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USINA DO MÊS
Agosto 2016
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USINA DIANA, UM CASE DE SUCESSO LUIZ MONTANINI, DE VALINHOS, SP
Quando chegou na pequena Avanhandava, oeste paulista, em 2010, a intenção do engenheiro civil pós-graduado em administração de empresas Ricardo Junqueira era dar uma ajeitada rápida na Diana — Destilaria de Álcool Nova Avanhandava, e passá-la adiante, como diz o jargão popular. Vender a usina e voltar para a metrópole paulista o mais rápido que pudesse era o seu objetivo. O que Junqueira não esperava era que acabaria se apaixonando por essa Diana e, por extensão, pelo próprio setor sucroenergético. Desde então, conta, ele e sua equipe, com quem sempre divide as glórias e mazelas, vêm implementando práticas de administração modernas, transparentes e participativas, que premiam a meritocracia. O resultado é que nestes pouco mais de seis anos a usina se transformou em um case de sucesso: mais que duplicou sua moagem, ao saltar de pouco mais de 756 mil toneladas para 1.650.000 na safra passada e duplicar sua produção de etanol anidro e hidratado, passando de cerca de 30 mil m3 para 60 mil m3. A produção de açúcar, por pouco não foi triplicada, ao sair de 41.931 toneladas para 110 mil toneladas. Satisfeitos com os resultados, mas jamais acomodados, o corpo diretivo da
Diana traçou novas metas. Em outubro de 2015 debruçou-se por 60 dias na formatação de seus compromissos referentes aos valores, missão, visão e objetivos de longo prazo. O documento, que se tornou o plano diretor da companhia, incluiu todas as áreas, com o objetivo de levar a Diana a moer 2.250.000 toneladas de cana na safra e produzir 120 mil toneladas de açúcar VHP e 90 milhões de litros de etanol total, entre anidro e hidratado, se possível na safra de 2021. Limitou, também, a safra a, em condições climáticas normais, ter um período máximo
de 240 dias, iniciando por volta do dia 1 de abril e encerrando por volta do dia 30 de novembro de cada ano. Outra decisão fundamental foi tomada em relação ao quesito liquidez financeira. Seu plano diretor documentou como meta crescer organicamente, respeitando a liquidez de caixa, com limite de endividamento. — Creio que temos tido sucesso nessas práticas pois, mesmo nesta crise , mais do que dobramos o tamanho da companhia, em números absolutos e relativos , diminuindo os seus custos e aumentando a sua geração de
caixa (EBITDA) — comemora o CEO Ricardo Junqueira, ressaltando que esses números são auditados pela KPMG desde 2012. Junqueira acrescenta que a Diana sempre tem o cuidado de dar condições ao colaborador para se capacitar e se destacar através da meritocracia. E que o investimento em pessoal qualificado não para. “Neste momento iniciamos uma nova fase, mais profissional, por isso contratamos diretores mais experientes e consultorias específicas, sempre atentos ao melhor retorno para a empresa, pay back, relação custo/benefício e ao caixa da companhia”.