JornalCana 357 (Junho/Julho 2025)

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Como a Usina São Domingos trabalha para gerar resultados agrícolas de excelência na safra 2025/26

Inteligência e ferramentas digitais otimizam as operações no campo da Usina, que também enfrentou estiagem e queimadas em 2024

MERCADO

Fenasucro & Agrocana chega à 31ª edição e prevê superar R$ 10,7 bilhões em negócios 6 Etanol e açúcar superam carnes e sucos no ranking de exportações do agro paulista 8 Com a geração de mais de 28 milhões de empregos, o agro responde por 26,02% de todas as ocupações do Brasil 9

ANÁLISE

Gustavo Doubek, professor da Unicamp, detalha porque o Brasil tem escala de atuação quando se trata de biocombustíveis 10 Paola Campiello, presidente da Associação ConectarAGRO explica como a inclusão digital no campo é prioridade para o futuro do agro 11 Juliano Braga, superintendente de Suprimentos do Grupo Farias, analisa por que o agro precisa de um Procurement forte 12 Marcos Chagas, engenheiro químico na Usina São José do Pinheiro detalha sobre as perdas indeterminadas nas usinas 13 Jorge Petribu, presidente do Conselho da Usina Petribu, avalia como deve ser a preservação de florestas em todo o mundo 14

USINAS

Unidades da Cargill Agrícola e da Adecoagro estão devidamente ertificadas para produção de SAF 16

REPORTAGEM DE CAPA

Usina São Domingos se prepara para gerar resultados de excelência na safra 2025/26 20 a 23

AGRÍCOLA

Safra 2025/26 no Centro-Sul: mais renovação de área e menos chuvas 28 CANABIO25 reunirá em setembro em Ribeirão Preto (SP), especialistas e produtores focados em práticas sustentáveis para melhorar o solo e manter o desempenho no campo 30

TECNOLOGIA

Palha de milho é aproveitada para gerar bioderivados 32

SINATUB 25

Cobertura especial do Congresso Internacional promovido pela ProCana em Ribeirão Preto (SP) 34 a 42

“Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” João 16:33

car ta ao leitor

Delcy Mac Cruz - redacao@procana com br

Safra com menos cana e mais tecnologia

õ e s

t o n e l a d a s

o n e l a d a s d e c a n a a m e n o s q u e a 2 4 / 2 5 , q u e f o i d e 6 1 0 m i l h õ e s d e

E s s a re d u ç ã o é e x p l i c a d a , t a m b é m , p e l a s f a l h a s d e á re a s c a n av i e i r a s e m f u n ç ã o d a e s t i a g e m e d a s q u e i m a d a s d o s e g u n d o s e m e s t re d o a n o p a s s a d o

Po r f a l a r e m q u e i m a d a , u s i n a s e i n s t i t u i ç õ e s t ê m p ro m ov i d o c a m p a n h a s d e p reve n ç ã o p a r a n ovo s d e s s e s eve n t o s c l i m á t i c o s E m s a f r a c u j a p rev i s ã o d e o f e r t a d e

c a n a j á é m e n o r q u e a 2 4 / 2 5 , t o d a a t i t u d e p reve n t iva d eve e s t a r n o r a d a r

N e m t u d o, p o r é m , é p e s s i m i s m o

O s e t o r t e m i nve s t i d o e m c u l t ivo s d e va r i e d a d e s m a i s p ro d u t iva s , c o m o a s s i n a l a d o

n a 1 ª R e u n i ã o d a c o n s u l t o r i a C a n a p l a n , e m a b r i l ú l t i m o e m R i b e i r ã o P re t o, e e s s e

i nve s t i m e n t o s e r á reve r t i d o e m g a n h o s p ro d u t ivo s a p a r t i r d e 2 0 2 7

O u t r a b o a n ova d e s s a s va r i e d a d e s m a i s p ro d u t iva s é d e q u e e l a s p ro m ove r ã o m a i o r o f e r t a d e c a n a s e m a m p l i a r a á re a c a n av i e i r a d o Pa í s o u p o d e a t é re d u z i l a

E s s a e d i ç ã o 3 5 7 d a rev i s t a d o Jo r n a l C a n a t r a z b o a s n ova s c o m o a d e u n i d a d e s p ro d u t o r a s q u e c o n s e g u i r a m c e r t i f i c a ç õ e s e j á p o d e m e x p o r t a r s e u e t a n o l p a r a p ro d u ç ã o d e c o m bu s t í ve l s u s t e n t á ve l d e av i a ç ã o, o S A F

O S A F, a l i á s , f o i t e m a d e u m d o s 5 0 p a l e s t r a n t e s e p a i n e l i s t a s d o C o n g re s s o

I n t e r n a c i o n a l S I N AT U B, p ro m ov i d o p e l a P ro C a n a e m m a i o e m R i b e i r ã o P re t o ( S P )

E s p e c i a l i s t a n o t e m a , a p ro f e s s o r d a U n ive r s i d a d e Fe d e r a l d o R i o G r a n d e d o

N o r t e, A m a n d a G o n d i n , d e s t a c a q u e o S A F a b re s ó l i d a s o p o r t u n i d a d e s p a r a o s e t o r d e

b i o e n e r g i a

O S I N AT U B 2 5 d e s f i l o u u m a s é r i e d e s o l u ç õ e s t e c n o l ó g i c a s e m f avo r d o s e t o r d e

b i o e n e r g i a

E a t e c n o l og i a é u m a d a s e s t r a t é g i a s d a U s i n a S ã o D o m i n g o s , d e C a t a n d u va ( S P ) ,

p a r a o b t e r re s u l t a d o s d e e x c e l ê n c i a n a a t u a l s a f r a

A S ã o D o m i n g o s , u s i n a i n d e p e n d e n t e c o m c o n t ro l e f a m i l i a r, é c a p a d e s s a rev i s t a

E m t r ê s p á g i n a s , p ro f i s s i o n a i s e e xe c u t ivo s d a c o m p a n h i a d e s t a c a m a s e s t r a t é g i a s p a r a

c u m p r i r a m e t a d e c h e g a r a ó t i m o s re s u l t a d o s

E n t re a s e s t r a t é g i a s e s t ã o g e s t ã o e f i c a z d o s c a n av i a i s e e l a é b a s e a d a , e m mu i

ISSN1807-0264

Ribeirão Preto | SP | Brasil atendimento@procana.com.br

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“ Desenvolver o agronegócio bioenergético, disseminando conhecimentos, estreitando relacionamentos e gerando negócios sustentáveis"

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Fenasucro & Agrocana pretende

superar R$ 10,7 bilhões em negócios

Feira chega à 31ª edição com destaque para a Fenabio, novo espaço de conferência e exposição

Reconhecida como platafor ma estratég ica para negócios, conheci mento técnico e inovações no setor de bioenerg ia, a 31ª edição da Fenasucro & Ag rocana tem por meta ultrapassar os R$ 10,7 bilhões em negócios ge rados na edição anter ior

Com novos for matos de conteú do, expansão de mercados e foco na consolidação do Brasil como referên cia na transição energética global e nas tecnolog ias de baixo carbono, a feira será realizada entre os dias 12 e 15 de agosto, no Centro de Eventos Zanini, em Ser tãozinho/SP, com apoio oficial do CEISE Br e organização e promo ção da RX

Em 2025, a Fenasucro & Ag roca na receberá visitantes qualificados, com a par ticipação de compradores de pelo menos 60 países, entre eles re presentantes dos setores de bioenerg ia, etanol de milho, açúcar, alimentos e bebidas, papel e celulose, biodiesel e logística

O evento contará com mais de 600 marcas expositoras, mais de 3 mil produtos nacionais e inter nacionais em exibição e uma prog ramação com mais de 100 horas de conteúdo

“A 31ª Fenasucro & Ag rocana se rá o ponto de virada para os próximos dez anos do nosso setor A feira passa a se posicionar como um polo de gera ção de negócios para novas frentes da bioenerg ia, com foco em inovação e ampliação das opor tunidades comer ciais”, diz o diretor Paulo Montabone

Foco em conteúdo qualificado

A g rande novidade da feira em 2025 é o lançamento da FenaBio, no vo espaço de conferências e exposição do setor de bioenerg ia, que contará com quatro dias de exposição de mar cas focadas em alter nativas energéticas renováveis e dois de conteúdos com palestrantes renomados com foco nas pr incipais tendências da bioenerg ia e transição energética A iniciativa tem curador ia de Adhemar Altier i, da Me dia Link Brasil

D e a c o rd o c o m o g e re n t e d e

c o p o d a f

i r a a o i n c l u i r o s s u b p ro

d u t o s p rove n i e n t e s d o m i l h o e d a

c a n a d e a ç ú c a r, c o m o b i og á s , h i drogênio verde, combustível de avia

ç ã o, e f i c i ê n c i a e n e r g é t i c a , a l é m d e

c a p t u r a d e c a r b o n o

“A FenaBio nasce integ rada à Fe nasucro & Ag rocana, com conteúdo relevante, exposições e conexões fo cados em bioeconomia e no cresci mento da demanda energética, tecno log ia, moder nização do setor e ascen são das energ ias renováveis”, explica

Diretora de Por tfólio RX, Mayra Nardy, destaca a expectativa em tor no da feira deste ano e reforça o compro misso da organizadora com o setor

“Como RX, temos o compro misso de cr iar eventos que geram im pacto real nos setores e nos represen tantes E esta edição da Fenasucro &

Ag rocana será marcada pela expansão, pela convergência de temas estratég i cos e pelo for talecimento de parcer ias que constroem o futuro da energ ia renovável no Brasil”, afir ma

Canaoeste Green

Outro destaque da Fenasucro & Ag rocana 2025 é a parcer ia com a Canaoeste Green, Prog rama Voluntá r io de Gases de Efeito Estuf a, que vi sa a aplicação de soluções sustentáveis no setor

A iniciativa da Canaoeste busca valor izar os produtores r urais de ca na de açúcar por meio do sequestro de gases de efeito estuf a e preser vação da vegetação existente em suas pro pr iedades r urais, com foco na adoção de práticas ag rícolas com menor im pacto ambiental e uso eficiente de re cur sos naturais, conectando produção ag rícola e bioenerg ia

Com a parcer ia, o prog rama irá estimar o lançamento de gases de efeito estuf a dos estandes e áreas co muns da Fenasucro & Ag rocana e rea lizar a compensação em área de vege tação nativa (sumidouros) localizada nas áreas dos produtores r urais asso ciados

Lançamento oficial

A 31ª edição da Fenasucro & Ag rocana foi lançada em 15 de maio durante o Seminár io da Indústr ia 2025, no Auditór io Sicoob Cocred em Ser tãozinho/SP

R e a l i z a d o p e l o C E I S E B r, o eve n t o c o n t o u c o m d o i s p a i n é i s d e d e b a t e s

O pr imeiro, abordou as “Novas Rotas de Bioenerg ias” e teve a par ti cipação de Talyta Viana (coordenado ra Regulatór ia da Abiogás), Leonardo Nakamura (engenheiro de Energ ia da COGEN), Br uno Alves (diretor de Relações Gover namentais e Susten tabilidade da UNEM) e Luciano Ro dr igues (diretor de Inteligência Seto r ial da ÚNICA)

E m s e g u i d a , f o i re a l i z a d o o p a i n e l “ C P L B i o e n e r g i a C E I S E B r ” , com Antonio Eduardo Tonielo Filho ( v i c e p re s i d e n t e d o C E I S E B r e d o CIESP Ser tãozinho) e Júlia da Mot ta (subsecretár ia de Competitividade e D e s e nvo l v i m e n t o E c o n ô m i c o e

R e g i o n a l d o G ove r n o d o E s t a d o d e São Paulo)

Bioenergia supera carnes e sucos no ranking de exportações do agro paulista

Bioenergia responde por 24,6% das expor tações do agronegócio do estado de São Paulo no primeiro quadrimestre de 2025

O setor de bioenerg ia supera os setores de car nes e de sucos no ran king de expor tações do ag ronegócio paulista.

Nos pr imeiros quatro meses do ano, o setor de bioenerg ia foi respon sável pelas expor tações paulistas de US$ 2,126 bilhões, ou seja, 24,6% do total expor tado no período pelo ag ro do estado de São Paulo

Por sua vez, o setor de car nes to talizou US$ 1,213 bilhão em vendas exter nas no pr imeiro quadr imestre, ou 14% do total expor tado pelo ag ro paulista

E o g r upo de sucos somou US$ 1,054 bilhão, ou 12,1% de par ticipa ção nas expor tações do ag ro paulista entre janeiro e abr il

As infor mações que destacam o setor de bioenerg ia constam na análise conduzida por Carlos Nabil Ghobr il, coordenador da Agência Paulista de Tecnolog ia dos Ag ronegócios (Apta) Trabalham com ele o pesquisador José Alber to Ângelo e a pesquisadora colaboradora Marli Dias Mascarenhas Oliveira, do Instituto de Economia

Ag rícola (IEA APTA), órgão vincu lado à Secretar ia de Ag r icultura e Abastecimento do Estado

Coonnfirra o desempenho do ranking do a ag ro p paaulista

■ Os cinco pr incipais g r upos de produtos expor tados foram:

■ Complexo de bioenerg ia (su croalcooleiro): responsável por 24,6% do total expor tado pelo ag ro paulista, US$ 2,136 bilhões, sendo que o açúcar rep resentou 88,7% e o etanol, 11,3%

■ Setor de car nes: equivalente a 14% das vendas exter nas do setor, tota lizando US$1,213 bilhão, com a car ne bovina respondendo por 82,5%

■ Gr upo de sucos: responde por 12,1% de par ticipação, somando US$ 1,054 bilhão, dos quais 98,2% cor respondem ao suco de laranja

■ Produtos florestais: representam 11,1% do volume expor tado, com US$ 962,48 milhões, com celulo se representando 52,3% e papel 37,9%

■ Complexo soja: par ticipa com 10,9% do total expor tado, reg is trando US$ 947,36 milhões, sen do 83,7% soja em g rãos

Esses cinco g r upos representaram, em conjunto, 72,7% das expor tações do ag ronegócio paulista

O café aparece na sexta posição, com 7,5% de par ticipação na pauta de expor tações, com US$ 653,58 mi

lhões, sendo 73,8% café verde e 22,9% de café solúvel

Agro registrou retração de expor tações

Segundo o levantamento, no acu mulado de janeiro a abr il de 2025, o ag ronegócio paulista apresentou re tração nas expor tações e elevação nas impor tações em comparação com o mesmo período de 2024

As expor tações totalizaram US$ 8,70 bilhões, representando uma que da de 11,6%, enquanto as impor tações cresceram 6,5%, somando US$ 1,98 bilhão

Como consequência, o saldo da balança comercial do setor foi de US$ 6,72 bilhões, valor 15,3% infer ior ao reg istrado nos quatro pr imeiros meses do ano anter ior

As vendas exter nas do ag ronegó cio paulista representaram 40,7% do total expor tado pelo Estado de São Paulo no período analisado, enquanto as impor tações do setor cor responde ram a 6,9% do total estadual

Em comparação com o mesmo período de 2024, obser vou se uma retração de 3,4 pontos percentuais na par ticipação das expor tações e de 0,9 ponto percentual nas impor tações

Variações de valores

Va l e d e s t a c a r q u e n o p e r í o d o o b s e r va d o a s va r i a ç õ e s d e va l o re s a p o n t a r a m a u m e n t o s d a s ve n d a s p a r a o

e c

s ( + 3 5 , 0 % ) e c a r n e s ( + 2 3 , 1 % ) , e q u e da acentuada nos g r upos de comple x o s u c ro a l c o o l e i ro ( 4 6 , 2 % ) , c o m p l e x o s o j a ( 4 , 5 % ) e p ro d u t o s f l o re s t a i s ( 3 , 6 % )

(

6 3 , 7 % ) ,

Par ticipação do agro paulista no cenário nacional

No cenár io nacional, as expor ta ções do ag ronegócio paulista lidera ram o ranking entre os estados, cor respondendo a 16,5% do total expor tado pelo setor no Brasil no pr imeiro quadr imestre de 2025, seguidas por Mato Grosso (16,3%) e Minas Gerais (12,2%), este último o maior expor tador de café do país

Desempenho do agro brasileiro

O ag ronegócio brasileiro obteve expor tações de US$ 52,74 bilhões, o que representa um crescimento de 1,4% em relação ao ano anter ior

As impor tações totalizaram US$ 6,87 bilhões, com aumento de 8,0% O saldo da balança comercial do setor fechou em superávit de US$ 45,87 bilhões, var iação positiva de 0,5%

Com esses resultados, o saldo da balança comercial do setor alcançou superávit de US$45,87 bilhões, em relação ao pr imeiro quadr imestre de 2024

O desempenho do ag ronegócio segue sendo fundamental para conter o déficit comercial gerado pelos de mais setores da economia brasileira

AGRO CONCENTRA 26,02% DO

TOTAL DE OCUPAÇÕES DO BRASIL

O agronegócio registrou mais de 28 milhões de empregos no País durante 2024

O número de pessoas empregadas pelo ag ro brasileiro ultra passou 28 milhões em 2024, repre sentando 26,02% do total de ocupações do Brasil

Ante 2023, houve aumento de 1%, o que repre senta aproximadamente 278 mil pessoas

Os dados são do Boletim Mercado de Trabalho do Ag ronegócio Brasileiro do Cepea (Centro de Es tudos Avançados em Economia Aplicada), em par cer ia com a CNA (Confederação da Ag r icultura e Pecuár ia do Brasil)

Esse é o maior número da sér ie histór ica, inicia da em 2012

Rannkkiing dos em preggos no ag ro

■ os ag rosser viços lideraram o maior aumento de emprego de pessoas, com a ocupação de 337 mil pessoas a mais do que em 2023, um aumento de 3,4%,

■ seguido pelas ag roindústr ias (5,2% de aumento, ou 231,76 mil pessoas) e por insumos, que cres ceu 3,6%, representando mais de 10 mil novos empregos

O crescimento foi impulsionado pelo aumento no número de empregados com e sem car teira assi

nada, com destaque para o crescimento da par tici pação de trabalhadores com maior for mação educa cional, seguindo uma tendência histór ica do setor

A presença feminina também aparece em ex pansão, seguindo levantamentos anter iores

A expansão da ag roindústr ia aqueceu a deman da por ser viços, gerando o crescimento no mercado de trabalho em uma red e complexa de ativid ades industr iais

Os de st a que s da ger a çã o d e e m pre e gos n na s ag roindústr ia s f oram :

■ o abate de animais (7,2% ou 43 760 pessoas), ■ massas e outros alimentos (10,4% ou 40 617 pessoas),

■ móveis de madeira (6,6% ou 32 167 pessoas) e

■ moagem e produtos amiláceos (14,6% ou 22 588 pessoas)

A pesquisa utiliza como pr incipal fonte de in for mações os microdados tr imestrais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua ver são tr imestral (PNAD C), do Instituto Brasileiro de Geog rafia e Estatística (IBGE) Nesses dados, o Ce pea aplica metodolog ias própr ias de identificação de atividades relacionadas ao ag ronegócio É impor tan te mencionar que, após mudanças metodológ icas implementadas em 2023 e aplicadas à sér ie histór i ca como um todo, as análises de população ocupa da (PO) passaram a contemplar indivíduos que atuam produzindo somente (ou exclusivamente) pa ra o própr io consumo; essa definição de PO difere da adotada pela PNAD C em suas divulgações tr i mestrais – para infor mações sobre essa e outras mu danças metodológ icas, ver Cepea (2023)

Brasil tem escala de atuação quando se fala em produção de biocombustíveis

Essa solução gera renda real e tem chance de redução das emissões de gases do efeito estufa

O Brasil possui vocação em bio combustíveis Seja por meio do Etanol ou do Biometano, temos combustíveis com baixa pegada total de CO2 que já são soluções de prateleira capazes de atender diversas restr ições inter nacio nais para a transição energética

São, assim, uma g rande r iqueza e um diferencial inter nacional que cada vez mais ganha destaque como soluções verdes e escalonáveis

Essa última palavra precisa ser des tacada e sua profundidade merece uma pequena reflexão

Somos bombardeados dia a noite por inúmeras revoluções tecnológ icas que prometem grandes feitos, mas a di ferença fundamental entre promessa e realidade é a escala de atuação! Ter es cala é ter viabilidade em sua produção é ser capaz de apresentar uma solução que pode ser compar tilhada com milha res/milhões de pessoas e assim transfor mar a realidade de fato, gerar renda real e, sim, ter uma chance na redução dos gases do efeito estufa

Algo fora disso é discur so, palavras ao vento.

A transição energética é um dos maiores desafios econômicos e sociais que já enfrentamos

Pela pr imeira vez temos uma pro funda transfor mação em nossa matr iz energética que não ocor re por razões econômicas Grandes mudanças ante r iores, como uso do carvão ou do pe tróleo, ocor reram por serem combus tíveis cujo processo global rendia mais do que o modelo anter ior Porém ago ra o jogo é diferente

Somente custo em uma economia linear não faz a conta fechar e por isso mesmo novos modelos econômicos também estão sendo desenhados Daí a necessidade da economia circular

Nosso papel na Univer sidade é buscar viabilizar o maior número de rotas tecnológ icas para gerar opções e soluções ao mercado frente a todos es ses desafios

Reduzir a nossa pegada de CO2 e os impactos ambientais é um exercício

sim tecnológ ico, mas ele precisa ser fei to de mãos dados com o setor produ tivo, se não é apenas discurso vazio Es se papel precisa ser feito também em múltiplas escalas Temos as descober tas, a investigação fundamental de como a natureza funciona, o apr imoramento do método, a cr iação de protótipos e após o início do processo de escalonamento da tecnolog ia

Cada etapa com seus desafios No Brasil, por muito tempo, infelizmente, tivemos uma hipertrofia acadêmica nas pr imeiras etapas, dando uma visão er rônea de que a univer sidade vive uma realidade desconexa do resto do mun do mortal

Mas temos vivido no Brasil, espe cialmente nos últimos 15 a 10 anos, uma reversão Nunca houve tantos re cur sos disponíveis para aqueles que querem pegar nessa ponta final

Sem dúvida as rotas tecnológ icas e soluções do Brasil irão passar pela Bio

massa Nesse contexto nos parece que a melhor estratég ia seja em cr iar soluções drop in que possam ser usadas com a atual cadeia já estabelecida para o Eta nol e que possam amplificar o alcance do Biometano

Dificilmente conseguiremos tração se precisar mos cr iar uma cadeia de su pr imento para um novo biocombustí vel Dessa for ma precisamos analisar for talezas e fraquezas do que hoje te mos em escala e em um CAPEX já parcialmente pago

O Biometano tem a promessa de transfor mar resíduo em produto, des pesa em lucro dentro da economia cir cular Porém a escala aqui é o catch

Produções pulver izadas são difíceis de serem utilizadas pois transportar gás é caro Podemos gerar muita energ ia pelo potencial nacional em biometano, mas essa geração tradicionalmente ne cessita de g randes volumes concentra dos Uma tecnologia que apresenta uma

solução a isso é o uso de células a com bustível de óxido sólido (SOFC) Sua constr ução é fundamental mente baseada no empilhamento de diver sas células e todas com a mesma eficiência de conversão Assim, a escala deixa de ser um fator deter minante co mo no caso de turbinas a gás Estas cé lulas conver tem, em cada célula, o combustível diretamente em energ ia elétr ica sem as limitações ter modinâ micas dos ciclos tér micos (Car not, Rankine etc)

Essa conversão pode ser feita dire tamente alimentando a célula com o Biometano ou integ rando sua operação com um reator de refor ma A refor ma do biometano (ou metano) é um pro cesso industr ial consolidado, e a siner g ia com as SOFCs aqui é que ambos os processos ocor rem em temperaturas próximas ~800ºC e o calor gerado na SOFC pode ser usado pelo refor mador para manter a carga tér mica da reação Além disso o gás refor mado pode ser usado nas SOFC sem nenhum proces so de pur ificação do gás

O resultado disso são eficiências de conversão que partem de 50%, poden do chegar a 75% na geração elétr ica Esta tecnolog ia não é nova Células a combustível foram cr iadas antes da des coberta do petróleo e as SOFCs con cebidas ~1940 Mas como uma tecno log ia tão antiga ainda não está ampla mente disponível?

A resposta é simples, custo e neces sidade Sua construção é baseada no fi no controle de mater iais cerâmicos, e apesar de não necessitar de muitos ele mentos exóticos, é uma manufatura es pecializada cujo custo extra frente a motogeradores não f azia sentido no passado, onde o valor do kWh era mui to baixo e emissões não eram um alvo

Hoje a realidade é outra e uma chance ao Brasil se antecipar em uma tecnologia sem players dominantes, co mo o caso da China na produção de bater ias de Li ion Uma chance de atuar em tecnolog ias de ponta, mas pa ra isso, muito investimento é necessár io Aqui na UNICAMP, g raças ao in vestimento público e pr ivado, estamos construindo a pr imeira manufatura pi loto de células SOFCs de diversos seg mentos Enxergamos esse desafio como nossa missão e responsabilidade para com a sociedade Essa estr utura estará disponível para o setor produtivo cr iar seus protótipos e ser vir de 1º passo na busca por escala de produção

*Professor associado na UNICAMP

O futuro do agronegócio passa pela inclusão digital no campo

Mas ainda há muito o que fazer para garantir que essa transformação chegue a todos

Falar em conectividade no campo deixou de ser uma questão de futuro há muito tempo Trata se de uma necessidade urgente do presente

No cultivo da cana de açúcar, por exemplo, uma das pr incipais eng renagens do ag ro brasileiro, estar conectado f az toda a diferença na produtividade

A inter net no campo vem transfor mando a for ma como se planta, colhe e gerencia a produção, trazen do mais eficiência, inovação e qualidade de vida para quem vive e trabalha nas áreas rurais, sem deixar de la do aspectos ligados com a sustentabilidade E os nú meros mostram que estamos avançando

Mas ainda há muito o que f azer para garantir que essa transfor mação chegue a todos

Um estudo realizado pela ConectarAGRO revelou que 66,55% da área produtiva de cana de açúcar no Brasil já conta com cobertura móvel 4G ou 5G

Isso significa que mais de 6,19 milhões de hec tares estão conectados, per mitindo a adoção de tec nolog ias como sensor iamento remoto, soluções au tônomas e monitoramento em tempo real fer ra mentas indispensáveis à ag r icultura de precisão

Entre os estados, São Paulo se destaca com 76% da área cultivada com cana cober ta por sinal móvel, refletindo a matur idade tecnológ ica do maior pro dutor nacional Minas Gerais (53%) e Goiás (37%) seguem em níveis inter mediár ios de cober tura, evi denciando um imenso potencial de expansão Mu nicípios como Fer nando Prestes (SP), Novais (SP) e Iracemápolis (SP) já ating iram 100% de conectivi dade sobre suas áreas cultivadas.

Por outro lado, reg iões expressivas como Alto Araguaia (MT) e Itaquiraí (MS) ainda enfrentam o desafio da desconexão, limitando seu acesso às opor tunidades dig itais

A conectividade no campo é uma ponte para a efi ciência Em Fer nando Prestes, com 100% de cobertu ra móvel, a produtividade da cana de açúcar chega a 85 000 kg/ha Em Alto Araguaia, sem cobertura, esse índice cai para 47 470 kg/ha Uma diferença de 55%

Embora seja necessár io reconhecer que a pro dutividade depende também de outros f atores, co mo clima, tipo de solo e manejo, não há dúvida de que a conectividade é uma alavanca estratég ica pa ra o desempenho ag rícola

A l é m d o s g a n h o s p ro d u t ivo s , a c o n e c t iv i d a d e p ro p o rc i o n a b e n e f í c i o s s o c i a i s i n e s t i m á ve i s E s t a r online significa ter acesso a assistência técnica re m o t a , c u r s o s d e c a p a c i t a ç ã o, s e r v i ç o s d e s a ú d e, bancos dig itais e, sobretudo, manter o vínculo com a f amília e o mundo

A ausência de inter net compromete não apenas a dig italização do setor, mas também a qualidade de vida dos trabalhadores r urais, dificultando a reten ção de jovens talentos no campo

Diante desse cenár io, é urgente pensar sobre a infraestr utura dig ital r ural por meio de políticas pú blicas consistentes

O Fundo de Univer sa lização dos Ser viços de Telecomunicações (Fust), por exemplo, é um instr u mento cr iado justamente para financiar a expansão da conectividade em áreas onde não há retor no co mercial para as operadoras Com recur sos do Fus t, ser ia possível implementar projetos de inter net mó vel em reg iões r urais produtivas, beneficiando esco las, unidades de saúde e comunidades ag rícolas

A s p o l í t i c a s p ú bl i c a s vo l t a d a s à c o n e c t iv i d a d e não devem ser vistas como gasto, mas sim como in vestimento

Ao integrar o campo ao ambiente digital, promo vemos um ciclo vir tuoso de desenvolvimento: au mentamos a competitividade do setor ag rícola, redu zimos perdas, melhoramos o uso dos recursos natu rais e ampliamos o acesso da população r ural a ser vi ços essenciais

Além disso, políticas bem estruturadas podem cr iar um ambiente regulatór io mais seguro e atrativo para que empresas invistam com confiança em tecnolog ias

e redes de comunicação em reg iões remotas

A conectividade f acilita a rastreabilidade, f avo rece o meio ambiente e a confor midade com exi gências de mercados inter nacionais, ag regando va lor aos produtos ag rícolas brasileiros Um sistema onde todos ganham e alavanca a economia do país

Empresas pr ivadas desempenham um papel fun damental nessa missão A ConectarAGRO reúne instituições como CNH, AGCO, TIM, Nokia, So linftec, AWS, Intelsat e Sol by RZK, que compar ti lham o compromisso de levar conectividade às áreas produtivas do Brasil, além de levantarem dados es senciais para análises embasadas sobre as reais con dições da conectividade no ag ronegócio brasileiro

São essas parcer ias que têm possibilitado resul tados concretos no avanço da cober tura r ural e na disseminação de soluções dig itais no campo

Para as empresas, apoiar a conectividade no campo não é apenas uma responsabilidade social: é também uma opor tunidade estratég ica

Quanto mais áreas r urais estão online, maior é a demanda por tecnolog ias que automatizam, i nte g ram e otimizam a produção ag rícola Isso impul siona o mercado de soluções dig itais, for talece a re lação com o produtor e abre espaço para modelos de negócio inovadores, mais sustentáveis e eficientes

Ao investir na dig italização do campo, as empre sas não apenas ampliam seu mercado, mas também contr ibuem para o for talecimento de toda a cadeia produtiva

O desafio é g rande, mas os caminhos estão aber tos A cana de açúcar, uma das culturas mais em blemáticas da nossa histór ia ag rícola, pode e deve li derar essa transfor mação dig ital Com conectivida de, levamos mais produtividade e dignidade ao cam po, conectando o Brasil r ural com o futuro

* Paola Campiello é Presidente da Associação Conec tarAGRO e Gerente de Novos Negócios na CNH, com foco em conectividade na América Latina

Do backo ce ao coração do negócio: porque o agro precisa de um Procurement forte

For talecer a área de Procurement (ou Suprimentos) se torna uma decisão estratégica - e urgente

O ag ronegócio representa cerca de 24% do PIB brasileiro, segundo dados da CNA (Confederação da Ag r icul tura e Pecuár ia do Brasil) Com essa dimensão, eficiência, previsibilidade e controle deixam de ser diferenciais e passam a ser condições mínimas para manter a competitividade

Nesse cenár io desafiador, for tale cer a área de Procurement (ou Supr i mentos) se tor na uma decisão estraté g ica e urgente

O papel da área de Compras vai muito além da negociação de preços

U m P ro c u r e m e n t e s t r u t u r a d o

a t u a c o m o u m a e n g re n a g e m c r í t i c a

d e p l a n e j a m e n t o, i n t e l i g ê n c i a e re

s i l i ê n c i a E m p r e s a s q u e t r a t a m

C o m p r a s a p e n a s c o m o b a c ko f f i c e p e rd e m a o p o r t u n i d a d e d e c a p t u r a r

va l o r r e a l e m t o d a a c a d e i a d e s u

p r i m e n t o s

S e g u n d o e s t u d o d a M c K i n s e y

& C o m p a n y, u m a a t u a ç ã o m a d u r a

d e P r o c u r e m e n t p o d e g e r a r e n t r e

5 % e 1 5 % d e e c o n o m i a d i r e t a n a s

a q u i s i ç õ e s , a l é m d e b e n e f í c i o s i n

d i r e t o s c o m o r e d u ç ã o d e r i s c o s ,

o t i m i z a ç ã o d e e s t o q u e s e m e l h o

r i a n o r e l a c i o n a m e n t o c o m f o r n e

c e d o r e s No setor sucroenergético, por exemplo, o desafio se amplia

É c o mu m e n c o n t r a r m o s m ú l t i plas unidades com cadastros duplica dos, políticas de aquisição descentra l i z a d a s e c r i t é r i o s d e h o m o l og a ç ã o inconsistentes

Impacto na gestão

Um Procurement for te padroniza mater iais, consolida contratos, reduz o número de for necedores e melhora a perfor mance técnica e financeira da cadeia

Isso impacta diretamente na ges tão do CAPEX e do OPEX, otimi zando investimentos e operações

A l é m d i s s o, o a g ro b r a s i l e i ro é

a l t a m e n t e d e p e n d e n t e d e l og í s t i c a ro d ov i á r i a e s o f re c o m g a r g a l o s e s t r u t u r a i s

Rotas alternativas

Um Procurement preparado de senvolve rotas alter nativas, garante es toques críticos com planejamento e atua preventiva mente para evitar r upturas Isso é es sencial em um setor em que as janelas operacionais são estreitas e inflexíveis

Outro ponto central é a integ ra ção da área de Compras com os de mais setores da empresa Um Procu rement moder no precisa dialogar com ag rícola, manutenção, financeiro, jurí dico e TI

Esse papel integ rador evita deci sões isoladas, elimina retrabalho e ge ra alinhamento estratég ico entre de

manda e ofer ta tanto de insumos quanto de ser viços

No cenár io atual, com pressões crescentes por sustentabilidade e compliance, a responsabilidade do Procurement se amplia ainda mais

É a área que assegura uma cadeia de supr imentos ética, legal e alinhada com cr itér ios ESG O não cumpr i mento desses pr incípios pode gerar prejuízos reputacionais e até impactos regulatór ios

A inovação também passa por Compras Muitos for necedores são fontes de novas tecnolog ias, mater iais, automação e modelos colaborativos

Um Procurement atuante não só compra, mas cocr ia soluções com par ceiros estratég icos Isso é especialmen te relevante no ag ro, onde a busca por eficiência energética, produtividade por hectare e menor uso de insumos exige soluções cada vez mais sofisticadas

Mas nenhum sistema ou processo é eficaz sem profissionais qualificados

A contratação de bons profissionais para Compras é um investimento

O setor exige pessoas com visão sistêmica, inteligência emocional, ha bilidade de negociação, capacidade analítica e domínio técnico

Valorização e treinamento

Profissionais assim são escassos e f azem diferença Treinamento e va lor ização constante devem f azer par te da cultura das empresas que querem um Procurement realmente for te

Quando a área de Compras é bem estr uturada, reconhecida e integ rada à estratég ia da empresa, ela se tor na ge radora de valor e não apenas um setor que “tira pedido”

A boa notícia é que ainda há mui to espaço para evolução Muitas em presas do ag ro ainda não exploraram todo o potencial de suas áreas de Su pr imentos

E quem se antecipa nessa jor nada colhe vantagens reais: melhor resulta do financeiro, mais previsibilidade, maior competitividade e uma opera ção mais sustentável

Porque, no ag ro, quem compra bem, planta melhor e colhe com vantagem

*Superintendente de Suprimentos do Grupo Farias, Mestre em Admi nistração e autor do livro “Procure ment na Mão"

Perdas indeterminadas: por que elas são o desafio oculto nas usinas

Perdas indeterminadas representam um dos maiores desafios técnicos para a indústria de açúcar e etanol

Você sabia que, mesmo com todo o controle de processo, par te do açú car da cana simplesmente "desapare ce" nas usinas?

Esse fenômeno é conhecido como

Perdas Indeter minadas – e representa um dos maiores desafios técnicos pa ra engenheiros e gestores da indústr ia de açúcar e etanol

Diferente das perdas mensuráveis, como aquelas no bagaço ou na tor ta de filtro, as perdas indeter minadas surgem como um desvio no balanço de massa

São frações de Açúcar Redutor

Total (ART) que não conseguimos rastrear diretamente, mas que afetam a eficiência e, pr incipalmente, a renta bilidade da safra

Por que isso impor ta?

Porque cada ponto percentual perdido pode significar toneladas de açúcar não vendidas e marge ns mais aper tadas em um setor já competitivo

Perdas indeter minadas acima de 2% do ART da cana são sinais de aler ta O q quue cont r ibbui i pa ra e ssa s perdas s inddeet t er m ina dass?

■ Er ros de medição e amostragem

■ Inver são da sacarose por pH e temperatura inadequados

■ Micro organismos consumindo açúcar no processo

■ Vazamentos, ar rastes e perdas físi cas não visíveis

Como combater?

Com auditor ias r igorosas, instr u mentação precisa, controle microbio lóg ico e automação avançada Mas o pr imeiro passo é entender a fundo onde essas perdas se or ig inam

É sobre eficiência, mas também so bre cultura Minimizar perdas indeter minadas é mais do que um dever de casa técnico – é uma postura estratég ica pa ra quem busca excelência operacional

Vamos juntos iluminar onde o açúcar se esconde – e transfor mar ca da detalhe em vantagem competitiva

Perdas Ocultas Começam na Chegada

Na indústr ia sucroenergética, a busca pela eficiência começa antes mesmo da extração do caldo

Você sabia que a cana já começa a perder açúcar assim que chega à usina?

O tempo, a contaminação e o manejo inadequado são inimigos silenciosos –e contr ibuem para perdas indeter mi nadas logo na etapa de recepção

Causa Técnica: Após o corte, a ca na inicia um processo natural de dete r ioração Enzimas e microrganismos (como bactér ias do gênero Leuconos toc) transfor mam sacarose em açúcares redutores não cr istalizáveis, ou pior – em ácidos que cor roem rendimento e qua lidade Somente 1% de palha misturado à cana pode significar 2 kg de açúcar perdido por tonelada E atrasos de 20 48 horas entre corte e moagem resultam em perdas substanciais de sacarose

Como Identificar?

■ Pol% cana e Br ix abaixo do espe rado

■ Altos teores de dextrana e acidez no caldo

■ Odor de álcool/vinag re na cana estocada

■ Resíduos de cana e caldo ao redor de esteiras e picadores

■ Temperaturas anômalas no caldo ou massa de cana

Como Mitigar?

■ Reduzir o tempo médio entre cor te e moagem (<40h é o ideal)

■ Limpeza eficiente da cana: menos

■ Uso cr iter ioso de cal para ajustar

pH e inibir inver são enzimática

palha, menos ter ra, menos perdas

■ Ajuste fino nos picadores e desfi bradores: menos par tículas finas, mais eficiência

■ Sanificação da moenda com bio cidas e vapor para conter a ação bacter iana

O detalhe f az a diferença Perdas ocultas na rec epção podem parecer pequenas, mas acumulam toneladas ao longo da safra Eficiência não se con quista só na extração – começa no controle r igoroso da matér ia pr ima

*Engenheiro químico na Usina São José do Pinheiro

FLORESTAS

“Penso que devemos preser var as florestas em todo o mundo, em especial aqueles países que suprimiram os seus patrimônios de cober tura vegetal há algum tempo”

Todos nós somos unânimes, sobre a impor tância das florestas e seus inúmeros benefícios

Acredito que essa cer teza é compar tilhada por toda humanidade civilizada, independentemente de sua ideolog ia, relig ião, or igem ou cor da pele

Atualmente, com a proximidade do evento da COP30, o assunto tem tomado par te das nossas conver sas diár ias

Penso que devemos preser var as florestas em to do o mundo

Em especial aqueles países que supr imiram os seus patr imônios de cober tura vegetal há algum tempo

Por que os financiadores estrangeiros, que tanto alardeiam, não financiam as recuperações das flores tas em seus própr ios países?

Lendo a Veja Negócios n13 – abr il/25, vejo uma boa repor tagem, intitulada: ESG|COP30

É sobre essa repor tagem que gostar ia de f azer uma reflexão em alguns pontos, nos quais tenho uma visão diferente

Culpam a Transamazônica pela devastação de 20 % da floresta

Ora! É impor tante ressaltar que para fiscalizar e ocupar um ter r itór io, se f az necessár io: linhas de transmissão, rodovias, fer rovias, aeropor tos, por tos etc Temos vizinhos que sofrem com a ocupação das suas florestas, por ter ror istas, cr ime organizado e narcotraficantes, justamente por f alta de uma boa in fraestr utura, para uma fir me posse ter r itor ial e, con sequentemente, um efetivo domínio da fiscalização É perfeitamente possível que o prog resso e na tureza caminhem juntos Temos o exemplo de vár ias localidades, como Canadá, Escandinávia, Alasca, Is lândia e tantas outras

Mas quando se f ala em gastar US$ 24 000 000 000,00 para recuperar e re plantar 12 000 000 de hectares até 2030, aí me vem na ca beça: Por que não conser var o que temos, fiscali zando de for ma mais diligente, cientifica e eficiente e usar esses recur sos para acabar com as f avelas, pa lafitas e os tantos mocambos, que diar iamente ve mos em nossa paisagem, quando vamos ao trabalho, ao teatro, ao restaur ante, a casa d e campo e outros lugares bacanas?

O problema da misér ia é bem maior que o da desigualdade ou o meio ambiente

Desde cr iança vejo campanhas das diver sas en

tidades filantrópicas mundiais, solicitando contr ibui ções para atender a população carente, de países po bres, do hemisfér io Sul

Até quando vamos continuar a ver a mesma convocação?

Será que, caso o mundo desenvolvido levasse conhecimento, em vez de esmolas, poderíamos ter uma for ma mais liber tár ia, dando a opor tunidade de, em futuro próximo, as pessoas terem a dignidade pa ra ter o seu própr io sustento e comprar o seu ali mento?

Vejo o gover no brasileiro gastar anualmente, no semiár ido, aproximadamente, R$ 1 500 000 000,00, só com distr ibuição de água em car ros pipa, fora os outros benefícios sociais

Tenho cer teza de que caso esses recur sos fossem

dados, sob a administração da nossa competente, Al cione Albanese, do Amigos do Bem, estaríamos muito mais per to de uma solução definitiva para es se crônico problema

Penso que não está cer to gastar R$ 400 000 000,00, com a organização de uma confe rência em Belém e deixar vár ios trabalhadores que pagam indiretamente essa conta, em cor redores de hospitais, à espera, que uma boa alma venha aliviar o sofr imento

Será que a preocupação contundente para com o meio ambiente e a cegueira sobre os invisíveis tra balhadores, deve ser porque no pr imeiro caso os r i cos também serão ating idos?

Caso as catástrofes ambientais, só ating issem os menos favorecidos, haver ia uma comoção tão g rande?

O meio ambiente não é mais ou menos impor tante, que uma moradia digna, um transpor te efi ciente, uma escola de qualidade, uma saúde acessí vel e uma segurança que dê tranquilidade para o co tidiano das pessoas, independente da condição de cada indivíduo

Continuo fir me no propósito de ter mos um mundo mais sustentável

Mas impor tante saímos do palco e descer mos para o chão de fábr ica, a fim de conhecer mos a ver dadeira necessidade de quem, diar iamente, mantem vivo esse país

*Presidente do Conselho de Administração da Usi na Petribu

Unidades da Adecoagro recebem certificação para produção de SAF

O etanol das usinas da Adecoagro em Angélica e Ivinhema, no Mato Grosso do Sul, foi cer tificado para a produção de combustível sustentável de aviação

As unidades industr iais da Adecoag ro localiza

d a s n o s mu n i c í p i o s d e A n g é l i c a e I v i n h e m a , e m

M a t o G ro s s o d o S u l , c o n q u i s t a r a m i m p o r t a n t e s marcos r umo a uma matr iz energética mais limpa e sustentável

A unidade de Ivinhema obteve, pela pr imeira vez, a cer tificação ISCC Cor sia Plus enquanto a unidade de Angélica foi recer tificada

O selo ISCC CORSIA Plus (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for Inter national Aviation) reconhece que ambas as unidades atendem a r igo rosos padrões inter nacionais de sustentabilidade

Usinas da Cargill

Bioenergia obtêm

cer tificações internacionais

As usinas da Ca rg ill Bioenerg ia São Franci sco (USF) e Rio Dourado (URD) receberam as cer ti ficações ISCC CORSIA e ISCC CORSIA PLUS, confor me divulgado pela companhia

As cer tificações reconhecem a confor midade das operações das usinas da Carg ill Bioenerg ia com cr i tér ios inter nacionais aplicados ao setor de bioener g ia O ISCC CORSIA (Inter national Sustainabili ty and Carbon Cer tification) é um sistema que va lida o atendimento aos requisitos do prog rama glo bal de compensação e redução de emissões de car bono da aviação

Já o ISCC CORSIA PLUS amplia esse escopo, com exigências adicionais relacionadas à mitigação de gases de efeito estuf a

A cer tificação reflete o trabalho integ rado de funcionár ios e parceiros ao longo do processo “A Carg ill Bioenerg ia segue comprometida com o de senvolvimento de soluções energéticas em confor midade com nor mas regulatór ias e sustentáveis”, destaca, em nota, a companhia

Atendem, também, aos padrões de rastreabilida de e responsabilidade socioambiental, qualificando o etanol produzido como matér ia pr ima apta à trans for mação em Combustível Sustentável de Aviação (Sustainable Aviation Fuel – SAF)

Compromisso

A cer tificação reforça o compromisso da Ade coag ro com a transição energética global, destacan do se pela condução responsável do cultivo da ca na de açúcar, uso sustentável do solo, proteção de

ecossistemas e respeito às comunidades do entor no.

A auditor ia independente também validou o cuidado da companhia com recur sos naturais como r ios, florestas e f auna local, além de iniciativas vol tadas ao desenvolv imento social e bem estar dos colaboradores

Mais sobre as usinas da Adecoagro

Com acionistas em todo o mundo, a Adecoag ro é um dos pr incipais produtores de energ ia renová vel e alimentos da Amér ica do Sul, com presença em três países – Brasil, Argentina e Ur uguai

No Brasil desde 2004, a Companhia atua na produção de açúcar, etanol, biogás/biometano e co geração de energ ia elétr ica com três unidades in dustr iais:

Usina Monte Aleg re (MG) e o cluster for mado pelas usinas Angélica e Iv inhema, ambas no Mato Grosso do Sul

Juntas, elas possuem capacidade de moagem de até 14,2 milhões de toneladas de cana por safra

CRV Industrial obtém resultado positivo em auditoria 'surpresa'

Cer tificação internacional garante a segurança e qualidade dos alimentos da CRV Industrial

A CRV Industr ial de Car mo do Rio Verde (GO) passou por uma auditor ia de manutenção não anunciada, sob a ver são 6 0 do esquema FSSC 22000, realizada na segunda quinzena de maio

O resultado foi altamente positivo nenhuma não confor midade (NC) foi reg istrada, o que evidencia a eficácia do Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos (SGSA) da empresa

De acordo com Anna Flavielle Gomes de Aze vedo, engenheira de alimentos da CRV Industr ial, alcançar zero não confor midades em uma auditor ia sur presa demonstra que a orga nização mantém, de for ma con sistente, os r igoros os padrões exig idos pelo FSSC 22000

“Esse resultado reforça o compromisso contínuo da em presa com a segurança dos ali mentos, a qualidade e a confor midade regulatór ia, além de for talecer a confiança de consu midores e parceiros comerciais”, destacou

Anna Flavielle ressaltou ainda a impor tância do engajamento de todos os colaboradores para asse gurar a qualidade e a segurança dos alimentos, espe cialmente do açúcar, pr incipal produto da empresa Segundo ela, auditor ias exter nas não apenas atestam a confor midade, mas também apontam opor tunida des de melhor ia nos sistemas e padrões de desem penho, fundamentais para atender às expectativas do mercado

A engenheira avalia que o resultado obtido re presenta uma conquista expressiva para qualquer or ganização cer tificada pelo FSSC 22000, demons trando a efetiv idade do SGSA impleme ntado e o comprometimento com a melhor ia contínua

“Manter esse nível de excelência requer monitora mento constante e aperfeiçoamento dos processos, garantindo o atendimento integ ral aos requisitos do esquema ” , concluiu

Rubi S.A. dobra exportação de eletricidade

Usina da Rubi em Rubiataba atinge

30 mil MWh por ano com geração

renovável em Goiás

A usina Rubi S A de Rubiataba, em Goiás, dobrou sua expectativa anual de expor tação de energ ia, pas sando de 15 mil para 30 mil me ga watts hora (MWh)

O volume gerado por hora é su ficiente para abastecer mais de 24 mil residências

O avanço posiciona a empresa como um dos pr incipais polos de ge ração de energ ia renovável da reg ião Nor te goiano e reforça seu papel na transição energética nacional

Unidade 3 de geração

O salto de produção tor nou se possível após a usina receber autor i zação oficial da Agência Nacional de Energ ia Elétr ica (Aneel) para a ope ração comercial da sua Unidade Ge radora 3 (UG3), com potência insta lada de 30 MW

A decisão foi publicada no Diár io Oficial da U nião em 5 de maio de 2025, por meio do Despacho n º 1 317, emitido pela Super intendência de Fiscalização Técnica da Aneel

A Rubi S A também finalizou toda a documentação necessár ia com a Equator ial Energ ia, distr ibuidora responsável pela reg ião, o que garan tiu a ampliação da capacidade de ex por tação de energ ia elétr ica de 5 pa ra 10 MW/hora

Novas Perspectivas de Energia da Rubi

Atualmente, dos 40 MW instala dos na usina, 11 MWh são utilizados inter namente para operação industr ial, 2 MWh são destinados à fer tir r igação eletr ificada e até 10 MWh estão sen do expor tados

Além disso, a usina ainda possui um potencial de expansão de mais 17 MWh, a serem incor porados com in

vestimentos futuros em moder nização de caldeiras e motores elétr icos

A energ ia gerada é proveniente da biomassa da cana de açúcar, por meio da queima do bagaço in natura resultante da moagem

Segundo o gerente industr ial da usina, Ricardo Andrade, esse processo, totalmente sustentável, utiliza caldei ras para tra nsfor mar o vapor d’ág ua em energ ia tér mica que movimenta turbo geradores

O sistema evidencia o potencial do setor sucroenergético na geração de energ ia limpa, com baixo impacto ambiental

Expansão e sustentabilidade

“A autor ização é um marco para a Rubi e para o município de Rubiataba Estamos exportando o dobro de ener gia que poder ia abastecer toda a cidade Isso reforça nosso papel como referên cia em energia renovável”, destaca

C o m a e x p a n s ã o, a R u b i S A for talece sua atuação no setor ener gético, gera impa cto positivo no de s e nvo l v i m e n t o re g i o n a l e c o n t r i bu i p a r a a d e s c a r b o n i z a ç ã o d a m a t r i z elétr ica brasileira

Como a Usina São Domingos trabalha para gerar resultados agrícolas de excelência na safra 2025/26

Inteligência e ferramentas

digitais otimizam as operações no campo da Usina, que também enfrentou estiagem e queimadas em 2024

Até o fim de 2024, o operador de colhedora William dos Santos utiliza va o aparelho celular como a maior ia das pessoas: para checar mensagens, f azer ligações e usar as redes sociais

De abr il para cá, ele integ ra seleto g r upo que segue usando o celular, mas o aparelho está conectado via satélite a sistema que ajuda a operacionalizar a colhedora de cana Ao lado do celular modelo Android, afixado no canto, há um computador de bordo e um tablet O veículo não tem direção, é mo vido por piloto automático No mais, a cabine possui uma espécie de con

Quem é a Usina São Domingos

Implantada em 1952, a Usina São Domingos é a primeira companhia de bioenergia da região de Catanduva, que hoje tem pelo menos outras três usinas próximas.

Fundadores: José Pedro da Motta Filho, Seraphim Sanchez, Vicente Sanchez, Gabriel Sanchez e Faustino Sanchez.

A co m p a n h i a fo i c r i a d a s o b a d e n o m i n a ç ã o d e S a n c h e z , M o t t a Ltd a E m 1 9 5 5 , a ra z ã o s o c i a l

Em 1961, transformou-se em sociedade anônima, passando, então, a ser denominada de Usina São Domingos - Açúcar e Álcool S/A.

A São domingos é a mais tradicional usina da região, com mais de 70 anos de história, uma forte relação de confiança com os produtores de cana locais, um nível de confiança estabelecido junto ao mercado, mas está se reinventando, evoluindo, mudando seus padrões de qualidade e operação para níveis muito elevados, moldando seu futuro de crença no setor, na transição energética e construindo passo a passo com as pessoas e a comunidade local.

sole – como o de joguinhos – e uma pequena alavanca, além de esbanjar ar condicionado e total visibilidade dos canaviais a serem colhidos

“No começo fiquei meio assusta d o, m a s d e p o i s d e t re i n o i n t e n s o d e c i n c o d i a s , f i q u e i p ro n t o p a r a t o c a r essa máquina automatizada”, diz San tos, de 37 anos, há um ano na Usina São Domingos

Ele f az par te de g r upo de 321 funcionár ios do setor de Cor te,Trans por te, Transbordo e Apoio (CTTA) da companhia de bioenerg ia com unida de em Catanduva, no inter ior paulista

“ E s s e s e t o r i n t e g r a c i n c o f re n t e s

q u e t r a b a l h a m 2 4 h o r a s e m u m a ve rd a d e i r a ‘ b a t a l h a ’ p a r a c o l h e r e

t r a n s p o r t a r a c a n a e m á re a s c o m re

l evo e t o p og r a f i a s d e s a f i a d o r a s ” , c o

m e n t a L u c i a n o G a rc i a , c o o rd e n a d o r

d o C T TA

N o d o m i n g o, 2 5 d e m a i o, u m a

s u r p re s a : u m a d a s f re n t e s b a t e u o re

c o rd e d i á r i o d e c o l h e i t a d a u s i n a a o

s o m a r 4 , 6 m i l t o n e l a d a s “ Fo i u m

d o m i n g o d e c e l e b r a ç ã o g e r a l ” , l e m

b r a G a rc i a ‘Batalha’ por bons resultados

O g r upo de CTTA ajuda a com por a ‘batalha’ da São Domingos para gerar resultados positivos ag rícolas na safra 2025/26, que trabalha com dados

instrutor de

e

e

do

oscilantes em função do ciclo anter ior, marcado por atropelos climáticos

O s p ro b l e m a s , q u e a f e t a r a m a m a i o r i a d a s u n i d a d

s d e e s t a d o s d o C e n t ro S u l , v i e r a m p r i n c i p a

Por conta disso, o canavial própr io, que representa 80% do total moído pela São Domingos, tem fisiolog ica mente 12 meses, mas devido à quei ma, possui 10 meses de vida.

“Há 1,5 mil hectares de var ieda des precoces não colhidas porque fo ram queimadas entre junho e setem bro”, destaca Gustavo Rober to Fede r ici, gerente ag rícola da companhia

Diante disso, a estimativa é de que a usina processe 2,680 milhões de to neladas na safra 25/26 “Mas há janela de compra para chegar a 2,730 mi lhões de toneladas”, obser va

No mais, o TCH médio tem ex pectativa de ficar em 80,5, enquanto na safra 2024/25 ficou em 81,5 tone ladas de cana por hectare

Já o ATR previsto é de 139,63 quilos por tonelada

A queda de TCH, segundo Fede r ici, também reflete maior plantio, o que reduz a ofer ta de cana no ciclo em andamento

A taxa média anual de renovação de cana da São Domingos é de 16%, enquanto a idade média dos canaviais é de 3,2 anos

Luis Lobo,
máquinas,
Luciano Garcia, coordenador
CTTA: colheita
transporte em áreas com relevo desafiador
William dos Santos: "depois de treino intenso de cinco dias, fiquei pronto”

As ‘armas’ da São Domingos para obter

resultados agrícolas de excelência

Companhia de controle familiar e independente, a Usina São Domingos detém ‘ ar mas ’ bem afiadas em sua meta de obter resultados de excelência na sa fra vigente

A começar pela frota: 55% do trans porte de colheita e transbordo são feitos com equipamentos própr ios A idade média dos veículos e das colhedoras fica sempre abaixo de três anos

Outra estr utura vigorosa são as var iedades cultivadas A companhia integ ra prog ramas do CTC e da Ri desa “Sempre pro curamos estar na frente”, resume o g erente ag rícola Gustavo Rober to Feder ici

Desafios

“Do ponto de vista de tecnolog ias agrícolas, de conquistas, temos vários de safios”, aponta ele “O que mais preocu pa é a questão climática, já que o clima tem roubado o que se investe no cana vial ”

Diante disso, a companhia tem apostado em tecnologias de corretivos de solos, nutr ição equilibrada e utilização de manejos fisiológicos, que per mitem com que a cana tenha condição melhor e so fra menos impactos com a seca

Exemplos:

Pré seca: estratég ia que consiste em manter as folhas verdes para que a planta preser ve os processos fisiológ i

Leandro da Silva, analista de automação; Gustavo Federici, gerente agrícola; Luciano Garcia, coordenador do CTTA e Edi Budeu, coordenador de planejamento e controle

cos afetados diante de estresse, será adotada em 10 mil hectares da compa nhia neste ano de 2025

“O investimento leva em conta que haverá nova seca e a tecnolog ia deixa a cana mais bem preparada, sentindo me nos os efeitos do período de déficit hí dr ico”, diz Feder ici

Não há como fazer chover, mas a aposta é de que ag ronomicamente se conseguirá melhor ias de manejo para que a planta passe melhor pelo período de estresse hídr ico

Falhhaas: para evitá las, a companhia cultiva e preconiza sulcações mais pro fundas com números de gemas de 15 a 18 gemas, e não de 10 a 13, como é co

mum

Consulttor ias: a companhia trabalha

Os ganhos do AxiAgro

Em se tratando de tecnologias, a São Domingos empreende módulos de plataforma nascida dentro da companhia

Trata-se da AxiAgro, solução de tecnologia e inteligência para extrair a máxima performance das operações agrícolas (equipamentos e equipes).

Desenvolvida a partir de 2018, a plataforma entrou de vez nas operações agrícolas da São Domingos na safra 2019/20.

Hoje, a companhia utiliza oito módulos da plataforma, implantados em toda a frota, especialmente colhedoras e transbordos Eles apuram informações e atuam em tempo real visando garantir a operação dentro dos padrões planejados, tais como:

■ Reconhecimento de fazenda por quadra e talhão

■ Leitura de parâmetros e implementos via Rede Can (p.ex. RPM, Carga de Motor, Acionamento de piloto Automático, Hidráulico, Corte de Base / Esteira / Elevador)

■ Controla velocidade, tempos de paradas, manobras e outros

apontamentos automáticos

■ Sensor de trabalho efetivo. Neste caso é apontada a leitura de pressão no corte de base e volume no bojo

■ AxiWays: espécie de Waze da usina, que gera rotas para as frentes e fazendas, garantindo segurança para condutores

■ Câmera de fadiga: implantada no interior da colhedora, integrada ao aplicativo AxiAgro, também gera segurança e produtividade

“Com o AxiAgro, saímos de um cenário em que não se controlava nada para tudo online”, resume o gerente agrícola Gustavo Roberto Federici “Antes, os apontamentos das atividades em fichas e digitações gerava um bolo de fichas com delay de 3 a 4 dias até o lançamento no sistema, com fechamento do custo em 10 dias, que hoje é fechado no máximo em dois dias”, afirma Edi Claudio Budeu, coordenador de planejamento e controle.

Como é tudo online, sabe-se quantas toneladas e qual a origem das canas que chegam na indústria “A reposta para

com 7 consultores, cada um em uma área agrícola, da mecanização, herbicidas, pra gas e doenças, var iedades, nutr ição entre outras “Eles trazem o que há de melhor no mercado e o Conselho e diretor ia têm apoiado incondicionalmente ”

Cor r reçção de soollos: : utilização de do ses 1,5 vezes maior que o praticado

Adduubbaçãão: utilização de fór mulas equilibradas com macro e micronu tr ientes

Deefeensivvo: : utilização das melhores e mais seletivas moléculas existentes no mercado

Cana a novvaa: : a usina se prepara para o pr imeiro corte da cana cultivada em 2024, sabe que a produtividade será me nor, “ mas o objetivo é seguir junto com os consultores para seguir crescendo ”

Viinhaça localizaada: De toda vinha ça empregada nos canaviais, 95% têm enr iquecimento onde é aplicada de for ma localizada, o que é um diferen cial Essa estratég ia reduz a quantidade de operações

Droness: há duas frentes de drones internalizadas, com equipamentos de úl tima geração, DJI Agras T50 e DJI Agras T25, responsáveis pela maturação da ca na e catação de ervas daninhas

Busca de mais TCHH: “minha per cepção, como ag rônomo, é a de que somos resistentes a mudanças e a algu mas tecnolog ias, o que não ocor re, por exemplo, com o pessoal de g rãos, que acreditou na pesquisa e investiu em tecnolog ias e vár ias aplicações alavan cando a produtividade”, diz Feder ici Esse aporte leva 10 anos para dar resul tado e deu

“No caso da cana, estamos há 25 anos com 75 de TCH É preciso sair dessa caixinha e buscar produtividade por meio de tecnolog ias, aumentos de moagem por crescimento de área não é possível, precisamos ver ticalizar a produtividade”

A São Domingos está em um pro cesso de implementação de um ERP padrão de mercado, que per mitirá inte grações de todos os processos e tecno logias disponíveis, garantindo confiabi lidade e gover nança nos processos

Leandro da Silva, analista de automação: ”antes do AxiAgro, era preciso rodar cinco frentes para entender como estava a colheita”

tomada de decisão é mais rápida, é à vista”, resume Federici.

Para atender às demandas de transporte, também é tudo online “Isso porque há algoritmo que dispara os caminhões em função das demandas via a solução GAtec”, comenta Luciano Garcia, coordenador do CTTA

“Antes era preciso rodar nas cinco frentes para entender como estava a

colheita”, diz Leandro Augusto Pinheiro da Silva, analista de automação agrícola. O gerente agrícola atesta que a plataforma também trouxe ganhos para os colaboradores. “Quem trabalha, trabalha melhor ” , diz

“O digitador virou analista, que avalia situações, conserta situações A plataforma não gerou desemprego, mas empoderamento dos profissionais ”

Saiba mais sobre a tecnologia desenvolvida na São Domingos

Or ig inalmente desenvolvida na Usina São Domingos e que, atualmen te, está operando em 15 usinas e em presas ag rícolas no Brasil e na Argenti na, a AxiAg ro é uma platafor ma de apontamento, telemetr ia e inteligência ar tificial para otimização da logística e operações ag rícolas mecanizadas

A platafor ma é composta de tec nolog ias exclusivas, como aplicativo Android, computador de bordo inteli gente, câmera de identificação de fadi ga e o AxiWays, um rotog rama que otimiza os trajetos e amplia a seguran ça na condução dos veículos nas áreas ag rícolas

E, para conectar as tecnolog ias e transfor mar os dados em ações opera cionais e estratég icas, a AxiAg ro inte g ra um ambiente vir tual exclusivo pa ra o cliente na AWS (Amazon), desen volve interf aces de CIA (Central de Infor mações e Aler tas) e BI (Business

Intelligence) e implanta redes de co municação de dados de celular, Starlink, wi fi, wi fi mesh e outros protocolos padrão Interessante que essas redes são para tráfego de dados gerais do cliente, não apenas da AxiAg ro

O t r a b a l h o d a p l a t a f o r m a c o m e

ç a c o m o a p l i c a t ivo e m c e l u l a r A n

d ro i d c o m o i n t e r f a c e c o m o o p e r a

d o r d a m á q u i n a o u ve í c u l o, o q u e

t r a z d ive r s o s b e n e f í c i o s d e c o nve r gência, pois possui comunicação na

t iva c o m a s re d e s d e d a d o s d a s o p e

r a d o r a s , w i f i e bl u e t o o t h , a l é m d e p e r m i t i r o u s o d e o u t ro s a p l i c a t ivo s

n o p r ó p r i o c e l u l a r, c o m o s i s t e m a s d e

re g i s t ro d e p o n t o, R H , r á d i o d i g i t a l ,

m a nu t e n ç ã o, d e n t re o u t ro s

C o m o f u n c i o n a l i d a d e s b á s i c a s , o a p l i c a t i vo p e r m i t e f a z e r o r e g i s t ro

d e p o n t o s e j a v i a R E P o u b i o

m e t r i a f a c i a l , o a p o n t a m e n t o d e

t r a b a l h o, d e o p e r a ç õ e s e a t i v i d a d e s

d a q u e l e e q u i p a m e n t o

O a p l i c a t i vo p e r m i t e, t a m b é m ,

t r a z e r u m a t e l e m e t r i a b á s i c a C o m o,

p o r e xe m p l o : g e o l o c a l i z a ç ã o e ve

l o c i d a d e d a o p e r a ç ã o E i s s o d e f o r m a a u t o m á t i c a , o u s e j a , a m á q u i n a

m ov i m e n t o u , o c e l u l a r i d e n t i f i c a e

e x i g e a p o n t a m e n t o, o u o a p l i c a t ivo

a p o n t a a u t o m a t i c a m e n t e

Per mite apontar as paradas, f azer checklists de manutenção, chamadas de operação e de manutenção, inte g rando os apontamentos de manu tenção como chamadas e Ordens de Ser viço direto no sistema de manu tenção própr io da empresa

Usina São Domingos evolui com projeto de Governança e de Controles

Um dos po ntos altos da Usina

São Domingos é sua trajetór ia em direção a elevados padrões de gover nança e controles, destaca Demétr io Soares, Diretor Administrativo e Fi nanceiro da companhia

“ Fo i m e d a d o u m g r a n d e d e s a

f i o p e l a f a m í l i a a c i o n i s t a d e l i d e r a r p ro j e t o d e g ove r n a n ç a , a d o t a n d o p a d r õ e s p o u c o u s u a i s p a r a u m a

e m p re s a f a m i l i a r, m a s m i r a n d o s e

g u r a n ç a p a r a o s s t a ke h o l d e r s , e m

e s p e c i a l o s a c i o n i s t a s , b a n c o s e i n ve s t i d o re s , v i s ã o d e l o n g o p r a z o,

e s t r u t u r a d e c a p i t a l e t u d o i s s o

m a n t e n d o o D N A d e f a m í l i a e

b e m e s t a r d a s p e s s o a s , u m t i m e d e

c o l a b o r a d o re s i n c r ive l m e n t e c o m

p ro m e t i d o s ”

Con f ir a o s de e st a q qu u es a po nt a d do o s por Dem étr io:

■ Processo de reestr uturação ope racional com foco em eficiência e custos otimizados (produzir cana de qualidade e estar no pr i

meiro quar til de custos)

■ Elevação do padrão de liquidez através de melhor ia da estr utura de capital (operações de merca

do de capital)

■ M u d a n ç a d a e s t r u t u r a s o c i e t á

r i a c o m a d o ç ã o d e h o l d i n g s

p a

c e s s ó r i o s

■ Adoção de controles inter nos mais eficientes, modelo de gestão de r iscos (política de hedge) mais adequados e política de trans parência nas infor mações

■ Investimento em implantação / integ ração de ERP confer indo integ r idade aos processos e in for mações oficiais (parcer ia com a TOTVS Global / PIMS E Axiag ro )

■ Política de Investimento plur ia nual em moder nização da indús tr ia visando crescimento, confia bilidade e automação

■ Reforço das políticas de saúde, segurança e meio ambiente

■ Plano de pessoas (retenção, trei namento e qualificação e for ma ção de lideranças)

t u

c o m p r a z o d e s e t e a n o s p a r a ve n c i m e n t o ) , t e n d o c o m o i nve s t i d o re s c a s a s p ro f i s s i o n a i s c o m re c o r r ê n c i a d e c o m p r a s ” “ S e g u i n d o o p l a n e j a m e n t o b u s c a m o s p a r a o s p r ó x i m o s a n o s , o s 3 , 4 M M d e t o n e l a d a s d e c a n a , n o m i x p r ó x i m

Computador de bordo

J á o c o m p u t a d o r d e b o rd o d a

A x i a g ro é , d e f a t o i n t e l i g e n t e, p o r

q u e p o s s u i m e m ó r i a e p ro c e s s a m e n

t o l o c a l , a l é m d e u m s i s t e m a d e n a

ve g a ç ã o d e d ro n e, c o m i n c l i n ô m e t ro

e g e o l o c a l i z a ç ã o c o m p re c i s ã o d e 3 0

c m , e m s u b s t i t u i ç ã o a o G P S c o n

ve n c i o n a l

Consegue ler a rede CAN e cap turar centenas de dados operacionais do veícu lo ou d a máquina, como, por e xe m p l o, R P M , c a r g a d e m o t o r, s e

a l g u

a c i o n a d o s , i n c l u s ive o p i l o t o a u t o mático

Essa tecnolog ia per mite que, in d e p e n d e n t e m e n t e d e a m á q u i n a e s

t a r e m á re a c o m o u s e m c o n e c t iv i

dade da dados, os padrões operacio nais que foram baixados no compu

t a d o r d e b o rd o d eve r ã o s er s e g u i d o s e os desvios s erão aler tados aos op e radores, e não apen as por aler tas so noros, mas por voz, como no Waze

A platafor ma proporciona que os p a r â m e t ro s o p e r a c i o n a i s s e j a m c u s tomizados especificamente para cada m á q u i n a , t i p o d e o p e r a ç ã o e t a l h ã o, a t u a n d o n o c o n c e i t o d e a g r i c u l t u r a de precisão

“A missão da AxiAg ro é entender o c l i e n t e, s u a re a l i d a d e e s u a i n t e l i gência operacional, integ rar essa in t e l i g ê n c i a a t e c n o l og i a s va l i d a d a s e e n t re g a r re s u l t a d o s s u s t e n t á ve i s O papel de toda essa platafor ma é des d o b r a r a i n t e l i g ê n c i a , q u e p o s s u i a equipe de gestão das usinas e produ tores, para a rotina da operação, edu c a n d o, e m p o d e r a n d o e f a c i l i t a n d o a

v i d a d o s o p e r a d o re s ” , e n f a t i z a Jo s i a s

Messias, CEO da Pró Usinas

Quem é o atual presidente do Conselho da ISO

Edgar Herrera é um executivo costarriquenho reconhecido por sua liderança no setor de cana-de-açúcar em nível nacional e internacional

O Conselho da Organização In ter nacional do Açúcar (ISO) é presi dido em 2025 por Edgar Her rera Ele foi eleito durante a 64ª sessão do Conselho ISO em Londres, Ingla ter ra, em novembro passado

“Sinto me muito honrado com esta nomeação, que não só representa uma satisf ação pessoal, mas também implica um merecido reconhecimen to à indústr ia canavieira da Costa Ri ca e às milhares de pessoas que traba lham neste setor”, disse Her rera

Quem é Herrera?

Edgar Her rera, 65 anos, é um executivo costar r iquenho reconheci do por sua liderança no setor de ca na de açúcar em nível nacional e inter nacional, destaca, em nota, a ISO

Desde 2020, ele atua como Dire tor Executivo e Comercial da Liga Ag rícola e Industr ial da Cana de Açúcar (LAICA) na Costa Rica

N a L A I C A , e l e c o n d u z i u a t r a n s f o r m a ç ã o d o s p ro c e s s o s l og í s t i c o s , d e p ro d u ç ã o e c o m e rc i a i s e m

t o d o o s e t o r ISO integra 88 estados membros

A I S O é u m a e n t i d a d e i n t e r g o ve r n a m e n t a l c o m p o s t a p o r 8 8 e s t a d o s m e m b ro s q u e t e m c o m o o b j e t i vo m e l h o r a r a s c o n d i ç õ e s d o m e rc a do global de açúcar, enfrentando de s a f i o s e p ro m ove n d o a c o o p e r a ç ã o i n t e r n a c i o n a l

A n o m e a ç ã o d e H e r re r a re f l e t e o re c o n h e c i m e n t o g l o b a l d e s u a l i d e r a n ç a e d a s c o n t r i bu i ç õ e s d a C o s t a

R i c a p a r a o s e t o r a ç u c a re i ro i n t e r n a c i o n a l Mais sobre o novo presidente do Conselho da ISO

Her rera tem mestrado em Co mércio Inter nacional e Comércio pe la Texas A&M Univer sity, nos Estados Unidos, e é bacharel em Administra ção de Empresas com ênf ase em Fi nanças

Ao longo de sua car reira, ocupou

cargos altamente estratég icos, incluin do a par ticipação na pr ivatização de empresas públicas na Costa Rica por meio da Fiduciar ia de Inver siones

Transitor ias S A (FINTRA), apoiada pela US AID (FINTRA), apoiada pela US AID e, nessa capacidade, liderou g randes transfor mações em empresas industr iais impor tantes e impor tantes, como

■ Aluminios Nacionales (ALU NASA),

■ Cementos del Pacífico (CEM PASA),

■ Fer tilizantes de Centroamér ica

(FERTICA) e

■ Central Azucarera Tempisque S A (CATSA)

■ Além disso, por mais de 18 anos, atuou no Conselho de Adminis tração da Lincoln School, ocu pando duas vezes o cargo de Presidente

■ Durante sua gestão, super visio nou o desenvolvimento e a mo der nização dessa prestig iada ins tituição educacional inter nacio nal, destacando a execução de projetos significativos de infraes tr utura e expansão

Herrera em nível internacional

Durante vár ios anos, em nível in ter nacional, Her rera representou a LAICA em diver sas organizações, co mo a Organização Mundial de Pes quisa do Açúcar (WSRO),

• a Associação Centro Amer i cana de Açúcar (AICA) e

• a União Latino Amer icana de Produtores de Açúcar (UNALA)

• Além disso, ele presidiu o Gr upo de Produtores de Etanol da CBI por quatro anos, representando a Amér ica Central e o Car ibe no setor de etanol nos Estados Unidos

Ênfase na cana em Costa Rica

Ao longo de sua car reira profis sional, Her rera deu ênf ase especial ao desenvolvimento sustentável do setor de cana de açúcar da Costa Rica, que é c omposto por mais de 6 000 produtores independentes, a maior ia deles de pequeno e médio por te

Sua liderança tem sido funda mental para for talecer a competitivi dade e a sustentabilidade desse setor, um pilar fundamental para o desen volvimento econômico do país

Sob sua direção, a LAICA imple mentou r igorosos padrões de qualida de, segurança alimentar e sustentabili dade, posicionando a Costa Rica como líder reg ional na produção de açúcar e solidificando sua liderança em práticas inovadoras e sustentáveis no setor

Indonésia anuncia 5% de etanol

na gasolina a partir de 2026

Mistura de 5% de etanol na gasolina no País começa a ser implementada no próximo ano

A p a r t i r d e 2 0 2 6 , a I n d o n é s i a d eve r á a d o t a

s s e i s

A obr igator iedade será implementada de for ma g radual, com início na Ilha de Java, segundo divul gou à agência de notícias Xinhua a nova diretora geral de energ ia renovável e conser vação de energ ia do ministér io, Eniya Listiani Dewi

A decisão considera a atual ofer ta limitada de etanol no país

Embora a Indonésia possua 13 indústr ias açuca reiras com infraestr utura de apoio, apenas três delas produzem etanol com a qualidade exig ida para uso como combustível, totalizando uma produção anual de 60 milhões de litros

Para atender à meta de mistura de 5%, será ne cessár io alcançar um volume anual entre 1 bilhão e 1,2 bilhão de litros

Para supr ir essa demanda, o gover no pretende incentivar a produção de etanol a par tir de diferen tes matér ias pr imas, como cana de açúcar, man dioca e palma

A medida está alinhada à meta de longo prazo do país de transição para energ ias mais limpas e de redução das emissões de carbono

O Prog rama de Bioetanol de Cana de Açúcar para Se gurança Energética foi lançado em 2015 e tinha por meta de chegar a 2025 com 20% de mistura, mas estava suspenso em 2020

Em junho de 2023, a empresa estatal de energ ia anunciou o início das vendas de gasolina com 5% de etanol, produzido a par tir da cana de açúcar, em duas cidades – Jacar ta e Surabaya

“Estamos realizando os estudos par a o plano

Estima se que a implementação de um manda to de mistura de E10 na Indonésia exig ir ia a pro dução de 890 milhões de litros de etanol por ano –o país tem como objetivo produzir 1,2 mil milhões de litros de etanol de cana de açúcar até 2030

Contribuição brasileira

É justamente nesse contexto que a exper iência brasileira de mais de 40 anos de produção e uso do etanol nos veículos leves pode contr ibuir

“Assim como o Brasil, a Indonésia possui voca ção para a ag roindústr ia e pode acelerar o processo para baixo carbono apostando em uma soluç ão pronta, disponível e efetiva para a descarbonização Estamos aqui para oferecer cooperação”, afir mou o presidente da União da Indústr ia de Cana de Açúcar e Bioenerg ia (Unica), Evandro Gussi, du rante evento em Jacar ta em 2023

10 informações sobre a campanha de prevenção contra incêndios da Raízen

Campanha anual

“Quem ama a terra, não chama o fogo”, é realizada em parceria com comunidades e órgãos públicos para reduzir riscos e ampliar a resiliência das lavouras

Em resposta aos efeitos cada vez mais intensos das mudanças climáticas e diante de uma nova safra marcada pela previsão de estiagens prolongadas e altas temperaturas, a Raízen destaca seus esforços em infraestr utura, trei namento de br igadas, tecnolog ias de monitoramento e ações de conscien tização com foco na prevenção e combate a incêndios em canaviais

A iniciativa ressalta o compromis so da companhia com a proteção das pessoas, a preser vação do meio am biente e a continuidade segura e efi ciente da atividade ag rícola

Iniciada em maio, a capanha anual “Quem ama a ter ra, não chama o fo go ” , é feita em parcer ia com comuni dades e órgãos públicos para reduzir r iscos e ampliar a resiliência das lavou ras frente às adver sidades climáticas

Coonffiira 10 inf or m açções da cam panha d da a Raízen: :

1 – F reent e es de a tuação: a campa nha conta com diver sas frentes de atuação, incluindo plano de mídi a, car reatas, blitz educativas, comunica ção inter na, webinar s, ações nas esco las e de relações públicas (PR), entre outras iniciativas, buscando engaja mento efetivo da sociedade e dos pú

blicos estratég icos no período mais crítico de seca

2 – La N Niña: neste ano, com a in fluência do fenômeno La Niña, as previsões indicam períodos prolonga dos de estiagem e temperaturas eleva das, condições que aumentam signi ficativamente o r isco de incêndios e impõem desafios adicionais à produ tividade ag rícola

3 – Ajjuust es estra tég icos: para res ponder ao atual momento, a Raízen implementou uma sér ie de ajustes es tratég icos para mitigar as perdas no campo, reforçando a impor tância da antecipação e da ag ilidade na tomada de decisões frente às mudanças climá ticas. São elas:

4 – A Antecipação do cor te e da co l h heiit a : visa o melhor aproveitamento da matér ia pr ima em seu ponto ideal de maturação e a redução da exposi ção do canavial ao r isco de queimadas;

5 – Reef orço na est rat ég ia a de p prre veenççã o e com batte a incê ndios: realo

cação de recur sos e intensificação das ações das br igadas de i ncêndio nas áreas consideradas mais críticas;

6 – Inveestimme nto em p prrá ticas sus ten n távveiis e tecnnoloog g i ia s de m onit ora m en n t o c l lim m á t icco : busca aumentar a resiliência dos canaviais frente às ad versidades climáticas por meio de prá ticas ag rícolas conser vacionistas e fer ramentas de acompanhamento me teorológ ico de alta precisão;

7 – Fo c co n a q u a li i d a d e e m a nu t e n ç ã o d o c a n a av v i a l : i m p l e m e n t a ç ã o d e a j u s t e s n o s t r a t o s c u l t u r a i s e g e s

t ã o m a i s e f i c i e n t e d o s re c u r s o s d i s p o n í ve i s p a r a o t i m i z a r o d e s e nvo l v i m e n t o d a p l a n t a ;

8 – Ag romet eooroloog g i ia: além disso, a empresa acompanha a evolução do clima de f or ma contínua junto às equipes de Ag rometeorolog ia, Ag rí cola Cor porativa e Operações, para ag ir com rapidez e asser tividade em momentos críticos

“Nosso compromisso pr imordial é com a segurança das pessoas, a preser vação do meio ambiente, dos nossos ativos e a manutenção da produtivi dade, sempre guiados pela colabora ção com as comunidades onde atua mos Ag imos de for ma preventiva e estratég ica para enfrentar os de safios climáticos desta safra”, afir ma Hamil ton Jordão, Gerente de Operações Ag rícolas da Raízen

9 – Pa a rce r i a : a R a í z e n m a n t é m u m a p a rc e r i a c o n t í nu a c o m ó r g ã o s c o m o a D e f e s a C iv i l , Po l í c i a M i l i t a r

cêndios em áreas de canaviais

Protocolo agroambiental

A Raízen não pratica a queima da palha de cana e cu mpre a leg islaçã o vigente, inclusive as diretr izes do Pro tocolo Ag roambiental – Etanol Mais Verde, que deter mina a eliminação do uso do fogo na colhei ta de cana no Estado de São Paulo Por tanto, a com panhia não tem ligação alguma com queimadas ou uso de fogo em opera ções no campo

A m b i e n t a l e C o r p o d e B o m b e i ro s , baseada na troca constante de infor mações e na atuação conjunta para a p reve n ç ã o d e i n c ê n d i o s d u r a n t e o p e r í o d o s e c o E s t a m o s s e m p re d e por tas aber tas e recebemos com fre q u ê n c i a re p re s e n t a n t e s d e s s e s ó r g ã o s em nossas unidades, for talecendo es se relacionamento e a constr ução co letiva de soluções 10 – F ro t a: a frota de br igada da companhia, composta por mais de 300 veículos, incluindo caminhões pipa e veículos de inter venção rápida (VIR), é um dos pilares centrais da campanha, que também conta com mais de 2700 br igadistas, profissionais treinados pa ra atuar em emergências Além disso, monitora 700 mil hectares de cana de açúcar, utilizando mais de 300 es tações meteorológ icas para prever e controlar os r iscos de incêndios. Para garantir uma resposta rápida a incêndios, a companhia disponibi liza a Central Contra Incêndios, aces s

Campanha “Juntos Contra o Fogo” reforça compromisso com a prevenção de incêndios

Iniciativa da Zilor, em parceria com a Ascana, mobiliza produtores, escolas e comunidades

A Zilor Energ ia e Alimentos lança a edição 2025 da campanha “Jun tos Contra o Fogo – Prevenir é Proteger”, em parcer ia com a Ascana (Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê)

A ação, lan çada em maio, tem como objetivo prevenir e combater incêndios em canaviais, áreas de preser vação per manente (APPs) e matas ciliares da reg ião, reforçando o compromisso da companhia com práticas sustentáveis, proteção ambiental e va lor ização da biodiver sidade

“Para enfrentar o período seco, é essencial atuar em três frentes: promover a conscientização para evitar focos de incêndio, manter br igadas treinadas e ágeis, e contar com o apoio da comunidade, que po de acionar o 0800 da Zilor em caso de fumaça A prevenção é o caminho mais eficaz para reduzir os danos causados pelo fogo”, afir ma Cláudio Campa nholi, gerente de Parcer ias Ag rícolas da Zilor

A campanha da Zilor e da Ascana será realizada entre maio e outubro, período de m aior r isco de queimadas, com ações educativas, ambientais e ope racionais voltadas a colaboradores, escolas, comuni dades e autor idades

O foco é promover a conscientização sobre os impactos do fogo na qualidade do ar, na produção ag rícola e na vida animal e vegetal da reg ião

“Desde 2017, a cana é colhida crua em nossa re g ião, porque acreditamos que preservar o meio am biente é parte do nosso compromisso Temos equipes treinadas, tecnolog ia e estr utura, mas o sucesso no combate aos incêndios depende da atitude de cada um

A prevenção começa com a consciência de todos”, destaca Pedro Luís Lorenzetti, presidente da Ascana Neste ano, a campanha valor iza o que está em r isco, destacando a beleza e a impor tância da f auna e flora que coexistem com a cultura da cana de açúcar e simbolizam a diver sidade e o equilíbr io ambiental da reg ião

Ent re as ações prevista s e est ão:

■ Capacitação de colaboradores;

■ Monitoramento estratég ico por câmeras;

■ Campanha publicitár ia reg ional;

■ Concur so cultural para alunos do 5º ano das es colas de Lençóis Paulista, Macatuba e Peder nei ras, Quatá e Lucélia

■ Blitz do Fogo, com distr ibuição de mater iais e

or ientações à população

A campanha será lançada em maio, com evento que contará com a par ticipação de autor idades mu nicipais, Polícia Ambiental, representantes das esco las e empresas envolvidas

Ações e Impacto da Campanha

A Zilor e a Ascana não utilizam fogo na colhei ta da cana de açúcar desde 2017 Ainda assim, in cêndios continuam ocor rendo, provocados pr inci palmente por ações cr iminosas ou acidentes Esses focos de fogo podem des tr uir canavia is e florestas, além de fer ir ou matar animais silvestres

O sistema de monitoramento conta com cinco câmeras de longo alcance instaladas em pontos es tratég icos e imagens de satélite, que cobrem cerca de 130 mil hectares de canaviais na reg ião A comuni cação entre as equipes é feita por g r upos de What sApp com colaboradores treinados, que atendem com ag ilidade as ocor rências para conter os incêndios

A estrutura de combate inclui 54 caminhões pi pa e equipes das ag rícolas associadas à Zilor e da As cana, treinadas para ag ir de for ma rápida e eficiente

Instituições públicas e privadas integram a campanha "Juntos Prevenindo Incêndios”

Quinta edição da campanha "Juntos

Prevenindo Incêndios" integra 32 instituições públicas e privadas, entre elas a Usina Lins

Com o tema “O fogo apaga tudo, até o que não pode ser substituído”, foi realizada em 26 de maio a cer imô nia de lançamento da quinta edição da campanha “Juntos Prevenindo Incên dios”

A iniciativa reúne 32 instituições públicas e pr ivadas para for talecer a conscientização, prevenção e comba te aos incêndios, especialmente du rante a época de estiagem

O evento acontece u na Usina Lins, em Lins (SP), e co ntou com a presença de representantes de empre sas, órgãos públicos , entidades civis e prefeituras da reg ião

A edição deste ano reforça a im por tância da responsabilidade coletiva e do papel de cada cidadão na preven ção de incêndios, destacando que pe quenas atitudes do cotidiano podem evitar g randes tragédias ambientais

A campanha 2025 foi estr uturada com foco na preser vação da vida hu mana, animal e vegetal, ressaltando os danos ir rever síveis que o fogo pode causar

A s a ç õ e s e nvo l ve m u m a a m p l a m o b i l i z a ç ã o re g i o n a l c o m o u s o d e m a t e r i a i s e d u c a t ivo s e i n f o r m a t ivo s em diferentes platafor mas de comu nicação

Conscientização

e prevenção!

Entre os meses de junho e outu bro, período crítico para a ocor rência de queimadas, estão previstas divulga ções em mídias online e offline, como outdoor s, painéis eletrônicos em ro dovias, placas educativas, adesivos vei culares, folheto educativo, anúncios em jor nais e revistas, postagens em re des sociais, palestras em escolas e trei namentos com br igadas de incêndio

A distr ibuição de conteúdo edu cativo também busca ating ir o públi co jovem e fomentar uma cultura de prevenção desde cedo

Para Rodr igo Cor rea, Diretor Ag rícola da Usina Lins, “é de extrema impor tância reunir empresas, municí pios e entidades para a 5ª edição da

campanha coletiva de conscientização

‘Juntos Prevenindo Incêndios '”

“Após um ano marcado por quei madas intensas em todo o estado de São Paulo, nossa reg ião, embora tam bém afetada, reg istrou incêndi os em proporções menores ”

Ainda assim, a campanha mantém seu foco pr incipal: a conscientização da população para a prevenção de in cêndios e a redução de seus impactos

“Todo incêndio começa pequeno, seja por uma fogueira, uma bituca de cigar ro descar tada de for ma inade quada ou até mesmo pela prática, muitas vezes sem or ientação, de quei mar lixo doméstico Por isso, reforça mos a impor tância de ações preventi vas e do engajamento coletivo Nosso objetivo é aler tar sobre as g randes proporções que um foco pequeno de

fogo pode ating ir, afetando plantações de cana, os animais e, pr incipalmen te,colocando vidas em r isco ”

A Gerente de Sustentabilidade, Olívia Pinheiro, ressalta que “ as par cer ias da campanha “Juntos Prevenin do Incêndios” reforçam a impor tância da responsabilidade coletiva Com o aumento de mais de 200% nos casos de incêndios na reg ião Centro Oes te do estado de São Paulo no último ano, a prevenção se tor na essencial ”

“A Usina Lins e seus parceiros se guem comprometidos em contr ibuir com ações que ampliem a conscien tização sobre os r iscos de um peque no foco de fogo que, muitas vezes, pa rece inofensivo, mas pode dar início a incêndios de g randes proporções ”

“O tema da campanha de 2025 vem justamente para sensibilizar a po

pulação sobre o que realmente está em r isco Muitas perdas causadas pelo fo go são ir reparáveis, e a pr incipal delas é a vida ”

Prossegue: “Embora a prevenção ambiental seja uma pr ior idade, é fun damental lembrar que o fogo também ameaça pessoas Nosso objetivo é jus tamente esse: evitar fatalidades e ampliar a consciência sobre os impactos do fogo em todas as suas dimensões ”

A campanha reforça que a pre venção de incêndios é urgente e que o engajamento coletivo é fundamen tal para minimizar impactos ambien tais e proteger vidas

A edição deste ano é mais um passo em direção ao for talecimento de uma rede colaborativa comprometida com o meio ambiente e a segurança da população

Safra 2025/26 no Centro-Sul tem mais renovação de área canavieira e menos chuvas

Balanço e estimativas são de Nilceu Cardozo, da consultoria Canaplan

O ano de 2025 tem duas marcas distintas para o setor de bioenerg ia do Brasil A pr imeira é de que crescem os investimentos em áreas de renovação de canaviais e, a segunda, é de que a safra 2025/26 se rá marcada por incidência pluviométr ica menor em relação ao ciclo 2024/2025

As infor mações fo ram par tilhad as por Nilceu Piffer Cardozo, consultor associado da Canaplan, que, em abr il, realizou a 1ª Reunião Canaplan em Ribeirão Preto

Tradicionalmente, a consultor ia promove dois eventos (reuniões): uma no começo da safra na re g ião Centro Sul, em abr il, e a segunda em outu bro, quando o ciclo entra na f ase final

Jo r n a l C a n a a p re s e n t a a s e g u i r d e s t a q u e s d a a p re s e n t a ç ã o d e C a rd o z o d u r a n t e o eve n t o d a Canaplan

Avanço da área de renovação

Pr imeiro a boa nova: 2025 é marcado pela ma nutenção do crescime nto da renovação de cana viais

C o n f o r m e o c o n s u l t o r, o s e t o r d e b i o n e r g i a i nve s t e n e s t e a n o e m re n ova ç ã o d e c a n av i a i s e m

1 , 0 2 5 m i l h ã o d e h e c t a re s Pa r a e f e i t o s c o m p a

r a t ivo s , e m 2 0 2 4 e s s e i nve s t i m e n t o s o m o u 9 3 0 m i l h e c t a re s

Outra novidade é o aumento da área de ex pansão canavieira no País Nesse ano, essa área de ve crescer em 250 mil hectares, contra 213 m il hectares no ano passado

Os motivos desse avanço, segundo Cardozo, são:

■ A renovação aumenta em função d a redução dos plantios em 2024 e dos eventos climáticos negativos;

■ As expansões de áreas, apesar de significativas, não são “ um momento” da reg ião Centro Sul;

■ A recuperação de áreas que haviam mig rado para g rãos é uma tendência

Previsão é de menos

chuvas no ano

Enquanto avançam os investimentos em reno vações de canaviais e mesmo em expansão de áreas, as condições de precipitações pluviométr icas se guem caminho desafiador

Na apresentação durante a 1ª Reunião Cana plan, Dirceu Cardozo destacou que entre abr il e junho a safra 2024/25 t otalizou 95 mi límetros, chegou a 546 milímetros nos pr imeiros seis meses e fechou o ano com 659 milímetros

Já na safra vigente, entre abr il e maio, último bimestre confer ido pela consultor ia, o acúmulo foi de 67,4 milímetros e, no acumulado dos seis pr i meiros meses do ano, a previsão é de fechar com 463,4 milímetros

Magnésio: o motor invisível para a produtividade e longevidade dos

Aplicar magnésio na fase da cana-soca é uma decisão estratégica que eleva o ATR, aumenta a longevidade do canavial e reduz custos operacionais Entenda por que o magnésio deixou de ser coadjuvante e virou protagonista na agenda técnica

Na busca incessante por apr imo rar a qualidade e aumentar a produti vidade da cana de açúcar, um dos pilares fundamentais é o manejo nu tr icional adequado Nesse contexto o magnésio ganha destaque, pela ampla gama de benefícios deste nutr iente, já comprovados nos canaviais

Presente no centro da molécula de clorofila, o Mg é protagonista na fo tossíntese, na ativação enzimática e no transpor te de carboidratos das folhas para os colmos, influenciando direta mente o acúmulo de sacarose e a pro dutividade A carência de magnésio resulta em enfraquecimento radicular, redução do potencial produtivo e au mento da suscetibilidade a estresses ambientais

Em plantios novos, a cor reta adu bação magnesiana f avorece o ar ranque inicial e o vigor do canavial Na cana soca, promove longevidade e retor no econômico consistente

Durante a f ase da soqueira, o sis tema radicular já está estabelecido e muitas vezes sub explorado nutr icio nalmente Ao cor r ig ir o for necimen to de Mg nessa etapa, promove se não apenas uma resposta imediata em pro dutividade, mas também a revitaliza ção do canavial, aumentando a longe vidade da área e adiando refor mas Com mais cor tes produtivos por ciclo, o impacto é direto na redução dos custos com preparo de solo e replan tio, trazendo ganhos logísticos e fi nanceiros relevantes

Não é somente o cálcio que in fluencia o desenvolvimento radicular, o magnésio é deter minante para o crescimento das raízes na cana, me lhorando a exploração do perfil do solo, a absorção de água e nutr ientes, e a tolerância ao déficit hídr ico

Cana com raízes vigorosas entre ga maior estabilidade, reduz perdas por tombamento, aumenta a longevidade do canavial e per mite ciclos produti vos mais sustentáveis e duradouros

Nos últimos 10 anos (período re lativamente cur to em ter mos ag ronô micos) a co munidade científica vem percebendo que o magnésio presente no solo em for ma calcár io dolomíti co não disso ciado nem se mpre está disponível para atendimento da de manda imediata da planta, em ter mos nutr icionais O uso de óxido de mag nésio, ao invés do carbonato presente no calcár io vem se tor nando comum e já se comprova mais eficaz em ter mos nutr icionais

O I I M a g n e s i u m D ay, re a l i z a d o e m a b r i l d e 2 0 2 4 e m U b e r l â n d i a (MG), reuniu autor idades no assunto e apontou o consenso da comunida de científica sobre o papel estratég i co do magnésio na ag r icultura tropi c a l Fo r a m re g i s t r a d a s f a l a s d o P ro f

D r G o d o f re d o C é s a r V i t t i , u m d o s maiores especialistas em nutr ição mi neral do país, confir mando que fon t e s s o l ú ve i s d e m a g n é s i o s ã o f u n d a m e n t a i s p a r a c u l t u r a s d e a l t o re n d i mento, como a cana de açúcar, es pecialmente em áreas de manejo in tensivo, como a soqueira

Além dele, Prof Dr Ismail Cak mak também pondera que o magné sio é um elemento que desempenha diver sas funções vitais para as plantas, incluindo a fotossíntese, a desintoxi cação de espécies reativas de oxigênio e a melhor ia do sistema radicular

Na mesma linha, o Prof Dr Car l o s A l e x a n d re C o s t a C r u s c i o l , d a UN ESP, c ontextualiza que a aplica ção estratég ica de magnésio não ape nas aumenta a síntese de sacarose, mas também melhora a atividade de en zimas antioxidantes, aumenta a tole rância ao estresse hídr ico e impulsio na as enzimas responsáveis pela cap tura de CO2

Um consenso técnico, que chan cela o manejo adequado do magnésio como f ator cr ucial para aume ntar a produtividade e garantir a disponibi lidade do nutr iente, no momento cer to, para as plantas

Também é consenso entre os es pecialistas que o calcár io não substitui o uso de fer tilizantes com magnésio solúvel, sendo essencial complemen tar a adubação com fontes solúveis de magnésio para atender às necessidades das culturas ag rícolas

Embora seja um claro impulsio nador de produtividade, o magnésio é frequentemente subestimado no pla n e j a m e

av i a i s Em um cenár io onde a busca por efi c i ê n c i a a g ro n ô m i c a é p e r m a

ignorar

magnésio pode custar caro Investir em um manejo nutr icio nal completo, que valor ize o magné s i o d e s

l i z a a p ro d u t iv i d a d e, p ro l o n g a a v i d a ú t i l d o s c a n av i a i s e g e r a e x p re s s iva re d u ç ã o d e c u s t o s c o m re f o r m a e p re p a ro d e s o l o Pa r a g a r a n t i r m á x i m a e f i c

Produtividade com menos insumo?

A cana regenerativa responde

No CANABIO25, especialistas e produtores mostram como práticas sustentáveis podem melhorar o solo e manter o desempenho no campo

A busca p or sistemas produtivos mais resilientes, com menor depen dência de insumos químicos e maior integ ração com o meio ambiente, tem ganhado protagonismo no setor bio energético Nesse c ontexto, o CA NABIO25 – Uma Imer são na Cana Regenerativa, que acontece nos dias 03 e 04 de setembro, em R ibeirão Preto (SP), surge como uma opor tu nidade para discutir e aprofundar so luções reais e aplicáveis ao cultivo da cana de açúcar

Organizado pela ProCana Brasil, o evento será sediado no Centro de Ca na do Instituto Ag ronômico de Cam pinas (IAC) e reunirá pesquisadores, produtores, técnicos, consultores e lí deres da cadeia bioenergética

A proposta é debater práticas ag rí colas que unem produtividade, saúde do solo, eficiência no uso da água e redução do impacto ambiental pi lares fundamentais da chamada ag r i cultura regenerativa

A chamada "cana regenerativa" refere se a um modelo de manejo que busca restaurar os ser viços ecos sistêmicos deg radados, promover a biodiver sidade e recuperar a fer tilida de do solo, enquanto mantém ou au menta os níveis de produtividade Em vez de depender exclusivamente de fer tilizantes sintéticos, defensivos quí micos e práticas intensivas, o modelo propõe o uso combinado de bioinsu mos, técnicas de conser vação do solo e manejo inteligente da água e dos re síduos ag rícolas

No cenár io da cana, essa aborda gem ganha relevância à medida que o setor enfrenta os impactos da mudan ça climática, pressões por descarboni zação e a necessidade de atender a mercados que exigem rast reabilidade ambiental e responsabilidade socioe conômica

“A cana regenerativa não é apenas uma tendência passageira, mas uma necessidade estratég ica Quem não se

adaptar ficará para trás em um mundo que demanda produção limpa e ras treável”, destaca Josias Messias, CEO da ProCana Brasil

Experiência além da teoria

O CANABIO25 foi desenhado para oferecer uma exper iência prática e técnica, com foco em casos aplicá veis ao dia a dia do produtor A pro g ramação inclui: Workshops técnicos com pesqui sadores e especialistas que abordarão temas como microbiolog ia do solo, manejo de organominerais, aplicação de bioestimulantes, bioprotetores e controle biológ ico; Apresentações de casos reais, com depoimentos de produtores e gestores ag rícolas que vêm aplicando práticas regenerativas com resultados concre tos em produtividade e qualidade da matér ia pr ima; S e s s õ e s d e b e n c h m a r k i n g e n e t wo

a f o r m

ç ã o d e p a rc e r i a s t é c n i c a s e c o m e rc i a i s

Eixos temáticos

A edição de 2025 aprofunda de bates iniciados em encontros anter io res e apresenta novas abordagens, com ênf ase em áreas técnicas como: Mi crobiolog ia do Solo & Organomine rais; Biológ icos Nutr icionais e Bioes timulantes; Bioprotetores contra Pra gas e Doenças e Integ ração das Ino

vações & Tecnolog ias no Campo

“ S u s t e n t a b i l i d a d e e p ro d u t iv i d a d e n ã o s ã o o p o s t o s O s e g re d o e s t á n o m a n e j o i n t e l i g e n t e d o s re c u r s o s e na adaptação de tecnolog ias que res peitem as condições l ocais ” , comen t o u M e s s i a s Impacto no posicionamento internacional

O Brasil é o maior produtor mun dial de cana de açúcar e, por conse quência, um dos pr incipais for necedo res de etanol, açúcar e bioeletr icidade No entanto, para manter e ampliar sua presença nos mercados inter nacionais, o setor precisa responder a exigências cada vez mais r igorosas em relação à pegada ambiental dos produtos

Nesse sentido, a ag r icultura rege nerativa vem sendo tratada por em presas, cer tificadoras e organismos in ter nacionais não apenas como uma alter nativa, mas como um novo padrão de produção ag roindustr ial Adotar práticas regen erativas pode, i nclusive, abr ir por tas para selos de sustentabili dade, créditos de carbono e acesso a financiamentos verdes, que se tor nam cada vez mais relevantes no cenár io ag roexpor tador

“O mundo não quer apenas eta nol ou açúcar Quer produtos com histór ico ambiental positivo, e a cana regenerativa per mite que o setor ex por te, além de energ ia, ser viços ecos sistêmicos como sequestro de car

bono e proteção hídr ica”, reforça a equipe da ProCana

Um dos pilares do evento será mostrar que é possível, sim, manter ou até aumentar a produtivid ade com uso mais racional de insumos O equilíbr io está no conhecimento téc nico e na gestão integ rada Diver sos produtores que adotaram práticas re generativas relatam redução de custos com adubação e defensivos, melhor ia da estr utura do solo, aumento da ma tér ia orgânica e estabilidade na pro dução mesmo em anos difíceis

E s s e s g a n h o s , a l é m d e t é c n i c o s , têm efeitos diretos sobre a competi tividade e a imagem das propr iedades e usinas diante de compradores e in vestidores

O CANABIO25 é voltado para ag r icultores, técnicos, gestores de usi nas, pesquisadores, empresas de insu mos, cooperativas e instituições liga das ao setor ag rícola e bioenergético

Serviço – CANABIO25: Uma

Imersão na Cana

Regenerativa

Data: 03 e 04 de setembro de 2025

Local: Centro de Cana IAC –Ribeirão Preto (SP)

Público-alvo: Produtores rurais, técnicos, pesquisadores, gestores agrícolas, usinas e empresas do setor.

Tecnologia aproveita palha de milho para gerar bioderivados de alto valor

Extração otimizada de açúcares, ácidos orgânicos e compostos fenólicos é promissora para aplicações na indústria de biocombustíveis, farmacêutica e alimentícia

Em estudo publicado no Biofuel Research Jour nal, pesquisadores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Tecnológ ica Federal do Paraná (UTFPR) avaliaram a eficiência e o impacto ambiental do aproveita mento da palha de milho com uma téc nica que utiliza apenas água pura como solvente para extrair bioder ivados

A palha de milho é um subprodu to ag rícola abundante (frequente mente descar tado) e r ico em compos tos lignocelulósicos, como hemicelu lose, celulose e lignina

No trabalho, fr uto da pesquisa de doutorado de Raf ael Gabr iel da Ro sa, o g r upo de cientistas extraiu açú cares, ácidos orgânicos e com postos fenólicos com propr iedades antioxi dantes, anti inflamatór ias e antimi crobianas a par tir desse resíduo, otimi zando os p arâmetros do processo ao empregar hidrólise (quebra de molé culas g randes em menores) com “água subcrítica” (em alta temperatura e sob pressão alta para evitar ebulição) em vez de hidrólise ácida

O avanço é útil para aplicações na indústr ia alimentícia, f ar macêutica e de biocombustíveis

A obtenção de cada subproduto depende de var iações na temperatura e no pH, seguindo uma sequência de decomposição que inicia nos com postos fenólicos e ter mina nos ácidos orgânicos, passando pelos açúcares

Os resultados revelaram uma recu peração significativa: a hidrólise sub crítica conseguiu obter compostos fe nólicos em valores de 16,06 milig ra mas a 76,82 milig ramas equivalentes de ácido gálico por g rama (padrão na quantificação de compostos fenólicos), enquanto trabalhos com hidrólise áci da obtiveram 12,76 milig ramas equi valentes de ácido gálico por g rama

No caso de açúcares (glicose, xi lose e celobiose), foram obtidos 448,54 milig ramas por g rama de pa lha de milho hidrolisada a 170 °C por no máximo 30 minutos e pH 1

Métodos tradicionais de hidrólise não superam a marca de 74,5 milig ra mas por g rama de palha hidrolisada

Assim, a um rendime nto seis vezes maior aliam se redução de custos em tempo e energ ia

Finalmente, no caso de ácidos or gânicos (acético e fór mico), foram obtidos 1 157,19 milig ramas por g ra ma de palha de milho hidrolisada a 226 °C e pH 4,5

“Essa extração de ácidos orgânicos representa uma opor tunidade concre ta para a produção de precur sores químicos renováveis com ap licação em plásticos biodeg radáveis, solventes

e conser vantes naturais”, afir ma Tânia

For ster Car neiro, or ientadora de Rosa, coautora do ar tigo e professora da Faculdade de Engenhar ia de Ali mentos (FEA) da Unicamp

Método sustentável

Os pesquisadores também fizeram uma análise de sustentabilidade da tecnolog ia, chamada EcoScale

Tr a t a s e d e u m a m é t r i c a s e m i q u a n t i t a t i v a p a r a a v a l i a ç ã o d a s c o n d i ç õ e s d e r e a ç ã o q u í m i c a e m

e s c a l a d e l a b o r a t ó r i o A f e r r a m e n

t a , c a p a z d e a v a l i a r o s i m p a c t o s

a m b i e n t a i s , e c o n ô m i c o s e s o c i a i s d e

u m p r o c e s s o o u t e c n o l o g i a , u s a

u m a e s c a l a d e 0 a 1 0 0 , c o m 0 r e

p r e s e n t a n d o u m a r e a ç ã o t o t a l m e n

t e f a l h a ( 0 % d e r e n d i m e n t o ) e 1 0 0

a r e a ç ã o i d e a l : c o m p o s t o A ( s u b s

t r a t o ) r e a g e c o m ( o u n a p r e s e n ç a d e ) c o m p o s t o b a r a t o B p a r a d a r o c o m p o s t o d e s e j a d o C c o m 1 0

“Nosso resultado sur preendeu: o método ating iu 93 pontos”, come mora For ster Car neiro Outros pro cessos que utilizam produtos químicos ag ressivos, como ácido sulfúr ico e hi dróxido de sódio, obtiveram notas en tre 54,63 e 85,13 pontos

Segundo a cientista, outra novida de do estudo foi a análise técnico econômica preliminar (ou taxa de payback), integ rando dados exper i mentais com estimativas de investi mento, operação e retor no econômi co ao levar em consideração f atores como custo de equipamentos, insumos e energ ia

“A análise for nece uma visão es tratég ica para a tomada de decisão, si mula diferentes cenár ios e identifica os mais promissores para aplicação in dustr ial, for talecendo o elo e ntre ciência, inovação e aplicação prática”, explica For ster Car neiro

O trabalho focou no açúcar como produto de maior valor econômico, visando os biocombustíveis, e os re sultados demonstraram um tempo de payback var iando entre quatro e cin co anos

Além de Rosa e For ster Car nei ro, o trabalho, apoiado pela FAPESP, é assinado por Luiz Eduardo Nochi Castro, Tiago Linhares Cr uz Tabosa Bar roso, Vanessa Cosme Fer reira (FEA); Maurício Ar iel Rostagno (Fa culdade de Ciências Aplicadas da Unicamp) e Paulo Rodr igo Stival Bi ttencour t (UTFPR)

Tânia Forster-Carneiro e Rafael Gabriel da Rosa

Alta performance, inovação e sustentabilidade marcam o Congresso Internacional SINATUB25

Com foco na área industrial das usinas, evento reuniu

especialistas do Brasil e da América Latina para debater os rumos da produção de açúcar, etanol, energia e biocombustíveis

Durante dois dias, Ribeirão Preto foi o centro das atenções da indústr ia bioenergética da Amér ica Latina ao sediar o Cong resso Inter nacional SI NATUB25 Realizado nos dias 21 e 22 de maio, promovido pela ProCana Brasil e Pró Usinas, o evento reuniu mais de 50 especia listas de renome nacional e inter nacional, representan tes de empresas, univer sidades e asso ciações, promovendo uma imer são em alta perfor mance, inovação tecnológ i ca e sustentabilidade

Com uma prog ramação técnica intensa e salas temáticas simultâneas, o cong resso destacou o papel estratég i co do Brasil na produção de energ ia renovável a par tir da cana de açúcar, reforçando sua impor tância na transição energética global A aber tu ra contou com Josias Messias, CEO da ProCana, que enf atizou a integ ração entre pessoas, processos e tecnolog ia como base para a excelência opera cional nas usinas “Queremos provo car reflexões e desper tar soluções prá ticas que possam ser aplicadas imedia tamente nas unidades industr iais”, afir mou Messias

Em seguida, Raphael Delloiagono, analista do Pecege, apresentou um pa norama detalhado da safra 25/26, abordando as per spectivas para a pro dução e os preços de cana, açúcar e etanol Segundo ele, “ a safra será mar cada por desafios climáticos, queda na produtividade e por um mercado glo bal volátil, exig indo das usinas inteli gência estratég ica e uso eficiente de recur sos ”

A manhã seguiu com apresenta ções técnicas de Pedro Mar tinelli (Za nini Ser viços), Douglas Mar iani (So teica), Helton Oliveira (Usina Santa Adélia) e Ricardo Canesin (Tr initon

Engenhar ia), que detalharam desde o uso de algor itmos inteligentes para otimização de processos até novas tec nolog ias em equipamentos industr iais Enéas Cordeiro (Tereos), enf atizou a sinerg ia entre liderança, qualificação e inovação para maximizar resultados operacionais

Amanda Duar te Gondim, pesqui sadora da UFRN, apresentou os avan ços dos biocombustíveis avançados, como o bioquerosene de aviação (SAF), posicionando o Brasil como potência no desenvolvimento de so luções energéticas limpas Ela destacou que o país reúne condições ideais pa ra liderar o mercado de SAF: disponi bilidade de biomassa, know how téc nico e leg islação f avorável

As salas temáticas da tarde propor cionaram aprofundamento técnico em áreas específicas No eixo do açúcar, Douglas Mar iani, Head de desenvol vimento e Implementação da Soteica ; Br uno Francisco, Gerente de Proces sos da Tereos – Unidade Tanabi; Mar cos Ger is, Diretor da Tr initon Enge nhar ia Industr ial;Eduardo Calichman, Head Industr ial da DATAGRO Alta Perfor mance; Javier Manuel Ibañez, Engenheiro Açucareiro na Sugar & Ethanol; Marcus Fabi, Engenheiro da Solisteel e Marcos Katsuda Ito, diretor da Sugar & Azucar Engenhar ia e Consultor ia discutiram estratég ias de recuperação em qualidade Em Ges tão de Ativos, a pauta g irou em tor no de sensores, manutenção preditiva e gestão online, apontados como dife

renciais de competitividade

As salas de Etanol e Fer mentação e Biogás & SAF também se destaca ram Par ticiparam nomes como An dresa Zago (Alpinus), Silene Paulillo (Fer mentec), Mar ia Olivia Masiero (Lievito Biotecnolog ia), Marcelo Ven tura Rubio (Bioprocess) e Eduardo Ignacio Baptista A discussão eviden ciou os avanços biotecnológ icos que vêm transfor mando a produção e o reaproveitamento energético dentro das usinas, com foco em eficiência e menor impacto ambiental

O s e g u n d o d i a d e u d e s t a q u e à s

t e n d ê n c i a s f u t u r a s d a b i o e n e r g i a

A g a t a Tu r i n i ( Fe r t ro n ) a b o rd o u o

c re s c i m e n t o d o e t a n o l d e m i l h o n o

B r a s i l , e s p e c i a l m e n t e n o C e n t ro

O e s t e, e n f a t i z a n d o a i m p o r t â n c i a d e uma matr iz diver sificada e integ rada

O engenheiro Jeffer son López Mon tes, da Ingenio Car melita (Colômbia), a p re s e n t o u u m a f e r r a m e n t a d e m o delagem ter modinâmica que revolu c i o n a a c og e r a ç ã o i n d u s t r i a l , o t i m i zando o consumo energético e redu zindo perdas

Mar iano Gracino, da Veolia, de monstrou como o reuso da água po de aliar economia e sustentabilidade, ao apresentar cases de sucesso em uni dades industr iais que reduziram dras ticamente seu consumo hídr ico sem comprometer a perfor mance “É pos sível crescer com responsabilidade ambiental, e a indústr ia sucroenergé tica brasileira tem todas as fer ramen tas para isso”, afir mou

Também ganharam destaque as palestras de Márcia Mutton (UNESP), sobre a qualidade da matér ia pr ima e seu impacto direto nos indicadores industr iais, e Tiago Cer vantes (Calde ma), que analisou como a caracter i zação do combustível influencia a vi da útil das caldeiras, suger indo práti cas preventivas para evitar paradas e aumentar a longevidade dos equipa mentos

O aguardado painel de executivos reuniu André Teixeira (Usina Lins), Cr istiano Azeredo (Atvos) e Maurício Peixoto (Gr upo Far ias), que discuti ram gargalos operacionais, mudanças regulatór ias e soluções práticas para aumentar a competitividade do setor

As salas temáticas do segundo dia mantiveram o alto padrão Na sala de Extração e Processos, Mar ia de Lour des Monteiro (Cor ur ipe) e Ronaldo Petr i de Freitas (DATAGRO) trouxe ram práticas para otimização industr ial Já na Gestão Online & Automação, Guilher me Fraga (Usina São Mar ti nho) e Douglas Mar iani abordaram o impacto da automação em tempo real, com uso de sensores e softwares inte g rados, na melhor ia da perfor mance operacional

A sala de Cogeração & Balanço Tér mico encer rou o evento com apresentações técnicas de Carlos Pe drosa e Maximili an Goehler, refor çando a impor tância da cogeração de energ ia a pa r tir da bi omassa da cana como diferencial estratég ico e susten tável para as usinas do futuro

Salas temáticas aprofundam inovação no setor bioenergético

Painéis técnicos do SINATUB25 detalharam estratégias para açúcar, etanol, biogás, automação e cogeração, com for te presença de especialistas da indústria e da academia

Além das plenár ias pr incipais, o Cong resso In ter nacional SINATUB25 consolidou sua relevância técnica com a realização de diver sas salas temáticas simultâneas, que per mitiram aos par ticipantes um mergulho aprofundado em áreas específicas do se tor bioenergético O modelo f avoreceu a troca di reta entre especialistas, pesquisadores, gestores e em presas, reunindo exper iências práticas e soluções em cur so nas usinas

Um dos espaços de destaque foi o da fer menta ção e biotecnolog ia, que reuniu profissionais da in dústr ia e da pesquisa para discutir soluções microbia nas, rendimento alcoólico, leveduras de nova geração e controle de contaminações Com apresentações de Mar ia Olivia Masiero, da Lievito Biotecnolog ia, An dresa Zago (Alpinus) e Sabr ina Ciane Condi (Biosab) Outro painel de peso foi o dedicado ao uso de

sensores e manutenção preditiva, com enfoque em gestão de ativos e automação online Especialistas como José Guilher me Amuchastegui (Tebe Senso res) e Gabr iel Morais (Monoda Consultor ia) mos traram como tecnolog ias embarcadas, coleta de da dos contínua e inteligência ar tificial estão sendo uti lizadas para evitar f alhas, otimizar o desempenho de máquinas e reduzir custos operacionais

A inter nacionalização do conhecimento também se fez presente O engenheiro Jefferson López Mon tes, da Ingenio Car melita, na Colômbia, participou de for ma ativa não apenas na plenár ia, mas também nas discussões técnicas da sala de cogeração, ao lado de es pecialistas como Carlos Pedrosa e Maximilian Goeh ler A proposta foi avaliar a eficiência energética in teg rada ao balanço tér mico, destacando tecnolog ias viáveis mesmo para usinas de menor por te

Na sala de biogás e combustíveis sustentáveis, o foco se voltou para o desenvolvimento do SAF (bioquerosene de aviação), com a pesquisad ora Amanda Gondim (UFRN) apresentando avanços em rotas de conver são e infraestr utura laborator ial O pesquisador Eduardo Ignacio Baptista também detalhou como resíduos da indústr ia sucroenergé tica podem ser conver tidos em novas fontes ener géticas de for ma economicamente viável Por fim, a sala de extração e processos reforçou o papel de práticas industr iais de alta precisão Ro naldo Petr i de Freitas (DATAGRO) e Mar ia de Lourdes Monteiro (Cor ur ipe) trataram de var iáveis como pressão, umidade e perdas de extração A pro posta foi identificar “pontos cegos ” no processo f a br il e apresentar alter nativas de cor reção e monito ramento contínuo

Network de alto nível impulsiona negócios no Congresso SINATUB25

Além da imersão em conteúdo o evento transformou-se em um ambiente fér til para gerar parcerias, for talecer marcas e abrir por tas para novos negócios

O Cong resso Inter nacional SI NATUB25, realizado nos dias 21 e 22 de maio em Ribeirão Preto (SP), reu niu os pr incipais nomes do setor bio energético brasileiro e se destacou não apenas pelo alto nível técnico das pa lestras, mas, sobretudo, pelo poder do networking que aconteceu nos cor redores, estandes e momentos de in teg ração do evento

P ro m ov i d o p e l a P ro C a n a B r a s i l , o S I N AT U B 2 5 a t r a i u e s p e c i a l i s t a s , t é c n i c o s , g e s t o re s d e u s i n a s e re p re s e n t a n t e s d e g r a n d e s e m p re s a s f o r

n e c e d o r a s d e t e c n o l og i a e s e r v i ç o s

“Parabenizo a organização, espe cialmente o Josias, pelo nível das pes soas presentes O SINATUB25 reu niu nosso ecossistema completo: em presas, especialistas e, o mais impor tante, nossas usinas Foi uma troca de i n f o r m a ç õ e s mu i t o r i c a p a r a t o d o s nós”, afir mou Izo

Segundo ele, o networking em 2025 teve uma abordagem mais in tensa e estratég ica, o que sur preendeu positivamente os par ticipantes

O eve n t o p ro p o rc i o n o u u m a ve rd a d e i r a i m e r s ã o e m c o n t e ú d o, m a s f o i

a l é m : t r a n s f o r m o u s e e m u m a m biente fér til para g erar parcer ias, for t a l e c e r m a rc a s e a b r i r p o r t a s p a r a n ovo s n e g ó c i o s

Evento rico

em conexões

O diretor geral da Hidrovap or, Paulo Izo, enf atizou a impor tância das conexões feitas durante o cong resso

“Esse ano foi diferente O nível de presença foi muito elevado: diretores, gerentes, coordenadores e tomadores de decisão de g randes g r upos estive ram aqui Isso enr iqueceu demais o evento”, destacou

Durante os dois dias de cong resso, a Hidrovapor apresentou suas válvulas borboleta de alta perfor mance para indústr ias de açúcar, além de reforçar sua liderança no mercado de manu tenção de válvulas e equipamentos “Viemos mostrar nossas soluções e saímos com novas conexões valiosas Só temos a ag radecer à organização”, completou Izo

SINATUB 25 amplia relacionamentos e abre portas para novos negócios

Além da imersão em conteúdo, o evento transformou-se em um ambiente fér til para gerar parcerias, for talecer marcas e abrir por tas para novos negócios

O Cong resso Inter nacional SI NATUB25, realizado nos dias 21 e 22 de maio em Ribeirão Preto (SP), consolidou se como um dos pr inci pais pontos de encontro do setor bio energético brasileiro Promovido pela ProCana Brasil, o evento reuniu espe cialistas, técnicos, gestores de usinas e representantes de empresas for nece doras de tecnolog ia e ser viços, cr ian do um ambiente onde conhecimento, inovação e relacionamento caminha ram lado a lado

Mais do que uma prog ramação técnica de excelência, o cong resso foi marcado pelo dinamismo nas trocas de exper iências, pelo alto nível dos de bates e, pr incipalmente, pela rede de contatos que se for mou entre os cor redores, estandes e salas temáticas O SINATUB25 confir mou se como um polo de negócios, onde ideias fo ram validadas, projetos ganharam cor po e parcer ias foram estabelecidas

“Parabenizo a o rg anização, espe c i a l m e n t e o Jo s i a s M e s s i a s , p e l o n í ve l

d a s p e s s o a s p re s e n t e s . O S I N A

T U B 2 5 re u n i u n o s s o e c o s s i s t e m a

c o m p l e t o : e m p re s a s , e s p e c i a l i s t a s e, o m a i s i m p o r t a n t e, n o s s a s u s i n a s Fo i u m a t ro c a d e i n f o r m a ç õ e s mu i t o r i

c a p a r a t o d o s n ó s ” , a f i r m o u Pa u l o

I z o, d i re t o r g e r a l d a H i d rova p o r

S e g u n d o e l e, a e d i ç ã o d e 2 0 2 5 t ro u

xe u m a a b o rd a g e m a i n d a m a i s e s t r a

t é g i c a a o n e t wo r k i n g “ O n í ve l d e p re s e n ç a f o i mu i t o e l eva d o : d i re t o re s , g e re n t e s , c o o rd e n a d o re s e t o m a d o re s

d e d e c i s ã o d e g r a n d e s g r u p os e s t ive r a m a q u i I s s o e n r i q u e c e u d e m a i s o

eve n t o ” , d e s t a c o u A pluralidade de temas abordados nas plenár ias e salas temáticas co

m o q u a l i d a d e d o a ç ú c a r, o t i m i z a ç ã o d e p ro c e s s o s , f e r m e n t a ç ã o, l eve d u r a s , biocombustíveis, automação, cogera ção e gestão de ativos atraiu pro f i s s i o n a i s d e d i f e re n t e s á re a s e n í ve i s

h i e r á rq u i c o s , e n r i q u e c e n d o a i n d a

m a i s a e x p e r i ê n c i a d e t ro c a e n t re o s par ticipantes

Pa r a É d e r Pa z , d a C a l t e c, q u e

f a l o u s o b re o s i m p a c t o s f i n a n c e i ro s

d a s i n c r u s t a ç õ e s n a p ro d u ç ã o d e

a ç ú c a r, o S I N AT U B f o i u m eve n t o

d e o p o r t u n i d a d e s “ I s s o s e re l a c i o n a

d i re t a m e n t e c o m a p o s s i b i l i d a d e d e

g e r a r r e c e i t a d a s i n d ú s t r i a s a p a r t i r d o b o m e q u i l í b r i o n o t r a t a m e n t o d e

c a l d o A e s t a b i l i d a d e n o p ro c e s s o, e s p e c i a l m e n t e n o s e va p o r a d o r e s , é e s s e n c i a l O S I N AT U B é u m eve n

t o t é c n i c o, c o m g r a n d e s n o m e s , e a q u i ve m o s g r a n d e s o p o r t u n i d a d e s ” , d e c l a ro u

O potencial transfor mador do SI NATUB25 também foi reconhecido por Marcos Mussin, da Foco Consul tor ia, que já foi um dos fundadores da TGM Para ele, o cong resso foi um marco para quem busca eficiência in dustr ial “O mercado precisa entender que f abr icar açúcar ou gerar energ ia

não basta é preciso f azer isso com eficiência, segurança e inteligência E é aqui que você encontra essas solu ções”, afir mou

J á M a rc o s G e r i s , d i re t o r d a Tr i n i t o n E n g e n h a r i a I n d u s t r i a l , d e s t a c o u a o p o r t u n i d a d e d e a p re s e n t a r n ova s t e c n o l og i a s d i re t a m e n t e a o s decisores “É uma honra par ticipar de u m eve n t o t ã o i m p o r t a n t e p a r a o

n o s s o s e t o r O S I N AT U B o f e re c e à s

u s i n a s a p o s s i b i l i d a d e d e e n t e n d e r a s m e l h o re s t e c n o l og i a s , e q u i p a m e n t o s e projetos para alcançar eficiência em

u m m e rc a d o g l o b a l a l t a m e n t e c o m

p e t i t ivo ”

O p o n t o a l t o, s e g u nd o o s p a r t i

c i p a n t e s , f o i a c a p a c i d a d e d o eve n t o

d e u n i r c o n t e ú d o t é c n i c o d e p o n t a com possibilidades reais de ar ticula

ç ã o c o m e rc i a l A c a d a i n t e r va l o, o

a m b i e n t e s e t r a n s f o r m ava e m u m

ve rd a d e i ro h u b d e n e g ó c i o s , o n d e f o r n e c e d o re s s e c o n e c t ava m c o m

g e s t o re s i n d u s t r i a i s , p e s q u i s a d o re s trocavam exper iências com operado res de usina , e s tar tups podiam apre sentar suas inovações para um públi co altamente qualificado

O espaço também foi fundamen tal para a troca entre for necedores “É produtivo tanto no contato com clientes quanto entre os própr ios for necedores É um cong resso técnico, onde conseguimos nos conectar e en tender os temas com profundidade”, explicou Agata Tur ini, diretora co mercial da Fer tron, uma das empresas expositoras

Representantes de univer sidades, empresas líderes em automação e en genhar ia, especialistas em biotecnolo g ia, pesquisadores e consultores divi diram espaço com executivos de g ran des g r upos como Tereos, Santa Adélia, São Mar tinho, Atvos, Gr upo Far ias, Água Bonita, Cocal, Pitangueiras, Co r ur ipe, Santa Lucia, entre outros Para Josias Messias, CEO da Pro Cana Brasil e i dealizador do SINA TUB, a edição de 2025 foi histór ica “A cada ano conseguimos reunir mais conteúdo técnico e mais profissionais comprometidos com a excelência do setor Mas, sobretudo, conseguimos cr iar um ambiente de trocas verdadei ras, onde as conexões geram valor O SINATUB é isso: conhecimento apli cado, inovação e relacionamento de alto nível”, afir mou

Conexões que geram resultados

Ambiente estratégico do SINATUB25 aproximou tomadores de decisão gerando opor tunidades concretas para novos negócios

Em um setor em que a competiti vidade exige inovação contínua e de cisões rápidas, o SINATUB25 ofereceu o que há de mais valioso: proximidade entre quem pensa, quem f az e quem decide E essa conexão, constr uída en tre painéis e cafés, teve reflexos imedia tos para muitos par ticipantes

A chance de conversar diretamen te com os responsáveis técnicos por g randes g r upos industr iais algo di fícil no dia a dia foi um diferencial destacado por diver sos expositores “Em poucos minutos, conseguimos apresentar nossa solução para alguém que realmente pode decidir Isso não tem preço ” , comentou um represen tante de tecnolog ia para processos Além do fortalecimento de relações

já existentes, o ambiente f avoreceu o surg imento de novos contatos Peque nas e médias empresas também encon

traram no cong resso uma vitr ine para suas soluções Em um setor altamente técnico e tradicional, conquistar visibi

lidade pode ser um desafio e o SI NATUB ofereceu essa platafor ma

A presença qualificada do público foi, para muitos, o ponto de maior im pacto Segundo os organizadores, mais de 40 palestrantes passaram pelos dois dias de evento, e o público contou com profissionais de todas as reg iões do Brasil e também da Amér ica Latina

Outro ponto for te do cong resso foi a diver sidade de perfis entre os par ticipantes, o que ampliou a quali dade das trocas Jovens engenhei ros, exper ientes gestores industr iais, pes quisadores acadêmicos e empresár ios dividiram o mesmo espaço, dialogan do de for ma hor izontal Essa plurali dade de olhares enr iqueceu os deba tes e gerou conexões improváveis, que devem se transfor mar em projetos co laborativos nos próximos meses

A exper iência também foi enr ique cida pela presença de empresas emer gentes, que trouxeram ao evento solu ções tecnológicas alinhadas com a tran sição energética e a digitalização indus tr ial Muitas dessas empresas relataram que o SINATUB foi decisivo para con quistar leads qualificados e abr ir conver sas com investidores e grupos empresa r iais interessados em inovação

Tendência de mercado: evolução da indústria flex (cana-de-açúcar e cereais)

Durante o segundo dia do Con g resso Inter nacional SINATUB 25, Ágata Tur ini, diretora comercial da FERTRON, empresa líder em automa ção e elétr ica industr ial no setor sucroe nergético, apresentou um cenár io de rápido crescimento sobre o futuro do etanol de milho no Brasil Intitulada “A indústr ia do futuro: etanol de milho”, a apresentação reforçou o protagonismo crescente desse biocombustível no ce nár io energético nacional e destacou o papel estratégico da automação indus tr ial nesse processo de transfor mação

Ágata destacou a evolução do setor e o crescimento acelerado da produção Segundo dados da UNEM (União Na cional do Etanol de Milho), o Brasil já ultrapassou a marca de 8,2 bilhões de li tros de etanol de milho produzidos por ano, representando mais de 20% da pro dução nacional de etanol número que deve dobrar em menos de uma década Ágata relembrou a trajetór ia do eta nol de milho no Brasil, desde a imple mentação da pr imeira planta flex e a rá pida evolução da tecnologia nesse setor “Hoje já temos uma base tecnológ ica

brasileira forte, e a FERTRON é prova disso”, afir mou

“Nosso diferencial reside na inte g ração completa de soluções auto mação, painéis de controle, instrumen tação de alta precisão e sistemas elétr i cos todos desenvolvidos com tecno log ia própr ia Essa abordagem garante um nível super ior de controle e eficiên cia operacional, refletindo diretamente na rentabilidade dos nossos clientes”, destacou A FERTRON se fir ma como uma das pr incipais empresas do setor de bioenerg ia, apresentando um cresci

mento médio anual de 40%, impulsio nado pela crescente demanda por auto mação de processos e pelo uso de inte ligência artificial em seus projetos

Vantagens operacionais e econômicas

Ágata destacou que a indústr ia do milho nasce automatizada, com maior controle de processos e menor neces sidade de mão de obra “Enquanto uma planta full exige 122 pessoas, uma planta flex demanda apenas 22 Isso é o pulo do gato”, disse Além disso, ela apresentou compa rativos de plantas full e flex, mostrando que o investimento em uma planta flex é cerca de R$ 200 milhões menor, com ebitida anual super ior “É viável, escalá vel e altamente rentável”, reforçou Outro destaque é a possibilidade de operação contínua, 355 dias por ano, com ar mazenamento de g rãos por até três anos, o que garante flexi bilidade produtiva especialmente atrativo para usinas de cana que dese jam se tor nar flex

Novos produtos e novas receitas

Além do etanol, as plantas produzem óleo de milho, ração animal (DDG e WDG), CO₂ e exportam energ ia elé tr ica, o que diversifica as receitas e for talece a sustentabilidade financeira do negócio “Com 1 000 toneladas por dia em uma planta flex, é possível produzir anualmente 152 650 000 litros de eta nol, 102 950 toneladas/ano de DDG, 6 390 toneladas /ano de óleo br uto e exportar até 886 MWH/ano de ener gia Isso não é futuro, é presente ”

Perspectivas e política pública

A executiva destacou ainda a impor tância do apoio institucional e das políticas públicas, citando o RenovaBio, o progra ma Combustível do Futuro “O Brasil tem tecnologia Estamos evoluindo Nossa base automotiva já é flex, e agora migramos para o híbrido flex elétrico Não precisamos copiar modelos externos Podemos liderar essa transformação”, concluiu

Tecnologia brasileira revoluciona usina colombiana e vira destaque no SINATUB25

Implantação pioneira do S-PAA no Ingenio

Carmelita mostra como inovação nacional pode transformar o setor bioenergético latino-americano

A inovação brasileira começa a transfor mar o setor bioenergético da Colômbia Durante o segundo dia do Cong resso Inter nacional SINA TUB25, realizado em 22 de maio, o engenheiro Jeffer son López Montes, do Ingenio Car melita, sur preendeu a plateia ao apresentar os resultados da implantação da tecnolog ia S PAA desenvolvida pela Soteica do Brasil e aplicada pela pr imeira vez em uma usina colombiana

a d o ç ã o d e s s a s o l u ç ã o d i g i t a l , q u e

c o n e c t a m o d e l o s t e r m o d i n â m i c o s à o p e r a ç ã o i n d u s t r i a l A p l a n t a , c o m

c a p a c i d a d e d e m o a g e m d e 3 5 0 0

t o n e l a d a s p o r d i a e c og e r a ç ã o 1 0 0 %

a b a g a ç o, t a m b é m é a p r i m e i r a n o

p a í s a o p e r a r c o m u m c i c l o re g e n e

r a t ivo f u n c i o n a l , c o m p o t ê n c i a i n s

t a l a d a d e 1 0 , 5 M W

“ V i e m o s c o m p a r t i l h a r a e x p e r iência com o S PAA e mostrar co mo conseguimos conectar o modelo

t e r m o d i n â m i c o c o m n o s s a s e s t r a t é g ias operacionais”, afir mou Jeffer son Desenvolvido em parcer ia com a So teica, o projeto per mitiu a dig italiza ç ã o d o s d a d o s e a i n t e g r a ç ã o d e d i

f e re n t e s s i s t e m a s d e i n f o r m a ç ã o d a u s i n a , p ro p o rc i o n a n d o d e c i s õ e s e m tempo real com impacto direto sobre a eficiência energética

Integração em tempo real e ganhos expressivos

A aplicação do S PAA no Inge nio Car melita se deu em quatro pon tos estratég icos, com controles em tempo real desde a extração do caldo até a caldeira “Conseguimos contro lar a geração do turbogerador a par tir da concentração de sólidos nos eva poradores, ajustando o consumo de vapor e a eficiência do sistema como um todo”, explicou o engenheiro Os resultados obtidos foram sig

nificativos: Redução de 11 libras de vapor por tonelada de cana; Aumento de 0,1 na relação vapor bagaço, re presentando economia de combustí vel; 1,6% mais bagaço disponível para venda; 3,4% a mais de energ ia expor tada à rede nacional

A l é m d i s s o, o s i s t e m a p

desconhecidos, promovendo melho r i a s c o n

l i b e r a r o s

p e r a d o re s d a c a l d e i r a d a s a ç õ e s re p e t i t iva s , o q u e e l evo u a c a

p a c i d a d e d e a n á l i s e d a e q u i p e e a b r i u

n ova s p o s s i b i l i d a d e s d e i n ova ç ã o

d e n t ro d a p r ó p r i a p l a n t a ” , c o m p l e

t o u Je f f e r s o n

Segundo ele, o g rande diferencial

d a a p l i c a ç ã o e s t á n a a b ord a g e m t er m o d i n â m i c a “ O S PA A é u m g ê

m e o d i g i t a l q u e va i mu i t o a l é m d a estabilização de var iáveis Ele se tor n a u m a f e r r a m e n t a e s t r a t é g i c a , c o

n e c t a n d o p ro d u ç ã o, m a nu t e n ç ã o e

i n t e l i g ê n c i a o p e r a c i o n a l e m t e m p o

real”, disse Montes

Para Douglas Mar iani, da Soteica, a exper iência do Ingenio Car melita reforça o potencial transfor mador da tecnolog ia brasileira na Amér ica Lati na “Essa jor nada mostra como o S

PAA pode revolucionar a eficiência energética e a gestão industr ial em usinas maiores no Brasil e também de outros países Estamos apenas come çando: há g rande espaço para replicar esse modelo na reg ião”, afir mou

A apresentação marcou um mo mento simbólico para o SINATUB25, colocando em evidência como o Bra sil pode expor tar conhecimento e so luções para seus vizinhos latino ame r icanos O case do Ingenio Car meli ta ser ve como referência de como a colaboração técnica entre países pode acelerar a adoção de tecnolog ias sus tentáveis e dig itais

Colômbia busca protagonismo bioenergético

com apoio de soluções brasileiras

Com 14 usinas em operação e moagem anual de cerca de 22 milhões de toneladas de cana, o setor colombiano opera 330 dias por ano

A par ticipação colombiana no SINATUB25 não se limitou à apresentação do caso de sucesso do In genio Car melita O país marcou presença estratég i ca no cong resso com a contr ibuição de Julián Lu cuara, Diretor de Energ ias Renováveis e Novos Negócios da Asoca ña – a assoc iação nacional das usinas Em sua f ala, Lucuara apresentou o panorama do setor na Colômbia, destacando os avanços no uso de tecnolog ias limpas, a alta produtividade ag rícola e os investimentos crescentes em biocombustíveis

Com 14 usinas em operação e moagem anual de cerca de 22 milhões de toneladas de cana, o setor colombiano opera em reg ime praticamente contí nuo: 330 dias por ano Essa constância operacional abre espaço para projetos de dig italização, otimiza ção energética e automação industr ial áreas nas quais o Brasil tem liderado com excelência “Segui mos o Brasil como referência tecnológ ica Obser vamos as soluções que surgem aqui e avaliamos co mo aplicá las em nosso contexto”, afir mou Julián

Ele ressaltou o interesse colombiano por novas al ter nativas como o SAF (combustível sustentável de aviação) e o biogás, indicando que o país está atento às tendências globais de descarbonização Segundo ele, o próximo passo é ampliar a adoção de fer ramentas di g itais e sistemas inteligentes que possam tor nar o pro cesso mais eficiente e sustentável especialmente na geração e uso de energ ia a partir do bagaço de cana

A presença de empresas brasileiras com cases só lidos de inovação e perfor mance no SINATUB25

reforçou o intercâmbio entre os dois países Repre sentantes de diferentes g r upos c olombianos de monstraram interesse por visitas técnicas, parcer ias e estudos de viabilidade de aplicação de tecnolog ias como o S PAA em outras unidades “Essa troca é essencial O que vimos neste cong resso é que não se trata apenas de vender tecnolog ia, mas de compar tilhar soluções que impactam diretamente o futuro do setor bioenergético na Amér ica Latina”, desta cou Lucuara

Pedro Martinelli, da Zanini Serviços
Tiago de Castro Cervantes, Caldema
Verônica Bruno, Carmeuse
Marcos Fabi, Solisteel, sala açúcar
Mariano Gracino, da Veolia
Paulo Delfini, sala extração
Javier Ibañes, Sugar & Ethanol, sala açúcar
João Fatorelli , da Regal Rexnord
Gilmar Galon, sala gestão on line
Guilherme Fraga, São Martinho
Jonathan Abel- USJ, sala gestão on line
Josias Messias e Raphael Delloiagono
Marcos Mussin e Josias Messias
Antônio Marcos Furco, Carlos Alberto Pedrosa e Josias Messias
Eneas Cordeiro, Tereos
Gabriel Morais, Monoda
Filipe Montebello e Guilherme Fraga, da São Martinho, e Douglas Castilho Mariani, PhD
Antonio Marcos Furco, sala balanço térmico
Eder Paz, Caltec
Amanda Gondim, UFRN
Andresa Zago, Alpinus Consultoria
Eduardo Baptista - EIB, sala biogás

Presenças Marcantes no #SINATUB25

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