JornalCana — Edição 271 / Agosto 2016

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JC 271

7/28/2016

11:50 AM

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MERCADO

Agosto 2016

O setor vai sair da crise, mas não no curto prazo LUIZA BARSSI, DE VALINHOS, SP

“A manutenção da competitividade setorial é uma condição necessária para a retomada dos investimentos em ampliação da capacidade produtiva, uma vez que, os fundamentos principais que moldam o futuro do setor persistem e continuarão a persistir no horizonte de médio e longo prazo”. Esta é a opinião do head corporativo para o segmento sucroenergético da Siemens, Ricardo Muniz Ferreira. Ele observa que atualmente o setor sucroenergético ainda se recupera dos efeitos negativos da crise financeira do fim da última década. Ao endividamento elevado, somam-se safras de clima adverso, aumento estrutural dos custos e consequentemente o achatamento da rentabilidade das empresas. De acordo com Ricardo Muniz Ferreira, o mercado de hoje diante de suas dificuldades recentes na política de preços dos combustíveis gerou distorções, o que resultou em um aumento de incertezas e na falta de confiança para a realização de novos investimentos. Porém, com a melhor remuneração do açúcar no mercado internacional e a recuperação dos preços do etanol no mercado interno dos últimos meses, os grupos atuantes deste setor estão em fase de recuperação financeira, que têm como prioridade sanar suas dívidas contraídas.

“O setor sucroenergético atravessa um período de recuperação financeira, movido pela melhor remuneração de seus produtos, açúcar, etanol e bioeletricidade. Essa recuperação deve recompor o fluxo de caixa das empresas que poderão voltar a planejar seus futuros investimentos”, avalia. Ricardo conta que ainda crê na retomada do setor, mas não no curto prazo. Entende que por enquanto não será perceptível os investimentos visando o aumento de produção no setor, mas sim a busca pela eficiência energética, por maiores níveis de sustentabilidade e pela inovação tecnológica, temas que para ele, deverão permear a pauta da agenda dos investimentos no curto prazo. “Por isso as empresas alinhadas com o mercado como a Siemens estão preparadas para fornecer soluções inovadoras e integradas que reduzem os custos de produção e manutenção, otimizando o processo produtivo”. A previsão de Ricardo Muniz é que até 2019 espera-se uma manutenção nos fundamentos de oferta e demanda do setor para efeitos positivos na competitividade, que poderão fabricar produtos de maior valor agregado e de maior interesse social. “O setor sucroenergético notabilizou-se por sua capacidade de produzir energia limpa e renovável em larga escala. As metas definidas pelo governo na COP 21 de Paris deverão impulsionar investimentos na área de energias renováveis”, comenta.

Ricardo Muniz, head corporativo da Siemens

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