JornalCana 360 (Dezembro 2025/Janeiro 2026)

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Dezembro 2025/Janeiro 2026

Série 2 Número 360

A revolução silenciosa das usinas

páginas 22 e 23

MERCADO

País chegará a 50 bilhões de litros de etanol: previsão é para 2034 e, segundo a Datagro, metade desse volume será produzido a partir do milho, que dobrará a oferta atual, de pouco mais de 10 bilhões de litros 6

São Paulo entra no foco do milho: potencial do cereal como matéria-prima para a produção de etanol no estado é objetivo de projeto recém-criado financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp) 8

Usinas têm situação mais sólida do que há dez anos: atestado consta de estudo do Itaú BBA. O setor registra “melhoria em governança, gestão de riscos e rentabilidade tem ampliado o acesso a linhas de crédito de longo prazo, a custos mais competitivos, o que reforça a sua liquidez” 9

ANÁLISES

Esta edição traz quatro análises escritas com exclusividade por empresários e especialistas. Confira alguns deles:

Arnaldo Corrêa, diretor da Archer Consulting, descreve a fundo o que chama de “apagão funcional” 12

Fábio Calcini, advogado tributarista, destaca os impactos da reforma tributária no setor 14

Mário Campos, presidente da Siamig, analisa o futuro do etanol em MInas Gerais, estado que vive déficit e precisa reagir 16

Paulo Leal, presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), destaca o peso dos fornecedores de cana e explica por que eles precisam ser valorizados como protagonistas da descarbonização 18

REPORTAGEM DA CAPA

Operação inteligente em tempo real tornou-se a nova moeda da eficiência no setor 22 e 23

MASTERCANA

Cobertura do MasterCana Brasil & Award, realizado em 20 de outubro na capital paulista, e que celebrou lideranças nacionais e internacionais do setor Páginas 28 a 34

CANABIO

Com o tema “Regenerar é preciso”, evento realizado em outubro transformou o Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto, no epicentro do manejo biológico e regenerativo da cana Páginas 36 a 42

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.”

Filipenses 4:6-7

carta ao leitor

À espera de anos promissores

Detalhar tecnologias é uma missão do JornalCana. Basta ver que a cada edição, essa mídia destaca ferramentas que auxiliam o ecossistema bioenergético rumo à excelência. Não é diferente neste JornalCana que chega à 360 edição e integra os meses de dezembro de 2025 e janeiro de 2026.

Em conteúdo especial, tratamos, na prática, da Usina 4.0, que há muito não mais um conceito limitado às discussões acadêmicas. “Ela pulsa hoje em dezenas de plantas brasileiras, convertendo dados, sensores inteligentes e algoritmos em produtividade, segurança e sustentabilidade”, destaca trecho do texto.

São as tecnologias que também irão consolidar os resultados das previsões da safra 2026/27 na região Centro-Sul do país que, enfim, soam melhores em volume de cana que as do ciclo que oficialmente termina em 31 de março próximo. A questão é que os preços, deprimidos em boa parte de 2025, deverão seguir em ritmo de baixa em 26.

No entanto, o setor vivencia futuro próximo a ser celebrado em termos de etanol. Até 2034, o país deverá saltar para 50 bilhões de litros anuais, metade deles graças às plantas produtoras a partir do milho.

Para que esse salto seja confirmado, não bastam iniciativas empresariais e de tecnologia. Será preciso também mão de obra qualificada.

E está aí um obstáculo que, em artigo nesta edição, Arnaldo Corrêa, da Archer Consulting, chama de apagão funcional.

“Não é a falta de profissionais competentes, mas a ausência de um processo contínuo de formação dentro das organizações”, escreve ele.

Assim como tecnologia e mão de obra, o setor deve se preparar – o quanto antes –para a reforma tributária, prevista para entrar em prática nos próximos anos.

Os biocombustíveis terão um regime fiscal favorecido, assegurando um diferencial competitivo em relação aos combustíveis fósseis no tocante aos novos tributos IBS e CBS [integrantes da reforma].

“Nada mais natural, especialmente, no Brasil que o texto constitucional, portanto, reconheça a importância dos biocombustíveis renováveis, como é o caso do etanol, concedendo um regime tributário que incentivo do ponto de vista fiscal sua produção e consumo”, destaca, em artigo, o advogado Fábio Calcini.

Como se vê, o setor tende a ter anos promissores, embora tudo esteja alinhado a situações que extrapolam o ecossistema bioenergético.

Mas 2025 também celebrou o setor por meio de eventos da Pró-Usinas, caso do MasterCana Brasil & Award, que prestou homenagens a representantes do setor do Brasil e de países latino-americanos. Outro evento foi o seminário CANABIO, também registrado na presente edição.

Boa leitura.

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Produção de etanol irá a 50 bilhões de litros

Projeção é para 2034 e metade desse volume será produzido a partir do milho, que dobrará a oferta atual de pouco mais de 10 bilhões de litros

O Brasil deverá ter capacidade produtiva com condições de chegar a 50 bilhões de litros de etanol na safra 2034/35. Pouco mais da metade desse volume caberá ao bicombustível feito de cana-de-açúcar.

Já o milho deverá responder por pelo menos 25 bilhões de litros, estima a consultoria Datagro. O montante feito do cereal, se confirmado, mais do que dobrará a oferta anual estimada em pouco mais de 10 bilhões de litros.

O avanço do etanol de milho reflete o crescimento das plantas produtoras. Hoje, 25 delas estão em operação, 18 outras estão em construção e outras 19 passam pela fase de projeto. Assim que entrarem em operação, a consultoria estima que elas farão 11,14 bilhões de litros por ano. Por ano, a projeção é de que as plantas de milho aumentem a produção em 3 bilhões de litros. Daí, a estimativa de 24,7 bilhões de litros em 2034.

Avanço de 266%

O crescimento do etanol de milho pode ser exemplificado em Goiás, estado da região Centro-Oeste que ‘domina’ a produção a partir do cereal. Segundo o portal Mais Goiás, em menos de uma década a produção de etanol a partir do cereal cresceu em

Safrinha do cereal ajuda a explicar salto rodutivo

O crescimento da produção de etanol de milho está diretamente ligado à expansão da segunda safra do cereal — a chamada safrinha.

Esse avanço ocorre sobretudo no Centro-Oeste, onde as usinas mantêm operação durante todo o ano.

Além do etanol, o processo produtivo gera subprodutos valorizados, como ração animal e óleo, o que amplia os benefícios econômicos para diferentes regiões do país.

Recentemente, o potencial da safrinha brasileira foi reconhecido pela

Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), que passou a considerá-la como fonte importante para a produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, na sigla em inglês).

O reconhecimento abre caminho para ampliar a oferta de SAF e inserir o Brasil com mais força no mercado global de soluções de baixo carbono para o setor aéreo.

consolidação do etanol de milho também está alinhada às políticas públicas do Ministério de Minas e Energia (MME) para ampliar o uso de biocombustíveis no país.

A evolução para o E30 — mistura

266%. A informação integra o Levantamento Agro em Dados. Na safra 2018/19, por exemplo, o milho respondia por 3,9% da fabricação de etanol no estado. Em 2025, a expectativa é de que suba para 14,3% de participação. Em termos nacionais, o cereal, que representava 2,4% da produção de etanol, na safra 2024/26 foi para 21,1% de participação.

Em alta, venda de gasolina C puxa o etanol anidro

com 30% de etanol na gasolina, em vigor desde agosto deste ano — tem potencial para impulsionar ainda mais a demanda pelo produto e atrair investimentos que ultrapassam R$ 10 bilhões para a cadeia produtiva do biocombustível.

Neste ano, a expectativa é que o etanol de milho alcance 23% de participação da produção total, destaca o Balanço Energético Nacional (BEN) de 2025, produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério da Agricultura.

As vendas de gasolina C (que integra 30% de etanol anidro) deverão fechar 2025 com crescimento de 4,4%.

A estimativa é da StoneX, empresa global de serviços financeiros, que mantém suas projeções de expansão da demanda por combustíveis do Ciclo Otto em 60,8 milhões de metros cúbicos neste ano, volume que representa um novo recorde histórico da série.

“O consumo de gasolina C [segue ritmo forte], impulsionado pela competitividade do derivado fóssil em re-

lação ao etanol hidratado”, explica a analista de Inteligência de Mercado, Isabela Garcia.

“Por outro lado, a demanda pelo etanol de cana tende a se retrair no curto prazo, mas as perspectivas para 2026 indicam espaço para recuperação, à medida que as condições de preço e renda melhorem”, complementa o analista de Inteligência de Mercado, Marcelo Di Bonifácio.

Para 2026, a StoneX prevê crescimento mais moderado da demanda do Ciclo Otto, estimando alta de 1,5%, para 61,7 bilhões de litros, o que representará mais um recorde histórico.

A consultoria aponta que os principais fundamentos de consumo no Brasil devem desacelerar em 2026, limitando o ritmo de expansão — entre eles, o arrefecimento do mercado de trabalho e a redução dos índices de confiança.

Nesse cenário, a expectativa é de recuperação gradual do consumo de etanol hidratado e estabilidade nas vendas de gasolina C, com o biocombustível voltando a se aproximar dos níveis observados em 2024.

ISO projeta superávit global de açúcar

Organização

Internacional do Açúcar prevê 1,6 bilhão de toneladas excedentes

A Organização Internacional do Açúcar (ISO) projeta um superávit global de 1,625 milhão de toneladas para a safra 2025/26, que na Índia e em outros países começou em 1º de outu-

bro. A projeção da ISO reverte déficit estimado anteriormente e indicando um mercado apenas “modestamente confortável”.

Para 2024/25, o déficit mundial foi reduzido de 4,879 milhões para 2,916 milhões de toneladas após avanços na

colheita de países do Hemisfério Sul. A produção global deve atingir 181,77 milhões de toneladas em 2025/26, alta de 5,55 milhões t ante a safra anterior, puxada por recuperações na Índia, Tailândia e Paquistão. O consumo deve alcançar 180,142 milhões t, avanço de 0,56%. A ISO lembra que o uso mundial já havia registrado recorde histórico em 2023/24, com 181,207 milhões t. Apesar da reversão para superávit, os estoques permanecem apertados. A relação estoque/uso deve cair para 52,74%, menor nível em nove anos, enquanto o estoque ajustado — descontadas perdas de refino — recua para menos de 43%, o piso em 15 anos.

Preços seguem pressionados

Em novembro, por exemplo, o preço médio do açúcar bruto (ISA) ficou abaixo de US$ 0,14/lb, atingindo o

menor valor em 57 meses. Entre agosto e outubro, a cotação recuou 9%, de US$ 16,74 para US$ 15,21 centavos/lb. Nos mercados domésticos, somente Índia e México registraram alta de 1% no período, enquanto o açúcar cristal brasileiro caiu para R$ 2.299/t, o menor nível em três anos.

A ISO mantém visão neutra para os próximos três meses, apoiada no superávit modesto, sazonalidade elevada e ampla disponibilidade exportável.

Cenário

de commodities e o açúcar

Outras commodities ajudam a compor o ambiente baixista: o milho caiu para US$ 4,02/bushel, mínima de um ano; o cacau despencou 15,1%, para US$ 5.948/t; o Brent recuou para US$ 63,98/barril em outubro.

O dólar, por sua vez, perdeu força e caiu para 121 pontos no índice DXY, após ter atingido 130 em janeiro.

A ISO projeta exportações globais de 64,733 milhões de toneladas em 2025/26, ligeiramente acima da previsão anterior (63,890 milhões t) e da temporada passada. As importações

devem somar 62,962 milhões t, abaixo das 63,768 milhões t projetadas em agosto.

Para a safra anterior, os dados mostram superávit comercial marginal de 227 mil toneladas, com 64,740 milhões t embarcadas.

Etanol cresce no mundo

A produção mundial de etanol fechou 2025 com 120,6 bilhões de litros, alta de 1,7% sobre 2024, enquanto o consumo sobe 2,6%, para 120,5 bilhões de litros.

Em uma revisão mais ampla, que inclui novos dados, a ISO também projeta avanço maior: 122 bilhões de litros de produção (+2,3%) e 121,7 bilhões de consumo (+3,3%). Os Estados Unidos seguem líderes, com produção prevista recorde de 61,5 bilhões de litros. O Brasil, ao contrário, deve cair para 32,7 bilhões de litros (ou 33,34 bilhões considerando revisões posteriores), abaixo de 2024, devido à priorização do açúcar. A Índia registra a aceleração mais forte: de 7,2 bilhões para 9,5 bilhões de litros nas projeções tradicionais.

São Paulo entra no foco do etanol de milho

Novo centro voltado para pesquisa sobre biocombustível quer incentivar produção do cereal no estado

O potencial do milho como matéria-prima para a produção de etanol no estado de São Paulo é o foco do Centro de Ciência para o Desenvolvimento do Etanol (CCD Etanol), projeto recém-aprovado pelo programa Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O CDD-Etanol terá como instituição-sede o Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe), da Unicamp. O pesquisador responsável do projeto é Luis Augusto Barbosa Cortez, professor aposentado da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) e pesquisador colaborador do Nipe. “Sempre trabalhei com o tema etanol. No começo dos anos 2000, fizemos um grande road map do etanol, com a realização de 25 workshops. Hoje, nos 50 anos do Proálcool, temos um modelo vencedor de produção sustentável de etanol, açúcar e bioeletricidade, mas, nos últimos anos, o setor vem diversificando suas ações usando outras matérias-primas, como o milho”, explica Cortez.

“No momento, os Estados Unidos são o país mais avançado em etanol, com

O potencial do milho como matéria-prima para a produção de etanol no estado de São Paulo é o foco do CCD Etanol (Imagem: Lúcio

60 bilhões de litros produzidos a partir do milho. No Brasil, são 38 milhões, 75% provenientes da cana-de-açúcar e 25% do milho. Mas, em São Paulo, ainda não temos etanol de milho”, destaca o pesquisador, que acrescenta: “Não se trata de colocar um contra o outro, na verdade, a melhor fórmula é unir os dois.”

Segundo Cortez, o etanol de cana-de-açúcar tem vantagens, já que a produção por hectare é maior. “A cana rende 7 mil litros por hectare, e o milho rende 4,5 mil litros. Mas o milho apresenta uma característica diferente, já que há a produção de um farelo proteico que pode alimentar o gado.”

O pesquisador ressalta que uma das intenções do programa é “enxugar o pasto”. “O gado ocupa 160 milhões de hectares, um quinto da área do Brasil. Com o farelo, poderíamos reduzir a área de pastagem e incentivar a produção de milho”, completa. A cultura da cana tem, ainda, o problema da sazonalidade, mas conta com a cogeração. “A desvantagem do milho é que não tem o bagaço, mas a usina poderia operar o ano inteiro, e boa parte dos equipamentos são os mesmos. O milho não requer tanto investimento quanto a cana”, destaca. Cortez lembra que o Brasil tem cerca de 400 usinas em operação, 170 delas no estado

de São Paulo. Para levar seu projeto adiante, o pesquisador pretende criar uma série de ações de convencimento, baseadas em resultados de pesquisas e em workshops para o poder público municipal. “As prefeituras serão nossas aliadas.” O CCD Etanol deverá reunir uma equipe de dez pesquisadores, que serão selecionados até o final do ano. São instituições parceiras a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (Saasp), a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag) e a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). Participam ainda como instituições de pesquisas associadas o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a Embrapa Territorial, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), o Instituto de Zootecnia (IZ) e o Instituto de Energia e Ambiente (IEE-USP).

Luiz Cortez: setor vem diversificando suas ações usando outras matérias-primas (Imagem: Lúcio Camargo/Divulgação)

Camargo/Divulgação)

Usinas registram situação mais sólida hoje

Comparativo é com o registrado há de anos, destaca estudo do Itaú BBA, para quem o setor produtivo revela amadurecimento

Mesmo diante de um cenário desafiador na safra 2025/26, que pode continuar pressionando os resultados na safra 2026/27, o Itaú BBA conclui que as usinas do setor sucroenergético estão em melhor posição financeira e mais preparadas para enfrentar este momento em comparação à última crise do setor, há dez anos.

O banco, no entanto, avalia que o mercado passa por um período de virada que exige atenção, ainda que as condições financeiras sejam mais saudáveis.

As conclusões integram o novo estudo do Itaú BBA, que analisa 48 grupos responsáveis por cerca de 53% da moagem do Centro-Sul.

De acordo com o levantamento, o setor deve iniciar a safra 2026/27 com índice médio de liquidez de 2,7x, o dobro do observado na safra 2015/16 (1,3x).

A alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) é hoje 51% menor, atingindo 1,8x.

A melhoria em governança, gestão de riscos e rentabilidade tem ampliado o acesso a linhas de crédito de longo prazo, a custos mais competitivos, o que reforça a liquidez do setor. O estudo mostra ainda que a relação entre caixa e dívida de curto prazo também evoluiu. Cerca de 54% dos grupos analisados mantêm caixa superior a 1,5x a dívida de curto prazo, patamar associado a menores custos financeiros e maior geração de EBITDA.

“Esses indicadores mostram que o setor entendeu a importância de manter um índice de liquidez confortável e uma dívida mais baixa em um mercado volátil. Temos atuado como um banco consultivo, apoiando nossos clientes na gestão de riscos e oferecendo soluções adequadas. O foco em governança tem sido um diferencial, permitindo custos financeiros menores mesmo com o cenário macroeconômico desafiador”, avalia Pedro Fernandes, Diretor de Agronegócio do Itaú BBA.

De acordo com o relatório, as companhias têm buscado linhas de crédito

mais estruturadas para investimentos em canaviais, ativos imobilizados e novas aquisições de áreas e usinas.

A participação do mercado de capitais na dívida das empresas passou de 13% em 2019 para 27% em 2025, refletindo a melhora na qualidade da carteira de crédito em relação ao período pré-pandemia.

No mesmo intervalo, a participação do Itaú BBA na dívida total do setor

cresceu de 14% para 20%.

O estudo considera um recorte da carteira do banco, com avaliações financeiras e qualitativas que classificam as usinas em quatro grupos – A, B, C e D.

As empresas do Grupo A apresentam melhor saúde financeira e governança, enquanto as do Grupo D são as que ainda enfrentam maiores desafios ou têm espaço para aprimorar a gestão.

Nos últimos seis ciclos, há uma migração gradual das usinas para grupos mais bem posicionados, impulsionada por avanços em gestão e governança, além de preços favoráveis de açúcar e etanol.

Apenas uma das 12 usinas do Grupo D permaneceu nessa categoria. Outras três deixaram o portfólio do banco e, portanto, não foram consideradas no levantamento mais recente.

Endividamento e Perspectivas Futuras

No relatório, o Itaú BBA apontava tendência de redução do endividamento, em um contexto de preços ainda favoráveis.

Desde então, o cenário se alterou, resultando em aumento do endividamento bancário para R$ 161 por tonelada na safra 2025/26 (que se encerra em 31/03/2026).

O movimento é explicado por quatro fatores: (i) queda no preço do açúcar, (ii) custo mais alto da dívida, (iii) operações de fusões e aquisições e (iv) investimentos em expansão, como irrigação, biogás e maquinário agrícola.

Os investimentos realizados foram superiores ao inicialmente projetado, o que levou a um pico de alavancagem na safra atual.

Contudo, segundo o Itaú BBA, os aportes foram feitos com linhas de longo prazo, o que dá maior previsibilidade financeira. Normalmente, as aquisições de canaviais próximos às usinas geram ganhos de escala e redução de custos logísticos.

Diferentemente do estudo anterior, quando os preços mais altos favoreciam a desalavancagem, o banco avalia que o setor entra agora em um período que exige cautela para novos investimentos em expansão, considerando a pressão sobre preços e custos financeiros.

Ainda assim, observa-se maior uso de instrumentos de hedge, o que pode proteger margens e contribuir para reduzir a alavancagem na safra 26/27 caso haja recuperação no preço do açúcar.

“Há espaço para um crescimento mais robusto em 2026, condicionado ao avanço de políticas que estimulem o aumento da renda real das famílias e à melhora do mercado de trabalho e do crédito”, destaca Garcia.

Carmeuse lança calculadora inédita para o setor sucroenergético com foco em eficiência, qualidade e rentabilidade

A partir de janeiro de 2026, o setor sucroenergético contará com uma nova ferramenta estratégica para otimizar processos e fortalecer a tomada de decisão técnica e econômica: a Calculadora NEUTRAMOL®. Desenvolvida para auxiliar usinas na validação dos benefícios do NEUTRAMOL®, a inovação permitirá simular ganhos operacionais e financeiros de acordo com o perfil de cada planta industrial.

A calculadora foi estruturada para contemplar os principais impactos do produto no processo produtivo, incluindo redução da inversão e melhoria da qualidade do açúcar, além de ganhos de eficiência energética, como economia de vapor e bagaço — aspectos que influenciam diretamente a competitividade industrial.

Na prática, a calculadora permitirá que gestores e técnicos avaliem, de forma rápida e personalizada, os potenciais benefícios da aplicação do

NEUTRAMOL® em seus processos. Variáveis como tipo de matéria-prima, condições de operação, composição do caldo e estratégias de produ-

ção poderão ser ajustadas para simular diferentes cenários de safra. “O objetivo é oferecer uma ferramenta técnica confiável que ajude o cliente a quantificar os ganhos e tomar decisões com base em dados reais da própria operação”, afirma o desenvolvedor da calculadora, Marcos Fonseca. A calculadora reforça o compromisso da Carmeuse com a inovação e o suporte à eficiência do setor sucroenergético, oferecendo mais autonomia ao cliente e fortalecendo a visão de que o uso do NEUTRAMOL® deve ser avaliado sob uma perspectiva integrada de desempenho, qualidade e custo-benefício.

Para saber mais sobre o acesso à calculadora NEUTRAMOL® envie e-mail para comercial@ carmeuce.com.

O Apagão Funcional e o Risco do Subjetivo

Há um fenômeno que vem se espalhando silenciosamente pelas empresas do setor sucroenergético — e, na verdade, em quase todos os segmentos produtivos. Chamo de apagão funcional. Não é a falta de profissionais competentes, mas a ausência de um processo contínuo de formação dentro das organizações. Em algum momento, as empresas pararam de cultivar o hábito de preparar pessoas para o futuro. E, quando a base de formação se perde, a consequência é previsível: faltam candidatos prontos para ocupar funções estratégicas.

Esse apagão não surge do dia para a noite. É resultado de anos de desatenção ao desenvolvimento humano. Quando não há um plano de sucessão estruturado, as empresas se tornam vulneráveis de duas formas: de um lado, ficam suscetíveis a perder seus profissionais mais preparados para concorrentes dispostos a pagar um pouco mais; de outro, são obrigadas a repor esses talentos por valores muito acima do que custaria tê-los formado internamente. O problema é que, sem perceber, as empresas estão terceirizando sua própria sustentabilidade funcional.

Nos meus tempos de trabalho em multinacional americana, lá no final dos anos 80 e começo dos 90, a lógica era outra. Havia uma preocupação genuína em formar profissionais, transmitir conhecimento e preparar sucessores. A empresa entendia que o capital humano era tão estratégico quanto o financeiro. Quando alguém saía, outro já estava pronto para assumir. Havia estrutura, acompanhamento, aprendizado prático e, sobretudo, paciência. Era um processo de lapidação. Hoje, esse cuidado praticamente desapareceu. Parte disso se explica por uma mudança geracional. A nova geração é mais móvel, mais inquieta e menos disposta a permanecer muito tempo em um mesmo lugar. E isso não é uma crítica — é apenas uma constatação. O problema é que as empresas ainda não se adaptaram a esse novo modelo de relação profissional. Continuam tentando aplicar conceitos de permanência e fidelidade num mercado que funciona por estímulos e desafios constantes.

Recentemente, fiz uma palestra em uma grande trading de commodities. Na sala, havia 35 profissionais. Perguntei há quanto tempo cada um estava na empresa. A pessoa com mais tempo de casa estava lá havia quatro anos. Quatro !!! Isso mostra como o tempo de permanência se encurtou. O conhecimento se torna volátil, e a memória institucional vai embora junto com quem sai. Se não houver um processo contínuo de formação e registro de saber, cada desligamento é uma perda real de capital intelectual. O resultado é que as empresas se tornam mais dependentes do improviso. Quando alguém sai, a solução vira uma corrida de emergência. Recruta-se fora, gasta-se mais e leva-se tempo para o novo profissional se adaptar. Enquanto isso, o fluxo decisório se fragiliza. O apagão funcional é, portanto, menos sobre falta de talento e mais sobre a ausência de planejamento e continuidade.

Mas há outro tipo de risco que também se repete — e esse, por incrível que pareça, é ainda mais previsível: o risco de não ter gestão de risco. Tenho

insistido há anos que esse é o calcanhar de Aquiles de muitas usinas. Mais uma vez, vimos o mesmo roteiro se desenrolar. As usinas tiveram, ao longo dos últimos meses, diversas oportunidades de fixar preços de exportação em níveis extremamente remuneradores. E, mais uma vez, muitas optaram por não agir.

A crença de que o mercado “ainda vai subir” segue firme, como uma superstição que atravessa gerações. O problema é que o mercado, diferente da fé, não recompensa a esperança — recompensa a disciplina. Ao deixar de fixar quando o preço é bom, as empresas se expõem a uma volatilidade que corrói margens e compromete resultados. A velha máxima se repete: querem resultados diferentes, mas continuam fazendo as mesmas coisas. Gestão de risco não é um luxo teórico, nem uma planilha sofisticada para reuniões de conselho. É um instrumento de sobrevivência empresarial. Uma política de risco séria e bem estruturada precisa ser institucionalizada. Ela deve remover o emocional da tomada de decisão — o “eu acho”, o “vamos esperar mais um pouco”, o “deve melhorar”. O subjetivo é um inimigo silencioso. E, no mercado de commodities, ele costuma cobrar juros compostos.

O que se exige, portanto, é um olhar mais técnico e menos intuitivo. O mercado de açúcar já ensinou inúmeras vezes que o preço não tem memória — mas o prejuízo, esse sim, tem lembrança longa. A perenidade das empresas só será garantida quando houver uma política de risco robusta, que assegure ao acionista uma remuneração justa sem depender da sorte ou do improviso.

No fundo, as duas questões — o apagão funcional e a ausência de gestão de risco — têm a mesma raiz: a falta de estruturação. Formar pessoas e gerir riscos são tarefas que exigem método, paciência e convicção. Não são decisões de ocasião, mas estratégias de continuidade.

Empresas que voltarem a investir em gente e implantarem políticas de risco sólidas estarão não apenas protegendo seu presente, mas garantindo seu futuro. As demais seguirão apostando no improviso, esperando que a sorte resolva o que a gestão deveria ter prevenido. E, como se sabe, a sorte, assim como o mercado, não costuma atender chamados de última hora.

*Consultor, palestrante, técnico para arbitragens e professor de gestão de riscoemcommoditiesagrícolas

HidroVapor celebra reconhecimento no MasterCana Brasil & Award 2025

HidroVapor foi premiada no MasterCana Brasil & Award 2025 por sua excelência técnica e constante investimento em inovação

A equipe comercial da ProCana Brasil visitou a HidroVapor, em Sertãozinho (SP), para celebrar a conquista da empresa no MasterCana Brasil & Award 2025, a mais importante premiação do setor bioenergético.

O encontro reuniu Lucas Messias, Head de Mídia & Eventos da ProCana Brasil, e Marcelo Bento, Executivo Comercial de Mídia & Eventos, recebidos por Paulo Izo, Diretor-Geral da HidroVapor.

A visita reforçou a parceria estratégica entre as duas companhias e marcou o início de novas ações conjuntas de marketing e relacionamento voltadas à valorização do setor.

Segundo Lucas Messias, “mais do que uma premiação, o MasterCana é um reconhecimento àqueles que fazem a diferença no mercado bioenergético.

A HidroVapor é um exemplo de liderança, inovação e confiabilidade — valores que a ProCana tem orgulho em destacar”.

Premiada por sua excelência técnica e constante investimento em inovação, a HidroVapor consolida sua liderança no setor bioenergético e amplia seu posicionamento como autoridade em soluções de controle de fluidos industriais.

Com forte atuação em segmentos como açúcar e etanol, papel e celulose, siderurgia, mineração, óleo e gás, sucos e frigoríficos, a empresa oferece manutenção preditiva, preventiva e corretiva, com assistência técnica 24h e equipe altamente qualificada.

“A ProCana é uma parceira que entende o setor e traduz nossa essência tecnológica em comunicação de alto impacto. Essa sinergia é fundamental para continuarmos crescendo”, desta-

cou Paulo Izo.

Já para Marcelo Bento, o encontro simboliza “a força de um relacionamento que une inovação, reputação e compromisso com o futuro do setor”.

Com essa parceria fortalecida, HidroVapor e ProCana Brasil reafirmam seu papel na promoção da excelência, da tecnologia e da sustentabilidade que movem a bioenergia nacional.

Lucas Messias, Head de Mídia & Eventos da ProCana Brasil; Paulo Izo, Diretor-Geral da HidroVapor; e Marcelo Bento, Executivo Comercial de Mídia & Eventos da ProCana Brasil

Reforma Tributária e o setor sucroenergético: o que teremos para o futuro?

FÁBIO PALLARETTI CALCINI*

Como é de conhecimento, tivemos a aprovação da Reforma do Consumo, por meio da Emenda Constitucional n. 132/2023, regulamentada pela Lei Complementar n. 214/2025, trazendo relevantes inovações em matéria tributária para todo o sistema tributário brasileiro, entre eles, o setor sucroenergético.

Entre os aspectos relevantes das alterações promovidas e que se iniciam a partir de 2026, está a consagração de um regime fiscal favorecido para os biocombustíveis, assegurando um diferencial competitivo em relação aos combustíveis fósseis no tocante aos novos tributos IBS e CBS (art. 225, § 1º,VIII, CF).

Este dispositivo constitucional caminha em harmonia com a pretensão da Reforma Constitucional Tributária sobre o Consumo de concretizar entre os princípios tributários a defesa do meio ambiente. Nada mais natural, especialmente, no Brasil que o texto constitucional, portanto, reconheça a importância dos biocombustíveis renováveis, como é o caso do etanol, concedendo um regime tributário que incentivo do ponto de vista fiscal sua produção e consumo.

O tratamento constitucional favorecido foi reconhecido pela Lei Complementar n. 214/2025, para fins de IBS/CBS, com a previsão do art. 175, o qual assegura que os biocombustíveis “não poderão ser inferiores a 40% (quarenta por cento) e não poderão exceder a 90% (noventa por cento) das alíquotas incidentes sobre os respectivos combustíveis fósseis comparados”, levando em consideração, conforme regulamento a ser editado, “equivalência energética, os preços de mercado e as unidades de medida dos combustíveis comparados, bem como “o potencial de redução de impactos ambientais dos biocombustíveis ou do hidrogênio de baixa emissão de carbono em relação aos combustíveis fósseis de que sejam substitutos ou com os quais sejam misturados”. Embora as alíquotas reduzidas possam contribuir para o tratamento favore-

cido, nos parece ainda muito pouco, diante da previsão constitucional e dos demais aspectos tributários que envolvem a cadeia da produção dos biocombustíveis.

Neste sentido, nos parece fundamental que se concretizem outras medidas, uma vez que, por exemplo, o setor de petróleo e gás conta com um regime especial – REPETRO -, ao passo que o sucroenergético, que produz biocombustíveis, contraditoriamente, não recebeu qualquer tipo de regime semelhante.

Acreditamos que há espaço para mais instrumentos que busquem respeitar a determinação constitucional do tratamento fiscal favorecido.

Ainda a respeito da Reforma Tributária, importante lembrar que outras relevantes inovações.

Entre elas, temos o fato de que a cana-de-açúcar será tributada pelo IBS/ CBS no fornecimento pelo produtor rural – pessoa física ou jurídica – contribuinte, embora com redução de

alíquota de 60% (sessenta por cento) em todo o país igualmente. É certo que, caso se estejamos diante de produtor rural não contribuinte (receita inferior a R$ 3,6 milhões, por exemplo), não haverá a tributação, todavia, o crédito será presumido pelos adquirentes em um percentual do valor da operação a ser ainda definido por regulamento.

Aliás, quanto à aquisição da cana, como principal insumo, é preciso avaliar, por exemplo, pelas agroindústrias, a possibilidade de já realizar o pagamento e desconto do IBS e CBS, pois, além de já garantir o crédito da não cumulatividade, ganhará em eficiência no fluxo de caixa. Esta questão, entretanto, envolve alinhamento entre as partes (produtor rural e agroindústria) e regulamentação da legislação. Apesar da cana, como principal insumo ser tributado, importante atentar aos demais itens que poderão ser adquiridos com diferimento, nos termos do art. 138, Anexo IX, da Lei Com-

plementar n. 214/25, como adubos, fertilizantes, mudas, entre outros. Cabe lembrar, ainda, que os biocombustíveis serão tributados pelo IBS/ CBS por um regime monofásico na produção e de modo uniforme em todo o território nacional (art. 156-A e 195, CF).

De outro lado, o açúcar está entre os produtos destinados ao consumo humano previstos na Cesta Básica Nacional de Alimentos, conforme art. 125, Anexo I, item 14 (códigos 1701.14.00 e 1701.99.00 da NCM/ SH), incidindo alíquota zero (0%). Estes são alguns dos aspectos basilares das inovações trazidas para o setor sucroenergético promovidas pela Reforma Tributária sobre o Consumo.

*Mestre e Doutor em Direito do Estado pela PUC/SP. Professor da FGV DIREITO SP e IBET. EXCARF. Sócio Brasil Salomão e MatthesAdvocacia

QUARTZO®: O BIONEMATICIDA PREFERIDO DOS PRODUTORES DE CANA DO BRASIL

Quando o assunto é proteger a produtividade da cana e manter as raízes livres dos nematoides, o agricultor brasileiro já tem uma escolha consolidada: Quartzo®, da FMC. De acordo com pesquisa realizada pela Kynetec, líder global em inteligência de mercado no agronegócio, seis em cada dez produtores elegem Quartzo® como

bionematicida preferido. O produto é também o top of mind do mercado, com 62% de lembrança espontânea e 100% de reconhecimento entre os agricultores. Os resultados comprovam a confiança do campo:

• NPS de 72, sem nenhum detrator.

• 97% de satisfação (satisfeitos e muito satisfeitos).

• Liderança de mercado, com 32% de share em USD.

Mais do que números, esses dados refletem um propósito: o compromisso da FMC Agricultural Solutions com a inovação, a sustentabilidade e o de-

sempenho do produtor. Desenvolvido a partir da sinergia entre as bactérias Bacillus subtilis e Bacillus licheniformis, Quartzo® atua com múltiplos mecanismos de ação, criando um biofilme protetor ao redor das raízes. Esse processo potencializa a absorção de água e nutrientes, fortalece o sistema radicular e promove a eficácia no controle de nematóides em diferentes momentos do cultivo, do plantio à pós-colheita.

O resultado é um solo mais saudável, plantas mais vigorosas e colheitas com maior rentabilidade. Tudo isso com segurança ao aplicador e respeito ao meio ambiente.

“Quartzo® é uma ferramenta poderosa no manejo integrado e nas certificações internacionais, ajudando cada cultivo a expressar todo o seu potencial”, destaca Ronaldo Pereira, vice-presidente da FMC América Latina. Quartzo®. O líder em resultados. O preferido do campo.

Confiança que vem da ciência. Resultado que nasce da terra.

O futuro do etanol em Minas Gerais: entre o

atual e a necessidade de reação

A SIAMIG Bioenergia, entidade representativa do setor da bioenergia e do açúcar em Minas Gerais, apresenta análise técnica sobre o mercado de etanol no estado.

O objetivo é evidenciar o desequilíbrio crescente entre oferta e demanda interna, o impacto fiscal da estrutura tributária interestadual e os riscos estratégicos diante das transformações do setor e da iminente reforma tributária.

Trata-se de um cenário desafiador, pois Minas possui a segunda maior frota de veículos do país e é o segundo maior mercado consumidor de combustíveis, o que acentua a necessidade de fortalecer a oferta interna do biocombustível.

O setor da bioenergia tem papel histórico e estruturante na economia mineira. Além da relevância econômica e social, a cadeia do etanol contribui para o desenvolvimento regional, a geração de empregos, a dinamização do agronegócio e a consolidação de uma matriz energética mais limpa. Entretanto, nas últimas safras, observa-se desequilíbrio estrutural entre produção e consumo, com crescente dependência de etanol de outros estados, sobretudo da região Centro-Oeste, reduzindo a força estratégica de Minas no setor.

No ciclo 2024/25, as vendas de etanol carburante das usinas mineiras para o mercado interno foram de 3,07 bilhões de litros, enquanto a demanda atingiu 3,70 bilhões de litros, gerando déficit de 627,6 milhões de litros. Para 2025/26, projeta-se déficit de 1,27 bilhão de litros, o maior da série histórica, consolidando dependência externa estrutural, tanto no hidratado quanto no anidro, cujos déficits seguem em trajetória de alta. O consumo de etanol em Minas está voltando a níveis próximos aos recordes de 2019.

Esse avanço decorre de políticas públicas nacionais de incentivo à bioenergia, de campanhas de conscientização da SIAMIG Bioenergia, como “Etanol. Você abastece, a vida agradece”, da paridade de preço favorável, da ampliação da frota flex, do aumento da mistura de anidro e da transição energética. A oferta local, contu-

do, não acompanha esse movimento.

A maior competitividade das usinas do Centro-Oeste, impulsionadas pela expansão do etanol de milho, por altos investimentos e por benefícios fiscais eficientes, reposicionou o mapa da produção nacional e fez da região a principal responsável por suprir o déficit mineiro, convertendo o estado em importador do biocombustível.

O desenho tributário vigente faz com que grande parte do ICMS sobre o consumo de etanol em Minas seja recolhido nas Unidades da Federação de origem do produto, especialmente Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Na prática, o abastecimento ocorre em Minas, mas o imposto vai majoritariamente para o estado fornecedor.

Estimativas da SIAMIG Bioenergia indicam que, apenas na safra 2024/25, Minas Gerais deixou de arrecadar cerca de R$ 279 milhões em ICMS devido ao déficit de oferta interna. Para 2025/26, a perda pode superar R$ 790 milhões, somando os efeitos do etanol hidratado e anidro. O ICMS que deveria permanecer no estado se desloca para as origens, com perda potencial superior a R$ 308 milhões no hidratado e estimativa de R$ 481 milhões no anidro.

Para cada litro de etanol hidratado consumido em déficit, estima-se que R$ 0,37 de ICMS sejam transferidos para fora, podendo chegar a R$ 0,39 por litro em 2025/26. No anidro, a situação é ainda mais crítica: para cada litro adicional de déficit, o governo mineiro perde cerca de R$ 1,00 em arrecadação. Além da redução direta de receitas, há perda de competitividade das usinas locais, que enfrentam custos logísticos mais elevados e desvantagem tributária frente a concorrentes de outras regiões. A combinação entre déficits físico e fiscal cria um ciclo de enfraquecimento mútuo. As importações interestaduais reduzem o mercado interno das usinas mineiras, comprometem a rentabilidade, inibem investimentos e diminuem a geração de emprego e renda nas regiões produtoras. Paralelamente, a menor arrecadação limita a capacidade do estado de adotar políticas de incentivo e expansão do setor. Com a aproximação da reforma tributária, que prevê unificação e padronização de incentivos entre estados, a urgência do tema se intensifica. Com a plena implementação do novo sistema, o espaço para políticas fiscais diferenciadas será restrito. Se Minas não reverter o desequilíbrio antes desse marco, tende a consolidar-se como

importadora estrutural, comprometendo seu protagonismo histórico no setor bioenergético.

Diante desse contexto, é essencial um programa estadual de fortalecimento do etanol mineiro, focado em reduzir o déficit de oferta, promover a autossuficiência e ampliar a capacidade produtiva. Os incentivos devem priorizar a produção local e a diversificação do uso do etanol em aplicações energéticas, industriais e tecnológicas, com ganhos de eficiência e ampliação do mix, de modo a atrair novos investimentos e reforçar o papel estratégico do setor. Também é fundamental rever o modelo tributário e logístico para restabelecer a competitividade e evitar o esvaziamento econômico das regiões produtoras.

A SIAMIG ressalta que Minas Gerais ainda tem condições de reagir, mas a janela de oportunidade é estreita. O estado dispõe de estrutura produtiva sólida, base agrícola, tecnologia consolidada e um governo estadual sensível aos benefícios dos biocombustíveis.

Sem ação coordenada e decisões estratégicas, há risco de consolidação de um quadro de dependência e perda de relevância nacional. O futuro do etanol mineiro depende de decisões firmes. O momento de agir é agora.

*PresidentedaSIAMIGBioenergiae daBioenergiaBrasil

Cana-de-açúcar,

bioenergia e RenovaBio: agricultura, indústria e ciência para atender a descarbonização

Os canavicultores são peça fundamental no processo em curso no Brasil para o combate às mudanças climáticas e na construção de uma economia de baixo carbono que ganhou força desde a adesão do país ao Acordo de Paris, em 2015, com metas claras até 2050.

Neste contexto, nasce a Lei Nacional dos Biocombustíveis (Renovabio), que se consolidou como instrumento de transição energética, articulando sustentabilidade, inovação e competitividade, potencializando, dentre as energias limpas, o etanol fabricado majoritariamente de cana de açúcar no país.

Contudo, mesmo com este marco regulatório sólido e previsível para a expansão dos biocombustíveis a partir de 2017, com a lei do RenovaBio (13.576), era necessário avançar na regulação da bioenergia e incluir os produtores de matérias-primas das matrizes limpas dessa cadeira virtuosa. Desta forma, no ano seguinte, iniciou parte das complementações e regulamentações, a começar pelo Decreto 9.308 e as resoluções da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que definiram as metas de descarbonização, certificação por análise de ciclo de vida (LCA) e a operacionalização dos Créditos de Descarbonização (CBIOs).

Em 2024, novas leis reforçaram o arcabouço jurídico da transição energética, com destaque ao Combustível do Futuro (14.993), que incentiva a produção de biometano, bioquerosene de aviação (SAF), hidrogênio renovável e combustíveis avançados. No mesmo ano, faz-se justiça com quem produz a matéria-prima dessa matriz bioenergética, com a sanção da lei 15.082, resultante de um acordo entre as entidades dos setores industriais e dos canavicultores, estes liderados pela Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana). Tal lei garante aos produtores de cana a participação nos rendimentos dos CBIOs — uma conquista importante para o equilíbrio da cadeia produtiva e para o reconhecimento do papel dos agricultores.

O Brasil demonstra que está preparado para integrar o ciclo completo da bioeconomia, unindo agricultura, indústria e ciência para atender às metas de descarbonização e fortalecer sua liderança global em energia limpa. E a cadeia sucroenergética se destaca na centralidade da transição energética diante da nova geração de biocombustíveis. Inicia-se pelo etanol de primeira e segunda geração (E2G). Mas a cana de açúcar também se destaca na alavancagem de novas rotas tecnológicas, a exemplo do biogás e biometano, derivados da vinhaça e da torta de filtro, hoje utilizados na cogeração e no transporte pesado. Ainda no bioquerosene de aviação (SAF). No hidrogênio verde também, produzido a partir do etanol, alternativa descarbonizante do transporte e da indústria. E tem o CO₂ biogênico, que é capturado e reaproveitado em processos industriais, integrando o conceito de economia circular do carbono.

Com visto, a partir da cana busca-se novos vetores de energia renovável com menor pegada de carbono, destacando o Brasil no mundo e com resultados concretos, como a redução anual superior a 20 milhões de toneladas de CO₂, geração de empregos qualificados e uma ampliação da segurança energética.

Diante de tantas potencialidades, a Feplana uniu-se a outras entidades do setor na 25ª Conferência da Datagro, para defender o RenovaBio através de manifesto oficial. Foi reforçado que é uma Política de Estado, não sujeita a interrupções nem retrocessos.

Mas além de fortalecê-lo, também é preciso adotar no país um ecossistema integrado de biocombustíveis, no qual o etanol, biogás, SAF e o hidrogênio verde coexistam como complementares.

Para isso, urge aprimorar a regulamentação e garantir previsibilidade de

trumentos de desenvolvimento econômico, inclusão social e de projeção internacional.

O Brasil, mesmo classificado como nação em desenvolvimento, tem investido os seus recursos nesta questão, com base na meta do Acordo de Paris, enquanto os países desenvolvidos

O RenovaBio garante que o produtor rural seja parte integrante da solução climática do Brasil, pois reconhece o valor do campo na geração de energia limpa, na inovação tecnológica e na segurança alimentar e energética. E reforça o papel dos pequenos e médios fornecedores na sustentabilidade do setor e na geração de renda regional.

metas e prazos; fomentar pesquisa e inovação em rotas tecnológicas avançadas; fortalecer a cooperação mundial, exportando biocombustíveis e tecnologia limpa; valorizar os produtores rurais como protagonistas da descarbonização; e, principalmente, garantir segurança jurídica, mantendo o RenovaBio como instrumento de Estado.

O fato é que o Brasil inspira o mundo, firmando-se como referência global em bioenergia sustentável, tendo como base a força do agronegócio, com liderança do sucroenergético. Ademais, o RenovaBio e as novas tecnologias de biocombustíveis não são só políticas climáticas. Eles são ins-

estão aquém. Tais nações precisam assumir seus compromissos, a exemplo dos US$ 100 bi em financiamentos para ajudar no combate à crise climática.

Não obstante, ratifica-se que o Brasil tem feito a sua parte, destacando-se no mundo. E o futuro do país neste quesito, que segue demandando por integração, inovação e sustentabilidade, passa pela cana de açúcar, pela bioenergia e pela valorização do seu produtor. Defender o RenovaBio é defender o futuro sustentável do país e do planeta.

*Presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana)

Por que a geração de CBIOs deve crescer

Previsão de alta na geração de créditos de descarbonização é da StoneX

A StoneX, empresa de serviços financeiros, revisou sua estimativa de geração de CBIOs para 43 milhões em 2025, avanço de 1,4% em relação a 2024.

Motivo da projeção: o aumento modesto reflete a expansão de 2,5% na demanda por biocombustíveis, liderada por biodiesel e etanol de milho — segmentos com menor conversão em créditos de descarbonização.

Para 2026, a consultoria projeta uma geração potencial de 45,1 milhões de CBIOs, crescimento de 4,7% sobre 2025, impulsionada pela alta de 6,2% na demanda por etanol (anidro e hidratado) e pela manutenção do B15 no biodiesel.

O avanço poderia ser ainda maior caso se confirmem fatores como o aumento da produção de etanol de cana e uma eventual adoção do B16. Segundo a analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Isabela Garcia, as perspectivas para 2026 são mais favo-

ráveis, impulsionadas por uma recuperação do consumo de etanol e pela manutenção do ritmo de crescimento do biodiesel.

“Ainda assim, fatores como a predominância do etanol de milho e o limite atual da mistura do biodiesel restringem um avanço mais expressivo na geração de CBIOs”, destaca.

Cenário Regulatório e Metas de Descarbonização

No campo regulatório, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definiu para 2025 uma meta de descarbonização de 40,39 milhões de CBIOs, redução de 5,1% frente à proposta de 2023 (42,56 milhões).

de 1,7 milhão de créditos para distribuidoras com contratos de longo prazo junto a produtores certificados.

Apesar da redução da meta global, as metas individuais das distribuidoras somam 49,4 milhões de títulos, uma vez que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) incorpora às novas metas o saldo não cumprido do ciclo anterior (10,7 milhões de CBIOs) e aplica abatimentos

Isabela Garcia, analista de Inteligência de Mercado: “perspectivas para 2026 são mais favoráveis”

Para 2026, o cronograma preliminar do RenovaBio indica uma meta inicial de 48,1 milhões de CBIOs, representando uma alta potencial de 19% sobre 2025.

Impacto no Mercado e Perspectivas Futuras

De acordo com a B3, até outubro de 2025 foram depositados 35,79

milhões de CBIOs, um aumento de 1,8% sobre o mesmo período do ano anterior. Nos últimos meses, porém, há sinais de desaceleração na emissão, movimento sazonal esperado para o fim do ano.

“O mercado caminha para um equilíbrio entre oferta e demanda, com ajustes graduais que têm contribuído para reduzir a volatilidade dos preços dos créditos. A tendência é de estabilidade em 2025 e avanço mais consistente a partir de 2026, caso o cenário produtivo se confirme”, conclui Isabela Garcia.

Segurança ocupacional: um fator estratégico nas usinas

O ambiente industrial, marcado por ritmos intensos, operações mecanizadas e manipulação de insumos reativos, exige que produtividade e segurança caminhem juntas. Para gestores, técnicos e operadores, é desafiador obter desempenho agronômico sem comprometer a integridade física das equipes. Entre os insumos estão os óxidos, conhecidos por reagir com água e gerar calor, o que justifica a cautela e até a restrição de alguns gestores em trabalhar com esse produto. Não se trata de mito ou exagero: os óxidos realmente reagem com qualquer traço de umidade, liberam calor e podem causar irritações ou lesões de pele. A abordagem desse tema precisa ser direta e transparente. Negligenciar

que não pulveriza, não gera deriva e apresenta bom escoamento reduz drasticamente as chances de contato com a pele e, sobretudo, de inalação de particulados. Mais do que o uso de EPIs, a engenharia do produto tem papel determinante na proteção do operador, portanto, um óxido com granulometria uniforme e alta fluidez é sinônimo de segurança ocupacional. Por isso, a Caltec vai além do discurso e submeteu o OxiFlux a uma análise ocupacional completa, conduzida pela Protmar e pelo laboratório Solutech. O levantamento incluiu medições detalhadas de particulado total, fração respirável, sílica livre cristalina, óxidos de magnésio e cálcio, além da avaliação do risco de exposição durante o

Área de Vivência Rodotrem

ra — evidenciando tendência à pulverização e suspensão no ar. Já o OxiFlux demonstrou estabilidade superior, com emissão mínima de partículas. Essa diferença confirma que a formulação e o comportamento físico do OxiFlux aumentam o nível de segurança. A conclusão do laudo é evidente: a exposição ao OxiFlux é considerada tolerável, segundo os critérios do manual da NIOSH (1977). Para as usinas, isso significa operar com um produto previsível, menos volátil e alinhado às melhores práticas de segurança ocupacional. Em um setor onde o risco químico é real e presente, oferecer um óxido com desempenho técnico aliado à redução de exposição não é diferencial: é responsabilidade. O OxiFlux materializa esse compromisso, entrega resultados agronômicos e atende à exigência das usinas por insumos que preservem a integridade das equipes e da operação. Segurança e produtividade não são caminhos opostos. Com tecnologia adequada, podem — e devem — caminhar juntas. O OxiFlux é a prova disso.

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Manutenção preditiva: engenharia que antecipa falhas

Confira como a RSG Zanini Renk aplica engenharia e tecnologia para prever falhas em redutores de velocidade, aumentando a disponibilidade e a eficiência operacional de seus equipamentos industriais.

Nas indústrias de alta performance, horas de parada representam prejuízos diretos. Devido a isso, confiabilidade mecânica é um fator estratégico, e é por isso que a manutenção preditiva é uma extensão natural da engenharia de precisão que dá origem aos redutores da linha RSG Zanini Renk.

Aqui, prever não é um acaso, e sim resultado de monitoramento contínuo, análise de dados estruturada e decisões baseadas em diagnóstico técnico, para possibilitar o máximo desempenho em operação contínua. O objetivo é detectar o problema antes que ele exista e transformar informação em ação.

Como a RSG Zanini Renk transforma dados em confiabilidade

O processo de manutenção preditiva começa muito antes da coleta de dados. Ele nasce na definição do perfil operacional de cada redutor RSG Zanini Renk, com torque, carga, temperatura, ambiente, rotação, histórico de uso e criticidade.

Com isso, a engenharia determina os modos de falha mais prováveis, como desalinhamento, desgaste de rolamentos, vibração anormal ou degradação do óleo e desenha um plano de monitoramento sob medida.

Cada redutor é equipado com sensores estrategicamente posicionados para captar vibrações, temperatura, ruído e

pressão. As leituras são comparadas com uma linha de base, o padrão de comportamento recomendado do equipamento e qualquer desvio é interpretado em contexto, levando em conta variáveis de carga e ambiente. Quando há aumento de temperatura ou ruído fora do normal, a equipe técnica atua com base em tendências e não em suposições, decidindo se o equipamento pode continuar operando, se deve reduzir carga temporariamente ou se já é hora de programar uma parada segura.

Tecnologias que sustentam a predição

A manutenção preditiva da RSG Zanini Renk combina técnicas consolidadas de diagnóstico com as práticas mais modernas da Indústria 4.0. Todas elas são aplicadas de forma integrada, oferecendo uma leitura completa da “saúde” do redutor.

Análise de vibração: o pulso do redutor

A vibração é uma das variáveis mais sensíveis para detectar falhas mecânicas. Sensores de aceleração identificam desde desbalanceamentos leves até problemas graves de engrenamento, analisando as frequências características de cada componente. Um desalinhamento, por exemplo, gera harmônicas específicas no espectro; já um rolamento desgastado apresenta picos na faixa de alta frequência Esse tipo de análise é o coração da manutenção preditiva em equipamentos rotativos e é amplamente utilizada nos redutores RSG Zanini Renk para garantir operação suave, silenciosa e eficiente.

Monitoramento térmico

Variações térmicas podem revelar falhas de lubrificação, sobrecargas ou desalinhamentos. Por isso, sensores de temperatura são integrados aos mancais e carcaças dos redutores RSG Zanini Renk. Também contamos com câmeras termográficas ajudam a identificar pontos quentes e assimetrias térmicas, atuando como ferramenta complementar para ajustes finos.

Análise de óleo: o espelho do estado interno

A cada ciclo de operação, o lubrificante carrega pequenas amostras da condição interna do redutor.

Com base em parâmetros como viscosidade, acidez (TAN), contagem de partículas (ISO 4406) e ferrografia analítica, a equipe da RSG Zanini Renk avalia o grau de desgaste dos componentes internos, identificando contaminações, oxidação e presença de metais.

Essas informações permitem definir intervalos ideais de troca e evitar falhas catastróficas causadas por degradação do lubrificante ou contaminação cruzada.

Engenharia aplicada ao diagnóstico

Os dados coletados em campo só ganham valor quando são interpretados corretamente. Na RSG Zanini Renk, a análise é feita por engenheiros especialistas em dinâmica de máquinas, vibração e tribologia, áreas fundamentais para o entendimento do comportamento dos redutores sob carga.

Com base nisso, são elaborados laudos técnicos completos, que incluem:

• A condição atual do equipamento (normal, atenção, ação);

• Evidências visuais e espectrais;

• Causas prováveis e recomendações;

• Janela ideal de intervenção.

Esses relatórios são o ponto de conexão entre a engenharia de campo e o planejamento de manutenção, permitindo que as decisões sejam assertivas e baseadas em fatos.

Manutenção preditiva como parte do ecossistema RSG Zanini Renk

Na prática, a manutenção preditiva é apenas uma das camadas de suporte da RSG Zanini Renk. Ela se integra a um ciclo completo que inclui inspeções em campo, remanufatura com padrão de fábrica, retrofit e upgrades de eficiência.

O cliente recebe todo o diagnóstico técnico e o suporte necessário para corrigir, aprimorar ou evoluir seu equipamento. Essa visão de ciclo de vida proporciona disponibilidade ampliada, custos previsíveis e longevidade operacional.

Benefícios concretos para quem opera com redutores RSG Zanini Renk

• Até 60% menos falhas imprevistas graças à detecção precoce.

• Maior disponibilidade operacional, com redutores funcionando dentro dos parâmetros ideais.

• Economia direta em trocas e manutenções desnecessárias.

• Vida útil ampliada dos componentes internos.

• Planejamento sem surpresas, com intervenções agendadas e previsíveis.

• Rastreabilidade completa dos históricos e tendências.

O programa preditivo da RSG Zanini Renk evita paradas e cria um novo padrão de confiabilidade, baseado em tecnologia, dados e experiência real de engenharia.

NOVAS VENDAS IMPORTANTES

RSG P4SH 183 355

• Cliente: Usina Laguna

• Aplicação: Esterão de Cana

• Potência efetiva: 70kw

• Peso 6.510kg

RSG K3DH 020 50

• Cliente: CIPLAN

• Aplicação: Elevador de Caneca

• Potência efetiva: 62,28kw

• Peso 845kg

RSG P3SH 027 71

• Cliente: SAMARCO MINERAÇÃO

• Aplicação: Transportador de Correa

RSG P4SH 054 180

• Cliente: USINAS ITAMARATI

• Aplicação: Tambor Alimentador de Cana

• RSG P2SV 020 10

• Cliente: WD AGROINDUSTRIAL

• Aplicação: Torre de Resfriamento

RSG K3HH 027 25

• Cliente: ANGLO AMERICAN

• Aplicação: Transportador de Correa

RSG P4SH 020 125

• Cliente: COFCO INTERNATIONAL BRASIL

• Aplicação: Esteira

RSG P4DH 045 125

• Cliente: MARGEM COMPANHIA DE MINERACAO

• Aplicação: Transportador de Correa

RSG P4SH 145 355

• Cliente: BRANCO PERES AGRO

• Aplicação: Esteira

RSG P4SH 183 355

• Cliente: USJ ACUCAR E ALCOOL

• Aplicação: Esteira

RSG K3SH 020 45

• Cliente: POLIMIX CONCRETO

• Aplicação: Elevador de Caneca

RSG K2SV 020 8,0

• Cliente: VOTORANTIM CIMENTOS

• Aplicação: Misturador

A revolução silenciosa das usinas 4.0

Sensores inteligentes e otimização em tempo real geram milhões em economia e redefinem padrões de confiabilidade e eficiência no setor

JOACIR GONÇALVES, COM COLABORAÇÃO DE LEILA ALENCAR MONTEIRO DE SOUZA E JOSIAS MESSIAS

Cada segundo vale milhões. Em um ambiente onde vapor, energia, água e matéria-prima precisam fluir em sincronia absoluta, a indústria bioenergética está vivendo uma revolução silenciosa – mas decisiva. A chamada Usina 4.0 já não é mais um conceito distante ou limitado às discussões acadêmicas. Ela pulsa hoje, em dezenas de plantas brasileiras, convertendo dados, sensores inteligentes e algoritmos em produtividade, segurança e sustentabilidade.

O que antes era guiado pela experiência, pelo tato do profissional e pela reação a imprevistos agora é comandado por diagnósticos preditivos, interfaces digitais e inteligência artificial. A operação inteligente em tempo real tornou-se a nova moeda da eficiência. É o que separa quem apenas produz daqueles que evoluem a cada abertura de válvula, a cada giro de turbina, a cada padrão de vibração captado semanas antes de uma falha.

O silêncio que antecede a falha

Quando as máquinas guardam seus avisos no silêncio, apenas a inteligência conectada permite a atuação antes do caos. No chão de fábrica, os sinais mais críticos nem sempre se manifestam em ruído perceptível: eixos que perdem a sintonia, desalinhamentos graduais, lubrificação que se deteriora lentamente. Cada um desses indícios pode evoluir de forma quase imperceptível até que a máquina pare, provocando prejuízos que vão muito além da interrupção da produção. Cada minuto perdido representa risco operacional, perda de produtividade e

possível dano a equipamentos interconectados. Para muitos gestores, a manutenção ainda segue um modelo quase reativo: medir periodicamente, aguardar o alarme visível e agir. É uma estratégia que custa caro porque envolve profissionais especializados, metodologias e ferramentas complexas, e nem sempre consegue evitar falhas e quebras de equipamentos críticos.

É nesse cenário que tecnologias de IoT (Internet das Coisas), sensores sem fio e plataformas com inteligência artificial ganham protagonismo.

A proposta é clara: coletar dados em tempo real, analisar padrões e emitir alertas semanas antes que a falha se concretize. É a manutenção preditiva em estado puro – silenciosa, mas poderosa.

Sensores e a

nova era da manutenção industrial

Por meio de sensores de alta precisão e da análise constante dos dados de vibração e temperatura, é possível identificar desgastes antes que se transformem em falhas. O resultado é uma operação mais segura, eficiente e sustentável, com redução de custos e aumento da disponibilidade dos equipamentos.

A arquitetura do sistema é modular: sensor, transmissão de dados, plataforma IoTebe, alertas e dashboards. Essa configuração facilita a integração com sistemas de gestão já existentes, sem a necessidade de substituir toda a infraestrutura. A transição de medições pontuais com fio para soluções sem fio e de análise contínua marca uma

virada no paradigma da manutenção industrial.

Casos que valem milhões

Na unidade do grupo Tereos em São José, Colina (SP), o sistema de monitoramento inteligente IoTebe identificou alterações nos níveis de vibração na torre de resfriamento da destilaria, acionando automaticamente um gatilho de atenção.

A análise dos gráficos indicou sinais de desbalanceamento e possível desalinhamento no conjunto de pás da torre. Na inspeção in loco, observou-se que os parafusos de fixação das hélices estavam parcialmente soltos, representando risco de evolução da falha e possível colapso do conjunto.

O conserto custou apenas 316,65 reais, em comparação aos 144.461,50 reais que seriam necessários para a troca completa do conjunto de pás – uma economia de 144.144,85 reais em apenas uma ocorrência. Com sensores industriais wireless para monitoramento de vibração e temperatura, integrados a uma plataforma de operação 24/7 com dashboards intuitivos e alertas automáticos, a manutenção deixa de ser apenas uma reação ao problema e passa a ser parte estratégica da operação.

Esse avanço é especialmente relevante em plantas de grande escala, como usinas bioenergéticas, onde o custo de uma parada não programada supera em muito o investimento em tecnologia preditiva.

Na Usina Santa Lúcia (SP), sensores wireless instalados em 2023 nos equipamentos críticos aumentaram a dis-

ponibilidade operacional e reduziram significativamente as falhas emergenciais. O retorno sobre investimento projetado foi cerca de quatro vezes o valor inicial.

“Considerando que o custo da hora da planta estando aí de 25 a 30 mil reais, cada parada que a tecnologia consegue evitar é um valor significativo”, conta Rafael Ometto do Amaral, diretor Industrial da USL. Por essa razão, nas safras seguintes, a usina expandiu o monitoramento para novos ativos, consolidando confiança e escala de uso.

Para José Guilherme Amuchastegui, CEO da TEBE Sensores, essa é a definição da nova indústria: “Os sensores escutam o silêncio das máquinas. Captam microvibrações que os olhos não veem e transformam isso em previsões.”

Tecnologia e análise preditiva de ponta

Sensores compactos e plataformas analíticas permitem soluções versáteis e adaptáveis às condições específicas de cada planta. Quando corretamente calibrado, o sistema identifica uma gama de falhas típicas: desbalanceamento, desalinhamento, folgas mecânicas, lubrificação deficiente, defeitos em rolamentos, cavitação em bombas e outros problemas hidrodinâmicos ou estruturais.

Mais do que detectar falhas pontuais, o sistema analisa padrões e indica tendências, permitindo ações preditivas, não reativas.

À medida que IoT, inteligência artificial e machine learning evoluem, as tecnologias da TEBE também avançam. As plantas que adotam essas soluções já alcançam redução expressiva de falhas inesperadas, maior disponibilidade operacional, decisões baseadas em dados e manutenção centrada na condição real dos equipamentos.

A plataforma IoTebe lida com filtragem de ruído, correlação entre variáveis e retenção de padrões históricos, com capacidade de autoaprendizado contínuo. Em um ambiente onde cada segundo conta, ouvir o “silêncio” das máquinas é o que diferencia a prevenção

Define o set-point ótimo automaticamente, além de estabilizar o perfil operacional, por meio de uma visão do processo como um todo e antecipação dos distúrbios

da reação.

Otimização em tempo real: o cérebro da planta

Se os sensores inteligentes revolucionaram a manutenção preditiva, outra tecnologia está redefinindo a eficiência operacional das usinas: a otimização em tempo real. Mais de 140 plantas industriais no Brasil e no exterior utilizam a plataforma S-PAA, a qual, suportada por machine learning, medidores virtuais, IoT e gêmeo digital termodinâmico, traduz princípios de engenharia em decisões e atuações automatizadas a cada 10 segundos. Grandes players como Alta Mogiana, Cocal, Colombo, Coruripe, Pedra, São Martinho, Tereos e outras importantes usinas já incorporaram a otimização em tempo real ao seu dia a dia operacional, fato evidenciado na última edição do SINATUB Usinas 4.0. Atuando em ciclos automáticos ultracurtos, o S-PAA permite que as usinas operem no limite de performance sem comprometer a segurança. Os resultados são expressivos: em mais de uma centena de implementações validadas, o retorno supera um real por tonelada de cana processada.

Douglas Castilho Mariani, engenheiro químico e head de desenvolvimento e implementação na Soteica, explica: “O RTO S-PAA é uma ferramenta viva, que se adapta à dinâmica do processo industrial. Ele observa variáveis como qualidade da cana, absorção de caldo e balanço energético em tempo real, permitindo que a operação alcance o ponto ótimo sem ultrapassar os limites de segurança.”

O valor da engenharia integrada

No SINATUB Usinas 4.0, diversos executivos do setor destacaram o valor estratégico dessas tecnologias. Guilherme Fraga, especialista em automação e tecnologia da Usina São Martinho, ressaltou que o suporte oferecido pela equipe da Soteica durante a implantação do S-PAA se revela um diferencial estratégico: “O suporte de engenharia, que complementa o nosso time e executa ali o que a gente precisa em qualquer uma das situações, tem muito valor pra gente. Além de toda a parte tecnológica, vem com uma consultoria de engenharia de graça no pacote. Isso faz muita diferença para a gente repensar algumas práticas.”

Ariel Alves Guimarães, gerente de Processos Industriais da Cargill Bioenergia, no estado de Goiás, destacou que os ganhos de eficiência com o S-PAA têm sido perceptíveis desde a implantação da tecnologia na Usina Rio Dourado.

“O planejamento e o controle de produção hoje ficam muito mais fáceis de garantir, porque (com o S-PAA) a gente consegue ter as previsibilidades, a tendência de como está aquele dia, a tendência de como está a semana e, consequentemente, o mês”, disse. Ricardo Toniello, diretor financeiro da Viralcool, mostrou sua visão estratégica sobre o impacto na rentabilidade das unidades de Pitangueiras e Castilho, em São Paulo: “O uso integrado da ferramenta permite alinhar operações, manutenção, produção e planejamento financeiro, garantindo que cada decisão operacional seja refletida em ganhos tangíveis para a empresa. Essa visão evidencia como a tecnologia não apenas suporta a rotina das

usinas, mas também maximiza a rentabilidade e a sustentabilidade do negócio.”

Luiz Magno Brito, diretor industrial da Usina Caeté e pioneiro na implementação do S-PAA no Nordeste, destacou: “A ideia é expandir o S-PAA dentro da usina para outros setores. Quem entrou está satisfeito; quem não entrou, vai entrar.”

Luiz Fernando Murakami, gerente da Nardini Agroindustrial, de Vista Alegre (SP), compartilhou uma vivência singular com o S-PAA ao liderar a implantação da tecnologia em duas usinas de perfis distintos: “Uma vez acertado e validado a atuação do S-PAA, você passa a operar de forma contínua.”

Benefícios tangíveis da transformação digital

Os benefícios da manutenção preditiva e da otimização em tempo real são múltiplos e mensuráveis. Entre os principais ganhos estão a redução drástica de paradas não programadas, aumento da vida útil dos equipamentos, diminuição de custos com manutenção corretiva, maior segurança operacional e otimização do uso de recursos.

A integração dessas tecnologias permite que as usinas operem com maior previsibilidade, planejando intervenções de forma estratégica e evitando o desperdício de recursos. O resultado é uma operação mais eficiente, com melhor aproveitamento da matéria-prima, redução de perdas e aumento da produtividade global.

O futuro já começou

A transformação digital está redefinindo os padrões de eficiência, segurança e rentabili-

dade no setor bioenergético mundial. Antes projeto futuro, a Usina 4.0 se transformou em base da competitividade. Seja na manutenção preditiva ou na otimização contínua, o fator tempo é o grande aliado da eficiência e da produtividade.

“Trabalhamos com prevenção efetiva e monitoramento inteligente para que o mercado possa colher os melhores resultados. Mais do que conectar máquinas, a TEBE conecta confiabilidade, eficiência e previsibilidade à rotina da manutenção moderna”, conclui José Guilherme Amuchastegui, CEO da empresa.

Para muitas usinas, o futuro já começou. E elas estão economizando milhões em tempo real, provando que a revolução silenciosa dos sensores inteligentes e da otimização automatizada não é mais uma promessa distante, mas uma realidade concreta que está moldando o presente e o futuro do setor bioenergético brasileiro.

A mensagem é clara: a transformação digital não é mais opcional – é o caminho para quem deseja liderar o setor nos próximos anos. Com tecnologias cada vez mais acessíveis e resultados comprovados em campo, a Usina 4.0 se consolida como o novo padrão de excelência operacional, combinando eficiência econômica, segurança e sustentabilidade em um modelo de negócio que olha para o futuro sem perder de vista a rentabilidade do presente.

Por meio de sensores de alta precisão é possível identificar desgastes antes que se transformem em falhas

Transporte de cana: usinas se antecipam visando segurança e conformidade legal

Em meio às exigências legais cada vez mais rigorosas, o setor bioenergético desenvolve solução para transformar riscos em performance

Todos os dias, milhares de caminhões de cana trafegam pelas estradas brasileiras, cruzando com outros veículos, máquinas e equipamentos agrícolas. Do campo à usina, cada trajeto é um desafio onde qualquer desvio, atraso ou falha pode representar prejuízo, acidentes ou perda de produtividade. Esse é o cotidiano das logística agrícola — um cenário onde eficiência e segurança precisam coexistir, e onde o transporte deixou de ser apenas um elo logístico para se tornar um diferencial competitivo.

Diante dessa realidade, usinas e produtores têm buscado soluções que unam tecnologia, rastreabilidade e conformidade legal. O objetivo vai muito além da produtividade: é garantir que cada veículo opere dentro das normas de segurança viária, ambiental e trabalhista, assegurando continuidade operacional e reputação institucional. Nos últimos anos, a fiscalização sobre o transporte agrícola se intensificou, sobretudo em regiões de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, onde o fluxo de caminhões canavieiros convive com comunidades rurais e rodovias de uso misto. Nesse contexto, cumprir as normas deixou de ser apenas

uma obrigação regulatória e passou a representar uma vantagem estratégica — reduzindo custos, prevenindo acidentes e fortalecendo a imagem corporativa das empresas do setor.

O marco regulatório e a urgência da inovação

Em Minas Gerais, esse movimento ganhou força. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG) passou a exigir a Autorização Especial de Trânsito (AET) para veículos com dimensões ou pesos acima dos limites legais, medida que garante tanto o cumprimento da lei quanto a segurança nas rotas críticas.

A criação da Agência Reguladora de Transportes de Minas Gerais (ARTEMIG) e o novo Sistema de Infraestrutura de Transportes (Lei 25.235/2025) consolidaram o avanço do Estado em direção a uma política de transporte mais segura e sustentável.

Esses instrumentos estabeleceram parâmetros para o uso de sistemas de rastreabilidade e telemetria embarcados, incentivando a adoção de tecnologias capazes de monitorar em tempo real o comportamento da frota, otimizar rotas e prever falhas antes que causem prejuízos. Manuais do DNIT/IPR também reforçam essa tendência, ao recomendar o uso de rotogramas de risco — mapas que indicam trechos críticos, pontos de parada e variáveis de tráfego —, recurso que se tornou essencial para operações agrícolas complexas.

Legislação em foco — Minas Gerais

DER-MG exige AET para veículos fora de padrão;

ARTEMIG define normas técnicas e fiscaliza transporte; Lei 25.235/2025 reforça a rastreabilidade e a gestão inteligente de frota.

AxiAgro e a transformação digital no transporte agrícola

Foi nesse ambiente de crescente exigência técnica e regulatória que o AxiWays, da plataforma AxiAgro, começou a se destacar em razão dos resultados apresentados. Conhecido como o “Waze do campo”, pois possui as mesmas facilidades daquele app, como apontar a rota mais adequada, identificar os riscos e pontos de atenção no trajeto e emitir alertas sonoros e visuais, acompanhados de voz humana para garantir atuação imediata por parte de motoristas e operadores. O sistema integra todas as etapas logísticas do Corte, Transbordo e Transporte (CTT) e do Corte, Carregamento e Transporte (CCT) entre campo e usina, criando uma rede digital que conecta motoristas, gestores e dados operacionais em tempo real. Quando a tecnologia atende a necessidade.

Caso de sucesso em Bambuí (MG)

veio da necessidade de ter mais controle sobre nossa frota e tornar a operação mais segura”, explica Coelho. “Antes, dependíamos de informações que chegavam depois do fato. Com o Rotograma Inteligente AxiWays, conseguimos acompanhar tudo em tempo real e agir de forma preventiva.” O impacto foi imediato. A ferramenta passou a monitorar cada caminhão, cada rota, cada desvio de padrão, emitindo alertas automáticos em casos de frenagem brusca, excesso de velocidade ou paradas e trajetos fora do previsto. “Além do alerta imediato ao motorista, essas informações nos permitem intervir no momento certo e planejar rotas mais inteligentes”, completa o diretor. “O resultado é uma operação mais eficiente, segura e previsível.” (Leila Alencar Monteiro de Souza)

Resultados mensuráveis

Os números mostram o alcance da mudança:

Acidentes por falha de trajeto: de 4 por ano para 0

Eventos de excesso de velocidade: de 76 para 9

Trechos críticos identificados e corrigidos: 87 Desvios de Rotas: Redução de 90% Tempo médio de resposta a inciden tes: 3 minutos Satisfação com segurança das rotas: de 58% para 94% Cumprimento das velocidades seguras: de 68% para 96%

Na prática, a transformação já é visível. Em Bambuí (MG), uma das usinas pioneiras na adoção do sistema integrou o Rotograma Inteligente AxiWays ao seu CTT, elevando o patamar de segurança e eficiência do transporte canavieiro. Sob a liderança de Antônio Serafim Coelho, diretor agrícola, a usina enfrentava desafios recorrentes: atrasos, falhas de trajeto, incidentes evitáveis e falta de previsibilidade no transporte. Antes da digitalização, o controle era feito em planilhas e relatórios manuais — dados reativos, que chegavam quando o problema já havia acontecido. “A decisão de implantar o sistema

Josias Messias e diretores da Bambuí Bioenergia: Antonio Coelho, Renato Nunes de Souza e Branco Meirelles

AxiAgro: casos de sucesso e de inovação

O coração do AxiAgro está no Rotograma Inteligente, que traduz dados operacionais em decisões estratégicas. Com visualização em tempo real, alertas automáticos e relatórios dinâmicos, a ferramenta transforma o transporte de cana em um processo seguro, sustentável e inteligente. “Planejamos e ajustamos rotas com base em dados, não em suposições. Antecipamos gargalos e mantemos o fluxo contínuo da operação”, reforça Antônio Serafim Coelho, diretor agrícola da Bambuí Bioenergia (leia o case da usina na página 23).

A evolução da logística agrícola segue, agora, para um modelo preditivo, em que algoritmos e análises de comportamento permitem prever ocorrências antes que impactem a produção. O transporte deixa de ser apenas um custo operacional e passa a ser um ativo estratégico.

“Com tudo conectado e inteligente, a operação se torna mais segura, produtiva e confiável, beneficiando toda a equipe e a empresa”, conclui Antônio Serafim Coelho.

Com os resultados alcançados, a Bambuí inscreveu o projeto no Prêmio

Grupo Santo Antônio colhe resultados

com o Rotograma

Inteligente

Os investimentos em Rotograma Inteligente vêm apresentando resultados também para as usinas do Grupo Santo Antônio, com unidades em São Luiz do Quitunde e na matriz de Camaragibe, no estado de Alagoas. Lá, a implantação do AxiWays ocorreu no ano passado, com foco na segurança e na exatidão do cumprimento das rotas, minimizando desvios do caminho, perdas de tempo e riscos de acidentes em estradas rurais não sinalizadas.

“Mesmo operando em ambientes hostis, a tecnologia garante funcionalidade contínua, mesmo em áreas sem cobertura de rede móvel (sinal de celular) ou GPS instável, devido à sua capacidade de armazenamento e pro-

cessamento interno de dados georreferenciados”, destaca Roderick Silva, Analista de Sistemas/COA do Grupo.

“No caso do nosso Grupo, adquirimos não apenas o AxiWays, mas toda a plataforma de apontamento, telemetria e inteligência artificial da AxiAgro, que integra nossas operações de logística, balança e boletim de operadores, já integrado ao sistema GATEC, permitindo assim uma melhor gestão agrícola e, com isso, possibilitando uma redução nos custos de todo o processo”, explica Roderick.

O case de sucesso do Grupo Santo Antônio, inclusive, foi premiado como “Usina do Ano” nos eventos Brasil e Norte-Nordeste do Prêmio MasterCana 2024.

MasterCana Brasil 2025, não como inovação tecnológica e sim como case de Saúde e Segurança no Trabalho, e,

sendo escolhida pelo Júri da premiação, recebeu o troféu em 21 de outubro em São Paulo.

Inteligência revoluciona operações em usina do Paraná

Outra usina premiada pelo uso da tecnologia no MasterCana Brasil 2025 é a Usiban, localizada no município de Bandeirantes – PR.

A Usiban vem investindo fortemente em inovações tecnológicas e inteligência para otimizar a performance das operações agrícolas, incluindo equipamentos e equipes. A implantação da plataforma AxiAgro permitiu um controle integrado em tempo real das operações agrícolas, visando maior rendimento operacional desde os tratos culturais e o preparo do solo até a colheita.

“Estamos experimentando uma verdadeira revolução com as tecnologias agrícolas da AxiAgro. Elas nos proporcionam melhor controle da produção e produtividade, qualidade, credibilidade das informações e conferências. A AxiAgro tem sido um grande parceiro na mudança de cultura com as novas ferramentas”, afirmou Eric Grava, Gerente de TI.

O rotograma AxiWays e as inteligências implantadas na logística e nos processos de colheita permitiram a otimização do uso das placas de localização das frentes, garantindo segurança e melhoria das rotas.

“Vale destacar que, com a implantação do processo automatizado na colheita utilizando CBI da AxiAgro, conseguimos receber em tempo real todos os alertas (paradas, motor ocioso, velocidade, RPM etc.), sendo que a geração do Certificado de Campo (Ordem de Transporte) é realizada pelas coordenadas geográficas do local em que a colheita está sendo feita, utilizando o shape da área”, explica José Leandro, Gerente Agrícola. “Os dados são transmitidos para o COA (Centro de Operações Agrícolas) por meio de conexão Starlink, instalada individualmente em cada colhedora. Nossa colheita é terceirizada, e o uso das ferramentas da AxiAgro nos trouxe segurança e controle em nosso processo”, complementa José Leandro. Hoje, o que se vê é uma nova cultura no campo: tecnologia e conformidade caminhando juntas, gerando resultados concretos e um novo padrão de excelência para o setor bioenergético. “Com o AxiWays, as decisões passam a ser guiadas por dados reais, e não por processos ultrapassados’, afirma Ângelo Barboza, coordenador comercial da Pró-Usinas, que representa a AxiAgro. (Leila Alencar Monteiro de Souza)

Josias Messias, Roderick Luna, Cícero dos Santos Junior e Israel Souza no COA da Usina Santo Antônio, Alagoas
Marcos Bellan, Pedro Silvestre e Matheus Andrade, no COA da Usiban

Como o etanol pode zerar a pegada de carbono

Emprego de tecnologias pode fazer com que o biocombustível de cana feito no Brasil elimine a emissão de gás carbônico

A adoção de tecnologias de emissão negativa pode transformar o etanol brasileiro em um combustível com pegada de carbono próxima de zero — ou até negativa.

É o que revela um estudo da Embrapa Meio Ambiente (SP) e da Unicamp, que avaliou o potencial do BECCS (Bioenergy with Carbon Capture and Storage) e do biochar para ampliar os ganhos ambientais do RenovaBio, a política nacional de biocombustíveis. Segundo a pesquisa, o uso combinado dessas ferramentas poderia alterar radicalmente o desempenho climático do etanol de cana-de-açúcar. Hoje, seguindo a metodologia oficial do RenovaBio, a intensidade de carbono (IC) do etanol hidratado brasileiro é de 32,8 gCO₂e/MJ.

Com BECCS aplicado na fermentação, esse valor cairia para 10,4 gCO₂e/ MJ. A aplicação de biochar reduziria o índice para 15,9 gCO₂e/MJ. Em cenários mais ousados — com captura também na combustão da biomassa —, a IC pode chegar a –81,3 gCO₂e/ MJ, alcançando emissões negativas. O BECCS captura o CO₂ biogênico liberado durante a fermentação do caldo e a queima de bagaço e palha nas usinas. Esse gás é comprimido e armazenado em formações geológicas profundas, onde permanece de forma permanente.

Embora eficiente, a tecnologia ainda

enfrenta altos custos e desafios de infraestrutura. No Brasil, a Usina FS, no etanol de milho, é referência pioneira na área.

O biochar, por sua vez, é obtido pela pirólise de resíduos vegetais — como bagaço de cana. Aplicado ao solo, melhora suas propriedades e atua como reservatório de carbono por décadas. Cada tonelada de biochar pode sequestrar 1,42 tCO₂e.

O resultado de ambos – BECCS e biochar – evita que o carbono retorne à atmosfera. Na foto, pesquisa conduzida por cientistas do Nebraska (biochar sendo testado em campo)

Biochar, ou biocarvão: aplicado ao solo, melhora suas propriedades físicas e atua como um reservatório de carbono de longa duração

Biochar, ou biocarvão: aplicado ao solo, melhora suas propriedades físicas e atua como um reservatório de carbono de longa duração

Desafios e Economia do BECCS e Biochar

O estudo mostra que nenhum dos mais de 300 produtores certificados pelo RenovaBio utiliza atualmente BECCS ou biochar em escala comercial.

O motivo central é econômico: enquanto um crédito de descarbonização (CBIO) vale cerca de US$ 20/ tCO₂, o custo do BECCS varia entre US$ 100 e US$ 200/tCO₂, e o do biochar chega a US$ 427/t. Para viabilizar esses sistemas, os autores defendem a ampliação de instru-

mentos de incentivo — como novas linhas de financiamento, políticas complementares ao RenovaBio e participação no mercado voluntário de carbono (VCM).

Nos Estados Unidos, por exemplo, o crédito tributário 45Q remunera projetos de captura de carbono com até US$ 180/tCO₂

Impacto Ambiental e Comparativo do Etanol

Se adotadas em larga escala, as tecnologias de emissão negativa poderiam gerar forte impacto ambiental.

A combinação de BECCS e biochar em todas as usinas certificadas resultaria em até 197 MtCO₂e em créditos de carbono — volume equivalente a 12% das emissões brasileiras de 2022. Na opção mais realista, com BECCS apenas na fermentação, seriam capturados cerca de 20 MtCO₂e/ano, ou 75 kt por usina.

A pesquisa também comparou o desempenho climático do etanol em relação à gasolina e aos veículos elétricos. Mesmo sem emissão negativa, o etanol já apresenta menor intensidade de carbono do que combustíveis fósseis.

Com BECCS e biochar, pode superar até modelos elétricos carregados com a matriz média do sistema brasileiro.

Mesmo sem tecnologias de emissão negativa, o etanol de cana, sendo biogênco, apresenta menor intensidade de carbono que a gasolina, de origem fóssil

Fragilidades e Sustentabilidade

Os pesquisadores alertam para fragilidades no inventário de dados agrícolas das usinas, o que pode gerar distorções no cálculo das emissões. Além disso, a avaliação de mudanças no uso da terra — fator-chave para sustentabilidade — ainda carece de maior detalhamento. O estudo reforça que o país reúne vantagens competitivas para liderar a transição para combustíveis de emissão negativa, graças à sua infraestrutura agroindustrial e políticas como o RenovaBio. Para os autores, o etanol brasileiro já é um combustível de baixo carbono, mas tem potencial para dar um salto tecnológico e disputar espaço com a gasolina, veículos elétricos e até o hidrogênio verde no cenário global. O futuro dessa transformação, concluem, dependerá menos das limitações técnicas e mais da capacidade do Brasil de criar mecanismos econômicos que tornem o carbono negativo um ativo competitivo no mercado internacional.

Autores

Este texto – originalmente de Cristina Tordin, da Embrapa Meio Ambiente - integra artigo de autoria dos pesquisadores Lucas Pereira, Marília Folegatti, Nilza Patrícia Ramos, Cristiano Andrade, Anna Pighinelli (Embrapa Meio Ambiente), e Rosana Galindo e Joaquim Seabra (Unicamp), foi publicado na ScienceDirect.

Mesmo sem tecnologias de emissão negativa, o etanol de cana, sendo biogênco, apresenta menor intensidade de carbono que a gasolina, de origem fóssil

Mais países irão adicionar etanol à gasolina

Indonésia e Panamá devem adicionar biocombustível ao derivado fóssil a partir de 2027; saiba como os países farão para ter o renovável

os países, a mistura será de 10% (E10). Mas como eles irão obter biocombustível?

No caso da Indonésia, a companhia automotiva japonesa Toyota Motor Corporation que demonstrou interesse em apoiar a iniciativa do país. Esse apoio virá do investimento na produção de bioetanol, confirma a Toyota em divulgação na Antara News. Em comunicado divulgado em novembro, o vice-ministro de Investimentos e Downstreaming da Indonésia, Todotua Pasaribu, afirmou que o consumo anual de combustível da Indonésia ultrapassa 40 bilhões de litros, com uma estimativa de 4 bilhões de litros de bioetanol necessários para implementar a política E10 até 2027.

Os governos da Indonésia e do Panamá confirmam para 2027 o início da adição de etanol à gasolina. Em ambos

“Para aproveitar ao máximo esta oportunidade, a Indonésia precisa começar a preparar as instalações necessárias agora. Este é o

momento que a Toyota quer aproveitar”, disse Pasaribu, observando que a montadora já produz veículos compatíveis com bioetanol para vários mercados.

A oportunidade de investimento foi discutida durante a reunião de Pasaribu com o CEO regional da Toyota Motor Asia, Masahiko Maeda, em novembro.

Toyota Investe em Bioetanol para apoiar Iniciativa E10

Ele mencionou ainda que a Toyota planeja realizar um estudo conjunto no local com a empresa estatal de energia Pertamina em Lampung, que o governo prevê como um futuro centro de produção de bioetanol. “O objetivo é estabelecer uma joint venture até 2026”, acrescentou Pasaribu. O plano proposto inclui o desenvolvimento de uma instalação de produção de bioetanol com capacidade de 60.000 quilolitros por ano, apoiada por um investimento de cerca de US$ 150 milhões para apoiar o programa E10.

MasterCana Brasil & Award 2025 celebra a essência e consolida o Hall da Cana!

Desfilaram pelo Hall da Cana CEOs, diretores e executivos das principais usinas e grupos bioenergéticos do Brasil e da América Latina

A 36ª edição do MasterCana Brasil &

Award 2025 reuniu cerca de 42 usinas e grupos bioenergéticos em São Paulo, na noite de 20 de outubro de 2025. O evento consolidou-se como fórum estratégico do setor, celebrando conquistas e promovendo relacionamentos.

Josias Messias, CEO da Procana Brasil, emocionou o público ao destacar:

“Celebramos a essência da resiliência, inovação e das pessoas que fazem o setor acontecer”. Ele reforçou que a cana-de-açúcar permanece como símbolo da força setorial: “Podemos ter muitos reis e príncipes, mas só existe uma rainha — a cana”.

O Secretário Guilherme Piai Filizzola exaltou a importância do setor: “É o nosso pré-sal caipira. Onde tem usina, há prosperidade, IDH maior e melhores empregos”.

Josias Messias (ProCana Brasil), William Lee Burnquist (ISSCT), Monalisa Carneiro (ISSCT), Prof. Dr. Hermann Paulo Hoffmann (UFSCar), Thiago Gomes Veloso Araújo (Usina Rio Amanbai ), Ana Lúcia Chuina (Grupo Novo Milênio) e Rubsmar Germino (Usina São João de Araras)

O MasterCana reafirmou seu propósito de valorizar a excelência, inovação e, principalmente, o talento humano. “Antes de qualquer tecnologia, é a essência que nos une e move o setor”, concluiu Messias.

CEO OF THE YEAR
Jorge Roberto Leal, CEO de Ingenio Magdalena, da Guatemala
ORGANIZATION OF THE YEAR Monalisa Carneiro, International Society of Sugar Cane Technologists (ISSCT)
SUGAR MILL TECHNOLOGY Nilson Medina (vice-presidente), Emílio Colamarino di Silvio e Pedro Collegari, de Ingenio Aguaí, da Bolívia
BIOENERGY TECHNOLOGY
Carmen Helena, Gerente de Recursos Humanos, de Ingenio El Angel, El Salvador
SUGAR AND ETHANOL GROUP OF THE YEAR
Ailton Leito dos Santos, Gerente de Recursos Humanos, da Cocal Energia Responsável, Brasil ETHANOL
LENGENDARY SUGAR COMPANY Gastão de Souza Mesquita (presidente), Marcelo Fernandes Oliveira e Thiago Mesquita, da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná¡ (CMNP)
MULHERES MAIS INFLUENTES Ana Lúcia Chuina, Diretora-Presidente do Grupo Novo Milênio
MULHERES MAIS INFLUENTES
Mariana Granelli, Diretora Comercial da Usina Granelli
MULHERES MAIS INFLUENTES Natália Baldan, Sucessora em desenvolvimento da Família Baldan
MULHERES MAIS INFLUENTES
Renata Dantas Bellodi, Acionista do Conselho de Administração da Usina Santa Adélia
MESTRES DA CANA José Ieda Neto, Consultor Industrial
MESTRES DA CANA Ricardo Delarco, Sócio da RR Agrícola
MESTRES DA CANA William Lee Burnquist, Diretor da ISSCT Honorary Life Member
MAIS INFLUENTES DO SETOR – EMPRESÁRIO BIOENERGÉTICO Eduardo Farias, presidente do Grupo Farias
OS MAIS INFLUENTES DO SETOR – EMPRESÁRIO BIOENERGÉTICO Eduardo Junqueira da Motta Luiz, Sócio Diretor da Usina Açucareira Guaíra
Guilherme Moroço, diretor presidente da Drul, colaborou na entrega dos troféus
Airton Benatti, Gerente Técnico de Vendas da Caltec, colaborou na entrega dos troféus
OS MAIS INFLUENTES
Otávio Junqueira Motta Luiz, Sócio Diretor da Usina
Açucareira Guaíra
OS MAIS INFLUENTES
SETOR – ALTA DIREÇÃO Bruno Coutinho, Sócio Diretor da Energética Santa Helena (MS)
OS MAIS INFLUENTES DO SETOR – ALTA DIREÇÃO Gastão de Souza Mesquita, presidente da Cia. Melhoramentos Norte do Paraná
OS
OS MAIS INFLUENTES DO SETOR – ALTA DIREÇÃO José Geraldo Machado, CEO na VPA Bioenergia
OS MAIS INFLUENTES
DIREÇÃO José Luiz Mosca Jr, CEO na Dacalda Açúcar e Álcool
OS MAIS INFLUENTES DO SETOR – ALTA DIREÇÃO Leonardo Cintra, COO Diretor de Operações na Usina Santa Terezinhas
OS MAIS INFLUENTES DO SETOR – ALTA DIREÇÃO Marco Orozimbo F. Rosas, Diretor Executivo – CEO na ALD Bioenergia
OS MAIS INFLUENTES DO SETOR – ALTA DIREÇÃO Marcus Miranda Schlösser, COO na bp bioenergy
OS MAIS INFLUENTES DO SETOR – ALTA DIREÇÃO Narciso Bertholdi, Conselheiro na CerradinhoBio
OS MAIS INFLUENTES DO SETOR – ALTA DIREÇÃO Pedro Dinucci, CEO na Usina São Manoel
OS MAIS INFLUENTES DO SETOR – AGRÍCOLA Leontino Balbo Junior, Diretor do Grupo Balbo
OS MAIS INFLUENTES DO SETOR – AGRÍCOLA Rodrigo Corrêa, Diretor Agrícola da Usina Lins
OS MAIS INFLUENTES DO SETOR – COMERCIAL Francisco Vital, Diretor Comercial na Usina Coruripe
Colaborou na entrega dos troféus Pedro Martins Alves, diretor da Soteica Brasil

E

E SEGURANÇA NO TRABALHO - PERFORMANCE

HUMANOS – GESTÃO

SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO – TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Bambuí – Ascanio Silva e Lucas Hartur

RECURSOS HUMANOS – PERFORMANCE Viralcool – Roselaine Bessa, Recursos Humanos

Colaborou na entrega dos troféus José Guilherme Baggio Amuchastegui, CEO da Tebe Sensores

TIC- TECNOLOGIA E COMUNICAÇÕES E MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA Cargill Bioenergia – Jean Rene Coimbra Matara, Gerente coorporativo de Manutenção

TIC- TECNOLOGIA E COMUNICAÇÕES – TECNOLOGIA & INOVAÇÃO

Usina Santa Adélia – Laura Bedim Lastória, Analista de meio ambiente
RECURSOS
Usina Santo Ângelo
Erlon Cunha Rodrigues, Coord. de Gestão de Pessoas
SAÚDE
SEGURANÇA NO TRABALHO - GESTÃO Usina Santo Ângelo – Bruno Jefferson Soares, Eng. Coord. Saúde e Segurança do Trabalho
SAÚDE
Usina Santa Adélia – Renata Delmore Bechara, Supervisora de Saúde
José Darciso Rui, diretor do Gerhai, colaborou na entrega dos troféus
Usina São Domingos
Demétrio Soares, diretor Adm. Financeiro

Tereos – Lucas Sant Anna Trevizan, Gerente de Excelência Agronômica

AGRÍCOLA – PERFORMANCE Usina Santo Ângelo – Carlos Eduardo Costa Ferreira de Mello, Gestor de Processos Agrícolas

ÁREA AGRÍCOLA – TECNOLOGIA & INOVAÇÃO Bp bioenergy – Marcus Schlosser, COO da bp bioenergy

AUTOMAÇÃO AGRÍCOLA – GESTÃO

Usina Pitangueiras – Carolina Coelho, Encarregada de Controle Agrícola e Juliano Timóteo, Analista de Geotecnologia SR,

E LOGÍSTICA AGRÍCOLA – PERFORMANCE & SEGURANÇA

Usina São Domingos – Luciano Garcia, Coordenador de CTT

AGRÍCOLA – PERFORMANCE

BIOENERGIA – TECNOLOGIA & INOVAÇÃO
Cocal – Luís Paulo do Val Cervelatti, Gerente de Manutenção Automotiva
ÁREA INDUSTRIAL - GESTÃO Tereos – Vitor de Moura Fernandes Viana, Especialista de processos
ÁREA INDUSTRIAL - PERFORMANCE Usina Vertente – Alex Eiti Shiota, Gerente Executivo da Unidade
ÁREA INDUSTRIAL – TECNOLOGIA & INOVAÇÃO Usina São Martinho – Fernando Cullen Sampaio, Gerente de Tecnologia e Processos Industriais
MANUTENÇÃO
ÁREA AGRÍCOLA – GESTÃO
AUTOMAÇÃO
Grupo Moreno – Everson Sisto Sovenha, Gerente Executivo COA
AUTOMAÇÃO AGRÍCOLA – TECNOLOGIA & INFORMAÇÃO
Usina Lins – Carlos Eduardo Toledo, Coord. Inteligência da Informação
AUTOMOTIVA E LOGÍSTICA AGRÍCOLA – GESTÃO Bunge – Jean Gerard Lesur, Diretor Superintendente
AUTOMOTIVA
AUTOMOTIVA E LOGÍSTICA AGRÍCOLA – TECNOLOGIA & INOVAÇÃO Usiban – Eric Grava, Gerente de TI
Paulo Montabone, Diretor na RX Brasil Fenasucro & Agrocana colaborou com a entrega de troféus
PARCERIA AGRÍCOLA – GESTÃO Bunge – Gustavo Fregonez Baptista, Diretor Agrícola
TRATAMENTO
TECNOLOGIA
EMBALAGENS

A equipe da ProCana Brasil visitou a HidroVapor, em Sertãozinho (SP), para celebrar o reconhecimento da empresa no MasterCana Brasil & Award 2025, a principal premiação do setor bioenergético. O encontro entre Lucas Messias e Marcelo Bento, da ProCana, e Paulo Izo, diretor-geral da HidroVapor, marcou o fortalecimento da parceria entre as companhias e o início de novas ações de marketing e relacionamento. Premiada por sua excelência técnica e inovação, a HidroVapor consolida sua liderança em soluções de controle de fluidos industriais e reforça seu compromisso com a tecnologia, sustentabilidade e valorização do setor bioenergético.

SERVIÇOS TRIBUTÁRIOS
BRASIL SALOMÃO E MATTHES ADVOCACIA – Fábio Calcini, Advogado Tributarista, sócio do Brasil Salomão e Matthes Advocacia
Lucas Messias, Head de Mídia & Eventos da ProCana Brasil; Paulo Izo, Diretor-Geral da HidroVapor; e Marcelo Bento, Executivo Comercial de Mídia & Eventos da ProCana Brasil

MasterCana Norte & Nordeste 2026 e UAPNE serão realizados em março, em Recife

O evento será realizado junto com o UAPNE26 e promete reunir os principais líderes do setor bioenergético

A organização do Prêmio MasterCana Norte & Nordeste anunciou a nova data de realização, marcada para o dia 19 de março de 2026, em Recife (PE).

O evento acontecerá em conjunto com o UAPNE26 – Usinas de Alta Performance Nordeste, programado para os dias 18 e 19 de março. O tra-

bém um espaço de integração, geração de negócios e fortalecimento de parcerias estratégicas, valorizando cases de sucesso e boas práticas em gestão, inovação e sustentabilidade.

O Prêmio MasterCana Norte/Nordeste, reconhecerá as “Usinas do Ano” em diversas categorias, como Estratégia Empresarial, Responsabilidade Empresarial, Administração & Finanças, Recursos Humanos, Produção de Etanol e Açúcar, Bioenergia e Automação Agrícola.

Os cases devem apresentar resultados comprovados, metas alcançadas e indicadores de desempenho, dentro das vertentes Performance, Tecnologia &

A última edição do MasterCana Norte & Nordeste, realizada em dezembro de 2024, foi marcada por homenagens que simbolizam o espírito inovador e resiliente do setor. Um dos momentos mais emocionantes foi a entrega do troféu ao fornecedor Francisco Edilson Maia da Costa, realizada em sua biofábrica, em São Miguel dos Campos (AL).

Impedido de participar da cerimônia oficial em Recife por motivos médicos, Edilson Maia recebeu o prêmio em um encontro especial com colaboradores e amigos. “Ajudar os outros é o que realmente dá sentido à nossa atividade”, declarou emociona-

Outro destaque foi o reconhecimento concedido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aos empresários Artur Tavares de Melo Neto, do Grupo Olho D’Água, e Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar, ambos premiados na categoria “Mais Influentes da História”. O deputado Jarbas Filho, autor do requerimento de congratulações, destacou que os dois “representam o fortalecimento do setor sucroenergético e o impacto social e econômico positivo gerado em Pernambuco e em toda a região”. Com três usinas e mais de um século de tradição, o Grupo Olho D’Água é referência na produção de açúcar, etanol e energia, respondendo por uma moagem de 4,5 milhões de toneladas de cana por ano. Já o Sindaçúcar se consolidou como entidade estratégica na defesa e modernização da indústria

CANABIO25 consolida manejo regenerativo como saída para aumentar produtividade

Evento reuniu usinas, produtores e pesquisadores que apresentaram cases de sucesso e reforçaram que a agricultura regenerativa já é realidade no setor

O CANABIO25 – Regenerar é preciso transformou, nos dias 8 e 9 de outubro, o Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto (SP), no epicentro do manejo biológico e regenerativo da cana-de-açúcar. Usinas, grupos, produtores e pesquisadores compartilharam desafios, experiências e soluções já aplicadas no campo para elevar a produtividade com sustentabilidade.

Josias Messias, CEO da ProCana Brasil reforça que o manejo regenerativo é voltar à essência com uma nova mentalidade. “Quando a gente falava desse tema, havia certa resistência. Hoje, o cenário se inverteu — o manejo regenerativo já faz parte da rotina de quem produz cana. Ele é o principal fator para romper a estagnação da produtividade e garantir longevidade e rentabilidade no campo. A cana continua sendo a rainha do

A próxima edição do evento já está marcada para os dias 10 e 11 de junho do próximo ano, que em clima de

copa do mundo, já antevê a escalação do melhor time de técnicos, especialistas, produtores, usinas para compor o elenco do CANABIO26.

setor.”
Flávio Barcelos, da K+S, Cibele Medeiros e Paulo Garcia

Jacques Dieu, Country Manager da Biome Makers Inc.

PAINEL - REVOLUÇÃO NO MANEJO CANAVIEIRO

“Alta Produtividade Regenerativa a Baixo Custo” foi o tema da palestra de Ricardo Delarco, Gerente Agrícola na Delarco Agricola.

“Compartilhando Lições Aprendidas na Jornada dos Bioinsumos” foi o tema de mesa redonda em 08 de outubro, primeiro dia do CANABIO 25. Participaram:

-Mario Dias da Costa Filho, Gerente Sr. de Desenvolvimento Agronômico - Corporativo na bp bioenergy

-Aloísio Meloni, Gerente Corporativo Desenvolvimento Agronômico na Bunge

-Matheus Pozzeti, Gestor de Qualidade e P&D na Tereos

-Silvio Ferreira Junior, Gerente Executivo de Tecnologia Agrícola na Atvos

André Pavanelo, da Zilor
Marcos Zanata, da Maza Consultoria

Aloísio Meloni, gerente corporativo de desenvolvimento agronômico na Bunge participou da “Mesa redonda: Compartilhando lições aprendidas na jornada dos bioinsumos”

“Microorganismos na Fixação Biológica de Nitrogênio e na Fisiologia da Cana-de-Açúcar” foi o tema da palestra de Carlos Crusciol, Professor Titular, Faculdade de Ciências Agronômicas, FCA/ UNESP, Botucatu SP.

“Qualidade em Bioinsumos: da Bancada ao Campo” foi o tema da palestra de Cibele Medeiros, Consultora em Bioinsumos na Conídio

“Case Atvos: Manejo Regenerativo: Integração de Práticas Convencionais e Inovação para Ganhos em Produtividade” foi o tema da palestra de Fabiana Ascêncio, Gerente Executivo e Desenvolvimento Agrícola na Atvos.

“Korn-KALI®: Potássio e Magnésio para a Agricultura Regenerativa”, foi o tema da palestra de Flavio Barcellos Cardoso, Gerente Técnico na K+S

“Uso de Biológicos Substituindo os Químicos, Reduzindo Custos e Aumentando a Produtividade” foi o tema da palestra de Douglas Dumont Silva Miranda, Gerente Agrícola na Silvio de Castro Cunha Júnior.

“Case ACP Bioenergia: Manejo Biológico” Felipe Biondi Fernandes de Lima, Gerente de Desenvolvimento Agronômico ACP Bioenergia

“Papel do Silício (Si) e dos Remineralizadores na Produção Sustentável de Cana-de-açúcar”: tema da palestra de Gaspar Korndörfer, Professor e Produtor de Cana

Giuliano Beggio Francischini, CEO da Beggio Lorenzo Agropecuária, apresentou o case “Beggio LorenzoRumo à Agricultura Regenerativa”.

“Alternativas para um Manejo Nutricional Regenerativo” foi o tema da palestra de Gustavo Santos, Diretor da KP Consultoria

Henrique Mattosinho D’Avila, Gerente de Desenvolvimento de Mercado no CTC, fez palestra sobre o tema “Aumentando a Produtividade e Sustentabilidade do Canavial: Soluções Inovadoras do CTC”

“Tecnologia Carmeuse para o Manejo de Ca, Mg, S na Cultura da Canade-açúcar” João Mattos, Coordenador Agronômico da Carmeuse

*Domínio da Fisiologia: A Base da Resiliência e da Produtividade da Cana” foi o tema da palestra de Israel Lyra, Diretor Comercial da Kracht.

“Tecnologia que Potencializa a FBN: O Caminho para Rentabilidade e Vigor na Cana, Substituindo a Adubação de N-Mineral” João Pedro Alves dos Santos, Gerente de Negócios na Euroforte

“Case Clealco: Manejo na Utilização de Produtos Biológicos com Foco no Controle de Estria Vermelha, Nematóides e Broca” foi o tema da palestra de Leonardo Petean, Coordenador de Desenvolvimento Agronômico e Qualidade Agrícola da Clealco.

Mário Dias da Costa Filho, gerente de Desenvolvimento Agronômico Corporativo, na bp bioenergy participou da “Mesa redonda: Compartilhando lições aprendidas na jornada dos bioinsumos”

Maurício Komori, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento de Mercado na Agronelli Soluções, fez palestra sobre soluções para construções de perfil do solo.

“Qualidade do Solo na Agricultura Regenerativa”, foi o tema da palestra de Raffaella Rossetto, Pesquisadora Científica no IAC.

Silvio Ferreira Junior, gerente executivo de tecnologia agrícola na Atvos, participou da “Mesa redonda: Compartilhando lições aprendidas na jornada dos bioinsumos”

“Case Usina Rio Amanbaí - Manejo de Biológicos na RAA” foi o tema da apresentação de Thiago Gomes Veloso Araújo, Gerente Agrícola da Usina Rio Amambaí Agroenergia

Paulo Eduardo Garcia Júnior, Agrônomo e Produtor na Agropecuária 3G, apresentou o case “Agropecuária 3G – Sustentabilidade no Foco do Agro”

Roberto Malimpence, diretor na Baraúna Soluções Biológicas, fez palestra sobre o tema “Manejo Regenerativo dos Subprodutos no Setor Sucroenergético”

Case Tereos - Agricultura Regenerativa, apresentado por Matheus Pozzeti, Gestor de Qualidade e P&D na Tereos

Walmor Roim, Gerente de Marketing Corporativo da Allterra, fez palestra sobre “Inovação e Regeneração para o Futuro da Agricultura”

PAINEL - REVOLUÇÃO NO MANEJO CANAVIEIRO

“4º EIXO: Preparo Profundo, Colheitas Sustentáveis: o Solo como Pilar da Agricultura Regenerativa na Cana-de-açúcar” é o tema da palestra de José Cristóvão Momesso, Engenheiro Agrônomo MSc., Diretor-Geral do Instituto CANAEX.

PAINEL - REVOLUÇÃO NO MANEJO CANAVIEIRO

PAINEL - REVOLUÇÃO NO MANEJO CANAVIEIRO

Julio Campanhão, Consultor na Agrocamp, apresentou palestra sobre o tema “Novos Conceitos na Produção de Cana: Produtividade com Sustentabilidade e Rentabilidade”

PAINEL - REVOLUÇÃO NO MANEJO CANAVIEIRO

Perguntas & Debate com Thiago Gomes Veloso Araújo, José Cristóvão Momesso, Douglas Dumont Silva Miranda e Julio Campanhão.

PATROCINADORES

“Alta Produtividade Regenerativa a Baixo Custo” foi o tema da palestra de Ricardo Delarco, Gerente Agrícola na Delarco Agricola.

Equipe da Allterra
Equipe da Carmeuse
Equipe da Agronelli
Equipe da Euroforte

PATROCINADORES

Equipe da K+S
Equipe da Kracht
Equipe da CNC

2026

Calendário Completo

Participe desta jornada conosco e faça parte dos maiores eventos do setor bioenergético.

BIOMILHO

BRASIL - 2026

O mapa estratégico que conecta a cadeia do milho às usinas e agroindústrias.

Um encontro para se aprofundar e atuar com estratégia nesse mercado, que segue crescendo e revolucionando o modelo bioenergético brasileiro.

20 E 21/MAI

SINATUB26

CONGRESSO USINAS DE ALTA PERFORMANCE INDUSTRIAL

Desde 2001, o SINATUB é referência em benchmarking e atualização técnica para profissionais da indústria bioenergética. Uma oportunidade única para sua empresa compartilhar inovação, alavancar negócios e fortalecer seu networking com quem decide na área industrial.

19/OUT

MASTERCANA

BRASIL & AWARD 2026

O troféu mais desejado do setor bioenergético é também a principal plataforma de networking e posicionamento de marca do setor. Uma oportunidade exclusiva para empresas que buscam valorizar sua liderança e referência no mercado.

UAPNE26

CONGRESSO USINAS DE ALTA PERFORMANCE NORTE–NORDESTE

Evento que reúne especialistas e líderes para discutir práticas inovadoras e estratégias eficazes nas áreas agrícola, industrial e de gestão. Uma oportunidade única para compartilhar inovação e fortalecer parcerias no cenário dinâmico da região norte-nordeste.

10 E 11/JUN

CANABIO

CONGRESSO DE MANEJO BIOLÓGICO & REGENERATIVO DE CANA-DE-AÇÚCAR

O maior evento da área, reúne grupos, usinas e especialistas na busca pela Cana Regenerativa. Webinares, podcasts e cobertura no YouTube completam a imersão do público.

MASTERCANA

NORTE E NORDESTE - 2026

O troféu mais desejado do setor bioenergético é também a principal plataforma de networking e posicionamento de marca do setor. Uma oportunidade exclusiva para empresas que buscam valorizar sua liderança e referência no mercado.

10/AGO

MASTERCANA

CENTRO-SUL & SOCIAL 2026

O troféu mais desejado do setor bioenergético é também a principal plataforma de networking e posicionamento de marca do setor. Uma oportunidade exclusiva para empresas que buscam valorizar sua liderança e referência no mercado.

Conte com nossa força para marcar presença e alavancar seus negócios

Tecnologia de Otimização em Tempo Real - RTO

Usina 4.0

• Antecipação do processo devido à matéria-prima. Interligação de bases agrícola e industrial

• Tomada de decisão global e não local

• PDCA on-line para a operação

• Dados do laboratório influenciando processo diretamente

• Sei a eficiência de meus equipamentos

• Meus stakeholders visualizam meus KPIs por diferentes formas

Diferença entre Controle e Otimização

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JornalCana 360 (Dezembro 2025/Janeiro 2026) by ProCana Brasil - Issuu