OJB EDIÇÃO 37 - ANO 2023

Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista

Liderança

Convenção Batista de Carajás promove série conferência para líderes em 2023

Dia de Misso ~ es Nacionais segundo

domingo de setembro

Missões Mundiais

Onde tudo começou...

CB do Estado do Espírito Santo realiza celebração onde trabalho Batista no estado há 120 anos

Seja um Voluntário Sem Fronteiras

Missões Mundiais mostra diferentes maneiras para participar das viagens missionárias

Observatório Batista

Igreja customizada?

Lourenço Rega fala de algumas situações que se tornaram tendência nas Igrejas

A solução é Jesus Cristo

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

O tema da campanha deste ano foi usado no Plano Nacional de Evangelização (PNE), cuja primeira edição foi lançada em 1986. O pós-pandemia nos colocou diante de tantas demandas e oportunidades e, mais do que nunca, precisamos estar unidos para concretizar o grande sonho de alcançar a Pátria para Cristo. Por isso, além da Campanha de Mobilização, os Batistas estão envolvidos na elaboração e

execução de um novo PNE, um novo plano, para um novo tempo. Igrejas perderam muitos de seus membros, há inúmeras pessoas afastadas da comunhão com os irmãos e até mesmo com o Senhor. Há também novas oportunidades em um mundo urbano, desafios de uma nova geração no mundo digital. Se continuássemos a listar, seriam dezenas de apontamentos, mas, diante de tudo isso, temos a gigantesca oportunidade de fazer a diferença em nossa geração, aproveitando todos os novos caminhos para apresentar a mais antiga verdade: Jesus Cristo é a solução!

Para a campanha, a divisa escolhida é o texto áureo, de João 3.16. Não devemos nos conformar em apenas ouvir a boa notícia anunciada tão lindamente em João 3.16. Afinal, como alguém poderia ouvir e crer nesta notícia e ainda permanecer em silêncio? Este é o tipo de notícia que deve ser divulgada ao mundo inteiro, anunciada no alto das montanhas, publicada em todo lugar.

Atualmente, são mais de 150 anos dos primeiros esforços de evangelização no Brasil e ao estudarmos a história das grandes ações de nossa denominação, as principais marcas foram: a unidade do nosso povo em

( ) Impresso - 160,00

( ) Digital - 80,00

torno de um único objetivo; a preparação espiritual e capacitação para ações intencionais de evangelização; a busca das ovelhas que estão desgarradas do aprisco do Senhor. Nesta Campanha de Mobilização, pedimos que o Senhor Jesus nos dê a graça de unirmos nossos esforços nos anos pela frente, para podermos vivenciar o maior movimento de evangelização da nossa história. Precisamos proclamar a mensagem da salvação à nossa geração com, pelo menos, tanta paixão e urgência quanto a mensagem do amor e da misericórdia de Deus por nós. E vamos fazê-lo, pela graça e misericórdia de Deus. n

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista

Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

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INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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A TRIBUNA

BILHETE DE SOROCABA

Flores no inverno

Pr. Julio Oliveira Sanches

Deus nos agraciou com um país rico em belezas naturais. As estações do ano oferecem-nos uma variegada mistura de flores e frutos, que atendem a todos os gostos. Há flores de todas as espécies durante todo o ano. É triste verificar que nem todos aproveitam estas ofertas da natureza para agradecer. No inverno, três espécies de flores embelezam, enriquecem e enchem os nossos olhos de beleza e gratidão. Elas conseguem usar os dias frios do inverno para aquecer e nos animar a sorrir.

Os Ipês, com sua multiforme firmeza, estão espalhados por todos os lugares. Especialmente em algumas ruas das cidades. Ao cair das folhas aparecem os botões de flores, brancos, amarelos e roxos, que suportam todo o frio do inverno para nos desafiar, mesmo quando o verde desaparece. Suas flores suportam o mais rígido frio. Há um momento misterioso em que as

calçadas se confundem com as árvores. É madeira de lei, cuja durabilidade não pode ser contestada pelo tempo.

A Serra do Mar, com sua estrada imponente, seus 14 túneis, obra da inteligência humana, parece ser o berço das belezas naturais aos olhos do viajante cansado que procura a beleza das ondas para refletir sobre o verdadeiro significado da vida. Entre um túnel e outro, você descortina o verde do mar e as cidades adormecidas sob o luar da noite clara. Tão belas são as flores, que Salomão e Jesus as usaram para falar dos valores da vida. Salomão diz “aparecem as flores na terra e o tempo de cantar chega” (Ct 2.12). Jesus, o autor de toda a beleza, desafia-nos: “Olhai os lírios do campo, como eles crescem, não trabalham, nem fiam; nem Salomão, em toda a sua glória se vestiu como qualquer deles; se Deus assim veste a erva do campo, […] não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?” (Mt 6.28-30)

Outra flor, mais simples, sem a envergadura do ipê, é o Manacá. Pequena, inspirou o cancioneiro popular, em seus versos, a dizer: “Lá detrás daquele morro tem um pé de Manacá. Nóis vão casá, nóis vão pra lá. Cê qué? Cê qué?”1. Quando criança cantávamos a modinha nas cantigas de roda. Bons tempos aqueles que não voltam mais. Ficou apenas na lembrança. O Manacá é visto na Serra do Mar, o ano todo, em contraste ao verde da serra. Faz-nos lembrar que a vida é passageira, mas envolta em beleza infinda.

Mais uma flor que passa quase desapercebida é a da Paineira. Floresce apenas no inverno. Após desaparecer a flor, surge o fruto repleto de paina, que ao abrir enche o ar de paina, que levada pelo vento vai germinar em outros lugares. É lindo ver o vento carregando seus flocos suaves, que uma vez colhidos, na infância, servia como macios travesseiros.

1 Isaurinha Garcia.

Melhores dos que os atuais feitos de espumas.

Admiro as flores, presente de Deus para alegrar a existência humana em momentos diversos. Isto sem desprezar a minha roseira colorida, sem espinhos, presente de uma ovelha querida. Ela floresce o ano inteiro para lembrar que a gratidão é flor que jamais será esquecida. As flores nos lembram que a vida é efêmera. Por isso, os féretros são repletos de flores, as mais diversas. As melhores são aquelas que as recebemos em vida ou as que ofertamos em vida. Todas falam de gratidão permanente.

Medito, com um misto de tristeza, que no sepulcro de Jesus não houve flores. Não era costume da época. Creio que o Mestre, que admirou as flores e nos desafiou a observá-las, teria se alegrado com alguém que levasse flores a Seu sepulcro. Você é desafiado a observar as flores, dádivas divinas que enfeitam o universo florido, com sua abundante graça. n

Palavra do diretor de Missões Nacionais

Fernando Brandão

pastor, diretor executivo da Junta de Missões Nacionais

Missões pulsam no coração dos Batistas brasileiros! Missões fazem parte da nossa história e do nosso jeito de ser. Ser cristão é amar missões e trazer no sangue essa paixão pela proclamação do Evangelho e testemunhar do amor e da graça de Deus para todas as pessoas. O que nos move é essa visão missionária, que vem da Palavra de Deus, que diz que todos precisam ser alcançados, não importa onde.

Pode ser numa comunidade ribeirinha, numa cracolândia, num presídio, numa cidade grande, numa cidade pequena. Pode ser no Nordeste, no Sul,

no Centro-Oeste, no Sudeste ou em qualquer lugar. Todos precisam ser alcançados, porque o Senhor Jesus amou todos e Ele morreu por todos. Isso é o que nos move e é por isso que fazemos campanhas missionárias. É por isso que não podemos recuar, não podemos parar!

Precisamos continuar orando, focados na visão missionária e na missão que recebemos do próprio Senhor Jesus: Vão e façam discípulos! Não podemos recuar até que o nosso Senhor Jesus Cristo volte. Por isso, a importância das campanhas missionárias todos os anos, a importância de todos orarem, ofertarem e participarem dessa mobilização. Assim, a obra do Senhor continua avançando

e mais pessoas conhecerão o amor de Deus.

Missões não é um projeto da Junta de Missões Nacionais, não é um projeto de uma convenção ou de uma pessoa. Missões é a visão do Senhor Jesus para sua Igreja! Estamos em mais uma campanha e não tenho dúvidas de que será uma bênção. Superaremos o alvo e avançaremos muito mais! Deus tem nos dado tantas oportunidades nesse tempo para compartilharmos o Evangelho e não podemos perder essas oportunidades de fazer a obra dEle.

Sonhamos com mais uma carreta missionária para abençoar outras regiões do Brasil, novas unidades de Cristolândia, novos missionários sendo

enviados para os campos, mais jovens no Programa Radical... São tantos sonhos! Você não pode ficar de fora.

Quando nós não sustentamos a obra missionária, nós estamos dizendo não para Deus, porque é o Senhor quem chama e envia. É um privilégio poder sustentar missionários que aceitaram o desafio de ir para o campo. Agradeço, com todo o meu coração, o envolvimento das Igrejas, dos líderes, dos pastores, dos promotores de missões, dos mobilizadores voluntários e de todos os nossos missionários. A Deus, a nossa gratidão por tudo que Ele tem feito até aqui.

Vamos juntos avançar e proclamar ao Brasil que a solução é Jesus Cristo! n

Plano Nacional de Evangelização

“Ora, o Deus da paciência e da consolação lhes conceda o mesmo modo de pensar de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que vocês, unânimes e a uma só voz, glorifiquem o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 15.5,6).

O atual cenário brasileiro aponta para o fato de estarmos diante de uma grande oportunidade para criação de um novo movimento para a evangelização de nossa nação. Com mais de 150 anos dos primeiros esforços evangelísticos no Brasil e diante de tantas demandas e oportunidades inseridas no contexto pós-pandemia, torna-se urgente atender ao desafio para elaboração de um novo Plano Nacional de Evangelização (PNE).

Em 1965, os Batistas brasileiros marcaram a história com a grande campanha “Jesus Cristo é a Única

Cristo nos tornou amigos de Deus

Esperança”. Passados 21 anos, em 1986, um segundo momento foi decisivo com a implantação dos NEBS (Núcleos de Estudos Bíblicos). Compreendemos que desenvolver um novo Plano Nacional de Evangelização de modo contextualizado é urgente e inadiável. E ao estudarmos a história das grandes ações de evangelização de nossa denominação, as principais marcas foram:

1 - A unidade do nosso povo em torno de um único objetivo;

2 - Preparação espiritual e capacitação para ações intencionais de evangelização;

3 - A busca das ovelhas que estão desgarradas do aprisco do Senhor. Desde as nossas primeiras campanhas de evangelização e até mesmo a experiência muito bem-sucedida do primeiro Plano Nacional de Evangelização, nos mostram a grande oportunidade de unidade para o enfrentamento de grandes desafios desta geração, como programas para alcançar pes-

“Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm 5.10).

O autor da Carta aos Romanos nos faz esta profunda revelação: “Nós éramos inimigos de Deus, mas Ele nos tornou Seus amigos por meio da morte do Seu Filho. E agora que somos amigos de Deus, é mais certo ainda que seremos salvos pela vida de Cristo” (Rm 5.10).

soas ‘desigrejadas’ e para revitalização e crescimento de Igrejas, por exemplo. Este novo plano, elaborado pela Convenção Batista Brasileira e pelas Convenções Estaduais, tem como base um diagnóstico das principais fraquezas e oportunidades desse tempo, mas, na ponta, estão as Igrejas e, mais ainda, seus membros.

A mensagem revelada por Cristo não é baseada no medo, mas no amor. Os sistemas religiosos que nos levam ao amor refletem a própria essência do Senhor, quando nos anunciam que “Deus é amor” (I João 4.8).

Consequentemente, a religião que somente nos faz ter medo do Senhor cria em nós uma prática de distanciamento espiritual. João nos ensinou que “no amor não há medo - o amor que é totalmente verdadeiro afasta o medo” (I João 4.18).

Mencionar o PNE na Campanha de Missões Nacionais é continuar enfatizando a responsabilidade das Igrejas, através de seus membros, de orar e agir para alcançar pessoas na própria comunidade da Igreja e contribuir para o alcance de pessoas em locais onde a Igreja não pode ir.

Alcançar pessoas, aqui e lá. n

O Brasil tem solução?

isso me levou a uma profunda reflexão!

Qual a primeira coisa que vem em sua mente quando pensa neste versículo: “..., mas, onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus” (Rm 5.20b)?

Pense um pouco antes de continuar...

Fiz esta pergunta para várias pessoas envolvidas com missões. Todos instintivamente se lembraram das pessoas mergulhadas na lama do pecado, nos becos de drogas, prostituição, tráfico, crime, e do trabalho das Cristolândias, presídios etc. Vi, então, que não era somente eu que pensava assim e

Um dos significados de abundar é transbordar. Naturalmente, pensamos que nestes lugares o pecado está transbordando e, por isso, a graça superabunda ali! É verdade, realmente a graça de Deus está transbordando ali. Mas, será que achamos que em nós não abunda o pecado? A graça de Deus não precisa superabundar em nós? Dentro da Igreja somos menos pecadores, pois estamos em um nível mais alto? Nós não precisamos tanto de “solução” quanto eles?

Creio que o tema de Missões Nacionais deste ano só pode ser compreendido em sua profundidade, quando reconhecermos ou nos lembrarmos da imensa graça que nos alcançou!

II Pedro 3.18 diz: “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém.”

Este texto me levou a vários questionamentos, como mobilizadora! Quanto tenho crescido na graça e no conhecimento de Jesus? Hoje conheço mais sobre a graça de Jesus do que há um ano? Qual tem sido minha prioridade: a obra de Deus ou o Deus da obra? Tenho crescido no conhecimento de quem sou e do quanto preciso, cada dia mais da graça de Jesus?

Muitas vezes, nos envolvemos tanto com as atividades no Reino de Deus, mas, nossa prioridade não é crescer na graça e conhecimento de Jesus.

Talvez, por isso temos a impressão de que o pecado abunda mais lá nas ruas das Cracolândias do que em nós! É como se fôssemos de alguma forma “melhores” do que aqueles que recebem ações de compaixão e graça!

Mas, o que seria de nós, se a solução dada por Cristo não tivesse nos alcançado!

A frase que vem à minha mente ao ler este tema é: “Se teve solução para mim, tem para qualquer um! “Se Jesus solucionou o meu maior problema, que me condenaria à morte eterna, ele tem solução para qualquer um!

Por isso, levar Jesus para cada pessoa que está em solo brasileiro é a nossa missão, afinal, A solução é Jesus Cristo! n

Extraído da revista da Campanha de Missões Nacionais 2023

Olavo Fe ijó

Silvana S. P. Martines coordenadora da Mobilização Voluntária de Missões Nacionais

pastor & professor de Psicologia

JUVENTUDE BATISTA BRASILEIRA

Em busca da felicidade: lidando com as expectativas e realizações da jornada

Jonathas Lopes Pereira

casado com Mariane Godoi; membro da Igreja Batista Itacuruçá - RJ; bacharel em Teologia; licenciado em História; bacharelando em Psicologia; pósgraduado em História do Cristianismo e MBA em Gestão de Pessoas; mestrando em Filosofia e Ensino; funcionário do Banco do Brasil; professor no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil

Casado com Mariane Godoi; membro da Igreja Batista Itacuruçá - RJ; bacharel em Teologia; licenciado em História; bacharelando em Psicologia; pós-graduado em História do Cristianismo e MBA em Gestão de Pessoas; mestrando em Filosofia e Ensino; funcionário do Banco do Brasil; professor no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil

Na sociedade do desempenho estamos forçadamente incluídos num ritmo em que somos classificados pelas “realizações”. Em nossas conversas é muito comum nos depararmos com algumas perguntas: O que você produziu? Que projeto você está desenvolvendo neste momento? No que você tem trabalhado ultimamente? Somos metrificados e qualificados a partir daquilo que estamos produzindo. O valor dos indivíduos é mensurado pela quantidade e grandiosidade dos empreendimentos realizados.

Neste paradigma, uma vida feliz e realizada é aquela recheada de grandes conquistas, de feitos invejáveis, de moções honrosas. De preferência, que isso tudo aconteça freneticamente antes dos 30 anos. Que desespero! Quanto cansaço! Será que este é o caminho para a felicidade e realização pessoal? Consumir-se cada vez mais até chegar ao esgotamento? Qual é o custo de viver conformado a este século?

Quando nos deixamos guiar por esta concepção de felicidade, individualista e narcisista, criamos grandes expectativas em relação a nós mesmos e aos outros em nosso redor. Nossa relação com Deus torna-se frágil. Nossos relacionamentos tornam-se pragmáticos, utilitaristas e exigentes. Esperamos muito das pessoas e muito mais de nós mesmos, custe o que custar. Porém, a realidade é muito diferente das nossas expectativas. Nossas orações não serão respondidas de acordo com a nossa vontade.

As pessoas não atenderão as nossas exigências. Não poderemos fazer tudo o que gostaríamos. Seremos contrariados e experimentados em algumas provações e aflições cotidianas.

A equação formada por grandes expectativas potencializada pelas altas exigências sobre a realidade honesta de nossas circunstâncias tem como resultado a grande possibilidade de

frustração. Há um risco enorme de sofrimento em projetar um ideal de realização antes de vivenciar as experiências com seus múltiplos fatores.

O estresse gerado por esta ansiedade em relação a um futuro idealizado e pela comparação e competitividade faz com que negligenciemos o cuidado de Deus no presente. Essa carga emocional nos paralisa, fazendo com que interpretemos tudo a nossa volta pelos óculos desta ansiedade generalizada. Como será possível alguém dominado pelo reino da ansiedade viver uma realidade de bem-aventurança no Reino de Deus? Somos chamados para viver uma vida abundante na presença do Senhor e não para nos consumirmos pelo domínio da morte e do mal.

A cultura do desejo permanente e insaciável nos impede de contemplar Deus na caminhada diária e real da vida. Vivemos num tempo de futuro do pretérito e esquecemos de reconhecer o amor de Jesus por nós em nossos caminhos cotidianos. Nossas escolhas são direcionadas por desejos irreais que não acabam e o nosso coração bombardeado por um espírito de comparação com os outros. Estamos correndo atrás do vento!

Sempre que reflito sobre esses assuntos lembro do conselho do amigo Paulo, o nosso apóstolo. Quando escreveu aos filipenses, Paulo indicou um antídoto a toda esta onda de an-

siedade e estresse. O recado dado foi: “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Fp. 4.6-7). Concluo com algumas lições que aprendi nestes versículos e que podem nos ajudar a viver de modo feliz e realizado na presença do Senhor. Primeiro, é preciso ter tolerância zero com a ansiedade. Nada de viver o futuro do pretérito. Somos convidados a contemplar o cuidado de Deus dia a após dia. Segundo, é preciso tornar nossas ansiedades em combustível para uma vida de oração. O apóstolo aconselha que apresentemos tudo a Deus em oração e súplica. Não tenha receios de apresentar seu coração a Jesus. Compartilhe esta vida de oração com amigos que caminharão com você neste propósito. Por último, é preciso desfrutar intimamente da paz de Deus. O resultado é a certeza de que a nossa vida é guardada e protegida por uma paz que não se limita a condições exteriores, mas aquela que é garantida pelo Principe da Paz.

Que haja sempre alegria e paz do Espírito Santo sobre nossos corações a fim de que possamos seguir nesta jornada feliz e contentes na certeza de que Deus tem cuidado de nós. n

JUVENTUDE BATISTA BRASILEIRA

“Como caminhar com fé e graça diante das dificuldades da vida?”

O cantor Gilberto Gil, um dos principais expoentes da música popular brasileira, em uma das suas canções diz que “o melhor lugar do mundo é aqui e agora”. Essa parece ser uma afirmação difícil de ser feita nos dias de hoje. Estamos o tempo todo vivendo em um ritmo frenético no qual toda a sociedade atual se encontra. Parece que as 24 horas do dia se tornam poucas diante de tantas tarefas e deveres que precisamos dar conta. Com a chegada das redes sociais e a popularização dos smartphones, a situação só piorou: agora, além das nossas obrigações diárias, ainda precisamos estar conectados e engajados virtualmente o tempo todo. Porém, esse compasso acelerado com que temos vivido acarreta em algumas consequências desagradáveis. Uma delas é a ansiedade. Quem nunca já acordou aflito ao pensar em tudo o que precisaria ser feito nas próximas

horas? Ou até mesmo quem nunca se deitou meio frustrado ao perceber que não conseguiu vencer todas as dificuldades enfrentadas naquele dia? A ansiedade é uma reação natural do nosso corpo relacionada à preocupação e ao medo que vivenciamos nas situações cotidianas. Ela estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário, impedindo reações. Dependendo das circunstâncias ou intensidade, podem ser desencadeados transtornos psicológicos. Nesses casos, se faz necessária a ajuda profissional especializada. Mas aí você pode me perguntar: Aonde se encaixa a fé nisso tudo? Jesus, no Seu famoso sermão do monte, nos deixa instruções que podem nos ajudar a vencer as preocupações diárias da nossa vida agitada. No sexto capítulo de Mateus, nos versículos 25 a 34, o nosso Mestre ressalta a importância de experimentarmos a plenitude prazerosa e amorosa do Reino de Deus a cada momento. Jesus nos esclarece que não temos o poder de acrescentar um segundo à nossa existência ou um centímetro à nossa estatura, e por esta

razão as nossas preocupações com o dia de amanhã não fazem nenhuma diferença.

Ao utilizar o exemplo das flores e dos pássaros, Ele nos chama para confiarmos na providência divina. Se Ele cuida com tanto cuidado e delicadeza da natureza, imagina conosco que somos Seus filhos resgatados e amados? Deus conhece o nosso coração e sabe de todas as nossas reais necessidades. Não precisamos andar ansiosos quando sabemos que o nosso Deus cuida da gente. Jesus nos diz que se buscarmos o Reino de Deus e a Sua justiça, todas as demais coisas nos serão acrescentadas.

No versículo 34, Jesus nos orienta a enfrentar as preocupações de cada dia individualmente. Ele nos lembra: “Portanto, não se preocupem com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”. Não é apropriado investirmos nossa energia se preocupando com um futuro incerto ou em coisas que fogem ao nosso controle. Deixar o tempo escorrer por entre nossos dedos sem aproveitá-lo plenamente é

afirmar que na vida, realmente, tudo é vaidade e desprovido de significado. Ao valorizarmos o nosso cotidiano nas mínimas coisas, testemunhamos uma porção do Reino de Deus.

Isso não significa que seja fácil colocar esses ensinamentos em prática na nossa vida, né? Sabemos como é difícil abrir mão das nossas preocupações e confiar plenamente em Deus. E é por isso que o apóstolo Paulo nos dá a dica certeira em Filipenses 4.6-7: “Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.” Ao apresentarmos para Deus as nossas dificuldades e desejos, Ele guardará a nossa mente e coração da ansiedade. E assim conseguiremos viver com mais leveza e graça os nossos dias aqui na Terra. Que a gente possa viver como o cantor Alexandre Magnani declara em uma de suas músicas: “Por isso eu vou viver sem nada mais perder e sem me apressar, um dia de cada vez.” n

Nova geração missionária

Extraído da revista da Campanha de Missões Nacionais 2023

“Ensine a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele” (Provérbios 22.6).

Em missiologia, há um conceito muito popular que é o da Janela 10/40, a região entre os paralelos 10 e 40, onde estão os países mais fechados ao Evangelho e menos alcançados

também, o que inclui o norte da África, Oriente Médio e Ásia. Esse conceito foi popularizado pelo missiólogo Luis Bush, que também se empenhou em popularizar o conceito da Janela 4/14. Essa não é uma janela geográfica, mas etária. É baseada em pesquisas antigas que afirmam que 85% das decisões por Cristo acontecem na faixa dos quatro aos 14 anos.

Uma coisa é comum a todas as gerações: a juventude de cada época é sempre incompreendida, tem sem-

pre que lutar por seu espaço, por ser reconhecida como importante em sua geração, e como capaz de transformar o seu mundo, como os Radicais Brasil estão fazendo hoje, como tantos jovens em suas Igrejas estão fazendo hoje, como líderes octogenários hoje, fizeram décadas atrás.

Projetos como o Viver, com sua ênfase na intencionalidade e continuidade das ações, para alcançar crianças, adolescentes e jovens, mas também a seus pais, ou como o Viver Escola, são

exemplos de como os Batistas brasileiros, através de Missões Nacionais, estão empenhados em alcançar a nova geração.

E o resultado é mais que alcançar uma geração, pois 60% da nossa força missionária atual é formada por jovens Radicais ou em formação, de onde veio a maioria dos missionários efetivos, que estão mentoreando os radicais.

Investir na nova geração é investir no presente e garantir o futuro da obra missionária. n

João Victor Campos

jornalista; integrante da Coordenadoria de Comunicação da Juventude Batista Brasileira

Vivendo missões aos olhos de mãe, esposa e missionária

Emili de Souza Beatriz Pacheco missionária Radical+ São Paulo e voluntária na Ação Jesus Transforma

Sou Emili Pacheco, (52), Missionária Radical+ São Paulo, esposa de Mauricio Pacheco, também Radical + SP. Somos casados há 21 anos e pais de Arthur (20), Murilo (17) e Manuela (8). Moramos em Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo, também conhecida, devido a produção de hortaliças, como Cinturão Verde.

A nossa vida missionária começou quando meu esposo atendeu ao chamado para ir além dos muros da nossa Igreja local. Na época, confesso que não foi um passo fácil de entender, pois a vida de um missionário era pouco conhecida por mim. Contudo, diante do chamado de Deus, o qual nos encoraja a ousar, também me coloquei à disposição. Sendo assim, demos início a uma nova fase para nós e para nossos filhos e começamos a viver o novo e o extraordinário de Deus.

Com o passar do tempo, o desejo de realizar missões foi aumentando em nossos corações, mas ainda tínhamos uma rotina familiar e profissional a cumprir. Então, o primeiro passo foi orar e planejar como fazer missões sem comprometer nossas responsabilidades. Assim, decidimos que nossa primeira experiência missionária em família seria no período de férias escolares.

Em julho de 2022 partimos, com nossa pequena Manu, para nossa primeira viagem missionária em família. Meu esposo já tinha participado de outras missões, porém sozinho. Somamos forças com a Missão Pioneira, uma missão americana que constrói

igrejas Brasil a fora no prazo espetacular de cinco dias. Na ocasião, ajudamos na construção da Igreja Batista da Graça, no município de Taiobeiras, Região Norte de Minas Gerais. A experiência foi tão maravilhosa e impactante! No culto de dedicação da Igreja ao Senhor, a Manuela recebeu, de forma espontânea, Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Retornando dessa ação missionária, passamos a vivenciar de maneira mais intensa os projetos de nossa Junta de Missões Nacionais (JMN). O Mauricio foi ao Rio de Janeiro e ficou quatro dias na Sede da JMN. Na ocasião, para ele, foi a oportunidade de imergir na história dos Batistas brasileiros, conhecer a Convenção Batista Brasileira (CBB), a Junta de Missões Mundiais (JMM), a Biblioteca, a Capela e nosso histórico Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), este do que ele hoje é discente. Meu esposo voltou encantado com “a Colina da Tijuca”.

Em outubro, o Maurício participou da Conferência Multiplique 2022 e, em novembro, conhecemos a Cristolândia SP. Nesse mesmo mês, meu esposo visitou a Vila Minha Pátria e, em 30 de dezembro, após todas as autoriza-

ções necessárias da JMN e JMM, fo mos com a família completa trabalhar como voluntários na cozinha da Vila. Passamos o ano de 2022 para 2023 servindo nossos queridos refugiados afegãos. Pensa em uma experiência transcultural maravilhosa!

Em fevereiro de 2023, recebemos um grande presente: meu esposo foi convidado a fazer parte do Programa de Formação Missionária da JMN e agora cursa o 2º período do curso de bacharel em Teologia do STBSB.

Em nossos trabalhos como missionários Radical+ SP, atuamos na plantação e revitalização de Igrejas, e temos apoiado Igrejas Batistas de nossa região na implementação de pequenos grupos multiplicadores e em projetos de compaixão e graça, tais como a Capelania Escolar e o programa VIVER.

Em julho deste ano, eu, o Mauricio e a Manuela participamos juntos da Ação Jesus Transforma em Biguaçu (SC). Essa experiência aqueceu o nosso coração, pelo fato de conhecermos irmãs e irmãos em Cristo de tantos lugares, estados e idades diferentes, mas com a mesma missão: anunciar as Boas Novas de Cristo.

Em Biguaçu, o destaque ficou por conta da nossa missionária mirim,

Manuela Pacheco. Com apenas oito anos de idade, ela pode compartilhar do amor de Cristo com as crianças, evangelizando com seu jeito único e especial. Ver como nossa filha vive o amor de Cristo e entende a importância de reconhecer que somos pecadores e carecemos da graça de Deus encheu o nosso coração de alegria. A Manu apresentou o Plano de Salvação diversas vezes, por meio de pulseirinhas confeccionadas por ela e utilizando o seu versículo bíblico favorito, que é João 3.16. Conseguimos fazer estudos em duas casas graças a sua simpatia ao abordar crianças que estavam acompanhadas de seus pais. Vivenciar essas experiências missionárias com nossos filhos deixa a eles um legado de obediência ao cumprimento da Grande Comissão e um sentido de propósito que somente viver a missão de Deus pode trazer. Este breve relato foi apenas um pouco do que vivenciamos. Encorajo a todos que ainda não participaram de uma Ação Jesus Transforma a participarem e, se possível for, com sua família. Você está disposto a viver o extraordinário de Deus cumprindo a Grande Comissão?

Junte-se a nós. Em Cristo. n

Trabalho missionário faz parte do cotidiano de Emili e sua família

Associação Batista Caxiense, no Rio de Janeiro, promove congresso missionário

Programação teve a presença do Pr. Fernando Brandão, diretor da JMN.

O congresso missionário da Junta de Missões Nacionais (JMN) com a Associação Batista Caxiense (ABC) e Igreja Batista da Paulicéia foi uma bênção. Dirigido pelo pastor Anderson, mobilizador de Missões Nacionais em Duque de Caxias - RJ, os irmãos compartilharam um pouco sobre a obra missionária do Brasil no dia 28 de agosto, enfatizando o tema da nossa Campanha: “A Solução é Jesus Cristo”.

As Mensageiras do Rei Caxienses foram representadas com uma linda participação das meninas da Primeira Igreja Batista em Beira Mar. Também fomos agraciados pelos lindos louvores ministrados pelo ministério de louvor da Igreja local.

Tivemos um momento muito especial, com testemunhos edificantes de jovens missionárias e a palavra impactante ministrada pelo pastor Fernando Brandão, diretor executivo da Junta de Missões Nacionais.

Agradecemos ao pastor Nelson e

sua esposa Ivone, mobilizadores da Junta de Missões Nacionais no Rio de Janeiro, pela relevante celebração. Nossa gratidão se estende à Igreja Ba-

tista da Pauliceia, na pessoa do seu pastor Erik Mendonça, pela boa recepção e suporte ao evento.

Que o Eterno Deus abençoe os pas-

lização e apoio no evento.

Sua Igreja também pode fazer parte do que Deus tem feito em nossa nação. n

Convenção Batista de Carajás realiza a “Carajás Leading Conference”

Ao todo, capacitação terá três edições em 2023.

Max Walber Dutra pastor, diretor executivo da Convenção Batista de Carajás

“Carajás Leading Conference” é um projeto construído para ser um momento de despertamento, engajamento, chamado dos pastores, líderes de ministérios e departamentos, empresários, funcionários públicos, gerentes e qualquer pessoa que tra -

balhe com gerenciamentos de pessoas.

Seu objetivo é levar essas pessoas a desenvolverem uma forma de atuação ministerial, de evangelização, transformação de realidades pessoal ou comunitária, através de ações que podem ser executadas fora do ambiente eclesiástico. Em passo seguinte, mobilizá-las para atuar de forma mais participativa e

cooperativa com a liderança eclesiástica local, para somar, contribuir e auxiliar.

A Conferência de Liderança de Carajás é um chamado à quebra de paradigmas de liderança enraizados em nossa cultura eclesiástica, mas também uma provocação para um maior engajamento e participação cooperativa com a liderança local.

Em 2023 foram programadas três

edições da Conferência: dias 05 e 06 de maio, na Primeira Igreja Batista em Marabá - PA; dias 12 e 13 de agosto, na Primeira Igreja Batista em Nova Ipixuna - PA; e dias 13 e 14 de outubro, na Igreja Batista Nova Esperança, em Canaã dos CarajásPA. Nas três edições são ministradas as mesmas palestras com pequenas adaptações na programação.

Carlos Alberto dos Santos pastor da Segunda Igreja Batista em Pilar, em Duque de Caxias - RJ; secretário Executivo da Associação Batista Caxiense

Batistas de Duque de Caxias - RJ se dedicam à obra missionária nacional

Convenção Batista de Carajás prepara líderes para atuarem dentro e fora da Igreja

Café Multiplique une pastores e líderes no Coração do Brasil

Evento aconteceu simultaneamente em quatro cidades.

Comunicação da Convenção Batista do Planalto Central

No último dia 12 de agosto, um evento notável tomou conta do Planalto Central, unindo pastores e líderes de diversas Igrejas em um encontro inspirador. O Café Multiplique reuniu mentes e corações comprometidos com a transformação, crescimento e a multiplicação de discípulos através da visão da Igreja Multiplicadora. O que tornou esse encontro ainda mais especial foi o fato de que ele ocorreu simultaneamente em quatro localidades distintas: Planaltina - DF, Samambaia - DF, Valparaíso - GO e Águas Lindas - GO.

O propósito central do encontro foi fortalecer a colaboração entre pastores e líderes das Igrejas Batis -

tas do Planalto Central, incentivando-os a compartilhar estratégias, ideias e recursos para multiplicação de discípulos em suas comunidades. A decisão de realizar o Café em quatro locais ao mesmo tempo reflete o

compromisso com a visão da Igreja Multiplicadora.

Ao final ficou claro que esse encontro foi mais do que um simples evento. Foi um marco na jornada de transformação do Planalto Central.

Cada participante saiu com novas perspectivas, novas conexões e um renovado senso de propósito da necessidade da multiplicação de discípulos.

Avante, Igreja, para multiplicar! n

Berço dos Batistas capixabas, Alto Firme recebe celebração de 120 anos da denominação no estado

Culto foi realizado na primeira Igreja Batista plantada no Espírito Santo.

Ministério de Comunicação da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo

Júbilo, lágrimas de emoção e ale luias marcaram o aniversário de 120 anos dos Batistas no estado do Espí rito Santo. A celebração aconteceu na Primeira Igreja Batista em Alto Firme, em Brejetuba, no dia 21 de agosto. O local da comemoração foi onde o missionário Francisco José da Silva começou a escrever a história da de nominação entre os capixabas.

O orador da ocasião foi o pastor Doronézio Pedro de Andrade, da Pri meira Igreja Batista de Vitória - ES. A celebração foi abrilhantada com a participação musical do Conjunto Missionários e da Equipe de Louvor da Primeira Igreja Batista em Afonso Cláudio - ES.

Após a solenidade, todos que es tavam presentes foram para o pátio do templo. Do lado de fora, a PIB em Alto Firme ganhou uma placa em homenagem ao pioneirismo em terras capixabas.

Júbilo, lágrimas de emoção, aleluias e gratidão a Deus pelas vitórias ali alcançadas, tomaram o coração e as faces do que estavam presentes.

“Este momento é muito importante! Louvamos a Deus por este tempo

de gratidão, por esta caminhada tão especial que nós dá um novo vigor em Cristo!”, bradou o pastor Doronézio, segundo vice-presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB) e primeiro vice-presidente da Con -

venção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES).

“Louvamos a Deus por este tempo, por este marco histórico! O louvor e a glória pertencem a Deus, por Ele ter nos sustentado até agora. Que

possamos olhar para a frente e ver que tem muito mais a ser realizado em nome do Senhor Jesus!”, destacou Márcio de Souza, pastor interino da Primeira Igreja Batista em Alto Firme - ES.  n

Juntos somos mais fortes: Batistas unem forças para alcançarem a região central do Brasil

Batistas do Espírito Santo se reúnem para comemorar o aniversário da Igreja Batista mais antiga no estado

Saiba como foi 43º Congresso Estadual do Homem Batista em

Minas Gerais

Mais de 400 homens participaram do evento.

Centenas de irmãos aprenderam mais sobre missões no Congresso Estadual do Homem Batista

Comunicação da Convenção Batista

Mineira

Mais de 400 homens estiveram presentes no 43º Congresso Estadual do Homem Batista, na Primeira Igreja Batista em Divinópolis - MG. Com o tema “Proclamemos a verdade ao mundo”, o evento reuniu representantes de 56 Igrejas e 10 Associações. O preletor do congresso foi o pastor Fernando Freitas, líder da Primeira Igreja Batista em Ipanema - MG. Durante o Congresso, foi realizada uma oração de gratidão pelos 75 anos dos Embaixadores do Rei no

Missionários recebem homenagem pelo Projeto Neemias

Brasil, bem como um momento de homenagem aos missionários construtores do Projeto Neemias. Todos receberam um certificado das mãos do missionário e pastor Edemilson Benedito e foram abençoados pela oração do pastor Ademir Rosa.

O diretor executivo da Convenção Batista Mineira (CBM), pastor Marcio Santos, também esteve presente no Congresso, e transmitiu palavras de gratidão pelo trabalho dos homens Batistas mineiros. Reconhecemos o quanto os homens, por meio do Projeto Neemias, têm abençoado a obra missionária no estado de Minas

O crescimento não para. Homens Batistas de MG poderão se capacitar com treinamento em Ravena, no mês que vem

Gerais. Que Deus os abençoe e continue usando suas vidas para que o trabalho batista continue crescendo no estado.

Os dois dias de congresso foram abençoados, e segundo o pastor Edemilson, os homens saíram “impactados pela palavra ministrada e também tocados pelo papel que cada um desempenha em seus lares, além da missão de Deus no mundo e mais especificamente em Minas Gerais”.

E para os homens que estiveram presentes no Congresso e para os que não puderam comparecer, o pastor Edemilson deixa um convite especial:

“Nos dias 07 e 08 de outubro, no Centro Batista de Treinamento e Lazer (CBTL), em Ravena, teremos a Capacitação ‘Cada homem um guerreiroajudando homens a terem sucesso na vida’. A capacitação será ministrada por Luiz Leidner, coordenador do Ministério de Homens da Transmundial. As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas. Portanto, faça sua inscrição antecipadamente e invista em seu chamado para ser um homem segundo o coração de Deus”.

Para se inscrever na capacitação acesse o link: batistasmineiros.org.br/ capacitacaohomembatista n

Diáconos do Estado do Rio participam de 42° Retiro Espiritual da ADIBERJ

Programação enfatizou Princípios Batistas e Serviço Real.

Eduardo Martins Pires diácono, presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro

O 42° Retiro Espiritual da Associação dos Diáconos Batistas do Estado do Rio de Janeiro (ADIBERJ) aconteceu nos dias 18, 19 e 20 de agosto, no Acampamento Batista Fluminense, em Rio Bonito - RJ.

Recebemos 257 diáconos e diaconisas das nossas Igrejas Batistas numa programação voltada aos princípios da denominação e à dedicação ao Serviço Real.

Os preletores, inspirados por Deus nas mensagens direcionadas aos diáconos foram: pastor Elizeu Rocha, da Segunda Igreja Batista em Gramacho, em Duque de Caxias - RJ; pastor Daniel Cunta, coordenador de Missões Estaduais da Convenção Batista Flu-

minense (CBF); pastor Levi Mello, da Primeira Igreja Batista em São Gonçalo - RJ; e Paulo Henrique Almeida, pastor do Retiro 2023.

Cremos que esse Retiro ficará marcado na vida da ADIBERJ, inclusive o jargão “IRMÃOSSSSS”, que trouxe alegria e renovo aos retirantes.

Agradecemos aos preletores; à TV Batista, na transmissão ao vivo; ao pas tor Amilton Vargas, diretor executivo da CBF; irmão Gilberto Garcia; e aos irmãos Jairo e Monique, na administração do Acampamento.

Estejam em oração pela Diretoria da ADIBERJ e nossas respectivas Sec-

e que precisam do apoio dos Batistas Fluminenses.

Vamos seguir firmes em oração e agindo na pregação da palavra de Deus ao mundo através do nosso testemunho Diaconal.

Diáconos do Rio de Janeiro passaram três dias aprendendo juntos em retiro no Acampamento Batista Fluminense

Fotos: Selio Morais

Redação Missões Mundiais

A experiência que transformará vidas ao redor do mundo, inclusive a sua! Este é um programa de voluntariado de Missões Mundiais, cuja finalidade é enviar voluntários vocacionados para assistir e apoiar o trabalho da organização no campo missionário por meio das suas habilidades, dons, talentos e profissão.

O Voluntários Sem Fronteiras, além de oferecer flexibilidade e dinamismo para os vocacionados, os permitirá adquirir uma experiência missionária transcultural inovadora que transformará a maneira de ver o mundo a sua volta.

Perfil do voluntário

• Ser crente em Cristo Jesus, comprometido com Deus e com a sua Igreja;

• Ser membro atuante de uma Igreja genuinamente evangélica por pelo menos dois anos;

• Estar pronto a doar tempo, sua profissão, talento e habilidades de forma voluntária, sem remuneração;

• Ter Idade mínima exigida pela modalidade escolhida.

Escolha a sua viagem!

Caravanas

Nesta modalidade, o Voluntários Sem Fronteiras oferece ao vocacionado a oportunidade de seguir ao campo de Missões Mundiais com uma equipe de voluntários brasileiros e/ou estrangeiros, cuja proposta será servir e auxiliar os projetos da organização no campo missionário. Nesta opção, o voluntário poderá seguir ao campo mesmo sem fluência em outro idioma, podendo passar de 10 a 15 dias no país.

Inscrições: www.e-inscricao.com/ voluntariossemfronteiras/vsfcaravanas

Individual

Na modalidade individual, o voluntário terá a oportunidade de adquirir uma experiência missionária transcultural e vivência missionária que o levará a refletir e compreender seu chamado transcultural. Para esta modalidade, o voluntário precisa ter fluência ou saber se comunicar na língua oficial do país ao qual ele deseja seguir. Nesta opção, o período no campo poderá ser de 10

dias a um ano, podendo ser renovado e prorrogado para até três anos, de acordo com a disponibilidade do voluntário e o desenvolvimento do seu trabalho no campo.

Inscrições: www.e-inscricao. com/voluntariossemfronteiras/individual2023

Família

Nesta modalidade do Voluntários Sem Fronteiras, o voluntário poderá seguir ao campo missionário com sua família (esposo/a e filhos) e ter uma experiência maravilhosa juntos! O período no campo poderá ser de 15 dias a um ano. A exigência para um idioma dependerá do período em que sua família passará no campo, assim como, do local para onde eles desejam seguir.

Inscrições: www.e-inscricao.com/ voluntariossemfronteiras/familias

Intercâmbio e voluntariado

Para participar do processo de seleção, o voluntário precisa ter 18 anos

e o nível intermediário de um dos idiomas: espanhol, francês e/ou inglês, de acordo com o país para o qual ele deseja seguir. Experiência Transcultural - Nesta opção da modalidade de Intercâmbio, o voluntário poderá estar entre comunidades não alcançadas, com a oportunidade de imersão cultural, onde poderá servir a população presente através das suas habilidades e profissões. Algumas das ações que poderão ser desenvolvidas: limpeza, culinária, artesanatos, recreação infantil, construção civil, educação, esporte, saúde multidisciplinar entre outras. A proposta inicial será criar relacionamentos com o que está em suas mãos, sinalizando desta maneira o amor de Jesus!

Inscrições: www.e-inscricao.com/ voluntariossemfronteiras/intercambio-voluntariado

Para mais informações escreva para voluntarios@jmm.org.br e seja você também um VOLUNTÁRIO SEM FRONTEIRAS! n

PIB de Breu Branco - PA celebra aniversário de projeto social Ação atende pessoas

Marcos Borges

membro da Primeira Igreja Batista de Breu Branco - PA

A Primeira Igreja Batista de Breu Branco - PA, na pessoa do seu pastor, Ademir Pires, comemora um ano do Projeto Alimentando e Resgatando Vidas (PARVI). Uma ação social realizada na Igreja, que tem como objetivo oferecer almoço, roupas e banho a pessoas em situação de rua. Um projeto realizado com a ajuda dos membros da Igreja, empresários locais e outros mantenedores.  n

Seminário Equatorial promove

7ª edição de Jornada Pedagógica

Corpo docente foi capacitado para novo semestre.

Comunicação do Seminário Teológico Batista Equatorial

“Eis que tudo se fez novo!” Esse foi o tema da nossa XII Jornada Pedagógica, que aconteceu de 11 a 14 de agosto, no Seminário Teológico Batista Equatorial, em Belém - PA.

Com palestra ministrada pela doutora Vanessa Galúcio, a jornada pedagógica mais uma vez foi um sucesso, capacitando o nosso corpo docente para esse novo semestre.

Abordando o “novo”, a palestra e os exercícios oferecidos foram tocantes e marcantes para todos os participan-

Treinamento para professores promovido pelo Seminário Teológico Batista Equatorial, em Belém - PA

tes. Os professores tiveram uma noi te interativa e dinâmica e aprenderam

técnicas que agregarão valores em suafeiçoando seu chamado! n

em situação de rua.

Igreja Batista no Pará compartilha seus recursos para ajudar pessoas em situação de rua há um ano

Cartas do amor de Deus (2)

Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

Fico extasiado com a profundidade do amor de Deus. Um Deus de amor incondicional, que oferece o Seu Filho para morrer por nós na cruz do Calvário (Romanos 5.8). O amor de Deus é santo, incomensurável e perfeito em toda a Sua expressão. Esse amor nos encanta e noz faz cantar todos os dias. O amor de Deus motiva sonhos e projetos. O amor do Pai é um bálsamo infalível que cura as nossas feridas e nos faz sensíveis às feridas do próximo (Lucas

10.33-35).

Pensar o amor de Deus é reestruturar a mente para a obediência incondicional. É viver a plena alegria e satisfação nEle. Por causa desse amor, a cada novo dia, as misericórdias do Senhor se renovam (Lamentações 3.22).

O amor de Deus é a ponte que nos une como membros do Corpo Vivo de Cristo. Vivermos o amor de Deus significa servirmos uns aos outros com o dom que recebemos como bons despenseiros ou administradores da multiforme graça de Deus (I Pedro 4.10).

O nosso Deus amou o mundo com tal intensidade que deu o Seu Filho como sacrifício por nós para satisfazer toda a Sua justiça. O Senhor Jesus Cristo nos substituiu na cruz. Por meio

de Cristo, o Pai nos garante a vida eterna. Temos plena segurança no Senhor que nos ama incondicionalmente (Romanos 8.38,39).

Diante desse amor, temos a oportunidade de celebrar a grandeza de Deus. Meditar sinceramente no amor de Deus é crescer na graça e no conhecimento de Cristo Jesus (I Pedro 3.18). Devemos exalar a cada dia o bom perfume de Cristo, a expressão máxima do amor de Deus. Somos desafiados todos os dias a falar desse amor às pessoas. Como Jesus, fundamentados no amor do Pai, devemos ir por toda a parte fazendo o bem, compartilhando o Evangelho (Atos 10.38).

Nesses dias de ódio, ressentimentos, notícias falsas, violência, futilida-

A Solução é Jesus Cristo: a resposta para todas as épocas e desafios

des, vãs filosofias, imoralidade, desconstrução do próximo, precisamos manifestar o amor de Deus por meio do perdão, da aceitação do próximo, da verdade, mansidão, paciência, vida significativa. Somos filhos de um Deus de amor que nos atraiu em Cristo para sermos novas criaturas, termos a Sua natureza e impactarmos o mundo (Romanos 6.1-11; II Coríntios 5.17-21). Como Jesus Cristo, vivamos como filhos nos quais o Senhor Deus se compraz, tem profundo prazer (Mateus 3.17). O nosso Deus se importa com a gente. O Seu amor não tem comparativo. O Seu cuidado é infalível. Ele é o nosso Pastor e nada nos faltará (Salmo 23). Celebremos o nosso Deus cujo amor glorifica o Seu próprio nome. n

pastor

Batista da Vila Brandão, em Colinas - MA

Desde os primórdios da história humana, temos enfrentado dilemas, desafios e questionamentos profundos. Procuramos respostas para nossas preocupações e anseios, desejando encontrar um caminho de paz, plenitude e significado. No entanto, a pergunta persiste: Por que Jesus Cristo é a solução definitiva para todas as nossas buscas?

A esperança do Messias no Velho Testamento

Desde os primeiros registros do Velho Testamento, encontramos uma promessa de redenção que percorre as páginas sagradas. No início da humanidade, após a queda no Jardim do Éden, Deus prometeu que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente (Gênesis 3.15). Essa semente, finalmente revelada em Jesus Cristo, seria a resposta

para o pecado e a separação entre Deus e a humanidade.

A trajetória dos patriarcas, os eventos no Egito, a condução através do deserto e a entrada na Terra Prometida - todos esses eventos apontavam para uma solução definitiva que estava por vir. Profetas como Isaías, Jeremias e Miquéias transmitiram a esperança de um Messias que traria libertação e reconciliação (Isaías 7.14; Jeremias 23.5-6; Miquéias 5.2).

O cumprimento no Novo Testamento: Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida

O Novo Testamento traz a culminação dessa promessa com o nascimento de Jesus Cristo. Ele é a encarnação da esperança há muito profetizada. Ele próprio declarou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (Jo 14.6). Aqui está a resposta para nossa busca por sentido e salvação.

Jesus não só trouxe ensinamentos transformadores e exemplos de amor,

mas também ofereceu o sacrifício perfeito na cruz, selando a redenção e a reconciliação entre Deus e a humanidade. Através de Sua morte e ressurreição, Ele ofereceu a solução para o pecado e a morte, abrindo as portas para uma nova vida em comunhão com Deus.

Desafios atuais e a Verdade inabalável

Enquanto navegamos pelos desafios da atualidade, somos tentados por várias ideologias e sistemas de crenças que prometem satisfação e sucesso. Entre esses, o “ Coaching Gospel” emerge, colocando o sucesso e a autorrealização no centro. No entanto, como Colossenses 2.8 nos alerta, devemos estar atentos para não sermos levados por filosofias vazias que desviam do foco em Cristo.

A verdade é que Jesus permanece como a única resposta sólida. Enquanto as soluções humanas podem trazer sucesso temporário, apenas Jesus oferece uma transformação

profunda e eterna. Continuamente somos lembrados em Filipenses 3.8 de que “considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor”.

Conclusão: A solução inigualável

A história bíblica, do Velho ao Novo Testamento, é uma narrativa de promessa, cumprimento e redenção através de Jesus Cristo. A resposta para a pergunta “Por que Jesus Cristo é a solução?” reside na verdade de que Ele é a resposta final para a nossa busca por propósito, perdão e salvação.

Enquanto o mundo oferece alternativas, somente Jesus nos oferece uma esperança genuína. Em um mundo de incertezas, Ele permanece inabalável, oferecendo graça abundante, amor incomparável e uma vida eterna em Sua presença. Que possamos sempre voltar nossos olhos para Ele, reconhecendo que em Jesus Cristo encontramos a solução completa para todas as nossas necessidades. n

Bruno Henrique

da Igreja

Talvez, a palavra “customizado” possa parecer estranha e nem sempre conhecida, mas hoje vem especialmente da área de marketing e significa oferecer um produto ou serviço personalizado ao “sabor do cliente”. Ao adquirir um carro, por exemplo, você poderá escolher se deseja com bancos de couro, com piloto automático e outros acessórios, que o tornam um veículo customizado.

Será que não é o mesmo que está acontecendo com o Evangelho, hoje, no Brasil? Me parece que já não temos mais um Deus da Bíblia, que é como é, revelado em Sua Palavra, que nos criou para vivermos para Sua glória (e já escrevi sobre isso aqui nesta coluna - viver em amor e harmonia com Deus, comigo mesmo, com o próximo e com a natureza criada).

Hoje temos um Deus customizado, que existe para atender nossas demandas e necessidades. Pouco importa para que fomos criados, o importante é meu projeto de vida e como Deus pode dar um jeitinho de arranjar as coisas para que esse projeto me traga satisfação e bem-estar imediatos. Deus, de Senhor, passa a ser garçom, serviçal e prestador de serviços, desde que não custe muito caro -aliás há quem pense que já se dá o dízimo para isso mesmo?! E quando ensinamos que ao contribuir Deus nos devolve com bênçãos não seria isso mesmo? No Novo Testamento há um deslocamento deste ensino de troca para a entrega total (Lucas 9.23, Gálatas 2.20) e com contentamento (II Coríntios 9.7; I Timóteo 6.6). Infelizmente, cada um de nós poderá criar um Deus que caiba bem dentro de nossas necessidades, um DEUS CUSTOMIZADO.

Mas temos hoje também a BIBLIA CUSTOMIZADA, quando nossa atenção deixa de ser estudá-la com afinco em sua totalidade, internalizar seus princípios de modo que possam promover renovação de nossa mente, promover radical transformação em nossa vida (Romanos 12.2, II Timóteo 3.16,17), amadurecimento de nosso ser e compreensão sobre Deus e seu plano para nós e Seu Reino (Hebreus 5.11-6.2) e passa a ser como que um texto de autoajuda bem ao estilo das

Chegou Deus, Bíblia, igreja e ministério CUSTOMIZADOS!?!?

antigas “caixinhas de promessas” (pois é, nunca apareceram as “caixinhas de compromissos”). De uma certa forma precisamos de suporte da Palavra de Deus nos momentos de angústia, eles nos confortam o coração ansioso, em desespero, nos indicam caminhos da confiança e esperança em nosso Deus, nestes momentos difíceis. Mas tenho notado que nas redes sociais “rolam” o dia todo textos bíblicos como gotas de autoajuda, como se a Bíblia tivesse apenas esse fim. Assim passamos a ter um acesso customizado às páginas da Bíblia selecionando textos que venham dar um impulso ao nosso projeto pessoal de vida, mas sem necessariamente, pensarmos no compromisso de seguir os princípios divinos em sua totalidade para uma transformação de vida de caráter.

A IGREJA CUSTOMIZADA está também presente na cultura contemporânea. No passado, pastores terminavam o curso teológico e iam cursar Direito - muitos púlpitos se transformaram em tribuna. Hoje, me parece que muitos pastores, ao terminarem seu curso de Teologia, acabam circulando nos cursos de Psicanálise e aí muitos púlpitos acabam se tornando “divã espiritual”. Novamente, a autoajuda acaba sendo prioridade nas agendas temáticas das mensagens. Tenho notado (e já escrevi sobre isso aqui nesta coluna) que é notório que muitas Igrejas acabam se tornando em “ponto de encontro e final de semana” em que tudo é ajustadinho para atender a demanda do crente (afinal ele “paga a conta”). Quantas e quantas vezes somos indagados se nos sentimos bem no culto (customizado), enquanto, na realidade, o assistente de um culto é um só - Deus - os demais participantes, que deverão ser os adoradores, como fruto de sua vida de dedicação ao próprio Deus no dia a dia, seguindo seus princípios, seja aonde for, na vida pessoal, estudantil, doméstica, profissional, social etc.

Daí vem o MINISTÉRIO CUSTOMIZADO, que busca estratégias para poder manter a “galera” animada e satisfeita, em que o púlpito poderá deixar de ser um ponto de admoestação que leva ao arrependimento, para confissão, onde a consequência deveria ser a adoração. O ministério customizado vai procurar desenvolver uma liturgia

em que todos ficam satisfeitos com um culto artístico que acaba, no fundo, sendo um “bom” entretenimento e traz bem-estar aos participantes, que até batem palmas para Jesus, mas no fundo, muitas vezes, foi para a bela e afinada apresentação artística ou “aeróbica gospel” bem agitada (é claro que não estou reclamando da arte no louvor, entendam bem). Durante a semana, bem aí é outra história, cada um cuide de si mesmo e “fé em Deus e pé na tábua”.

Não nego que, em muitos momentos, precisamos de autoajuda, mas, muito mais, da ajuda do Alto para termos condições de não sermos “engolidos” pelo hostil e agressivo cenário de ideologia contemporânea de que somos deuses, autossuficientes e o que vale mesmo é nosso projeto pessoal de vida em direção ao bem-estar e gratificação imediatas, em que nosso compromisso com Deus deixa de ser vivermos para Sua glória, seguirmos Seus ideais e valores para nossas decisões, custe o que custar, mas até que a nossa satisfação e bem-estar durem e possam ser garantidos. E, assim, se desenvolve um “compromisso” com Deus e com a Igreja em troca de bem-estar e benefícios. Como nem sempre se pode obter tudo isso, então muitos acabam se tornando crentes nômades indo de Igreja a Igreja buscando um Deus, um pregador, um “culto-entretenimento” que possam lhe trazer mais e mais satisfação. Um Deus, uma Bíblia, um Evangelho, uma Igreja CUSTOMIZADOS.

Como podemos progredir para além dessa vivência e prática que tem nos afastado dos ideais divinos para nosso viver como cristãos?

Em primeiro lugar será necessário relembrar do papel que Deus espera que exerçamos diante do mundo, que vai além da pregação da salvação, tão necessária. Quando Deus faz aliança com Abraão (Gênesis 12 e 15) busca demonstrar-lhe que sua descendência iria ser fundamental para que as nações conhecessem o lado da vida que foi abandonado no Éden, como um povo de contraste diante da idolatria, imoralidade e perversão das nações. Deus esperava ter um povo diferente, que demonstrasse o que seria a vida do ponto de vista de Deus, abandonada pela rebelião no Éden (Gênesis 3).

Israel não cumpriu esse papel ao se misturar com os povos vizinhos, absorver sua cultura idólatra, imoral e pervertida. A aliança de Deus com Abraão prosseguiu com Judá, que também não cumpriu, pois inversamente se afastou das nações tratando-as como povo impuro e gentio. Ao esperar um messias político assumiu esse viés distante do seu papel de ser um contraste diante da cultura de sua época. Deus prossegue Seu plano para redimir toda a criação, inclusive o ser humano, fazendo dos dois povos (judeus e gentios) um só povo (Efésios 2; Romanos 9-11), mantendo o desafio de ter uma comunidade de contraste diante da história, diante do mundo. Essa missão divina de resgatar toda criação podemos chamar de missĭo Dei (em latim, “missão de Deus”), a que Ele nos convida para participarmos. Sobre isso, Christopher Wright nos desafia ao perguntar: “’De quem é essa missão afinal? É a missão de Deus’. O próprio Deus tem uma missão. Deus tem um propósito e um alvo para toda a Sua criação. Paulo chamou isso de ‘todo o propósito de Deus’ (Atos 20.27; cf. Efésios 1.9, 10). Como parte dessa missão divina, Deus chamou à existência um povo para participar com Ele na realização dessa missão. Toda a nossa missão procede da prévia missão de Deus […] A missão surge do coração do próprio Deus e é transmitida de seu coração para o nosso”.

Quando notamos esse processo de customização do Evangelho entre nós, é sinal de que não estamos sendo essa comunidade de contraste, mas nos igualando a Israel, absorvendo como esponja a cultura contemporânea como ela é, sem contudo avaliá-la à luz dos ideais de Deus para nosso papel e existência como sal, luz embaixadores Seus nesse mundo pervertido, insalubre, egoísta e destrutivo da dignidade de vida.

Vamos lembrar do que John Stott nos desafiou: “Não devemos perguntar: ‘O que há de errado com o mundo?’ Esse diagnóstico já foi dado. Em vez disso, devemos perguntar: ‘O que aconteceu com o sal e a luz’?”.

Grande desafio temos diante de nós.

Contatos: rega@batistas.org Instagram: @lourencosteliorega n

Lourenço Stelio Rega