








3º ENCONTRO DRUL Indústria e Bioenergia reúne grandes nomes do setor para falar de inovação e tecnologia
MERCADO
Mais vigoroso o agronegócio tende a gerar mais negócios na Agrishow 6 Cana Summit promove aproximação entre produtores e Poder Público e foca prioridade para o etanol 8 Consumo global de açúcar deve crescer em meio a déficit histórico, afirma José Orive, diretor executivo da ISO 10
Brasil formaliza apoio técnico ao Japão, que pretende ampliar adição de etanol à gasolina e investir na produção de SAF 12
Luciane Chiodi Bachion e Sofia Marques Arantes milho amplia produção de energia sem comprometer a segurança alimentar 13 Fred Marcio Polizello produtividade acima de 100 toneladas de cana por hectare é uma conquista ainda restrita a poucos 14 e 15
Maurílio Biagi Filho: 50 Anos do Proálcool: uma revolução energética ainda atual 16 e 17 Hudson Zanin: biogás feito de vinhaça também reduz os impactos ambietais do setor 18 Fábio Calcini: alterações de impostos sobre o etanol pela Lei Complementar 214/2025 20 e 21 Andrea Villaça: o potencial do hidrogênio verde a partir da reforma do etanol 22
Safra 2025/26 no Centro-Sul deve ficar em 595 milhões de toneladas de cana, estima João Rosa (Botão), do Pecege 24 Fertilizantes orgânicos reduzem dependência de insumos importados 26 Custos da safra de cana seguem tendência de alta, aponta estudo da CNA 28
REPORTAGEM DE CAPA
3º Encontro Drul – Indústria e Bioenergia reúne os grandes do setor para falar de inovação e tecnologia 32 e 33
Usina Santa Adélia inaugura fábrica e armazém de açúcar na Unidade Pereira Barreto 36 e 37
Cobertura completa do Congresso realizado pela ProCana em Recife (PE) 40 a 46
“Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros Perdoem como o Senhor lhes perdoou Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito ” Colossenses 3:13-14
Delcy Mac Cruz - redacao@procana com br
n t i d a d e re p re s e
d e a ç ú c a r
á c o m o a t e n d e r à d e m a n d a
I s s o p o rq u e a p rev i s ã o d e m e n o r o f e r t a d e c a n a ve m e m u m a n o c u j o c o n s u m o g l o b a l d e a ç ú c a r d eve c re s c e r d i a n t e d é f i c i t h i s t ó r i c o d e p ro d u ç ã o, c o m o d e s t a c a Jo s é O r ive, d i re t o r e xe c u t ivo d a I S O, e m e n t rev i s t a a Jo s i a s M e s s i a s , C E O d o Jo r n a l C a n a , d u r a n t e o eve n t o C a n a S u m m i t E s s e eve n t o, t e m a d e re p o r t a g e m n e s s a e d i ç ã o e re a l i z a d o n o c o m e ç o d e a b r i l p e l a
O r p l a n a e m B r a s í l i a , re f o r ç a a p r i o r i d a d e p a r a o e t a n o l c o m o re n ov á ve l
O b i o c o m bu s t í ve l , a l i á s a m p l i a d e m a n d a e x t e r n a , c a s o d o Ja p ã o, q u e p re t e n d e p ro d u z i r c o m bu s t í ve l s u s t e n t á ve l d e av i a ç ã o ( S A F ) e a m p l i a r p a r a 1 0 % a a d i ç ã o d e
a n i d ro à g a s o l i n a
N o c a s o d o s p ro j e t o s d o Ja p ã o, o B r a s i l , p o r i n t e r m é d i o d a U N I CA , j á f i r m o u c o m p ro m i s s o d e a p o i o t é c n i c o, c o m o d e t a l h a t e x t o n e s s a e d i ç ã o
A l i á s , e s s a p u bl i c a ç ã o t a m b é m c o i n c i d e c o m a re a l i z a ç ã o e re p e rc u s s õ e s d a
A g r i s h ow C o n f o r m e a A b i m a q , e n t i d a d e re a l i z a d o r a d o eve n t o, o s n e g ó c i o s t e n d e m a
c re s c e r a p a r t i r d a f e i r a p o rq u e o a g ro n e g ó c i o c re s c e u e m p ro d u ç ã o e p ro d u t iv i d a d e
E s s a e d i ç ã o a t e s t a a s p á g i n a s d e a n á l i s e s d e e s p e c i a l i s t a s p o r m e i o d a e d i t o r i a
E s p e c i a l
E n t re o s a u t o re s e s t ã o L u c i a n e C h i o d i B a c h i o n e S o f i a M a rq u e s A r a n t e s , d a
A g ro i c o n e, q u e e x p l i c a m c o m o o m i l h o a m p l i a p ro d u ç ã o d e e n e r g i a s e m
c o m p ro m e t e r a s e g u r a n ç a a l i m e n t a r
E m m e i o a d iv u l g a ç õ e s d a c h a m a d a ‘ s u p e r c a n a ’ , F re d M a rc i o Po l i z e l l o e x p l i c a p o r
q u e a p ro d u t iv i d a d e a c i m a d e 1 0 0 t o n e l a d a s d e c a n a p o r h e c t a re é u m a c o n q u i s t a
a i n d a re s t r i t a a p o u c o s Po r s u a ve z , M a u r í l i o B i a g i F i
Boa leitura!
ISSN1807-0264
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Feira atrai público de mais de 70 países, além de empresas expositoras de nações como Espanha, República Tcheca, Índia, Estados Unidos, Colômbia, Holanda e Hong Kong
O Brasil atrai cada vez mais a atenção do mer cado inter nacional pela capacidade produtiva de ali mentos e commodities ag rícolas
Em 2024, as expor tações do ag ronegócio brasi leiro totalizaram R$ 991,15 bilhões, segundo dados do Ministér io da Ag r icultura e Pecuár ia (Mapa)
Esses números reforçam o potencial do país co mo um dos maiores for necedores globais do setor
O s n ú m e ro s s e g u e m e m a s c e n s ã o D e a c o rd o
c o m o M a p a , a c a d a d o i s d i a s , u m n ovo m e rc a d o é c o n q u i s t a d o p a r a o s p ro d u t o s a g ro p e c u á r i o s
b r a s i l e i ro s
Desde o início de 2023, já foram aber tos 285 mercados em 62 países
Esse movimento se reflete também na Ag r ishow, pr incipal feira de tecnolog ia para o ag ronegócio da Amér ica Latina
A 30ª edição deve receber novamente cerca de 195 mil visitantes de mais de 70 países diferentes e mais de 800 marcas, com empresas nacionais e in ter nacionais, tendo destaque para nações como Es panha, República Tcheca, Índia, Estados Unidos, Colômbia, Holanda, China e Hong Kong
A feira contará novamente com a presença de pavilhões estrangeiros, Rodada Inter nacional de Negócios e ação do Prog rama Brazil Machiner y Solutions, uma parcer ia da ABIMAQ com a Apex Brasil para promover as expor tações de máquinas e equipamentos, que demonstram como o evento se tor nou um espaço estratég ico para opor tunidades e intercâmbio tecnológ ico global
Rodada Internacional de Negócios
Um dos destaques é a 23º edição da Rodada In ter nacional de Negócios, que será realizada entre os dias 29 de abr il e 1º de maio no Inter national Visi tor Center, e reunirá compradores de diver sos paí ses interessados em estabelecer contatos comerciais para explorar opor tunidades no mercado brasileiro João Carlos Marchesan, presidente da Ag r ishow, afir ma que a feira se consolidou como um catalisa dor de negócios reconhecido inter nacionalmente, conectando o ag ronegócio brasileiro às pr incipais demandas do mercado inter nacional
“Além de ser um espaço de conexão entre pro
dutores e novas tecnolog ias, o evento reforça a po sição do Brasil como referência mundial na produ ção de alimentos e fibras, além de detentor de tec nolog ias de ponta, atraindo compradores e investi dores de diferentes reg iões do mundo", finaliza
Pavilhão Italiano: 24 anos de parcerias e inovação
O Pavilhão Italiano é um dos destaques da Ag r ishow e tem como objetivo for talecer a cone xão tecnológ ica entre o Brasil e a Itália, oferecendo soluções que vão desde máquinas ag rícolas até tec nolog ias dig itais para otimizar a produção r ural
Organizado pela Italian Trade Agency (ITA), agência ligada ao gover no italiano, o pavilhão refor ça a impor tância do país europeu como parceiro es tratég ico do Brasil no for necimento de tecnolog ia para o setor
“A Itália celebra 25 anos de par ticipação inin ter r upta na feira, sendo o único país estrangeiro a manter um Pavilhão Inter nacional desde os pr imór dios do evento Esse espaço (Rua D2c1 Pavilhão de 900m²) sempre abr igou empresas italianas que apresentaram e continuam a apresentar o melhor do Made in Italy no segmento de máquinas ag rícolas”, afir ma Antonio Monge, representante da Agência de Desenvolvimento Econômico da Itália (ICE/ITA)
Atento ao crescimento do setor de hortifruti (HF) no Brasil e às opor tunidades que podem surg ir para inovação tecnológ ica, o gover no italiano, por meio da ITA, ampliou sua presença na Ag r ishow Em 2025, a agência inaugura um novo espaço expositivo de 450m² na Rua F1d2, dedicado a esse segmento
AG RI SH OW 2025 – 30ª Fei r a I In t er n na ci ona a l de Tecnolog ia Ag rícola em Açã o
Data: 28 de abr il a 2 de maio de 2025
Loccal: Rodovia Antônio Duar te Nogueira, Km 321 Ribeirão Preto (SP)
Horá r io: das 8h às 18h
Sit e: www ag r ishow com br
Realizado entre os dias 2 e 3 de abril em Brasília, o evento buscou aproximar produtores e representantes do poder público que atuam no centro de decisões do país
O Cana Summit 2025, encer rado no dia 3 de abr il em Brasília contr ibuiu para a aproximação entre produtores de cana de açúcar e representantes do poder público
Um dos saldos do encontro foi a apresentação da Car ta de Brasília 2025, documento que consolida as pr ior ida des do setor para os próximos anos No documento, a pr ior ização do etanol em todo o Brasil, ampliando o consumo do hidratado por meio de incentivos e parcer ias, é um dos itens considerados fundamentais
Organizado pela Or plana (Orga nização de Associações de Produtores de Cana do Brasil), o evento reuniu mais de 600 produtores, autor idades e especialistas em debates estratég icos sobre segurança jurídica, sustentabili dade e políticas públicas
Em clima de otimismo, os dir igen tes da Or plana, Gustavo Ratz (presi dente do Conselho) e Br uno Rangel (vice presidente do Conselho), desta caram a impor tância do evento como ponte entre o campo e o Leg islativo
“O Cana Summit é o lugar ideal para que o produtor venha mostrar sua força e pleitear demandas diretamente no centro do poder, onde as leis são cr iadas”, afir mou Ratz em entrevista ao Jor nalCana
Rangel reforçou temas críticos, como a segurança jurídica e a regula r ização fundiár ia: “Um produtor pode investir na lavoura e, de repente, ter sua área demarcada, perdendo todo o in vestimento Precisamos de políticos que entendam essa realidade”
A urgência por políticas claras e a atração de gestores alinhados às de mandas do setor foram pontos unâni mes nos debates
Car ta de Brasília 2025
O documento elaborado pela Or plana sintetiza as reivindicações deba tidas no evento e estabelece metas pa ra for talecer a cadeia produtiva Entre
os pontos chave destacam se: Diálogo político eleitoral: Garantir que candidatos às eleições de 2026 in cor porem as demandas do setor em suas platafor mas
Pr ior ização do etanol: Ampliar in centivos ao consumo de etanol hidra tado em todo o país
Segurança fundiár ia: Cr iar meca nismos para proteger investimentos em áreas produtivas
b r i u e s p a ç o p a r a q u e o s a n s e i o s d o s e t o r f o s s e m e xp o s t o s e p a r a q u e o s d e s a f i o s e n f r e n t a d o s p e l o s p ro d u t o re s d e c a n a s e j a m t r a n s f o r m a d o s e m o p o r t u n i d a d e s d e c re e s ci m e n t o e i n o ovva ç ã o
C Com a promessa de n novos enconntrroos e a continnuuiidadde e doos debbates, a Or plaana reaf
deessennvvoolvvimento sustentável e com
de e a açúúcar no cenár io nacional
O d i á l o go e
d
Inclusão em políticas públicas: As segurar acesso a prog ramas de susten tabilidade e rentabilidade para peque nos e médios produtores
Defesa de direitos negociais: Sim plificar burocracias e promover o em preendedor ismo r ural
“A car ta não é só um documento, mas um compromisso com o futuro”, declarou José Guilher me Nogueira, CEO da Or plana “Estamos mais pró ximos dos parlamentares, e isso se tra duzirá em ações concretas”
Nos últimos anos, o ag ronegócio brasileiro passou por uma transfor ma ção profunda, impulsionada por novas tecnolog ias, práticas mais sustentáveis e um aumento significativo na produ tividade e qualidade No entanto, pa ra alcançar novos patamares de efi ciência e rentabilidade, é fundamental um esforço conjunto entre pesquisa dores, usinas, produtores e empresas for necedoras de soluções
Atenta a esse cenár io, a Car meuse, multinacional líder na produção de so luções à base de cal, óxidos e hidróxi dos de cálcio e magnésio, vem amplian do seu papel como uma empresa de soluções tecnológicas para o agronegó cio A companhia tem investido forte mente em pesquisa e desenvolvimento, cr iando tecnolog ias e processos que aumentam a eficiência ag rícola e in dustr ial e promovem maior sustentabi lidade no campo e na ag roindústr ia
Segundo Ricardo Capanema, vice presidente de Marketing da Car meuse Brasil, a estratég ia da empresa vai além da oferta de produtos “Nosso objetivo é for necer soluções integ radas que oti mizam a produtividade e a sustentabi
lidade do ag ronegócio.Trabalhamos em estreita colaboração com instituições de pesquisa e ensino, pesquisadores e con sultores, usinas e produtores, buscando inovações que atendam às demandas do setor de for ma eficaz”, afir ma Tecnologia e inovação para um agronegócio mais eficiente
A Car meuse tem apostado no de senvolvimento de novas tecnolog ias para manejo do solo, melhorar o apro veitamento dos nutr ientes pelas plantas e reduzir impactos ambientais O SOIL A® é uma das soluções inova doras que garante maior eficiência no campo, com o for necimento de Cálcio, Magnésio e Enxofre na for ma líquida Mais do que for necer nutr ientes, essa tecnologia otimiza as operações agríco las das usinas, aumenta a produtividade e a qualidade das culturas, reforçando o compromisso com uma ag r icultura rentável e sustentável Adicionalmente, a tecnolog ia NEUTRAMOL® propor ciona as usinas sucroalcooleiras eficiên cia de processo, redução de custos de
Vice-presidente de Marketing, Ricardo Capanema, destaca novas tecnologias e estratégias da empresa como fornecedora de soluções
mão de obra, manutenção e a elimina ção da necessidade de preparação de insumo O produto líquido já é pronto para a aplicação e devido a seu alto g rau de pureza e alta reatividade, tem um impacto positivo nos processos de tra tamento do caldo, lavagem da cana e tratamento de efluentes
Além disso, a empresa investe em parcer ias com univer sidades e centros de pesquisa para desenvolver soluções
customizadas para diferentes cultivos e reg iões “Sabemos que cada cultura tem suas par ticular idades Por isso, buscamos soluções customizadas que tragam resultados concretos e melho r ia contínua para nossos clientes”, destaca Capanema
O futuro do ag ronegócio depende da colaboração entre diferentes elos da cadeia produtiva Nesse sentido, a Car meuse reforça seu compromisso em atuar como parceira estratég ica do se tor, for necendo não apenas produtos, mas conhecimento técnico, inovação e suporte especializado
“Estamos vivendo uma nova era no agronegócio, onde os desafios são com plexos, mas as oportunidades são signi ficativas Somente com investimento em tecnolog ia e trabalho conjunto po deremos continuar evoluindo e garan tindo a competitividade do setor no Brasil e no mundo”, conclui o vice presidente de Marketing da Car meuse
Com essa visão estratég ica e foco em inovação, a empresa se posiciona como um player essencial na constru ção de um ag ro mais produtivo, efi ciente e sustentável
Para executivo da instituição o impacto potencial das tarifas impostas pelos Estados Unidos, deve ser obser vado com cautela
Durante o Cana Summit 2025, realizado no começo de abr il em Bra sília, o Diretor Executivo da ISO (In ter national Sugar Organization), José Or ive, trouxe à tona impor tantes re flexões sobre o cenár io global do açú car e o impacto potencial das tar if as impostas pelos Estados Unidos
E m e n t rev i s t a a Jo s i a s M e s s i a s d o Jo r n a l C a n a , O r ive d
l
m e n t e l eva r i a a u m a u m e n t o n o s
p re ç o s g l o b a i s
Déficit histórico e aumento no consumo
Segundo Or ive, o déficit no mer cado inter nacional pode ating ir rapi damente 5 milhões de toneladas Essa situação, que em condições nor mais impulsionar ia a elevação dos preços, até o momento não provocou uma
reação imediata no mercado mundial
“Temos um déficit marcado, e o consumo de açúcar está em ascensão –um cenár io que se intensificou após os impactos da pandemia do Covid, quando a “ guer ra contra o açúcar” re duziu os níveis de consumo ” , expli cou Or ive
Ele ressaltou que, antes do Covid, o consumo estava em tor no de 1,2%, mas agora projeta se que alcance 180 milhões de toneladas, representando um incremento de 2,2% O cresci mento é par ticular mente notór io em reg iões como a Áfr ica, que reg istrou uma expansão de 4,1%, evidenciando o potencial do mercado global
O impacto das tarifas dos Estados Unidos
Outro ponto de relevância abor dado foi o recente anúncio do presi dente dos Estados Unidos sobre me didas tar ifár ias, que afetam pr incipal mente países da Ásia, zona de influên cia da China
Or ive explicou que, embora a Casa Branca tenha especificado me didas para setores como chips, semi condutores e eletrônicos, o setor açu careiro tem uma dinâmica diferente
No caso do Brasil, por exemplo, tanto nós quanto outros países, como a Guatemala, temos uma quota de mer
O lado baixista retor nou com força na semana passada ao mercado de açúcar, f azendo com que os preços recuassem para 18,96 c /lb depois de ating irem brevemente 20 c/lb na se mana anter ior, marcando uma queda de quase 4% no período
Essa tendência foi influenciada pelas chuvas no Centro Sul do Bra sil, aliviando as preocupações com um fevereiro e início de março secos, e pela for te moagem de cana, confor me relatado pela UNICA e avaliados pela Hedgepoint Global Markets
O relatór io da instituição trouxe à tona que a m oagem de cana de açúcar foi for te na pr imeira quinzena de março, levando a um resultado mais robusto em 24/25 e suger indo que pode até ser possível ultrapassar 620 Mt de cana, especialmente com algu mas usinas começando mai s cedo do que as expectativas do mercado Com um total de 37 usinas em
operação no Centro Sul e outras 19 que devem iniciar sua temporada 25/26 no final deste mês, as preocupações com um início ruim foram reduzidas
“Continuamos bastante otimistas em relação ao volume de cana para a próxima temporada, de 630 Mt En tretanto, a seca de fevereiro não deve ser ignorada, e o monitoramento da
precipitação de abr il é essencial para deter minar se serão necessár ias revi sões”, relata Livea Coda, coordenado ra da Hedgepoint Com as previsões climáticas f avo ráveis e a expectativa de uma safra sau dável no Brasil, continuamos otimistas em relação a 25/26 Embora a volati lidade possa surg ir dos acontecimentos
cado estabelecida pela Organização Mundial do Comércio Essa quota di ficilmente pode ser alterada unilateral mente por medidas tar ifár ias”, destacou
Or ive também apontou para a possibilidade de negociações bilaterais entre os Estados Unidos e o Brasil, mencionando temas como o etanol e o imposto de 18%
“Há uma tática de negociação em jogo A medida tar ifár ia pode ser vista como uma tentativa dos EUA de co locar seus parc eiros comerciais em desvantagem para, na hora de nego ciar, recuperar concessões”, afir mou, enf atizando que os detalhes ainda se rão obser vados com cautela
em outros países produtores, um resul tado saudável do Centro Sul poder ia suavizar alguns desses impactos
Clima no Brasil
Em relação à previsão do clima, o Inmet mostra expectativas médias pa ra os próximos meses até julho Con for me discutido em relatór ios ante r iores, isso significa que se espera que o Brasil tenha outro ano saudável e ajude o mercado em ter mos de for necimento de açúcar
Isso não sig nifica que notícias e r umores de outros países não causa r iam impacto no mercado – p or exemplo, a discussão sobre uma pos sível proibição de expor tação da Índia No entanto, dependendo da previsão de produção da reg ião Centro Sul, os ganhos e perdas nos preços do açúcar br uto resultantes de notícias relacio nadas a outros países produtores po der iam ser mitigados
A segurança contra incêndios é uma preocupação constante para a in dústr ia sucroalcooleira no Brasil
A inflamabilidade do etanol e o manuseio de mater iais combustíveis tor nam essencial o uso de Líquidos Geradores de Espuma (LGEs) na pre venção e combate a incêndios
No entanto, a utilização desses agentes está sujeita a regulamentações específicas que visam garantir a efi ciência das operações sem comprome ter a segurança ou o meio ambiente
LGEs Convencionais x LGEs Fluor Free Histor icamente, os LGEs convencionais ganharam destaque por sua eficácia na contenção de líquidos inflamáveis, cr iando uma bar reira es tável que impede a reignição
N o e n t a n t o, n o s ú l t i m o s a n o s , o s
L G E s F l u o r F re e t ê m s e c o n s o l i d a
d o c o m o a l t e r n a t iva v i á ve l , s e g u r a e
s u s t e n t á ve l , d e s e nvo l v i d o s c o m b a
s e e m t e c n o l og i a s ava n ç a d a s e b i o
d e g r a d á ve i s
A s pr inccipais dife renças incluem m :
● For mulação: Convencionais contêm fluor ; Fluor Free usam ten soativos biodeg radáveis
● I m p a c t o a m b i e n t a l : F l u o r F re e ev i t a m c o n t a m i n a ç ã o d o s o l o e d a á g u a
● Eficiência: Estudos comprovam eficácia dos Fluor Free em diferentes classes de incêndio, especialmente em concentrações cor retas
Por que mig rar para LGEs Fluor Free? Com a chegada dos LGEs Fluor Free ao Brasil, usinas e indústr ias po dem adotar soluções mais limpas sem abr ir mão da segurança E algunsbe nefícios da Transição para LGEs Fluor Free são notados
● Confor midade regulatór ia: An tecipação a exigências ambientais
● Redução de passivos ambientais: Menor r isco de contaminação
A CM Couto se prepara para lan çar o FIREKILL FREE HC, um LGE Fluor Free de alta perfor mance, que une segurança e sustentabilidade
Com mais de 50 anos de histór ia, a CM Couto é referência nacional em soluções para prevenção e combate a incêndios
O FIREKILL FREE HC reforça nosso compromisso com a segurança, a eficiência e a sustentabilidade, res pondendo às novas exigências do mercado e da leg islação
Acompanhe nossos canais e f aça par te dessa nova era, em que proteger vidas e patr imônios anda lado a lado com a proteção do planeta
País pretende ampliar para 10% a adição de etanol à gasolina até 2030, além de empregar o biocombustível na produção de SAF
A União da Indústr ia de Cana de Açúcar e Bioenerg ia (UNICA) e o Instituto de Economia da Energ ia do Japão (IEEJ) assinaram em março um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) para ampliar a colaboração técnica entre Brasil e Japão na agenda de biocombustíveis sustentáveis
Oficializado durante a agenda se tor ial realizada em linha com a visita de Estado da Presidência da Repúbli ca à Tóquio, o documento reforça a relevância do etanol brasileiro na transição para uma economia de bai xo carbono, promovendo o intercâm bio de conhecimento e tecnolog ia entre os dois países
Com uma meta de elevar a mis tura de etanol na gasolina para 10% até 2030, o Japão tem expandido a de manda por biocombustíveis e o Brasil possui impor tante diferencial compe
titivo nesta fre nte, como expli cou Evandro Gussi, presidente da UNICA, que acompanhou a comitiva brasilei ra em agenda no país asiático
“O Japão quer descarbonizar e o etanol brasileiro é a melhor solução para isso”, destacou
Solução para o SAF
O presidente da UNICA destacou que o etanol produzido no Brasil tam bém se apresenta como solução estra tég ica para além do setor automotivo
e contempla as demandas do transpor te marítimo e aéreo, com g rande po tencial na produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF)
Outro f ator destacado pelo exe cutivo é que os mais de 50 anos de exper iência na produção e uso do etanol como fonte de ene rg ia limpa, posicionam o Brasil na vanguard a de práticas em f avor da segurança ener gética e do desenvolvimento susten tável global
Nesse contexto, o MoU reflete os
O Japão tem ampliado suas metas de descarbonização, abr indo novas opor tunidades para o etanol brasileiro Atualmente, o país asiático conso me 1,5 bilhão de litros de etanol por ano e planeja aumentar a mistura do biocombustível na gasolina para 10% até 2030 e 20% até 2040, o que exi g irá volumes ainda maiores para abas tecer o mercado local
No setor de aviação, o Japão esta beleceu a meta de que 10% do com bustível utilizado em voos inter nacio nais seja SAF (Sustai nable Aviation Fuel) até 2030, o que representa uma demanda de 1,7 bilhão de litros
A maior par te desse volume será viabilizada pelo etanol na rota Alcohol to Jet (ATJ)
“Para atender essa necessidade, se r iam necessár ios aproximadamente 2,38
d o contr ibuir para a cr iação de um am biente de negócios sólido que f acili t e o i nve s t i m e n t o e o c o m é rc i o d o setor pr ivado
Por meio da troca de infor mações e do aprofundamento das discussões sobre os desafios relacionados tanto à ofer ta quanto à demanda de energ ia, a expectativa é for talecer ainda mais a cooperação bilateral no setor de ener g ia entre os dois países
bilhões de litros de etanol por ano ” , ex plicou o presidente da UNICA
Evandro Gussi reforçou que o Brasil, como um dos maiores produ tores mundiais de etanol e referência global em biocombustíveis, está pre parado para atender essa de manda crescente com um biocombustível de baixa intensidade de carbono (CI Score), consolidando se como um parceiro estratég ico para o Japão na transição energética
Além da assinatura do Memoran do, a UNICA também par ticipou do workshop Brasil Japão “Biocombus tíveis para descarbonizar os transpor tes”, que reuniu empresár ios, repre sentantes do gover no japonês e dos setores automotivo e bioenergético e foram debatidas questões energéticas e tendências futuras
A demanda global por biocom bustíveis deve aumentar 19% compa rado a 2024 e, em cenár ios de emis sões líquidas zero até 2050, pode cres cer significativamente, impulsionada pelas metas de descarbonização do se tor de transpor te
No mesmo sentido, a demanda por alimentos deve aumentar 13% até 2032, pr incipalmente devido ao cres cimento populacional dos ter r itór ios afr icanos e asiáticos
Com o crescimento da produção de biocombustíveis, diver sos estudos foram publicados destacando proble mas relacionados à competição com a produção de alimentos
N o e n t a n t o, n o c o n t e x t o b r a s i l e i ro, a c o m b i n a ç ã o d e t e c n o l og i a s , c o m o o s i s t e m a d e s u c e s s ã o, p o s s i b i
l i t a s i n e r g i a s e n t re b i o c o m bu s t í ve i s e
s e g u r a n ç a a l i m e n t a r, d e s a f i a n d o a i d e i a s i m p l i s t a d e c o m p e t i ç ã o p e l o
u s o d a t e r r a
Grande par te dos estudos realiza dos até o momento avaliam tipos de biocombustíveis genér icos e em nível mundial, desconsiderando as especifi cidades reg ionais e cadeias de produ ção par ticulares
A entrada da indústr ia de etanol de milho de segunda safra no Brasil im pactou positivamente a renda, consu mo e bem estar das f amílias mais po bres da reg ião Centro Oeste, propor cionando melhores condições de acesso aos alimentos
Esse foi um dos resultados do es tudo publicado por Gurgel et al (2024), explicado pelo desenvolvi mento local, crescimento econômico e geração de novos empregos
Apesar do aumento da demanda de milho para a produção de etanol –dez vezes em seis anos – o c onsumo representou apenas 12% da produção total na safra 2023/24
Além disso, não houve redução da quantidade destinada à alimentação humana e animal, nem aumento sig nificativo do preço do milho no mer cado local, que segue a tendência de preços do mercado inter nacional
O Brasil, como um dos maiores produtores e expor tadores de com modities ag rícolas do mundo, possui for te contr ibuição na ofer ta global de biocombustíveis e alimentos, garan tindo essa expansão pautada em téc nicas sustentáveis
A implementação de técnicas “ poupa ter ra ” possibilita maximizar a produção de biocombustíveis sem a necessidade de exp andir novas áreas ag rícolas ou competir com a produ ção de alimentos
Estima se que o potencial de ex pansão do cultivo de milho de segun da safra em áreas de soja já consolida das e aptas seja de 16,6 milhões de hectares (Mha), com uma capacidade de produção de 38 bilhões de litros adicionais de etanol por ano
C o m D D G, h á re d u ç ã o d a d e manda de milho e soja na alime nta ção animal
Vinculado a essa produção tam bém existe a geração do Dr ied Distil ler s Grains (DDG), destinado à ali mentação animal, que substitui par te dos g rãos antes utilizados para este fim
Com a entrada de DDG no mer cado e maior ofer ta de ração, há uma redução da demanda por soja e milho utilizados na alimentação animal e, consequentemente, uma diminuição no preço da ração anima l, além da menor necessidade de área para a pro dução desses g rãos
Adicionalmente, o DDG é uma fonte de alto valor de proteí na, que per mite maior eficiência no tempo de engorda do rebanho, contr ibuindo para a intensificação da pecuár ia
Estudos recentes estimam que existam entre 28 e 36 Mha de áreas de pastagens no Brasil com diferentes ní veis de deg radação, aptas para conver são ag rícola
O u t ro p o n t o i m p o r t a n t e q u e m e re c e s e r m e n c i o n a d o é o g a n h o d e p ro d u t iv i d a d e d a s p r i n c i p a i s c u l
t u r a s e n e r g é t i c a s
Na safra 2023/24, o milho de se gunda safra, somado à soja, resultaram em uma produção de 10 toneladas por hectare, ou seja, 218% a mais do que uma área exclusiva de soja Com isso, o sistema soja milho aumenta a pro dução de g rãos em uma mesma área e otimiza o uso da ter ra
A produção de etanol de milho de segunda safra é capaz de ofer tar ener g ia, alimentos e nutr ição animal, além de contr ibuir para o enfrentamento das mudanças climáticas e redução das emissões de CO2, apoiand o a segu rança alimentar e energética
*Sócia e pesquisadora sênior da Agroicone; Especialista em modela gem matemática e econométrica, análise da dinâmica dos setores agrí colas e temas ambientais Coordena pesquisas na área de sustentabilidade da produção agrícola, de comércio in ternacional e de inteligência de mer cado para as cadeias agrícolas
**Pesquisadora da Agroicone Gra duada em Economia e Relações In ternacionais pelas Faculdades de Campinas – FACAMP , com doutora do em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Faculdade de Enge nharia Mecânica (FEM/UNICAMP) e mestrado pelo mesmo Programa
Ter uma usina de processamento de cana de açúcar com elevada produtividade ag rícola é prati camente o objetivo da totalidade de empresár ios do setor sucroenergético
Contudo, ating ir o tão sonhado canavial com produtividade super ior a 100 toneladas por hectare é uma conquista ainda restr ita a poucos
Nesse sentido, alcançar essa marca demonstra um bom trabalho de planejamento e da disponibilização dos investimentos necessár ios No entanto, manter essa produtividade de for ma estável ao longo de vá r ios anos, reflete um feito ainda mais provocador, sendo este feito uma conquista que não ultrapassa 5 ou 6 usinas do nosso País
Fatores que impactam na produtividade da canar
Sabemos que as classes de sol o, e consequente m e n t e, o s a m b i e n t e s d e p ro d u ç ã o, e xe rc e m i n f l u ê n c i a i m p o r t a n t e n a c a p a c i d a d e p ro d u t iva d e uma empresa
Usinas localizadas em reg iões com prevalência de solos em ambientes de produção “A”, “B” e “C”, possuem maior f acilidade em alcançar altas produ tividades ag rícolas em seus canaviais, enquanto usi nas com predominância de solos em ambientes “D” e “E”, possuem dificuldades em obter elevadas pro dutividades com a cultura
Além da influência de solos pobres, as severas es tiagens, como as que ocor reram em g rande par te dos Estados brasileiros na safra 2021/22 e a redução de investimentos em insumos, tem sido os pr incipais contr ibuintes para que g randes g r upos produzam
aquém do esperado
Empresas que fecham sua produtividade média anual abaixo de 80 toneladas de cana de açúcar por hectare em anos com condições climáticas f avorá veis, como obser vamos na safra 2023/24, estão en caminhadas a enfrentar dificuldades financeiras em breve, pois produtividades infer iores a 80 TCH não garantem a sustentabilidade financeira de uma em presa no médio e longo prazo
Em outra mão, a estagnação de uma empresa em produtividades ag rícolas entre 85 e 95 toneladas de cana de açúcar por hectare, está em g rande par te, relacionada a f alta de cuidados no controle do piso teio de equipamentos em seu canavial Todos os in vestimentos com cor retivos e/ou fer tilizantes, pre paro do solo e util ização de var iedades a dequadas, acabam “indo por água abaixo” logo nos pr imeiros
anos do ciclo da cultura, quando os cuidados com o pisoteio não são levados em conta
Parece estranho dizer, mas ainda há muitas em presas que não utilizam práticas de controle de trá fego em suas operações Isso se ag rava nas empresas que se utilizam de prestadores de ser viços não tec nificados na operação de colheita, em que colhedo ras e tratores transbordos transitam pelas lavouras sem a utilização destes dispositivos
S a b
( S a
u m officinar um), tradicionalmente cultivada pelas usi nas, exige g randes investimentos anuais em c ustos operacionais
Por traz de to do o trabalho de melhoramento genético que visa alcançar elevadas produtividades, alto teor de açúcar, resistência a pragas e doenças, re sistência ao pisoteio, além de outras características impor tantes
Além do desenvolvimento de var iedades, alcan çar alta produtividade nos canaviais exige um acom panhamento ag ronômico adequado, com foco em pilares que garantem o seu bom desenvolvimento, tais como:
Químicos: cor reção equilibrada dos solos; adu b a ç õ e s e s p e c í f i c a s , c o m o a s f o s f a t a g e m ; o u s o d e inibidores de florescimento na f ase de pré colhei ta; Físicos: preparo do solo adequado e o con trole do tráfego de equipamentos na lavou ra (no plan tio, tratos culturais, colheita e todas as a tividades de apoio); Biológ icos: uso de microrganismos regene radores do solo em práticas que antecedem o plan tio; controle de pragas e doenças, ao longo de to do o ciclo da cultura
A cana de açúcar tradicionalmente cultivada pelas empresas possui potencial produtivo que, em condições de nor malidade climática e bom manejo ag ronômico, pode ultrapassar as 200 toneladas de cana de açúcar por hectare
Em condições de campo em áreas sem ir r igação, tive a opor tunidade de acompanhar a obtenção de produtividades de 183 TCH (cana de ano e meio) e 243 TCH (cana bisada)
Em benchmark entre usinas, acompanhei em presas em uma mesma reg ião, produzindo fecha mentos anuais distintos
C o m o re s u l t a d o m é d i o d e s a f r a , d e t e r m i n a d a e m p re s a o b t eve f e c h a m e n t o m é d i o d e 1 1 3 , 3
T C H , e n q u a n t o o u t r a o b t eve f e c h a m e n t o m é d i o
d e 9 2 , 0 T C H
É cer to que, além do manejo ag ronômico, al gumas diferenças como: var iações climáticas den tro de uma mesma reg ião, idade média do canavial (número médio de cor tes), diferença nos ambien tes de produção, diferentes pr ior idades nos inves
t i m e n t o s a d o t a d o s ( e s t r a t é g i a f i n a n c e i r a d e c a d a
e m p re s a ) , p o d e r ã o t e r i n t e r f e r i d o p a r a q u e o s re sultados fossem diferentes
E m c o n d i ç õ e s f avo r á ve i s , a s l avo u r a s d e c a n a
d e a ç ú c a r c u l t iva d a s c o m o g ê n e ro / e s p é c i e S a c
c h a r u m o f f i c i n a r u m , p o d e m g e r a r d e 1 4 a 1 6 t o
n e l a d a s d e AT R ( A ç ú c a r To t a l R e c u p e r á ve l ) p o r
h e c t a re e p ro d u z i r d e 8 0 0 0 a 9 0 0 0 l i t ro s d e e t a
n o l p o r h e c t a re
A todo momento, busca se por novas tecnolo
g ias que sejam capazes de superar estes indicadores
P ro d u ç ã o d e C a n a - d e -Aç ú c a r H í b r i d a ( c r u z a m e n to d e S o f f i c i n a r u m co m S s p o n t a n e u m e | o u S ro b u s t u m e | o u o u t ra s g ra m i n e a s )
Na direção da diversidade no uso da cana de açúcar, temos empresas desenvolvendo trabalhos de campo com as chamadas “ cana energia” e “ supercana ” , obtidas a partir do cruzamento de S officinarum com S spontaneum, S robustum, além de outras gramíneas, e destinam se a promover: crescimento vigoroso, re
sistência a pragas e doenças, adaptação a diferentes clas ses de solos e ambientes de produção restr itivos, supe rar as adversidades climáticas, e ainda, pela inclusão de genes que visam alcançar maior eficiência no uso da água e dos nutr ientes
A denominada “ cana energ ia” dá or igem a plan tas com menor rendimento de açúcar por tonelada de cana de açúcar produzida, mas ao mesmo tem po, proporcionam maior rendimento de biomassa, possibilitando a produção de etanol de segunda ge ração a par tir da celulose e de bioeletr icidade pela queima do bagaço
Em condições nor mais de produção, a “ cana ener gia” pode gerar de 6 a 8 toneladas de ATR por hec tare e de 4 000 a 6 000 litros de etanol por hectare So mados ao etanol de segunda geração possível a partir da biomassa, a produção total de etanol E1G + E2G, po derá chegar a 8 000 a 10 000 litros por hectare e a pro dução de energia elétr ica de 8 000 a 12 000 kWh por hectare
A denominada “ supercana ” é um ter mo usado pa ra descrever var iedades de cana de açúcar genetica mente melhoradas, com o objetivo de aumento da produtividade agrícola, aumento no teor de sacarose e de aumento da resistência a pragas e doenças
O pr incípio utilizado para sua obtenção, a hibr i dação entre espécies, é o mesmo utilizado para a “ cana energia”, porém, com objetivos diferentes
Sua obtenção visa otimizar a produção de açúcar e etanol de pr imeira geração, mas ao mesmo tempo, não per mite alcançar a mesma quantidade de fibras e bio massa que a “ cana energia” Em resumo, podemos afir mar que a “ supercana ” é qualquer coisa estabelecida entre a “ cana tradicional” (S officinar um) e a “ cana energia” (cana híbr ida)
Se a "supercana" será um case de sucesso, ainda não sabemos! Assim como tem ocor r ido com o etanol de segunda geração, será preciso esperar para que o tem po revele os resultados O sucesso desse projeto depen derá da colaboração dos produtores e empresár ios, e de um estudo mais aprofundado sobre a viabilidade eco nômica de sua utilização
* Fred Marcio Polizello é especialista em Gestão de Operações Agrícolas e Industriais, Setor Sucroenergé tico e Produção de Grãos
Em 2025, o Brasil celebra os 50 anos do Proál cool, o maior e mais duradouro prog rama de ener g ia renovável do mundo, que deu protagonismo ao etanol, produto ainda essencial e promissor Mas pa ra entender melhor a sua impor tância é fundamen tal conhecer o contexto em que foi cr iado e porque energ ia, diferentemente do que traz o dicionár io, é sinônimo de poder Ao contrár io do que se pensa, o prog rama teve or igem não no setor sucroalcooleiro, mas sim no segmento de petróleo Em 1973, a Associgás (Asso ciação das Distr ibuidoras de Gás Liquefeito de Pe tróleo), liderada pelo engenheiro Lamar tine Navar ro, realizou estudos sobre fontes alter nativas de energ ia a pedido do gover no da época já que os preços do petróleo haviam estourado e o combus tível f altava no mercado mundial, em uma das maio res cr ises petrolíferas já existentes, conhecida como pr imeiro oil Shock (choque do petróleo)
Essa cr ise teve início quand o os membros da Organização dos Países Árabes Expor tadores de Pe tróleo (OPAEP), que compreende os membros ára bes da Organização dos Países Expor tadores de Pe tróleo (OPEP), além de Eg ito e Sír ia, proclamaram um embargo petrolífero a vár ios países do mundo, ocasionando racionamento de combustível
Depois de diver sas altas menores no iníc io da década, o preço do petróleo subiu de 3 dólares por bar r il para até 12 dólares no mercado mundial em 1973 Esse f ato contr ibuiu de for ma significativa pa ra o for talecimento da OPEP e o enr iquecimento dos árabes, que fizeram a g rande virada deles contra o domínio das chamadas sete ir mãs (maiores petro leiras do mundo) e a exploração do setor, f azendo com que o eixo econômico do mundo se deslocas se para o Or iente Médio Foi nesse cenár io que o trabalho da Associgás foi concluído e resultou no relatór io "Fotossíntese co mo Fonte de Energ ia", entregue ao presidente Gei sel em 1974, que ser viu de base para o lançamento oficial do Proálcool em 1975, uma solução brasilei ra para a cr ise mundial
Acompanhei de per to esse processo todo por que meu pai, Maurílio Biag i, era um dos integ ran tes de um g r upo de usineiros e f abr icantes de equi pamentos, responsável por contr ibuir com esses es tudos e por entregá lo ao Gover no Posso dizer, de cátedra, que o sucesso inicial do prog rama teve diver sos f atores impulsionadores, mas dois foram fundamentais e merecem destaque Uma iniciativa que garantiu a par idade do valor econô mico dos preços do açúcar e do álcool (de for ma que produzir um litro de álcool ou de um quilo de açú car dava na mesma), viabilizando a questão econô mica do Proálcool e f azendo com que o biocom bustível deixasse de ser subproduto Outro, em 1978, o lançamento, pela Fiat, do pr i meiro car ro movido exclusivamente a álcool, for ta lecendo ainda mais a iniciativa
Lembrando que, nessa época, a CBT de São Carlos também passou a montar tratores com mo tores movidos a álcool produzidos pela Chr ysler, que, por coincidência, já f abr icava os mesmos motores que equipavam caminhões movidos a este mesmo combustível
No início do Proálcool, o Brasil produzia 555,6 milhões de litros de álcool e até final da década de 1970, a produção já alcançava quase 4 bilhões de li tros, ajudando o Brasil a mitigar os impactos da cr i se do petróleo
D
Os ag r icultores foram ader indo ao prog rama, montando destilar ias e investindo na produção Até 1989, mesmo com a precar iedade dos motores mo vidos à álcool, eles representavam 98,6% dos veícu los vendidos no Brasil, tamanho sentimento de per tencimento e envolvimento a essa causa cr iado en tre os brasileiros
Alguns anos antes, a Petrobrás, incomodada com esse domínio do álcool que gerava um exceden te de gasolina, f azendo com que o Brasil se tor nas se o maior expor tador deste produto no mundo –convidou os dois pr incipais líderes do setor para uma reunião no Rio de Janeiro suger indo irem juntos à Anf avea (Associação Nacional dos Fabr icantes de Veículos Automotores) para propor que 50% dos car ros fossem f abr icados à gasolina e 50% à álcool, mas a ideia não foi para frente e nenhum acordo aconteceu
De repente, o combustível começou a f altar nos postos As f altas eram pontuais, cada hora f altava em uma localidade, depois voltava por lá e f altava em outra A situação começou a ficar complicada e os brasileiros se sentiram afrontados, ou mesmo traídos, por esse prog rama que trouxe tanta esperança e or gulho à Pátr ia
Oficialmente, cr iou se uma nar rativa atr ibuin do a escassez a dificuldades de produção, mas a rea lidade foi diferente
O q u e a c o n t e c e u , d e f a t o, é q u e a Pe t ro b r a s , q u e i n i c i a l m e n t e v i u o P ro á l c o o l c o m o u m a s o
l u ç ã o p a r a a c r i s e d o s a n o s 1 9 7 0 , p a s s o u a e n xe r
g á l o c o m o c o n c o r re n t e E n ã o e s t ava e r r a d a , p o i s d a f o r m a c o m o e s t ava o p e r f i l d e c o n s u m o d e c o m bu s t í ve i s h av i a u m a s o b r a mu i t o g r a n d e d e gasol ina Estudos enviados ao gover no por empre
s a e s p e c i a l i z a d a d e m o n s t r a r a m q u e a s re f i n a r i a s p o d e r i a m a j u s t a r o c r a q u e a m e n t o d o ó l e o p ro n t o
p a r a p ro d u z i r m a i s d i e s e l e m e n o s g a s o l i n a , p e l o m e n o s n a s re f i n a r i a s d e Pa u l í n i a e D u q u e d e C a x i a s , m i n i m i z a n d o e s s a s i t u a ç ã o, m a s a e s t a t a l re s i s t i u à mu d a n ç a
Com isso, o apoio ao álcool foi minado, e os car ros movidos exclusivamente pelo biocombustí vel tiveram uma queda br uta nas vendas passando de 98,6% para 60% no pr imeiro ano e em três anos praticamente desapareceram do mercado
O que aconteceu de verdade é que o Depar ta mento Nacional de Combustível (DNC) reduziu deliberadamente as entregas às distr ibuidoras, apesar da existência de g randes estoques nas usinas
E m R i b e i r ã o P re t o, f u i p e s s o a l m e n t e c o n f e r i r e v i o d o c u m e n t o c o m a a s s i n a t u r a d o D N C
D N C c o n f i r m o u e s s a i n f o r m a ç ã o re l a t iva a o s e s t o q u e s
Esse, para mim, é o melhor exemplo de um f a to que não ocor reu, mas acabou se tor nando verda de absoluta por uma nar rativa repetid a por ano s e anos Até quem era do setor acreditou e ecoou essa ver são dos f atos Assim, o setor sucroenergético so freu um g rande impacto e não conseguiu se reor ganizar diante do excesso de etanol
F o i u m a é p o c a d e m u i t a d i f i c u l d a d e p a r a o s u s i n e i ro s M u i t o s f i c a r a m p e l o c a m i n h o, q u e b r a r a m To d o s o s o u t ro s , s e m e x c e ç ã o, t i ve r a m q u e s e a d e q u a r r a p
tível do futuro”, que contou com vár ias lideranças políticas e emp resar iais do ag ronegócio, entre elas o pr imeiro presidente da ANP, David Zylber sztajn, maior autor idade no assunto e pessoa que admiro muito Muito se f alou das opor tunidades que o se t o r t e m p e l a f re n t e, t e m a q u e e x p l o re i n o ú l t i m o ar tigo que escrevi para o Jor nal Cana Ao final das e x p l a n a ç õ e s f i z q u e s t ã o d e p e g a r o m i c ro f o n e e d e i x a r re g i s t r a d o, p a r a u m a p l a t e i a e d e b a t e d o re s e x t re m a m en t e qu a l i f i ca d o s , e s s e e r ro d e c o mu n i cação histór ico por f alta de uma estratég ia para es clarecer o que realmente acontecia, deixando pre va l e c e r u m a n a r r a t iva q u e d e s m o r a l i z o u o c o m bustível álcool à época
Eu disse quase, já que o cenár io começou a mu dar com o “milag re ” da Volkswagen ao lançar os car ros flex em 2003 Desde então, o etanol voltou a ga nhar espaço e, hoje, mais de 22 milhões de veículos da frota brasileira são flex
O Proálcool pode ter enfrentado desafios ao longo dos anos, mas seu legado per manece vivo, e seu futuro segue promissor Entre altos e baixos, ele se ressignificou ao longo dessas cinco décadas
Em fevereiro, par ticipei de um evento do Lide em São Paulo intitulado “Os desafios do combus
Tenho insistido nessa questão por ter cer teza de sua relevância histór ica Em março, também usei a palavra no evento Aber tura de Safra Cana, Açúcar e Etanol, promovido pela Datag ro, em Ribeirão Pre to, para expor esse episódio, que foi ainda detalha damente explicado em uma entrevista que concedi para a repór ter Camila Souza Ramos, do jor nal Va lor Econômico/Globo Rural Espero, assim, ter acendido um sinal de aler ta para que isso não ocor ra novamente Afinal, o passado nos ajuda a enten der como chegamos no presente, e per mite que aprendamos com os er ros e acer tos para constr uir mos um futuro melhor
*Empresário, presidente do Conselho de Adminis tração da Maubisa e membro do Cosag/Fiesp
O Brasil possui um pote ncial imenso para a produção de biogás, es timado em aproximadamente 84,6 bilhões de metros cúbicos por ano
Este volume ser ia suficiente para abastecer cerca de 40 mil ônibus anualmente, caso toda essa energ ia fosse conver tida em combustível
Atualmente, o país produz cerca de 4,6 bilhões de metros cúbicos de bio gás por ano, o que representa aproxi madamente 5,4% do potencial total Entre 2011 e 2020, a produção de biogás cresceu quase 800% no Brasil
A matér ia pr ima para a geração de biogás é abundante no Brasil, pro veniente pr incipalmente dos setores ag ropecuár io e ag roindustr ial Com um rebanho de aproximadamente 234 milhões de cabeças de gado e 5 mi lhões de suí nos, o país ger a uma quantidade significativa de re síduos orgânicos que podem ser conver tidos em biogás Geog raficamente, o estado de Minas Gerais d estaca se com o maior número de usinas de biogás co nectadas, representando 37% do total nacional, seguido pelo Paraná com 22% e Santa Catar ina com 7,9%
Outro subproduto com g rande potencial para a produção de biogás é a vinhaça, resíduo gerado na destila ção do etanol Para cada litro de eta nol produzido, são gerados de 10 a 15 litros de vinhaça, tor nando esse resí duo um dos mais abundantes na in dústr ia sucroenergética A vinhaça possui elevada carga orgânica, o que a tor na altamente poluente se descar ta da sem tratamento adequado No en tanto, sua digestão anaeróbia em bio digestores per mite a produção de bio gás com rendimento de até 30 metros cúbicos por metro cúbico de vinhaça, reduzindo os impactos ambientais e ag regando valor ao setor
A conver são da vinhaça em biogás per mite a geração de eletr icidade pa ra as própr ias usinas, tor nando as mais autossuficientes e reduzindo custos operacionais Além disso, o biogás po de ser pur ificado para biometano e utilizado como combustível veicular ou injetado na rede de gás natural O aproveitamento energético da vinha ça também contr ibui para a economia circular do setor, possibilitando que o digestato resultante do processo seja utilizado como biofer tilizante, pro movendo um ciclo sustentável de produção ag rícola e energética
O b i og á s , c o m p o s t o p r i n c i p a l
mente por metano e d ióxido de car bono, pode ser conver tido em eletr i c i d a d e, b i o m e t a n o e p ro d u t o s q u í m i c o s e s s e n c i a i s p a r a a t r a n s i ç ã o energética Para sua utilização na ge r a ç ã o d e e l e t r i c i d a d e, o b i og á s p a s s a por processos de p ur ificação para re moção de impurezas, como sulfeto de hidrogênio Após esse tratamento, ele p o d e s e r u t i l i z a d o d i re t a m e n t e e m motores a gás ou em células de com bustível de óxido sólido (SOFC) Es
s a s c é l u l a s c o nve r t e m o h i d rog ê n i o p re s e n t e n o b i og á s re f o r m a d o d i re t a m e n t e e m e l e t r i c i d a d e a t r av é s d e re a ç õ e s e l e t ro q u í m i c a s , a t i n g i n d o eficiências super iores a 50% e, quan do combinado com o aproveitamen
t o d o c a l o r re s i d u a l , s u p e r a n d o 6 0 80% de eficiência global
O processo de refor ma do biogás per mite sua conver são em syngas, composto por hidrogênio e monóxi do de carbono, possibilitando a pro dução de hidrogênio verde, amônia, metanol e combustíveis sustentáveis para aviação (SAF) Esses produtos têm um papel fundamental na descarboni zação de setores industr iais e na mo bilidade sustentável A produção de SAF a par tir de syngas der ivado do biogás pode reduzir drasticamente as emissões do setor aéreo, enquanto a amônia e o metanol oferecem alter nativas limpas para a indústr ia quími ca e energética
O Brasil tem a opor tunidade de se tor nar um líder global na economia do biogás, aproveitando seus vastos re cur sos naturais e capacidade industr ial Projetos inovadores, como o desen volvimento de sistemas de conver são de biogás em eletr icidade com refor ma para hidrogê nio e uti lização de células SOFC, estão sendo conduzidos por instituições como a UN ICAMP, com apoio da Âmbar Energ ia Essas iniciativas buscam integ rar tecnolog ias para maximizar a eficiência energéti ca e viabilizar economicamente a produção descentralizada de energ ia limpa
Além da eletr icidade, o biogás po de impulsionar a produção nacional de
combustíveis sintéticos e insumos es tratég icos para a indústr ia, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis impor tados A produção de biometa no, por exemplo, já compete com o gás natural e p ode substituir o diesel em frotas pesadas e equipamentos ag rícolas, contr ibuindo para a inde pendência energética e a redução de emissões de gases de efeito estuf a A cadeia do biogás, quando integ rada a sistemas de c aptura e utilização de carbono, pode alcançar emissões lí quidas negativas, tor nando se um pi lar fundamental da transição energé tica brasileira
O avanço dessas tecnolog ias per mitirá ao Brasil não apenas reduzir sua pegada de carbono, mas também cr iar opor tunidades de negócios e empre gos na bioeconomia O aproveita mento do biogás em larga escala re presenta uma solução estratég ica para diver sificação da matr iz energética, for talecimento da segurança energé tica e promoção do desenvolvimento sustentável A transição para uma eco nomia de baixo carbono passa pela valor ização de recur sos renováveis lo cais, e o biogás emerge como um dos protagonistas desse futuro energético mais limpo e eficiente
*Professor Pesquisador na Unicamp
Duppai inova com projeto que proporciona economia de até 4% no
consumo de diesel durante testes em usinas
Com um projeto inovador desen volvido pela empresa Duppai Soluções em Filtros, focado na gestão de diesel para seus clientes, buscando melhorar a disponibilidade das máquinas, redu zir a troca precoce de filtros conven cionais e diminuir a manutenção de bombas, bicos e unidades injetoras, a empresa, em testes iniciados com vá r ios clientes no final da safra passada, acabou tendo uma g rande sur presa À medida que o pro jeto de t estes foi avançando, diver sas frentes começaram a relatar melh or ias no consumo de combustível de colhedoras, tratores e caminhões, com alguns casos alcan çando redução de até 4% – um resul tado sur preendente para todos os en volvidos no projeto, pois nossos obje tivos eram outros Se confir mado ao tér mino dos testes nesta próxima sa fra, isso representará um marco para o setor sucroenergético, que é extrema mente competitivo e está sempre em busca de inovações para apr imorar seus indicadores de desempenho
O o b j e t ivo p r i n c i p a l d o p ro j e t o Duppai é tr iplicar o período de tro ca dos fi ltros e preser var os compo n e n t e s d o s i s t e m a d e i n j e ç ã o Sa b e mos que cada cliente vive uma reali d a d e ú n i c a , p o r i s s o é f u n d a m e n t a l
u m a c o nve
r s a i n i c i a l d e t a l h a d a p a r a
e n t e n d e r s u a s n e c e s s i d a d e s a n t e s d e apresentar a solução
E s t e p ro j e t o f o i d e s e nvo l v i d o com base em análises feitas em con junto com gestores do setor, que re latavam dificuldades com a eficiência
d o s f i l t ro s d e a r d o m o t o r, f i l t ro s d e combustível e o aumento do biodie sel, além de constantes paradas para a substituição de filtros antes das revi sões, muitas vezes até três trocas an tes da revisão prog ramada Analisan do essas dificuldades, a Duppai Solu
ç õ e s e m F i l t ro s c r i o u s e u s U LT R A
F I LT RO S, c o m o p r i n c i p a l o b j e t ivo d e m i t i g a r o s p ro bl e m a s e n f re n t a d o s por seus clientes
No setor sucroenergético, onde colhedoras, caminhões e outros equi pamentos movidos a diesel operam de for ma intensa e ininter r upta, a busca por eficiência no consumo de com bustível é um f ator estratég ico
Na Duppai Soluções em Filtros, trazemos uma redução concreta nos gastos de nossos clientes ao abordar problemas comuns, como a troca pre coce de filtros e a constante necessi
dade de manutenção de componentes essenciais do sistema Por meio de nossos ULTRA FILTROS, consegui mos aumentar a durabilidade dos fil tros e, consequentemente, reduzir sig nificativamente a frequência de subs tituições, garantindo que as máquinas operem por mais tempo com maior eficiência
C o m e s s a i n ova ç ã o, o s c u s t o s
c o m t ro c a s p re m a t u r a s d i m i nu e m , e
a m a nu t e n ç ã o p reve n t iva d a s b o m
b a s , b i c o s e u n i d a d e s i n j e t o r a s é
o t i m i z a d a I s s o n ã o s ó d i m i n u i o
i m p a c t o f i n a n c e i ro d e p a r a d a s i n e s
p e r a d a s , m a s t a m b é m p ro p o r c i o n a
u m a e c o n o m i a s i g n i f i c a t iva a o l o n
g o d o t e m p o, m e l h o r a n d o o d e
s e m p e n h o d a s o p e r a ç õ e s e c o n t r i b u i n d o p a r a a s u s t e n t a b i l i d a d e d o s p ro c e s s o s
C o m u m a c o m p a n h a m e n t o
c o n t í n u o e u m a a n á l i s e p r e c i s a d o
c o n s u m o e d e s g a s t e, c o n s e g u i m o s o f e re c e r s o l u ç õ e s p e r s o n a l i z a d a s q u e s e t r a d u z e m e m m e n o s g a s t o s e m a i s p ro d u t i v i d a d e N o s s a m i s s ã o é t r a n
É preciso lembrar que, no momento, ainda continuamos a sofrer a tributação pelos atuais tributos, tais como o PIS/Cofins
A refor ma tr ibutár ia do consumo, a par tir da Emenda Constitucional n º 132/23, traz inúmeras novidades, as quais, no momento, foram regulamen tadas pela Lei Complementar n º 214/25
Toda a atenção está voltada para as mudanças que estão por vir, especialmente, com os novos tr ibutos IBS, CBS e IS Todavia, é preciso lembrar que, no momento, ainda continuamos a sofrer a tr ibutação pelos atuais tr ibutos, tais como o PIS/Cofins
E o mais interessante é que, com o tempo, ao se tentar diger ir, com uso d e alguns antiácidos, a Lei
Complementar n 214/25, começamos a notar que as alterações por refer ida leg islação não se resumem aos novos tr ibutos, mas, também, para os atuais
N e s t e s e n t i d o, t r a t a r e m o s b r e ve m e n t e d e u m a m u d a n ç a l e g i s l a t i va q u a n t o a o P I S / C o f i n s e o e t a n o l
2 PIS/Cofins: etanol e reg ime especial por me tro cúbico
Como é de conhecimento, na tr ibutação do PIS/Cofins, quanto ao etanol, o ar tigo 5º, da Lei n º 9 718/98, prevê a incidência sobre a receita br uta, nos seguintes ter mos:
“Ar t 5o A Contr ibuição para o PIS/Pasep e a Cofins incidentes sobre a receita br uta aufer ida na venda de álcool, inclusive para fins carburantes, se rão calculadas com base nas alíquotas, respectiva mente, de:
I – 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cen
to) e 6,9% (seis inteiros e nove décimos por cento), no caso de produtor ou impor tador ; e II – 3,75% (três inteiros e setenta e cinco cen tésimos por cento) e 17,25% (dezessete inteiros e vinte e cinco centésimos por cento), no caso de dis tr ibuidor
§ 1 º F i c a m re d u z i d a s a 0 % ( z e ro p o r c e n t o ) a s a l í q u o t a s d a C o n t r i bu i ç ã o p a r a o P I S / Pa s e p e d a C o f i n s i n c i d e n t e s s o b re a re c e i t a b r u t a d e ve n d a d e á l c o o l , i n c l u s ive p a r a f i n s c a r bu r a n t e s , q u a n d o a u f e r i d a :
( ) II – por comerciante varejista, exceto na hipó tese prevista no inciso II do § 4º B deste ar tigo; e III – nas operações realizadas em bolsa de mer cador ias e futuros
§2º A redução a 0 (zero) das alíquotas previstas no inciso III do § 1odeste ar tigo não se aplica às opera ções em que ocor ra liquidação física do contrato”.
Por tanto, em reg ra, teríamos na comercialização do álcool, inclusive para fins carburantes a incidên cia sobre a receita br uta para fins de PIS/Cofins de: (1) – 1,5% e 6,9%, no caso de produtor ou impor tador ; e (2) – 3,75% e 17,25% no caso de distr ibui dor Por sua vez, haver ia alíquota zero: (1) – por co merciante varejista, salvo quando ela efetuar a im por tação; (2) – nas operações realizadas em bolsa de mercador ias e futuros
No entanto, o ar tigo 5º, § 4º, da Lei n º 9 718/98, autor izar ia um reg ime especial por metro cúbico (“ad rem”), nos seguintes ter mos:
“§ 4º O produtor, o impor tador e o distr ibui dor de que trata o caput deste ar tigo poderão optar por reg ime especial de apuração e pagamento da Contr ibuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no qual as alíquotas específicas das contr ibuições são fi xadas, respectivamente, em:
I – R $ 2 3 , 3 8 (v i n t e e t r ê s rea i s e t r i n ta e o i t o c e n t avo s ) e R $ 1 0 7 , 5 2 ( c e n t o e s e t e re a i s e c i n qüenta e dois centavos) por metro cúbico d e álcool, n o c a s o d e ve n d a re a l i z a d a p o r p ro d u t o r o u i m por tador ; II – R$ 58,45 (cinqüenta e oito reais e quaren ta e cinco centavos) e R$ 268,80 (duzentos e ses senta e oito reais e oitenta centavos) por metro cú bico de álcool, no caso de venda realizada por dis tr ibuidor”
Por esta previsão legal, haver ia a possibilidade de apuração do PIS/Cofins na comercialização do eta nol, por um reg ime especial, do álcool, por metro cúbico, mediante alíquota fixa (“ad rem”) de: (1) –R$ 23,38 e R$ 107,52, no caso de venda realizada por produtor ou impor tador ; e (2) – R$ 58,45 e R$ 268,80, no caso de venda realizada por distr ibuidor Po u c o s e n o t o u , m a s , a L e i C o m p l e m e n t a r n º 2 1 4 / 2 5 , q u e ve i o p a r a re g u l a m e n t a r a re f o r m a t r i bu t á r i a , p o r é m , n ã o t r
u s
m
n
e d o s n ovo s t r i b u t o s , t a m b é m a l t e r a n d o, p o r e xe m p l o, o P I S / C o f i n s
A par tir de 1º de maio de 2025 entram em vigor as alterações em face da tributação do etanol, para fins de PIS/Cofins
Como dito, aos poucos vamos diger indo todas as alterações que advieram da Lei Complementar n º 214/25, e temos aqui uma novidade Isto porque, o ar tigo 537 da Lei Complementar n º 214/25 altera o ar tigo 5º, § 4º, da Lei n º 9 718/98:
“Ar t 5º A Co ntr ibuição para o PIS/Pasep e a Cofins incidentes sobre a receita br uta aufer ida pe lo produtor ou impor tador nas operações com eta nol, inclusive para fins carburantes, serão calculadas com base nas alíquotas, respectivamente, de 5,25% (cinco inteiros e vinte e cinco centésimos por cen to) e 24,15% (vinte e quatro inteiros e quinze cen tésimos por cento) ( )
§4º O produtor e o impor tador de que trata o caputdeste ar tigo poderão optar por reg ime especial de apuração e pagamento da Contr ibuição para o PIS/Pasep e da Cofins, com incidência única, no qual as alíquotas específicas das contr ibuições são fi xadas, respectivamente, em R$ 34,33 (tr inta e qua tro reais e tr inta e três centavos) e R$ 157,87 (cen to e cinquenta e sete reais e oitenta e sete centavos) por metro cúbico de etanol combustível ” Por sua vez, o ar tigo 540 estabelece que o ar ti go 5º, da Lei n º 9 718/98 ficará revogado:
“Ar t 540 Ficam revogados os seguintes dispo sitivos do ar t 5º da Lei n º 9 718, de 27 de dezem bro de 1998: Produção de efeitos
I – incisos I e II do caput;
II – incisos I e II do § 4º;
III – incisos I e II do § 4º A;
IV – incisos I e II do § 4º C;
V – inciso II do § 4º D;
VI – §§ 9º, 13 A e 14 A; e
VII – §§ 21 e 22 ”
Já o ar tigo 544, da mesma lei complementar es tabeleceu que tais ar tigos 537 e 540, entrar iam em vigor na data da publicação (DOU 16/01/25), pro duzindo efeitos “ a par tir do pr imeiro dia do quar to mês subsequente ao da sua publicação”
Portanto, a partir de 1º de maio de 2025, as altera ções acima realizadas pela Lei Complementar n º 214/25
em face da tr ibutação do etanol, para fins de PIS/Co fins, confor me Lei 9 718/98, entrarão em vigor
Para melhor compreensão das alterações e pon tos que pretendemos destacar, vejamos a tabela comparativa:
Já o ar tigo 544, da mesma lei complementar es tabeleceu que tais ar tigos 537 e 540, entrar iam em vigor na data da publicação (DOU 16/01/25), pro duzindo efeitos “ a par tir do pr imeiro dia do quar to mês subsequente ao da sua publicação”
Po r t a n t o, a p a r t i r d e 1 º d e m a i o d e 2 0 2 5 , a s a l t e r a ç õ e s a c i m a re a l i z a d a s p e l a L e i C
t
n o l , p a r
f i n s d e P I S / C o f i n s , c o n f o r m e L e i 9 7 1 8 / 9 8 , e n t r a r ã o e m v i g o r
Pa r a m e l h o r c o m p re e n s ã o d a s a l t e r a ç õ e s e p o n t o s q u e p re t e n d e m o s d e s t a c a r, ve j a m o s a t a b e l a c o m p a r a t iva : Vê se, assim, que, enquanto a redação atual e ainda em vigor do “caput” do ar tigo 5º, da Lei n º 9 8718/98 tr ibutár ia, para fins de PIS/Cofins, a ven da de álcool, inclusive, para fins carburantes, a nova redação traz a expressão “operações” e não venda, além de “etano l, inclusive para fins carbur antes” e não álcool
Além disso, ainda quanto ao caput do ar tigo 5º, tínhamos uma tr ibutação de 1,5% e 6,9%, no caso de produtor ou impor tador, e, 3,75% e 17,25%, no caso de distr ibuidor, ao passo que, pela alteração rea lizada, passaríamos a não ter refer ida distinção, ha vendo a incidência de PIS/Cofins com as alíquotas respectivas de 5,25% e 24,15%
*Fábio Calcini é advogado e professor
Cada vez mais, enfrentamos con dições climáticas adver sas, que trazem preocupações e incer tezas quanto ao futuro do planeta Se não buscar mos uma for ma eficaz de reduzir as emis sões de gases de efeito estuf a, enfren taremos situações em qu e os efeitos climáticos naturais superarão nossa capacidade de mitigação
O Brasil assumiu um compromisso desafiador no Acordo de Paris: reduzir em 37% as emissões em comparação aos ní veis de 2005 até 2025 e em 43% até 2030
Obser va se um movimento mundial crescente pela utilização do hidrogênio de baixo carbono como substituto aos combustíveis fósseis, es pecialmente a par tir da guer ra entre Rússia e Ucrânia A produção de hi drogênio tor nou se peça chave para a transição energética, e o Brasil, com sua abundância de recur sos renováveis, tem um enor me potencial nesse cam po Embora a eletrólise da água seja uma rota conhecida para a produção de hidrogênio, outras alter nativas igualmente promissoras, como a refor ma do etanol, devem ser exploradas
O etanol, especialmente o produ zido a par ti r da ca na de açúcar, é uma matér ia pr ima renovável e abundante no Brasil
S o m o s o m a i o r p ro d u t o r d e c a na de açúcar do mundo e o s egun do maior produtor do biocombustí ve l , a t r á s d o s E s t a d o s U n i d o s , q u e utilizam milho como matér ia pr ima
E s s e re c u r s o c o l o c a o p a í s e m u m a p o s i ç ã o p r iv i l e g i a d a p a r a e x p l o r a r a
re f o r m a
d e s s e c o m bu s t í ve l ve g e t a l como for ma de produzir hidrogênio re n ov á ve l E s s e p ro c e s s o e nvo l ve a conver são do etanol em hidrogênio e outros subprodutos, utilizando cata lisadores e calor
U m e xe m p l o n o t á ve l d e s s a t e c
n o l og i a é o p ro j e t o d a Un ive r s i d a de de São Paulo (USP), em parcer ia com a Shell Brasil, Raízen, Hytron e Se nai CETIQT
Eles estão desenvolvendo uma es tação exper imental para a produção de hidrogênio a par tir do etanol O pro jeto é fundamental para validar o uso deste como matér ia pr ima para hi drogênio renovável, demonstrando sua viabilidade econômica e ambiental no contexto brasileiro Além disso, o eta nol pode ser transpor tado em sua for ma líquida, f acilitando a expor tação e a conver são em hidrogênio renovável em outros países
Não podemos deixar de mencio nar que a produção de etanol de se gunda geração, utilizando resíduos como o bagaço de cana, exemplifica uma prática de economia circular
Este processo não só aumenta a eficiência da produção do biocom bustível, mas também gera biochar, um subproduto que pode ser aplicado ao solo para melhorar sua qualidade e sequestrar carbono Ou seja, tanto a cana de açúcar quanto seus resíduos podem ser utilizados para geração de hidrogênio renovável e ainda benefi ciar o solo
O Brasil já possui uma infraestr u tura robusta para a produção e distr i buição desse combustível renovável, o que reduz significativamente os custos associados ao transpor te e ar mazena mento de hidrogênio
Com o desenvolvimento contínuo de tecnolog ias e a implementação de políticas de i ncentivo, a produção de hidrogênio via refor ma do etanol po de se tor nar uma opção competitiva e sustentável, contr ibuindo significati vamente para a descarbonização da matr iz energética do país
Por tanto, é essencial que o Brasil explore e invista nessas alter nativas, aproveitando nossa r iqueza em recur sos renováveis e infraestr utura exis tente, incluindo gasodutos Isso não só ajudará a reduzir nossas emissões de carbono, mas posicionará o Brasil co mo um líder glob al na produção de hidrogênio de baixo carbono, promo vendo uma transição energética sus tentável e eficiente
*Conselheira de Administração na Associação Brasileira de Hidrogênio e Amônia Verdes (ABHAV) e CEO da ALV Consultoria Graduada em Ad ministração, com MBA em Gestão de Negócios e pós graduação em For mas Alternativas de Energia
Pe s q u i s a c o n d u z i d a p e l o I AC e m p a rc e r i a c o m a C a l t e c c o m p rova q u e
o ó x i d o re f i n a d o d e m a g n é s i o e c á l c i o e l eva a p ro d u t iv i d a d e e l o n g ev i d a
d e d o c a n av i a l , a p r i m o r a n d o a n u t r i ç ã o, o c re s c i m e n t o r a d i c u l a r e a r e s i s
t ê n c i a à s e c a
O m a n e j o d a c a n a d e a ç ú c a r e s t á e m c o n s t a n t e evo l u ç ã o, i m p u l s i o
n a d a p e l a i n c o r p o r a ç ã o d e n ova s t e c n o l og i a s q u e v i s a m a u m e n t a r a p ro
d u t iv i d a d e e a l o n g ev i d a d e d o s c a n av i a i s A c o l h e i t a m e c a n i z a d a , p o r e xe m
p l o, t ro u xe m e l h o r i a s a o s o l o, p o i s a p a l h a d a c o n t r i b u i p a r a o m a i o r a p o r
t e d e m a t é r i a o r g â n i c a O c o n t ro l e d e t r á f e g o re d u z i u o p i s o t e i o d o c a n a
v i a l e a v i n h a ç a l o c a l i z a d a t ro u xe g a n h o s e c o n ô m i c o s N o e n t a n t o, a n u
t r i ç ã o d a c a n a s o c a a i n d a s e g u e p a d r õ e s a n t i g o s , c o m a
d e n i t ro g ê n i o e p o t á s s i o, e n q u a n t o e l e m e n t o s c o m o f ó s f o ro, m a g n é s i o e
c á l c i o s ã o n e g l i g e n c i a d o s
Muitos ainda acreditam que o momento adequado para aplicar esses nu tr ientes é apenas no preparo do solo, antes da implantação do canavial Práti
c a q u e c o m p ro m e t e a p ro d u t iv i d a d e d a s s o q u e i r a s e re d u z a l o n g ev i d a d e d a cana, afetando diretamente a rentabilidade, uma vez que os custos de ref or ma são até quatro vezes maiores que aqueles para sua manutenção Neste sentido, a reposição de nutr ientes expor tados na colheita é essencial para manter o po tencial produtivo da área
O uso do fósforo na nutr ição da soqueira é amplamente reconhecido pe las usinas, mas magnésio e cálcio ainda recebem pouca atenção O manejo tra dicional limita se à aplicação de calcár io no preparo do solo e, poster ior mente, no terceiro cor te Assim, quando o canavial chega ao qui nto cor te, a produ ti vidade já é tão baixa que a área é destinada à refor ma, quando poder ia ter re cebido uma nutr ição adequada Ou seja, muitos canaviais só são nutr idos com Mg e Ca duas vezes ao longo do seu ciclo
Para demonstrar a impor tância e a rentabilidade da nutr ição com magné s i o e c á l c i o, a C a l t e c, e m p a rc e r i a c o m o I AC ( I n s t i t u t o d e A g ro n o m i a d e Campinas), realizou um exper imento no segundo cor te de soqueira Tradicio nalmente, esse é um momen to em que esse s nutr ientes raram ente são aplica dos O estudo comparou uma área sem adição de Mg e Ca (testemunha) e ou tra tratada com OXIFLUX refinado, aplicado na f aixa da can a Os resultados foram expressivos O aumento de produtividade com OXIFLUX refinado foi de 24,5%, com a t estemunha alcançando 99,7 t/ha e a área tratada ating indo 124,5 t/ha no segundo cor te – um rendimento super ior ao de muitos cana viais em pr imeiro cor te Um resultado n or malmente evidenciado em soqueira, trat ada com o óxi do refinado da Caltec, é um melhor estado de nutr ição da planta com Mg e C a . E s t e re s u l t a d o n ã o f o i d i f e re n t e n e s t e e x p e r i m e n t o d e I AC. O s g r á f i c o s abaixo demostram aumento foliar de 14% para Mg e 26% para Ca
Um dos diferenciais d o exper imento foi a anális e do sistema radicular, que revelou um crescimento significativo das raízes a cada 1 0 cm, a té 60 cm No g ráfico abaixo fica evidente que em todas as camadas houve aumento das raí zes propiciado pelo uso de OXIFLUX refinado
A relação entre a disponibilidade de Mg e Ca e o desenvolvimento radi cular é bem conhecida: o cálcio é essencial para a divisã o celular, enquanto o magnésio garante o transpor te eficiente de carboidratos das folhas para as raí zes As imagens abaixo, geradas durante o estudo do IAC comprovam o maior desenvolvimento radicular com uso de óxidos
Oxyflux refinado
Esses resultados são ainda mais relevantes em um cená r io de restr ição hí dr ica Em anos com menos ch uvas, o sistema radicular mais desenvolv ido per mite maior exploração do solo e melhora a tolerância ao déficit hídr ico Além disso, é provável que a soqueira tratada com Mg e Ca ma ntenha uma produ tividade super ior nos cor tes seguintes, impactando positivamente na longevi dade do canavial Entretanto, ainda pairam no mercado dúvidas sobre o uso de óxido na soqueira, cer tamente devido a resultados pouco expressivos com óxi dos comuns ou de g ranulometr ia inadequada Boas práticas demonstram que a fluidez de u m óxido é deter minante pa ra sua eficácia na cana soca Em canaviais com palhada, se o óxido não tiver tamanho de par tícula e flui dez adequados, pode ficar retido na palha e recar bonatar, perdendo efeito ag ronômico antes mesmo do contato com o solo No exper imento do IAC, além do OXIFLUX refinado (g ranulometr ia exclusiva da Caltec), foram testadas outras duas marcas de óxidos com g ra nu l o m e t r i a s g r a nu l a d o e f a re l a d o O s re s u l t a d o s d e m o n s t r a r a m q u e a p e n a s o óxido refinado apresentou um impacto significativo na produtividade, confir m a n d o a q u i a re l ev â n c i a d a t e c n o log i a Fl u x d e s e nvo l v i d a p e l a C a l t e c, p a r a a eficiência do produto na soqueira
Além dos ganhos ag ronômicos e operacionais, o uso de um óxido eficien te contr ibui para um manejo mais sustentável A melhor ia do sistema radicu lar e da absorção de nutr ientes f avorece a fixação de carbono no solo, promo vendo maior retenção de matér ia orgânica e reduzindo a neces sidade de in s u m o s q u í m i c o s a d i c i o n a i s I s s o s e a l i n h a à s b o a s p r á t i c a s a g r í c o l a
a z e n d o benefícios ambientais e econômicos O impacto financeiro é positivo no uso de óxidos, pois as doses re comendadas são baixas e, além do ganho em pro dutividade, a substituição do calcár io pelo OXIFLUX refinado pode gerar cré ditos de CBIOS, compensando par te dos custos da aplicação Diante desses resultados, fica evidente que a adoção de uma estratég ia de nutr ição eficiente (com Mg e Ca) é essencial para a longevidade do canavial e para a sustentabilidade do setor sucroenergético A incor poração de tecnolo g ias inovadoras e produtos de alta perfor mance pode transfor mar significati vamente o manejo da cana, garantindo maior produtividade e rentabilidade ao produtor Colocando os números na ponta do lápis, o uso de óxidos pode ser c o m p e n s a d o p e l o s g a n h o s d o C B I O S e, d e p e n d e n d o d o c a s o, s a i r á d e g r a ç a para a usina
João Rosa (Botão), a expectativa é de que o mix de açúcar nesta safra seja o maior da história
Durante o segundo dia do evento Cana Summit 2025, em 3 de abr il, em Brasília, o consultor do Pecege, João Rosa –“ o Botão” – par ticipou do painel de mercado e compar tilhou, em entrevista a Josias Messias do Jor nal Cana, projeções e considerações sobre o cenár io atual e futuro dos produto res de cana
Em sua apresentação, João Rosa destacou as previsões da safra 2025/26 destacando que, para o Centro Sul, as estimativas g iram em tor no de 595 milhões de toneladas
Segundo Botão, embora haja di vergências – alguns apontam números próximos a 620 milhões – o cenár io real deve ser mais moderado, com va r iações significativas entre as reg iões produtoras
Em seu depoimento, Botão aler tou para a necessidade de cautela ao inter pretar os dados, ressaltando que as estimativas ainda estão em f ase de consolidação
"Temos que ter cuidado para não generalizar a realidade de uma reg ião
para todo o Centro Sul Em alguns lugares pode haver uma queda de 10 a 15% na produtividade, enquanto ou tros poderão apresentar crescimento", explicou o consultor
Um dos pontos positivos apontados é a expectativa de que o mix de açúcar nesta safra seja o maior da histór ia
Essa tendência se deve a dois f ato res pr incipais: o melhor desempenho econômico do açúcar em comparação ao etanol e o aumento da capacidade instalada de fábr icas de açúcar
"O açúcar está remunerando
muito melhor que o etanol Isso tem levado os produtores a direcionarem mais mix para açúcar, o que, aliado à melhora nos índices de pureza, pode transfor mar significativamente o ce nár io do setor", destacou Botão Contudo, o consultor também res saltou desafios Apesar de estarem sen do plantadas maiores áreas, a produti vidade média tende a cair, o que pode pressionar os resultados da produção Além disso, Botão apontou que, na perspectiva dos preços, o etanol hidra tado deverá ter uma tendência de al ta, já que a demanda se mantém está vel e haverá menos ofer ta de cana
destinada à sua produção
com preços flutuando na f aixa dos 18 a 1 9 c e n
Entre os números técnicos apre sentados, Botão citou indicadores que já refletem a tendência obser vada nas safras anter iores, reforçando que os ajustes na composição do mix e as melhor ias em pureza podem ser de ter minantes para a competitividade do açúcar no mercado global.
Em resumo, a análise de José Bo tão revela um cenár io de cautela e otimismo mistos: enquanto os desafios de produtividade e var iação reg ional exigem atenção, às inovações no mix de produção e a valor ização do açú car apontam para um caminho pro missor na safra 25/26
“Em relação à par ticipação dos for necedores na moagem de cana de açúcar, temos um deslocamento da produção dos menores para os mé dios/maiores produtores”, disse
“As perspectivas para a safra 2025/26 apontam uma produção com tendência de queda, o desafio é saber o quanto Já quanto aos preços o panora ma é da manutenção de bons patama res, com propensão de subida, e com relação aos impactos da política no se tor, não se deve esperar mudanças abruptas no mercado a curto prazo, já no médio e longo prazo sim, pois vamos aumentar a demanda", finalizou Botão
Especialista destaca benefícios para solo, produtividade e economia; temas serão debatidos no próximo CANABIO em junho de 2025
Fer nando Car valho Oliveira, engenheiro ag rô nomo e doutor em Ag ronomia, aponta que os fer tilizantes orgânicos, pr incipalmente aqueles obtidos a par tir de resíduos orgânicos, oferecem uma alter nativa prática para reduzir a dependência de adubos minerais impor tados
Na avaliação de Oliveira, em um cenár io mar cado pela guer ra entre Rússia e Ucrânia – g randes produtores de adubos minerais – e desafios logísti cos, o Brasil, que impor ta até 85% do que consome, precisa for talecer sua produção nacional
Benefícios e dados de mercado
Oliveira destaca que os fer tilizante s orgânicos melhoram a qualidade do solo, aumentam a produ tividade e proporcionam vantagens econômicas aos produtores Dados da Associação Brasileira das In dústr ias em Tecnolog ia em Nutr ição Vegetal (Abi solo) indicam que os organominer ais representam 5% do total de insumos utilizados pelo ag ronegócio nacional, enquanto os fer tilizantes orgânicos com põem apenas 1,6%
A técnica da compostagem ter mofílica de resí duos orgânicos – método que transfor ma resíduos que ser iam destinados a ater ros sanitár ios em insu mos ag rícolas – ilustra um modelo de economia cir cular que gera emprego, divisas e recicla nutr ientes
Políticas públicas e práticas ESG
Um exemplo citado é a operação consolidada na
Estação de Tratamento de Jun diaí, que utiliza lodo biológ ico de esgoto e outros resíduos or iundos de ag roindústr ias, co mércio e ser viços para produzir adubos orgânicos
Além disso, a aplicação des ses adubos pode substituir até 50% dos fer tilizantes minerais quando usados de for ma conju gada, contr ibuindo para maior aproveitamento dos recur sos
Debate no CANABIO25
• Microbiolog ia do Solo & Organominerais;
• Biológ icos Nutr icionais e Bioestimulantes;
• Bioprotetores contra Pragas e Doenças;
•
O tema dos fer tilizantes orgânicos, da microbio log ia do solo e dos organominerais será amplamen te debatido na próxima edição do CANABIO25 –Uma Imer são na Cana Regenerativa
O evento acontecerá nos dias 18 e 19 de junho de 2025, no Centro de Cana IAC, em Ribeirão Pre to. Entre os tópicos prog ramados estão:
Durante o Cana Summit 2025, realizado no co meço de abr il em Brasília, Matheus Mar ino, presi dente do Conselho de Administração da Cooperci tr us, em entrevista a Josias Messias do Jor nalCana, aponta um cenár io promissor, mas repleto de desa fios para o futuro do setor bioenergético
Mudança de perfil produtivo
Matheus Mar ino ressaltou que o ambiente está cada vez mais f avorável para a produção de cana de açúcar, tanto no cur to quanto no médio e lon go prazo
Segundo ele, o setor vive um momento de trans for mação: “Estamos numa situação de mudança, de transfor mação da produção”, declarou o executivo Ele obser vou que a par ticipação da cana própr ia da usina vem diminuindo, enquanto a cana de for nece
dores já representa entre 35% e 40% da produção Essa mudança reflete uma concentração m aior no setor, com g randes produtores intensificando suas atividades e pequenos ag r icultores, por sua vez, sain do do mercado
O Duplo Desafio: Ag r icultura e Economia
Para Mar ino, os desafios que se impõem vão além das questões ag rícolas e climáticas, como pro dutividade, seca, e ne cessidade de tecnolog ia, mas atingem diretamente a gestão financeira Segundo ele, o cenár io econômico conturbado, marcado por juros altos e escassez de recur sos, pressiona a produ ção de cana de açúcar, que é uma atividade for te mente demandante de capital
O executivo enf atizou a impor tância de uma gestão financeira r igorosa: “Produtor, se prepare, te nha um balanço, controle de contas, controle de custo de produção e, se possível, auditor ia de fluxos de caixa ” Tais medidas, segundo ele, são fundamen tais para f acilitar a captação de recur sos perante os agentes financeiros, garantindo a continuidade do negócio no longo prazo
A produção independente de canade-açúcar no Brasil desempenha um papel fundamental no setor sucroenergético
O gerenciamento eficiente dos custos de produção é um f ator impor tante para garantir a competitividade dos produtores diante das oscilações de mercado e das var iações nos preços dos insumos Nesse sentido, tor na se rele vante analisar não só os custos do pe ríodo cor rente, mas o que for possível olhar para o futuro, de for ma que os produtores possam se planejar e adotar estratég ias de mitigação de r iscos
Nesse contexto, diver sos f atores influenciam diretamente os custos de produção, tor nando a previsão um exercício estratég ico
Entre os pr incipais elementos ex ter nos que impactam os desembolsos “dentro da por t eira” destacam se o custo da ter ra, os preços de insumos como fer tilizantes e defensivos, além das var iações no preço do petróleo e na taxa de câmbio, que afetam direta ou indiretamente a cadeia produtiva Assim, compreender essas dinâmicas é fundamental para que os produtore s possam tomar decisões eficientes
Diante desses pontos, a presente análise tem como objetivo apresentar uma estimativa para os custos médios da safra 2025/26 na reg ião Centro Sul e 2024/25 na reg ião Nordeste a par tir dos valores médios reg istrados na safra anter ior para essas duas reg iões, considerando os diferentes cenár ios de período de safra no qual é realizado a colheita no Centro Sul e Nordeste
A base do estudo são dados cole tados nos painéis do Projeto Campo Futuro realizados em parcer ia o Pece ge Consultor ia e Projetos, no ano de 2024, buscando oferecer uma visão antecipada dos desafios econômicos que poderão ser enfrentados pelos produtores de cana de açúcar nas diferentes reg iões do Brasil
Na safra 2024/25 do Centro Sul, os custos de produção foram impac tados por diver sos f atores, dentre eles a queda da produtividade, a inflação nos custos de mão de obra, a oscilação nos preços dos combustíveis e a var ia ção dos pr incipais insumos ag rícolas
A produtividade tem uma relação
direta com a diluição dos custos fixos e influencia diretamente na rentabili dade da atividade Reg iões com maior produtividade, como o Centro Sul relativamente ao Nordeste, conseguem obter menores custos unitár ios da produção Para a safra 2024/25, apesar do recuo considerável em relação ao ciclo anter ior, a reg ião Centro Sul manteve sua produtividade em pata mares super iores ao Nordeste, contr i buindo para uma maior efici ência operacional e diluição de custos
Entre as safras, a inflação medida pelo IPCA impactou diretamente os custos de mão de obra, elevando os gastos com operações no campo O aumento nos preços do diesel também afetou significativamente os custos operacionais, já que a mecanização é
durante o período de safra no Cen tro Sul e 4,60% no Nordeste, o IP CA tende a elevar os custos relacio nados à mão de obra e demais ser vi ços ligados ao indicador O diesel se gue como um insumo de alta rele vância, especialmente para reg iões que dependem for temente da mecaniza ção como o Centro Sul, podendo elevar os custos operacionais, com projeção de aumento de 5,51% no Centro Sul e 2,16% no Nordeste Além disso, no Centro Sul, os cus tos com fer tilizantes projetam alta de 17,84% para a próxima safra, enquan to os defensivos devem aumenta r 4,91% No Nordeste, os fer tilizantes devem subir 10,34%, enquanto os de fensivos apresentam uma leve queda de 2,54% O custo total de produção no Centro Sul deve crescer 5,2%, enquanto no Nordeste a projeção é de alta de 10,5% para 2025 Diante desse cenár io, é fundamental que os produ tores adotem estratég ias para mitigar o impacto do aumento de custos, como a otimização da aplicação de insumos, o monitoramento da eficiência ope racional e o planejamento financeiro
A análise dos custos de produção da cana de açúcar para a próxima safra evidencia a importância do planejamen to estratég ico na gestão da atividade Com os aumentos projetados em insu mos essenciais, combustíveis e mão de obra, os produtores precisarão buscar so luções eficientes para reduzir seus custos sem comprometer a produtividade. O impacto da inflação sobre os custos ope racionais exige um controle r igoroso so bre as despesas e investimentos
altamente dependente desse insumo
No Centro Sul o custo operacional efetivo se estabilizou em 2024 (+0,5%) No Nordeste, ele apresentou crescimento de 3,9% para 2023
Para a safra 2025/2026, é esperado que os custos de produção continuem pressionados pelos mesmos f atores ob ser vados na safra anter ior O compor tamento da produtividade continuará sendo um elemento crítico na deter minação do custo unitár io da cana, podendo impactar significativamente a margem de lucro dos produtores
Adicionalmente, a pressão infla cionár ia ao longo de 2025 deverá im pactar diretamente os custos com mão de obra e, consequentemente, as ope rações ag rícolas
Com projeções de alta de 5,32%
Diante do cenár io de custos cres centes, pr incipalmente insumos, a ado ção de boas práticas agronômicas e de gestão financeira será decisiva para garan tir a viabilidade econômica da produção O uso eficiente de insumos, revisão das doses aplicadas, negociação de contratos de arrendamento e planejamento logís tico podem ser diferenciais importantes para minimizar impactos financeiros
A análise e acompanhamento contínuo das tendências reforça a im por tância do planejamento estratég i co para garantir a sustentabilidade econômica da atividade
A adoção de boas práticas de ges tão e o acompanhamento contínuo dos custos serão decisivos para manter a competitividade dos produtores na próxima safra (Confederação Nacio nal da Agricultura)
A BASF anuncia tecnologias inovadoras para o manejo de doenças foliares como a ferrugem marrom e ferrugem-alaranjada, e controle de nematoides
Os produtores de cana enfrentam problemas críticos relacionados a doen ças foliares – como a fer rugem mar rom e fer r ugem alaranjada – que afetam a saúde das folhas e reduzem significati vamente o rendimento da lavoura Além disso, os nematoides, que pas sam despercebidos a olho nu, provocam quedas importantes na produtividade ao atacar as raízes Um manejo assertivo é, por tanto, fundamental para manter o equilíbr io e garantir o desenvolvimen to vigoroso dos canaviais
Impor tância estratégica da cana-de-açúcar
A BASF, com décadas de atuação no mercado da cana de açúcar, anuncia o lançamento, durante a Ag r ishow 2025, de tecnolog ias inova doras para o manejo de doenças folia res e controle de nematoides – desa fios que impactam diretamente a pro dutividade dos canaviais brasileiros
Segundo André Mattiello, Desen volvimento de Mercado da BASF, a cana de açúcar é a terceira maior cultura em área plantada no Brasil, ocupando cerca de 9 milhões de hec tares, e figura também entre as mai s expressivas na balança comercial, com quase 100 bilhões de reais em receita "Dentro da BASF, a cana é consi derada uma das pr incipais culturas em ter mos de f aturamento, o que reforça o nosso compromisso em oferecer so luções tecnológ icas para otimizar a produtividade desse setor estratég ico", destaca Mattiello
Inimigos silenciosos da produtividade
A BASF apresentará soluções vol tadas ao combate de dois g randes vi lões da cana de açúcar : doenças fo liares (como fer r ugem mar rom e fer r ugem alaranjada) e nematoides
Os lançamentos do fung icida Melyra® e do bionematicida Votivo® Pr ime buscam enfrentar problemas que, somados, podem reduzir a pro dutividade em até 30%, impactando uma cultura que movimenta R$ 100 bilhões anuais no Brasil e ocupa 9 mi lhões de hectares
As doenças foliares são um desa fio crítico para os produtores As fer r ugens mar rom e alaranjada atacam as folhas, reduzindo a capacidade fotos sintética da planta
“Sem controle asser tivo, essas doenças comprometem o desenvolvi mento vegetativo, a capacidade fotos sintética e o acúmulo de bi omassa e açúcares do canavi al”, explica Mat tiello Já os nematoides, parasitas mi croscópicos que atacam as raízes, são ainda mais insidiosos: “Eles não são detectados a olho nu, mas causam perdas expressivas, especialmente em solos compactados ou com histór ico de monocultura”, complementa Mattiello explica que o Melyra®, um fung icida de amplo espectro, foi for mulado com a exclusiva molécula Revysol®, da BASF, e é especialmen te indicado para o manejo das pr inci pais doenças foliares na cana de açúcar Ele atua de for ma sistêmica e translaminar, protegendo a planta tan to preventivamente quanto de for ma curativa "Além de controlar a fer r u gem mar rom e a fer r ugem alaranja da, atuando também sobre o comple xo de doenças secundár ias como as diver sas manchas foliares, o Melyra® estimula efeitos f isiológ icos positivos na planta, promovendo um aumento de produtividade que pode chegar de 10 a 15%, ou seja, um ganho de 5 a 10 toneladas de cana por hectare", expli ca André Mattiello
A aplicação é recomendada na f a se final de desenvolvimento, quando o canavial apresenta um crescimento acelerado das folhas
Já o Votivo® Pr ime é um bione
maticida biológ ico composto por bactér ias da espécie Bacillus fir mus Indicado para as f ases iniciais de esta belecimento da cana, durante o plan tio, a solução for ma um filme prote tor em tor no dos toletes e do sistema radicular, oferecendo um manejo efi caz dos nematoides e garantindo um desenvolvimento saudável da planta desde o começo
A BASF par ticipa da Ag r ishow há vár ios anos, acompanhando a evolu ção do evento, que passou de uma fei ra somente de máquinas para um im por tante palco de inovação e tecno log ia ag rícola
"Estar presente na Ag r ishow é fundamental, pois o evento reúne as melhores tendências e soluções do ag ronegócio, per mitindo que estreita mos a relação com os ag r icultores, re forcemos nossa liderança no segmen to de fung icidas e continuemos avan çando no mercado de biológ icos para a cana de açúcar", ressalta André Mattiello
Atenção: este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente Uso agrícola Venda sob receituário agronômico Consulte sempre um agrônomo Informe-se e realize o manejo integrado de pragas Descarte corretamente as embalagens e os restos dos produtos Leia atentamente e siga as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita Utilize os equipamentos de proteção individual
Linear: o herbicida da Cor teva Agriscience com flexibilidade, controle e seletividade para o manejo das principais plantas daninhas de
Inovação da Linha Cana atua nas principais invasoras, entre elas, Mamona e Mucuna, sendo uma ferramenta eficiente, além de poder ser utilizada em qualquer período do ano
O avanço de plantas daninhas co mo Mamona (Ricinus communis) e Mucuna (Mucuna pruriens) tem se tor nado um g rande desafio no mane jo dos canaviais Além de serem difí ceis de controlar, essas invasoras redu zem a produtividade da cultura e im pactam diretamente a eficiência ope racional, dificultando a colheita e au mentando os custos de manejo Em apenas três anos, a área com presença destas plantas daninhas saltou de 1,5 milhão para aproximadamente 5 mi
Antes e depois do manejo do canavial com Linear®, no controle das daninhas que impactam na produtividade
lhões de hectares no Brasil, segundo a Consultor ia Kynetec
Para apoiar os produtores de cana de açúcar e usinas a enfrentar esse problema, a Cor teva Ag r iscience apre senta uma fer ramenta inovadora no setor, o herbicida Linear®, desenvol vido para garantir flexibilidade no ma nejo, controle eficaz e seletividade su per ior na cultura da cana de açúcar
A Mamona, além de interfer ir na
produtividade, compromete o rendi mento e impacta na colheita, por sua característica arbustiva Já a Mucuna, com sua característica de trepadeira, entrelaça se nas plantas e nas colhedo ras, prejudicando o desenvolvimento da cultura e dificultando a colheita Juntas, essas invasoras causam sér ias preocupa ções e drásticas reduções de rendimen to, produtividade e rentabilidade Linear® é uma solução ver sátil,
possui flexibilidade para ser aplicado o ano todo, em todas as f ases da cultura e em diferentes modalidades de apli cação (costal, trator izada, aérea, através de aeronaves tr ipuladas ou drones) Apresenta controle eficiente contr a Mamona e Mucuna em pré emer gência e benefício adicional de con trole em pós emergênci a para amplo espectro de plantas daninhas de folha larga Outro diferencial é a seletivida de para a c ana de açúcar, não cau sando injúr ia ou prejudicando seu de senvolvimento
“Com ação residual prolongada, é u m
cula inédita para a cultura da cana O Linear® chega para apoiar os produ tores e usinas, garantindo um canavial
ivo,
cada vez mais inovação para auxiliar o
destaca Tainá Sipos, Líder de Marke ting de Cana da Cor teva
Quem provocar incêndio sem autorização terá multa de R$ 3 mil por hectare atingido, segundo
Secretaria do governo estadual
A Secretar ia de Meio A mbiente, Infraestr utura e Logística (Semil) do gover no do Estado de São Paulo im plementou mudanças na leg islação para coibir queimadas ilegais que também afetam canaviais
Em vigor desde 1º de abr il, as al terações trazem punições mais seve r a s p a r a o u s o i r re g u l a r d o f og o e m áreas r urais
A pr incipal novidade é a cr iação de multa específica para propr ietár ios que não adotarem medidas preventivas contra incêndios florestais, com valo res entre R$ 5 mil e R$ 10 milhões
A nor ma também eleva as penali dades para quem provocar incêndios sem autor ização, com multa de R$ 3 mil por hectare ating ido, podendo dobrar em casos g raves, como ocor rências em ter ras indígenas ante r ior mente, o valor era de até R$ 1,5 mil por hectare
As alterações legais foram apre sentadas a 300 produtores, represen tantes de entidades setor iais, órgãos ambientais e forças de segurança que par ticiparam no dia 11 de abr il, em
Ser tãozinho, do 12º Encontro Técni co com o setor sucroenergético foca do em prevenção de incêndios
O pr incipal objetivo do encontro foi for talecer as ações de prevenção e combate a incêndios no estado, den tro da Operação SP Sem Fogo
Durante o evento, foram debati dos temas estratég icos para o setor, como manejo do fogo, atualizações nor mativas e práticas sustentáveis
A Polícia Militar Ambiental apre sentou dados atualizados sobre ocor rên
cias de incêndio, reforçando a impor tância do trabalho conjunto entre o po der público e os produtores para mitigar os r iscos durante o período de safra
Comparando os dados de maio a outubro de 2023 e 2024, nas reg iões central, oeste e noroeste do estado que concentram a maior par te da ati vidade sucroenergética , obser va se um avanço significativo nas ações de fiscalização
A área monitorada saltou de 29,6 mil para 421,5 mil hectares, u m au mento de 1 321%
O valor das multas aplicadas tam bém cresceu expressivamente, passan do de R$ 2,79 milhões para R$ 64,72 milhões, o que demonstra o for taleci mento da fiscalização ambiental
“Este evento é fundamental para manter os produtores infor mados sobre a leg islação e as melhores práticas O diálogo com o poder público fortalece a segurança das operações e a sustenta bilidade do setor”, afir mou Renata Ca margo, gerente de Sustentabilidade da UNICA, presente ao evento
reúne os grandes do setor para falar de inovação e tecnologia
Ser tãozinho (SP), coração do maior polo sucroenergético do Brasil, reafir mou seu papel estratég ico no se tor ao sediar o 3º Encontro Dr ul –Indústr ia e Bioenerg ia, evento que reuniu especialistas, empresár ios e au tor idades para debater as inovações e os desafios do segmento A escolha da cidade não é por acaso: além de abr i gar a Fenasucro & Ag rocana – maior feira mundial do setor, que movimen tou R$5,2 bilhões em sua última edi ção, o município está no centro de uma cadeia que gera R$100 bilhões anuais e emprega mais de 1 milhão de pessoas, segundo a União da Indústr ia de Cana de Açúcar (UNICA)
O Brasil, líder global em bioener g ia – responsável por 18% da matr iz energética nacional (EPE) –, vê even tos como o Encontro Dr ul como vi tais para alavancar tecnolog ia e sus tentabilidade
Prova disso é o superávit comercial de R$ 4,85 bilhões alcançado pelo se
tor em São Paulo apenas no pr imeiro semestre de 2023, confor me dados da Secretar ia de Comércio Exter ior
Nesse contexto, a terceira edição do evento destacou se não só pelo debate técnico – com temas como biotecnolog ia, gestão hídr ica e inte g ração de matr izes energéticas A pre sença de autor idades, como o depu tado Lucas Mar tins do Vale, e o Secre tár io do Desenvolvimento Econômi co e I novação de Ser tãozinho, Paulo Gallo, reforçou a impor tância da ar ti culação entre poder público e inicia tiva pr ivada
Com palestras de especialistas co mo Marcelo Ventura Rubio (Biopro cess) e painéis mediados por líderes co mo Josias Messias (ProCana), o encon tro evidenciou como Ser tãozinho se tor nou sinônimo de inovação no setor – e como iniciativas como a do Gr upo Dr ul, em parcer ia com a colombiana BioCondensados, estão moldando o futuro da bioenerg ia no país
A excelência humana como alicerce industrial
Antes mesmo de debater técnicas de retenção de talentos, o 3º Encon tro Dr ul destacou um ativo intangível mas decisivo para a competiti
vidade do setor : a qualidade do am biente de trabalho Não por acaso, a Dr ul conquistou em 2022 a cer tifica ção Great Plac e to Work (GPTW) , selo que atesta sua cultura organiza cional baseada em confiança e inova ção e que foi revalidado em 2023 e 2024 Em 2024, a empresa alcançou um marco adicional: posicionou se em 19º lugar no ranking estadual GPTW, consolidando se como refe rência em clima organizacional
Foi nesse contexto que Rodr igo Giovani, gerente de relacionamento da GPTW Brasil, subiu ao palco para um aler ta urgente: "A escassez de mão de obra qualificada é o novo gargalo da bioenerg ia" Em sua palestra, ele apre sentou dados reveladores como o f ato de que 70% dos colaboradores das usinas pr ior izam clima organizacional sobre salár io e estratég ias práticas para reter talentos em um setor onde a tecnolog ia avança mais rápido que a for mação profissional
Painel estratégico: a sinergia entre cana e cereais na bioenergia
O debate mais aguardado do evento veio com o painel "Integ ração bioenergética das matr izes de cana e cereais", mediado por Josias Messias
(CEO da ProCana), que reuniu g ran des nomes do setor : Libânio Carlos Souza (Vice presidente do CEISE Br), Luis Arakaki (Diretor presidente da Alcoeste Bioenerg ia) e Cássio Bel lintani Iplinsky (Diretor presidente da Usina Rio Verde)
Quando questionado por Messias s o b re
lho e sorgo, Iplinsky destacou que "A
Para Cássio, a Usina Rio Verde, aprendeu ao longo dos anos que a ca na garante a base, mas são os cereais que trazem resiliência especial mente em cenár ios de clima ou mer cado voláteis O desafio? Logística in teg rada e escala, por isso dominar es sa equação é impor tante para que o Brasil per maneça no posto de maior potência energética do mundo
Libânio Carlos Souza, vice pre sidente do CEISE BR, traçou um panorama abrangente ao dizer que o setor está diante de uma janela única de opor tunidades A integ ração cana cereais já responde por 22% da capa cidade produtiva do Centro Sul (da dos UNICA 2023), e esse número deve saltar para 35% até 2026 Os desafios, segundo especialistas, incluem avançar em três frentes: har m o n i z a ç ã o re g u l a t ó r i a e n t re c a d e i a s , investimento em infraestr utura logís tica compar tilhada e dese nvolvimen t o d e p ro t o c o l o s s u s t e n t á ve i s q u e unifiquem os cr itér ios ESG para am bas as matr izes.
Ao f alar sobre o assunto, Luis Ara kaki apresentou a per spectiva da Al coeste Bioenerg ia, que mantém seu foco no modelo tradicional de produ ção a par tir da cana de açúcar
A usina ating iu indicadores de ex celência, com produtividade 8% aci ma da média setor ial, resultado de in vestimentos em biotecnolog ia e auto mação Arakaki reconheceu o p apel estratég ico das usinas flex, especial mente em reg iões com desafios cli máticos, mas reforçou a aposta na es pecialização canavieira Segundo ele, o avanço tecnológ ico nesse modelo be neficia todo o ecossistema bioenergé tico, sendo uma contr ibuição com plementar à diver sificação de matr izes
Enquanto o painel destacou os caminhos estratég icos para a integ ra ção cana cereais e os modelos de produção em deb ate, a palestra se guinte trouxe uma per spectiva inova dora sobre o tema
Sensores vir tuais: monitoramento e inteligência em tempo real
Marcelo Rubio, Diretor Técnico da Bioprocess Improvement, uma empresa do Gr upo Dr ul, apre sentou avanços tecnológ icos em processos bioquí micos que podem potencializar os resultados, geran do otimização de custos e sustentabilidade
Marcelo destacou os avanços dos sensores vir tuais da Bioprocess, sistema de IA que substitui análisado res online tradicionais (NIR, HPLC), monitorando em tempo real var iáveis da fer mentação, como teor de etanol, açúcares, ácidos e uma sér ie de outros componentes químicos (analitos) de interesse
A solução elimina custos com equipamentos complexos, aumenta a precisão do controle e reduz perdas, antecipando cor reções Um diferencial é a escalabilidade, per mitindo que qualquer unidade in dustr ial tenha acesso à tecnolog ia de ponta, unindo eficiência e competitividade global
Controle biológico da contaminação microbiana:
inovação sustentável
Marcelo também destacou o Controle Biológ i co de infecção bacter iana, solução que substitui an tibióticos na fer mentação
O coquetel atinge apenas bactér ias nocivas, pre ser vando as leveduras Resultados: redução de bacté r ias, queda de 45% na for mação dos ácidos orgânicos e aumento de até 17% no rendimento do etanol
Além da eficiência, evita a multiplicação de su perbactér ias e se adapta a vár ios bioprocessos, como biogás e biofár macos, reforçando um modelo mais limpo e eficaz para a bioindústr ia
Água: o recurso que redefine o futuro do agro
O d i re t o r p re s i d e n t e G u i l h e r m e M o ro ç o abordou um dos maiores desafios do século: a cr i se hídr ica Com dados sobre escassez, destacou que o ag ronegócio deve liderar a otimiza ção desse recur so Apontou tecnolog ias
c o m o i r r i g a ç ã o i n t e l i g e n t e, re u s o i n d u s t r i a l e m a n e j o s u s t e n t á ve l c o m o exigências inadiáveis frente às muda n ças climáticas
“Quem dominar a gestão da água dominará o futuro do ag ro ” , afir mou, tratando o tema como questão ambien tal e de competitividade
Em seguida, Gus tavo Velasco, da BioCondensados, apresentou uma solu ção transfor madora: a conver são de condensados vegetais, antes descar tados, em recur sos de alto valor
Com tecnolog ia patenteada (POA), a reutilização desses condensados em siste mas de geração de vapor de alta pressão tem revolucionado processos industr iais
Os números apresentados de uma usina que processa 2 7 Milhões de toneladas de cana por safra impressionam:
■ 55 000 litros/hora de condensados tratados e reutilizados na geração de vapor de 65 kgf/cm2
■ Economia de 2,83 toneladas de vapor por hora;
■ Geração de excedente energético capaz de abas tecer 1 200 residências/ano;
■ Custos operacionais 80% menores que os mé todos tradicionais
Mas o impacto vai além da economia A solução representa uma mudança de paradigma: o q ue era descar te agora fecha o ciclo da água com ganhos ambientais e financeiros
"O que era custo virou receita", destacou Velas co, citando casos em que os biocondensados trata dos são reutilizados até em ir r igação por gotejo
Enquanto Moroço destacava a urgência de uma gestão hídr ica eficiente,Velasco e sua equipe já ma ter ializam essa visão um futuro em que cada go
ta é otimizada, e sustentabilidade se traduz em lu cratividade A mensagem é clara: na bioeconomia do século XXI, inovação e gestão responsável da água não são diferenciais, mas a base para uma indústr ia competitiva e resiliente
Zé Lagoa: um ícone do setor
t e r i o r p a u l i s t a . "Zé Lagoa foi peça fundamental na constr ução da nossa histór ia Seu conhecimento, dedicação e amor pelo que f azia inspiram a todos na Dr ul e em todos que tiveram o pr ivilég io de trabalhar com ele", afir mou Moroço
O 3º Encontro Dr ul cumpr iu seu papel de celebrar as inovações e con quistas do setor bioenergético, mas tam bém mostrou que, por trás dos avanços tecnológ icos e números impressionan tes, estão pessoas que dedicam suas vi das a constr uir uma indústr ia mais efi ciente, sustentável e humana Entre os reconhecimentos e debates técnicos, foi esse reconhecimento do valor humano que deixou a marca mais profunda no evento, reforçando que o futuro da bioenerg ia se constrói com tecnolog ia, mas também com legado, memór ia e pessoas
Denominada CelOCE, proteína natural foi obtida no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais e pode ser incorporada imediatamente ao processo industrial
A desconstr ução da celulose é fundamental para a conver são de bio massa em combustíveis e produtos químicos Mas a celulose, o polímero renovável mais abundante do planeta, é extremamente recalcitrante à des polimer ização biológ ica
Embora composta inteiramente por unidades de glicose, sua estr utura microfibr ilar cr istalina, juntamente com sua associação com lignina e he miceluloses nas paredes celulares ve getais, a tor na altament e resistente à deg radação
Como resultado, sua quebra na
natureza é len ta e demanda sistemas enzimáticos complexos A descons tr ução da celulose, que, entre outros resultados, pode possibilitar um au mento significativo na produção de etanol a par tir da cana de açúcar, tem sido há décadas um enor me de safio tecnológ ico
Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energ ia e Mate r iais (CNPEM), em parcer ia com colegas de outras instituições do país e do ex ter ior, acabam de obter uma enz ima que pode literalmente revolucionar o processo de desconstr ução da celulo se, viabilizando, entre outras aplicações
tecnológ icas, a produção em larga es cala do chamado etanol de segunda geração, der ivado de resíduos ag roin dustr iais, como o bagaço da cana e a palha do milho
O estudo foi publicado no dia 12 de fevereiro na revista Nature
“Identificamos uma metaloenzima que melhora a conver são da celulose por meio de um mecanismo até então desconhecido de ligação ao substrato e clivagem oxidativa Essa descober ta estabelece uma nova fronteira na bio química redox para a despolimer iza ção de biomassa vegetal, com impli cações amplas em bio tecnolog ia”, conta à Agência FAPESP Már io Mu rakami, líder do g r upo de pesquisa em biocatálise e biolog ia s intética do CNPEM e coordenador do estudo
A enzima recém descober ta foi nomeada CelOCE, a par tir da expres são em inglês Cellulose Oxidative Cleaving Enzyme Ela cliva a celulose por meio de um mecanismo inédito, possibilitando que outras enzimas presentes no coq uetel enzimático prossigam o trabalho, conver tendo os fragmentos em açúcar
Fábrica de açúcar da Unidade Pereira
Barreto da Usina Adélia foi inaugurada no dia 04 de abril
Com um investimento aproxima do de R$ 200 milhões, a Usina Santa Adélia inaugurou no dia 4 de abr il, a sua fábr ica de açúcar VHP e ar mazém na Unidade Pereira Bar reto
A nova fábr ica entrou em f ase de testes em abr il Em plena operação te rá capacidade para produzir 18 mil sa cas diár ias de açúcar VHP, ou 170 mil toneladas a cada safra
O açúcar VHP é utilizado como base para o açúcar refinado, num in vestimento de R$ 200 milhões
Também foi inaugurado o Centro Administrativo Gino Bellodi O ar mazém de açúcar com capa cidade de estocagem para 110 mil to neladas e g rande g rau de automatiza ção, com operação remota por sala de controle, reduzirá o emprego intensi vo de mão de obra humana
O projeto integ rou os projetos lo gístico e comercial do açúcar exig ido pelo Sistema Coper sucar
As novas constr uções per mitirão que a Usina Santa Adélia passe a pro duzir açúcar na unidade, implantada em 2007 e que, desde então, atuava na produção de etanol e de energ ia
O a ç ú c a r p a s s a r á a re p re s e n t a r
5 0 % n o m i x d e p ro d u t o s , re d u z in d o d e p e n d ê n c i a d o e t a n o l , q u e a t u a l m e n t e, t e m 7 5 % d e p a r t i c i p a ç ã o n a receita da empresa
As inaugurações são um marco significativo na trajetór ia da empresa
A expansão da produção para o açúcar representa um marco estraté g ico para a Usina Santa Adélia, consi derando a crescente demanda pelo produto tanto no mercado inter no quanto exter no Investimento
aprovado em 2023
O Investimento foi aprovado pelo Conselho de Administração da com panhia em 2023 e, desde então, enge nheiros e técnicos da empresa têm trabalhado intensamente para tor nar essa visão uma realidade
“Este projeto é há muito aguardado e está em linha com o que planejamos Hoje realizamos um sonho antigo”, de
clarou Helton Carlos de Oliveira, dire tor industr ial da Usina Santa Adélia
A obra exig iu alinhamento das áreas de saúde, segurança, meio am biente, administração, logística, supr i mento, custos, jurídico e diver sas áreas da engenhar ia
C e rc a d e 3 5 0 p ro f i s s i o n a i s t e r c e i r i z a d o s t r a b
o n
e i ro d e o b r a s , o q u e s i g n i f i c a u m c o n t i n g e n t e s i g n i f i c a t ivo s o b re o p e s s o a l t o t a l d a e m p re s a
A capacidade de moagem da planta de Pereira Bar reto foi ampliada em 3,4 milhões de toneladas já nesta safra e vai exig ir maior disponibilida de de matér ia pr ima
Para isso, a Usina Santa Adélia im plantou o Polo Igaraí na Unidade Pe reira Bar reto, que prevê 4 mil hecta res de cana ir r igada por gotejo, dando
a continuidade ao seu Plano Diretor de Ir r igação, que controla a ofer ta do pr incipal f ator de produção: a dispo nibilidade de água
A adequada ofer ta de água garan te longevidade do canavial, poster gando novos investimentos em reno vação da lavoura, além de maximizar o potencial genético da cana de açúcar
Com investimento inicial de R$ 45 milhões, par te obtido junto à Fi nep – Financiadora de Pesquisa, atual mente um conjunto de f azendas que, somadas perf azem 1 076 hectares já estão em operação
Nesta safra, a unidade vai colher o quar to cor te da cana ir r igada por pi vô, com eficiência no uso d a água e redução de desperdícios, devido a aplicação lenta e direcionada da água, preser vando o solo
O sistema de captação de água e bombeamento é alimentado pela energ ia elétr ica produzida pela própr ia unidade industr ial a par tir da biomas sa da cana de açúcar
Fundada em 1937, a Santa Adélia possui duas usinas localizadas nas ci dades de Jaboticabal e Pereira Bar reto, no Estado de São Paulo
A organização conta com aproxi madamente 3 000 colaboradores É uma das us inas sucroenergéticas que integ ram o Sistema Coper sucar
Produz açúcar, etanol anidro, eta nol hidratado e gera energ ia elétr ica a par tir do bagaço da cana de açúcar, capaz de atender integ ralmente o consumo das unidades
O excedente de ene rg ia elétr ica produzida é expor tado ao Sistema In terligado Nacional
A Tr i n i t o n E n g e n h a r i a I n d u s t r i a l e n t re g o u u m
p ro j e t o p i o n e i ro p a r a a n ova f á b r i c a d e a ç ú c a r d a
U n i d a d e Pe re i r a B a r re t o ( U P B ) , d a U s i n a S a n t a
A d é l i a D e s e nvo l v i d o p a r a a l t a e f i c i ê n c i a e c u s t o
o t i m i z a d o, o e m p re e n d i m e n t o s e d e s t a c a p e l a t e c
n o l og i a e m b a rc a d a , s u s t e n t a b i l i d a d e e p re p a r a ç ã o
p a r a a I n d ú s t r i a 4 0
E f i c i ê n c i a e n e rg é t i c a
e o p e ra ç ã o e s t ra té g i c a
C o m s i s t e m a s d e re c u p e r a ç ã o d e c a l o r, a f á
b r i c a d i m i n u i s i g n i f i c a t iva m e n t e o u s o d e va p o r
e, c o n s e q u e n t e m e n t e, re d u z o c o n s u m o d e c o m
bu s t í ve l n a c a l d e i r a A s o l u ç ã o g a r a n t e m a i o r s u s
t e n t a b i l i d a d e e e s t á a l i n h a d a a u m m e n o r i m p a c
t o a m b i e n t a l
A l é m d i s s o, o f e re c e f l e x i b i l i d a d e o p e r a c i o n a l ,
a u t o m a ç ã o ava n ç a d a e l ayo u t m o d u l a r c a r a c t e
r í s t i c a s q u e g a r a n t e m e x p a n s ã o c o m b a i x o i nve s t i m e n t o e m e n o r d e m a n d a d e m ã o d e o b r a
Te c n o lo g i a a s e r v i ço
d a p ro d u t i v i d a d e
A s o l u ç ã o i n c l u i m o n i t o r a m e n t o o n l i n e e m
3 D, p e r m i t i n d o a c o m p a n h a m e n t o e m t e m p o re a l e integ ração de processos O modelo dig ital foi es
s e n c i a l p a r a o t i m i z a r a i m p l a n t a ç ã o, u n i n d o i n o va ç ã o e s u s t e n t a b i l i d a d e e m u m p ro j e t o q u e s e r ve c o m o re f e r ê n c i a p a r a o s e t o r s u c ro e n e r g é t i c o
“A g randiosidade do projeto da nova fábr ic a de
a ç ú c a r é u m m a rc o s i g n i f i c a t ivo n ã o a p
E m n o t a té c n i c a , a O L A D E d e s t a c a co m o o s
b i o co m b u s t í ve i s d e b a i xo c a r b o n o co n t r i b u e m p a ra a t ra n s i ç ã o e n e rg é t i c a d a A m é r i c a L a t i n a e n o C a r i b e
Em sua Nota Técnica intitulada "Uma introdu ção ao setor de biocombustíveis na Amér ica Latina e no Car ibe", a Organização Latino Amer icana de Energ ia (OLADE) apresenta uma análise detalhada do papel estratég ico que os biocombustíveis de bai xo carbono desempenham na descarbonização do transpor te e sua contr ibuição para a transição ener gética da reg ião
Em um contexto em que a urgência climática exige soluções sustentáveis, os biocombustíveis sur gem como u ma alter nativa viável par a reduzir as emissões de gases de efeito estuf a (GEE), pr incipal mente em setores d e difícil eletr ificação, como transpor te pesado, aviação e transpor te marítimo
Segundo o relatór io, em 2023, a Amér ica Latina e o Car ibe contr ibuíram com 27% da produção global de biocombustíveis líquidos, com o Brasil consolidando sua posição como pr inc ipal player,
contr ibuindo com 93% da produção reg ional
Essa liderança se deve a uma combinação de van tagens competitivas, como disponibilidade de recur sos naturais, robusta capacidade ag roindustr ial e his tór ico consolidado na produção sustentável de bio etanol e biodiesel
A impor tância desses combustíveis na reg ião se reflete em seu crescimento sustentado na última dé cada: entre 2013 e 2023, a produção de biodiesel cresceu 163%, enquanto a produção de bioetanol aumentou 36%
Biocombustíveis avançados, como o Combustí vel de Aviação Sustentável (SAF) e o Óleo Vegetal Hidrotratado (HVO), representam alter nativas de al to potencial para redução de emissões na aviação e no transpor te marítimo, setores onde a transição para tecnolog ias livres de carbono enfrenta bar reiras tec
nológ icas e econômicas.
lhorar a infraestr utura logística e for talecer os sis temas de rastreabilidade em toda a cadeia produti va para garantir a sustentabilidade do setor e atin g ir a neutr alidade de carbono até 2050 Isso impli c a
de biocombustíveis líquidos, atin g indo 172 990 mil metros cúbicos
Nesse contexto, a OLADE reafir ma seu co m p ro m i s s o c o m o d e s e nvo l v i m e n t o d e e s t r a t é g i a s integ rais que f acilitem a descarbonização do trans por te na Amér ica Latina e no Car ibe, contr ibuin do para as metas climáticas globais e for talecendo a segurança energética da reg ião A consolidação do s
limpa e resiliente
Quem é a Orgaanizaação Lattino Amer icana Olade e É um organismo público intergover namental de cooperação, coordenação e ser viços de assessor ia técnica Foi cr iado em 2 de novembro de 1973, por meio da assinatura da Convenção de Lima, ratifica da por 27 países da Amér ica Latina e do Car ibe
Seu objetivo fundamental é promover a integ ra ção, conser vação, uso racional, comercialização e proteção dos recur sos energéticos da reg ião
Produtora de etanol a par tir da cana de açúcar, a us ina Fátima do Sul Ag ro energética deu início na produção de açúcar VHP, tipo produ zido para expor tação
Com investimentos que somam R$ 130 milhões na área industr ial e ar mazém, a usina já fez o seu pr imei ro embarque de cerca de 7 mil tone ladas para Suíça e deve produzir cerca de 160 mil toneladas na safra 2025/2026, relata, em nota, a Associa ção dos Produtores de Bioenerg ia do Mato Grosso do Sul (BioSul)
Para marcar o início dessa nova f ase da usina, o empresár io e propr ie tár io Daniel Gadotti recebeu o gover nador de Mato Grosso do Sul, Eduar do Riedel, acompanhado pela Minis tra de Planejamento e Orçamento, Si mone Tebet, e a Senadora Soraya Thronicke
O presidente da Biosul, Amaur y Pekelman, par ticipou da recepção Na ocasião, o gover nador inaugu rou o acesso de pavimentação asfálti ca até a usina, que beneficia a logísti
ca e escoamento da produção
Em operação desde 2011, a usina está instalada no município de Fátima do Sul, a 350 quilômetros da Capital Com uma área de 28 500 hectares de cana no município e reg ião, a em presa processou cerca de 2 milhões de toneladas da matér ia pr ima no últi mo ciclo
Evento reuniu empresários, lideranças e especialistas em Recife para debater desafios e soluções para a região
A moder nização do setor bioener gético do Nordeste foi o foco do Cong resso UAPNE25 – Usinas de Alta Perfor mance Nordeste, realizado nos dias 26 e 27 de março, em Recife (PE) O evento reuniu empresár ios, produtores e especialistas para discutir temas estratég icos, como mecanização, avanços na ir r igação, marcos regula tór ios, inovação tecnológ ica e dig ita lização de processos
Ao longo de dois dias de debates intensos, cerca de 14 painéis aborda ram desde questões institucionais e estr uturais até responsabilidade so cioeconômica, contando com a par ticipação de g randes nomes do setor Para Renato Cunha, Presidente Executivo da NovaBio e do Sindaçú car – PE, “ o setor está evoluindo com novas regulamentações, biocombustí veis e expansão do etanol No UAP NE25, debatemos como o Nordeste pode crescer com sustentabilidade e inovação”, disse
“A mecanização e a tecnolog ia são fundamentais para garantir a longevi dade do setor O UAPNE nos per mi tiu discutir caminhos estratég icos pa ra um futuro mais competitivo,” afir mou Alexandre Araújo de Morais An drade Lima, presidente da Associação dos For necedores de Cana de Per
nambuco (AFCP) e da COAF
Edmundo Coelho Barbosa, Presi dente do SINDALCOOL PB, enf a tizou o papel estratég ico do eve nto para o planejamento da reg ião
“O Cong resso UAPNE25 é es sencial para quem toma decisões so bre o futuro do setor nos próximos 5, 10 ou 20 anos A adoção de tecnolo g ia de ponta, a dig italização dos pro cessos e o monitoramento das etapas produtivas são temas centrais do evento, com impactos diretos na pro dutividade e competitividade do se tor”, afir mou
O diretor do Gr upo Japungu, Jo sé Bolivar Melo Neto, destacou a im por tância da organização para superar os desafios “A troca de conhecimen to e a união do setor são fundamen tais para se preparar para os desafios que teremos com a chegada do etanol de milho na reg ião em volumes bem maiores do que já existem e todos os outros desafios do setor aqui no Nor deste Eventos como este são essenciais
para for talecer o mercado e garantir um futuro mais competitivo e inova dor”, disse Bolivar
No pr imeiro dia, os debates foram voltados para inovação na gestão de pessoas, inteligência dig ital, tr ibutação e novas opor tunidades no setor, in cluindo biometano, SAF (Sustainable Aviation Fuel), e metanol e hidrogê nio verde O evento também destacou a impor tância da par ticipação femini na no setor bioenergético
Já no segundo dia, as atenções se voltaram para inovações tecnológ icas essenciais à operação das usinas, com temas como gestão de ativos, manu tenção industr ial e otimização da co geração de energ ia Além disso, foram debatidos tópicos como ir r igação, lo gística e excelência ag roindustr ial, re forçando a busca por eficiência e sus tentabilidade no setor
O cong resso evidenciou o com promisso do setor bioenergético com a inovação e a competitividade, pro movendo a integ ração dos diversos elos da cadeia produtiva e impulsionando soluções que for talecem o crescimen to sustentável e a inserção do Nordes te na transição energética global
Os par ticipantes destacaram o evento como um espaço estratég ico para a for mação de parcer ias, amplia ção do conhecimento técnico e for ta lecimento do mercado reg ional Para Josias Messias, CEO da ProCana Bra sil – organizadora do cong resso, a ado ção de novas tecnolog ias é essencial para aumentar a eficiência operacional, otimizar processos e reduzir custos
“Foram apresentados temas que desafiam paradigmas e exigem uma nova percepção do setor Esse foi o pr incipal diferencial, considerando que as usinas do Nordeste estão passando por um momento de transição e pre cisam evoluir em todos os aspectos: estratég ia, gestão e, pr incipalmente, operação Ag radecemos a Deus e aos amigos pela opor tunidade de ter mos cr iado este palco”, afir mou
Segundo Josias, a energ ia, o enga jamento e a troca de exper iências fi zeram deste encontro um verdadeiro marco Ele antecipou que as próximas edições do UAPNE trarão novas te máticas, sempre com o objetivo de valor izar e impulsionar o s etor bio energético do Nordeste
“Que venha a próxima edição! Nos vemos em breve para ma is um capítulo de excelência, conteúdo e inovação no setor”, finalizou
Nos dias 26 e 27 de março, Recife, PE, foi pal co do Cong resso UAPNE Usinas de Alta Perfor mance Nordeste – um evento que reuniu g randes líderes e especialistas do setor bioenergético
Durante dois dias de extensa prog ramação, o UAPNE25 transfor mou desafios em opor tunidades e inovação
Ao longo dos dois dias, o Cong resso UAPNE25 proporcionou 20 horas de conteúdo, distr ibuídas em 14 painéis dinâmicos
Em cada sessão, 47 palestrantes de renome dis cutiram temas que vão desde a eficiência ag rícola e industr ial até gestão de pessoas, competitividade, gestão tr ibutár ia e sustentabilidade Cada painel foi uma opor tunidade para explorar soluções inovado ras e compar tilhar exper iências que ajudam a supe rar os desafios do setor bioenergético
Transfor mando Desafios em Inovação
O Cong resso UAPNE25 destacou a impor tân cia de transfor mar os desafios do setor bioenergéti co em inovação As discussões abordaram, de for ma profunda, como a tecnolog ia pode impulsionar a eficiência e a competitividade, elevando o patamar das usinas de alta perfor mance em toda a reg ião Nordeste
As sessões deixaram claro que o investimento em conhecimento e parcer ias estratég icas é fundamen tal para o crescimento sustentável do setor
O sucesso do UAPNE25 também foi marcado
p e l o a p o i o d o s p a t ro c i n a d o re s : S PA A , A l p i n a
Or ion, Dr ul, Veolia, ProoJet Ag ro, Fer mentec, Er f l ow, A F C P, P r ó U s i n a s , A x i a g ro, Te b e, B. U. C H I , parceiros estratég icos que viabilizaram a realização d o e n c o n t ro A l é m d a s p a l e s t r a s , o s p a r t i c i p a n t e s
aproveitaram as infinitas possibilidades de networ king, promovendo conexões que prometem for ta l e c e r a c a d e i a p ro d u t iva e f o m e n t a r p a rc e r i a s d e longo prazo
Com debates que inspiraram novas ideias e pro moveram uma ampla troca de exper iências, o UAP NE25 se consolidou como um marco no calendá r io bioenergético O evento, realizado em Recife, demonstrou que o futuro da produção de energ ia no Nordeste é promissor e que a inovação é o caminho para superar os desafios e conquistar novas opor tu nidades de mercado
Este Cong resso não apenas trouxe à tona os de safios do setor, mas também evidenciou o potencial de transfor mação por meio da tecnolog ia, parcer ias estratég icas e um ambiente propício para o networ king O UAPNE25 deixou sua marca como um evento imperdível, que inspirará a nova geração de líderes e profissionais do setor bioenergético
Henrique Lins, Usina União; Guilherme Cordeiro, Usina Monte Alegre e Kleber Albuquerque, São José Agroindustrial
Networking - durante os intervalos das apresentações
R$ 3,84 a cada
Retorno financeiro leva em conta os custos da cana-de-açúcar, segundo o CEO da Proojet Agro Conultoria
A insatisf ação e a inquietude dos pensadores são dois dos f atores que trouxeram a hu manidade ao padrão tecnológ ico de hoje
Foram esses dois f atores que leva ram o Dr Carlos Henr ique, CEO da Proojet Ag ro Consultor ia, a pensar diferente ao cr iar um método para cana de três díg itos
Segundo Dr Carlos, os resultados pífios da ir r igação via Pivô Central, em Tabuleiros Costeiro nordestinos, foram, em 2008, a sua inspiração
Na sua visão, o produtor de Ca na de açúcar, ir r igada via Pivô Central, sofr ia com a baixa produtivi dade das áreas sob este sistema de ir r igação
Outra inquietude do Pesquisador era a baixa eficiência e eficácia do
modelo de adubação mecanizada
Para ele, esse modelo não ofer ta uma resposta se gura em ter mos de produtividade
Diante dos desafios de implemen tar tecnolog ia no campo e levar o produtor ao pódio dos três díg itos, Dr Carlos desenvolveu uma fer ramenta que conseguiu unificar alguns dos pi lares da sustentabilidade em sua am plitude maior e ao conseguir unir um prog rama adequado de nutr ição para Cana de açúcar
C o m u m a a u d a c i o s a f e r r a m e n t a de aplicação do “ble nd” nutr itivo via
r a t a d a s o m e n t e c o m á g u a d e i r r i g a ç ã o ( 3 3 0 4 5 0 m m / a n o ) e a d u b a ç ã o convencional
No Cong resso UAPNE 2025, o CEO da Proojet Ag ro Consultor ia apresentou o case de uma das unida des moageiras daquela reg ião em um
recente trabalho desenvolvido.
Os números são realmente dife renciados e mostram uma relação
Custo:Benefício de 1:4,84
Ou seja, a cada um real investido o produtor colhe R$ 3,84 líquidos (con siderando apenas os custos da cana)
Em sua palestra, o consultor de monstrou, como o produtor pode se tor nar mais sustentável aumentando a Eficiência no Uso da Água e de Nu tr ientes com este modelo de produção
Segundo ele, é possível sim, pro duzir cana de três díg itos com lâmina de 330 a 450 mm de água de ir r iga ção anual
Devemos considerar que os Tabu leiros costeiros do Nordeste são pou co fér teis E que, também, a baixa dis ponibilidade de água para ir r igação, naquela reg ião, é uma realidade
Dr Carlos atr ibui o sucesso de seu método a três f atores: ao sistema de injeção, à melhor ia substancial do sis tema radicular, e à absorção do nu tr iente via foliar, já que o sistema de aplicação promove a absorção do nu tr iente por estas duas rotas conectadas uma à outra