ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
Congresso Nacional da Maturidade
Inscrições estão abertas. Encontro será realizado em setembro de 2026, em Águas de Lindóia - SP
Multiplique Jovem
Juventude Batista do Rio Grande do Norte reúne mais de 200 jovens em dois dias de programação.
Culto no Centro Batista
Encontro mensal dos colaboradores da CBB e organizações celebra o Mês da Juventude
Clínica Pastoral
Pr. Ailton Desidério reforça a importância do acompanhamento psicológico no ministério pastoral regularmente
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EDITORIAL
O extraordinário no cotidiano e na missão
Encerramos mais um Mês da Juventude Batista com o coração cheio de gratidão. Ao longo de agosto, fomos lembrados de que o extraordinário de Deus não se revela apenas nos grandes feitos ou momentos históricos, mas também naquilo que muitas vezes passa despercebido: no sorriso de um jovem que decide servir, na comunhão em pequenos grupos, na oração feita em silêncio, na fidelidade de quem persevera dia após dia. Como nos ensina Paulo, “tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus” (Cl 3.17). Essa visão amplia nosso olhar para
compreender que viver o extraordinário é, sobretudo, reconhecer a presença de Cristo em cada detalhe da vida. Não se trata de esperar apenas pelos milagres grandiosos, mas de aprender a enxergar Deus na rotina, no estudo fiel da Palavra, no aconselhamento mútuo e na missão de testemunhar o evangelho em comunidade. Nesta edição, publicamos os últimos artigos da série de devocionais, preparadas pela Juventude Batista Brasileira, para esse tempo tão especial.
É nesse mesmo espírito que celebramos também os 70 anos do Se-
minário Teológico Batista Equatorial (STBE), em Belém do Pará. Entre os dias 4 e 5 de agosto, a instituição foi palco de uma celebração histórica, marcada pelo tema “Teologia da Grande Comissão”. Ao som do Conjunto de Sinos e do Gran Coral Equatorial, a capela foi preenchida por louvores e pela presença de mais de 300 Batistas reunidos. Foram dias de adoração, ensino e reconhecimento da obra que Deus tem realizado por meio do seminário na formação de gerações comprometidas com a Palavra e a Missão. Este é o destaque da capa desta edição. Leia a matéria completa na página 09.
Assim como o STBE segue levantando vocações e preparando obreiros para a seara, também a juventude batista brasileira é chamada a viver o extraordinário no cotidiano e a assumir seu papel na Grande Comissão. Que agosto não seja apenas um mês especial em nosso calendário, mas um lembrete permanente de que cada dia é oportunidade para servir a Cristo com gratidão, confiança e propósito.
Que Deus abençoe a Juventude Batista Brasileira.
Que Deus abençoe o Seminário Teológico Batista Equatorial. n
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
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Extraordinário no
sono: como
nosso descanso nos lembra que Deus não desliga
Laura Torres Nordeste
“Se o Senhor não for o construtor da casa, inútil será o trabalho dos construtores. Se o Senhor não vigiar a cidade, inútil será a vigília da sentinela. Inútil será para vocês levantar cedo e dormir tarde, trabalhando arduamente por alimento. Pois ele concede o sono a quem ama.” (Salmo 127.1).
Eu não preciso perguntar se, recentemente, você se sentiu esgota-
do ou cansado, é muito provável que sim. No ritmo que vivemos, negligenciamos nosso sono e descanso para dedicar, incansavelmente, todas as nossas forças aos estudos, ao trabalho. O próprio serviço no Reino pode ser exaustivo – ainda que o façamos com alegria, não somos máquinas. Frequentemente, temos demandado do nosso corpo e mente, mais do que ele pode suportar, ao ponto em que perder noites de sono virou normal. Somos tentados a deixar de lado o descanso que precisamos, pois nossa
mente se dirige ao que podemos perder se não estivermos correndo atrás dos objetivos estabelecidos. Parece um desafio parar e sair do volante por um momento que seja, ou dizer “não”, às vezes. Mas se há tempo para cada coisa debaixo do céu, há de ter tempo também para o descanso.
O Salmo 127 nos lembra que nossos esforços são em vão se Deus não estiver no controle. Não é pelo tamanho da nossa dedicação que faremos as coisas acontecerem, por isso, não há motivo para não repousarmos. O
próprio Deus instituiu o descanso na criação, o deu como mandamento e nos ensina que o controle não está nas nossas mãos. Felizmente, está nas d’Ele.
Enquanto nós precisamos descansar, nosso Deus não dorme e está atento às nossas necessidades. Que maravilhoso saber que a soberania do Senhor é refúgio, poder descansar em seus braços, pois tudo está em Suas mãos. n
O extraordinário de Deus em meio a dor: o sofrimento como megafone de Deus
Mariana Rabelo Santos Nordeste
“Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou. E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor.” (Jó 1.21-22).
Durante a nossa trajetória, muitas coisas vão acontecer. Isso pode parecer óbvio, porque realmente é. Mas faço questão de reafirmar: haverá eventos bons e ruins. Isso também parece óbvio, mas, já que sabemos disso, por que ainda somos surpreendidos pelos acontecimentos negativos?
A verdade é que ambos os eventos, os bons e os ruins, vão produzir testemunhos em nossas vidas. Ain-
da assim, quando momentos de dificuldade nos assombram, achamos que não conseguiremos enfrentá-los. Sentimos que não somos capazes de suportá-los, assim como Jó, que experimentou perdas repentinas, diagnósticos de doenças, perseguições e luto.
Nesses momentos, nos fazemos muitas perguntas sobre a vontade de Deus e Seus propósitos para conosco… e, para ser honesta, nem sempre teremos respostas imediatas.
Às vezes, viveremos com a dor por anos. Em alguns momentos, ouviremos um “não” de Deus. Em outros, pediremos a Deus para não sofrer mais – como Paulo, que nos fala sobre sua experiência de dor em 2 Coríntios 12.8-10: “Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te
basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso, sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então sou forte.”
Portanto, precisamos crer que o nosso Deus tem uma vontade boa, perfeita e agradável. Ele sabe o que é melhor para nós e não nos abandonará jamais.
“Senhor, tu me sondas e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.” (Salmos 139.1-3).
Deus nos vê em todos os momentos e nos ajuda a enfrentar os sofri-
mentos da vida. Muitos desses sofrimentos, embora difíceis, podem ajudar a curar outras pessoas quando compartilhamos uma perspectiva cristã sobre como enfrentar as dificuldades e damos testemunhos do que Jesus fez e faz por nós.
É nesse lugar, no nosso interior, onde as dores mais profundas habitam, que Cristo faz florescer a cura. Cura para o nosso coração e para aqueles à nossa volta que, por muitas vezes, enfrentam as mesmas mazelas que nós.
Gerar testemunho no sofrimento não é nada fácil. Porém, como Jesus nos disse: “Eu disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.” (João 16.33). n
O extraordinário em nós: para todo dia
Stephanie Johnson Norte
“Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção.” (Salmo 139.13-14).
Somos o resultado da criação divina. Cada célula, cada órgão, cada sistema do nosso corpo revela a genialidade do Criador. Do batimento preciso do coração aos trilhões de conexões neurais que ocorrem sem esforço consciente, somos uma obra viva que manifesta o extraordinário de Deus.
Nada em nós foi feito por acaso. Fomos desenhados com propósito, estrutura e beleza. Essa criação não é apenas maravilhosa, mas cheia de significado. Carregamos em nosso corpo físico a assinatura do Deus eterno, e isso nos convida a viver com reverência e responsabilidade.
Quando entendemos essa verdade, somos chamados a honrar a vida
que recebemos. Fomos criados para refletir a glória de Deus em tudo o que fizermos, como ensina Colossenses 3.17: “E tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai.”
Isso se aplica ao servir, ao trabalhar, ao estudar, ao amar, mas também ao cuidar de si. Muitas vezes, nos ocupamos tanto com o espiritual que esquecemos que o corpo é o instrumento por meio do qual vivemos esse propósito. E, se ele não está bem, a alma e o espírito também sentem. Cuidar da nossa saúde é essencial para cumprir, com excelência, a missão que nos foi confiada.
Esse zelo começa nas escolhas do cotidiano. Coisas simples, mas profundamente espirituais: beber água, dormir com qualidade, alimentar-se com sabedoria, movimentar o corpo, respeitar os limites e buscar ajuda quando necessário. Cuidar de si não é vaidade, nem egoísmo – é um ato de adoração. Quando alinhamos corpo, alma e espírito à vontade de Deus, o extraordinário dEle se torna visível
pastor & professor de Psicologia
O cuidado de Deus
“Mas eu sou pobre e necessitado; contudo o Senhor cuida de mim. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus.” (Sl 40.17).
Ao escrever o Salmo 40, o rei Davi proclamou: “Eu sou pobre e necessitado, mas tu, Senhor, cuidas de mim. Tu és a minha ajuda e o meu libertador; não Te demores em me socorrer, ó meu Deus!” (Salmo 40.17).
Quando nos vemos vivendo em necessidade, temos a tendência de nos agarrarmos ao primeiro recurso
em nós diariamente: uma mente mais lúcida, emoções mais estáveis, vigor para servir, disposição para amar e energia para caminhar com fé, mesmo nos dias difíceis.
Por isso, neste fim de mês, deixo um desafio prático e espiritual: reflita se, em algum momento, você tem negligenciado esse presente precioso que é a vida. Talvez maus hábitos tenham enfraquecido o seu corpo e até a sua fé. Mas ainda é tempo de recomeçar.
Deus tem prazer em nos ver bem
que possivelmente nos aponte para alguma forma de solução. Através dos muitos séculos, os seres hu manos, após se apegarem a muitas técnicas promissoras, descobriram que as práticas do mundo religioso são aquelas que mais têm produzido bem-estar interior. É dentro desse contexto que lemos o Salmo 34, escrito por Davi: “Procure descobrir, por você mesmo, como o Senhor Deus é bom. Feliz aquele que encontra segurança nele.” (Salmo 34.8).
integralmente. A cada pequena mudança de hábito e a cada escolha consciente pelo cuidado, você se aproxima da vida abundante que Ele sonhou para você. Uma vida em que as tarefas do dia a dia não são um peso, mas um campo fértil para o extraordinário de Deus florescer em você. Viva com zelo, com intenção, com equilíbrio. E que, em tudo o que fizer, o extraordinário que pulsa em você aponte para a glória dEle. Hoje e sempre. Amém. n
Monalisa da Silva Barros Norte
“Então Ziba disse ao rei: ‘O teu servo fará tudo o que o rei, meu senhor, ordenou’. Assim, Mefibosete passou a comer à mesa de Davi como se fosse um dos seus filhos. Então Mefibosete foi morar em Jerusalém, pois passou a comer sempre à mesa do rei. E era aleijado dos pés.” (2 Samuel 9.11 e 13; leia o texto completo de 2 Samuel 9.1-13).
Você já se perguntou se sua igreja é acessível? Você está preparado
para receber uma pessoa surda, cega ou usuária de cadeira de rodas? Se a resposta for “não”, é possível que você ainda não tenha compreendido a importância desse tema em nossas igrejas.
Acessibilidade é um assunto que não pode ser ignorado por aqueles que desejam levar as boas-novas do evangelho a todos, como Jesus ordenou em Mateus 28.19. Para cumprir essa missão, precisamos conhecer as necessidades dos nossos irmãos e agir com bondade e compaixão, assim como fez Davi.
Em 2 Samuel 9, Davi lembra-se da
Reino acessível,
promessa que fez a seu amigo Jônatas: ser bondoso com sua família. Ele procura saber se ainda havia algum descendente vivo de Saul e encontra Mefibosete, que tinha uma deficiência nos dois pés e vivia à margem da sociedade. Davi foi usado por Deus para agir com misericórdia, restaurando a dignidade daquele homem e concedendo-lhe um lugar à mesa.
Talvez existam muitas pessoas como Mefibosete em nossas igrejas ou até mesmo em nosso bairro. Pessoas que, por causa de uma deficiência, transtorno ou síndrome, são esquecidas ou excluídas. Muitas
deixam de participar dos cultos por falta de adaptações, de intérprete de Libras ou rampas de acesso. Outras até comparecem, mas não conseguem se envolver plenamente nas atividades ou servir em alguma área. Davi poderia ter ignorado Mefibosete, mas escolheu ser um instrumento da graça de Deus em sua vida. Da mesma forma, somos chamados a refletir o Reino por meio de nossas atitudes, mostrando que ele é acessível a todos. Meu desejo é que o Senhor use você como canal de amor e bondade, assim como fez com Davi, para romper barreiras e abençoar muitas vidas. n
Olavo Feijó
Somos um numa só missão
Nédia Galvão
membro da Igreja Batista do Centenário - Congregação em Areia Branca - SE; capelã escolar; especialista em Ciência da Religião e Bacharel em Teologia
O título deste artigo é o tema da campanha de Missões do estado de Sergipe. O menor estado da Federação é um dos menos evangelizados. Há um grande desafio para a expansão do Evangelho em Sergipe. Barreiras e obstáculos precisam ser rompidos e vencidos.
A divisa da campanha está em 1 Timóteo 2.3-4, e é uma convocação ao povo de Deus a arregaçar as mangas. Precisamos ser um, numa só missão, na pregação do Evangelho da salvação a todas as pessoas, sem restrição.
No texto lemos: “Porque isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens sejam salvos, e venham ao conhecimento da verdade.” Deus deseja a sal-
vação de todas as pessoas. O contexto em que o apóstolo Paulo discorre é um cenário adverso, politicamente instável, e de heresias que permeavam a igreja cristã.
Apesar de um governo déspota e atroz, e dos cristãos sofrerem horrores sob o domínio romano, esses cruéis dominadores também estavam inclusos no desejo redentor de Deus. Em 1 Timóteo 2.1-2 lemos: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda piedade e honestidade.”
A ordem é orar visando um bom governo, mas também incluindo um tom evangelístico, inclusive pelos governantes, por piores que fossem. Ainda havia as doutrinas dos mestres gnósticos presentes na igreja cristã, que negavam a salvação para a maio-
ria das pessoas, alegando que apenas um grupo intelectualmente iluminado poderia usufruir e apreciar os benefícios da salvação. Aí, em contraste com essa doutrina, o apóstolo Paulo apresenta que o próprio Deus está interessado na salvação de todas as pessoas, sem restrição.
Também precisamos ser um, numa só missão, apresentando a verdadeira argumentação. Na parte b do versículo 4 de 1 Timóteo 2, lemos: “e venham ao conhecimento da verdade.” E aqui chamo a atenção para o termo “conhecimento”, no texto em foco, que é, no idioma grego, epignósis (ἐπίγνωσις), que significa “conhecimento com um nível de aprofundamento”.
Trata-se de um termo intensificado pelo uso do prefixo epi (ἐπί), que denota “sobre, em cima”, sendo que o termo grego para “conhecimento” é simplesmente gnósis (γν σις). Todavia, o texto supracitado traz a expressão apresentando que se trata
de um conhecimento cheio, completo do Evangelho do Senhor Jesus, o que consiste em mais que compreender intelectualmente, como defendiam os gnósticos, mas em uma iluminação, uma capacitação do Espírito Santo acerca do conhecimento verdadeiro.
Portanto, seguimos numa só missão: na pregação do Evangelho da salvação a todas as pessoas, sem restrição, e apresentando a verdadeira argumentação. Argumentação essa registrada em 1 Timóteo 2.5-6: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.” Que sejamos um, numa só missão de evangelização, pregando a salvação a todos, sem restrição, e com a verdadeira argumentação. n
Voz que interrompe o caos: o agir extraordinário de Deus em meio às lutas
João Araújo Lima Júnior
Norte
“Jesus despertou, repreendeu o vento e disse ao mar: ‘Silêncio! Aquiete-se!’. De repente, o vento parou e houve grande calmaria.” (Marcos 5.39).
A palavra “caos” pode ter vários significados, a depender do contexto em que é empregada. Mas, de modo geral e cotidiano, se refere a um estado de desordem, confusão e imprevisibilidade.
E, cá entre nós, essas palavras –desordem, confusão e imprevisibilidade – resumem e/ou expressam a vida atual de muitos jovens e adolescentes em nosso país. Eles enfrentam crises de identidade, vivências familiares desajustadas, sexualização precoce e cultural, mercado de trabalho diversificado e desafiador, relacionamentos superficiais e rompidos, excesso de informações, consumo desmedido, emoções oscilantes, sentimentos re-
primidos, ansiedade dominante e um vazio que grita: socorro!
As redes sociais, que mostram a todo instante uma falsa felicidade, contrastam com os muitos que choram no silêncio de seus quartos, sem saber para onde correr. Além disso, uma busca incessante por prazer imediato, somada à pressão dos padrões culturais, tem gerado uma geração cansada, ferida e, muitas vezes, desesperada.
Será que esse cenário exposto até aqui é um exagero? Infelizmente, não!
Mas, e aí? O que fazer?
Clame a Jesus. O clamor é um grito de socorro. Na narrativa do texto base deste devocional, os discípulos clamaram: “Mestre, vamos morrer! O Senhor não se importa?” (v.38). Qual é o destaque dessa súplica? O grito? O desespero? A pressão? Não. A principal palavra do clamor dos discípulos foi: Mestre. Não se trata apenas de um vocativo de respeito, mas de uma expressão que revela a relação entre os discípulos e Jesus.
Muitas pessoas, em meio ao caos, suplicam a Deus por ajuda, por socorro, por resposta, sem um relacionamento real. Mas suas vozes simplesmente ecoarão ao vento e ao nada. Quando temos um relacionamento com Jesus, a resposta é garantida. Ele ouvirá. Você é filho de Deus? Você é discípulo? Ou é somente alguém que tão somente acredita na existência de Deus?
Ouça a voz de Jesus. Após clamar, é preciso focar em Jesus, de onde virá a resposta e o socorro. Muitos, em uma relação unilateral com Deus, choram, suplicam, clamam e continuam suas vidas no mesmo caos, lutando com a força do próprio braço, mantendo o mesmo nível de desespero até perder a esperança.
Ei, atenção. Quando você fala com uma pessoa, o que você espera dela? Sim, é óbvio: que ela responda, ainda mais se direcionarmos um grito de clamor ou de socorro. Mas há um grande segredo no relacionamento com Jesus: logo após um clamor, de-
vemos reservar tempo em silêncio. Silêncio no coração e na mente, para que possamos ouvir a sua voz. Você tem conseguido ouvir a voz de Jesus? Por fim, creia. Somente creia. Jesus, ao ver o desespero dos seus discípulos e, provavelmente, nenhuma confiança aparente, pergunta a eles: “Vocês ainda não têm fé?”. E talvez essa seja a mesma pergunta que Ele nos faz hoje: “Vocês ainda não têm fé?”. A Bíblia afirma, na carta aos Hebreus, capítulo 11, verso 6: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois é necessário que aquele que Dele se aproxima creia que Ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.” A fé é a confiança total em Deus. É confiar no amor de Deus e descansar em Seu caráter. O Salmo 34.8 nos direciona a isso: “Provem e vejam que o Senhor é bom! Como é feliz o que Nele se refugia!” Clame a Jesus. Ouça sua voz e aguarde o agir extraordinário Dele! n
MAIS INFORMAÇÕES:
Mais um templo construído no Sertão!
Missões Nacionais
Como é bom ver o que Deus tem feito nos campos missionários. Desta vez, nos alegramos com o avanço do trabalho no nordeste brasileiro. O culto que acontecia na casa de um casal agora acontece no templo da Igreja Batista Boas Novas!
A inauguração do templo aconteceu no dia 12 de julho, na presença de uma grande caravana de irmãos da Primeira Igreja Batista em Caldas Novas, no estado de Goiás. Foi um momento de muita emoção e alegria! Atendimentos odontológicos, atividades com as crianças e o batismo da irmã Alzira marcaram esse dia tão
especial.
Esse é um projeto de plantação de Igreja no povoado São Vicente, em Barreiras, na Bahia, liderado pelo casal missionário pastor Gabriel e Joyce Lamoso.
Louvamos o Senhor pelo tempo em que a igreja se reuniu nas casas e, agora, pela oportunidade desse novo
local para culto!
Ore pela família missionária, pelos irmãos da Igreja Batista Boas Novas e para que outras famílias de São Vicente sejam alcançadas. Vale a pena investir na obra missionária: missoesnacionais.org.br/contribuir
Vamos conquistar a nossa Pátria para Cristo! n
Igreja Batista Nova Jerusalém - BA celebra 31 anos de compromisso com o Reino de Deus
Três dias de louvor, serviço e comunhão marcaram o aniversário.
Arnaldo Silva vice-presidente da Associação Batista Noroeste; pastor da Igreja Batista Nova Jerusalém - BA
A Igreja Batista Nova Jerusalém, de Capim Grosso - BA, sob a liderança do pastor Arnaldo Ferreira, celebrou nos dias 15, 16 e 17 de agosto seus 31 anos de compromisso com a Palavra, com a fé, com vidas e com Jesus, Aquele que veio para nos dar vida, e vida em abundância.
As comemorações tiveram início na noite de sexta-feira (15), com momentos de louvor, seguidos pela ministração da Palavra de Deus, conduzida pelo pastor Neilton Ferreira, da Primeira Igreja Batista em Itapetinga - BA, membro da mesa diretora da Convenção Batista Baiana (CBBA).
Na manhã de sábado (16), nas dependências do Colégio CMEI, unidade ligada ao município de Capim Grosso, a igreja promoveu o Dia de
Ação Social, oferecendo atendimentos médicos, cortes de cabelo, aferição de pressão, testes de glicemia, aplicação de flúor nas crianças, além da distribuição de roupas e brinquedos. Houve também momentos de oração e evangelismo no bairro. Foi um dia marcado pelo compromisso de servir pessoas e levar a mensagem de salvação aos corações daqueles que foram alcançados.
À noite, a programação seguiu no templo, com mais louvores e a participação musical de representantes da Congregação Batista Nova Jerusalém, do Recanto do Seriema.
No domingo pela manhã, a programação continuou com um painel composto pelos pastores Neilton e Nivaldino, da Igreja Batista em Novo Paraíso, município de Jacobina, abordando temas de discipulado. Ao meio-dia, a igreja celebrou com um delicioso churrasco, incluindo carne assada, feijão tropeiro, farofa, salada, sorvete,
A ministração foi conduzida pelo Pr. Neilton Ferreira, pastor da PIB em Itapetinga - BA
trufas e morangos recheados, cercado de muita conversa e comunhão.
A noite de domingo (17), marcou o encerramento das festividades com mais louvores e a participação de membros da Congregação Batista Nova Jerusalém, no povoado do Peixe, sob a condução do seminarista Leo-
nardo. Durante o painel, também foi registrada a participação da congregação do bairro Plantino, com destaque para a Ceia do Senhor, o ato final da celebração.
Assim, a IBNJ/Capim Grosso conclui 31 anos de uma grandiosa história de fé, superação e compromisso com o Reino de Deus. n
IBVB RUN promove fé em movimento pelas ruas de Colinas - MA
Primeira edição da corrida ultrapassou 500 participantes.
Pr. Bruno Henrique, Carol Araujo e Gustavo Melo
Igreja Batista da Vila Brandão, em Colinas - MA
A primeira edição da IBVB RUN, organizada pela Comissão de Eventos da Igreja Batista da Vila Brandão, em Colinas - MA, entrou para a história da cidade como um marco de unidade, propósito e solidariedade. Com percurso de corrida de 5 km e caminhada, o evento reuniu 367 participantes e, somando familiares e a comunidade que acompanhou, ultrapassou 500 pessoas em praça pública, um verdadeiro encontro intergeracional de fé e cidadania.
“Foi união, propósito e emoção do começo ao fim. Cada inscrito, cada voluntário, cada patrocinador e cada pessoa que esteve presente ajudou a transformar esse sonho em realidade. A largada cheia de energia, a superação de cada atleta, a torcida vibrante, as premiações e a alegria que tomou conta das ruas. Duas gerações lado a lado, mostrando que a fé e o propósito não têm idade. Aqui, não corremos sozinhos, corremos juntos, de mãos dadas, carregando histórias e construindo futuro. Cada passo dado nessa
corrida é um tijolo levantado nas salas das crianças, um espaço que será legado para as próximas gerações. A IBVB Run é sobre unidade, superação e amor. É sobre ontem, hoje e amanhã caminhando juntos em Cristo.”
Propósito que constrói futuro
Mais do que um evento esportivo, a IBVB RUN nasceu com propósito beneficente: arrecadar recursos para a construção das salas e departamentos da Igreja. Cada inscrição, doação e apoio voluntário se converte em investimento direto na formação de crianças, adolescentes e famílias, um legado que ultrapassa a linha de chegada.
Energia, superação e celebração
Desde a largada cheia de energia até as premiações, o clima foi de festa. A torcida vibrante impulsionou quem correu e quem caminhou, e a superação de cada atleta mostrou que a corrida é lugar de todos: iniciantes, amadores e experientes. A presença de duas gerações lado a lado – crianças, jovens, adultos e idosos – evidenciou o coração do projeto: a fé que nos move e nos une.
Colinas e região em peso
A IBVB RUN recebeu corredores e caminhantes de diversas localidades, reforçando Colinas como polo esportivo e comunitário na região. Representaram o evento atletas e grupos de: Colinas; Fortuna; São Domingos; São João dos Patos; Paiol do Centro; Gonçalves Dias; Governador Eugênio Barros; Governador Luiz Rocha; Paraibano; Mirador; Povoado Cocos; Buriti Bravo; Pov Maravilha; Belém; Caxias; Dom Pedro; Graça Aranha; São José de Ribamar.
Gratidão que vira obra
Nada disso seria possível sem a rede de apoio que abraçou a causa. Agradecemos a cada inscrito, voluntário, patrocinador e parceiro institucional que somou forças. O que vivemos nas ruas de Colinas já se tornou concreto: cada passo foi um tijolo na construção de espaços de ensino, acolhimento e discipulado para as próximas gerações.
Um final inesquecível
Para coroar esse momento histórico, a IBVB RUN terminou com chave de ouro: um carro-pipa “rabo de pavão”
Primeira edição da IBVB RUN movimentou cidades vizinhas
lançou jatos de água sobre os atletas, proporcionando refresco e celebração após o percurso. No céu, formou-se um lindo arco-íris, símbolo da promessa e da esperança que marcou ainda mais a emoção desse dia inesquecível. Próximos passos
Com a largada dada em 2025, a IBVB RUN se consolida como um evento anual de fé, esporte e impacto social. Que venham as próximas edições, com ainda mais participação, parcerias e frutos. n
Aos 70 anos, Seminário Equatorial reforça o compromisso como casa de profetas
Ao todo, mais de 300 Batistas paraenses se reuniram para os cultos.
William Costa, doutorando em Comunicação, membro da Primeira Igreja Batista em Murinin - PA e jornalista voluntário no Seminário Teológico Batista Equatorial.
Nos dias 4 e 5 de agosto de 2025, Belém do Pará foi palco de uma celebração vibrante e carregada de simbolismo, enquanto o Seminário Teológico Batista Equatorial (STBE) celebrava os seus 70 anos. O tema central da conferência de aniversário foi “Teologia da Grande Comissão”, ecoando o chamado bíblico para todas as nações. A capela do seminário ficou tomada por vozes e melodias do Conjunto de Sinos e do Gran Coral Equatorial, cujo repertório abriu e encerrou os cultos com hinos expositivos que carregavam majestade e a Palavra do Senhor. Ao todo, mais de 300 batistas paraenses se reuniram para os cultos.
Para o diretor-geral dos Seminários da Convenção Batista Brasileira (CBB), pastor Fernando Brandão, as sete décadas de formação não se resumem a diplomas, mas sim ao envio de discípulos com propósito. Para ele, a “Teologia da Grande Comissão” não é tema isolado, é DNA institucional. “Aqui não se formam apenas teólogos, mas vocacionados para transformar contextos sociais e espalhar o Evangelho com fidelidade teológica e coragem missionária”. Brandão lembrou ainda “que os seminários da CBB caminham juntos para plantar igrejas autênticas em todo o Brasil, impulsionando um legado que se renova a cada geração”, declarou.
No púlpito acadêmico, o prof. Ulicélio Valente aprofundou a dinâmica pedagógica da conferência, explicando como a “Teologia da Grande Comissão” permeia desde o currículo até os estágios práticos dos alunos, articulando teoria e prática ministerial com foco no discipulado integral.
A nova diretora técnico-administrativa do STBE, Dra. Vanessa Galúcio, recebeu oficialmente a posse durante o culto e falou sobre os desafios e sonhos à frente. “Temos o compromisso com transparência, recursos sustentáveis e suporte para que o STBE continue como referência de ensino teológico com impacto social na região”, pontuou.
Pastor Pedro Veiga, vice-diretor dos Seminários da CBB, destacou a relevância do Equatorial para a região.
“Este seminário simboliza a presença Batista na Amazônia por sete décadas, compromisso e impacto que atravessam gerações. Agora é um novo tempo de Deus para os nossos Seminários e caminharemos conduzidos pelo Espírito Santo”, disse.
“Viver estes 70 anos é honrar uma história que antecede a mim e carregar o bastão para o futuro. Estar aqui hoje me faz sentir parte deste milagre de vocações e ministérios”, disse o seminarista Jefferson Martins, aluno do 3º semestre do curso de Teologia, vice-presidente da União Missionária de Homens Batistas do Pará e membro da Primeira Igreja Batista no Bengui, em Belém.
Estude no Seminário Equatorial
Para quem deseja fazer parte desta história, o vestibular do Seminário Equatorial está com inscrições abertas. O seminário oferece o Bacharelado em Teologia, na modalidade presencial, além dos EaD em Teologia, Pedagogia, Comunicação e Marketing, e outros, como cursos livres de música e especializações para formação ministerial. As inscrições podem ser feitas pelo site: seminarioequatorial. com.br. n
Pr. Fernando Brandão, diretor-geral dos seminários da CBB, trouxe uma palavra inspiradora aos presentes
Alunos e professores do Seminário Equatorial
Líderes recebem quadro em homenagem aos 70 anos do Seminário Equatorial
Seminaristas presentes Apresentação musical do Gran Coral
Dra. Vanessa Galúcio, Pr. Fernando Brandão e o Prof. Ulicélio Valente
Pr. Fernando Brandão, diretorgeral dos seminários da CBB, orando pela instituição
Vale do Paraíba, em São Paulo, recebe Operação Jesus Transforma
Ao todo, nove cidades receberam as atividades evangelísticas.
Maria Regina de Almeida membro da Primeira Igreja Batista em Caçapava - SP
A região do Vale do Paraíba, no interior do Estado de São Paulo, sediou este ano, pela primeira vez, a Operação Jesus Transforma. Os resultados foram tão positivos e abençoadores que os pastores e líderes envolvidos nesta obra já anunciaram a realização da segunda edição para o próximo ano, marcada para o período de 12 a 25 de julho.
A missão evangelística deste ano foi realizada em nove cidades-polos: Aparecida, Arapeí, Caçapava, Cunha, Jacareí, Moreira César (distrito de Pindamonhangaba), Piquete, São José do Barreiro e Ubatuba, entre os dias 20 de julho e 02 de agosto.
Para o próximo Jesus Transforma, o pastor André Souto Bahia, da Primeira Igreja Batista em Caçapava e presidente da Associação das Igrejas e Congregações do Cone Leste Paulista (AIBACOLESP), disse que a meta, além de todas as atividades já previstas com a Operação, é implantar cinco novas Igrejas Batistas no Vale do Paraíba e ampliar a presença dos Batistas na região para um total de 65 Igrejas em 31 municípios.
O pastor Francisco Franciene Rodrigues dos Santos, da Segunda Igreja Batista em Moreira César, disse que
os moradores do distrito experimentaram a doçura da Palavra e do amor de Deus. “O Jesus Transforma é um resgate dos valores deixados por Cristo”, destacou.
União e participação
As Igrejas envolvidas na programação receberam e hospedaram equipes de evangelistas de várias partes do Brasil. Eles saíram às ruas propagando a mensagem de Salvação por meio de Jesus Cristo, aquele que realmente é capaz de transformar vidas.
As atividades desenvolvidas foram visitas às residências, abordagens de pessoas nas ruas, cultos nos lares e, principalmente, estudos bíblicos evangelísticos, os RD’s (Relacionamentos Discipuladores).
“Mais do que os números de estudos bíblicos realizados, cultos nos lares e conversões, a Operação Jesus Transforma despertou as Igrejas do nosso Vale para a obra da evangelização. Vimos Igrejas que há anos não experimentavam conversões e choraram com os novos decididos. Irmãos que há muito tempo não compartilhavam as Boas Novas com alguém serem usados para a reconciliação de pessoas afastadas da Igreja. Pastores vestirem a camisa amarelinha junto com as suas ovelhas dando o exemplo e discipulando seus líderes
Vinícius
Coordenadores
enquanto cumpriam a Missão”, acrescentou o pastor André, coordenador da Operação.
O impacto dessa obra na vida de quem recebeu as Boas Novas do Evangelho é imensurável, segundo avaliação dos líderes envolvidos. Para eles, a Operação abriu portas e pavimentou o caminho para que, agora, cada polo dê continuidade ao trabalho, discipulando e amparando os que foram alcançados.
Gratidão
O culto de encerramento foi realizado na Primeira Igreja Batista em Caçapava, base da Operação, e reuniu representantes de todas as Igrejas
Comunicação
participantes, além dos enviados das Juntas de Missões Estadual, Nacional e Mundial.
As dependências do templo ficaram lotadas. Faltaram cadeiras, mas sobraram testemunhos de fé e de esperança sobre o mover de Jesus. Nesse culto, sete jovens de Igrejas do Vale do Paraíba decidiram consagrar as suas vidas durante as férias para participarem do Acampamento Radical Amazônia, que vai ocorrer em Manaus em janeiro de 2026. Foi um momento de celebração e de gratidão a Deus pelas vidas alcançadas e pelo agir do Altíssimo durante toda a mobilização da missão Jesus Transforma no Vale do Paraíba. O louvor foi conduzido pela Banda Juba (Juventude Batista). n
Multiplique Jovem inspira juventude do Rio Grande do Norte a cumprir sua missão
Mais de 200 jovens participaram da programação.
Nos dias 08 e 09 de agosto, São José de Mipibu - RN foi palco do Congresso Regional Multiplique Jovem, promovido pela Juventude Batista do Rio Grande do Norte (JUBARN). Realizado na Primeira Igreja Batista da cidade, o congresso reuniu adolescentes, jovens, pastores e líderes com um propósito claro: reacender a chama da missão e do discipulado intencional. Mais de 200 jovens participaram de pelo menos uma das atividades do congresso, representando mais de 14
Igrejas da região. Foi um encontro com propósito. Durante os dois dias de programação, os participantes foram impactados por plenárias que abordaram o cumprimento da missão a partir de relacionamentos discipuladores. Também houve momentos de reflexão sobre os desafios que têm dificultado o avanço do Evangelho, mas sempre com uma perspectiva de esperança e encorajamento.
Vozes que inspiram abençoaram o congresso, o evento contou com a presença de líderes que têm sido referência em suas comunidades: Sagay Kenedy, pastor da Igreja anfitriã, Eude
Cabral Figueiredo, pastor da Primeira Igreja Batista de Goianinha - RN; e Miguel Lima, pastor da Igreja Batista de Lagoa, em Pernambuco.
Na primeira plenária, o pastor Eude Cabral trouxe uma palavra profunda sobre a importância de olharmos para o nosso íntimo e retomarmos uma vida de devoção e dependência do Senhor. Já no sábado, os participantes foram ministrados sobre a visão da Igreja Multiplicadora, os passos para sua implementação e a vida discipular como estilo de vida da juventude cristã.
Participantes do Multiplique Jovem
O Multiplique Jovem não foi apenas um evento, foi um despertar para a necessidade de retorno a visão neotestamentária sobre o fazer discípulos. Um chamado para que os jovens e adolescentes do Agreste Potiguar e de todo o estado se tornem discípulos autênticos, comprometidos com seu chamado e com a expansão do Reino de Deus. n
Moisés Victor coordenador da Juventude Batista do Rio Grande do Norte
Fotos: Jéssica e
Brandão,
de
da Primeira Igreja Batista em Caçapava - SP
Vinícius Brandão da Silva, coordenador de Comunicação da PIB Caçapava - SP
Mãos que amam
Carmen Lígia
missionária no Panamá e Diretora Continental do PEPE Américas
Quando estive em São José dos Campos - SP, conheci um grupo de mulheres na Igreja Batista Jardim das Indústrias, trabalhando arduamente em uma sala cheia de máquinas de costura. Conheci também outra mulher, costureira profissional, que me deu sacolas cheias de roupas feitas em seu ateliê para as crianças. São as Dorcas de hoje, mulheres cheias de amor que dedicam seu tempo e talento para confeccionar roupas para enviar
para as crianças do PEPE.
Muitas não tiveram ainda a oportunidade de visitar um campo missionário e levar pessoalmente os vestidos, camisas, shorts, mas se emocionam ao receber as fotos e ver os sorrisos estampados nos rostos das crianças quando recebem o presentinho tão lindo. Suas mãos de amor já chegaram na Nicarágua, Belize, Panamá, Colômbia, El Salvador, Venezuela e aos indígenas do Paraguai.
São as verdadeiras Dorcas de hoje que seguem o exemplo da Dorcas da Bíblia, conhecida também como Tabita, que se destacou ao ponto de ter a
sua história mencionada no livro de Atos, porque amava as pessoas e vivia para ajudar. Sua profissão? Era uma costureira que usava o seu talento para espalhar o amor de Deus através das suas mãos. Vivia em Jope, cidade vizinha de Lida, onde o apóstolo Pedro estava pregando.
Dorcas adoeceu e morreu, causando grande tristeza entre os discípulos. Dois homens foram enviados a Lida para chamar Pedro. Ao chegar, ele foi levado ao quarto onde o corpo de Dorcas estava, cercado por viúvas que mostravam as roupas feitas por ela. Comovido, Pedro orou e, por um milagre de Deus, Dorcas voltou à vida
para continuar sua missão de amor e ajuda aos necessitados.
Dorcas não era famosa, poderosa ou rica, mas impactou muitas vidas com seu amor e boas ações. Era uma verdadeira discípula de Jesus e amava as pessoas como Jesus ensinou a amar. Ela estava cheia de boas obras porque dedicava seus dias para ajudar aos que estavam ao seu redor.
Oro a Deus para que as Dorcas da IBAJI continuem usando suas mãos para levar o amor de Jesus a mais crianças do PEPE! n
Conheça o PEPE: https://pepeglobal.org
Histórias que Deus está escrevendo
Milena e Heitor Sales missionários no Sudeste da Ásia
“O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento nem sabedoria” (Ec 9.10).
Quero compartilhar com você o que Deus tem realizado aqui no Sudeste da Ásia.
Nosso pequeno grupo passa por mudanças incríveis! A cada encontro vemos as pessoas com o coração mais aberto e engajado. É nítido que eles já criaram um senso de pertencimento muito forte, como uma verdadeira família. Estamos felizes e ansiosos por tudo mais que o Senhor ainda vai fazer nesse grupo.
Em julho, tivemos o primeiro culto do nosso pequeno grupo, um momento marcante e emocionante para todos nós. Meu sogro foi convidado a pregar, e o Heitor fez a tradução para a língua local. Pudemos cantar, orar e ser edificados pela Palavra. Assim, nossos irmãos e participantes estão sendo tocados por Deus através da exposição das Escrituras. Nosso desejo é que esse grupo cresça e que se interessem cada vez mais por aprender e caminhar com Jesus.
No dia 18, nossa equipe local partiu para mais uma viagem de evangelismo e discipulado. No dia seguinte, o
Senhor os conduziu até um homem que chamarei de “Hung”. Nossos irmãos despenderam um dia ao lado desse homem e puderam pregar, explicar e expor textos bíblicos para o Hung. Ao final da conversa, Hung disse que desejava entregar sua vida a Cristo, e agora, ele está sendo discipulado por nosso time! Que alegria! Ore pela vida do Hung para que ele permaneça firme na fé.
No dia 18, nossa equipe partiu para mais uma viagem de evangelismo e discipulado. No dia seguinte, o Senhor os conduziu até um homem que chamarei de “Hung”. Nossos irmãos passaram o dia ao lado dele, pregando, explicando e expondo textos bíblicos. Ao final da conversa, Hung disse que desejava entregar sua vida a Cristo e agora está sendo discipulado pelo nosso time! Que alegria! Ore pela vida
do Hung e para que ele permaneça firme na fé.
Além do Hung, também estamos evangelizando uma jovem, a Mara. Ela segue trabalhando conosco na escola de futebol e nós seguimos pregando o evangelho para ela. Recentemente, uma notícia devastou sua família: Eles descobriram que seu pai está com câncer em estágio muito avançado e as dores têm piorado a cada dia. Ela compartilhou conosco e pediu para que orássemos por sua família. Em nossa última devocional no escritório, eu convidei Mara a fazer uma oração. Essa foi a primeira vez que ela fez uma oração em nome de Jesus. Continue orando por essa jovem, para que ela se renda completamente aos pés do Senhor. E ore também por sua família. Em relação à nossa adaptação, sigo estudando e me dedicando para
aprender a língua do país. Tendo mais intimidade com a minha professora, tenho aproveitado as oportunidades para pregar as boas novas de Jesus. Como a professora é bem jovem, notei que ela tem uma mentalidade mais aberta e curiosa. Isso tem sido uma grande oportunidade para que eu continue apresentando o Mestre naquela escola. Ore por meus estudos e aprendizado da língua local, para que consiga comunicar a mensagem de Jesus cada vez mais clara para esse povo. Quero também compartilhar um motivo de gratidão: o aniversário da nossa filha em julho. No início do mês, pudemos celebrar o aniversário da nossa pequena Manuela. Foi um momento muito precioso, em que mais uma vez louvamos a Deus pela vida dela junto com os amigos. Manuela tem absorvido, a cada dia mais os ensinamentos bíblicos e mostrado um interesse muito especial pela prática da oração. Ore para que a Manuela possa continuar crescendo saudável e que o Pai nos dê sabedoria na criação de nossas meninas.
Obrigada por sua parceria em oração e ofertas. É muito importante para nós o seu apoio para que continuemos completando a missão aqui na Ásia. Grande abraço.
FAÇA PARTE DO QUE DEUS ESTÁ FAZENDO NO MUNDO!
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Após dois anos de espera, PIB em
Nova Marabá - PA empossa novo pastor
Max Walber dos Santos Dutra foi empossado como novo pastor da Igreja.
Max Walber dos Santos Dutra pastor titular da PIB em Nova Marabá - PA; coordenador-geral da Convenção Batista de Carajás
Edna Cristina Jaques Brelaz Castro presidenta da PIB em Nova Marabá - PA
No dia 9 de agosto, a primeira Igreja Batista em Nova Marabá, na cidade de Marabá - PA, realizou um culto solene de posse do pastor Max Walber dos Santos Dutra. O evento contou com a presença de familiares, amigos, membros e representantes de diversas igrejas da região, entre eles, o presidente da Ordem dos Pastores, Pr. Anael Will (representado pelo Pr. Roberto); e o presidente da Convenção Batista de Carajás (COBAC), Pr. Olavo Dias da Silva Filho.
Para a PIB em Nova Marabá, este foi um momento ímpar de gratidão a Deus. Após dois anos em processo de sucessão pastoral, a igreja permaneceu unida em oração, crendo que o Senhor nos indicaria o Seu escolhido.
Oração de posse do Pr. Max Walber dos Santos Dutra como novo pastor da PIB em Nova Marabá - PA
O pastor Max Walber é formado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista Equatorial (STBE), é casado com Suiane Margô Dutra e pai de dois filhos, João e Enzo. Atualmente, exerce a função de Coordenador-Geral da COBAC, onde tem servido com muita dedicação e seriedade. Agora, como novo pastor da igreja, a expectativa é de que seja grandemente usado por Deus para abençoar a comunidade cristã.
O preletor oficial da noite foi o pastor Heber Aleixo, vice-presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), que ministrou com base em Atos 13.1-3, destacando a singularidade do “chamado à obra” feito pelo Senhor, ressaltando-o como um momento histórico à vida da igreja (seja em Antioquia, seja em Marabá), mas, sobretudo, como um momento de rendição e comissionamento. Destacou ainda, não se tratar de uma conquista
humana, mas uma obediência divina. O ato formal de posse foi marcado pela leitura e assinatura do Termo pelo pastor Max Walber, reafirmando seus compromissos diante de Deus e da igreja. Em seguida, recebeu das mãos do irmão Edmilson Dias Duarte, vice-presidente da igreja, a Bíblia Sagrada, símbolo e fundamento do ministério pastoral. O pastor interino Judah Lopes conduziu o momento de oração e consagração do novo pastor e de sua família.
Na sequência, ocorreram as saudações institucionais do presidente da Ordem dos Pastores, do presidente da COBAC e do próprio pastor empossado, que encerrou com oração e benção apostólica à igreja. Para celebrar, a PIB em Nova Marabá ofereceu um coquetel de confraternização aos presentes, em comunhão e gratidão pelos grandes feitos do Senhor.
Porque dEle, e por Ele, e para Ele são todas as coisas. Glória, pois a Ele, eternamente. Amém! (Romanos 11.36). n
Nova Igreja Batista é inaugurada em Ivoti - RS
Em pouco tempo, o trabalho superou as expectativas.
Kátia Brito
jornalista
No dia 03 de agosto, os Batistas gaúchos celebraram um momento histórico na cidade de Ivoti: a plantação de uma nova Igreja Batista. Em um culto festivo e a presença de irmãos de várias regiões, foi inaugurada a Igreja Batista em Ivoti, fruto da obediência ao chamado de Deus, da visão missionária e da cooperação entre Igrejas do Rio Grande do Sul.
A missionária Jackline Angela Pires de Medeiros, relembra como tudo começou:
“Nós já estamos em Nova Petrópolis há nove anos e, há três anos e meio, inauguramos uma Igreja em Picada Café. Quando o pastor estava em jejum e oração, Deus falou com ele sobre a necessidade de avançar. Na Assembleia do Centenário da CBRS, fomos muito tocados quando o irmão Egon falou sobre termos 100 cidades com presença batista e que, até então, havia apenas 85. Em oração, Deus colocou a cidade de Ivoti no coração dele e mostrou que era tempo de convocar 10 famílias, em torno de 20 a 25 pessoas, para auxiliar neste trabalho.”
Em pouco tempo, o desafio ultra-
passou as expectativas.
“O pastor compartilhou a visão com a liderança, que apoiou unânime. Passamos o convite para toda a igreja e, em menos de duas semanas, já tínhamos 40 pessoas inscritas na equipe missionária. Nosso lema é: ‘Não vamos parar até que todo o Rio Grande do Sul conheça o amor de Cristo’.” – completou Jackline.
O diretor-executivo da Convenção Batista do Rio Grande do Sul, Egon Grimm Berg, destacou o significado de mais esse avanço dos Batistas e acima de tudo, do Reino de Deus:
“A inauguração de uma Igreja nunca é apenas a abertura de um templo. É o nascimento de um farol de esperança, a resposta de Deus à oração de um povo. Ivoti agora tem uma Igreja Batista: um novo altar, uma chama missionária acesa, um povo proclamando que Jesus Cristo é o Senhor desta cidade! Ivoti é um campo branco para a colheita e agora Deus nos envia aqui para amar, discipular e transformar.”
O pastor Mauro Sérgio Pires, da Primeira Igreja Batista em Nova Petrópolis, contou como recebeu de Deus a direção para este passo de fé:
“Em um tempo de oração e jejum, buscando a Deus por outra situação,
Ele disse: ‘tira os olhos disto e coloca para fora’. Perguntei: ‘Para onde iremos?’ e veio: ‘olhe para a cidade de Ivoti’. Sem conhecer ninguém lá, Deus me desafiou a convocar 10 famílias para apoiar o trabalho. Compartilhei com minha esposa, com o irmão Egon e recebemos apoio total. Encontramos um prédio no centro de Ivoti, ideal para cultos, treinamento e discipulado. Formamos uma equipe missionária com 40 irmãos. Antes mesmo da inauguração, pessoas da cidade nos procuraram para participar. No culto de abertura, tivemos 15 visitantes e três decisões por Cristo. Louvado seja Deus!”
Além do apoio da Igreja Batista da Orla, liderada pelo pastor Edson Klitzke, o projeto conta com a visão de tornar Ivoti não apenas um ponto de culto, mas um centro de influência, envio e impacto social.
O pastor Luiz Klitzke expressou sua alegria pelo avanço missionário no estado:
“Ver uma nova igreja nascer em Ivoti é testemunhar a fidelidade de Deus e a disposição do Seu povo em obedecer. Esta inauguração mostra que quando unimos forças, oramos e agimos, o Reino avança. Oro para
Celebração de inauguração da IB em Ivoti - RS
que esta igreja seja uma fonte de luz, graça e transformação para muitas gerações.”
E os Batistas gaúchos engajados nesta missão em Ivoti já olham para frente: plantar uma igreja na cidade de Dois Irmãos expandindo, assim, a presença batista no Rio Grande do Sul.
“Essa é uma história do amor de Deus para com esta cidade. Queremos que Ivoti saiba que aqui há uma casa onde o céu toca a terra. E que daqui saiam missionários, líderes, famílias restauradas e vidas transformadas”, concluiu o pastor Mauro. n
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Colaboradores do Centro Batista participam de mais um Culto de Oração
Jovens conduzem a celebração em homenagem ao mês da juventude.
Isabelle Godoy
Comunicação da Convenção Batista Brasileira
Na manhã do dia 20 de agosto, a capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB) recebeu, como acontece mensalmente, mais um Culto de Oração com os colaboradores da Convenção Batista Brasileira (CBB), Junta de Missões Mundiais (JMM), Junta de Missões Nacionais (JMN), Seminário do Sul e Colégio Batista Shepard (CBS). O momento foi marcado por comunhão, louvor e oração, sob a direção do pastor Fernando Brandão, diretor-executivo da CBB.
O louvor foi conduzido pelo ministro de música Marcelo Nelles, coordenador nacional da Escola de Adoração e Arte dos Seminários da CBB, juntamente com colaboradores do Centro Batista. Foram entoadas as canções “Em Ti, Jesus”, de Danielle Cristina, e “Graça”, de Israel Salazar.
Na sequência, o pastor Gabriel Camargo, ex-aluno do Seminário do Sul, orou agradecendo a Deus pela graça de adorá-Lo e pedindo que tudo naquele culto fosse para a edificação da igreja. O pastor Fernando Brandão aproveitou para apresentá-lo, juntamente com sua esposa Kelma Paes e filha, como missionários atuando no campo de Marajaí, no Amazonas, por meio do projeto Radical Amazonas. O casal compartilhou sobre o trabalho missionário na organização da Congregação Batista em Marajaí - AM. “Nós passamos de uma igreja perseguida para uma igreja plantada para a glória de Deus”, testemunharam. A oração pela família missionária foi conduzida pelo pastor João Marcos Barreto Soares, diretor-executivo da JMM.
O momento de oração seguiu com a participação especial da irmã Gabrielly Valentim, colaboradora da JBB. Ela conduziu uma oração de gratidão pelos frutos do Despertar 25, conferência nacional da JBB, que reuniu mais de 1.500 jovens. Também houve intercessão pelo impacto pós-evento nas igrejas locais.
Em seguida, os colaboradores se uniram em oração em duplas, intercedendo pela juventude Batista de todo o Brasil, por onde quer que estejam atuando. A última oração foi conduzida por Anna Clara Gama, colaboradora da JBB, que colocou diante do Senhor o projeto “Pés no Arado 2026”, clamando por direcionamento e novos jovens alcançados.
No momento missionário, o Pr. João Marcos convidou dois jovens, Duda e João, que participaram de uma viagem missionária à Europa. Eles compartilharam suas experiências e desafios enfrentados no campo transcultural. A educadora Elana Ramiro, gerente de Educação Cristã da CBB, orou por eles e por todos os vocacionados que têm respondido ao chamado missionário.
A ministração da Palavra foi conduzida pelo Pr. William Menezes, pastor de adolescentes e esportes na PIB de Irajá – RJ. A mensagem teve como tema “Eu acredito na juventude”, baseada em 1 Samuel 16.7 e 1 Timóteo 4.12.
“Nós não somos ativistas. Nós somos promotores do céu”, afirmou o pastor William, desafiando a igreja a crer e investir na nova geração.
Entre os principais pontos da mensagem, ele destacou:
1. Deus começa muitas coisas na juventude
• Davi foi chamado ainda jovem. Mui-
tos avivamentos começaram com jovens.
2. Eu preciso amar a nova geração
• Investimos naquilo que amamos. Deus ama investir em improváveis.
3. Devo ser usado por Deus para despertar vocações
• O seu chamado pode gerar outros chamados.
4. É nossa responsabilidade ensinar intimidade com Jesus
• Para ter voz, é preciso ter vida. Intimidade com Deus gera experiências sobrenaturais.
5. Somos mentores da nova geração
• Somos fruto da geração anterior e precisamos derramar tudo o que temos de Jesus na vida de outros.
A celebração também contou com a participação do Pr. Sócrates Oliveira, chanceler da CBB, que compartilhou sobre sua visita à Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará (CIBUC), realizada na Primeira Igreja Batista de Camocim – CE, o maior templo Batista do estado. Ele participou de toda a programação, demonstrando apreço
Irmã Gabrielly Valentim, colaboradora da JBB, conduziu o momento de oração
Ed. Elana Ramiro, gerente de Educação Cristã orou no momento missionário
pela caminhada da CIBUC e realizou a oração de posse da nova Diretoria e dos Conselheiros. Bianca Pires, ministra de comunhão, apresentou os novos colaboradores que passaram a integrar o time do Centro Batista. Ao final, o Pr. Fernando Brandão conduziu a oração de encerramento e todos louvaram juntos ao som da canção “Clamo Jesus”, de Paulo César Baruk. Que sigamos firmes na missão de disseminar a importância da leitura e meditação na Palavra de Deus, especialmente para as novas gerações. n
Pr. William Menezes, pastor de adolescentes e esportes na PIB de Irajá – RJ, foi o preletor
Momento de louvor e adoração
Pr. Sócrates Oliveira, chanceler da CBB
Pr. Gabriel Camargo, ex-aluno do Seminário do Sul, fez a oração de agradecimento
Apresentação dos novos colaboradores das equipes do Centro Batista
Pr. Fernando Brandão, diretorexecutivo da CBB, dirigiu o culto
Missionária Kelma Paes compartilhou sobre seu trabalho em Marajaí - AM
Louvor conduzido pelos colaboradores do Centro Batista
Preparando jovens cristãos para a faculdade: fortalecendo a fé em um novo cenário
Andreia Cristina Ramos educadora cristã Extraído de www.oecbb.com.br
A transição do ensino médio para a faculdade é uma das fases mais desafiadoras da juventude. Para o jovem cristão, esse período não se limita à adaptação acadêmica, mas também implica manter uma identidade espiritual firme diante de ideologias diversas, novas amizades, questionamentos filosóficos e a liberdade moral que o ambiente universitário proporciona. A educação cristã, portanto, tem o papel vital de preparar emocional, teológica e intelectualmente esses jovens para não apenas resistirem, mas influenciarem positivamente esse novo ambiente.
A Geração Z, majoritária nas universidades atuais, valoriza a autenticidade, a rapidez das informações e o pensamento crítico. Como observam Souza et al. (2022), “A Geração Z, exposta à tecnologia, demonstra expectativa de uso de ferramentas tecnológicas e de aprendizagem que aproximem teoria e prática” (p. 438). Essa busca por significado também se reflete em sua relação com a fé: eles
não querem dogmas prontos, mas um cristianismo coerente, que suporte o ceticismo e dialogue com a ciência e com as dores do mundo.
Nesse sentido, Tim Keller (2009) destaca que “A fé cristã é muito mais do que um conjunto de crenças; é um caminho para a plenitude da vida que toca todas as dimensões da existência humana” (p. 25). A universidade não pode ser vista como uma ameaça, mas como espaço missionário. Jovens precisam aprender a praticar apologética, cultivar pensamento crítico com base bíblica e manter um testemunho coerente em sala de aula, nos corredores e nas redes sociais.
O exemplo de Timóteo, mencionado por Paulo em 2Tm 4.2, “[…] prega a palavra, insiste a tempo e fora de tempo […]”, é uma direção para a vida universitária. Jovens precisam ser instruídos a conhecer profundamente as Escrituras e aplicá-las em contextos de debate, sem agressividade, mas com convicção e amor.
A conexão com grupos cristãos universitários, igrejas locais e mentores é fundamental. Benson, Roehlkepartain e Hong (2006) enfatizam a importância de relações significativas
com adultos e pares como ponto de conexão vital para a permanência da fé. Os universitários precisam de espaços para pertencer, expressar sua espiritualidade, fazer perguntas e ser ouvidos com respeito. A educação cristã deve oferecer esse suporte por meio de ministérios intencionais de acompanhamento e integração. Outra dimensão essencial é o serviço. A fé não pode se tornar teoria religiosa. A juventude atual busca “uma fé que se exteriorize em ações concretas” (FARIAS, 2019, p. 88). Projetos sociais universitários, voluntariado, liderança em causas comunitárias e defesa de princípios cristãos são formas de manter a espiritualidade relevante. Tito foi instruído por Paulo: “Que a tua conduta seja exemplar em tudo […]” (Tt 2.7). A prática da fé gera testemunho visível e legado duradouro.
Por fim, é preciso cuidar da saúde emocional. A pressão acadêmica pode gerar ansiedade, isolamento e esgotamento. A orientação pastoral deve incluir o cuidado com o descanso, a oração, a atividade física e, se necessário, o acompanhamento psicológico. Como lembra Gary Chapman (1992), “O amor genuíno sempre bus-
cará a compreensão do outro e agirá de forma a suprir suas necessidades emocionais” (p. 34). A educação cristã deve formar jovens fortes, mas também sensíveis ao cuidado consigo e com o próximo.
Bibliografia:
BENSON, Peter L.; ROEHLKEPARTAIN, Eugene C.; HONG, Linda S. The Complete Book of Youth Ministry Zondervan, 2006.
CHAPMAN, Gary. As Cinco Linguagens do Amor. São Paulo: Mundo Cristão, 1992.
FARIAS, Lúcia. Juventude Brasileira e Religião. Religião & Sociedade, v. 39, n. 1, p. 75-92, 2019.
KELLER, Timothy. A Fé na Era do Ceticismo . São Paulo: Vida Nova, 2009.
SILVA, Patrícia A.; MENDES, Roberto C. Saúde Mental e a Geração Z Revista Psicopedagogia, v. 38, n. 117, 2021.
SOUZA, Rosana S. de et al. As ferramentas de aprendizagem preferidas da geração Z. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 103, n. 264, p. 430-449, 2022. n
Pr. Ailton Desidério
Não sei se você já precisou fazer uma ressonância magnética. Nesse tipo de exame, a pessoa é colocada dentro de um túnel, onde campos magnéticos e ondas de radiofrequência são utilizados para produzir imagens detalhadas do interior do corpo. Pessoas claustrofóbicas geralmente não se sentem à vontade nesse ambiente, mas trata-se de um procedimento essencial para o diagnóstico de diversas enfermidades. Um detalhe curioso e importante é que, devido à intensidade das ondas geradas durante o exame, o técnico e o médico responsáveis não permanecem na mesma sala que o paciente; eles acompanham tudo de um ambiente isolado, protegidos por barreiras que impedem a exposição direta.
Você pode estar se perguntando: o que isso tem a ver com o aconselhamento pastoral? O paralelo é o seguinte: na clínica pastoral, o pastor está submetido a um campo de ressonância espiritual e emocional que precisa reconhecer e do qual deve se proteger. Ao ouvir histórias e relatos
traumáticos, carregados de dores e angústias, o pastor se expõe a cargas emocionais e espirituais que, se não forem devidamente reconhecidas, podem afetá-lo profundamente. Então, como cuidar sem se consumir?
A ressonância emocional é uma conexão profunda — muitas vezes inconsciente — sentida por pessoas que se encontram numa relação em que emoções evocadas por histórias ou experiências alinham-se aos sentimentos ou valores do outro. Não é incomum que, no contexto do aconselhamento, o que está sendo compartilhado por quem pede ajuda seja, de maneira muito semelhante, uma experiência vivida pelo próprio conselheiro. Por exemplo: um pastor que enfrenta dificuldades no casamento e ouve a história de uma mulher, uma irmã, com o mesmo tipo de problema. Em situações assim, o envolvimento emocional não é inevitável, mas é bastante possível.
No livro A arte do aconselhamento psicológico , Rollo May afirma: “Uma vez estabelecida a situação do aconselhamento, seria teoricamente aconselhável que o aconselhador es-
quecesse todas as suas experiências próprias. Sua função é esquecer-se de si mesmo, ser quase uma tabula rasa à situação empática.” (1987, p. 71, Ed. Vozes).
A maneira pela qual o conselheiro consegue esvaziar-se das emoções associadas às próprias experiências — que podem reverberar e contaminar o aconselhamento — é buscando, para si, um espaço de escuta. Ou seja, um lugar onde possa falar de suas emoções e vivências. Rollo May também diz que o conselheiro tende a exercer maior influência na dinâmica do aconselhamento. No entanto, adverte: “Se estiver cansado ou, por alguma outra razão, sua coragem estiver reduzida, o jogo pode virar. Ele pode ser surpreendido assimilando o estado de espírito do cliente e permitindo que este dirija a entrevista.” (Op. cit., p. 82).
É fundamental que o conselheiro, e por extensão o pastor, esteja atento ao seu próprio estado emocional. Se estiver fragilizado ou emocionalmente vulnerável, corre sério risco de absorver inconscientemente as angústias do outro, tornando-se refém da carga emocional que deveria
Clínica pastoralParte II
ajudar a aliviar. É aí que a “ressonância emocional” se torna um perigo real: o cuidador deixa de ser referência de estabilidade e passa a reproduzir, ainda que sutilmente, o sofrimento que acolhe.
A clínica pastoral não é uma tarefa simples, como muitos pensam. Algumas questões compartilhadas nesse espaço podem reverberar negativamente na vida emocional do próprio pastor. Por isso, além do conhecimento teológico e da capacitação técnica, é essencial que o pastor busque apoio emocional contínuo. Cuidar de vidas exige mais do que preparo: exige equilíbrio interior. Negligenciar esse cuidado é abrir caminho para o esgotamento, o adoecimento silencioso e a perda da sensibilidade espiritual. O pastor que cuida de almas precisa lembrar, com humildade, que a sua alma também precisa ser cuidada, fortalecida e acolhida. n
Ailton Gonçalves Desidério Pastor da PIB Lins - RJ Psicólogo clínico e palestrante Contato: desiderioailton@gmail.com