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TECNOLOGIA AGRÍCOLA
Agosto 2016
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Inovações tecnológicas aprimoram performance da cultura Uma inovação tecnológica que deverá impulsionar a produtividade agrícola, nos próximos anos, será a cana geneticamente modificada, conforme revelam pesquisas na área. O CTC – Centro de Tecnologia Canavieira, por exemplo, prevê o lançamento da cana transgênica em 2018.
Aperfeiçoamento do processo de mecanização das lavouras de cana é fundamental para que a cultura possa expressar todo o seu potencial produtivo O portfólio com as primeiras variedades geradas pela biotecnologia deverá incluir uma “cana mais produtiva”. A inserção de genes específicos aumentará, neste caso, em 25% a produção em toneladas por hectare. Outra planta geneticamente modificada será a cana que terá um aumento em mais de 20% do teor de açúcar na produção de etanol. O CTC, localizado em Piracicaba, SP, está desenvolvendo também, a partir do uso de ferramentas biotecnológicas, a cana
tolerante a estresse hídrico e a cana resistente a pragas. A superação da crise econômica poderá criar condições financeiras para o uso de uma tecnologia – já disponível no mercado e utilizada por algumas unidades – que tem grande potencial para o aumento da produtividade agrícola. Trata-se da irrigação
ou fertirrigação por gotejamento que leva água e insumos na quantidade certa para a planta por meio de tubos gotejadores, considerando as condições específicas de cada área. Apesar de exigir investimentos elevados para a sua implantação, esse sistema de irrigação conduzido de maneira correta costuma proporcionar resultados altamente
positivos. A produtividade pode ter aumento, em alguns casos, de até 200%. O aprimoramento do processo de mecanização das lavouras de cana é também considerado fundamental para que a cultura possa expressar todo o seu potencial produtivo. No caso do plantio convencional, por exemplo, existe a necessidade de reduzir os danos causados às gemas no processo de colheita de mudas, além de aperfeiçoar a distribuição dos toletes nos sulcos. O CTBE - Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, com sede em Campinas, SP, tem estudado o desenvolvimento de um sistema de distribuição, com maior precisão, que deverá diminuir o consumo de mudas pela metade, entre outros benefícios. No caso do corte mecanizado, um projeto, coordenado pelo pesquisador Jorge Luís Mangolini Neves, tem o objetivo de desenvolver “a máquina dos sonhos” do setor. Estão sendo estudadas algumas mudanças, como a incorporação de um corte de base multifuncional, um sistema de limpeza por insuflamento e novas formas de recolhimento da cana. O CTBE está também desenvolvendo uma máquina, com diversas melhorias, denominada ETC – Estrutura de Tráfego Controlado, com nove metros de largura, que possibilita a passagem dos pneus sobre faixas dedicadas permanentemente ao tráfego e libera o restante da superfície para o cultivo da cana. (RA)