Jornal "A Manhã"

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JORNAL DE INFORMAÇÃO REGIONAL – GONDOMAR · N.º 9 · DIRECTOR: PAULO F. SILVA

0,50€ · QUINTA-FEIRA, 15 DE NOVEMBRO DE 2012

Associação da chefe de Divisão da Câmara recebe 43 mil euros Executivo aprovou por unanimidade subsídio para a Gondomar Social, que tem sede na Loja Social da autarquia e vai utilizar um edifício cedido pela Câmara por 25 anos

Vereador Fernando Paulo garante que está tudo legal, que “não há conflito de interesses” e diz que a autarquia PÁG. 7 sempre “dinamizou a criação de associações” J. PAULO COUTINHO

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Movimento de Valentim Loureiro e PSD a caminho de uma coligação

Fernanda Vieira anuncia recandidatura à Junta de Fânzeres

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Marco Martins confirmado amanhã como candidato do PS à Câmara PÁG. 20

1.º Rali Sprint vai para a estrada no domingo

Presidentes de Junta recusam ser “coveiros” das suas freguesias

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Hospital-Escola Fernando Pessoa abre portas à população no próximo dia 1


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A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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ACTUAL Reorganização administrativa do território

Presidentes de Junta unidos c ontra agregações Autarcas estiveram reunidos em Baguim do Monte à hora do fecho desta edição

Como ficará reestruturado o novo mapa do concelho: quem agrega e quem é agregado

•• CÂNDIDO XAVIER [Infografia]

MAPA ACTUAL

Baguim do Monte 14.102

•• PAULO ALMEIDA [Textos] MAIA

PROPOSTA

A

freguesias (Gondomar S. Cosme). O objectivo é “discutir e, se possível, subscrever um documento conjunto, no sentido de manter a unidade territorial do concelho, para apresentar depois noutras instâncias”, informou Nuno Coelho. O autarca esclareceu que a reunião retoma a série de encontros mensais que os presidentes de junta efectuavam desde 2005. Mas desta vez o que está em cima da mesa são os mapas de agregações de freguesias enviados à Assembleia da República. Propostas A Unidade Técnica, uma comissão criada para redesenhar o mapa administrativo local, avança com duas propostas para o concelho. Em ambos os mapas as freguesias de Gon-

domar, Valbom e Jovim são agregadas, tal como as de Medas e Melres; Fânzeres e S. Pedro da Cova são agregadas e podem ainda agregar Baguim do Monte; Foz do Sousa e Covelo também podem ser agregadas; Lomba e Rio Tinto não sofrem alterações. A Assembleia Municipal de Gondomar aprovara em Setembro, por unanimidade, um documento a enviar àquele órgão, manifestandose contrária a qualquer alteração ao mapa concelhio, considerando o município “uma organização administrativa coesa, adequada, equilibrada e estável”. Entretanto, vários autarcas confirmaram que os partidos com representação na Assembleia Municipal solicitaram já a marcação de uma reunião extraordinária para discutir a reorganização administrativa.

Rio Tinto 50.713

Gondomar 16.478 S. Cosme 27.047 PENAFIEL PAREDES

Jovim 7146 Foz do Sousa 6054

VILA NOVA DE GAIA

B

Agrega

7 Freguesias

Fânzeres S. Pedro da Cova

VALONGO

S. Pedro da Cova

Valbom 14.407

Baguim do Monte Fânzeres

7 Freguesias Fânzeres 23.108

PORTO

PROPOSTA

Agrega

A

12 Freguesias

Unidade Técnica da Assembleia da República já apresentou as suas propostas, são duas, para agregação de freguesias no concelho de Gondomar. Os presidentes das juntas afectadas cerram fileiras e afirmam que não serão os “coveiros” das suas freguesias. À hora do fecho desta edição decorria uma reunião em Baguim do Monte com os presidentes de junta gondomarenses. Uma reunião informal, acolhida pelo socialista Nuno Coelho e aberta a todos os autarcas, os que vêem as suas freguesias afectadas pelas duas propostas da Unidade Técnica (Baguim do Monte, S. Pedro da Cova, Fânzeres, Valbom, Jovim, Foz do Sousa, Covelo, Medas e Melres), os que não são afectados (Rio Tinto, Lomba) e aquele que defende a extinção de todas as

FONTE: UTRAT, INE

Covelo 1647

Esta solução, apresentada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT), corresponde à estrita aplicação das percentagens e proporções previstas no art. 6.º, n.º 1, da Lei n.º 22/2012

A segunda proposta da UTRAT, apesar de reduzir o número de freguesias do concelho, utiliza diferentes proporções das previstas na Lei n.º 22/2012. Esta solução atende às especificidades territoriais do município e tem por base os objectivos e princípios previstos nos artigos 2.º e 3.º da mesma lei.

Agrega

Agrega

Gondomar (S. Cosme) Jovim Valbom Agrega

Medas Melres

Gondomar (S. Cosme) Jovim Valbom

Melres 3691

Medas 2129

PARÂMETROS DE AGREGAÇÃO (art. 6.º, Lei n.º 22/2012)

Lomba 1505

CASTELO DE PAIVA

SANTA MARIA DA FEIRA AROUCA

1. Em cada município de nível 1 [como Gondomar], uma redução global do respectivo número de freguesias correspondente a, no mínimo, 55 % do número de freguesias cujo território se situe, total ou parcialmente, no mesmo lugar urbano ou em lugares urbanos sucessivamente contíguos e 35 % do número das outras freguesias. 2. Da reorganização administrativa do território das freguesias não pode resultar a existência de freguesias com um número inferior a 150 habitantes.

Agrega

Foz do Sousa Covelo Agrega

Medas Melres

A UTRAT considera que a Proposta B constitui a resposta mais adequada para a reorganização administrativa pretendida para o muncípio

Quase unanimidade contra agregações • Reacções diversas entre presidentes de Junta

AGOSTINHO SILVA Presidente da Junta de Freguesia de Jovim

Agostinho Silva, autarca do PSD em Jovim, mostrou-se incrédulo com as soluções apresentadas ao Parlamento. “Jovim nunca fez parte dos parâmetros de agregação”, salientou o presidente de junta, recorrendo ao Documento Verde e à lista anexa à Lei n.º 22/2012, que define os lugares urbanos do concelho. Agostinho Silva referiu que não sendo Jovim um lugar urbano, as suas afinidades são com Foz do Sousa. “Nós partilhamos um centro de Saúde e um agrupamento de escolas com Foz do Sousa, temos um Conselho Local de Acção Social que engloba Jovim Foz do Sousa e Covelo, então se querem massa crítica e escala, por que é que não propõem a agregação destas três freguesias e fica um lugar com 15 mil habitantes”, questiona. O autarca lamenta igualmente que a população esteja alheada deste processo.

DANIEL VIEIRA Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova

Daniel Vieira, autarca em S. Pedro da Cova, a única freguesia da CDU na Área Metropolitana do Porto, entende que nada está decidido e cabe agora às populações, juntamente com os autarcas, derrotar as propostas. “Este processo visa liquidar o poder local democrático que saiu do 25 de Abril”, através da redução de eleitos e da representatividade das populações, através da perda de serviços públicos, afirmou o autarca. “Este processo não faz sentido nenhum, desde logo porque a Unidade Técnica não cumpre os requisitos legais para o seu funcionamento”, adiantou Daniel Vieira, lembrando que as associações nacionais de municípios e de freguesias nem sequer estão representadas naquele órgão, que apelidou de “incompetência técnica”.

JOSÉ GONÇALVES Presidente da Junta de Freguesia de Valbom

“Eu não vou ser o coveiro da minha freguesia. Informei o meu partido (PSD) por carta que deixarei de ser militante. Para mim, chega! Não tenho mandato para ser coveiro, nem tenho palas só para olhar para a frente”, afirmou José Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia de Valbom. O autarca contesta a agregação da freguesia e já havia ameaçado várias vezes entregar o cartão de militante.

FERNANDA VIEIRA Presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres

Fernanda Vieira, autarca do PS em Fânzeres, afirmou que é preciso aguardar para se perceber o desfecho deste processo, mas não acredita que a reorganização autárquica seja bem sucedida. “Há muitos passos que ainda não foram dados, aguardemos para ver o que os partidos na Assembleia da República têm para dizer”, referiu.

JOSÉ ANTÓNIO MACEDO Presidente da Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme)

A maioria dos presidentes de Junta de Gondomar é contra a agregação das freguesias, mas há uma voz discordante, a de José António Macedo, presidente em Gondomar, eleito pelo PSD. “Eu defendo simplesmente a extinção das freguesias. Nos tempos de hoje não fazem sentido, viajo muito pela Europa e tenho sempre muita dificuldade em explicar o que são e por que é que duplicam as funções dos municípios. O que eu defendo é a substituição das freguesias pelos municípios”, explicou o autarca. Questionado sobre as propostas da Unidade Técnica, afirmou que ainda não as conhecia, escusandose a mais comentários. Disse que esperava estar na reunião de ontem para explicar uma vez mais aos seus congéneres o seu ponto de vista, “se me quiserem ouvir”.


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GONDOMAR Poder Local | Sociedade | Cultura

Poder Local :g

Valentim Loureiro recorre da setença de perda de mandato Autarca avança para instâncias superiores e se perder pode candidatar-se novamente à Câmara ARQUIVO “A MANHÔ

•• PAULO ALMEIDA

O

Tribunal de Gondomar informou a Comunicação Social que a sentença do caso “Apito Dourado”, onde consta a pena de perda mandato do presidente da Câmara por um crime de prevaricação, transitou em julgado em Junho. O trânsito em julgado de uma sentença permite que o tribunal abra um processo de execução de pena, mas também permite que o arguido recorra para tribunais superiores, que foi o que fez Valentim Loureiro. Fonte ligada ao processo revelou ao “A Manhã” que o autarca deu entrada no Tribunal da Relação do Porto de um recurso onde contesta a perda de mandato. A defesa do presidente da Câmara sustenta que a perda de mandato é uma pena inútil ou de impossível execução, uma vez que o acórdão do Tribunal de Gondomar, em 2008, referia expressamente que Valentim Loureiro era condenado a perder o mandato “que neste momento exerce”, pelo crime cometido em 2003, não obstante ter sido reeleito em 2005. Os advogados do autarca entendem que o mandato em causa é o de 2005-2009. Tanto que nunca recorreram da condenação na segunda instância. Todavia, parece difícil que Valentim Loureiro seja afastado da Câmara Municipal até às eleições de Outubro do próximo ano, uma vez que depois

José Luís Oliveira poderá assumir a presidência da autarquia caso Valentim Loureiro perca efectivamente o mandato

Valentim Loureiro pode recorrer, depois da Relação, para o Supremo e ainda para o Constitucional

do Tribunal da Relação poderá recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça e depois, eventualmente, para o Constitucional.

PREVARICAÇÃO. Valentim Loureiro foi condenado por um crime de prevaricação, no âmbito do processo “Apito Dourado”, punido com perda de mandato. Este crime designa abuso no exercício de funções, cometendo injustiças ou lesando os interesses que devia acautelar. O autarca foi condenado por ter adjudicado a produção de uma revista municipal à empresa Global Design, de José António Ferreira, acedendo ao pedido feito pelo pai do empresário, António Ferreira, ambos também condenados. O concurso estava adjudicado a outra empresa, mas a decisão foi alterada.

NOVA ACUSAÇÃO. O presidente da Câmara, entretanto, voltou a tribunal indiciado em nova acusação de prevaricação, revelou a Agência Lusa, a semana passada. A acusação surge por o autarca alegadamente ter incorrido em omissão, ao não proferir despacho de licenciamento de construção requerido pela cooperativa “O Problema da Habitação”, que se queixou de tratamento discriminatório face a outros empreiteiros ou construtores. “Nunca aprovei o licenciamento porque não estavam reunidas as condições legais”, contrapôs Valentim Loureiro.

Candidato Se Valentim Loureiro for forçado a abandonar a presidência do município ou se desistir dos recursos, considera-se que perdeu o mandato “que neste momento exerce”. Trata-se de uma situação complexa uma vez que teria que se analisar os actos em que participou enquanto presidente da Câmara, pois poderiam ser considerados nulos. O autarca deveria também ter que devolver os vencimentos auferidos entre 2009 e 2012. Em princípio o novo executivo seria liderado José Luís Oliveira, que foi condenado no mesmo processo, mas pelos crimes de corrupção desportiva activa. Todavia, a perda de mandato abria espaço a uma nova situação: Valentim Loureiro, se assim entendesse, poderia ser candidato às eleições autárquicas de 2013. A Lei n.º 46/2005, de 19 de Agosto, que estabelece limites à renovação sucessiva de mandatos dos presidentes dos órgãos executivos das autarquias locais, refere expressamente que os presidentes de câmara ou de junta não podem ser candidatos a mais do que três mandatos seguidos. Em caso de renúncia, não poderia recandidatar-se. Mas a lei é omissa no caso de perda de mandato por sentença judicial, o que significa que poderia candidatar-se de novo, uma vez que interrompia a série de três mandatos consecutivos. Valentim Loureiro não esteve disponível para prestar declarações ao “A Manhã”.

J. PAULO COUTINHO

•• ORLANDO CASTRO

UM TESTEMUNHO

O

nome de Marco Martins, actual presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, será formalmente aprovado, amanhã, como candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Gondomar. Apoiado de forma clara, mais de dois terços, pelos membros da Comissão Política Concelhia, conta também com o apoio da Distrital e do próprio secretário-geral, António José Seguro. A escolha de Marco Martins, embora não sendo unânime, afigura-se como a mais consensual entre os socialistas e corresponde, como até os adversários reconhecem, a uma aposta muito forte para levar o PS novamente à Presidência da Câmara. Embora de forma implícita (ver peça sobre a coligação entre PSD e o Movimento Independente “Valentim Loureiro – Gondomar no Coração”), os seus principais opositores temem que não seja possível encontrar um candidato que possa derrotar Marco Martins. A jogada de antecipação do PS de Gondomar, ao avançar com a candidatura do autarca de Rio Tinto, abortou outras estratégias que se cozinhavam nos areópagos partidários exteriores ao concelho, levando a que as eventuais pretensões da deputada e ex-secretária de Estado dos Transportes no Governo de José Sócrates, Ana Paula Vitorino, ou até mesmo da deputada Isabel Santos, recolhessem ao tinteiro. Recorde-se que Isabel Santos, a propósito da que poderia ser a sua recandidatura, disse (em declarações ao “Público”) que “(…) tendo em conta os apelos que tenho recebido, alguns até fora do partido, aguardo para ver o projecto autárquico que o partido tem para o distrito”. Marco Martins, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto desde 2005, cargo para o

O nome de Marco Martins é formalmente aprovado amanhã pela Comissão Política Concelhia do PS

Marco Martins “arruma” concorrentes do PS e baralha contas dos adversários políticos Socialistas acreditam que pela mão do actual presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto vão ganhar as eleições para a Câmara Não se conhece a estratégia eleitoral ou a equipa de Marco Martins, mas o projecto passa por algumas das “bandeiras” do autarca

qual foi reeleito em 2009 com a maior votação de sempre, sendo neste mandato o autarca de freguesia eleito com maior número de votos, aumentou muito a parada com esta candidatura, mesmo sabendo que é um dos jovens políticos com quem o partido conta para voos ainda mais altos. Embora ainda não se conheça a estratégia eleitoral, nem a equipa que Marco Mar-

tins irá apresentar, fontes socialistas locais adiantam que o projecto passará por algumas das áreas que o autarca tem defendido como o ambiente, a mobilidade e a transparência da gestão. Contactado pelo “A Manhã”, Marco Martins remeteu declarações para depois da formalização da sua aprovação como candidato, “em respeito pelos órgãos do PS”.

“Há 2 ou 3 dias, uma pessoa da minha família mais próxima sentiu-se mal e teve de chamar o INEM para ir ao Hospital. Minutos depois, chegava um veículo dos Bombeiros Voluntários da Areosa. A conduzi-lo, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, voluntário naquela corporação. Não é de hoje que Marco Martins, eleito pelo PS nos últimos 2 mandatos (…) dá extraordinários exemplos de cidadania e de nobreza na actuação política. Muitos dos seus actos passarão despercebidos na espuma das notícias, mas a política de proximidade que exerce em relação àqueles que o elegeram faz de si um exemplo notável. Não me esquecerei – não sendo por isso que o elogio – da forma célere como resolveu o problema do estacionamento selvagem em cima dos passeios na rua em que habito. Mesmo não sendo essa uma das suas atribuições. As Juntas de Freguesia podem muito pouco no actual xadrez autárquico nacional. E num momento em que o Ministro da Propaganda se prepara para extinguir centenas de freguesias, Marco Martins demonstra à saciedade o quanto poderia fazer uma Junta de Freguesia se dotada das competências necessárias. Quem não se lembra da forma como Marco Martins, de novo extravasando as suas competências, conseguiu negociar com os STCP a passagem de uma carreira à porta do deslocado Centro de Saúde, resolvendo assim o problema de milhares de utentes. Foi por tudo isto que decidi dar um exemplo positivo na política portuguesa – e ainda por cima de uma área que não a minha, a do PS. Precisávamos de mais gente deste calibre neste depauperado regime democrático em que vivemos.” In: http://aventar.eu


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g: Poder Local

Sociedade :g

Movimento Valentim Loureiro e PSD formam coligação para as autárquicas ARQUIVO “A MANHÔ

rá vago em Vila Nova de Gaia, e figura omnipresente em todas as movimentações do PSD no distrito do Porto. A nível da estratégia distrital do PSD, as opiniões dividem-se quanto à razoabilidade de o partido candidatar José Luís Oliveira. Algumas fontes admitem que, mesmo de forma indirecta, colocar o actual vice-presidente da Câmara de Gondomar (cargo a que chegou como militante do movimento de Valentim Loureiro) na cadeira do poder, será algo improvável.

•• ORLANDO CASTRO

O

PSD e o Movimento Independente “Valentim Loureiro-Gondomar no Coração” chegaram a acordo, em termos gerais, para formar uma coligação concorrente às próximas eleições autárquicas, segundo fontes das duas partes contactadas pelo “A Manhã”. Estão igualmente a ser feitos contactos com o CDS-PP para que este também a integre. Os sociais-democratas defendem que, nesta altura, o acordo só pode ser definido a nível da corrida à Câmara Municipal, embora abarque as juntas de freguesia. Isto porque, segundo diversas fontes contactadas pelo “A Manhã”, não se sabe se a chamada “Proposta Concreta de Reorganização Administrativa do Território”, elaborada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT), em que Gondomar passa a ter menos cinco freguesias (passa das actuais 12 para sete), vai mesmo para a frente. Em matéria dos principais nomes que integrarão a coligação, o segredo continua a ser a alma do negócio. A proposta mais consensual é a de que a lista concorrente à Câmara será liderada por Fernando Paulo, vereador e militante do movimento de Valentim Loureiro, seguido por José Luís Oliveira (vice-presidente da autarquia e recém regressado ao PSD) e por Daniela Himmel. Este cenário pode, contudo, ter uma nuance que integra os prós e os contras dos pormenores da coligação, mas que se admite conste apenas de um acordo de cavalheiros entre as partes. Os mais ortodoxos políticos do PSD mostram-se, todavia,

Tudo indica que Valentim Loureiro já tenha apontado o candidato à sua sucessão: Fernando Paulo

“UMA EXIGÊNCIA CÍVICA” Quando, em 2009, se apresentou como candidato à Assembleia Municipal de Gondomar, integrado na coligação Gondomar em Boas Mãos, liderada pelo PSD, Matias Alves assumiu o estatuto de independente (“que sempre fui”). Sobre as razões que o levaram a participar nesse projecto de intervenção cívica, explicou que o fazia porque: nasceu e vive em Gondomar; entende a política como um serviço às pessoas; é um

cépticos quando à exequibilidade desta coligação, acreditando que o partido deveria avançar sozinho, e adiantam mesmo o nome do actual presidente da Assembleia Municipal, Matias Alves, como um candidato capaz de derrotar toda a concorrência, seja a do “Valentim Loureiro – Gondomar no Coração” ou a do Partido Socialista. Matias Alves, um político

cidadão independente que valoriza a liberdade e a democracia; quer que os bens públicos sejam usados para benefício de todos os gondomarenses. Acrescentava ainda que o fazia também porque os milhares de alunos que ajudou a formar durante 33 anos merecem uma política de verdade, seriedade e competência; porque acredita que Gondomar tem grandes potencialidades e pode sair da cauda

Os mais ortodoxos do PSD acreditam que o partido deveria avançar sozinho

da área metropolitana do Porto; porque valoriza o trabalho em equipa, porque quer que Gondomar seja falado por boas razões; porque são precisas outras políticas que criem no concelho mais oportunidades de emprego, mais qualidade de vida, melhores respostas ao nível da saúde, da educação, da cultura e do lazer e, por último, porque as pessoas precisam de motivos de esperança e alento.

consensualmente respeitado e reconhecido, terá sido sondado, mas parece pouco motivado para liderar o PSD na corrida à Câmara, caso a coligação venha a não vingar. Pedra decisiva em todo este contexto social-democrata será Marco António Costa, actual secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, potencial candidato ao lugar que Luís Filipe Menezes deixa-

Última batalha No PSD de Gondomar existe uma corrente de opinião para quem, mais do que uma coligação, importa ter um candidato credível se o objectivo for de facto vencer. Se não for, admitem que José Luís Oliveira terá a sua última batalha política. Os defensores desta linha de pensamento acreditam que, como ainda há muito tempo, a verdade de hoje será amanhã mentira. Depositam, aliás, grandes esperanças no que Marco António Costa venha a definir para Gondomar. Pensam, aliás, que tanto a Comissão Política Concelhia como a Distrital poderão – ao contrário do que hoje acontece – “tirar o tapete” a José Luís Oliveira e apostar noutro candidato. A coligação parece ser para o PSD a única forma de derrotar a candidatura socialista de Marco Martins. No entanto, cresce a convicção dos militantes sociais-democratas no sentido de que, com um bom candidato, o PSD sozinho não teria grandes dificuldades em vencer o PS. Os militantes anónimos dizem mesmo que se houver coligação o PS ganhará não por mérito próprio mas por demérito do PSD.

Câmara atribui subsídio a instituição da chefe de Divisão de Acção Social e Saúde

Vereador Fernando Paulo afirma que a situação é legal e que “não há conflito de interesses”

J. PAULO COUTINHO

•• PAULO ALMEIDA

OBJECTIVOS DA GONDOMAR SOCIAL

A

Câmara Municipal vai atribuir um subsídio de 43 mil euros à Gondomar Social – Associação de Intervenção Comunitária, instituição fundada pela chefe de Divisão de Acção Social e Saúde da autarquia. O subsídio, a disponibilizar em duas tranches, visa equipar um edifício em Baguim do Monte, para acolhimento de jovens raparigas entre os 12 e os 18 anos, que também foi cedido pela Câmara à associação em regime de comodato, durante 25 anos. A Gondomar Social foi constituída em Julho de 2010 no cartório notarial que pertence ao marido da vereadora Daniela Himmel, filha de Valentim Loureiro, e passou a figurar no registo das instituições inscritas no Conselho Local de Acção Social, em Dezembro do mesmo ano. A sede da instituição é a mesma da Loja Social da autarquia. A associação, fundada pela chefe de Divisão de Acção Social e Saúde, Helena Isabel Sousa Loureiro, por Catarina Conceição Fonseca Guimarães e Maria Isabel Costa Monteiro, foi reconhecida pela Direcção-Geral da Segurança Social como pessoa colectiva de utilidade pública, em Outubro de 2010, três meses depois de constituída. Catarina Guimarães é médica e foi nomeada, na semana passada, directora do Agrupamento de Centros de Saúde do Grande Porto II – Gondomar. O subsídio visa equipar um imóvel em Baguim do Monte, que pertence à Câmara Municipal, dotá-lo de condições

A Gondomar Social – Associação de Intervenção Comunitária tem por objectivo promover o apoio social e comunitário a crianças e jovens, famílias, protecção/apoio à terceira idade. A associação visa alcançar os seus objectivos através da criação de creches, de um centro de apoio temporário, de medidas de apoio às famílias em situação de vulnerabilidade, de um centro de dia e apoio domiciliário a idosos, acções de promoção da saúde oral e a criação de uma rede de cuidados continuados, acções de formação sócio-educativas e profissionais, empresas de inserção e acções que visem a igualdade de género e de oportunidades. Edifício em Baguim do Monte foi cedido pela Câmara à associação em regime de comodato, durante 25 anos

para acolher um “Lar Especializado para Jovens” do sexo feminino, conforme um acordo de cooperação assinado entre o Instituto de Segurança Social, a autarquia e a Gondomar Social. O equipamento é designado por “Lar de Infância e Juventude Gondomar Coração de Ouro”. Experiência O vereador com o pelouro da Acção Social, Fernando Paulo, disse ao “A Manhã” que a situação é perfeitamente legal e que não há “conflito de interesses”. “A Câmara Municipal dinamizou e fomentou sempre a criação de associações, orientando a sua acção para as necessidades do concelho”, explicou. Fernando Paulo adiantou que a Câmara de

COMPORTAMENTOS DESVIANTES A partir de Janeiro, a Gondomar Social vai começar a acolher jovens raparigas, dos 12 aos 18 anos, sinalizadas por “comportamentos desviantes”. Cada utente representa uma atribuição mensal de 1500 euros. O “Lar de Infância e Juventude Gondomar Coração de Ouro” é um investimento próprio da Câmara, no valor de 800 mil euros, e foi concluído em 2009. Segundo Fernando Paulo é a terceira unidade no país com estas características.

Gondomar ajuda a “criar projectos, dinamiza-os e depois solta-os”. Afirmou, contudo, que a Gondomar Social foi criada para gerir aquele equipamento e aproveitar a experiência alcançada com a participação dos membros dos seus órgãos sociais na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJR). Destacou, por isso, o trabalho de Helena Loureiro ou do procurador-geral da República, Vitorino Queiroz, na CPCJR, actualmente nos órgãos sociais da Gondomar Social, alertando que desempenham cargos não remunerados. Questionado sobre a sede da Gondomar Social, que é a mesma da Loja Social da Câmara Municipal, Fernando Paulo afirmou que já deu or-

dem para que se alterasse a morada para o equipamento de Baguim do Monte, uma vez que o contrato de comodato com a associação foi celebrado em Julho do ano passado. “Não fomos nós que criámos a associação, nem pagámos o seu registo”, referiu Fernando Paulo. O vereador esclareceu que o contrato de comodato, tal como o subsídio de 43 mil euros, foi aprovado por unanimidade em reunião do Executivo. Salientou que o processo de atribuição da valência foi iniciada quando Edmundo Martinho, do PS, presidia ao Instituto da Segurança Social. O presidente da Concelhia do PS e vereador em regime de substituição, Luís Filipe Araújo, afirmou desconhecer o processo.


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g: Sociedade

Sociedade :g

“Não remuneramos o capital mas sim o trabalho”

Modernidade e eficiência no Hospital-Escola

Afirmação de Salvato Trigo a propósito do Hospital-Escola de Gondomar que abrirá as portas a 1 de Dezembro

Hospital-Escola de Gondomar, situado na freguesia de Gondomar S. Cosme, corresponde a um investimento de 50 milhões de euros da Universidade Fernando Pessoa, tem sete 7 pisos (dois subterrâneos), insere-se numa área com 35 mil metros quadrados, dos quais ocupa mais de 5.600. Com um total de 200 camas, 60 das quais na Unidade de Cuidados Continuados (integrada na rede nacional), o hospital conta com todas as valências médicas e cirúrgicas, excepção feita à cirurgia cardiotorácica e à neurológica. Está igualmente dotado com um centro de ensaios clínicos para investigação e um outro de anatomia e cirurgia experimental para formação de cirurgiões, para além de três casas de parto. O Hospital foi concebido por alunos e professores da Universidade Fernando Pessoa, é um edifício inteligente e auto-sustentável e está preparado para um dia nele ser possível, como pretende a Universidade, leccionar o curso de medicina. O Hospital-Escola tem como público-alvo as populações carenciadas que recorrem ao Serviço Nacional de Saúde (numa área de influência de cerca de 200 mil habitantes),

•• ORLANDO CASTRO [Texto] •• J. PAULO COUTINHO [Foto]

O

presidente do Conselho de Administração da Fundação Fernando Pessoa e reitor da Universidade Fernando Pessoa (UFP) garante que o Hospital-Escola “não é um projecto privado que visa disputar o mercado da doença” e dá como certo que no primeiro dia de Dezembro estará de portas abertas. “É uma unidade criada para prestar cuidados de saúde à população, mas que tem como objectivo principal ser um suporte essencial do ensino aos alunos da Faculdade Fernando Pessoa”, explica Salvato Trigo. E isso foi necessário porque, “antes deste projecto, a UFP dependia em 40%, nomeadamente através da compra aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, de serviços prestados por entidades exteriores e que eram essenciais para a formação clínica dos seus alunos”, diz Salvato Trigo. Assumindo-se como “uma instituição de referência na área de saúde e não como mais um operador”, com o Hospital-Escola a UFP “pode garantir um ensino controlado e de elevada qualidade e eficácia”. Salvato Trigo mantém na primeira linha do “combate” da Fundação, “e quando Portugal for um país normal”, um outro objectivo que visa “criar o curso de medicina, a nível do ensino privado, mas que – acrescenta – tem sido constantemente boicotado porque o país tem tido – ao contrário do que se passa por essa Europa fora – uma visão errada quanto à exequibilidade de haver

Salvato Trigo garante que todos os que recorrerem ao hospital “não serão tratados como clientes, mas como parceiros”

17

milhões de euros Investimento total

200

Número total de camas, 60 das quais na Unidade de Cuidados Continuados

7

Números de pisos do edifício. Dois deles são subterrâneos

35

mil metros quadrados

Área de inserção. O edifício ocupa mais de 5600 m2

entidades privadas a ministrar cursos de medicina”. O reitor acredita, aliás, que esse momento – “apesar de já tardio” – vai chegar. “E quando isso acontecer teremos nesta área da saúde a necessária capacidade instalada, bem como todas as competências”, diz, realçando que “todo o projecto foi idealizado e construído tendo como horizonte essa realidade”. Dizendo compreender a legitimidade funcional de todos os que operam no mercado, Salvato Trigo garante que “todos quantos recorram ao Hospital não serão tratados como clientes ou utentes, mas como parceiros”. De acordo com o reitor da UFP, “os custos que esses parceiros terão de pagar pelos serviços prestados serão muito inferiores aos praticados noutros

hospitais”. Isto porque, explica, “pertencendo à Fundação Fernando Pessoa, a actividade do Hospital não visa fins lucrativos”. Salvato Trigo justifica que a Fundação “tem que amortizar os seus investimentos, mas não remunera capital, apenas o faz em relação ao trabalho”. Frisa que o Hospital-Escola “não tem pressões de âmbito comercial que possam levar a que se exija, por exemplo, um número mínimo de consultas”, sendo certo – garante Salvato Trigo – que “funcionará tendo como base a prestação, para além do ensino, de serviços de saúde de qualidade e não de quantidade”. É com esta filosofia que o Hospital-Escola não faz parte do negócio da doença, “pois o seu core business é a saúde”. Sendo um “parto” difícil,

•• ORLANDO CASTRO [Texto] •• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

Salvato Trigo tem dito que “em Portugal existe muito o hábito de estarmos sempre dependentes do Estado para tudo, esperando sempre que o Estado ajude a fazer”, um pouco ao estilo de “um país de grandes empresários, de grandes empreendedores, desde que o Estado subsidie”. Desta vez, “como de outras”, a Universidade Fernando Pessoa “não esteve à espera do Estado e a única coisa que lhe pediu foi que não atrapalhasse”. Salvato Trigo lembra, contudo, que “não foi isso que aconteceu…” Quanto a ser em Gondomar, corresponde a um velho “namoro” que agora deu em “casamento”. O reitor recorda, aliás, que “o projecto da própria Universidade Fernando Pessoa era para ser lançado em Gondomar”. E só não foi, diz, “porque a Câmara da época não foi capaz de ter a visão estratégica da actual”. Como prova de reconhecimento, o Hospital-Escola de Gondomar está a lançar um cartão de saúde para a população do concelho que, “em condições altamente privilegiadas”, poderá beneficiar de cuidados de saúde em condições similares às fornecidas pelo Serviço Nacional de Saúde. Salvato Trigo conta que a Universidade Fernando Pessoa apresentou à então ministra da Saúde, Ana Jorge, uma proposta de parceria privadapública que, “sem risco para o Estado”, permitiria aos parceiros (doentes) da área de Gondomar “beneficiar deste hospital nas mesmas condições que têm nas entidades da rede pública”. Mas, “como muitas outras coisas”, a proposta “caiu porque o Governo também caiu”.

O

não é só um espaço de ensino e aprendizagem, mas também de cultura e partilha com a comunidade, sobretudo pela utilização de espaços como o auditório e a biblioteca, tendo como filosofia a tese de que mais do que tratar a doença o importante é promover a saúde. O Hospital acolhe laboratórios de análises clínicas, gabinetes

de consultas de diferentes especialidades, Medicina Física e de Reabilitação, blocos operatórios, unidade de cuidados intensivos e até casas de parto que são pequenos apartamentos onde a família se poderá instalar. O corpo docente é altamente qualificado (o rácio é de 1 professor doutorado por cada

24 alunos), tem meios didácticos de excelência, clínicas pedagógicas de Fisioterapia, Terapêutica da Fala, Psicologia, Psicomotricidade e Medicina Dentária. A Unidade de Cuidados Continuados disporá de uma Unidade de Média Duração e Reabilitação e de uma Unidade de Longa Duração e Ma-

nutenção com capacidade para 30 utentes cada. A tecnologia é toda da Siemens, com mão-de-obra portuguesa, e resulta do esforço conjunto dos sectores Healthcare e Industry, em articulação com a Universidade Fernando Pessoa, no âmbito de uma parceria estratégica que visa responder a todos os desafios do projecto.


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Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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g: Sociedade

Sociedade :g DIREITOS RESERVADOS

Gondomar homenageou D. João de França

Tony Neves autografa o seu último livro lançado a semana passada

Placa comemorativa •• CÂNDIDO XAVIER [Texto e foto]

O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, presidiu na última sexta-feira à homenagem prestada a João de França Castro e Moura, natural de Gondomar, que, há 150 anos, iniciou as funções de bispo do Porto. Junto à casa onde nasceu aquele seu antecessor, na Rua dos Carregais, D. Manuel Clemente, juntamente com Valentim Loureiro, presidente da Câmara, descerraram uma placa comemorativa e alusiva a “um dos mais ilustres filhos de Gondomar”. Mais tarde, na Biblioteca Municipal, em jeito de conferência, o nome e o percurso deste missionário estiveram em destaque. Após as boas-vindas do padre Alípio Barbosa, pároco de S. Cosme, Valentim Loureiro sublinhou que D. João de França “é uma figura de relevo da história de Gondomar, que merece ser lembrada, valorizada e conhecida”. D. Manuel Clemente presenteou o repleto auditório com uma muito interessante “aula de história”, destacando o papel de João de França para que a Igreja obtivesse autonomia face aos poderes monárquicos da época, que chegavam a nomear os padres titulares das paróquias. A ideia da homenagem

D. Manuel Clemente e Valentim Loureiro no início da cerimónia

FIGURA DE RELEVO

D. João de França Castro e Moura nasceu em 1804, no Lugar da Azenha, Gondomar (S. Cosme), filho de António João de França e de Rosa da França Castro e Moura (lavradores locais). Em 1820 entrou para o Seminário de Santo António, no Porto. Três anos depois rumou para o Convento de Rilhafoles, em Lisboa, para se preparar como missionário, com o objectivo das missões do Oriente. Em Abril de 1825 partiu para Macau. Dali seguiu para a China

para assinalar a comemoração dos 150 anos do início de funções partiu do próprio bispo do Porto, depois de visitar a casa-natal de D. João de França Castro e Moura, aquando da Visita Pastoral que efectuou a Gondo-

(1830) e, mais tarde, passou à Diocese de Nanquim (onde foi investido como Vigário Geral). Foi nomeado Bispo de Claudiópolis em 1840. Um ano depois iniciou a sua actividade como Bispo de Pequim. Em 1850 partiu para Timor. Regressou a Portugal em 1853 decidido a viver o resto dos dias que lhe sobravam da sua Apostolização. Mas quando a Diocese do Porto vagou, o seu nome foi considerado pela Igreja como digno de desempenhar a alta missão de Prelado Portucalense, devido ao serviço prestado nas missões do Oriente. Assumiu, em 1862, as funções de bispo do Porto, nas quais se manteve até 16 de Outubro de 1868, data da sua morte. D. João de França Castro e Moura, marcou o seu Episcopado pela reabertura do Seminário Diocesano, no Porto, e pela reivindicação pela liberdade episcopal na nomeação dos párocos.

mar, em Dezembro de 2011. Uma homenagem que, segundo o presidente da Câmara, “é inteiramente justa, merecida, e que nos deu oportunidade, além do mais, de melhor conhecermos a vida desta relevante figura”.

Livro de Tony Neves relata o papel da Igreja em Angola “Angola - Justiça e Paz nas Intervenções da Igreja Católica 1989 -2002”, é o mais recente livro do Padre Tony Neves, apresentado no Auditório Municipal de Gondomar, e que tem prefácios de D. Manuel Clemente, bispo do Porto, e de Marcelo Rebelo de Sousa e posfácio de D. Gabriel Mbilingi. A obra corresponde à tese de doutoramento em Ciências Políticas de Tony Neves, padre natural da Foz do Sousa e que depois de ordenado sacerdote, em 1989, foi missionário em Angola durante a guerra civil, de 1989 a 1994. “Angola - Justiça e Paz nas Intervenções da Igreja Católica 1989 -2002”, é o mais recente livro do padre

Tony Neves e, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, pode ser considerado um “trabalho único” pois apresenta “um conjunto de depoimentos valiosos” e dá a conhecer uma investigação “séria e criteriosa” sobre o ensino da hierarquia em relação aos conceitos de Justiça e Paz. Tony Neves diz que com esta obra quis “provar que a Igreja Católica foi uma instituição muito importante no processo de paz” em Angola e que a instituição “interveio em contexto de alto risco, para reparar os danos causados pela guerra”. Mais do que um estudo científico, o livro é – de acordo com o autor uma “tese de vida”. ¬ Orlando Castro

Portonoivos no Multiusos este fim-de-semana O Multiusos de Gondomar recebe nos dias 17 e 18 a 5ª edição da Portonoivos. Tratase de uma feira de serviços e preparativos para o casamento onde serão apresentadas as novas tendências da moda nupcial e de serviços para o casamento. Os visitantes poderão encontrar tudo o que necessitam para um casa-

mento de sonho, desde quintas, hotéis, catering, vestidos de noiva e fatos de noivo, floristas, fotografia e vídeo, entre outros. Animação de rua e espectáculos de música e dança serão uma constante do decurso do evento que estará constantemente envolvido num ambiente de autêntica festa.

Onofre Varela distinguido no Amadora Cartoon O cartunista do “A Manhã”, Onofre Varela, foi homenageado no Amadora Cartoon, evento integrado no 23.º Festival Internacional de Banda Desenhada, que decorreu de 27 de Outubro a 11 de Novembro na cidade da Amadora. Este ano subordinado ao tema Biografia, o Amadora Cartoon expôs 23 desenhos autobiográficos do nosso colaborador, expressamente concebidos para o evento.

“Eu sou a pessoa que mais sabe de mim, mas fazer desenhos sobre a minha vida não foi tarefa fácil, por não ser coisa em que alguma vez tivesse pensado... e excedi, largamente, o prazo que me foi dado. Mergulhei na memória e vim à tona com um punhado de desenhos”, confessou Varela sobre a tarefa proposta. Foi nessas duas dúzias de desenhos que o autor se expôs, contando, cronologicamente, a sua passagem pelas variadas situações, vivências e profissões, que o fizeram dese-

Empresa de Rio Tinto atinge patamar de relevo nacional A empresa Samsys, ascendeu 11 posições (de 180 para 169) no ranking das 200 maiores empresas de ‘TI’ (Tecnologias de Informação) a operar em Portugal. Este novo patamar foi alcançado duas semanas após ter sido reconhecida com o Estatuto de “PME Excelência” pelo segundo ano consecutivo. A posição relaciona-se com o crescimento apresentado de 2010 para

2011, segundo estudo elaborado pela “Semana Informática”, que analisou os índices de facturação de empresas de ‘TI’ a operar em Portugal. Esta subida é ainda mais relevante devido ao facto de o mercado de ‘TI’, de forma global, ter caído 4%, enquanto a Samsys voltou a apresentar crescimento, desta vez de 2%. Irmãos Soares, fundadores da Samsys, orgulhosos do trajecto da empresa

nhador, pintor, cartunista, caricaturista e, mais recentemente, actor de teatro e escritor.

Lipor tem novo portal Enquadrado na comemoração dos seus 30 anos, a Lipor lançou no seu aniversário (dia 12), um novo portal de Internet. Este novo portal marca um novo momento, mais um passo em frente do projecto e da marca Lipor. O objectivo é o de reforçar a estratégia de ativação da marca Lipor juntos dos seus públicos externos e internos, com enfoque no posicionamento da marca, numa comunicação integrada entre si e

Prevenção de produção de resíduos A edição 2012 da Semana Europeia da Prevenção da Produção de Resíduos realiza-se, em toda a União Europeia, entre sábado e o dia 25. Em Portugal, a iniciativa é organizada pela Agência Portuguesa de Ambiente. A Câmara de Gondomar, preocupada com uma necessária mudança de atitude dos munícipes face à produção de resíduos, candidatou à Semana de Prevenção sete projectos – que incentivam o acesso à informação para contribuir para a redução dos resíduos gerados, que passa, logicamente, por optimizar as regras de consumo.

com a estratégia da organização. Gerar resultados e fortalecer a parceria, tornar concreto aos seus públicos os conceitos e valores da marca, aproximando-a e vivenciando-a. A Lipor é a entidade responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos sólidos urbanos produzidos pelos municípios associados: Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde.


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g: Sociedade

Melhor exposição de aves exóticas da Europa J. PAULO COUTINHO

Decorreu no Pavilhão Multiusos, nos dias 9, 10 e 11, a 17.ª edição do “Ornishow”, uma iniciativa direccionada a todos os amantes e criadores de aves. A edição deste ano contou com um número recorde de expositores/criadores: 206. Registou-se também – naquela que foi considerada pelo júri internacional uma das melhores exposições da Europa na secção de exóticos – o aumento do número de aves expostas (3100), entusiasmando, durante os três dias do evento, mais de 2500 praticantes e adeptos da ornitologia e confirmando o sucesso de edições anteriores. Entre as aves expostas (concurso e venda) puderam ver-se canários de cor e porte, exóticos, psitacídeos, fringilídeos, etc., que se submeteram à avaliação de 17 juízes nacionais e internacionais. Valentim Loureiro, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, acompanhado pelos vereadores Fernan-

do Paulo (Desporto) e Joaquim Castro Neves (Desenvolvimento Económico), foi um dos visitantes do “Ornishow 2012”, uma organização conjunta do Clube Ornitológico de Gondomar, Centro Ornitológico do Porto e Clube Independente Ornitológico de Matosinhos, com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar. António Rosa foi o grande vencedor do evento, arreca-

dando troféus em várias categorias, entre os quais o Prémio Prestígio e o da secção Exóticos e Psitacídeos. O Prémio Coração D’Ouro “Cor” foi entregue a Victor Jesus e o correspondente ao “Porte” foi ganho por Fernando Vilela. José Fernandes conquistou o Troféu Manuel Pinto Gonçalves e Pedro Valentim foi o vencedor do Prémio Internacional do Douro.

Noite dentro com pijamas e livros

“Os desafios da Nova Evangelização”

Panda está de regresso a Gondomar

Numa iniciativa da “Napalm” (Companhia de Teatro Dança em Conjunto ou Alternadamente), a Biblioteca Municipal irá ser, na noite de 15 para 16 de Dezembro, “casa e cama” para jovens dos 6 aos 12 anos. Numa proposta marcadamente diferente das tradicionais, a “Napalm” propõe-se a dinamizar a iniciativa “Noite, Pijamas e Livros”. Será uma forma divertida e original de dar a conhecer a Biblioteca – ao mesmo tempo que se dinamizam, noite dentro, várias actividades ligadas ao Teatro, à Música e à Dança.

Decorreu na semana passada uma “Semana bíblica” animada pelos franciscanos capuchinhos. Inspirada no tema “Os desafios da Nova Evangelização”, a iniciativa, já na sua 13.ª edição, abarcou, essencialmente, um ciclo de conferências. Cada dia da semana teve um tema, desenvolvido e aprofundado por moderadores que são, pelo seu conhecimento e vivência, uma mais-valia para todos os participantes. A 13.ª Semana Bíblica pretendeu “despertar energias e apontar caminhos”. A iniciativa realizou-se na Cripta da Igreja dos Capuchinhos.

Um ano depois, o Panda está de regresso a Gondomar. Depois do sucesso do espectáculo de Dezembro de 2011, a grande festa deste ano está marcada para domingo, dia 2 de Dezembro (com sessões às 11 e às 15 horas), no Pavilhão Multiusos. No ano passado o Panda foi à escola. Agora, o conhecido boneco (que dá nome a um canal de televisão por cabo) vem a Gondomar acompanhado por um novo grupo de amigos: Os Caricas. A festa está assegurada para milhares de crianças (e respectivos acompanhantes).

Visitantes deliciaram-se com milhares de aves em exposição no Multiusos

Franchise Roadshow 2012 finaliza encontros no Porto O último encontro do Franchise Roadshow 2012 realiza-se, no próximo sábado, no Hotel Vila Galé do Porto, entre as 9.30 e as 17 horas, com a apresentação de mais uma série de oportunidades de negócios para os empreendedores e pessoas interessadas em criar o próprio emprego. Esta iniciativa foi lançada pelo Instituto de Informação em Franchising (IIF), em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Iniciado em Março, o Franchise Roadshow 2012 já percorreu seis capitais de distrito que representam 40% do poder de compra nacional. Termina agora no Porto e pretende ser um impulsionador do empreendedorismo regional, em articulação com instituições nacionais e locais. O Roadshow do Porto tem garantida a presença de várias marcas de “franchising” de diferentes sectores de actividade. Ao todo são 14 grupos de marcas em sistema de “franchising”, interessadas em abrir negócios nesta região, com investimento inicial a partir dos 1500 euros. A última edição do Franchise Roadshow 2012 traz uma novidade: o “workshop” prático “Prepare-se para gerir um novo negócio”, onde serão debatidos os factores-chave para analisar a viabilidade de um negócio, os erros mais comuns a evitar na criação de novos negócios, a localização dos espaços e a implementação prática do negócio. Uma

formação garantida por Marco Lamas, “managing partner” da Incubit. Este “workshop” integra-se no Franchise Roadshow, que se inicia com uma abordagem global do “franchising” como forma de criação de empresas, realizada pelo director do IIF, Carlos Santos, à qual se seguem apresentações de algumas das empresas presentes, no painel “Conheça o meu negócio em 5 minutos”. Na parte da manhã seguem-se ainda as intervenções “As Start-Ups no contexto Bancário” por Vitor Pereira, do Barclays Portugal, e “Ferramentas de apoio à gestão: importância e mais-valia”, pela Primavera Portugal. A partir das 15 horas, César Ferreira, delegado regional do Norte do IEFP, fará uma apresentação sobre os “Apoios à Criação do Próprio Emprego”, seguindo-se Edgar Oliveira, da Associação Nacional de Direito ao Crédito, com uma intervenção sobre o “Microcrédito: uma oportunidade de criar o seu próprio negócio”. No decurso do encontro, os participantes terão ainda a oportunidade de realizar reuniões com as marcas de “franchising”, presentes nesta última edição do Franchise RoadShow. Os responsáveis das marcas irão apresentar os seus conceitos de negócio através de encontros individuais com os participantes no evento, numa oportunidade única para ver de perto as boas oportunidades para criação de novos negócios.

RECRUTA

COMERCIAL Requisitos Viatura própria, conhecimentos básicos de informática, disponibilidade imediata Respostas para ir.cooperativa@gmail.com


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Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

ENTREVISTA • Fernanda Vieira Presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres

Esta é a terceira de uma série de entrevistas com os presidentes das 12 juntas de freguesia do concelho. Por ordem alfabética, de Baguim do Monte a Valbom, os vários autarcas vão expor-nos, tanto quanto possível, a “sua” freguesia, os projectos realizados e os planos para o futuro.

CARTÃO DE CIDADÃO Maria Fernanda Vieira Ferreira da Rocha é natural de Fânzeres e milita no Partido Socialista desde 1985, ano da transição do governo do Bloco Central, chefiado por Mário Soares, para o governo minoritário de Cavaco Silva. Trabalhava nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Gondomar, de onde se reformou ao fim de 33 anos. “Ainda sou do tempo em que os SMAS também tinham a electricidade. Enquanto lá estive lidei sempre com as pessoas, ajudava a resolver os seus problemas. Aprendi muito nos SMAS, foi uma escola de vida”, afirma.

“Sou recandidata à Junta de Freguesia de Fânzeres” Fernanda Vieira é a única mulher a presidir a uma junta de freguesia em Gondomar. Transitou da presidência da Assembleia de Freguesia de Fânzeres, no mandato anterior, para a presidência do Executivo. Começou por lidar com problemas financeiros graves, herança de executivos anteriores. Mas resolveu-os e agora anuncia a sua recandidatura.

•• PAULO ALMEIDA [Texto] •• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

É

difícil presidir à Junta de Freguesia de Fânzeres sem maioria? Não tem sido difícil, tenho tido sempre a aprovação unânime da esquerda. Tenho conseguido gerar uma maioria de esquerda e sem contrapartidas. O que é que mudou com a sua chegada à presidência da Freguesia de Fânzeres? A mudança mais significativa, até porque tem muitas implicações em tudo o que a Junta de Freguesia pode fazer, ou

não fazer, em prol da sua população, relacionou-se com a árdua tarefa que tivemos que proceder na regularização da situação económico-financeira da autarquia, restaurando dessa forma a sua credibilidade.

frontada com uma questão judicial, em que tive que responder em tribunal e, por sentença judicial, tive que pagar o terreno. O terreno agora já está pago e vamos fazer a escritura este mês.

A freguesia de Fânzeres tinha uma situação financeira delicada… Tínhamos cerca de 90 mil euros de dívidas a fornecedores e tínhamos um terreno por pagar no valor de 30 mil euros. Um terreno que os Executivos anteriores tinham tomado conta e emprestaram à GNR, para aparcamento de viaturas apreendidas. Quando cheguei à presidência da Junta fui con-

Não foi agradável começar o mandato a responder em tribunal. Não, não foi. A ocupação do terreno resultou de um acordo com um Executivo anterior, que não foi cumprido, transitou para o Executivo que me precedeu e que também não cumpriu. Assim que entrámos na Junta, tivemos que pagar as coimas e depois fomos a tribunal. Fizemos um acor-

do com o proprietário do terreno, pagámos cerca de 800 euros por mês, já está tudo pago e agora vamos fazer a escritura. Essa situação era conhecida da Assembleia de Freguesia? Não, não era. O Executivo anterior nunca nos pôs ao corrente do que se estava a passar. Fomos ainda confrontados com uma situação no cemitério, tinham concessionado terrenos que não tinham infra-estruturas; foi uma situação gravosa, porque tivemos que as fazer. A situação económico-financeira da Junta acabou por condicionar todo o

15 Número de habitantes em 2011

Freguesia de FÂNZERES Área:

8,05 km2

23108 22007

2001

17126

1991 1981

Número de famílias

14362

exercício dos três anos que já leva de mandato? Sim, mas conseguimos fazer investimentos importantes. Comprámos uma carrinha de transporte de pessoal e materiais, uma viatura mista. A carrinha que tínhamos foi para a sucata. Implementámos e arranjámos diversos espaços públicos, nomeadamente na limpeza e asseio, como são os casos do Jardim do Divino Salvador, do Jardim da Cal e, mais recentemente, o Largo Júlio Diniz, este com a colaboração da Câmara Municipal. É importante salientar, nesse domínio, o apoio prestado pelo Centro de Emprego na afectação de recursos humanos e a colaboração com o Instituto de Reinserção Social, através do seu programa de comutação de multas e penas leves, em trabalho comunitário. Gostaria também de destacar o apoio em material técnico hospitalar que prestamos à nossa população, assim como a recente implementação no edifício-sede de um Gabinete de Reinserção Profissional, vocacionado para prestar algum apoio aos desempregados, problema que, como todos sabemos, começa a atingir proporções deveras preocupantes. O que falta fazer então durante este mandato? Muita coisa. Se olharmos para o mapa de Gondomar, em especial para a sua malha urbana, reparamos que Fânzeres ocupa uma posição muito central. Esta situação que poderia, numa primeira análise, ser benéfica para nós, não corresponde de todo à realidade com que nos deparamos nos dias de hoje. Não temos um corpo de bombeiros, não temos uma escola secundária, não temos espaços verdes com boas infra-estruturas, não temos um auditório para eventos culturais. Portanto, o que falta fazer em Fânzeres? Quase tudo. Não estou a dizer que devemos ter tudo isso,

em 2011

8371 7405

2001 1991 1981

Número de alojamentos

5252 3910

em 2011

10010 8588

2001

5700

1991 1981

Número de edifícios

3964

em 2011

4241 3913

2001

3295

1991 1981

2649

recandidata à Junta de Freguesia de Fânzeres.

Tenho conseguido gerar uma maioria de esquerda e sem contrapartidas”

Quando cheguei à presidência fui confrontada com uma questão judicial, em que tive que responder em tribunal” mas pelo menos um auditório e espaços verdes para que as pessoas possam usufruir do seu tempo. Agora que temos as finanças regularizadas estamos a pensar na forma de colocar em prática estas ideias. Mas precisamos da ajuda da Câmara Municipal.

Vai recandidatar-se a um novo mandato? Sim. Tenho sentido um carinho muito grande dos fanzerenses no sentido de que me volte a candidatar. Pelo trabalho que já foi feito, mas que não foi concluído, por esse sentimento dos fanzerenses, serei

Acredita que Fânzeres vai sobreviver à Reforma Administrativa Autárquica? A Assembleia Municipal de Gondomar já se pronunciou, por unanimidade, contra a agregação de freguesias. Nós aqui, na Assembleia de Freguesia, também nos pronunciámos contra a agregação, por maioria, porque a bancada do PSD se absteve. Não sabemos como vai ficar a freguesia, aguardamos pela Unidade Técnica da Assembleia da República. Mas espero que Fânzeres se mantenha, tenho lutado contra a agregação, tal como de qualquer outra freguesia. Mas a população está alheada sobre o que pode vir a acontecer. Tivemos duas assembleias extraordinárias para discutir a agregação das freguesias e não apareceram cidadãos. Sou recandidata à Junta de Fânzeres e estarei disponível para ser candidata se a freguesia estiver agregada a outra, mas espero que não haja alterações no mapa autárquico. A Vila de Fânzeres reúne algumas das condições para ser elevada a cidade. Acha que a freguesia poderia ser cidade? A elevação a cidade tem que ser proposta pela Assembleia da República mas, como estamos a ver, as condições do país não são as melhores para pensarmos em elevar Fânzeres a cidade. Tendo consciência do que se passa no país, numa altura em que se está a tentar agregar ou fundir freguesias, não é agora que se vai pensar nisso. Mas realmente Fânzeres merecia ser elevada a cidade. Quanto é o orçamento anual da Junta? O orçamento ronda os 435 mil euros. A Câmara Municipal transfere 100 mil euros, o Fundo Financeiro das Freguesias transferiu este ano cerca de 160 mil euros. Mas todas as

CÂNDIDO XAVIER – FONTE: INE

transferências têm vindo a diminuir. A título de exemplo, já está previsto em sede de proposta de Orçamento Geral do Estado para 2013, uma significativa redução das verbas a atribuir a Fânzeres e que rondará os oito mil euros. O nosso orçamento para 2013 será sem dúvida um grande desafio. A maior parte das receitas da Junta provém da gestão do cemitério. Está a considerar alguma forma de alargamento das fontes de receita da Junta de Freguesia? É muito difícil. Os meus colegas falam em limpeza de terrenos particulares, mas não sei se estaremos dispostos a isso, não será uma competência da Junta. Fala-se muito que uma das competências que passará para as juntas de freguesias será o licenciamento das feiras… Talvez sim, acho que ficava bem entregue às juntas de freguesia. O Prémio Nacional de Poesia vai agora para a 22.ª edição anual. Como surgiu a ideia de lançar um concurso de âmbito nacional em Fânzeres? Um dos elementos do Executivo de há 21 anos, do Partido Socialista, teve a ideia de que se poderia lançar um prémio de âmbito nacional em Fânzeres. O presidente de então acolheu a ideia de bom grado e implementou-a. A partir daí todos os Executivos deram continuidade ao Prémio Nacional de Poesia, como forma de marcar a vida cultural da freguesia. É um prémio cada vez mais conhecido a nível nacional. Este ano tivemos 30 obras a concurso, e tem sido muito bem acolhido por toda a população. E foi a partir deste marco que resolvemos avançar para a realização do Festival de Teatro Amador, “Setembro Mês do Teatro”, que já vai para a sua 3.ª edição e que tem constituído um inegável sucesso.


A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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g: Sociedade

Jornal “A Manhã” é distribuído nos principais postos de venda BAGUIM DO MONTE Café Kim Kim R. D. António C. Meireles nº 1240 Inpapel R. D. António C. Meireles nº 681

FOZ DO SOUSA Mercearia Almerinda Gens Papelaria Skobi Jancido

FÂNZERES Alberto Ferreira Vieira Largo do Soldado Desconhecido Papelaria Metro e Meio Av. Aníbal Cavaco Silva nº 173 Papelaria Soares R. Dr. Oliveira Lobo, 714 Papelaria R. Guerra Junqueiro nº 1004 Quiosque Bela Vista R. Alto Barreiros nº 955 Quiosque da Carvalha Av. Carvalha, n.º 352 Tabacaria Nelly Largo Júlio Dinis

GONDOMAR S. COSME CC Santo António Largo do Souto nº 70 Papelaria Juvenil R. Monte Castro nº 71 Papelaria Trevo R. Combatentes da Grande Guerra nº 172 Papelaria R. da Gandra Quiosque Elisabete Rua 5 de Outubro (junto à Câmara) JOVIM Intermarché MEDAS Café Tony (Repsol) EN 108

MELRES Café Luciano EN 108 RIO TINTO Bazar da Estação R. da Estação nº 11 Café com Letras R. Fernão Magalhães, n.º 110 Café Nupa R. de Perlinhas Café Valflores R. Vale Flores nº 653 Jocorun Parque Nascente Papelaria (Carpan) Rua da Estação nº 201 Papelaria Cavada Nova R. Fernão Magalhães Papelaria Central R. Monte da Giesta nº 38

Papelaria Electrónica R. D. Afonso Henriques nº 86 Papelaria Freisan R. do Calvário nº 3 Papelaria J. Manuel Pereira Castro R. das Areias (Padre Dehon) nº 126 Papelaria Restauração R. da Restauração nº 655 Papelaria Rosarita R. de Medancelhe nº 157 Papelaria Rui R. Central da Giesta, nº 2 Papelaria Sílvia Rua Heróis da Pátria nº 28 Papelaria Tangente R. Nossa Sr.ª do Amparo nº 160 Papelaria R. Estrada Nova nº 173 Posto Repsol R. de Rebordãos Posto Repsol R. Fernão Magalhães

Quiosque S.Bento Av. Dr. Domingos G. Sá (rotunda) Quiosque Rua da Estação (Estação CP) S. PEDRO DA COVA Papelaria A Bruxinha R. Eduardo C. Gandra, nº 1307 Posto Cepsa R. S. Pedro (EN 209) VALBOM Papelaria da Giesta R. da Giesta Papelaria Marité R. Joaquim Manuel da Costa Papelaria R. Joaquim Manuel da Costa, nº 595 Quiosque 1.ª Página R. Joaquim Manuel da Costa

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Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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CASOS Polícia

Testemunha do “gangue de Valbom” muda a sua versão dos factos Arguido diz ter sido “condicionado” e “pressionado” pela Judiciária ARQUIVO “A MANHÔ

Uma testemunha-chave no processo do “gangue de Valbom”, respeitante a assaltos a ourives e ao homicídio tentado de um inspector da Polícia Judiciária (PJ), mudou a sua versão dos factos após ser intimidada por alguém ligado aos arguidos, assegurou, na semana passada, uma investigadora. Perante o colectivo de juízes da 2.ª Vara Criminal do Porto, a inspectora Carla Pinto, uma das envolvidas na investigação das actividades do gangue, disse ter obtido notícia de que a testemunha Rui Teixeira fora advertida para “ter cuidado” com os arguidos. Ainda segundo Carla Pinto, a testemunha, um ajudante de ourives, detectou que tinham desapertado os parafusos das rodas da sua viatura, associando um facto a outro. O ajudante de ourives terá descrito à PJ, a 3 de Setembro

de 2008, o arguido Hélder Ribeiro como sendo o condutor de um veículo usado num assalto a um ourives da região Centro. Terá confirmado essa informação 15 dias depois num reconhecimento presencial, mas em anterior sessão deste julgamento disse que só o fez porque foi “condicionado” e “pressionado” pela PJ. Mesmo quando convidado a olhar todos os arguidos, manteve que não reconhecia qualquer um deles e garantiu que, com este seu depoimento, não estava a agir por receio. O Ministério Público reagiu, pedindo a convocação do inspector que dirigiu o reconhecimento, Joaquim Gomes, que testemunhou e negou qualquer tentativa de condicionar a testemunha. O tribunal decidiu já que este inspector, a testemunha e o seu advogado

da altura participarão numa acareação que, em princípio, ocorrerá na próxima sessão. O ‘gangue de Valbom’, que já foi julgado em 2010 por vários crimes, responde agora por outros actos violentos, incluindo assaltos a ourivesarias e a tentativa de homicídio do inspector da PJ Carlos Castro. Um encapuzado atingiu Carlos Castro a tiro de “shotgun”, em 16 de Abril de 2008, quando o inspector chegava a casa, na viatura pessoal, com os seus dois filhos menores. Ficou ferido no rosto, no pescoço e numa mão, sendo submetido já a diversas cirurgias estéticas. Além do homicídio tentado, o processo em julgamento, com um total de 11 arguidos (um 12.º morreu entretanto), reporta-se a diversos episódios violentos ocorridos em 2008, nomeadamente assaltos a ourives.

Três carros destruídos por incêndio em garagem Três carros completamente destruídos e outros dez bastante danificados é o balanço de um incêndio que ocorreu, na semana passada, na garagem de um prédio da Avenida da Conduta, em Rio Tinto, Gondomar. Cerca das 21 horas, um fumo intenso apossou-se do prédio, gerando o alerta e a chamada dos Bombeiros Voluntários de Areosa/Rio Tinto, que evacuaram de imediato todos os que se encontravam nas 55 habitações do imóvel. As chamas

foram rapidamente controladas, graças ao rápido acesso à garagem por parte dos bombeiros, o que não impediu, no entanto, a destruição de automóveis ali estacionados. Só já de madrugada os moradores foram autorizados a regressar em segurança às suas casas e houve mesmo quem tivesse optado por passar a noite em casa de familiares. As causas do fogo são desconhecidas, e a Polícia Judiciária foi ao local recolher elementos para investigação.

BREVE. A PSP de Rio Tinto deteve, anteontem, dois indivíduos suspeitos da prática de vários furtos por esticão praticados em Gondomar e em outros concelhos do Grande

Porto. Estavam sob vigilância policial há algum tempo e acabaram por ser interceptados, em Águas Santas, na Maia, após a prática de mais um assalto.


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OPINIÃO João Maria Neves Pinto | Joaquim Barbosa

PORTUGAL CUMPRE DE FORMA EXCELENTE E TERÁ UM FINAL FELIZ.

Duas pessoas 1

O disparate da tentativa de extinção de freguesias

JOÃO MARIA NEVES PINTO

JOAQUIM BARBOSA

Escritor

Linguísta

O Chico honra-se de fazer parte de um bando de alcoólicos, sediada no Largo do Souto. São vários, de conta incerta, porque, sabe-se lá bem porquê, de vez enquanto estão ali, outras vezes não. As razões por que aí se concentram são muitas, a que certamente não deixa de figurar em primeiro lugar, o ser aquele lugar a praça emblemática da terra. Fazem-se mostrar assim bem, dizem a toda a gente que fazem parte da sociedade, que são pessoas como as outras, que têm direitos. As razões secundárias são também muito importantes. Perto, existem fontes do pacote de “tetra pack”, da sua eleição, barato, por quem estão viciados, e o largo, constitui por sua vez a fonte dos seus rendimentos, no grutesco e gesticulado auxilio forçado, ao aparcamento das viaturas que por aí estacionam. O grupo de alcoólicos com nome tem personagens de todo o feitio. Altos, baixos, silenciosos, os que berram muito alto, os intelectuais que se posicionam muito eretos e compenetrados, os que já acordam grossos e dormem por lá as suas sestas, e os malcriados. Em abono da verdade, malcriado, malcriado mesmo, é só o Chico. Mete-se com as pessoas que passam, e à primeira resposta dos interpelados, insulta-os com um reportório que ninguém minimamente digno consegue admitir. Daí que, está sempre a levar na cara, e, ao primeiro sopapo, cai redondo, desmaiado. É um “cliente” assíduo da P.S.P. e do INEM. Os líquidos miraculosos in-

jetados pelos paramédicos, curam-lhe de imediato os comas alcoólicos em que repetidamente cai. E daí, parte lampeiro para mais uma dose do seu pacote. Não se deixa tratar. Já o quiseram internar, mas não aceita, e na vez que o fizeram à força, fugiu do hospital, nu, debaixo de uma bata branca, aos tropeções através de vales e montes, para o seu lugar de eleição. Ninguém lhe tira o Largo do Souto.

2

Conheci o José*, há muitos anos atrás, lá para as bandas da Encosta do Douro. É jardineiro de profissão. De compleição miúda, seco de carnes, olhos expressivos, que se encaixam num rosto simpático. Da primeira vez, que a vida nas suas rotas, cruzou os nossos caminhos, fezme conhecer uma pessoa amável, humilde e simpática, pelo cumprimento espontâneo, em alto e bom som: “bom dia senhor engenheiro”. Surpreendido, retribui o cumprimento, prometendome que conversaria com ele, da próxima vez que nos encontrássemos. Quando isso aconteceu, acabei por lhe pedir para que não me tratasse por engenheiro, porque não era essa a minha profissão.

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

TRADUZINDO: ESPERAS COLHER DE NÓS PARA SERES REELEITA...

#09 © ONOFRE VARELA

o:

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

Revelei-lhe o meu nome, indaguei pelo dele, e despedimo-nos de mão estendida, amigavelmente. Encontro-o volta e meia nas minhas andanças pela cidade, atarefado no seu trabalho de limpar, podar e regar jardins, agora ao serviço da Câmara Municipal. Sempre que me vê, lá vem o cumprimento reverente: “como está senhor engenheiro”? Desisti. Não seria eu que lhe iria tirar o prazer de me cumprimentar, como bem entendia. No quadro das nossas vidas são estas breves pinceladas, que pessoas de bem nos vão oferecendo, que conferem os retoques de valor e beleza inestimáveis. * nome fictício O autor escreve de acordo com a última reforma ortográfica.

N

ão custa admitir que a nossa divisão administrativa, que tem cerca de 150 anos, precise de ser repensada. Muita coisa mudou desde então: das vias de comunicação que encurtaram distâncias à maior participação democrática das populações na gestão da coisa pública. Não custa admitir que concelhos e freguesias, acabadas que foram as províncias e os distritos, não correspondam ao nosso tempo, tanto mais que as regiões administrativas, previstas na Constituição, para descentralizar a administração e aumentar a participação das populações no poder local, nunca foram concretizadas pelos partidos – PS, PSD e CDS – que nos têm (des)governado. Contudo, o que o governo pretende não passa de um disparate. Primeiro, porque não assenta numa avaliação séria da situação nem no consenso das populações. A divisão atual demorou quase 50 anos a concretizar, e mesmo assim gerou problemas. Nem a “crise”, justifica a pressa: todas juntas, as freguesias não gastam 1% do Orçamento do Estado (menos de 1 (um) cêntimo por cada euro); segundo, porque ao criar novas autarquias, as uniões de freguesias, é inconstitucional: “No continente as autarquias locais são as freguesias, os municípios e as regiões administrativas”, diz a Constituição. Por isso mereceu uma contestação generalizada, em que, entre nós, se destacou a Junta de S. Pedro da Cova, e o seu presidente, o meu camarada Daniel Viera; por isso a maioria dos municípios ignorou a Lei, ou declarou-se contra qualquer alteração no seu território. Teve de ser uma Unidade Técnica (UT) a “desenhar” as propostas a apresentar ao Parlamento, a quem cabe, na

EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA

1.

Sem aviso prévio, a anterior edição deste mesmo jornal inscreveu na sua capa um aviso de certo modo enigmático: “Informamos os nossos estimados leitores que, por motivos técnicos, a próxima edição do ‘A Manhã’ será distribuída no dia 15 de Novembro”. Assim mesmo. Estamos, obviamente, em dívida com todos os que erguem este projecto, os que nele trabalham generosamente muito para além daquilo que seria legítimo exigir-lhes, os que gratuitamente despendem do seu tempo com os seus textos de opinião e crónicas, ou com as suas fotos e as suas ilustrações, os assinantes, os leitores de uma forma geral e, claro, os anunciantes.

2. Quando “A Manhã” surgiu, a 13 de Setembro último, sabíamos o que estávamos a propor, os riscos que corríamos. E sabíamos, soverdade, a capacidade de criar ou extinguir autarquias. Como não podia deixar de ser, perante os critérios impostos, as propostas da UT já apresentadas continuam a gerar disparates. Dois exemplos: A freguesia de Baguim do Monte, que faz parte da Cidade de Rio Tinto e é, aliás, referida nos documentos da UT como “Baguim do Monte (Rio Tinto)”, passa a fazer parte da “União das Freguesias de Fânzeres, São Pedro da Cova e Baguim do Monte (Rio Tinto)”. Para que Baguim continue autónoma, as freguesias da Foz do Sousa e de Covelo terão de se fundir. Como se estas freguesias tivessem alguma coisa a ver com Baguim! Mas é isto que acontece quando se criam critérios sem sair dos gabinetes e se pretende forçar a sua aplicação. Felizmente alguém se lembrou de que há um rio a separar a Lomba do resto de concelho, senão a Lomba também acabava… Quem se lembra do que se passou com o nome da Barragem que teve de se chamar “de Crestuma-Lever, por causa da rivalidade das populações, alguma vez acredita que seja possível uma “União das Freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma”? Dou um doce ao ministro se o conseguir... Este “projeto de reforma” administrativa até pode ter servido para mais uns créditos numa qualquer equivalência “universitária”, mas não passa, de facto, de um disparate e de uma tentativa de empobrecer o poder local e de “criar problemas onde eles não existem”, como dizia a deliberação da Assembleia Municipal de Gondomar. Deve, por isso, ser travado de vez. O autor escreve de acordo com a última reforma ortográfica.

bretudo, que as dificuldades nos bateriam à porta a cada dia que passasse. Assim tem acontecido, de facto. E sem surpresa. Ora, em nome do bom equilíbrio económico e financeiro do jornal, vimo-nos obrigados a lançar mãos (literalmente!) a uma das suas componentes fundamentais: a distribuição. “A Manhã” quer estar nos principais postos de venda de todo o concelho e, para uma equipa necessariamente reduzida como a nossa, essa tarefa traduz-se em dois a três dias de trabalho, dois a três dias que iriam comprometer a qualidade e, no limite, a independência noticiosa, algo que não abdicamos descurar. Daí o “aviso” de há duas semanas. Daí a assunção de que, pelo menos, até final deste ano, “A Manhã” verá o dia a cada duas semanas, às quintasfeiras, como sempre. Sem qualquer prejuízo para os leitores, assinantes e anunciantes. E no final do ano cá estaremos para dar conta do compromisso que, até lá, conseguirmos alcançar. Não é esta a cadência que gostaríamos de imprimir e deixar como imagem de marca do “A Manhã”. Mas, sem meias tintas ou vaidades deslocadas, é aquilo que nos é possível garantir. Com o compromisso de que tudo faremos para que o ritmo inicial seja retomado assim que possível.

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d:

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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Futebol :d DESPORTOS Automobilismo | Futebol | Canoagem

Sousense chega à vitória no último minuto

Um rali “low-cost”

GAS espera chegar às três dezenas de inscrições para o seu 1.º Rali Sprint, que se realiza no domingo

Equipa de Jancido beneficiou de duas grandes penalidades e chegou a jogar contra dez J. PAULO COUTINHO

•• PAULO F. SILVA [Texto]

E

A41

3

BRANDIÃO

PEC 3 PEC 4 Sentido: Nascente/Poente

-2

19

LEVRINHO

N3

PEC 1 PEC 2 Sentido: Poente/Nascente

COVELO

BRANZELO

BOIALVO

LIXA

Rio

MEDAS

N108

Do

CAVADAS

24

Duas PEC vezes dois Covelo e Medas recebem as duas provas especiais de classificação, que recebem as designações de Medas, de manhã, e de Serra das Flores, à tarde, quan-

A4

A41/IC

stá tudo a postos para o 1.º Rali Sprint do GAS (Gondomar Automóvel Sport), a contar para o Critério de Ralis do Norte. Um rali “low-cost”, que se disputa no próximo domingo, inspirado num modelo organizacional muito utilizado, por exemplo, na zona da Galiza. “Os encargos com a organização são muito mais baixos e, por outro lado, este rali é acessível a um número e a um universo muito maior de pilotos”, explicou, ao “A Manhã”, Paulo Magalhães, director de prova e presidente do GAS. O raciocínio de Magalhães é facilmente entendível se adiantarmos que o rali tem um percurso total de 66,36 quilómetros, 20,56 dos quais em troços cronometrados que mais não são do que dois troços em asfalto cumpridos por duas vezes.

do os troços forem cumpridos em sentido contrário. Não surpreende, por isso, que, à hora do fecho desta edição, estejam já confirmadas mais de 20 inscrições – “Estou convencido que vamos chegar às três dezenas”, arrisca Paulo Magalhães –, um número por si só assinalável, tendo em consideração o contexto de profunda crise económica e financeira que atravessa toda a Europa. De resto, as inscrições encerram amanhã.

SARNADA

•• CÂNDIDO XAVIER [Infografia]

SOBRIDO

ur

o BROALHOS

08

N1

HORÁRIO

1.ª PEC: Medas (5,14 km) 2.ª PEC: Medas (5,14 km) 3.ª PEC: Serra das Flores (5,14 Km) 4.ª PEC: Serra das Flores (5,14 Km)

11.24 horas 12.27 horas 13.50 horas 14.47 horas

PÓDIO 15.45 horas

Aposta na segurança Uma vez mais, “a segurança é uma aposta forte” do GAS, sendo de destacar o reforço do serviço de reboque, por forma a que a prova evolua sem percalços, nem atrasos. O Critério de Ralis do Norte é constituído por seis provas, duas a cargo do GAS, outras tantas da DemoPortoClube de Desportos Motorizados do Porto e duas do Targa Clube. Para completar a sua parte, o GAS organizará, ainda esta temporada, o Sponsor Raly Day, iniciativa diferente do habitual que será apresentada, hoje, às 21.30 horas, na Câmara Municipal de Valongo.

•• PAULO ALMEIDA

O JOGO

F

oi no último minuto de jogo que o Sousense conseguiu resolver a seu favor o encontro com o S. João de Ver. E com muita sorte, graças a um erro infantil do guarda-redes adversário. E depois de estar a vencer o desafio e a jogar contra dez. O jogo começou com um ritmo alto, em tom de paradaresposta. Mesmo assim a equipa de Jancido, no primeiro quarto de hora, não deu muito espaço ao adversário e criou uma boa meia dúzia de oportunidades, que terminaram em bolas para fora ou nas mãos de Saul, que fez uma boa exibição, apesar do erro final. O S. João de Ver, no entanto, conseguiu criar perigo em jogadas de contra-ataque ou em recuperações de bola a meio campo. Ainda assim foi sempre difícil a qualquer das equipas construir jogo, muitas vezes interrompido por faltas, ainda que o árbitro pudesse ter privilegiado a condução do jogo. Na segunda parte, o Sousense entrou em força, pressionando o adversário e conquistando uma grande penalidade logo aos 47 minutos, por falta sobre Zé Augusto. Paulinho encarregou-se da marcação, rematou forte e colocado, a meia altura, sobre o lado direito, com Saul batido, mas a bola acertou em cheio no poste. Primeira grande oportunidade falhada. A equipa de Jancido não desanimou e continuou a pressão, que acabou por dar frutos aos 57 minutos. Telmo, na cobrança de um livre directo em frente à área do S. João de Ver, remata em jeito sobre a bar-

Sousense

2

Telmo (57’ e 90’ g.p.)

S. João de Ver

1

Amílcar (84’)

Estádio 1.º Dezembro (sintético) Espectadores Cerca de 600 Árbitro Rui Fernandes Assistentes José Rio e Henrique Parente União Desportiva Sousense Fábio, Salvador n, Daniel, Zé Augusto, Vítor Hugo, Bruno Cunha, Filipe Cândido (Brian, 71’), Tiago Silva (Ângelo, 90’), Telmo, Paulinho e Paulo Freixo (Chico, 88’). Treinador: Paulo Menezes Sporting Clube de S. João de Ver Saul n, Márcio nn, Fredy n, João Pedro n, Ricardo n, Sami, Ministro n, Vítor, Machadinho, Rui Silva e Xavier. Treinador: Jorge Lima

O jogo foi muito disputado e interrompido com frequência pelo árbitro

reira fazendo entrar a bola do lado esquerdo. Vantagem merecida para o Sousense. Menos um em campo A equipa visitante reage, mas sem muita consistência. A partir do golo do Sousense o jogo cai nalguma monotonia, com muitas faltas a meio campo e com algumas admoestações para os visitantes. Aos 78 minutos, Márcio, da equipa de Santa Maria da Feira, toca a bola com mão, a meio campo, e vê o primeiro amarelo. Três minutos depois trava em falta um adversário e é expulso por acumulação de amarelos.

A vencer por 1-0 e com mais um jogador em campo, o Sousense foi surprendido pelo adversário e por pouco não perdeu o jogo

A jogar com menos um e a cerca de dez minutos do fim tudo parecia encaminhado para a vitória do Sousense, mas a equipa da casa fraquejou e deixou jogar o adversário. Numa jogada rápida, com a bola lançada do meio campo, Amílcar, que acabava de entrar, remata sobre o guarda-redes Fábio, que sai ao encontro de Salvador, mas os jogadores desentendem-se, e a bola segue para a baliza, sem protecção. Feito o empate, o Sousense, nos poucos minutos que restavam, acercou-se do meio campo da equipa de Santa Maria da Feira e foi tentando construir jogo pelos flancos. Num

lançamento do lado esquerdo do ataque, o guarda-redes Saul saiu em falso, carregando sobre um atacante do Sousense que procurava dominar a bola. Estávamos no último minuto de jogo, grande penalidade que Telmo se encarregou de marcar, em força, para o centro da baliza. Vitória sofrida para o Sousense, mas merecida. A arbitragem foi irregular, num jogo com muitas faltas e alguns momentos de tensão entre os jogadores. A marcação dos penaltys não foi contestada dentro do campo. Sinal positivo para o público que acorreu em grande número para apoiar a equipa da casa.


A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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d: Futebol

Canoagem :d

Jornada negra a iniciar o mês Maioria das equipas de Gondomar não conseguiu resultados positivos ARQUIVO “A MANHÔ

A jornada de futebol no início de Novembro, no fim-de-semana dos dias 3 e 4, foi para esquecer, para as equipas de Gondomar. Derrotas e mais derrotas, só as equipas que estão no fim da tabela é que conseguiram alguns resultados positivos. Comecemos pelo Gondomar, da 2.ª Divisão Série 1, foi jogar a Ribeirão, Braga, e perdeu por uma bola a zero. Na Série 2, Zona Centro o Sousense foi a Viseu jogar com o Académico e perdeu também por uma bola sem resposta. O resultado acabou por não ser tão mau para a equipa de Jancido, que seguia a meio da ta-

A JORNADA

Enquanto o Sousense prossegue a sua época com altos e baixos mas com pendor positivo, o Gondomar na 2.ª Divisão, Zona Norte, continua sem vencer. No domingo recebeu o Fafe e cedeu um empate a zero. Na Divisão de Honra, o S.

Ataense em primeiro

II DIVISÃO NORTE Gondomar – Fafe

CLASSIF.

bela, porque os concorrentes directos também perderam e não houve queda na classificação. Nos distritais, na Divisão de Honra, o maior desaire foi para o S. Pedro da Cova, foi jogar à Maia, com o Nogueirense e perdeu por 3-2. A equipa mineira esteve a vencer por 2-0, mas uma sucessão de erros na defesa, um penalti e um autogolo, puseram tudo a perder. É a segunda vez esta época que o S. Pedro da Cova, a vencer por 2-0, acaba a perder. Por sua vez o Sport Rio Tinto foi à Lixa perder por 2-1, um resultado esforçado mas insuficien-

II DIVISÃO CENTRO 0-0

J V E D M S P

Sousense – S. João de Ver

CLASSIF.

2-1

J V E D M S P

Jornada no arranque do mês foi muito má para as equipas gondomarenses

te, que contou apenas com um golo de Hugo Morais. Na 2.ª Divisão, Série 1, apenas o Medense alcançou um bom resultado, recebendo e vencendo o S. Romão por 2-1. Foi, aliás, a única equipa de Gondomar a sair vitoriosa nesta jornada negra. O Melres, que vinha a fazer um bom campeonato, com o melhor ataque da prova, perdeu com o Sporting de S. Vítor, por 3-2. O Estrelas de Fânzeres, a atravessar uma época negra, sem vitórias, foi a Vilar perder por uma bola. Se o Melres tem o melhor ataque da prova, o Estrelas tem a pior defesa. ¬ Paulo Almeida

Pedro da Cova também cedeu um empate a zero, na recepção ao Serzedo, enquanto o S.C. Rio Tinto tem vindo a subir posições recebendo e vencendo o Alpendorada por 3-2. Na 1.ª Divisão, Série 2, momento alto para o Ataense, que

segue agora em primeiro lugar, com dois pontos de vantagem sobre o anterior líder, o Pedrouços. O Gens ganhou fora ao Vila Caiz por 2-3, e o Atlético de Rio Tinto recebeu e venceu a Mocidade de Sangemil, saindo do último lugar.

Na 2.ª Divisão, Série 1, o Estrelas de Fânzeres continua na linha de água, tendo perdido em casa por 1-4 com o Marechal Gomes da Costa. O Medense foi a Arcozelo perder por 2-1. O Melres, como não jogou, perdeu uma posição na tabela.

DIVISÃO HONRA AFP

I DIVISÃO SÉRIE 2 AFP

II DIVISÃO SÉRIE 1 AFP

S. Pedro Cova – Serzedo Rio Tinto – Alpendorada CLASSIF.

0-0 3-2

J V E D M S P

Leões Seroa – Ataense Rio Tinto – Moc. Sangemil Vila Caiz – Gens CLASSIF.

1-2 1-0 2-3

J V E D M S P

Est. Fânzeres – M. G. Costa 1-4 Arcozelo – Medense 2-1 CLASSIF.

9 6 2 1 16 6 20

1º Ataense

9 5 3 1 15 7 18

1º SC Campo

J V E D M S P

1º Mirandela

8 6 1 1 13 6 19

1º Cinfães

8 4 4 0 16 7 16

1º Perafita

2º Desp. Chaves

8 5 1 2 12 4 16

2º Anadia

8 5 1 2 10 5 16

2º Lixa

9 6 0 3 14 7 18

2º Pedrouços

9 5 1 3 23 15 16

2º Inter Milheirós 8 5 1 2 11 8 16

3º Tirsense

8 4 4 0 12 8 16

3º 3Operário

8 4 2 2 15 10 14

3º Nogueirense

9 5 2 2 17 13 17

3º Castêlo Maia

9 4 4 1 9 6 16

3º Aldeia Nova

4º Famalicão

8 4 2 2 14 7 14

4º Benf. C. Branco 8 3 4 1 14 10 13

4º Barrosas

9 4 4 1 15 11 16

4º SC Nun´Alvares 9 4 3 2 15 15 15

4º Canelas 2010 7 4 3 0 15 7 15

5º Ribeirão

8 4 2 2 10 7 14

5º Sp. Espinho

8 3 4 1 6 2 13

5º Rio Tinto

9 4 2 3 13 11 14

5º Alfenense

5º Os Lusitanos

7 3 4 0 14 7 13

6º Limianos

8 3 4 1 7 5 13

6º Coimbrões

8 3 4 1 13 12 13

6º Canidelo

9 4 2 3 12 11 14

6º Citânia Sanfins 9 4 2 3 10 7 14

6º CD Torrão

8 4 1 3 15 9 13

7º Varzim

8 3 3 2 7 4 12

7º Ac. Viseu

8 3 3 2 10 8 12

7º Baião

9 4 2 3 9 9 14

7º FC Vilarinho

9 4 2 3 11 10 14

7º Melres DC

7 3 2 2 16 7 11

8º Vizela

8 3 3 2 7 5 12

8º Tourizense

8 2 5 1 12 9 11

8º S. Martinho

8 3 4 1 14 11 13

8º Gondim-Maia

9 4 1 4 14 13 13

8º FC São Romão 7 3 1 3 10 11 10

9º Oliv. Douro

9 4 1 4 10 14 13

9º Gens

9 4 1 4 12 13 13

9º Fafe

9 5 0 4 8 9 15

9º At. Vilar

8 4 4 0 13 5 16 8 5 1 2 14 12 16

7 3 1 3 9 10 10

8 3 2 3 12 7 11

9º Sousense

8 3 2 3 8 9 11

10º Padroense

8 3 2 3 5 13 11

10º S. João Ver

8 3 1 4 11 12 10

10º Serzedo

9 3 3 3 10 10 12

10º Aliança Gandra 9 3 4 2 15 11 13

10º Ramaldense

8 3 1 4 8 15 10

11º Boavista

8 2 4 2 5 11 10

11º Nogueirense

8 2 2 4 7 11 8

11º S. Pedro Cova 9 3 1 5 14 14 10

11º Moc. Sangemil 9 3 3 3 8 8 12

11º CD Portugal

8 2 3 3 11 12 9

12º Amarante

8 2 3 3 11 9 9

12º Cesarense

8 2 2 4 7 11 8

12º Alpendorada

9 2 4 3 10 13 10

12º AD Marco 09

9 3 2 4 10 9 11

12º Medense

8 3 0 5 10 15 9

13º Vilaverdense

8 1 3 4 4 11 6

13º Pampilhosa

8 2 2 4 10 15 8

13º Candal

8 2 3 3 4 4 9

13º Maia Lidador

9 2 4 3 7 9 10

13º Arcozelo

7 2 2 3 12 9 8

14º Gondomar

8 0 4 4 5 9 4

14º Sp. Bustelo

8 1 4 3 4 9 7

14º D. Sandinenses 9 2 3 4 10 11 9

14º Folgosa da Maia 9 2 4 3 10 13 10

14º Águas Santas

8 2 2 4 11 13 8

15º Infesta

8 1 0 7 8 15 3

15º Tocha

8 1 2 5 6 10 5

15º Sobrado

9 3 0 6 9 14 9

15º Águias de Eiriz 9 3 0 6 8 14 9

15º M. G. Costa

7 2 2 3 11 13 8

16º Joane

8 0 2 6 4 15 2

16º Lusitânia

8 1 2 5 8 17 5

16º Valonguense

9 1 5 3 3 6 8

16º CA Rio Tinto

9 2 3 4 8 11 9

16º Sp. S. Vitor

7 1 1 5 10 18 4

17º Perosinho

9 2 2 5 13 18 8

17º Vila Caiz

9 3 0 6 12 20 9

17º Estr. Fânzeres 8 0 1 7 2 21 1

18º Ermesinde

9 1 2 6 10 20 5

18º Leões Seroa

9 2 1 6 12 17 7

Próxima jornada (9.ª): 25 Novembro · 15h Infesta – Gondomar

Próxima jornada (9.ª): 25 Novembro · 15h Anadia – Sousense

Próxima jornada (10.ª): 18 Novembro · 15h Ermesinde – S. Pedro da Cova Oliveira do Douro – Rio Tinto

Próxima jornada (10.ª): 18 Novembro · 15h Ataense – FC Vilarinho Gondim-Maia – CA Rio Tinto Gens SC – Leões Seroa

Próxima jornada (9.ª): 18 Novembro · 15h Sp. São Vítor– Estrelas de Fânzeres* Melres DC – CD Portugal Medense – Canelas 2010 * 17 Novembro · 15h

Medalhados em Londres distinguidos em Jovim •• PAULO ALMEIDA [Texto] •• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

M

ais de 300 canoístas participaram, sábado, no Troféu Cláudio Poiares, organizado pelo Clube Náutico de Marecos e pela Federação Portuguesa de Canoagem. A prova de homenagem ao jovem tetraplégico contou com as presenças dos dois atletas que alcançaram a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres, Emanuel Silva e Francisco Pimenta. O Troféu Cláudio Poiares é uma regata fora da época desportiva, que permite o convívio e a participação de atletas de todos os escalões, sendo bastante procurada pelos clubes da bacia do Douro, da região de Aveiro e de Ponte de Lima. Mas a atracção deste ano foi mesmo a presença dos medalhados de Londres. Emanuel Silva, atleta do Sporting, participou na regata, enquanto Francisco Pimenta, que já regressou aos treinos, ficou em terra, a observar. Em declarações ao “A Manhã”, o atleta do Clube Náu-

tico de Ponte de Lima, referiu que actualmente em Portugal “a canoagem tem boas estruturas, tem atletas com vontade de alcançar resultados”, de que são exemplo os resultados alcançados nos Jogos Olímpicos e no Campeonato da Europa. “Os miúdos já nos olham como exemplo e com vontade de chegar a bons resultados”, referiu Francisco Pimenta, estudante universitário, em Ponte de Lima. Emanuel Silva e Francisco Pimenta, convidados especiais na regata da praia de Marecos, em Jovim, receberam um troféu das mãos do vereador do Desporto, Fernando Paulo. Também presentes na cerimónia de entrega de prémios estiveram o vereador do Ambiente Joaquim Castro Neves, o presidente da Junta de Jovim, Agostinho Silva, e o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Mário Santos. Grandes promessas O presidente do Náutico de Marecos referiu que o clube conta actualmente com 77 atletas federados, em todos os escalões, embora a larga maioria do volume de inscrições sejam de jovens

Cláudio Poiares com Emanuel Silva e Francisco Pimenta

Medalhados de Londres foram distinguidos pela Câmara e pelo Náutico

Troféu Cláudio Poiares juntou 360 atletas em competição nas águas do Douro com menos de 16 anos e quase todos de Jovim. “Temos grandes promessas na canoagem como o Nuno Vieira, a Márcia Aldeias e a Bruna Correia, que são dois talentos, o Hugo Rocha... mas é preciso tempo, os miúdos precisam de tempo para chegar ao melhor das suas potencialidades”, salientou Jaime Vieira. O responsável do clube referiu que ao fim de oito anos de existência – o Náutico de Marecos surgiu em 2004 – conseguiram chegar ao sexto posto no ranking, num universo com mais de 60 clubes. “É muito difícil conseguirmos melhor que este sexto lugar, os clubes que estão à nossa frente são muito fortes e têm estruturas profissionais”, salientou. O clube de canoagem, com sede em Marecos, freguesia de Jovim, necessita de uma plataforma de acesso ao rio, um equipamento importante para proteger os atletas e o material, tendo em conta que o acesso à água se faz por uma zona rochosa. “Falta-nos a plataforma, já falámos com a Câmara, com a Junta, com a Federação Portuguesa de Canoagem e vamos ver se conseguimos”, revelou Jaime Vieira.


A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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d: Futebol

Atlético de Rio Tinto assinalou 86 anos de vida

s:

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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SETE DIAS Sugestões de 15 a 28 de Novembro

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Exposição DIREITOS RESERVADOS

ARQUIVO “A MANHÔ

EDUCAÇÃO. No âmbito do projecto “Sentados na almofada”, as Casas da Juventude de Gondomar e de Rio Tinto promovem a sessão “Segredos”. Às 10 horas. Em Rio Tinto, dia 15 e em Gondomar, dia 22.

•••

MÚSICA. Prosseguem os Corais D’Ouro. Este sábado, actuação do Coral Juvenil do Orfeão de Rio Tinto, do Orfeão de S. Pedro da Cova, do Grupo Coral Nossa Senhora das Mercês e do Orfeão de Rio Tinto. No Auditório Municipal, pelas 21.30 horas.

O Atlético de Rio Tinto tem grande tradição nas camadas jovens de futebol

O Clube Atlético de Rio Tinto assinalou 86 anos de existência, numa sessão solene, no passado dia 8. A cerimónia contou com as presenças do vereador do Desporto, Fernando Paulo, do presidente da Junta de Rio Tinto, Marco Martins, do presidente da Junta de Baguim do Monte, Nuno Coelho, do Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Areosa-Rio, Correia da Silva, e do vice-presidente da Associação de Futebol do Porto, Ernesto Santos. O presidente da Assembleia-geral do Atlético, Luís Silva, recordando os problemas que o clube atravessa, referiu que a questão mais premente relaciona-se com a renovação do piso do campo de futebol, que continua a ser pelado. Essa questão foi lembrada pelo representante da Associação de Futebol do Porto e pelos presidentes de junta presentes. O representante da autarquia, Fernando Paulo, manifestou a possibilidade da Câmara em ajudar a transformar o pelado em

sintético, mas lembrou a grave situação económica que o país atravessa, o que obriga a aplicação de fundos de forma muito criteriosa. Pelado/sintético O Clube Atlético de Rio Tinto, fundado em Novembro de 1926, dispõe de um campo de futebol com as dimensões máximas, mas pelado. Dispõe de cinco balneários no complexo desportivo e de uma bancada de dimensões generosas e com boas condições para o público. Actualmente, afirmou Luís Silva ao “A Manhã”, o clube conta com mais de duas centenas de crianças a treinarem futebol nas suas instalações e competirem nos escalões mais jovens. O responsável afirmou que a colectividade não tem condições de avançar sozinha para o relvado sintético, mas espera poder alcançar esse objectivo dentro de um a dois anos, com a ajuda da autarquia. O C. A. Rio Tinto tem grande tradição nas camadas jovens de futebol e ainda recentemente promoveu uma sessão

CLUBE ENCERRA SEDE NA ESTAÇÃO O Clube Atlético de Rio Tinto tem agendado uma assembleia-geral extraordinária para o próximo dia 2 de Dezembro, às 17 horas, no complexo desportivo. Dois pontos estão em cima da mesa: o encerramento da sede na Praça da Estação de Rio Tinto e a análise e aprovação dos novos estatutos do clube. Luís Silva esclareceu que a sede necessita de obras, mas que o senhorio não está disposto a fazê-las, pelo que a melhor solução será o abandono daquele espaço. “É isso que os sócios vão decidir”, afirmou. Relativamente aos estatutos, há necessidade de actualizá-los, uma vez que os que estão em vigor datam de 1944.

de autógrafos com o antigo futebolista do Sporting, Pedro Barbosa, que se iniciou nas lides desportivas no emblema rio tintense.

SÁBADO, 17. O Museu Mineiro de São Pedro da Cova propõe uma das exposições do projecto “Trilobites – Carlos Dias”, cujo conteúdo se baseia na representação artística de alguns exemplares dos seres vivos que existiram no nosso planeta durante a Era Paleozóica. “Viagem ao Paleozóico” é uma exposição inédita, onde estão representados alguns animais dos períodos Câmbrico (Anomalocaris; Opabinia; Pikaia e Hallucigenia), Ordovício (Trilobite e Cefalopede), Silúrico (Eurypterídeo), Devónico (Dunkleosteus e Ichthyostega), Carbónico (Meganeura) e do Pérmico (Dimetrodon).

Trata-se de uma exposição didática que transporta o visitante numa “viagem no tempo”, permitindo conhecer um pouco mais acerca de alguns dos primeiros seres que habitaram o nosso planeta, assim como, a biodiversidade desse período. Esses seres, embora extintos, deixaram restos e vestígios da sua existência – os fósseis –, através dos quais nos é permitido fazer esta reconstituição da vida na Terra, entre os 540 e os 250 milhões de anos antes do presente. A exposição inaugura este sábado, pelas 15.30 horas, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova e prolonga-se até ao início de Fevereiro de 2013.

17 TEATRO. Prossegue a 13.ª edição do Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto. Este sábado, actuação do Grupo de Teatro Sport Clube Candalense, de Vila Nova de Gaia, com “Resquícios de Origem”. Nas instalações do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto, às 21.30 horas.

21 DEBATE. A Associação Vai Avante organiza o seminário “O social em debate VII” no âmbito da iniciativa “Envelhecer Melhor”. Auditório Municipal, a partir das 14 horas.

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FORMAÇÃO. A Biblioteca Municipal acolhe a oficina “Formação Práticas de Escrita: Correspondência”, orientado por Lurdes Rocha. As inscrições são gratuitas, limitadas a um máximo de 15 participantes. Das 14.30 às 16. horas.

teca Municipal, a partir das 15 horas, o workshop “Sobras requintadas”, orientado por Cristina Ferreira. As inscrições são gratuitas, limitadas a um máximo de 20 participantes.

19 24 FORMAÇÃO. “Criar e recriar presentes com resíduos” é o mote da formação que a Casa da Juventude de Rio Tinto acolhe, entre as 16 e as 18 horas, visando a transformação de resíduos de metal e plástico. A actividade inserese na Semana Europeia da Prevenção de Resíduos e destina-se a professores e animadores. Obrigatória inscrição prévia. A actividade repete-se no dia 21, na Casa da Juventude de Gondomar.

20 FORMAÇÃO. Integrada na Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, realiza-se na Biblio-

EXPOSIÇÃO. Inauguração do “II Prémio Cartune - Gondoriso”, mostra internacional organizada pela Associação Artística de Gondomar (ARGO). A exposição estará patente no Auditório Municipal até 16 de Dezembro.

po de Jovens JoviMaisAlém, o Grupo Coral da Ala Nun’Álvares e o Grupo Coral Kyrios. No Auditório Municipal, pelas 21.30 horas. •••

FORMAÇÃO. Realizase durante a manhã, na Biblioteca Municipal, o curso “Compostagem e desperdício alimentar”, orientado por Cristina Ferreira e integrado na Semana Europeia da Prevenção de Resíduos. As inscrições são gratuitas, limitadas a um máximo de 20 participantes.

… LEITURA. A ‘Hora do conto’, que a Biblioteca Municipal realiza aos sábados, vai continuar a divulgar a obra de Maria Teresa dos Santos Silva. Em Novembro, aos sábados, pelas 16.30 horas, pode ouvir-se “Contos do Arco da Velha: o saco das nozes”, seguido de atelier de ilustração. •••

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TEATRO. Mais um espectáculo integrado na 13.ª edição do Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto. Actuação do Grupo Dramático e Recreativo da Retorta, de Valongo, com “A importância do Senhor Ernesto”. No palco do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto, às 21.30 horas. •••

MÚSICA. Mais uma noite de música coral, integrada nos Corais D’Ouro. Actuam o Coral Infanto-Juvenil Kyrios, o Gru-

LEITURA. Ao longo do mês de Novembro, aos sábados, pelas 11.30 horas, a Biblioteca Municipal, no âmbito da iniciativa ‘Histórias para Bebés’, promove a leitura de “Aquiles o pontinho”, de Guia Risari. Entrada livre. •••

EXPOSIÇÃO. Miguel Oliveira expõe fotografias, numa mostra intitulada “Mãe Natureza”, com organização da ARGO. Para ver na Biblioteca Municipal até ao fim do mês.


o:

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UTILIDADES Mesa Acessórios

Farmácias de serviço

MESA • SABORES DE OUTONO – I

ACESSÓRIOS DIREITOS RESERVADOS

Óculos 3D

1

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4

5 6

Horóscopo Sudoku

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1

Difícil

****

Originário do Japão, trata-se de um jogo de lógica muito simples e viciante. O objectivo é preencher o quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números em cada linha e em cada coluna. Também não se pode repetir números em cada quadrado de 3x3.

2

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5

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6

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3

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1 7

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9

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5 6

2 7 4

Gondomar S. Cosme

6

S. Pedro da Cova

2

Rio Tinto

9

Farmácia Cardoso

CC P. Nascente – Rio Tinto

3

DIA 28

Farmácia Magalhães

8

DIA 21

Farmácia Central

4

DIA 28

Farmácia Silva Dias

6 8

DIA 21

2

Fânzeres

1

Valbom

3

Rio Tinto

5

Farmácia Silveira

Fânzeres

9

Farmácia Central

5

Farmácia das Oliveiras

2

DIA 27

Farmácia Fonseca

4

DIA 20

1

DIA 27

7

Rio Tinto

DIA 20

6

Farmácia Sousa Reis

Gondomar S. Cosme

HORIZONTAIS: 1 - BARRACA. PSD. 2 - AR. BASE. 3 - TAPAR. 4 - UI. MANUAL. 5 - ÍMPAR. 6 - RIO. 7 - ARGUIDO. AR. 8 - TIRO. TACO. 9 - SOUSA. TE. 10 - TT. RAIO. OR. 11 - AOT. OP.

Farmácia Cruz Maia

Fânzeres

3

Farmácia de Fânzeres

Rio Tinto

5

DIA 26

Farmácia Pereira

2

DIA 19

DIA 26

1

Valbom

DIA 19

7

Rio Tinto

9

Areosa - Rio Tinto

6

Farmácia Nova de Valbom

Bela Vista - S. Pedro da Cova

8

DIA 25

Farmácia do Chão Verde

5

DIA 18

Farmácia Giesta

4

DIA 25

Farmácia Carrilho

1

DIA 18

Soluções

6 7

S. Pedro da Cova

1

Farmácia S. Pedro

Gondomar S. Cosme

4

Farmácia Central

Rio Tinto

2 8

Farmácia S. Caetano

Rio Tinto

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Farmácia Moura

3 1

2

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5 8

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3

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5

15 a 28 de Novembro

CARNEIRO. Um bom projecto está a desenhar-se no seu horizonte. Não desista dele. Poderá ter bons motivos de comemoração no futuro. No amor, a sua prodigiosa criatividade será o seu maior triunfo. Não deixe que a rotina tome conta dela. TOURO. Aproveite estes dias abençoados! Você tem tudo para ser muito desejada(o). Use o seu charme para começar ou reatar aquela relação muito especial que há muito anseia. Contactos com amigos e amores estão muito favorecidos. Tome a iniciativa.

8

8

Horóscopo

1

GÉMEOS. Relaxe! Caminhadas ao ar livre ajudarão a manter a forma. Uma noite de grande romantismo poderá proporcionar um clima de paixão intensa e entrega. Não hesite em comprometer-se numa relação mais estável. CARANGUEJO. Dias agitados. Centralize as suas energias nas coisas fundamentais. Não se perca! Não tenha preocupações desnecessárias. Realize cada coisa por sua vez, se quiser que tudo saia perfeito. Cuide do seu visual e do seu amor. LEÃO. Intensidade no trabalho. No amor, irá perceber uma troca energética intensa e muito benéfica. Poderá ser o princípio de uma nova paixão! Dêlhe a melhor das atenções, para ela poder frutificar e fortalecer-se. VIRGEM. Cuidado, se não acordar com o seu humor em alta. O presente não tem culpa do passado. Olhe em frente e prepare o futuro, controlando o seu humor. As alegrias sempre atraem alegrias. Faça com que o seu dia seja o melhor. BALANÇA. O cansaço pode incitá-la(o) a não dar a atenção necessária aos seus projectos. Não esmoreça, poderá deitar tudo a perder. Um convite poderá dar origem a novas amizades. Irá conhecer pessoas que farão parte importante do seu futuro. ESCORPIÃO. Começará o período com entusiasmo. O sol brilhante ajudará o seu bom humor. Use a sua franqueza e honestidade para sanar conflitos familiares que ameaçam desestabilizá-la(o). À noite, interrompa a rotina com um passeio. SAGITÁRIO. Os seus colegas nem sempre a(o) compreendem. Converse e demonstre as suas boas intenções. Aceite propostas válidas. A vida sentimental requer um pouco mais de reflexão e sinceridade. Talvez seja a hora de tomar a iniciativa. CAPRICÓRNIO. Amizades antigas são as que perduram. Ouça e ajude no que puder uma pessoa amiga que espera um conselho seu. Se tiver alguma importante decisão profissional a tomar, é a altura certa. Vá jantar fora com boa(s) companhia(s).

9

DIA 24

8

DIA 24

4

DIA 17

3

Baguim do Monte

DIA 17

8

Areosa – Rio Tinto

6

Gondomar S. Cosme

2

Farm. Meneses Nogueira

Fânzeres

9

Farmácia da Areosa

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Farmácia Castro

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DIA 23

Farmácia Quinta da Igreja

6

Fânzeres

DIA 16

5

Baguim do Monte

DIA 23

9

Aguiar – S. Cosme

DIA 16

7

Valbom

1 - Freguesia de Gondomar. Glândula mamária. 2 - Aparência, aspecto. Nota musical (inv.). Expressão designativa de dor. Contracção dos pronome te e o. 3 - Rádio Renascença. 4 - Que tem sabor acre e desagradável. 5 - Partejar. Rezo. 6 - Prefixo que exprime as noções de afastamento, privação, negação. Fórmula de saudação. Vara de madeira (inv.). 7 - Antigo guarda-redes do Futebol Clube do Porto que vive em Gondomar. Nota musical. 8 - Flor antes de desabrochar. 9 - Primeiro nome do director deste jornal. 10 - Abreviatura de Sua Santidade. Contra eles não há argumentos. 11 - Organização de defesa do consumidor. Os ratos são especialistas nisso.

2

Farmácia Bela Vista

1 - Casa muito ordinária. Partido que integra o Governo. 2 - Assembleia da República. O que serve de apoio. 3 - Cobrir com tampa. 4 - Designativa de surpresa. Que se pode mover à mão. 5 - Sem igual. 6 - Há um que tem o nome de tinto. 7 - Que ou quem foi acusado por prática de crime ou de infracção. Fluido que envolve a Terra. 8 - Acto ou efeito de atirar. Dinheiro (popular). 9 - Freguesia que dá pelo nome de Foz do … . A ti; à tua pessoa. 10 - Todo o terreno. Fluido eléctrico que se desprende da nuvem electrizada. Vogal mais consoante. 11 - Soar fortemente (inv.). Abreviatura do latim opus [obra].

4

Farmácia Marques

VERTICAIS

9

DIA 22

Farmácia de Aguiar

HORIZONTAIS

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DIA 15

Farmácia do Monte

© SEMANÁRIO “A MANHÔ

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DIA 22

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2

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3

REFORÇO

DIA 15

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PERMANENTE

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FARMÁCIAS DE SERVIÇO

2

1

3

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6

retirando previamente algumas castanhas inteiras, e juntar o leite. Quando ferver, retirar, reintroduzir as castanhas inteiras previamente retirada e servir. Nutritiva e fácil de preparar, a sopa de castanhas foi, em tempos, um dos mais populares pratos de Inverno nas ¬ CCM zonas rurais.

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2

Confecção Descascar as batatas e as castanhas, e escaldar estas últimas para retirar facilmente as cascas mais finas. Alourar a cebola no azeite e juntar as batatas partidas aos pedaços. Adicionar as castanhas e água suficiente para fazer o caldo. Depois de cozido, reduzir a puré,

Há quem, de vez em quando, vá ao cinema e… largue mais cinco euros pelo aluguer de um par de óculos a três dimensões (3D) que permite ver as imagens de modo mais profundo. Mas é possível gastar essse mesmo dinheiro (ou menos até) e resolver o assunto de uma vez. Como? Comprando óculos 3D. E isto sem falar nos problemas de higiene que estão associados àquelas duas hastes com duas lentes coloridas… Sem falar em marcas, em ofertas comerciais ou em variedade de preços – porque o mercado na internet é um universo (quase) sem fim – a verdade é que há muito por onde escolher, mas é bom que se comece pelo início… Para ver em 3D é necessário ter duas fontes de visão. Os que têm dois olhos, por exemplo, vêem a três dimensões. São os dois olhos que nos fazem ganhar a percepção da distância em relação aos objectos. Com apenas um, teremos algumas dificuldades em auferir a noção de distância. Os óculos que apresentamos são para filmes projectados nas cores das lentes, isto é, vermelho e azul. Sem óculos 3D vemos o filme com dois tons de imagem, é como se fosse uma sombra, uma canseira e uma enorme dor de cabeça. Se taparmos a lente azul, o azul desaparece do filme, porque para o nosso olho o filme só tem uma imagem. Se taparmos a lente vermelha, a experiência repete-se, mas ao contrário. Ou seja, cada olho recebe uma imagem e os dois em simultâneo causam a impressão da imagem em 3D. Quanto mais próximas estiverem as sombras azul e vermelha, mais longe estarão os objectos, e quando as sombras estiverem muito, mas mesmo muito distantes elas surgirão repentina e literalmente em cima de nós. Mas aqui chegados tome nota de um derradeiro alerta extremamente importante. Propositadamente, os cinemas não têm um ângulo comum de polarização das lentes ou de projecção das imagens: 90 graus aqui, 45 acolá e há até quem inverta os olhos… Ou seja, tudo para que sejamos obrigados a alugar os óculos deles. E mesmo se alguma mente brilhante resolver surripiar os óculos 3D do cinema corre o risco do instrumento… não funcionar em mais lado nenhum!

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Ingredientes 500 gramas de castanhas, 3 batatas, 1 cebola, 1 chávena de leite, um pouco de azeite e sal.

ÓCIO Passatempos

3

SOPA DE CASTANHAS

27

1

Ainda que menos exuberante que em outras estações do ano, o Outono é uma época generosa no que diz respeito aos produtos da terra. Castanhas, marmelos, peras, maçãs, abóboras, dióspiros, cogumelos, frutos secos e silvestres, entre tantos outros, enchem-nos a cozinha e a mesa de uma paleta incomparável de cores e aromas. A Natureza é sábia, logo não é por acaso que estes alimentos surgem nesta altura do ano. Tratando-se, na sua maioria, de alimentos ricos em energia, vitaminas e sais minerais, desempenham um papel fundamental na preparação do organismo para a chegada dos rigores do Inverno. A partir desta edição, levamos os leitores numa pequena viagem pelos Sabores de Outono, através de sugestões de receitas simples e curiosas. Em semana de S. Martinho, o destaque é dado às castanhas e à sua utilização menos usual: sopa de castanhas.

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

Palavras cruzadas

VERTICAIS: 1 - BAGUIM. TETA. 2 - AR. IM.AI. TO. 3 - RR. 4 - AMARGOS. 5 - PARIU. ORO. 6 - NA. OI. UAP. 7 - RUI. SI. 8 - BOTÃO. 9 - PAULO. 10 - SS. FACTOS. 11 - DECO. ROER.

u:

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

AQUÁRIO. Prepare a casa para receber grandes amigos. O encontro ficará indelével na vossa memória. Cuidado com as recordações, poderá melindrar alguém. Não se lamente demais, pois poderá ser mal interpretada(o) pelos outros. PEIXES. Boa fase nas finanças. Oportunidade para receber quantia que há muito aguardava. Relacionamento amoroso problemático. Tente manter-se em sintonia com o seu par, para passar esta fase negativa. Solte-se e captará desejos do seu amor.


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A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

Propriedade, edição e distribuição: IR - Imprensa Regional, CRL Sede e Redacção: Rua Dr José Mª Santos Moura, 114, 4º D – 4435-483 Rio Tinto NIPC 510 263 542 Tlm. 968 563 361 · ir.cooperativa@gmail.com

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Director: Paulo F. Silva Director-adjunto: Paulo Almeida Redacção: Cândido Xavier, J. Paulo Coutinho (Fotografia), Onofre Varela (Cartoon), Orlando Castro, Paulo Almeida e Paulo F. Silva Grafismo: Cândido Xavier Dep. Comercial: publicidade.amanha@gmail.com

ATÉ QUINTA

redaccao.amanha@gmail.com assinaturas.amanha@gmail.com Impressão: Empresa do Diário do Minho Rua Santa Catarina, 4A · 4710-306 Braga Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Quinzenal Reg. ERC: 126269 Depósito legal: 348531/12

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EM CIMA DA HORA

“Olhe pelas suas costas” amanhã na Universidade Sénior

A campanha “Olhe pelas Suas Costas” promove uma sessão de esclarecimento, amanhã, pelas 11 horas, na Universidade Sénior de Gondomar. A palestra, dirigida por Nuno Neves, ortopedista do Hospital de São João do Porto, pretende alertar as pessoas mais idosas de que a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças da coluna são fundamentais para ter uma melhor qualidade de vida. Esta iniciativa, cuja entrada é gratuita, é aberta a toda a população que tenha interesse em participar.

MANUEL PINTO TEIXEIRA Jornalista e professor universitário

Queremos ou não pagar o Estado Social?

Impacto da greve geral sentido no concelho J. PAULO COUTINHO

A greve geral de ontem encerrou alguns balcões de atendimento e serviços públicos no concelho, condicionando o acesso dos cidadãos. Os casos mais relevantes foram a paralisação dos serviços de secretaria, oficinas e armazéns em diversas freguesias, entre elas Baguim do Monte, S. Pedro da Cova e Valbom. Em Rio Rinto, os serviços administrativos e técnicos funcionaram de forma condicionada, mas os serviços operacionais da junta, limpezas, jardins, cemitério, encerraram por completo. Em Fânzeres registou-se algum condicionamento dos serviços, mas estiveram todos abertos e em funcionamento. Em algumas juntas não houve qualquer alteração aos serviços, nem adesões à greve, os casos de Covelo, Jovim, Lomba, Medas, Gondomar, Melres e Foz do Sousa. Na Câmara Municipal, fonte do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local informou que a adesão à greve nos serviços Contra ventos e marés, o Orçamento do Estado para 2013 prossegue o seu caminho, sem que se vislumbrem grandes alterações à proposta do Governo. Ou seja, a canga fiscal que o Ministro das Finanças classificou como “um enorme aumento de impostos” vai mesmo ser aprovada e entrar em vigor no início do novo ano. Paralelamente, e aos poucos, prosseguirá todo um rosá-

rondou os 50%, o que é um valor histórico uma vez que nunca foi atingido em greves gerais anteriores. A mesma fonte indicou que no serviço de recolha de recolha do lixo, durante a noite, a paralisação ficou-se também pelos 50%, mas du-

rante o dia, a partir das 6 horas, a adesão à greve foi total. Ao nível escolar, parte das escolas do concelho encerraram, enquanto outras funcionaram de forma condicionada, com menos professores e auxiliares de educação. Sucedeu

o mesmo nos centros de saúde, com atendimentos condicionados. Não foi possível apurar dados de adesão à greve na Loja do Cidadão e no Tribunal da Comarca de Gondomar. Ao nível dos transportes, o impacto da adesão à greve fezse notar. A Metro do Porto funcionou com serviços mínimos. Fonte da União de Sindicatos do Porto, citado pela Agência Lusa indicou que, durante a manhã, não houve composições a circular em Gondomar e também nas ligações à Póvoa do Varzim, Vila do Conde, Maia e Matosinhos. Relativamente à STCP, a mesma fonte deu conta de uma “adesão histórica”, com 100% de adesão à greve. A greve geral foi convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses, mas contou também com a adesão de sindicatos afectos à União Geral dos Trabalhadores. A jornada de greve coincidiu com a paralisação geral convocada em Espanha, Itália, Grécia e França. Os dados apresentados foram recolhidos até ao fim da manhã de ontem.

rio de medidas altamente penosas para a vida das famílias, e das empresas. De todas as polémicas que continuarão a alimentar os grandes espaços de debate político restará a questão de sabermos como vai o Governo tapar um buraco de pelo menos quatro mil milhões de euros que, com as actuais previsões, terá de ser ultrapassado até 2014. E daqui resulta a po-

lémica instalada em torno da refundação do Estado Social em que vivemos. Querem os portugueses continuar a beneficiar dos serviços que hoje o Estado lhes assegura na saúde, na educação, nas pensões, na segurança social, na defesa interna e externa, na justiça, nos transportes, etc, etc? Então só com uma pesadíssima canga fiscal. Aceitam os portugueses cor-

tes nestas prestações e serviços, nomeadamente pagando mais pela saúde e pela educação, e recebendo menores pensões e outras prestações pecuniárias? Então estamos perante um novo modelo político, com um Estado menos assistencialista, e uma sociedade mais individualista. Todas as outras alternativas serão um sonho lindo, e pouco mais que uma miragem na próxima década…

Segundo fonte sindical, a adesão à greve nos serviços da autarquia rondou os 50%


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