas e associações de fornecedores para receber, implantar e conduzir tecnologias, soluções e serviços que realmente promovam maximização da pro− dutividade e sustentabilidade do setor. Foi pensando nis− so que criamos, dentro do SMARTBREEDER ACA− DEMY, em parceria com o PECEGE o Programa de MBA exclusivo, disruptivo e completo para a Formação de Profissionais e para o Credenciamento de Consultores SMARTBREEDER: O AGROEXERT5.0: Ciência, Tecnologia e Liderança na Jornada Agroindústria 5.0. Seja um AGROEXPERT5.0 você também! O se− tor sucroenergético precisa de nós! SMARTBREEDER − Sua parceira na Jornada AGROINDÚSTRIA 5.0.


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REDI@CANA RESPONDE QUANTO VALE UMA VARIEDADE DE CANA-DEAÇÚCAR E O SEU MANEJO CORRETO

A REDI@CANA®, Maior Rede de Experimentação Digital e Inteli− gência Artificial para Avaliação das Melhores Práticas de Manejo para a Cultura da Cana−de−açúcar do Mundo, foi apresentada na edição passada deste Jornal. Q u em p a r ti c i p a da R E D I @ CA NA ® t e m a c e s s o a o Maior Prog ra ma de Manejo Va r ietal do M und o a t r avé s d a Pla t af o r m a S M ARTB I O VAR IE DA DE S de− senvolvida e administrada pela SMARTBREEDER®. Na Figura 1a, apresentamos a tela principal dessa Plataforma que permite o acesso a Dashboards autoexplicativos, em tempo real e gerados com dados normalizados e estatisticamente analisados para permitir a avaliação da performance de cada variedade com elevado grau de repetibilidade, milhares variações de ambientes e manejo e, portanto, com alta preci− são. Cabe destacar alguns links. O Tech St a t ion ® é que uma solução para Digitalização, Armazenamento, Análise e Gestão de Experimentos Agrícolas, permitindo que dados se− jam coletados e análises sejam reali− zadas também para clones ou varie− dades recentemente lançadas. As In− t el ig ê ncia s S M ARTB I O que per− mitem a determinação dos compo− nentes que determinam sucesso ou oferecem risco para a boa perfor− mance de cada variedade, dentre os mais de 1.000 fatores ambientais, operacionais e de manejo, presentes no DATA OCEAN®. Com isso, criamos a Bu la Va r i et a l E le t rô nica, onde encontramos as condições de alocação e as de restrição para cada variedade. O próximo passo é, com base na Bula Varietal e no conheci− mento das características ambientais e das operações, manejo e colheita que estão planejadas para cada talhão, a Aloca ção Var ieta l Automát ica rea− lizada em segundos, considerando qual variedade é mais adaptada para ser cultivada em cada microagroe− cossistema. Em seguida, estamos ap− tos a elaborar um Plano Quinquenal de Readequação Var ietal para maxi− mização da produtividade e susten− tabilidade agrícola.

Não se preocupe, a Platafor ma SMARTBIO VARIEDADE®, um Sistema de Previsão e Supor te à To− mada de Decisões Asser tivas, fará tudo isso por você e de maneira automáti− ca, em segundos, alocando a varieda− de ideal para cada talhão, nicho ou microagroecossistema (IDEÓTIPO), com base em bilhões de dados, qua− trilhões de situações possíveis e as ca− racterísticas específicas de cada talhão para decidir onde, quando e como alocar cada uma das variedades dispo− níveis no mercado. Isso tudo através de data mining, aprendizado de máquina, visão computacional, computação cognitiva, programação em nuvem e modelagem de cultura, permitindo o desenvolvimento de um fluxograma estratégico, exclusivo e disruptivo pa− ra o Maior Programa de Manejo de Variedades do Mundo (Figura 1b). Mas, vale a pena investir em No− vas Var iedades e Manejo Var ietal? Qual o retor no disso? Analisando o comportamento va− rietal em função de diferentes condi− ções de ambiente e manejo presentes na base de dados do DATA OCEAN® da REDI@CANA® (Figura 1c), no− ta−se uma correlação direta entre a idade da liberação de cada variedade e o seu desempenho e uma grande va−

riação de produtividade dos ambien− tes e manejos menos favoráveis para os mais favoráveis. Ganhos expressivos de R$ 5 mil reais por hectare com o melhoramen− to genético podem ser atr ibuídos aos últimos 20 anos. Como exemplo, a variedade SP813250, liberada em 1995 e que muito contribuiu para o setor sucroe− nergético, teve sua performance sen− do superada gradativamente pela pro− dutividade de cada nova variedade que foi lançada e se tornou, em determi− nado momento, a mais cultivada do Brasil. A liberação da RB86−7515, em 1997, contribuiu com 68,35 toneladas por hectare (t/ha). Em 2005, foi a vez da CTC 04 com 82,09 t/ha, seguida pela RB96−6928, em 2010, com 84,21 t/ha. Num cenário mais atual, a resposta à mudança genética da varie− dade SP813250 para a CTC9003 ou RB97−5201 pode significar, em mé− dia, um ganho 30 de t/ha. Se trans− formarmos em valor monetário, con− siderando 137 quilogramas de ART por tonelada de cana (Figura 1d) e o valor de R$ 1,2148 por kg de ATR (ref. Udop de outubro de 2023), te− mos um ganho total de R$ 5,0 mil por hectare somente nos últimos 20 anos. Isso mostra que os ganhos foram

significativos, constantes e acumulati− vos. No entanto, apesar dessas duas variedades terem sido lançadas há mais de 10 anos e apresentarem TCH mé− dio de 97, cada uma delas está presen− te em apenas 5% da área cultivada da REDI@CANA, indicando a lentidão na aceleração do uso de novos mate− riais genéticos. Para aguçar ainda mais sua curiosidade, tem muitos materiais novos interessantes na Plataforma SMARTBIO VARIEDADE®. Var iação ainda maior, totalizando R$ 9,1 mil por hectare, é obser vada quando se muda do pior para o me− lhor ambiente/manejo. Então, a RE− DI@CANA® indica também a ne− cessidade de adequação da alocação e do manejo para cada variedade. Exemplificando, a produtividade da RB97−5201 aumentou 55 t/ha do ambiente e manejo menos para o mais adequado. De maneira similar ao cál− culo realizado acima, essa variação corresponde a R$ 9,1 mil. Os mestres dos meus mestres já diziam: “o investimento de maior re− torno na lavoura de cana é a escolha, alocação e manejo corretos de cada variedade” SMARTBREEDER Rompendo Paradigmas




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MERCADO

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Ecoatingx inaugura unidade em Ribeirão Preto Empresa é distribuidora autorizada da International Tintas empresa do grupo Akzo Nobel No dia 15 de dezembro, a cidade de Ribeirão Preto ganhou sua primei− ra unidade da Ecoatingx, empresa es− pecializada em soluções de revesti− mento anticorrosivo e proteção de su− perfícies para o setor industrial. A em− presa conta com mais de 40 anos de experiência na especificação de tintas e revestimentos, oferecendo soluções de alta complexidade técnica, alinhadas às normas ISO 12944 e Norsok M−501. A Ecoatingx é distribuidora auto− rizada da marca International, do gru− po Akzo Nobel, líder mundial em re− vestimentos de proteção industrial, marítimos e iates.

A unidade de Ribeirão Preto é a terceira loja do grupo e atenderá a todo interior do Centro Oeste Paulista, alcan− çando as regiões metropolitanas de: Ri− beirão Preto, Bauru, Marília, Araraquara, São Carlos e São José do Rio Preto. “Este dia 15/12/2023 foi muito especial, tivemos a oportunidade de co− memorar junto com a Ecoatingx 20 anos de parceria como nossos distribui− dores e ainda inaugurar mais um pon− to de apoio deste nosso importante parceiro. Acreditamos no potencial da região e estamos prontos para atender todas as demandas necessárias, certo que a presença local em Ribeirão Preto ex− pandirá nossa participação e oferta dos nossos produtos aos clientes que bus− cam qualidade, economia e produtivi− dade na região”, destacou a AkzoNo− bel, através da marca International. A unidade de Ribeirão Preto está localizada na avenida Doutor Luiz Augusto Gomes de Mattos, 273 − Jardim Jóquei Clube.


MERCADO

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Capuz S1 Rothobras é incomparável Produto é compatível com as colhedoras de cana das principais marcas do mercado Com características mais robustas e distribuição de matéria prima de forma inteligente, o Capuz S1 Rothobras, apresenta resultados 30% superiores aos capuzes convencionais no quesito durabilidade e é compatível com as colhedoras de cana das principais marcas do mercado. A qualidade do produto se de− ve ao processo inovador implantado em sua fabri− cação, que permite depositar maior quantidade de polietileno nas áreas específicas de alto fluxo e de maior desgaste. Produzidos em polietileno de alta densidade, com proteção UV e com aplicação de 15% a mais de carga, o Capuz S1 Rothobras é a evolução em ganho de performance que o setor aguardava. Além de oferecer menor desgaste da estrutura, sua robus− tez entrega maior resistência aos impactos, uma vez que as áreas mais críticas de exaustão possuem es− pessura maior. Nos capuzes convencionais ocorre o inverso porque, quando o polietileno é depositado no mol− de, ele se dissipa de forma homogênea e cobre toda a área com a mesma espessura. Porém, as áreas do capuz mais afetadas pela ação da exaustão durante a limpeza na colhedora são totalmente distintas. No processo convencional de fabricação, nos pontos de maior desgaste o capuz tem menor espes−

sura e vice−versa. Isso limita sua vida útil, gerando aumento de custos e outros prejuízos como menor operacionalidade e disponibilidade do equipamento. O sistema de moldes utilizados na Rothobras possibilita a fabricação de um produto inteligente, controlando com exatidão os pontos específicos que necessitam de uma camada mais espessa de matéria prima, ou seja, nas áreas de maior contato e maior desgaste. Isso garante um capuz mais resistente, sem rupturas e com uma superfície homogênea e lisa.

Há 15 anos, a Rothobras oferece soluções em rotomoldagem em polietileno que atendem o agro− negócio nos segmentos de cana, pecuário e grãos, e também os setores de indústria, saneamento e cons− trução, fornecendo produtos termoplásticos resisten− tes, atóxicos e com excelente custo−benefício. Ob− tenha mais informações pelo WhatsApp da empresa: CONTATO: (16 3394−3579) https://bit.ly/contatorothobras


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AGRÍCOLA

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Em última reunião de 2023, IAC apresenta maior censo varietal do país Cerimônia também marcou a entrega do prêmio Excelência 2023 Com um total de 228 unidades re− censeadas até a safra 2020/21, num to− tal de 6,3 milhões de hectares mapea− dos, o Grupo Fitotécnico de Cana IAC, apresentou em sua 7ª e última reunião de 2023, o maior censo varie− tal de cana do país, divulgando na oca− sião, as variedades que mais se destaca− ram na safra 2023/24. Rubens Braga Junior, coordenador do programa varietal, mostrou dados do Censo Varietal IAC, um trabalho que levanta informações sobre as áreas de variedade no maior número possí− vel de unidades produtoras de cana de açúcar no Brasil. Dividido em etapas, o trabalho teve início em maio de 2023 com o início da coleta de dados do censo varietal de áreas cultivadas. No mês de setembro, teve início a coleta de informações sobre a intenção de plantio e no mês de novembro acon− teceu o encerramento da coleta de dados na região Centro−Sul do Bra− sil e início da coleta de dados na re− gião Norte−Nordeste. Segundo o censo, a média de TCH nas dez últimas safras na região Centro Sul, nas canas de 1º e 2º corte ficou em 93,1, sendo que nos demais cortes a média cai para 64,8, sendo que a mé− dia ponderada entre os estágios de cor− te e a área de cada estágio Média (EMC) histórica da região Centro−Sul é de 3,38 cortes. De acordo com o censo, na região Centro−Sul, em área plantada, as três primeiras variedades são RB966928, RB867515 e CTC4.

A usina vencedora do prêmio Excelência, foi a Usina São Luiz do Grupo Quagliato, localizada na região de Assis - SP

O IAC também promoveu um censo para quantificar a intenção de plantio no Brasil. O estudo teve como objetivo levantar informações sobre a intenção de plantio de variedades, en− tre os meses de abril/2023 e mar− ço/2024, em todas as unidades produ− toras de cana de açúcar (usinas, destila− rias, associações de fornecedores, etc). Ao todo foram alcançadas 173 uni− dades recenseadas, totalizando 834.970 hectares recenseados, o que também configura o maior levantamento de in− tenção de plantio do Brasil. No estado de São Paulo, o estudo abrangeu uma área de 440 mil hecta− res, com informações colhidas em 83 empresas. As variedades que ocupam as três primeiras colocações respectiva− mente são: RB975242, com um per− centual de 11,6%, RB966928 com 5,7% e CTC 4 com 5,6%. Quando se analisa o Brasil como um todo, numa área de 835 mil hecta− res, com dados de 173 empresas, as três primeiras posições ficaram com a RB975242 com um percentual de

8,9%, seguida pela CTC4 com 5,9% em terceiro lugar a RB966928 com 5,4%. Durante a última reunião do ano o IAC promoveu também a entrega do Prêmio Excelência, criado com a intenção de valorizar as unidades pro− dutoras que adotam as melhores prá− ticas no uso de variedades do Progra− ma Cana IAC. As informações para a definição dos ganhadores foram obti− das através do Censo Varietal IAC – Safra 2023/24. O prêmio destaca as unidades pro− dutoras e associações de fornecedores com menor Índice de Atualização Va− rietal (IAV) e menor Índice de Con− centração Varietal Ajustado (ICVA), na média dos rankings. As usinas Florestópolis (Alto Alegre − PR), Destilaria Nova União (Grupo Denusa GO − TO), Usina Branco Pe− res (Araçatuba − SP), Usina Monte Verde (Grupo BP Bunge MS), Usina Buriti (Grupo Pedra, Ribeirão Preto − SP), Usina Santa Maria (Piracicaba − SP), Usina Ferrari (Jaú − SP), Usina São José da Estiva (S.J.do Rio Preto − SP)

e Usina Uberaba (MG) conquistaram o prêmio na categoria regional. Para a seleção nacional os crité− rios de avaliação incluem: área culti− vada superior a 5 mil hectares; I.A.V. menor ou igual que 5 anos; e I.C.V.A. menor ou igual a 0,45. Na categoria nacional a usina vencedora do prêmio Excelência, foi a Usina São Luiz do Grupo Quagliato, localizada na região de Assis − SP. Para Marcos Landell do IAC, des− tacou que as reuniões do Grupo Fito− técnico realizadas desde 1991, ainda em caráter informal, e a partir de 1992 já formalizada, acompanham mudanças importantes na canavicultura. “Como por exemplo a introdução da cana crua talvez a mais significativa, que alterou estratégias de nutrição, preparo de so− lo, o surgimento de novas pragas, co− mo a cigarrinha, enfim foi uma grande escola a oportunidade de debater todos esses temas aqui. Esses censos realizados se convertem em informações valiosís− simas para todo o setor”, disse Landell. O subsecretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Pau− lo, Orlando Melo de Castro, destacou o importante trabalho realizado pelo IAC. É um trabalho que serve como orien− tação para a canavicultura no Brasil. O evento contou também com a participação de Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da UNICA, que falou sobre a safra 2023/24 e o futuro da energia renová− vel. Em relação a transição energética, Rodrigues afirmou que ela será lenta e complexa, mas que as projeções para bioenergia na matriz mundial reservam muitas possibilidades de crescimento. Ele chama a atenção, no entanto, que o etanol terá que disputar espaço com novos concorrentes, no segmento de fonte renovável de energia.

As reuniões do Grupo Fitotécnico realizadas desde 1991, ainda em caráter informal, e a partir de 1992 já formalizada, acompanham mudanças importantes na canavicultura


AGRÍCOLA

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Maré Fertilizantes anuncia inauguração de nova fábrica em 2024 Unidade em Guatapará - SP - terá capacidade para 300 mil t/ano A Maré Fertilizantes, especializada na produção, comercialização e fornecimento de infraestrutura para aplicação de fertilizantes líquidos, anunciou a construção de duas novas fábricas para atender à demanda crescente do mercado. Atualmente, a fá− brica própria, localizada em Cravinhos − SP −, tem capacidade para produzir 70 mil t/ano de fertili− zantes líquidos, e uma nova fábrica entrará em fun− cionamento a partir de 2024 em Guatapará − SP − com capacidade para 300 mil t/ano, sendo uma das maiores do país em termos de volume. O plano de expansão da empresa, que também vende fertilizan− tes sólidos para todo o Brasil, prevê ainda outra fá− brica para 2025. De acordo com Alexandre Schoubek, diretor comercial da Maré Fertilizantes, a nova fábrica está localizada em um ponto estratégico, pois Guatapará é próxima a várias usinas. Essa logística é essencial para que a empresa continue atendendo ao merca− do consumidor de ponta a ponta indo desde a pro− dução, armazenamento, venda e entrega, até a inte− ligência de aplicação. “Trabalhamos lado a lado com usinas do setor sucroenergético e produtores das mais diversas culturas, gerando rentabilidade e in− vestimento assertivo, o que proporciona melhor re−

Clientes da Maré Fertilizantes têm à disposição, por meio de comodato, uma infraestrutura completa de aplicação de fertilizantes líquidos

Nova fábrica da Maré Fertilizantes, em Guatapará -SP, terá capacidade para 300 mil t/ano, sendo uma das maiores do país em termos de volume

torno. Assim, ganhamos a confiança dos clientes, o que gerou a necessidade de expansão”, explica. O destaque da Maré Fertilizantes está nas so− luções oferecidas para a aplicação do produto, ou seja, uma infraestrutura completa com modernos equipamentos de aplicação à disposição do cliente, além do acompanhamento técnico para atender a cada tipo de necessidade. O pacote tecnológico da Maré Fertilizantes é completo, pois inclui consul− toria técnica agronômica, infraestrutura e inteli− gência de aplicação de fertilizantes líquidos e dife−

rencial logístico. Isso implica em economia e melhor custo/be− nefício para o produtor, independentemente do ta− manho de sua propriedade, pois os equipamentos são cedidos em comodato e pelo tempo necessário para a aplicação dos fertilizantes, eliminando inves− timentos e a ociosidade de maquinário. Uma equi− pe especializada presta consultoria e todo o supor− te técnico em relação a utilização e customização dos produtos, gerando assim aumento na produti− vidade das lavouras.


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Foto: Aziz Rassi, produtor de Batatais/SP, segurando uma parte de solo da área tratada com a Biotecnologia Microgeo®.

Com adoção da agricultura regenerativa, produtor de Batatais - SP aumenta produtividade e eficiência em suas lavouras de cana-de-açúcar Há mais de 25 anos no ramo agrí− cola, o produtor Aziz Rassi, da pro− priedade Fazenda Santa Rosa, locali− zada em Batatais, no interior de São Paulo, conseguiu revolucionar a pro− dução de cana−de−açúcar em sua fa− zenda após aderir em seu manejo a Biotecnologia Microgeo®. Com uma área total cultivada de 1050 hectares, sendo a maioria destinada ao cultivo de cana, Rassi enfrentava um desafio constante: baixa produtividade. Porém, desde que adotou a Biotecnologia Microgeo®, tudo mudou. “Todo o nosso equipamento é muito tecnificado, porém a gente não conseguia ultrapassar os três dígitos de produtividade. Quando conhecemos a Microgeo e entendemos que a vida do solo é tão importante quanto a adu−

bação, tão importante quanto a pró− pria vida da cana, foi quando tudo co− meçou a melhorar”, disse Rassi. A Biotecnologia mostrou−se ex− tremamente eficaz na melhoria da saú− de do solo e no desenvolvimento do canavial. Mesmo durante o inverno, quando as canas geralmente ficam se− cas e prejudicadas, a produção de Rassi se destacava pela sua coloração verde e por brotarem primeiro do que os vizi− nhos. Os especialistas que visitavam sua propriedade sempre se impressionavam com a resistência e vitalidade das canas de Rassi, mesmo em períodos de es− tresse para a cultura. “É impressionan− te. Não importa a empresa que vem aqui, se é o agrônomo da cooperativa, se é o RTV de alguma empresa de produto químico, eles sempre identifi−

cam que a nossa cana está sempre me− nos estressada”, contou o produtor. Rassi detalhou que um dos prin− cipais desafios enfrentados na planta− ção de cana é a compactação do solo, devido ao uso de maquinário pesado, como colheitadeiras e tratores. No entanto, com o equilíbrio do micro− bioma do solo, através da solução bio− lógica produzida com o Microgeo®, esse problema foi resolvido surpreen− dendo o agricultor com resultados in− críveis. "É uma coisa assim, inimagi− nável, a gente não tinha como acre− ditar, foi uma surpresa muito grande. E quando a gente viu isso, que o re− sultado veio para a parte química do solo, melhorando a eficiência de uso de adubo, melhorando a disponibili− dade de fósforo, impressionou demais",

comemorou. A diferença mais significativa ob− servada nas áreas de cultivo com a Biotecnologia foi o aumento na pro− dutividade. “Geralmente quando vo− cê aplica um produto que acaba ele− vando muito o TCH (Tonelada de Cana por Hectare) você acaba bai− xando o ATR (Açúcares Redutores Totais). E a Biotecnologia Microgeo® não faz isso. Ele mantém e até eleva a quantidade de açúcar e aumenta bas− tante a produtividade”, contou. O Coordenador de Desenvolvi− mento de Mercado da Microgeo, Marco Antonio Farias, acompanha a área desde 2020 e complementa: “A média das últimas 4 safras foi de 17 TCH por safra, considerando duas sa− fras de colheita real e duas safras com


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avaliação da biometria na área com aplicação da Biotecnologia”. Para comprovar a eficácia da tec− nologia, Rassi participa de um proje− to de pesquisa da Embrapa Meio Am− biente, de Jaguariúna/SP, onde foram realizadas comparações entre áreas com e sem a aplicação do produto. O resultado das análises das enzimas pre− sentes no solo revelou diferenças sig− nificativas entre as áreas, com um au− mento de 40% das enzimas nas áreas tratadas com a Biotecnologia Micro− geo®. Isso evidencia a importância de equilibrar o microbioma do solo para aumentar a produtividade. O sucesso alcançado pelo produ− tor vem chamando a atenção não apenas de seus vizinhos e colegas agricultores, mas também de grandes empresas do setor sucroenergético. A qualidade e vitalidade de sua cana são motivo de destaque, levando muitos a procurarem por informações sobre o produto em sua propriedade. Rassi tem compartilhado seus conhecimen− tos e experiências com outros agri− cultores, promovendo assim o desen− volvimento e crescimento da agricul− tura sustentável. “A gente tá sempre trocando informação, sempre comen− tando o que eu tô usando e muita gente já veio até conhecer a Bioesta−

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ção. Já tive amigos que vieram pegar produto para fazer teste, o pessoal tá interessado”, contou Rassi. O produtor disse ainda que já tem planos de instalar uma nova Bioesta− ção em uma propriedade no municí− pio de Jardinópolis (SP) e concluiu: "Todas as empresas que estão cami− nhando de forma séria estão olhando pro lado biológico e também só assim estão conseguindo produzir mais. Te− mos que pensar em sustentabilidade, pensar no futuro, pensar nos nossos fi− lhos, pensar no planeta que a gente vai deixar. Usar produtos sim, mas da me− lhor forma possível e o biológico está aí pra ficar e otimizar cada vez mais a nossa produtividade”, finalizou. Confira o depoimento do produ− tor Aziz Rassi em vídeo, acessando o QRCode abaixo:


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COLOMBO NAVEGA NA INDÚSTRIA 4.0 RUMANDO PARA SUPERAR DESAFIOS A usina avança no mercado de açúcar e bate recordes de produtividade Nesta safra 2023/24, os ventos da inovação seguem impulsionando as caravelas da Colombo Agroindústria, que ao que tudo indica, segue nave− gando em águas tranquilas. Após su− perar a turbulência de 2021, marcado pela adversidade climática, a Compa− nhia segue em “Mar de Almirante”, projetando indicadores extremamen− te favoráveis. A empresa está numa crescente fantástica, investindo em maquinário, em programas, tecnologia, funcioná− rios, e com plano de implantação de uma nova fábrica de açúcar no ano que vem. A marca Caravelas, com mais de 27 anos de atuação, se destaca no cenário nacional, especialmente no sul e su− deste do Brasil. Seu portfólio inclui açúcares refinado, cristal, demerara, or− gânico e mascavo. A empresa também fornece marcas próprias para grandes redes varejistas, ampliando sua presen− ça nas prateleiras e lares brasileiros. A última safra de 2022/23 foi mar− cada por resultados históricos no vare− jo. O Açúcar Caravelas atingiu o topo em vendas de açúcar refinado no Bra− sil, pela primeira vez em 27 anos, com uma participação de mercado de 25,7%, tornando−se líder no segmento. Essa conquista é fruto de um es− forço concentrado para recuperar seu canavial após um ano climaticamente adverso. Com uma moagem de 8,75 milhões de toneladas na safra 2022/23, comparada a 7,57 milhões na anterior, houve um aumento de 1,2 milhões de toneladas, ou 15,6%. A produtividade média subiu de 62,3 toneladas por hectare para 83,1 toneladas, um au− mento de 33,3% em relação ao ano anterior, retomando os níveis históri− cos de produtividade da empresa. Além disso, a Colombo alcançou excelentes resultados em Toneladas de ATR por Hectare (TAH), atingindo 11,4 TAH na safra recente, um au− mento de 36,7% em relação à safra anterior e uma das melhores métricas na história do grupo. A trajetória da Colombo Agroindústria destaca−se como um exemplo de resiliência e inovação no setor agroindustrial.

Anderson Travagini é CEO da Colombo Agroindústria desde 2022

Unidade Palestina

Durante a safra recente, a Colom− bo Agroindústria adotou uma estraté− gia de produção focada no açúcar, re− presentando 49,2% do total, em com− paração com 41,6% na safra anterior. Essa decisão se baseou na manutenção de preços mais vantajosos para o açú− car em relação ao etanol. A capacida− de da companhia de ajustar rapida− mente seu mix de produção às condi− ções de mercado é uma de suas prin− cipais vantagens competitivas. Na safra 2023/24, o processamen− to da cana superou 12 milhões de to− nelada sendo esta, a maior moagem histórica do grupo. Anderson Travagini, CEO da Co− lombo Agroindústria, diz que os in− vestimentos da Colombo foram dire− cionados para a retomada da produti− vidade do canavial, visando resultados positivos na moagem da safra 2023/24, e para a preparação da indústria e da operação agrícola para o aumento significativo da moagem nas próximas safras. A empresa está focada em revi− talizar seu maquinário e equipamen− tos, garantindo que a operação esteja pronta para um maior volume de moagem nas safras futuras. Aponta pa− ra o compromisso da empresa com a inovação, modernização digital, se− guindo as tendências da Indústria 4.0.


Unidade Santa Albertina

“Garantir contenção de custos e excelência na saúde financeira da companhia é fundamental para que possamos continuar neste crescimen− to exponencial”, diz Anderson. “O foco da minha gestão é dar robustez no modelo de governança e garantir que as estratégias comerciais, financeiras, administrativas, gestão de pessoas e operacionais estejam em si− nergia para o alcance das metas pro− jetadas”, complementa Anderson. Fábio Rodrigo Magione, diretor comercial de commodities, expressou otimismo, destacando uma safra re− corde em termos de quantidade de cana, açúcar e etanol processados. Ele também apontou desafios logísticos, especialmente após a adoção de um novo formato de exportação. Magione explicou a implementa− ção de um novo sistema de empaco− tamento para exportação em sacas de 50 quilos na unidade de Santa Alber− tina, uma mudança visando redução de custos e melhoria na qualidade do açúcar produzido. “Enxergamos uma oportunidade de fazer mais volume, mas, ao invés de fazer o ensaque aqui na unidade de Ariranha, fez sentido fazer o empaco− tamento, no caso, lá em Santa Alber− tina, por conta de custos e poder me− lhorar a qualidade do nosso açúcar daquela unidade”, disse. Clever José de Faria, diretor co− mercial de Varejo, salientou a posição

de liderança da empresa no segmento de açúcar refinado. Ele também men− cionou a introdução de novos produ− tos como a sucralose e sachês de açú− car mascavo, que serão vendidos atra− vés do e−commerce. Rogério Azevedo, diretor finan− ceiro da Colombo, destaca aspectos notáveis das operações financeiras e indicadores da empresa na safra atual. Ele ressalta a manutenção do presti− gioso rating Triple A pela Standard & Poor's por três anos consecutivos, uma conquista rara e significativa, eviden− ciando a exigência da agência e a ex− celência da companhia. Azevedo aponta que, além da classificação de crédito, a Colombo se sobressai em indicadores de liquidez, comparando favoravelmente até mes− mo com outras empresas de Triple A e de mercado aberto. “Essa posição for− talece a empresa, preparando−a para ser uma escolha atraente no mercado caso decida abrir seu capital”, disse. Ele também menciona outros in− dicadores financeiros positivos da Co− lombo, como o serviço da dívida e a relação dívida/moagem, um parâme− tro muito considerado pelos bancos. Azevedo informa que a Colombo tem empreendimento financeiros sig− nificativos, como uma operação de Certificado de Recebíveis do Agro− negócio (CRA) de seis anos e a emis− são de uma debênture. “A empresa planeja uma nova

emissão de debêntures, voltada para o financiamento da expansão da fábrica e outros investimentos de capital, com um valor aproximado de 300 milhões e prazo de oito anos”, contou. Ele destaca que, apesar da possibilidade de estender o prazo para dez anos, a em− presa opta por equilibrar a amortiza− ção da dívida, uma estratégia financei− ra prudente e eficaz. Gustavo Henrique Barbosa, membro da equipe de contabilidade do Grupo Colombo, afirmou que o ano foi repleto de desafios significati− vos tanto para o setor quanto para a empresa. No entanto, a Colombo conseguiu implementar estratégias eficazes para reduzir custos significa− tivamente. Ele ressalta que, graças à alta capa− cidade de moagem, a empresa foi ca− paz de diluir seus custos fixos, resul− tando em um aumento notável no lu− cro líquido. “Comparando com o ano anterior, em setembro, o lucro líquido da empresa cresceu mais de 102%, acompanhado de um aumento na re− ceita de cerca de 20% e uma redução de custos na ordem de 2%, segundo uma análise vertical”, informou.

Modernidade e Sustentabilidade Segundo Travagini, a indústria su− croenergética brasileira é estratégica para o processo de transição energé−

tica mundial e a Colombo Agroin− dústria S/A, tem inovado seus proces− sos, operações e comercialização, de− monstrando o seu compromisso com a pauta ambiental, social e de gover− nança, alcançando resultados expo− nenciais. A otimização da produção agrícola é fruto da transformação dos proces− sos e operações da empresa e da ino− vação de práticas, como no uso e reu− so da água e do manejo do solo. CEO da Colombo desde 2022, Anderson Travagini destaca que o Grupo se mantém alinhado as melho− res práticas de governança e que o grupo busca alavancar o crescimento e a capacidade de processamento de forma sustentável, visando oportuni− dades de mercado. “Estamos avançando no processo de transformação digital, com opera− ções integradas e inteligência artificial, além da promoção do portfólio de produtos, alinhadas às práticas de sus− tentabilidade e responsabilidade am− biental”. Afirma Anderson. Evidências que a Empresa caminha a passos largos neste quesito são os prê− mios e selos conquistados em 2022 e 2023 sob a gestão de Anderson, entre eles, destaques para o Mastercana Social, Mastercana Centro−sul e Brasil, além do Master Award −Sugar and Ethanol Group of the Year e destaque individual na categoria referência em Liderança Empresarial e Executivo do ano.


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INDÚSTRIA

Investindo em tecnologia em prol da excelência operacional Para o próximo ano estão previstos investimentos na ordem de R$ 370 milhões A safra 2022/23 representou um período de desafios intensos para a Colombo Agroindústria, especial− mente na recuperação da produção após a crise climática de 2021. A empresa se concentrou em otimizar o uso de seus recursos, visando a ex− celência operacional e a maximiza− ção dos resultados. Com investi− mentos previstos de R$ 370 milhões para o próximo ano, a companhia se prepara para avançar ainda mais nes− se caminho. Uma das forças−chave do Gru− po Colombo é sua capacidade de flexibilizar a produção entre açúcar e etanol, ajustando−se à rentabilida− de de cada produto. Na safra 2022/23, com o açúcar apresentan− do uma vantagem de preço sobre o etanol, a empresa optou por aumen− tar a produção do alimento, alcan− çando um mix de 49,2%, em com− paração com 41,6% na safra anterior, uma diferença notável de 7,6 pontos percentuais.

Em termos de produção, a Co− lombo produziu 560 mil toneladas de açúcar, um aumento expressivo de 29,3% em relação às 433 mil tonela− das da safra 2021/22. Este aumento se deve ao maior processamento de cana e ao ajuste no mix de produção. No segmento de etanol, houve um crescimento de 2,3% na produ− ção, alcançando 376 mil metros cú− bicos na safra, mesmo com a mu− dança no mix em favor do açúcar. Por três anos consecutivos, a Colombo adotou uma estratégia comercial eficaz de comprar açúcar bruto no mercado, refiná−lo e dis− tribuí−lo no varejo. Utilizando sua capacidade de refino e empacota− mento, a empresa comprou e co− mercializou cerca de 29 mil tonela− das de açúcar, o equivalente a 230 mil toneladas de cana processadas com um mix 100% voltado para o açúcar. Essa abordagem é um dife− rencial competitivo significativo da Colombo, já que poucos players do setor possuem a infraestrutura ne− cessária para a produção e distribui− ção no mercado interno. Reginaldo Calciolari, diretor agrícola do Grupo Colombo, desta− cou os investimentos significativos em renovação de frota e aquisição de equipamentos para plantio mecani− zado, totalizando cerca de R$ 100

milhões. Ele ressaltou a importância desses investimentos para melhorar a eficiência da moagem. Anterior− mente, a moagem diária não era constante ao longo da safra com va− riações entre 40 e 50 mil toneladas. Agora, graças ao aumento de TCH (Toneladas de Cana por Hectare), canaviais mais produtivos e melhor disponibilidade de equipamentos devido à renovação da frota, a em− presa conseguiu manter uma entre− ga linear de 50 mil toneladas ao longo do ano em suas unidades. Uma outra estratégia adotada pela Colombo foi a transferência de cana de uma unidade para outra, operação que permitiu evitar a cana bisada. “Em virtude das moagens re− cordes, optamos, nesse ano, em transferir a cana excedente da uni− dade Palestina para as unidades de Santa Albertina e Ariranha. A ope− ração foi viabilizada em virtude da proximidade entre as unidades e do bom momento dos preços do açú− car”, explicou Calciolari. Hélio Pavani, diretor industrial da Colombo, destacou a importân− cia dos investimentos em tecnologia para alcançar os resultados atuais da usina. Ele mencionou especifica− mente a tecnologia S−PAA, que tem sido crucial para grandes moagens e controle de redes de vapor e ener−

Investimentos da Colombo foram direcionados para a retomada da produtividade do canavial, visando resultados positivos na moagem da safra 2023/24

Oficina localizada na Unidade Ariranha

gia, além de ajudar na gestão do mix de produção. “O S−PAA foi funda− mental para direcionar o fluxo de caldo e o controle de embebição de moenda, a fim de otimizar o mix de açúcar e lidar com variações no processo. Essa tecnologia também contribuiu para um recorde de co− geração durante períodos de alta moagem’, disse. Rodrigo Garcia Dominiquini, gerente corporativo de PCO/Torre de Controle destacou a importância vital da tecnologia 4.0 em impulsio− nar a eficiência e a inovação em to− das as esferas da empresa. Com um olhar estratégico, ele ressaltou a bus− ca constante por excelência e ino− vação, abrangendo desde o cultivo no canavial até os processos indus− triais e projetos estratégicos. Domi− niquini evidenciou a iniciativa pio− neira da empresa no desenvolvi− mento de um sistema integrado, destinado a otimizar a gestão pro− dutiva agrícola com Tecnologia 4.0. Esse sistema inclui a seleção crite− riosa de variedades de cana e solos, assim como a definição das melho− res épocas para plantio, tratos e co− lheita. Ele explicou com entusiasmo: “Já dispomos de soluções específicas para cada uma dessas fases, mas nos− so objetivo agora é criar uma plata− forma holística que unifique e refi− ne a logística operacional, desde o planejamento inicial até o processo


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Anderson Travagini: Grupo busca alavancar o crescimento e a capacidade de processamento de forma sustentável, visando oportunidades de mercado

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final de moenda. Essa integração não apenas aumentará a eficiência, mas também elevará significativamente os padrões de qualidade em todas as etapas.” Marco Antônio Ramiro, gerente corporativo de suprimentos, ressalta o expressivo volume de investimen− tos planejados para o próximo ano, estimados em torno de R$ 370 mi− lhões. Ele enfatiza a expansão da in− fraestrutura, incluindo a adição de um quinto terno na moenda na unidade de Santa Albertina, renova− ção de frota, e a construção da fá− brica de açúcar na unidade de Pa− lestina. Ramiro, com sua experiên− cia de 30 anos na empresa, também valoriza o foco no bem−estar dos colaboradores, destacando os bene− fícios crescentes em um período de alta produção de cana. Antônio Josias, gerente corpora− tivo administrativo/DHO pontua que a Colombo atualmente conta com cerca de 5.300 funcionários em suas três unidades e irá contratar mais 800 pessoas até o final de janeiro de 2024. “Além do plantio que se inicia em janeiro, já estamos contratando para a próxima safra, para que possa− mos investir nas pessoas. Nossos trei− namentos operacionais/técnicos se− rão realizados na entressafra” Josias também fala sobre o pro− grama "Conectado 220", que visa aumentar a produtividade agrícola através de um conjunto de técnicas operacionais padronizadas com foco na qualidade continua que vão do plantio à colheita. No âmbito das iniciativas de ESG (Environmental, Social, and Governance), a empresa vem ex− pandindo sua atuação no entorno com os programas socioambientais. Entre os projetos, destacam−se Co− lombo na escola e doce biodiversi− dade. A relação dos projetos pode ser visualizada no site da empresa (Re− latorio_anual_de_Sustentabilida− de_Safra_2021.pdf (km2.s3.amazo− naws.com). “Outras iniciativas estão sendo implementadas, como por exemplo o plano de fornecimento de energia mais barata para os colaboradores da empresa, através da parceria com empresas de energia sustentável, on− de o funcionário que aderir ao pro− grama passa a ter como benefício uma redução na sua conta de ener− gia”. explicou. Além disso, Josias destaca a reco− mendação da certificação Bonsucro nas unidades de Palestina e Santa Albertina no mês de dezembro, re− fletindo o compromisso da empresa com práticas responsáveis e susten− táveis no setor agrícola.


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21ª edição do SINATUB Internacional traz diversas inovações tecnológicas Os cursos da ProCana SINATUB vêm se transformando em sinônimo de aprimoramento para os profissionais que atuam no setor bioenergético Em sua 21ª edição, o SINATUB Internacional, que debateu temas co− mo caldeira, vapor, energia e biogás no dia 8 de novembro e, extração e ma− nutenção industrial no dia 9 de no− vembro, no Centro de Convenções Ribeirão Preto − SP, tendo como no− vidade neste último dia, o comparti− lhamento de temas da área de Gestão de Ativos, que apresenta uma verda− deira revolução nas ferramentas e tec− nologias. Desde 2001, os cursos da ProCana SINATUB vêm se transformando em sinônimo de aprimoramento e capa− citação para os profissionais que atuam na indústria do setor bioenergético. No primeiro dia, Newton Duar− te, VP Executivo na Cogen Associação da Indústria de Cogeração de Energia, destacou que a cana−de−açúcar tem um papel preponderante na renovação da nossa matriz energética, ao falar sobre os “Desafios e Oportunidades da Bioeletricidade no Brasil”. “A biomassa tem 17GW de capa− cidade instalada de energia, cerca 8,6%, em um país que tem 205 GW, o que é muito importante, pois somos com− plementar às usinas hidrelétricas” des− tacou Duarte. Para uma moagem de 652 milhões de toneladas de cana processada no Brasil, estima−se uma produção anual em torno de 326 milhões de tonela− das de vapor ao ano. “O aumento do ciclo de concentração em caldeiras, pode gerar a economia de recursos hídricos suficientes para abastecer uma cidade, do porte de Ribeirão Preto, com cerca de 700 mil habitantes, pe− lo período de 15 dias”, destacou o pa− lestrante Ricardo Amorim, Coorde− nador Técnico de Águas e Engenha− ria da Drul. Amorim apresentou o ca− se Drul e abordou o tema Balanço Energético versus Otimização do Uso de Biomassa. No campo internacional, o Inge− nio La Cabana, com sede em El Sal−

vador, que produz energia gerada a partir do bagaço da cana−de−açúcar, foi um dos destaques do evento. Em sua apresentação, o gerente industrial, German Atílio Molina Ortiz, abordou o tema “Busca por Eficiência em Sis− temas de Cogeração Existentes”. De acordo com Ortiz um dos cuidados que se deve privilegiar é ga− rantir que o processo de moagem seja o mais estável possível para garantir que o fluxo de bagaço e suco para a fábrica de açúcar processe tudo de maneira uniforme. “Quanto menos variação realmente tivermos para o processo, melhores serão os resulta− dos”, assegurou. “Cada caldeira é projetada para atingir a máxima eficiência depen− dendo do combustível a ser queima− do, portanto, ao utilizar um combus− tível alternativo em uma caldeira a bagaço, não se pode esperar o máxi−

mo aproveitamento”, alertou Ortiz. Com o tema “Maior exportação de energia com uso de biomassa”, Gustavo Franco, da Usina Pitanguei− ras, destacou as vantagens obtidas com a utilização do condensador evapora− tivo em detrimento das torres de res− friamento, para aumentar a eficiência na cogeração de energia. “Nós tínhamos um gerador de 10 megawatts e fizemos a substituição por um de 25. De acordo com o layout de nossa planta, optamos pelo condensa− dor evaporativo, implantamos uma automação parcial na evaporação, com uma Redução de 17,2 kg vapor/ tc e um outro ponto importantíssimo pra gente foi o catalisador de combustível que estamos usando na Pitangueiras”, informou Franco. A gestão de ativos foi uma das no− vidades nesta edição do SINATUB. “Um aumento de 6% na eficiência de

produção e 10% na eficiência energé− tica. Com a implementação de um sistema de gestão de ativos eficiente na Usina Santa Adélia conseguimos atin− gir e sustentar resultados de bench− marking de Disponibilidade acima dos 97,50% tanto na unidade de Pereira Barreto quanto Jaboticabal (99%)”, in− formou o Engenheiro de Manutenção da usina, Renan Rodrigues Ponte. Iniciada em 2015, a Gestão de Ativos na Santa Adélia passou por uma jornada que envolve uma série de programas que buscam a melhoria contínua dos processos que agregam valor para empresa. “Ela é um dos nossos pilares do Sistema Industrial de Gestão – SIG. O aplicativo indústria digital, me permite saber como está a saúde da minha planta. Hoje nós te− mos um painel de gestão de ativos, que se chama CGA – Central de Gestão de Ativos”, explicou Ponte.


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Mais de 100 plantas industriais já aplicam a ferramenta S-PAA para reduzir seus custos “Totalmente nacional e sem nenhuma tecnologia que venha de outros países”, enfatizou o engenheiro da Soteica Presente em mais de 100 plantas industriais no Brasil e no exterior. Aplicado em 93 usinas do setor bio− energético, que respondem pelo pro− cessamento de 180 milhões de tone− ladas de cana−de−açúcar, mais de 30% da produção brasileira. Que corres− ponde a uma produção de 7 bilhões de litros de etanol, 210 milhões de sa− cas de açúcar e a geração de 8,6 GW de energia. Com esses números expressivos a ferramenta de otimização em tempo real (RTO) da Soteica, o S−PAA vem fazendo a diferença onde é utilizada. O tema foi um dos estudos apresen− tados na 21ª edição do SINATUB In− ternacional − Caldeiras,Vapor, Ener− gia e Biogás, apresentado pelo Enge−

nheiro Químico da Soteica, Bruno Oliveira, que esmiuçou sobre a apli− cação da ferramenta de Otimização em Tempo Real na Geração de Vapor, Energia e Balanço Térmico. Controle de pH, Evaporação, Flu− xo de caldo, embebição, Laço fábrica de açúcar, Extração, Carregamento de dornas mantendo ART constante, Equilíbrio termodinâmico Colunas de destilação e desidratação, combustão das caldeiras, carga dos geradores de

energia e válvulas do sistema de vapor, são alguns dos principais laços fecha− dos em operação do S−PAA. Ao final, Oliveira apresentou uma média dos resultados obtidos pelas usinas que aplicam o S−PAA: um au− mento de 2% a 5% na exportação e redução de 3% a 7% no consumo de vapor, e ainda a redução de 1% a 50% na variabilidade, dependendo do pon− to de atuação. Ferramentas e tecnologias inova−

doras também estiveram presentes na 21ª edição do SINATUB Internacio− nal. O Neutramol, da Carmeuse, um produto que permite sua elaboração de acordo com as características de cada usina e que elimina a etapa de preparação do leite cal e apresentado como tecnologia e inovação no trata− mento de caldo. Já na palestra “Potencializando a Extração de Açúcar nas Usinas”, Bru− na Botelho, gerente de Mercado da Spraying Systems Co, falou dos ganhos e benefícios alcançados com a utiliza− ção de bicos e chuveiros adequados no processo de pulverização. Segundo Bruna, além dos bicos, que devem ser selecionados de acor− do com a aplicação, o coeficiente de variação (CV) é a característica prin− cipal do chuveiro. O CV vai depen− der do padrão de distribuição do bi− co e do chuveiro, da altura, do espa− çamento entre bicos, da área de co− bertura e do ângulo dos jatos. “Um coeficiente de variação igual a 6%, produz uma distribuição uniforme quando adequadamente sobrepostas”, explicou a gerente.


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Otimização em tempo real impulsiona gestão industrial inteligente nas usinas do Nordeste Ao otimizar a operação de processos industriais, usinas obtiveram redução de custos, aumento da eficiência e melhoria da qualidade dos produtos

Ferramenta que permite geren− ciar processos industriais em tempo real, a partir de dados coletados por sensores e instrumentos, a otimização em tempo real (RTO) vem transfor− mando o cenário das usinas do setor bioenergético do Nordeste, sendo aplicada em processos como geração de energia, cogeração, moagem, eva− poração, fermentação e destilação. O tema foi pauta do webinar "Gestão Industrial Inteligente na Região Norte/Nordeste", promovi− do pelo JornalCana no dia 13 de de− zembro. Sob a condução do jorna− lista e CEO da ProCana Brasil, Josias Messias, o evento contou com a par− ticipação de Luiz Magno Tenório de Brito, diretor agroindustrial da Usi− na Caeté, Eduardo Jorge Maia Sal− danha, gerente industrial da Usina São José do Pinheiro, e Koiti Oda, consultor industrial. "A gente tinha uma deficiência muito grande na questão do balanço térmico na empresa, questão de falta de bagaço, atingir contratos de coge− ração, e quando conhecemos o siste− ma funcionando na Caeté, ficamos bastante motivados para implantar o S−PAA, começando pelo laço de va− por, contribuindo para atender os contratos e quebrar um pouco o pa−

radigma do escape no controle da fá− brica, o controle do processo. Chega− mos a comprar bagaço durante a safra. Após a implantação, mudamos o ce− nário da usina em termos de balanço e eficiência. A sobra de bagaço, aten− dendo contratos, gerando mais exce− dentes. Então, o primeiro momento foi muito focado na energia. Na se− gunda etapa, voltamo−nos para a área da fábrica, para melhorar a estabilida− de do processo", destacou Saldanha, da Usina São José do Pinheiro. Messias destacou que o S−PAA é desenvolvido pela Soteica e resultado de 40 anos de implementação de tecnologias para se chegar ao único software de otimização com tempo real, não só para usinas, mas também

para plantas de processo contínuo, Com origem no setor petroquí− mico, o consultor Oda destacou a eficiência e os resultados entregues pela ferramenta. 'Na indústria petro− química, esses sistemas são mais co− muns, mas não tão sofisticados quan− to o S−PAA, que nos ajuda muito em termos de otimizar o sistema de con− trole das fábricas. O mais surpreen− dente foram os resultados. Eles sur− preenderam a todos', ressaltou Oda. 'Passamos duas safras com ele e ti− vemos ganhos de geração de energia, economia de bagaço, padronização de operação, trabalhando de maneira mais leve e tranquila. No começo, havia certa dúvida, como menciona− do pelo pessoal da automação, mas

Eduardo Jorge Maia Saldanha

Koiti Oda

Luiz Magno Tenório de Brito

quando vimos o resultado que obti− vemos em controle de escape, con− trole de geração de vapor, controle de turbina, tudo ficou mais fácil para implantar no restante da fábrica e passar para as outras unidades. Dois anos depois, passamos para a Maritu− bae iniciamos a modelagem para operar a partir do próximo ano na unidade de Paulicéia, em São Paulo', informou Magno da Usina Caeté. 'É uma estabilização muito grande do vapor do processo. Um paradigma quebrado era a questão do vapor de 1,5 kg para a fábrica. O pessoal do processo queria esse va− lor e havia uma disputa entre a cal− deira e o gerador. Com o aumento do gerador, há oscilação da moenda. Depois que começamos a trabalhar com laço fechado, com o S−PAA, o escape variava conforme a necessi− dade de atingir o brix do xarope ideal. Isso trouxe estabilidade para a fábrica, abrindo espaço até para au− mentar a moagem, sem prejudicar o brix da fábrica. Agora, o laço de va− por na cogeração é espetacular', exalta Saldanha. 'Chegamos a vender 4 mil tone− ladas de bagaço e foram só 80 dias de utilização do laço no primeiro ano. Já implantamos o S−PAA com a safra em andamento. Este ano, va−


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mos vender 3 mil toneladas e temos previsão de vender 8 mil toneladas. O preço do bagaço hoje é diferen− ciado em relação à energia, então vale mais a pena vender bagaço do que gerar energia. Estamos aten− dendo apenas os contratos para manter lastro. Outro ganho muito bom foi na extração. No primeiro ano, tivemos 0,20% de extração a mais, o que nos deu cerca de 0,6 sa− cos por hora de açúcar, quase 18 li− tros de etanol. E este ano, pratica− mente dobramos essa meta com a extração, onde tivemos um incre− mento de 78%', destacou Saldanha ao comentar os benefícios tangíveis com a adoção do S−PAA. Oda observou ainda que 'alguns instrumentos e equipamentos que pareciam estar funcionando bem, na realidade, não estavam. Com o S− PAA, observamos que precisavam de melhorias. E isso levou à substituição de instrumentos e melhorias nos equipamentos. Então, ele melhora até nas coisas que achávamos que esta− vam certas, mas na realidade não es− tavam e que precisavam ser aprimo− radas. É o que estamos fazendo ago− ra', disse, ressaltando que a parte de geração de energia e de vapor foram locais onde se viu um benefício pra− ticamente imediato. Para Magno da Caeté, 'você vê os

ganhos e fica com vontade de im− plementar mais coisas. O que eu ve− jo é que, da safra 21, 22 para cá, para

nós tem sido uma revolução dentro das nossas unidades. E todo mundo hoje quer avançar nessa área. É im−

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pressionante como todos pensam no que podem fazer melhor e mostram os resultados que estamos conse− guindo em produção de açúcar, principalmente neste ano, em que o preço do açúcar está bem diferente do preço do etanol, em termos de geração de energia, principalmente para irrigação. Então, o ganho como um todo foi muito grande, estamos satisfeitos', disse. Messias finalizou destacando a importância do comprometimento das pessoas. 'De nada adianta uma boa ferramenta sem pessoas. Então quem faz a coisa acontecer são as pessoas. E por isso você vê que em algumas usinas e grupos a coisa avança e em outras está parada há alguns anos. Por quê? Porque é uma ferramenta excelente, mas depende das pessoas. Se tem um setor que é desafiador é a usina, não tem jeito. Você começa um projeto, acha que é de um jeito, mas não sabe o que vai enfrentar pela frente. E você precisa ter gen− te compro− metida com o resultado, com as en− tregas do projeto”, enfatizou Messias.


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Road Show da Transformação Digital passa pelo Nordeste O Road Show da Transformação Digital, que discute e promove o conceito de transformação digital nas usinas passou pela região Norte/Nordeste durante o final do último mês de dezembro. Confira a seguir como foram as visitas e o que foi abordado.

Santo Antonio otimiza suas operações agrícolas com IA exclusiva Durante a viagem ao MasterCana Norte/Nordeste 2023, a equipe visitou a Central Açucareira Santo Antonio, cele− brando a primeira fase do projeto AxiA− gro com Roderick Alex Luna da Silva. Este projeto, premiado em AUTOMA− ÇÃO AGRÍCOLA, foca na otimização das operações agrícolas usando teleme− tria e Inteligência Artificial. A equipe também discutiu a otimização da coge− ração com o engenheiro Antonio Fi− gueiredo. O Grupo Santo Antonio, do− no da usina e da filial Usina Camaragibe desde 1957, prioriza a modernização e a automatização, olhando com confiança para o futuro do setor canavieiro.

Olho D'Água aposta na irrigação como diferencial competitivo

Primeira planta de etanol de milho do NE: um exemplo A Cooperativa Pindorama, após lançar a primeira planta de etanol de milho no Nordeste e iniciar a produ− ção de "flocão" para cuscuz, está ex− pandindo sua fábrica de açúcar e ado− tou o software S−PAA para melhorar a cogeração e o balanço térmico em tempo real. Premiada no MasterCana Norte/Nordeste 2023 por sua estra− tégia empresarial e inovação, a Coo− perativa continua inovando, agregan− do valor aos associados e comunida− des. Mesmo durante a safra, imple− mentou o S−PAA, focando em efi− ciência e estabilidade térmica. Sob a

liderança de Klécio José dos Santos, a Pindorama, terceira em Alagoas a usar o S−PAA, demonstra visão estratégi− ca e eficiência, com Erikson Viana e Antônio de Oliveira Silva contribuin− do significativamente.

O Road Show da Transformação digital foi calorosamente recebido na Usina Olho D'Água, onde os anfi− triões exploraram a estratégia de ex− pansão da irrigação do Grupo, pre− miada no MasterCana Norte/Nor− deste 2023. O Grupo cultiva cana em 51.000 hectares, com 30.000 hectares irrigados. Eles estão ampliando a irri− gação, investindo em barragens e ir− rigação por gotejamento subterrâneo, como o Projeto Matary, que abrange

4.000 hectares. Marcos Mendonça, assessor técni− co, destacou em sua palestra no 1º Ir− ricanor que a irrigação melhorou o manejo agrícola e a eficiência da co− lheita, otimizando a produção. A tec− nologia de gotejamento aumenta o rendimento da cana e permite um manejo mais eficaz da maturação, ele− vando o TPH. A visita também focou em estudos para implementar o S− PAA na usina.


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Usina Santa Clotilde focada em eficiência operacional Reunião produtiva com Fernando e Henrique Oiticica Cardoso, da Usi− na Santa Clotilde, em Rio Largo (AL). Localizada praticamente dentro da zo− na metropolitana de Maceió, a Santa Clotilde possui uma história rica em pioneirismo, sempre com a missão de atuar com eficiência e qualidade, per− seguindo a excelência através da evo−

lução contínua de seus processos. A meta até 2025 é ser referência no es− tado de Alagoas como usina focada em eficiência operacional, sustentabilida− de, engajamento, produtividade e ren− tabilidade. Neste sentido, discutimos oportunidades de otimização em tem− po real das operações, tanto na indús− tria quanto na área agrícola.

Grupo EQM caminha de mãos dadas com a sustentabilidade e a inovação agrícola Na Usina Cucau, em Rio Formo− so − PE, o Road Show da Transforma− ção digital foi acolhido por Fernando Lins, Claudia Dantas e Ana Bravo, que introduziram as inovações do Grupo EQM, premiadas no MasterCana Norte/Nordeste 2023 em três catego− rias. Heleno Barros, diretor agrícola do Grupo, foi nomeado Executivo do Ano − Agrícola, graças à sua liderança no plantio vertical de cana−de−açúcar e

Grupo São Luiz investe na indústria e supera marco histórico de moagem O Grupo São Luís, detentor da Usina Santa Maria, sob a liderança de Luiz Carlos Queiroga, presidente do grupo, alcançou um marco histórico na safra 23/24, com uma moagem recor− de de 2.202.308 toneladas de cana−de− açúcar, superando a safra anterior por 469.279 toneladas. Este crescimento é resultado de investimentos estratégicos na área industrial, incluindo a imple− mentação de uma nova Usina Termo− elétrica (UTE) de 50 MW e a expan− são da fábrica de açúcar. Além disso, a usina tem investido na melhoria dos se−

tores de tratamento de caldo e águas e na evaporação. A contratação de Ru− bens Coury, um executivo experiente no setor agrícola, e a adoção de técni− cas avançadas e tecnologias inovadoras, como o desenvolvimento da barrinha de irrigação, destacam o compromisso da Usina São Luís com a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana− de−açúcar. A entrega do Troféu Mas− terCana de Honra ao Mérito Empre− sarial ao Dr. Queiroga coroa esses es− forços, reconhecendo a excelência e a liderança da usina no setor.

no uso inovador de vinhaça enrique− cida. Essas iniciativas valeram também o prêmio na categoria Área Agrícola − Tecnologia & Inovação, refletindo o compromisso do grupo com a inova− ção. Adicionalmente, o grupo foi reco− nhecido em Preservação Ambiental − Performance por seu comprometi− mento com a sustentabilidade, preser− vação da mata ciliar, regeneração da Mata Atlântica e educação ambiental.


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Ingenio La Cabaña eleva eficiência e exportação de energia através de controle avançado A adesão do ingenio salvadorenho mostra como a tecnologia está se expandindo rapidamente pela América Latina O Ingenio La Cabaña, situado em El Salvador, está redefinindo seus pa− drões de eficiência e sustentabilidade na indústria de açúcar e etanol. Com a recente aquisição do S−PAA, o úni− co software de Otimização em Tem− po Real (RTO) para plantas de pro− cessos contínuos do mundo, a usina não só controla integralmente o pro− cesso industrial, mas também foca em melhorar a eficiência da queima da biomassa, otimizar o consumo do va− por de processo e aumentar a expor− tação de energia. German Atilio Molina Ortiz, ge− rente industrial da usina, ressalta a importância dessa inovação: “O S− PAA é um marco em nossa jornada

Josias Messias, da Pró-Usinas; German Atilio Molina Ortiz, da La Cabaña e Décio Freitas, consultor

para a excelência operacional. Esta− mos melhorando a eficiência da queima da biomassa, otimizando o consumo do vapor de processo e ele− vando nossa capacidade de exporta− ção de energia.” Esta iniciativa colo− ca o Ingenio La Cabaña na vanguar−

da da inovação tecnológica, servindo como um modelo para outras usinas na América Latina. O uso da tecnologia de gestão avançada integrada ao processo de− sempenhará um papel crucial na esta− bilização dos processos na usina, redu−

zindo a variabilidade operacional e aumentando a eficiência industrial. “A automação é essencial, mas sempre depende das ações dos operadores. Com o S−PAA, conseguimos reduzir a variabilidade operacional, resultando em maior eficiência e produtividade,” explica Ortiz. Esta combinação de tecnologia avançada e práticas susten− táveis beneficia não apenas o Ingenio La Cabaña, mas também serve como um modelo para a indústria. O exemplo do Ingenio La Caba− ña é um sinal claro de que a indústria de açúcar e etanol está em um cami− nho de transformação. El Salvador, por exemplo, possui seis usinas de açúcar, sendo que três, ou seja 50% das uni− dades, já adotaram o S−PAA. O In− genio El Ángel foi o primeiro a utili− zar, na safra passada, e o Ingenio Jiboa está na fase de modelagem para ope− ração na próxima safra, que se inicia nas próximas semanas. Com a rápida expansão da tecnologia RTO pela América Latina, espera−se que mais usinas sigam esse exemplo, adotando práticas mais sustentáveis e eficientes.

Usina Miriri reativa fábrica de açúcar

Trajetória de Arlindo Nunes é reconhecida

Com um cenário promissor para a produção de açúcar, a usina reativou sua fábrica de açúcar, comentou o Dr. Emanuel Pinheiro, diretor industrial. O foco agora está em elevar a eficiência e a estabilidade nos processos industriais. Para atingir esses ob− jetivos, a usina está avançando nos estudos para a implementação do S−PAA para otimizar os processos e elevar os padrões de produção com tecnologia avançada.

A caminho do MasterCana Norte/Nordeste 2023 passamos pela Usina Japungu, de Santa Rita, na Paraíba. Fomos muito bem recebidos pelos amigos José Bolivar, diretor e Arlindo Nunes, gerente industrial que, não só graças aos ótimos resultados obtidos pela usina nessa safra, mas por toda sua brilhante trajetória profissional – veja mais no site www.mastercana.com.br − foi eleito Executivo Industrial do Ano no MCNE23.

Trapiche inova com sacas de açúcar de 25kg

www.youtube.com/canalProcanaBrasil

O Road Show da Transformação Digital na região Nordeste, passou pela em− blemática Usina Trapiche, em Sirinhaém (PE). Durante a visita, conduzida pe− lo anfitrião Eduardo Mota Valença, gerente industrial, um dos destaques foi a introdução de uma nova embalagem de apresentação elaborada pela usina: sa− cas de açúcar refinado de 25kg destinadas à exportação.


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Usina Ferrari é TOP na utilização de Laços Fechados integrados A Usina Ferrari recentemente al− cançou uma posição de destaque ao ser classificada no TOP 5 de usuários da Otimização em Tempo Real (RTO), através da ferramenta S−PAA. Este re− conhecimento coloca a usina entre as mais inovadoras em seus processos in− dustriais, refletindo o compromisso contínuo com a eficiência e inovação por parte de seus gestores e colaboradores. A jornada para essa excelência co− meçou no início da safra atual, marcada por um diálogo intenso com os opera− dores sobre a importância da tecnolo− gia. “A estabilidade do processo é cru− cial para nós”, explica Eduardo Pini Greco, supervisor de produção. Ele des− taca o esforço coletivo em aprimorar o uso das ferramentas do sistema, que re− sultou em um aumento significativo do tempo de aproveitamento dessas ferra− mentas desde sua implementação. A introdução de laços fechados tem revolucionado seus processos industriais, estendendo−se da Embebição até o controle de fermentação. “Nós imple− mentamos uma série de laços de con− trole, abrangendo desde o caldo até a fermentação”, afirma Eduardo Pini Greco, supervisor de produção da Usi− na Ferrari. Estes laços incluem o moni− toramento e ajuste do caldo, vapor e pH, com um enfoque particular no controle da fermentação. Um elemento inovador nesse siste− ma é o estabelecimento de um set− point específico, o ‘tempo de pátio’. Greco explica:“Baseamos esse set−point na média de entrada de cana das últimas duas horas. Isso nos permite ajustar a extração do caldo de acordo com a ne− cessidade, otimizando a eficiência da moenda.” Este ajuste não só melhora o aproveitamento da moagem, mas tam− bém ajuda a prevenir interrupções des− necessárias, permitindo antecipar pro− blemas operacionais. A estratégia vai além da mera moa− gem. “Nosso sistema calcula a quanti−

dade de ART permitida para a fermen− tação, prevenindo transbordamentos in− desejados”, acrescenta Greco. Se houver previsão de esgotamento do pátio, a usi− na pode reduzir a moagem para garan− tir o suprimento contínuo de cana, as− segurando a estabilidade do processo. Por outro lado, se o processo tiver capacida− de excedente e ART disponível para evaporação ou fermentação, o sistema aumenta a entrada de cana, sujeito à dis− ponibilidade no pátio. “Essa abordagem nos permite um controle detalhado e adaptativo, garantindo que estamos sempre na vanguarda da eficiência in− dustrial”, conclui Greco, enfatizando o papel crucial da tecnologia. Paulo Henrique Fantinatti, gerente industrial, complementa falando sobre a implementação do S−PAA e a ênfase na estabilidade da fermentação, que trouxe resultados notáveis.“Começamos a im− plantação dos laços no início desta safra, por volta de meados de junho, e pro− gressivamente fomos expandindo.A im− plementação começou com o primeiro laço e se estendeu aos demais, seguindo o ritmo de desenvolvimento da usina”. Ele destaca a importância dessa mu−

dança: “Nosso objetivo primordial era aprimorar o controle e aumentar a es− tabilidade, especialmente na fermenta− ção, que é uma área crítica para nós.” Em setembro, a usina alcançou um marco importante com a finalização do laço de fermentação, o último dessa série de implementações. Os resultados desse esforço têm si− do extremamente positivos. “Estamos muito satisfeitos com os resultados. A estabilidade que alcançamos no controle de vazão do mosto e na carga de ART da fermentação foi significativa”, relata Fantinatti. Este avanço demonstra não apenas a capacidade da usina de adap− tar−se e evoluir com novas tecnologias, mas também o comprometimento da equipe em otimizar cada aspecto do processo produtivo. A adoção da ferramenta pela Usina Ferrari transformou significativamente a experiência operacional, conforme re− lata Rodrigo Gallucci, encarregado de controle de produção.“Para alguém di− retamente envolvido com as operações, como eu, a chegada do S−PAA foi uma verdadeira revolução”, afirma Gallucci. Através de um diálogo constante com

supervisores e a equipe, eles consegui− ram compreender a fundo como o S− PAA funciona, tornando−o um parcei− ro essencial nas operações diárias. “Agora, temos uma grande vanta− gem operacional”, ressalta Gallucci. “Com o S−PAA, conseguimos anteci− par problemas e lidar com oscilações que antes nos preocupavam”. Esse nível de previsibilidade e controle permitiu à equipe focar mais em melhorias contí− nuas e em estratégias de produção mais eficientes. Gallucci enfatiza a mudança de pa− radigma trazida pelo S−PAA: “O siste− ma nos ajuda a programar ações anteci− padamente, garantindo que alcançamos nossos objetivos diários com mais eficá− cia”. A capacidade do S−PAA em pre− ver e ajustar automaticamente as opera− ções resultou em um controle mais efe− tivo do processo, uma vantagem signi− ficativa para a Usina Ferrari em termos de eficiência e produtividade. O reconhecimento da Usina Fer− rari no ranking dos TOP 5 elaborado pela Soteica destaca não apenas seu compromisso com a inovação, mas também o papel vital de seus líderes na adaptação tecnológica. Douglas Ma− riani, engenheiro químico sênior e especialista de aplicação da Soteica, ressalta: “O trabalho inovador de Eduardo e Paulo foi decisivo na im− plementação do S−PAA, alinhando rapidamente o software às necessida− des e objetivos da usina.” Esse alinhamento estratégico entre a equipe da Usina Ferrari e a Soteica não só acelerou a adequação do modelo à realidade operacional, mas também as− segurou que a ferramenta refletisse e executasse as estratégias operacionais desejadas pelos gestores de forma con− tínua. Essa conquista da Usina Ferrari exemplifica como a integração de tec− nologia avançada e visão estratégica po− de levar a grandes avanços na eficiência industrial.

IrricaNOR foi sucesso de público e conteúdo De 29 de novembro a 1º de dezembro, a cidade de Igarassu (PE), foi o palco onde especialistas, produtores e as mais recentes tecnologias se encontraram durante o Irricanor – o maior evento de irrigação da região Norte e Nordeste − para compartilhar conhecimentos e experiências que prometem elevar a produtividade e a sustentabilidade do setor.


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ROAD SHOW

Dezembro 2023/Janeiro 2024

6º SEMINÁRIO UDOP DE INOVAÇÕES PROMOVE

Rafaella Rossetto, Iza Barbosa, Antônio Pádua e a esposa Maria Cecília, Márcia Mutton e Rosana Amadeu

Luiz Arakaki, da Alcoeste, e Hugo Cagno, da Usina Vertente

Fernando Cullen e Luiz Paulo Santanna

Daniel Dias e Maurício Wagner, da Usina Lins

Rafael Murarolli e Menero Denardi, da Usina Ferrari, que apresentaram um case interessante de otimização da logística e operação da vinhaça localizada

Equipe da Drul Group, que está revolucionando a forma de gerir e utilizar insumos industriais nas usinas: Gabriel Sustaita, Guilherme Moroço, Reginaldo, Jonatas e João Eduardo

Os irmãos Paulo e Valdir Santanna; Dario Sodré, da D2G Consultoria e Midi Nunes

Roberto Holland Filho, da Usina Estiva e Miguel Tranin, da Alcopar


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ENCONTRO DE AMIGOS E PROFISSIONAIS

Jacyr Costa Filho, do Cosag/Fiesp; Paulo Montabone, da Fenasucro & Agrocana e Rosana Amadeu, do CeiseBR e Telog

Com os craques da Tereos: Marcos Risseti, Eneas Cordeiro, Alex Eiti Shiota e Pedro Palácio (Usina Vertente)

Otávio Massa e Luiz Felipe Baggio, da consultoria EVOinc

Valter Sticanella e equipe da Enersugar

No Villa das Carnes, com Amadeu Rocha e Felipe Silva, da Connect Consultoria; Midi Nunes; e Lúcio Tebaldi, da ProCana Brasil

Equipe do Grupo Carlos Lyra / Usina Caeté: Antônio Carvalho, Glênio Fireman, Victor Lyra, Paulo Couto, Luiz Magno, José Márcio Oliveira, Henrique Soares e Pedro Farias; Ângelo Barboza, da Pró-Usinas, e Lúcio Tebaldi, da ProCana Brasil

Danilo Aparecido, da Agropéu

Brenda Martins, da área de Pesquisa & Desenvolvimento Corporativo na Adecoagro

Germano Souza, da BP Bunge Bioenergia, e Roberto Malimpence, da Baraúna


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EVENTOS

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Antônio Pádua Rodrigues é homenageado durante 6º Seminário UDOP de Inovações Evento reuniu mais de 1.500 participantes e abrigou premiações da Embrapa e CanaSauro e Baby CanaSauro Nos dias 22 e 23 de novembro foi realizada a sexta edição do Seminário UDOP de Inovações, que reuniu em Araçatuba−SP, cerca de 1.500 partici− pantes, e mais de 250 conferencistas. Marcado por palestras e premia− ções, o evento também prestou ho− menagem a Antônio de Pádua Ro− drigues, consultor da UNICA/SIAESP/SIFAESP, que du− rante o Painel Magno, foi agraciado com o Troféu da Agroenergia, a mais alta honraria concedida pela UDOP a profissionais que contribuíram signi− ficativamente para o desenvolvimento do setor de bioenergia. Para Pádua, a premiação carrega uma especial devoção a uma planta que é um tesouro inestimável deste país: a cana−de−açúcar, fazendo refe−


EVENTOS

Dezembro 2023/Janeiro 2024

rências a outras personalidades home− nageadas com o prêmio. “É muito grande a emoção em receber este prêmio concedido a poucos e tão ilustres figuras como Roberto Rodri− gues e José Goldemberg. Certamente não tenho a mesma estatura deles, mas na minha trajetória tentei fazer o meu trabalho da forma mais honesta e cor− reta possível”, disse. Em seguida relembrou o começo de sua jornada no setor. “Iniciei meu contato com o setor lá no saudoso Instituto do Açúcar e do Álcool, mais precisamente no Planalsucar (Progra− ma Nacional de Melhoramento da

Cana−de−Açúcar) iniciando em março de 1976. Depois passei pela Sopral (Sociedade de Produtores de Açúcar e de Álcool), Orplana, Asso− ciação dos Usineiros, Associação das Indústrias do Açúcar e do Álcool e pela UNICA, sem me esquecer do Consecana, que ajudei a criar e que instaurou uma harmonia entre a in− dústria e produtores de cana, jamais vista anteriormente”, recordou. “Vivi a explosão do carro flex, a transformação na mídia de álcool em etanol.Vivi a primeira reunião da Or− ganização Internacional do açúcar fo− ra de Londres. Ajudei a articular a rea− lização do primeiro Ethanol Summit que até hoje sobrevive alimentando um sadio debate com a sociedade, participei do grupo técnico que criou parâmetros para o fim da queima au− torizada da palha da cana−de− açúcar”, afirmou Pádua ao destacar momentos de sua trajetória em seu discurso de agradecimento. O seminário também foi palco de importantes premiações como a ter− ceira edição do Prêmio UDOP/Em− brapa de Boas Práticas Ambientais, em parceria com a Embrapa Meio Am− biente, que revelou os vencedores em categorias atualizadas, como uso sus− tentável de fertilizantes, economia cir− cular e conservação do solo e água. No total, houve a inscrição de 20 projetos

por parte das associadas da UDOP em todas as categorias. As usinas Santa Terezinha (catego− ria uso sustentável de fertilizantes), Cocal (categoria economia circular), e Bevap Bioenergia (categoria conser− vação do solo e da água), foram as vencedoras da premiação. "A atualização das categorias em 2023 possibilitou a participação e di− vulgação de boas práticas em novas etapas da produção, contribuindo pa− ra a expansão do banco de dados em desenvolvimento", comenta a pesqui− sadora da Embrapa Meio Ambiente, Nilza Ramos. "O prêmio representa um incen− tivo significativo para as associadas da UDOP, impulsionando iniciativas voltadas à sustentabilidade e promo− vendo a responsabilidade socioam− biental em toda a cadeia bioenergéti− ca. Além disso, amplia a conscientiza− ção sobre os benefícios das energias alternativas, com destaque para o eta− nol e a bioeletricidade, no contexto do futuro da humanidade", ressalta o pre− sidente da UDOP, Hugo Cagno Filho. A solenidade incluiu ainda a en− trega de certificados de participação e do Selo UDOP de Boas Práticas Am− bientais às empresas habilitadas e ins− critas no prêmio. Outra cerimônia realizada no de− correr do seminário da UDOP foi a

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entrega do Prêmio CanaSauro & Ba− by CanaSauro − Safra 2023, em par− ceria com a Confraria do Agro, com outorga especial das categorias Baby CanaSauro Rex à agro influencer do perfil @elaedoagro, Aretuza Negri, e do Troféu CanaSauro Rex para Mau− rílio Biagi Filho, presidente do Grupo Maubisa, que juntamente com outros 38 profissionais também foram ho− menageados. A seleção dos premiados foi feita por uma comissão composta por 30 pessoas, abrangendo 4 ex−CanaSauros Rex, 18 diretores e conselheiros da UDOP, 5 membros do Comitê Ges− tor da UDOP e 3 representantes da Confraria do Agro. Na cerimônia de premiação, foi realizada a leitura do manifesto de compromisso dos CanaSauros e Baby CanaSauros. "Este manifesto, repleto de valores e intenções nobres, ecoará nas páginas da história, guiando nos− sas ações diárias em direção a um fu− turo mais verde e próspero. Em um cenário mundial que atravessa uma significativa transição energética, com a priorização cada vez maior dos bio− combustíveis", destacou o presidente da UDOP, Hugo Cagno Filho, ressal− tando ainda que o manifesto não é apenas composto por palavras, “são passos concretos em direção a uma realidade mais sustentável”, finalizou.


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MASTERCANA BRASIL

Dezembro 2023/Janeiro 2024

Carmeuse Brasil inova em soluções para o setor sucroenergético Empresa tem unidades operacionais em Formiga e Belo Horizonte, em Minas Gerais A Carmeuse Brasil, inte− grante do grupo multinacional Carmeuse, vem fortalecendo sua posição de destaque no oferecimento de soluções para o mercado de cal, desde o iní− cio de suas operações no Brasil em 2020. Com uma história de mais de 150 anos no mundo, a empresa destaca−se por seu compromisso contínuo com inovação e sustentabilidade. Com unidades operacionais em Formiga e Belo Horizonte, em Minas Gerais, a Carmeuse Brasil é reconhecida por ofere− cer soluções personalizadas e adaptadas às necessidades de seus clientes, nos diversos seg− mentos em que atua, dentre os quais agricultura e sucroener− gético, além de siderurgia, mineração, papel e celulose e tratamento de água. A Carmeuse é comprometida com a sustentabilidade e em 2023 conquis− tou o Selo Ouro do Programa GHG Protocol da Fundação Getúlio Vargas. O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) da companhia foi elaborado considerando todas as uni− dades e fontes de emissões, além de passar por uma verificação realizada por uma empresa acreditada pelo IN− METRO. A empresa também con− quistou a medalha bronze na Ecova−

dis, reconhecimento pelo compro− misso em adotar práticas sustentáveis em nossa Produção. A EcoVadis é uma plataforma independente que avalia e classifica o compromisso que a em− presa tem com a sustentabilidade. O selo ouro do Programa Brasi− leiro GHG Protocol certifica o inven− tário pelo alcance do mais alto nível de qualificação, comprovando a preocu− pação da companhia em mitigar as emissões de gases de efeito estufa, uma meta que está no centro dos negócios da CGN Brasil.

Parceira estratégica para o setor sucroenergético, a empresa disponi− biliza soluções personalizadas que impulsionam a eficiência e a susten− tabilidade. O diretor comercial, Jail− son Dias, ressalta a importância desse compromisso: "desde o início de nossas operações no Brasil, reforça− mos nosso compromisso com a ino− vação, tecnologia e soluções perso− nalizadas, alinhados à nossa trajetória global. Nossa capacidade produtiva robusta nos permite atender com agilidade e excelência, contribuindo

para o desenvolvimento sus− tentável do setor sucroenergé− tico", comenta. O setor utiliza a cal des− de o momento do plantio até o refino do açúcar e na pro− dução de álcool combustível. Sendo um produto versátil, a cal é também utilizada para a purificação de matérias−pri− mas e os subprodutos que contêm cal e resíduos orgâ− nicos são normalmente reu− tilizados na agricultura, como uma alternativa para enri− quecer o solo com matéria orgânica. A Carmeuse Brasil tem a solução ideal para as usinas de açúcar e álcool que desejam produzir com alta qualidade, reduzir custos e melhorar a eficiência nos sistemas de tro− ca de calor, aquecimento e tu− bulações. Tais soluções visam atender às grandes áreas dos setores in− dustrial e agrícola. No portfó− lio estão: Neutramol, Cal Vir− gem, Cal Hidratada, Cal Dolo− mítica e Soil−A. Como impulsionadora da inovação e da eficiência no cenário sucroenergetico brasileiro, a Carmeu− se Brasil tem buscado se consolidar como um agente de transformação positiva no setor, sendo mais que uma fornecedora; e sim uma colaboradora ativa na construção de um futuro mais sustentável e eficiente para as indús− trias ao redor do mundo. A empresa foi a vencedora das edições de 2023 do Prêmio Master− Cana e MasterCana Nordeste na ca− tegoria “Fornecedor mais indicado − Tecnologia de Tratamento de Caldo.



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MASTERCANA BRASIL

MasterCana Award e MasterCana Brasil celebram a integração tecnológica Um jantar marcou a cerimônia de dupla premiação reunindo os laureados do MasterCana Award e MasterCana Brasil Usinas e empresas presentes à ce− rimônia de premiação do MasterCa− na Award e MasterCana Brasil reali− zada na noite de 23 de outubro, na capital paulista, demonstram que a in− tegração tecnológica e de processos industriais no setor bioenergético vem se consolidando na América Latina. Integração, aliás, foi a palavra− chave utilizada pelo diretor da ProCa− na Brasil, Josias Messias, principal ar− ticulador da premiação, para sintetizar mais uma edição do Troféu Master− Cana, já consagrado nacionalmente e

cada vez mais internacional. “Essa integração que traz consigo a aprendizagem é fundamental. Impres− siona ver o quanto a tecnologia brasi− leira se faz presente em outros países da América Latina. Nesse processo de transição mundial a América Latina possui um papel, não só relevante, mas também estratégico, para segurança ali− mentar e energética”, afirmou Messias na abertura do evento. A escolha dos premiados da edição 2023 foi feita por uma comissão jul− gadora constituída por Andréia Vital, editora do JornalCana; Décio Freitas, diretor da Solution Engenharia; Flavio Castellari, diretor executivo do Apla – Arranjo Produtivo Local do Álcool; Miguel Angel Flores Sancho, consul− tor internacional em engenharia in− dustrial para usinas; Paulo Montabone, diretor da RX e da Fenasucro & Agrocana e José Darciso Rui, diretor executivo do GERHAI – Grupo de

Flávio Castelari

Estudos de RH na Agroindústria. Flavio Castelari, do Apla, destacou a necessidade de integração entre todos os continentes. “O setor sucroenergé− tico brasileiro vem se reinventando, sendo resiliente. As oportunidades são enormes para o etanol, com o hidro− gênio verde, com o SAF, e biometano vindo forte. Nos últimos 16 anos, ve− nho visitando diversos países e sei que temos muito o que aprender, mas tam− bém temos o que ensinar”, afirmou. O deputado federal Arnaldo Jar− dim afirmou que o setor tem muitos motivos para comemorar. Este é o momento que o setor tem para criar oportunidades. Fez duas referências. Uma a Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana−de− Açúcar e Bioenergia (UNICA), pelo alcance internacional e a José Odvar Lopes, da Inpasa. “Nos orgulha ver o etanol da cana ser complementado pelo etanol do milho. O Brasil tem um

compromisso com a sustentabilidade e o faz com as boas práticas agrícolas”, afirmou Jardim. Para o CEO da Drul, Guilherme Moroço, é preciso desenvolver tecno− logias sustentáveis do ponto de vista tecnológico. “Pelo menos 60% das nossas usinas ainda têm muito a trilhar nesse caminho. Estamos assessorando as usinas a serem mais eficientes na utili− zação dos recursos hídricos”, destacou. Evandro Gussi, presidente da UNICA, abriu a entrega da premia− ção recebendo o troféu de “Ethanol Man of the Year”, conferido pelo MasterCana Award. “Fico confortável em receber esse prêmio, porque na verdade quem o recebe é quem eu represento, que são vocês que estão aqui”, afirmou em seu discurso de agradecimento. E quando se fala em premiação no setor sucroenergético, um nome sempre presente é de Antônio Eduar−

Arnaldo Jardim


MASTERCANA BRASIL

do Tonielo, acionista do Grupo Viral− cool, que acrescenta agora à sua ga− leria de prêmios, o troféu MasterCa− na Award, na categoria “Businessman Man of the Year”. Após agradecer aos familiares e amigos, Tonielo disse “é uma satisfação receber esse prêmio do Josias Messias, que sempre esteve lu− tando pelo setor, sempre dando as melhores informações. Começamos com um engenho de cachaça e hoje estamos aí chegando a quase 9 mi− lhões de toneladas (de cana processa− dos)”, em referência a trajetória de crescimento do grupo. Para Cristóbal RodaVaca, represen− tante do Conselho de Administração e Acionistas da Ingenio Aguaí, vencedora na categoria “Sugar Mill of the Year”. “Nossa indústria é um reflexo da tecnologia brasileira. O Brasil é uma re− ferência na América Latina e no mun− do, e por conta dessa tecnologia, hoje somos uma indústria 4.0”, destacou. Rosa Muchovej, cientista chefe de solos da empresa norte−america− na U.S.Sugar, vencedora do Master− Cana Award, na categoria Sustaina− bility of the Year, citou sua partici− pação no “CANABIO23 em busca da cana regenerativa”, “onde falei das práticas da nossa empresa na Flórida nos EUA, e o que fazemos para ser− mos sustentáveis”, disse. O MasterCana Award e Brasil conta com patrocínio da Drul, Neta− fim, Veolia, Grupo Malagutti e apoio de AxiAgro; Caltec; Carmeuse, S− PAA e Spraying System. Confira os vencedores:

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Evandro Gussi, presidente e CEO da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA)

Antonio Eduardo Tonielo, presidente dos Conselhos de Administração do Grupo Viralcool e da Copercana

Pierre Santoul, CEO na Tereos Brazil (Recebido por Everton Luiz Carpanezi (destaque), superintendente de Operações Agroindustriais da Tereos

Colombo Agroindústria recebido por Anderson Travagini, CEO da companhia

Ingenio Aguaí recebido por Cristóbal Roda Vaca (Pili), CEO da usina

Grupo Inpasa recebido por Moacir Marcos Junior, Diretor de RI

U.S.Sugar recebido por Rosa Muchovej, cientista chefe de solos

Cenicaña – Centro de Investigación de la Caña de Azúcar de Colombia - Recebido por Dr. Freddy Fernando Garcés, diretor Geral e Dr. Nicolás Gil, diretor do Programa de Processos industriais

Clealco (Carlos Zanon – VP de Supply Chain da Clealco)

DATAGRO recebido por Guilherme Nastari, diretor

Colombo Agroindústria (Anderson Roberto Travagini – CEO e presidente)


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MASTERCANA BRASIL

Dezembro 2023/Janeiro 2024

Cocal Energia Responsável (André Gustavo Alves da Silva, diretor Comercial Novos Produtos)

Usina Batatais (Grécia Alves Santos, supervisora de Comunicação, Resp. Social, Clima e Cultura Organizacional)

Inpasa Brasil (Jeremias Oliveira Salvino, gerente Corporativo do SGI)

SJC Bioenergia (Renan Santos Florentino, gerente de Processos Agrícolas)

Usina Santa Adélia (Josiane Cássia Rodrigues, analista de Contratos/ Lucas Petrassi Chartune, analista Financeiro + Lúcio Ramos + Tiago Caraski)

Usina São Domingos (Guilherme Augusto Franson Neto, supervisor de Recursos Humanos)

BP Bunge Bioenergia (Natália Iole, gerente de Talentos)

Diana Bioenergia (David Fernando de Britto, coordenador de Planejamento, Manutenção e Extração)

Bevap Bioenergia (Newton Santana, diretor Presidente)

BP Bunge Bioenergia (Cláudio Mengue, gerente do Sistema de Gestão Integrado (SGI))

Usina Coruripe (Mariluci Pinheiro Rossi, diretora de Administração e RH)

Usina São Domingos (Andrea Cristina Cassiano da Silva, coordenadora de Controle de Qualidade

Viterra Bioenergia (Edison Silveira Campos Neto, coordenador Meio Ambiente)

Usina Coruripe (Rafael Venâncio de Oliveira, gerente Planejamento e RI)

Usina Lins (João Paulo Molinari, coordenador de Administração de Pessoal)

Usina Lins (José Francisco Arazabone Neto, gerente de Segurança e Medicina do Trabalho)


Dezembro 2023/Janeiro 2024

Bevap Bioenergia (José Elias Redígolo Jr, diretor Administrativo-RH)

Colombo Agroindústria (Fábio Zuffo de Miranda, gerente de Manutenção Industrial da Unidade Ariranha

Viterra Bioenergia (Jean Gerard Lesur, diretor Superintendente)

Diana Bioenergia (José Donizete de Souza, supervisor de Utilidades Industriais

MASTERCANA BRASIL

Tereos (Samuel Custódio de Oliveira, gerente Comercial de Energia)

Usina Santa Lúcia (Rafael Ometto do Amaral, diretor Industrial)

Tereos (Gustavo Segantini, diretor Comercial da Tereos)

Usina Lins – Marcos Ap. Pinatti, gerente de Manutenção e Energia

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Usina Vertente (Alex Eiti Shiota, gerente de Unidade)

Usina Pitangueiras (Claudemir Leonardo - Diretor Agroindustrial e Claudio Lotuf - Gerente Financeiro)

Bevap Bioenergia (Eliandro Romani, diretor Industrial)

Usina Pitangueiras (Fernando Pinheiro - Diretor Financeiro e Eugenio de Paula Junior Supervisor de Manutenção)

Clealco (Jonas Gutierres, VP de Operações Agroindustriais)

Usina Santa Adélia (Helton Carlos de Oliveira, diretor Industrial e Engenharia e Luiz Fernando Cremonez, gerente Industrial

Cocal Energia (Hernandes Rosa Junior, gerente Manutenção Industrial)

Usina Vertente (Flávio Montanheiro, gestor de Extração e Utilidades)


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Tereos (Eneas Cordeiro, gerente Executivo de Projetos)

Colombo Agroindústria (Reginaldo Calciolari, diretor Agrícola)

Usinas Pitangueiras (Rafael Farra, gerente Agrícola e Everaldo Horonato da Silva, supervisor Manut. Automotiva)

Usina São Domingos (Guilherme Augusto Franson Neto, supervisor de Recursos Humanos)

Usina Estiva (Clézio Henrique dos Santos Menandro – gerente de Divisão Agrícola e Israel da Silva, líder de Operações Agrícola)

Spraying Systems (Sergio Gaiotto, gerente Comercial) 53281769639

DRUL (Fábio Ramos, diretor executivo e Guilherme Moroço, CEO da DRUL

CARMEUSE (Alexandre José Alves da Costa, especialista Técnico Comercial)

BP Bunge Bioenergia (Mário Sérgio Salani Junior, gerente Corporativo de Mecanização Agrícola

SJC Bioenergia (Jean Rene Coimbra Matara, gerente de Motomecanização)

SJC Bioenergia (Renan Santos Florentino, gerente de Processos Agrícolas)

Raízen (Rafael Marcos Cortez, coordenador de Eng. Manutenção Corporativa e Carlos Mardoque de Oliveira Jr., eng. Manutenção Sênior Corporativo

Malagutti (Fernando Juliano, diretor de vendas)

Netafim (Elon Svícero, diretor Comercial)

Caltec (Ana Lúcia Marques, gerente Comercial)

DATAGRO Performance (Eduardo Calichman e Arlindo Approbato, sócios-diretores da DATAGRO Performance).


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Lideranças destacam desenvolvimento e justiça social no MasterCana Nordeste Cerimônia de premiação reuniu lideranças políticas e empresariais Mais do que açúcar e etanol, a tri− lha de desenvolvimento que segue as regiões onde as usinas estão instaladas foi um dos destaques da solenidade de premiação do Troféu MasterCana Nordeste. Realizado na noite de 30 de no− vembro, na Spettus Steak House, em Boa Viagem, Recife – PE, o evento reuniu as mais expressivas lideranças políticas e empresariais do setor que destacaram o desenvolvimento, justiça social e preservação ambiental como base do tripé de sustentação do setor bioenergético na região. Na abertura, o CEO da ProCana Brasil, promotora do evento, Josias Messias, destacou que, mais do que uma premiação, o evento é um en− contro de líderes que estão trazendo o melhor para o setor, não só para o Brasil, mas para o planeta. “Segurança alimentar, descarboni−

zação, geração de renda e trabalho no campo e para transição energética, vi− sando a perpetuação da humanidade”, afirmou Messias, que também ressal− tou a importância das amizades, prin− cipalmente nos tempos difíceis. “Completamos 20 anos desta pre− miação, e hoje vivenciamos um pe− ríodo de bonança, mas nos períodos difíceis, os laços de amizade são deter− minantes para a resiliência caracterís− tica do setor”, afirmou. O primeiro laureado e que abriu a cerimônia de entrega de troféus foi Renato Cunha, presidente do Sindi− cato da Indústria do Açúcar e do Ál− cool, no estado de Pernambuco – Sindaçúcar, eleita a entidade do ano. Cunha, considerado a mão invisí− vel para a concretização do evento, enalteceu o JornalCana (editado pela ProCana Brasil) como um agregador do setor, que segue em busca da jus− tiça climática. Ele também mencionou a longe− vidade do setor, mesmo diante de cer− tas contradições, como o fato de a Pe− trobras importar gasolina, em detri− mento do etanol hidratado. “O Mas− terCana Nordeste é um evento para

realizar e empreender”, disse Cunha. Na sequência, seguiu−se a pre− miação das lideranças políticas que mais se destacaram neste ano. O sena− dor Fernando Dueire, ao receber o troféu, informou que tem se dedicado à questão das energias renováveis. “Esse é um setor que tem muita tecnologia e que impulsiona o desen− volvimento econômico e que impres− siona muito pela plataforma social. Onde a cana está, temos bandeiras so− ciais sendo cumpridas”, disse. O deputado estadual Antônio Morais disse que é um “setor que ge− ra emprego e renda e que tem que ser valorizado”. Na mesma linha, o depu− tado estadual Henrique de Queiroz Filho afirmou tratar−se de um “setor que tem a função social de geração de emprego e também a função de pre− servação do ambiente”. O deputado estadual Rodrigo Fa− rias chamou a atenção para a impor− tância do setor no Nordeste. “Um se− tor extremamente importante para o Nordeste, onde é muito difícil em− preender”, disse. Para o deputado estadual Mário Ricardo Santos de Lima, “esse seg−

Sindaçúcar-PE - Renato Augusto Pontes Cunha, Presidente

Dr. Luiz Carlos Queiroga, presidente do Grupo São Luiz

mento reúne justiça social, desen− volvimento e preservação do meio ambiente e precisa ser apoiado por− que gera milhares de empregos em nossa região”. Após as lideranças políticas, a pre− miação se voltou para a parte empre− sarial, e Antônio Celso Izar, da Maity Bioenergia, recebeu o troféu de Em− presário do Ano. “Fomos a primeira unidade do Proálcool (Programa Na− cional do Álcool) no Maranhão, cria− mos carteira de trabalho e trouxemos grandes indicadores sociais onde nos instalamos”, disse Izar. O laureado Delmiro Gouveia, presidente do Porto do Recife, desta− cou que o setor sucroenergético “é muito determinado na produção”. Guilherme Moroço, CEO da Drul, disse que “há 5 anos estamos fortalecendo nossas raízes no Nordes− te. Nos últimos 5 anos, temos sofrido ações institucionais contra o nosso se− tor, e mesmo assim temos feito o nos− so papel e vamos continuar trabalhan− do para que as usinas sejam mais efi− cientes”, disse. Após a entrega de todos os troféus, seguiu−se um jantar de confraternização.

Senador Fernando Dueire

Deputado Estadual Antonio Morais

Deputado Estadual Henrique de Queiroz Filho


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MASTERCANA NORDESTE

Dezembro 2023/Janeiro 2024

Deputado Estadual Rodrigo Farias

Deputado Estadual Mario Ricardo Santos de Lima

Antônio Celso Izar, presidente da Usina Maity

Delmiro Gouveia, presidente do Porto do Recife

Kleber Albuquerque, diretor agroindustrial da Usina São José - PE

Arlindo Nunes da Silva Filho, gerente industrial da Usina Japungu

Heleno de Barros, diretor agrícola do Grupo EQM

Hermano Wanderley Interaminese, gerente comercial da Cooperativa da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (Coaf)

Gerson Carneiro Leão, presidente do Sindicape

Hélio José Veloso, consultor a usinas de açúcar e etanol

Paulo Giovanni Tapety Reis, diretor do Departamento Técnico e vice-presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP)

Grupo Jatobá - Luiz Carlos Jatobá - Diretor Agrícola

Klécio José dos Santos - Presidente da Cooperativa Pindorama e Antônio de Oliveira - Diretor Secretário

Usina Coruripe - Mário Luiz Lorencatto Presidente/CEO do Grupo Coruripe


Dezembro 2023/Janeiro 2024

Usina União e Indústria- Maria Carolina Bezerra de Meirelles – Diretora

Usina Petribu - Arnaldo César Andrade - Gerente da Garantia da Qualidade

Usina Maity - Antônio Celso Izar, presidente da Usina Maity

Usina São João – PB - José Cláudio Jr. - Gerente de Controladoria

MASTERCANA NORDESTE

Usina Caeté- Paulo Couto Ramalho de Castro - Diretor Administrativo e Suprimentos/ Araken Barbosa Miranda Junior - Diretor Comercial e Financeiro

Grupo Olho D'Água - Artur Tavares - Diretor Vicepresidente

Grupo EQM . .Heleno Barros - Diretor Agrícola / Leonardo Monteiro / Eduardo Cunha

Usina São José – PE - Marcelo Nicacio Jr.- Gerente de Planejamento e Qualidade

Usina Trapiche - Cauby Pequeno de Figueiredo Filho - Assessor Técnico Corporativo

Usina Petribu - Jessé Domingues - Gerente de Manutenção

Usina Santo Antonio - AL - Wellingdon Barbosa de Oliveira - Gerente de Produção Agrícola E Roderick Alex Luna da Silva - Analista de Sistema e Coordenador do COA

Grupo Olho D'Água - Gentil Ferreira - Gerente Geral

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Grupo EQM - Eduardo Monteiro - Presidente do Grupo EQM/ Joanna Costa - Diretora de Marketing/ Sônia Roda - Assessora Ambiental

Usina Petribu - Cloves Rodrigues - Diretor Agrícola

Usina Ipojuca - Marcos Antonio Queiroz Dourado Diretor Superintendente

Usina São José do Pinheiro – PE - Eduardo Jorge Maia Saldanha - Gerente Industrial


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MASTERCANA NORDESTE

Vale Verde - Baia Formosa - Gustavo Almeida Superintendente Industrial

Usina Trapiche - Eduardo Mota Valença - Gerente Industrial

Dezembro 2023/Janeiro 2024

Cooperativa Pindorama- Klécio José dos Santos Presidente da Cooperativa Pindorama e Antônio de Oliveira - Diretor Secretário

DRUL GROUP- Guilherme Moroço, CEO e Fábio Ramos - Diretor Executivo

Spraying Systems - Bruna dos Santos Botelho Gerente de Mercado

Usina Caeté - Luiz Magno Epaminondas e Tenório de Brito - Diretor Agroindustrial

Veolia Water Technologies & Solutions - . .Lucas Garcia Ribeiro - Gerente de Distrito

Unifibra - Geraldo Barros Alves Neto Representante Comercial

DATAGRO PERFORMANCE - Bruno Wanderley Economista e Sócio da Datagro

LEMA EMPRESARIAL - Manoel Gomes - Diretor Presidente

GRUPO MALAGUTTI

CARMEUSE - Neutramol

ALS PROJETOS


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Grupo Jatobá foca no aumento da produção Companhia venceu a edição 2023 do MasterCana Nordeste na categoria de melhor fornecedor de cana Ampliação da área agricultável e aumento da produção. O foco no cres− cimento é um dos segredos que explica o bom desempenho do Grupo Jatobá, que possui uma trajetória de sucesso cultivando cana−de−açúcar em São Miguel dos Campos − AL, vencedor do prêmio de Melhor Fornecedor de Ca− na na edição 2023 do MasterCana Nordeste. “Nossa produção atual varia de 380 a 400 mil toneladas, e existe uma pers− pectiva de crescimento para algo em torno de 500 mil toneladas já para a próxima safra. Teremos novas áreas agricultáveis, o que possibilitará passar dos atuais 5.200 ha para 6.200 ha. Es− tamos trabalhando para aumentar a nossa produtividade, que nos últimos cinco anos tem alcançado a média de 80 toneladas”, informou Luís Otávio Jatobá, atualmente à frente da adminis− tração do grupo.

Luiz Otávio Jatoba e Luiz Antônio Jatoba

Para assegurar o desempenho, a companhia investe em parcerias, como a firmada com a Lema Empresarial, que atua no planejamento do sistema de manutenção. “A Lema foi uma bússola de orien− tação para nos mostrar realmente como uma manutenção deve ser feita, desde o seu planejamento até a sua finalização. Antigamente, pensávamos que sabíamos fazer manutenção em máquina, mas, com o planejamento deles, percebemos, na verdade, que não conhecíamos nada”, afirmou Luís Otávio, comentando que estão na segunda safra com a empresa. De acordo com o presidente, a Le− ma implantou vários processos que são usados atualmente, e mesmo que ainda não estejam no nível de excelência que esperam conquistar, é nítida a evolução

em relação ao passado. “E o bom desse processo da Lema é que é um trabalho de conscientização, que envolve todos, desde o diretor da empresa até o mecânico e o operador, todos focados para que as coisas acon− teçam da maneira certa. Por exemplo, nesta temporada, as colhedoras com oi− to safras estão conseguindo ter a mesma disponibilidade de colhedoras que têm duas safras. Então, só se consegue isso se você fizer realmente uma manutenção bem−feita”, ressaltou. Luís Otávio também antevê uma redução de custos proveniente da me− nor necessidade de gastos com reparos. “As máquinas estão começando a ter disponibilidade que não tinham antes, e, naturalmente, a tendência é que esse custo diminua, também no reparo de

entressafra, porque como implantamos as preventivas.A tendência é que, no re− paro de entressafra, precisaremos fazer o mínimo, porque sempre nessas paradas há check list de inspetor, check list de operador, então na preventiva, conse− guimos resolver todos os problemas da máquina”, explicou. Para ele, a conquista do MasterCa− na Nordeste vem coroar esse trabalho que vem sendo desenvolvido há três ge− rações, iniciado com seu avô, Luiz Jato− bá Filho, o fundador do grupo, que aos 85 anos ainda participa da gestão da empresa. O patriarca Luiz Jatobá Filho desta− ca, além dos bons consultores, o investi− mento maciço em irrigação que ajuda− ram nos bons números da companhia. “Nós somos o maior produtor de cana do Nordeste, na área de produção e também na produtividade.Você pre− cisa ter bons consultores. Mas, como nós estamos no Nordeste, nós passamos a investir maciçamente em irrigação, por− que você pode usar todos os insumos, todos os avanços, mas se não tiver água, não tem nada. Então, esse é um segredo para quem quer crescer no Nordeste, ou em qualquer canto que você quiser tra− balhar”, disse Luiz Jatobá, que se disse bastante agradecido com a premiação.

ALS leva etanol de milho para o Nordeste O Brasil já se tornou o segundo maior produtor global de etanol de milho, atrás dos Estados Unidos Pioneira na produção de etanol a partir do milho, em Sorriso, Mato Grosso, a ALS Projetos, do enge− nheiro Adriano Luís Soriano, vem expandindo sua atuação, chegando também ao Estado de Alagoas, no Nordeste do país. Desde o dia 15 de fevereiro deste ano, a usina da Cooperativa Pindorama passou a operar, de forma experimental, a primeira destilaria de etanol de mi− lho do Norte e Nordeste do país. Com uma produ− ção inicial estimada em uma média de 75 mil a 80 mil litros de etanol de milho por dia, o projeto vem se consolidando com sucesso. O rendimento também é considerado acima das expectativas. “Estamos conseguindo produzir cerca de 415 litros de etanol a cada tonelada de milho. Além disso, temos uma produção superior a 500 kg de WDG”, aponta o presidente da Cooperativa Klé− cio Santos. A nova atividade na usina, localizada no muni− cípio de Coruripe, litoral Sul de Alagoas, vai possi− bilitar o fortalecimento da avicultura, suinocultura e pecuária de leite em Alagoas. “O WDG é uma ex−

celente fonte de proteína. Hoje alguns criadores compram esse produto em outras regiões do Brasil, com um alto custo de frete. Teremos a oferta desse produto, a partir de agora, com custo menor e um valor de logística reduzido”, apontou Santos. A nova destilaria de milho, adianta o presidente da cooperativa, deve funcionar durante todo o ano,

diferente da produção tradicional de etanol que ope− ra entre seis e sete meses durante a safra de cana. Para viabilizar a produção de etanol de milho, a usina Pindorama ampliou a capacidade de geração de vapor, o que levou três anos de investimento e a montagem de uma nova caldeira. A usina ainda está construindo quatro novos silos com capacidade de 50 mil sacos de milho cada um, além de um eleva− dor para transporte do grão, para armazenar a pro− dução e a matéria−prima. “A perspectiva é que para este ano, possamos al− cançar a produção de 40 milhões de litros de etanol de milho”, destaca Santos. Segundo o gerente industrial Erikson Viana, a unidade, implantada em tempo recorde, está moen− do cerca de 300 toneladas de milho/dia, fazendo cerca de 420 litros de etanol de milho e 500 quilos de WDG, por tonelada de milho. “Pretendemos pas− sar toda a entressafra produzindo etanol de milho, estamos segurando uma grande quantidade de ba− gaço para que isso aconteça”, informou Viana. “A produção de etanol de milho cresceu quase 1000% nos últimos cinco anos no Brasil, levando empresas como a ALS, pioneira no ramo de produ− ção de Etanol de Cereais, a desenvolver projetos de instalação e adequação de usinas em todo o territó− rio nacional e também a realizar estudos fora do país”. A empresa foi uma das premiadas na edição 2023 do MasterCana Nordeste, como fornecedor mais indicado na produção de etanol de cereais.


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DO SONHO À REALIDADE Pindorama inicia testes de produção de etanol de milho e se torna a primeira usina flex do Norte-Nordeste do Brasil Novas unidades de beneficiamento de cereais e de doces e atomatados já funcionam a plenos pulmões A Cooperativa Pindorama deu um grande salto para a ampliação do de− senvolvimento econômico da região Sul de Alagoas, após concluir, neste ano de 2023, os projetos de três novas in− dústrias. Duas já estão funcionando a plenos pulmões: a unidade de benefi− ciamento de cereais, para fabricação de flocão e de arroz, e a unidade de doces e atomatados. A terceira e maior delas, a usina de etanol de milho, está em fa− se de testes, aguardando certificação dos órgãos de controle e fiscalização. As plantas saíram do papel e foram concluídas em fevereiro deste ano, quando iniciou−se o período de testes de produção do etanol de milho, bas− tante comemorado pela diretoria da Pindorama quando, pela primeira vez, jorrou das torres de destilação o álcool produzido a partir do processamento do grão, um marco para o setor. Ao mesmo tempo, como resulta− do desse processo, foi gerada a pri− meira quantidade de WDG (Wet Dis−

tillers Grains − Grãos Úmidos de Destilaria), que são as sobras do pro− cessamento do milho após a produção do álcool, e que serve como alimento de grande poder nutricional para di− versos tipos de animais, como equinos, asininos, muares, bovinos, ovinos, ca− prinos, suínos, aves e peixes. Com base no que vem sendo ob− servado na fase de testes, o presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, comemorou o que chamou de concretização de um grande sonho. "Não se trata apenas da produção do álcool de milho e do WDG, mas da concretização de um grande sonho,

que trará uma realidade de melhorias para toda a nossa região", disse.

Primeira usina flex do Norte-Nordeste O novo empreendimento da Pin− dorama torna a unidade industrial a pri− meira usina flex do Norte−Nordeste e uma das poucas unidades do segmento do país, uma vez que a fabricação do etanol do milho une−se à tradicional da moagem da cana−de−açúcar. "A inserção de mais uma unidade resulta num incremento muito grande em nosso processo produtivo. Nossa usina, que vem batendo recorde ano a

ano, irá expandir−se ainda mais, fazen− do, basicamente, a entressafra inexistir, pois enquanto a unidade de processa− mento de cana−de−açúcar entra em reparo, a de milho continua a todo va− por, agregando muito mais valor e ca− pacidade de geração de emprego e renda", afirmou Klécio Santos. Segundo Valdir Vilela Neto, quí− mico industrial da Usina Pindorama, a unidade de etanol de milho vem com uma capacidade de processamento de 300 toneladas de grãos por dia, resul− tando na produção diária de 123 mil litros do produto. De acordo com o diretor−secretá−


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Carlos Roberto Santos (vice-presidente), Klécio Santos (presidente) e Antônio de Oliveira (diretor-secretário)

rio da Pindorama, Antônio de Olivei− ra, o que antes era apenas um projeto, agora sai do papel para gerar riquezas. "Tínhamos um projeto no papel. Enfrentamos vários desafios e, em tempo recorde, levantamos as novas unidades industriais. Conseguimos tornar concreto aquilo que era apenas uma ideia. Agora vamos fazer valer o investimento, pois é somente através do trabalho que se consegue alcançar pa− tamares mais altos", destacou Oliveira. Vice−presidente da Cooperativa, Carlos Roberto Santos enfatizou a im− portância da produção de energia lim− pa para a proteção do meio ambiente e economia no bolso do consumidor. "Produzir energia limpa, a partir de recursos renováveis, como é o ca− so da cana e, agora, também do milho, contribui para a diminuição de gases poluentes e melhora a qualidade de nosso meio ambiente. Em época de combustíveis fósseis caros, o abasteci− mento com etanol também nos favo− rece com mais economia para o bol− so do consumidor. Nós economiza− mos e ainda temos um ar mais puro para respirar", garantiu.

WDG A produção do álcool a partir do milho gera um subproduto necessário para a nutrição animal. Trata−se do Wet Distillers Grains − WDG, que em tradução literal quer dizer Grãos Úmidos de Destilaria. O WDG é oriundo da fermenta− ção do grão. Por conter alta concen− tração de proteína (36%), o produto é ideal para auxiliar na dieta animal. A estimativa é que cerca de 145 tonela− das de WDG sejam geradas diaria− mente a partir do processamento do milho na produção do álcool. Primeira fábrica de WDG do Norte−Nordeste do país, a Pindora− ma, de acordo com o químico José Valdo da Silva, coordenador de pro−

cessos químicos da unidade de etanol de milho, vai facilitar a vida dos pe− cuaristas e criadores da região. "Nosso WDG está revolucionan− do o mercado de nutrição animal e facilitando a vida de criadores de bo− vinos, ovinos, caprinos, suinos, asini− nos, muares, equinos, aves e peixes. Eles têm acesso a um produto alta− mente rico em proteína (36%) e com custos reduzidos, em função de ser fabricado dentro da região, facilitan− do a logística e dando mais possibili− dades de um mercado mais bem abastecido", garantiu.

Tempo recorde Um dos maiores especialistas na produção de etanol de cereais do país, responsável, inclusive, pela instalação da primeira unidade do setor no Bra− sil, o engenheiro de produção mato− grossense Adriano Soriano, coordenou a construção da usina de álcool de milho da Pindorama. Segundo o especialista, a nova unidade da Cooperativa foi erguida em tempo recorde. "Há cerca de um ano se pensava na ideia, a diretoria saiu para fazer vi− sitas e conhecer algumas usinas. Em menos de 5 meses do início da obra

finalizamos a planta, que é uma das melhores já executadas no país até hoje", disse Soriano.

Início da produção Segundo o gerente industrial da Usina Pindorama, Erikson Viana, en− quanto aguarda a certificação de ór− gãos de controle e fiscalização, como a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis−ANP, pa− ra a devida fabricação e comercializa− ção do produto, a usina de etanol de milho da Pindorama segue em fase de testes, aprimorando a capacidade de produção. "Estamos apenas iniciando as operações. Com o passar dos dias, e após os ajustes necessários, o funcio− namento será aperfeiçoado, amplian− do nosso poder de processamento dos grãos, o que resultará num maior aproveitamento da matéria−prima e consequente crescimento do quanti− tativo de produção", garantiu Viana.

Projeção de faturamento Com o investimento para as cons− truções da usina de etanol de milho, unidade de WDG, fábrica de flocão e

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de doces e atomatados, a Cooperativa Pindorama, por meio do seu setor contábil, projeta lucros bastante posi− tivos relativos às duas unidades já pos− tas em operação. De acordo com o gerente de Contabilidade Jerfeson Leandro, esti− ma−se que a soma da comercialização do etanol de milho e WDG chegue próximo da casa dos R$ 180 milhões de receita anuais. "Tendo como base o processa− mento de 300 toneladas de grãos por dia, resultando na produção de 123 mil litros de etanol e de 165 toneladas de WDG diários, estima− mos que o faturamento anual al− cance patamares em torno de R$ 180 milhões por ano, levando em consideração que esses números podem ser superados em muito, uma vez que estamos falando do início de um processo que vai ser aperfei− çoado a medida em que as otimiza− ções vão, naturalmente, acontecen− do", projetou Leandro.

Fábricas de flocão, doces e atomatados Outras duas unidades industriais da Cooperativa Pindorama, as fá− bricas de flocão de milho e de do− ces e atomatados, já iniciaram suas operações, ampliando o já amplo mix de produtos Pindorama que vão às prateleiras dos principais super− mercados e mercados de 15 estados brasileiros. Com mais essas novas indústrias, estima−se que cerca de 2 mil novas vagas de empregos diretos e indire− tos sejam criadas, renovando o fôle− go da economia da região Sul de Alagoas e ampliando as condições de vida de uma grande fatia da popula− ção do estado. A Cooperativa Pindorama recebeu dois prêmios na edição 2023 do Mas− terCana Nordeste: nas categorias “Es− tratégia Empresarial – Gestão” e “Produção de Etanol de Milho – Tec− nologia & Inovação”.


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Usina União e Indústria investe no resgate social O projeto Fazenda Esperança abriga mulheres em recuperação da dependência química Não é só açúcar. Não é só etanol. Não é só ener− gia. Com 128 anos de história, a Usina União e In− dústria, com sede em Primavera − PE, também apren− deu a construir esperança. Ao longo de sua trajetória a usina que gera em− prego, renda e desenvolvimento em sua região, tam− bém se diferencia pelo engajamento em projetos so− ciais. Um dos destaques desse empenho social é o pro− jeto Fazenda Esperança, trabalho social voltado para o atendimento de mulheres em recuperação da depen− dência química. Em 2000, a empresa fez a doação de um terreno para a Arquidiocese de Olinda e Recife, onde foi construído o Convento das Irmãs Ursulinas, congregação de freiras italianas com trabalho de evangelização e cursos profis− sionalizantes. Sensibilizados com os casos de dependência quími− ca na região, Dona Maria Carolina e Dr. Ilvo Meirelles, pais da atual geração de gestores, doaram 4 hectares de terras da empresa para a construção da Fazenda Espe− rança Feminina, projeto de recuperação de vidas e fa− mílias destruídas pela dependência química. O espaço, que foi pensado para que tanto as mães

quanto os filhos pudessem receber proteção e acolhi− mento. Com capacidade para receber 25 mulheres em suas cinco suítes. Há também um berçário para 12 be− bês na casa, porque muitas das mulheres chegam grá− vidas às Fazendas. O projeto foi inaugurado em 31/03/2022 e, atual− mente, acolhe 16 mulheres (que estão em processo de recuperação), 4 crianças e 2 voluntárias. Na ocasião da inauguração, Dr. Ilvo destacou a importância da realização das ações sociais.“Eu resol− vi dedicar um pouco do resto da minha vida a fazer

um trabalho social que possa ajudar as populações menos privilegiadas. Gastamos às vezes com besteiras, nada mais certo do que cada um colaborar um pou− co. Acho que a gente tem que ter também um pou− quinho de dedicação ao trabalho social, fazer um pouco pelos pobres, porque isso engrandece a gente e nos facilita resistência para enfrentar esse mundo di− fícil de hoje em dia”, disse. Tanto a empresa quanto a Arquidiocese de Olinda e Recife têm como principal foco reintegrar à família e à comunidade pessoas que foram afastadas devido ao uso de drogas e álcool, tornando−as capazes de viver em harmonia com a sociedade. A Usina União e Indústria S/A continuará con− tribuindo com as pessoas de Primavera−PE, pois o município faz parte da história da empresa. Pelo seu comprometimento neste assunto, a usina levou o troféu de “RESPONSABILIDADE SOCIAL – Gestão”, no MasterCana Nordeste. A diretora Maria Carolina Bezerra de Meirelles, recebeu a homenagem na cerimônia, realizada no dia 30 de no− vembro, em Recife – PE.

O que é a Fazenda da Esperança? A Fazenda da Esperança é uma comunidade tera− pêutica católica que está presente em 120 países, recu− perando pessoas dependentes das drogas e do álcool. De acordo com a instituição, o método de acolhimento contempla três aspectos determinantes: o trabalho co− mo processo pedagógico; a convivência em família; e a espiritualidade para encontrar o sentido da vida.

Presidente do Sindicape recebe troféu do MasterCana Nordeste Gerson Carneiro Leão foi contemplado na categoria “Quem É Quem no Setor” O presidente do Sindicato dos Cultivadores de Cana−de−Açúcar de Pernambuco (Sindicape), Gerson Carneiro Leão, foi uma das expressivas lide− ranças do setor sucroenergético, a conquistar o tro− féu MasterCana Nordeste 2023, ano em que a pre− miação completou sua vigésima edição. Realizado no dia 30 de novembro, na Spettus Steak House, em Boa Viagem, Recife – PE, o even− to reuniu lideranças políticas e empresariais do se− tor que se destacaram no desenvolvimento, justiça social e preservação ambiental como base do tripé de sustentação do setor bioenergético na região. Gerson Carneiro Leão indicado na categoria “Quem é Quem no Setor”, soma mais um prêmio na sua extensa galeria de troféus pelos relevantes tra− balhos realizados em prol do setor bioenergético na região. “Eu queria agradecer ao JornalCana na pes− soa do Josias, por essa homenagem”, disse Leão na ocasião do recebimento da premiação. Embora sucinto nas palavras, Leão tem em seu histórico a coordenação de vários movimentos em defesa do estado de Pernambuco como presidente da Comissão Nacional da Cana−de−Açúcar da

CNA em Brasília, sempre trabalhando pela união de todos os fornecedores com as entidades de classe do país, sempre em defesa do setor canavieiro. Desde 1986, quando assumiu seu primeiro triê− nio na presidência do Sindicape, pelos serviços

prestados ao setor, vem ganhando sucessivas elei− ções, permanecendo no cargo de presidente até os dias atuais. Leão participou de diversos programas ligados ao setor, em benefício dos produtores de ca− na de açúcar, principalmente dos que vivem no re− gime de economia familiar, dentre eles: o progra− ma Mata Viva, lançado para resolver os problemas da Zona da Mata. Programas destinados ao financia− mento da produção de culturas temporárias para trabalhadores rurais e aos fornecedores durante a entressafra, respectivamente: Chapéu de Palha, Mão Amiga, entre outros. No ano de 2014 foi um dos idealizadores da reabertura da Usina Pumaty (fechada durante 2 anos) sendo arrendada pela Cooperativa Agrocan tendo suas atividades retomadas, gerando milhares de empregos diretos, indiretos e ainda benefician− do os municípios circunvizinhos. Se tornando, quase 10 anos depois, o parque industrial com maior repercussão social no estado de Pernambu− co. Uma vez que, amparou todas as 4.000 famílias em agricultura familiar, assentadas nas antigas ter− ras da Usina Catende. Por toda essa trajetória de luta em defesa do setor sucroenergético, pelos que trabalham nele e, principalmente, pelos pequenos produtores, foi− lhe conferida, mas esta premiação do MasterCana Nordeste.




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