A Manhã

Page 1

JORNAL DE INFORMAÇÃO REGIONAL – GONDOMAR · N.º 8 · DIRECTOR: PAULO F. SILVA

Aviso. Informamos os nossos estimados leitores que, por motivos técnicos, a próxima edição do “A Manhã” será distribuída no dia 15 de Novembro. PÁG. 2

Idosos totalizam 15% da população de Gondomar

PÁG. 20

Extinção de freguesias pode levar a “proliferação de boicotes” PÁG. 10

Luís Mota repete triunfo no Rali Cidade de Gondomar

PÁG. 13

Faltou sorte ao Gondomar para vencer o Limianos

0,50€ · QUARTA-FEIRA, 31 DE OUTUBRO DE 2012

Dias de esperança Crónica de Rui Osório, pároco da Foz do Douro

PÁG. 5


a:

A Manhã | Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012

2

Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 | A Manhã

3

O relatório “O envelhecimento da população: dependência, activação e qualidade”, da Universidade Católica, coordenado por Roberto Carneiro e publicado no dia 31 de Agosto deste ano, identifica os impactos decorrentes do envelhecimento nas políticas sociais. Propostas de acção na União Europeia, como o Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações, constituem importantes pontos de referência para a formulação de estratégias nacionais enquadradoras das políticas sociais e das políticas da saúde.

ACTUAL Idosos

Diz-me como te deixam envelhe cer, dir-te-ei em que país vives No concelho de Gondomar vivem 25 290 pessoas idosas (com 65 ou mais anos) com uma razoável qualidade de vida. Os mais carenciados beneficiam dos diferentes apoios das autarquias ENQUADRAMENTO

RIO TINTO 50.713

GONDOMAR

10.561.614

J. PAULO COUTINHO

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR FREGUESIA

DAS QUAIS

168.027

TOTAL DA POPULAÇÃO EM PORTUGAL

RECOMENDAÇÕES DO PARLAMENTO

BAGUIM DO MONTE 14.102

15,9%

13,9%

8088

1959

Freguesia Nº habitantes

FÂNZERES 23.108

Percentagem da população com 65 ou mais anos

13,0%

RESIDEM EM GONDOMAR

2997 VALBOM 14.407

S. PEDRO DA COVA 16.478

16,9% NÚMERO DE IDOSOS EM GONDOMAR REPRESENTA

DOS QUAIS

14,4%

2436

2372

0,24%

19,1%

DA POPULAÇÃO NACIONAL DAS QUAIS E 1,25% DO TOTAL DE PESSOAS COM 65 SÃO RESIDENTES EM GONDOMAR OU MAIS ANOS E TÊM 65 OU MAIS ANOS

SÃO PESSOAS COM 65 OU MAIS ANOS

GONDOMAR S. COSME 27.047

25.290

3963

DA POPULAÇÃO DO CONCELHO

COVELO 1647 15,8%

260

14,6%

15%

Número de idosos por freguesia

MELRES 3691

JOVIM 7146

13,4%

1,5%

13,7%

6,7%

FOZ DO SOUSA 6054

981 17,6%

4.048.932

NÚMERO TOTAL DE ALOJAMENTOS EM PORTUGAL

DOS QUAIS

DOS QUAIS

61.123

4065

SÃO ALOJAMENTOS ONDE RESIDEM PESSOAS COM 65 OU MAIS ANOS

•• ORLANDO CASTRO [Texto] •• CÂNDIDO XAVIER [Infografia]

A

população idosa residente em Portugal é de 2,023 milhões de pessoas, representando cerca de 19% da população total. Na última década esse número cresceu 19% em termos nacionais, atingindo em Gondomar 16%. E, de uma forma geral, os idosos do concelho têm uma razoável qualidade de vida, beneficiando os mais carenciados dos diferentes apoios das autarquias. Na freguesia de Gondo-

SÃO EM GONDOMAR

mar S. Cosme, por exemplo, existem 3963 idosos, dos quais 460 são apoiados pela Junta de Freguesia, registando-se ainda que, num universo de 350 alunos da Universidade Sénior, 154 têm mais de 65 anos. Também a Câmara Municipal, a nível dos Serviços de Acção Social e no âmbito do Clube Idade Mais (igual ou superior a 62 anos), promove actividades de lazer de carácter recreativo e cultural, no sentido de proporcionar momentos de bem-estar e melhoria da qualidade de vida dos gondomarenses. Em termos nacionais, a distribuição da população

Mais baixas percentagens de idosos sós estão a Norte e Gondomar é um exemplo

com 65 ou mais anos apresenta um padrão semelhante ao da população residente. Na região Norte encontra-se 31% do total da população idosa, seguindo-se as regiões Centro e Lisboa, ambas com pesos

MEDAS 2129

LOMBA 1505

16,8%

20,9%

358

315

1065

EM GONDOMAR, APENAS 17% DA POPULAÇÃO IDOSA VIVE SÓ

(uma das taxas nacionais mais baixas)

496

FONTE: INE/CENSOS

próximos de 26%. Nas regiões do Alentejo, Algarve, Madeira e Açores encontram-se, respectivamente 9,1%, 4,4%, 2% e 1,6% dos idosos residentes no país. Na última década, o número de pessoas idosas a viver sozinhas (400.964) ou a residir exclusivamente com outras pessoas com 65 ou mais anos (804.577) aumentou cerca de 28%, tendo passado de 942.594 em 2001, para 1205 541 em 2011. Estima-se que em Gondomar esse aumento seja da ordem dos 31%. O aumento da esperança média de vida, a desertificação e a transformação do pa-

pel da família nas sociedades modernas terão, certamente, contribuído para explicar as mudanças observadas e as diferenças que se verificam entre as regiões do país. Gondomar é, nesta matéria, “vítima” do facto de ser um concelho onde cada vez mais as pessoas não vivem… só dormem. É nas regiões de Lisboa (22%), Alentejo (22%) e Algarve (21%) que se verificam as mais elevadas percentagens de idosos a viver sós. As mais baixas percentagens encontram-se nas regiões Norte (e Gondomar é um reconhecido exemplo) e Autónoma dos Açores, com 17% cada.

Envelhecer não é um drama •• RUI FONTES*

A

s questões fundamentais no envelhecimento situam-se em três áreas: resposta imediata aos atropelos aos direitos e dignidade das pessoas idosas, encontrando soluções rápidas para necessidades antigas; planeamento futuro com base na sustentabilidade

social; mudança do paradigma, prevenindo e promovendo o envelhecimento saudável e deixando de investir no tratamento do envelhecimento doente. Na verdade não devemos avançar muito no futuro sem resolvermos os problemas mais primários e essenciais das pessoas idosas. Mantemos um “estado de graça” na área dos cuidados e serviços a pessoas idosas, assobiando para o lado mesmo sabendo que: Temos um modelo caritativo, assente no conceito do velho pobre, fragilizado e doente, desenvolvido essencialmente pelas instituições sociais e por um conjunto de respostas duvi-

dosas do sector privado que vão acumulando pessoas dependentes em espaços destinados a habitação social de jovens casais; Mantemos um sistema de financiamento ultrapassado e desadequado, financiando tudo pela mesma medida, sem definição de quaisquer indicadores de qualidade e desempenho, um modelo de financiamento que beneficia a institucionalização em detrimento da permanência no domicílio; Continuamos a insistir numa legislação que determina condições físicas para as estruturas completamente desajustadas à realidade nacional e que, sejam dependentes ou indepen-

dentes, têm o mesmo grau de rigor no que respeita a espaços, recursos humanos, etc. Envelhecer não é um drama. A sociedade não pode entender uma das maiores conquistas da humanidade (viver mais anos) como a grande desgraça mundial. O envelhecimento só é insustentável se for um envelhecimento doente e que podemos viver muito mais anos sem agravar o equilíbrio social se vivermos com saúde e não acamados ou a recorrer dia sim, dia não às urgências hospitalares, passando parte do ano internados. * Presidente da Associação Amigos da Grande Idade

A Resolução da Assembleia da República n.º 61/2012, de 5 de Abril, recomendou ao Governo que “dinamize e incentive rastreios da situação de saúde da população idosa; proceda à revisão da legislação relativa à rede social reforçando as competências no âmbito do papel atribuído aos conselhos locais de ação social e aos organismos de proximidade”. Foi igualmente recomendado que o Governo “incentive o voluntariado de vizinhança, coordenado pelos concelhos locais de ação social e em estreita articulação com as forças de segurança e os serviços da segurança social, com o fim de identificar pessoas idosas em situação de isolamento, abandono e violência, e encaminhar para a rede social ou comissões sociais de freguesia que devem providenciar, tendo em consideração a vontade e autonomia da pessoa idosa, as respostas adequadas junto das entidades competentes”. Outras medidas apontadas foram a “valorização do envelhecimento activo, nomeadamente com o voluntariado sénior, potenciando o relacionamento intergeracional através da troca de experiências, da passagem de testemunho cultural e assegurando um combate efectivo ao isolamento da pessoa idosa e favorecendo a sua saúde física e mental”, e que se “generalize a utilização da tecnologia, com especial relevo para a telemática, garantindo a segurança, vigilância, monitorização electrónica e alarme das pessoas idosas”.


g:

A Manhã | Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012

4

a: Idosos

Gondomar acompanha tendência nacional de envelhecimento da população

Pelas ruas do centro na companhia de idosos para quem parar é morrer

•• PAULO ALMEIDA [Texto] •• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

P

ercorrendo o centro da cidade de Gondomar numa segunda-feira de manhã encontram-se muitas pessoas na rua. Mas, olhando com mais atenção, é possível afirmar que se encontram muitos idosos na rua. Não é de estranhar, tendo em conta que Portugal tem um número crescente de idosos e que, àquela hora, a população que trabalha não anda a passear pelo centro da cidade. Junto ao Largo do Souto, próximo da paragem de autocarro, fomos encontrar António Ferreira dos Santos, de 84 anos. Questionado sobre o que faria por aqueles lados, afirmou que viera apanhar sol, conversar: “Sempre que posso saio de casa, mas vejo muito mal e também já ouço mal e tenho dificuldade em andar (mostra a bengala). Se não fosse a paragem de autocarro ao pé de casa, nunca saía, ficava a ver televisão”. António Santos vive com a mulher, tem uma reforma de pouco mais de 350 euros. Não vai jogar cartas, como muitos da sua idade, na pequena cobertura que a Câmara Municipal de Gondomar colocou no Largo Souto, “então, se eu não vejo as cartas, como é que ia jogar?” António Santos, no entanto, mostra estar atento ao mundo e à situação política actual e emite a sua opinião. “Estamos num país de gatunos”, afir-

Largo do Souto é um dos pontos de encontro para os idosos de Gondomar

António Santos, 84 anos: “Se não fosse a paragem de autocarro ao pé de casa, nunca saía, ficava a ver televisão”

Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 | A Manhã

5

GONDOMAR Sociedade | Cultura J. PAULO COUTINHO

ma, “só roubam quem trabalha, isto não é governo, não é nada”. Criticou também o Presidente da República, pelo episódio da reforma: “tem as despesas todas pagas e ainda diz que a reforma dele não chega? Isto é gozar com o povo! Queria ver se ele se governava com a minha reforma”. Mais abaixo, na Rua das Rosas, encontramos Andrelina Soares, de 71 anos, também reformada. Temos que a acompanhar, porque anda sempre “em correria”. Está reformada, mas nunca deixou de trabalhar, começou aos 16 anos. E agora que já podia ter uma vida mais calma, continua a fazer o que sempre fez. “E estou muito bem assim”, afirmou, “não sou de estar parada”. Lutar pela vida Alberto Moutinho tem 65 anos e está aposentado da função pública. É licenciado em Engenharia Civil e foi professor de Educação Tecnológica no Ensino Secundário. “Eu sou do tempo do pé descalço, sou do tempo em que não podíamos vir à cidade sem nada que nos protegesse os pés, senão éramos multados”, contou, quando o abordámos na Universidade Sénior, da Junta de Freguesia de Gondomar. Foi para a tropa com a quarta classe e, quando foi desmobilizado, veio com o nono ano de escolaridade. Terminou o ensino secundário à noite. Foi emigrante na Alemanha e está agora na Universidade Sénior, no terceiro ano, a “refrescar o alemão”. Alberto Moutinho reconhece que tem mais interesses que muitas pessoas da sua idade e que nem todas as pessoas do seu tempo são assim. “Dou valor a quem faz alguma coisa, porque tive que lutar muito pela vida”, afirmou. Alberto Moutinho tem um pequeno quintal que ele próprio trata. Pratica ioga e natação. Como diz o dito popular, parar é morrer.

Dia de Fiéis Defuntos é a continuação lógica do Dia de Todos os Santos

Católicos vivem Dia de Fiéis Defuntos com esperança no ressurgimento em Cristo para uma vida nova

Quando a esperança vence a morte •• RUI OSÓRIO*

N

a tradição católica em Portugal, que não é única na nossa cultura e na nossa espiritualidade, mas ainda mantém a sua importância, depois de os católicos terem cantado, logo no dia 1 de novembro, a glória e a felicidade dos santos, a Liturgia, desde o início do século XI, consagra, liturgicamente, o dia seguinte à memória dos fiéis defuntos. O Dia de Fiéis Defuntos é a continuação lógica da festa de Todos os Santos. Se fossem apenas lembrados os santos, não seria plena a comunhão dos crentes em Cristo. Em boa doutrina cristã, tanto os fiéis que vivem na glória, os santos, como os que ainda vivem

na purificação, preparando-se para a visão de Deus, são todos membros de Cristo pelo Batismo e todos unidos aos vivos que ainda peregrinam no tempo. Os peregrinos dos caminhos da vida não devem esquecer-se de quem já vive na glória como de quem ainda se purifica para a alcançar. Se é bom rezar aos santos, não é menos bom rezar pelos defuntos, como dizem os católicos. Em todas as missas, a Igreja Católica lembra “aqueles que nos precederam com o sinal da fé e dormem agora o sono da paz”, mas, no dia 2 de novembro, a recordação é mais profunda e viva. O Dia de Fiéis Defuntos não é, necessariamente, um tempo de luto e de tristeza. Pode ser um dia de mais íntima comunhão com aqueles que, como dizia S. Cipriano, “não

perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente”. Os católicos vivem esse dia com esperança porque confiam que os defuntos ressurgem em Cristo para uma vida nova. Nessa confiança, rezam para que atinjam a plenitude da vida no coração de Deus. O nome tradicional para falarmos dos que já partiram é “defuntos”, palavra que significa os que deixaram a sua “função”, ou seja, a sua atividade terrena. Se lhe chamássemos “finados”, estaríamos a usar uma palavra de sabor pagão, que significaria os que chegaram ao fim de tudo quanto é vida, onde não haveria lugar para, como dizem os crentes no seu credo, “a vida do mundo que há de vir”. Foi o Abade de Cluny, Santo Odilão, quem, no ano 998, determinou que, em todos os

mosteiros da sua Ordem - e eram muitos e influentes, inclusive em Portugal -, se fizesse a comemoração de todos os defuntos, no dia a seguir ao da solenidade de Todos os Santos. Esse costume depressa se generalizou. Roma oficializouo no século XIV e no século XV foi concedido aos dominicanos de Valência (Espanha) o privilégio de celebrar três missas em 2 de Novembro, prática que se difundiu nos domínios espanhóis e portugueses, e ainda na Polónia. Durante a primeira Grande Guerra, em 1915, o Papa Bento XV generalizou esse uso a toda a Igreja. O início do mês de Novembro aproxima os cristãos dos santos e dos defuntos. No primeiro dia do mês, a Igreja Católica celebra a festividade dos santos, para que, às portas do

Inverno, com o cair das folhas das árvores e o apagar-se gradual da luz do dia, não esmoreça nos crentes a esperança da vida plena em Deus. O dia de Todos os Santos é um dia de festa e não deve ser ofuscado pela celebração do dia de Fiéis Defuntos, como acontece em Portugal, onde de Norte a Sul, o dia 1, por ser dia santo, serve para antecipar a ida aos cemitérios. Se a morte é um choque e passa pelas fases da revolta e da sensação dolorosa da pena, o Dia de Fiéis Defuntos pode servir para que os vivos se pacifiquem com os seus mortos e os sintam vivos na esperança de um reencontro. * Jornalista e pároco da Foz do Douro

O autor escreve de acordo com a última reforma ortográfica.


A Manhã | Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012

Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 | A Manhã

Rastreio. A Liga dos Amigos do Centro de Saúde da Foz do Sousa organiza, no próximo domingo, nas instalações da Junta de Freguesia de Melres, entre as 9 e as 12 horas, um rastreio auditivo, visual, à osteoporose, à diabetes e à tensão arterial à população. O rastreio é gratuito.

6

g: Sociedade

Hoje é o último dia com transportes internos em Gondomar Vice-presidente da autarquia afirma que as três linhas eram “uma experiência”, mas a Administração da Gondomarense diz ter sido “surpreendida” •• PAULO F. SILVA

H

oje é o último dia com transportes internos no concelho de Gondomar. A Câmara Municipal de Gondomar (CMG) não renovou o protocolo estabelecido há dois com a Empresa de Transportes Gondomarense (ETG) e colocou um ponto final na experiência dos transportes públicos da responsabilidade do município. É o fim das linhas 81 (Baguim do Monte/Rio Tinto), 82 (Fânzeres/ Gondomar) e 83 (Valbom). O protocolo terminou no passado dia 10, mas a ETG decidiu assegurar todas as carreiras, nos horários habituais, até hoje. No anúncio do protocolo de 2010, a autarquia salientava que aquelas linhas visavam, “em primeiro lugar, suprir algumas carências a nível de transportes públicos dentro do concelho de Gondomar” e, paralelamente, dar “resposta aos anseios da população”. Contactado pelo “A Manhã”, o vice-presidente da autarquia explicou que “estava previsto que este protocolo com a Gondomarense não poderia ser prorrogado, e foi o que aconteceu”. Para José Luís Oliveira, “estes dois anos serviram para experimentar” aquilo que as pessoas necessitavam, tendo concluído que, “se ninguém quer os transportes”, “se ninguém procura as linhas”, então não há razão para celebrar “novo contrato ou abrir um concurso”. Na análise do vice-presidente da Câmara, “as carreiras não eram apetitosas, porque a própria Gondomarense poderia continuar com elas, e não o faz”. Argumenta, ainda, José Luís Oliveira que os 300 mil euros aplicados nos dois anos em causa deverão ter

Período de análise 2010 - 3 meses 2011 - 12 meses 2012 - 8 meses

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE PASSAGEIROS POR LINHA Número total por ano

Linha 81 (azul) Rio Tinto (Parque Nascente) – – Baguim do Monte (EB2,3)

Número médio por mês

Linha 82 (amarela) Fânzeres (EB2,3) – – S. Cosme (Centro de Saúde)

Linha 83 (vermelha) Valbom – Valbom (circulação)

Três mini-autocarros faziam as ligações internas em Gondomar

sido “uma ajuda” para a aquisição dos três mini-autocarros da Gondomarense. “Fiquei surpreendido” Os responsáveis pela ETG analisam o assunto por outro prisma. “Fiquei surpreendido”, confessa Manuel Batista. “Tinha outra expectativa, admito. Quando se pede uma carreira é para lhe seja dada continuidade, no fundo quando se dá um rebuçado depois não vamos lá tirá-lo”, explica aquele administrador da Gondomarense. “As três linhas em causa eram de transferência, so-

bretudo com o Andante, em zonas onde efectivamente não há transportes. É evidente que, nesta fase, as linhas eram deficitárias, e sê-lo-ão sempre porque há a componente de serviço social que é preciso não esquecer. Os números deste ano até eram animadores”. Manuel Batista reconhece que possam existir “outras prioridades para a Câmara”, mas sublinha que, “a médio prazo, pelo menos duas das linhas iriam ficar equilibradas, sendo que o previsto no referido protocolo apontava para o princípio de que “quanto mais

procura houvesse menos pagaria a CMG”. Literalmente inconformado está o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto. “É lamentável a decisão da Câmara”, afirma Marco Martins. “O projecto de uma rede interna foi iniciado por mim, em Janeiro de 2007, após a nova rede da STCP. A Faculdade de Engenharia do Porto fez estudos para linhas em Rio Tinto, mas a Câmara barrou-o e, em 2008, até veio dizer que o projecto não se justificava”, recorda Marco Martins. “Depois, a três meses das autárquicas, anunciou a implementação dos transportes. Dois anos depois, e sobretudo quando começa a aumentar a procura, especialmente nas linhas 82 e 83, a Câmara deixa a descoberto os centros de saúde de Fânzeres, de S. Cosme e de Valbom”. Marco Martins admite que, do ponto de vista financeiro, os tempos não são os melhores, mas não deixa de interrogar: “O encargo da autarquia não diminuía com o aumento da procura? Já se perdeu a noção de serviço público e de apoio social? Não é estranho acabar o serviço desta forma?”

Sociedade :g J. PAULO COUTINHO

Colhido por comboio em Rio Tinto Um homem morreu, domingo passado, depois de ter sido colhido por um comboio perto da estação ferroviária de Rio Tinto, em Gondomar, anunciou à Lusa fonte da PSP do Porto. Segundo o oficial de dia ao comando da PSP, o acidente aconteceu cerca das 17 horas, na Quinta das Freiras, em Rio Tinto. “A vítima aparentava ter entre 25 a 30 anos”, disse, acrescentando que o maquinista relatou ter visto “um homem a atravessar a linha, ter apitado, mas não conseguiu evitar o acidente”. A circulação ferroviária esteve parada cerca de 30 minutos no sentido Ermesinde-Porto.

CÂNDIDO XAVIER FONTE: ETG J. PAULO COUTINHO

7

Gondomar com contas em dia Município é um dos oito que não têm quotas anuais em atraso para a AMP Oito dos 16 municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP) mantêm dívidas à estrutura relacionadas com as suas quotas anuais e uma delas, a de Gaia, deve a totalidade da sua parte, superior a 138 mil euros. Arouca, Gondomar, Maia, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Porto, Trofa e Valongo são as autarquias que têm as contas em dia. Santa Maria da Feira aparece no documento como devendo apenas 25 mil (28%) dos 90.219 euros que tem que transferir para a AMP. Num total de mais de um milhão de euros em quotas de 2012, 15 municípios pagaram já à AMP um total de 744.308 euros, estando ainda por receber 285.515 euros.

O professor Rio Fernandes, membro do painel de Opinião do “A Manhã”, foi homenageado como “Profissional do Ano”, ontem à noite, pelo Rotary Club de Gondomar. Natural de S. Cosme, Gondomar, Rio Fernandes, de 54 anos de idade, é docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto desde 1981, onde se licenciou em 1980. Fez o mestrado na Universidade de Coimbra em 1985, o doutoramento na Universidade do Porto em 1993 e as provas de agregação em 2003, vindo a tornar-se o primeiro licenciado de Geografia da Universidade do Porto a tomar posse como Professor Catedrático, mediante concurso onde obteve o primeiro lugar. É responsável pela docência de várias disciplinas de cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento no Departamento de Geografia Faculda-

Objectivo dos sócios é salvaguardar a propriedade do imóvel

S. Pedro da Cova pretende entregar estádio à Câmara A Associação Desportiva de S. Pedro da Cova vai pedir à Câmara Municipal que assuma a posse do Estádio do Laranjal. Os sócios do clube pretendem acautelar a propriedade do imóvel, que se encontra penhorado e às ordens de uma agente de execução, que só ainda não vendeu o estádio por falta de interessados. Reunidos sexta-feira em assembleia-geral extraordinária, os sócios pretendem que a autarquia fique com o imóvel, que está avaliado em mais de dois milhões de euros, e que pague as dívidas do clube, que ascendem a cerca de 150 mil euros. Pouco participada, a assembleia decidiu por unanimidade propor à autarquia uma dação em cumprimento, ou seja, entregar o imóvel à autarquia pelo valor das dívidas, passando para esta a responsabilidade de as pagar. O objectivo é salvaguardar a

posse do estádio e evitar futuras penhoras. Os sócios entenderam que entregar o estádio à Câmara pelo valor da penhora que está para a execução, no valor de 28 mil euros, não resolve os problemas financeiros do clube. A proposta, no entanto, atribui ao clube todos os custos de manutenção do complexo desportivo. A comissão administrativa presidida por Carlos Rodrigues revelou aos sócios a recepção de uma carta das Finanças, naquele dia, a reclamar IVA no valor de cerca de 13 mil euros, por recibos identificados numa auditoria a outra empresa. “Os recibos estavam na nossa contabilidade, mas tinham sido anulados pela anterior direcção”, referiu o dirigente. Na segundafeira, a direcção da Associação Desportiva recebeu outra notificação para liquidação de uma dívida de cerca de quatro

Rotários distinguem Rio Fernandes

mil euros, também referente à anterior direcção. Câmara atenta A autarquia não quis fazer declarações, por desconhecer a proposta da direcção do S. Pedro da Cova, mas indicou que a sua missão é acautelar o interesse público. Carlos Rodrigues tem-se queixado repetidamente da falta de apoio e interesse dos sócios, tendo colocado o lugar à disposição, que mereceu um voto de confiança. “Os sócios só vão acordar quando o clube fechar as portas”, lamentou. O Estádio do Laranjal e o complexo desportivo foi doado ao clube pela Câmara, há cerca de uma década, em troca dos terrenos do antigo campo de futebol. Além da equipa que disputa a Divisão de Honra, o clube conta com mais de uma centena de atletas nas camadas jovens. ¬ Paulo Almeida

de de Letras da Universidade do Porto, nos domínios da Geografia Urbana, Planeamento e Urbanismo. Assegurou colaboração docente com a Faculdade de Arquitetura e assegurou docência em diversas universidades estrangeiras, designadamente Coimbra e Lisboa (Portugal), Rio de Janeiro, Presidente Prudente, Natal e Salvador (no Brasil), Santiago de Compostela e León (em Espanha), Angers (em França) e von Humboldt de Berlim (Alemanha).


A Manhã | Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012

Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 | A Manhã

8

9

g: Cultura

Cultura :g

Regresso às origens 14 anos depois •• GORETI TEIXEIRA

C

atorze anos depois de ter ganho a 9.ª Edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres, com a obra «As mãos e o silêncio», Joaquim Manuel Pinto Serra regressou a Fânzeres, na passada sexta-feira, como poeta vencedor da edição de 2012. “Viagem através do nosso distanciamento” colheu a unanimidade do júri escolhido para avaliar as obras apresentadas este ano. Em declarações ao “A Manhã”, o autor explicou que concorreu “depois de ter visto o anúncio no jornal”, mas sem pensar que tinham passado 14 anos desde o seu primeiro livro, que o fez “nascer para a poesia”. Esta obra, sublinhou, marca “um regresso às origens”, das quais esteve afastado cerca de 50 anos. “Comecei na poesia com a ingenuidade de qualquer pessoa que se inicia neste género literário, com palavras simples e ingénuas”, explicou o autor, acrescentando que posteriormente progrediu para “uma certa maturidade intelectual”. “Hoje – continuou – regresso à ingenuidade inicial, praticando uma poesia de palavras simples, mas com mais sentido estético, mais sentido musical, mais sentido poético, porque amadureci”. Para o poeta são várias as condições que têm de estar reunidas para que floresça o processo criativo e foi na sua condição de médico psiquiatra que ficou a conhecer bem as pessoas, esse conhecimento no qual se centram os seus livros. Depois de 11 títulos publicados, Joaquim Manuel Pinto Serra voltou a Fânzeres, uma terra que, afirma, “respira poesia” e que o fez sentir “premiado e rejuvenescido”. A cerimónia de entrega

“neste regresso onde renasce em cada gesto o teu azul uma tonalidade nova se enobrece nas vicissitudes anónimas do tempo e do espaço apenas o cais do nosso reencontro antigo e certo repleto de tertúlias e de pequenos aconchegos de criança uma lembrança ou talvez apenas a certeza de que as raízes sobravam somente mudavam as flores e os frutos e o mosto com que se faziam as amoras do teu gosto serenamente”

CÂNDIDO XAVIER

Médico e poeta Joaquim Serra recebe Prémio Nacional de Poesia de Fânzeres do Prémio Nacional, que decorreu na Casa de Montezelo, foi presidida pela presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres, Fernanda Vieira, que enalteceu a qualidade das obras que anualmente concorrem ao galardão “que em boa hora foi criado”. Para a autarca, “a solidificação do evento e o sucesso já alcançado traduzem-se numa esperança no futuro, acrescida de uma responsabilidade de criar condições para o acesso generalizado à cultura”. Na sua intervenção, Fernanda Vieira lembrou ainda o jornalista e escritor Manuel António Pina, sublinhando o valor da obra deixada, bem como o homem e cidadão generoso e dedicado que sempre foi. Prestígio alcançado A importância que o Prémio Nacional de Poesia de Fânzeres tem alcançado ao longo de mais de duas décadas de existência foi destacada nas intervenções de todos os convidados, tendo Liliana Pires, chefe de divisão da Cultura e Desporto da Câmara Municipal, sustentado que a poesia “está viva na freguesia, no município e no país”. Henrique Monteiro, representante da editora Lugar da Palavra, sublinhou que a poesia é “essa palavra inquietante e emocionante que nos ajuda a resistir nos conturbados tempos em que vivemos”, enquanto Fernando de Castro Branco, poeta transmontano convidado, entende que a “palavra na poesia não se censura. É sagrada e purificada, sendo que a emoção é sempre o ponto de partida”. Ao longo da cerimónia, as palavras poéticas de Joaquim Manuel Pinto Serra e Fernando de Castro Branco fizeramse ouvir pela voz da dizedora Cidália Santos, acompanhada pelo trio de cordas “The Crow”.

“Há casas que são um poema para dar a um amigo” Casa-atelier de Júlio Resende aberta ao público em permanência J. PAULO COUTINHO

Música e humor marcaram a excelente actuação da Gestrintuna

Concerto solidário em prol dos carenciados A Associação das Donas de Casa de Gondomar promoveu, na passada sexta-feira, no Auditório Municipal, um espectáculo de solidariedade visando prosseguir os seus fins de ajuda a famílias carenciadas. A noite era de música, mas foi, sobretudo, o humor que deliciou o público pela voz do fadista João da Costa e da jovial Gestrintuna. Telma Neves, Manuel Vieira e José Giesta, acompanhados por Joaquim Martins e Emílio Monteiro, à guitarra, e por José Martins, à viola, completaram o leque de artistas da noite.

O objectivo deste espectáculo era a angariação de verbas para ajudar a jovem Márcia, entretanto falecida. Mas “como há muitas Márcias e toda a logística estava tratada, a associação não quis deixar de realizar o evento”, salientou Maribel Gonzalez, presidente da associação. De referir que a Associação das Donas de Casa de Gondomar foi das pioneiras na ajuda solidária no concelho, através do empréstimo de cadeiras de rodas, camas articuladas, distribuição de bens alimentares e medicamentos, entre outras preciosas ajudas aos mais carenciados.

Poesia e música à mesa da confeitaria “Rio Tinto com Poesia”, um projecto dinâmico que alia artes como a poesia e a música numa simbiose rasgada de emoção e ternura, teve na semana passada, na Confeitaria DelRio, em Rio Tinto, mais uma sessão, desta vez subordinada à temática “Cidadania”. Foram lidos poemas de Manuel António Pina, Sebastião da Gama, Fernando Pessoa, Eugénio de Andrade, Joaquim dos Santos Marinho (poeta riotintense) e Maria Guimarães. O público participou na declamação

de poemas e criou-se um ambiente acolhedor e mágico ao som das melodias tocadas pelo quinteto da Banda de S. Cristóvão, que colaborou na tertúlia poética. Participaram alunos do 9.º ano da Escola E.B.2,3 de Rio Tinto, a directora da Escola, Aurora Vieira, alguns professores do Agrupamento, as habituais colaboradoras do Centro de Estudos Aventura Dinâmica, amigos e clientes da confeitaria e a autora de “Rasgos de Emoção”, Maria Guimarães.

Casa Júlio Resende é um projecto do arquitecto José Carlos Loureiro

A abertura ao público da Casa Júlio Resende, em Valbom, foi o momento alto, sábado, em que a fundação dedicada ao pintor assinalou o dia do aniversário do seu nascimento. O artista faria 95 anos no dia 23 de Outubro. O crítico e conservador José Luís Porfírio proferiu uma conferência sobre “O desenho na obra de Júlio Resende”, tema transversal a toda a obra do mestre expressionista. Seguiu-se a abertura da casa-atelier de Resende, projecto do seu amigo José Carlos Loureiro, classificada no ano passado, pelo Ministério da Cultura, como “património de interesse público”. Os convidados que assistiram à conferência, no auditório do edifício do Lugar do Desenho, atravessaram depois o jardim, em direcção à casa-atelier, que passa a constituir um novo núcleo expositivo da fundação dedicada ao pintor. A casa foi despojada dos objectos pessoais, contendo agora quadros do

acervo da fundação, entre outros oferecidos, e alguns painéis alusivos à sua vida e obra. Entre eles, uma fotografia de grupo do núcleo principal dos fundadores e amigos do artista. Nos recantos superiores da habitação surgem dois poemas, “Oh, as casas as casas as casas”, de Ruy Belo, e “Relação das casas boas e más para juízo dos arquitectos Carlos Loureiro e Pádua Ramos”, de Eugénio de Andrade, cujos últimos versos dão título a este texto. Neles se reflecte a importância da casa, da habitação, espaço de intimidade e criação, no percurso do artista. A Casa Júlio Resende foi edificada no início da década de 1960, junto ao rio Douro. Carlos Loureiro, numa visita guiada pelo imóvel, na semana passada, disse ao “A Manhã” que o pintor lhe deu “total liberdade” no projecto mas, ao mesmo tempo, “uma enorme responsabilidade”, pois “sabia que tinha um crítico de grande nível”.

Brasil, anos 70 Momento alto, igualmente, a abertura, na Sala do Acervo da Fundação, de mais uma exposição da série Caderno de Viagens, com obras de Júlio Resende realizadas a partir das suas viagens ao Brasil, entre as décadas de 1970 e 1980. Em relevo, os trabalhos realizados em 1977 sobre a temática regional, com uma paleta identificativa. Resende escreveu que preferia o Brasil nordestino, em grande parte retratado em tons vivos. As pinturas e desenhos do artista estão patentes ao público até Outubro do próximo ano. Até ao dia 25 de Novembro, na Sala de Exposições Temporárias, pode ser visitada a exposição de Manuel Casal Aguiar, amigo do pintor Júlio Resende e um dos fundadores do Lugar do Desenho. A Sala 3 é ocupada por uma exposição do jovem pintor Ricardo Pistola, intitulada “Trap”, patente até 13 de Janeiro próximo.

Daniel Fernandes na Casa da Juventude Está patente na Casa da Juventude de Rio Tinto, até ao próximo dia 10 de Novembro, a exposição de pintura intitulada “Simbólica”, com trabalhos de Daniel Fernandes. São obras que, como refere Ana Santos Vilar no catálogo da exposição, “pretendem invocar a intuição dos observadores, por associação de analogias, e apresentar narrativas racionais – ao dar a conhecer símbolos de diversas civilizações, como alternativa a uma realidade criativa”. Daniel Fernandes apresenta a sua interpretação de vários elementos figurativos, que, graficamente estruturados e realçados por contornos a branco, se tornam independentes e autónomos. Estes trabalhos de Daniel Fernandes são, na sua gran-

“Gondomar, Coração de Ouro”

de maioria, caracterizados por superfícies cromáticas lisas e renunciam às leis convencionais de composição (espaço em profundidade de perspectiva). O resultado final faz com que cor e forma se encontrem “numa relação mútua entre contrastes e harmonias”, como se refere no catálogo da exposição.


r:

A Manhã | Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012

10

Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 | A Manhã

GAS não pára. O Gondomar Automóvel Sport (GAS) não pára e aproveitou a realização do fim-de-semana passado para promover o seu 1.º Rali Sprint, uma prova organizada, bem ao jeito de “nuestros hermanos”, em sistema de “vai e vem”, com um único troço de 5,14 quilómetros a percorrer duas vezes nos dois sentidos.

REPORTAGEM 7.º Rali Cidade de Gondomar

Diogo Gago impõs-se à concorrência no Desafio Modelstand

João Barros estreou em Gondomar um Renault Clio

Espectáculo de “drift” fez as delícias do muito público que se juntou no centro da cidade

Luís Mota triunfa em Gondomar •• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

A

dupla constituída por Luís Mota/Alexandre Ramos (Mitsubishi EVO VII) obteve uma vitória tranquila no 7.º Rali Cidade de Gondomar, disputada no fimde-semana passado, penúltima prova da época a contar para o Campeonato Open de Ralis. A juntar ao triunfo na prova organizada pelo Gondomar Automóvel Sport (GAS), repetindo o êxito alcançado em 2011, Luís Mota assegurou também o título de campeão Regional de Ralis-Norte, mas a competição não se resumiu a favas contadas, apesar dos seis melhores tempos registados em sete provas especiais de classificação (PEC). Destaque, também, para Diogo

Gago, que garantiu a conquista do Desafio Modelstand, deixando o seu principal opositor, Gil Antunes, na segunda posição do troféu, e para uma demonstração de “drift”, na noite da superespecial, em pleno centro de Gondomar, merecedora do forte aplauso dos milhares de pessoas que acorreram à cidade. Luís Mota não começou da melhor forma. “Não sei o que é que se passou, não tenho explicação, o carro não andava”, explicou o vencedor final, ao “A Manhã”, justificando o 21.º melhor tempo obtido na Superespecial de Gondomar, a nove segundos do melhor “crono”. “Sabíamos que, de manhã, teríamos de atacar, dar um sinal aos nossos adversários de que teriam de contar connosco, até porque estava em causa o Regional de Ralis”, lembrou Luís Mota. E foi o que aconte-

Nuno Cardoso obteve a sua melhor classificação de sempre: segundo

Luta pelo pódio no Desafio Modelstand foi muito animada

CLASSIFICAÇÃO 1.ª PEC · Superespecial de Gondomar

Dupla vencedora corre num Mitsubishi EVO VII

Luís Mota repetiu este ano triunfo alcançado em 2011 no Rali de Gondomar

Nova sede. O próximo dia 24 de Novembro assinala o 20.º aniversário do Gondomar Automóvel Sport (GAS). E a festa promete ser histórica. É que, nessa mesma data, o GAS vai receber, das mãos da Câmara Municipal de Gondomar, as chaves da antiga escola do Ensino Básico da Gandra, que passará a ser a nova sede do clube. A melhor prenda no tempo mais difícil.

GAGO E ANTUNES NO LIMITE

Dupla vencedora assegurou, também, o Campeonato Regional de Ralis-Norte, enquanto Diogo Gago garantiu a conquista do Desafio Modelstand •• PAULO F. SILVA [Textos]

11

ceu. Daí para a frente não mais parou. Primeiro, impondo um ritmo muito forte na dianteira – e arrastando na toada de ataque Daniel Nunes, vencedor da Superespecial. E a seguir, após a desistência de Daniel Nunes (com o diferencial do Mitsubishi partido), no derradeiro troço da manhã, a gerir a vantagem adquirida sobre a concorrência directa. Por momentos, Nuno Car-

doso/Telmo Campos (Mitsubishi EVO VII), Luís Bastos/ José Janela (Mitsubishi EVO V) e João Barros/António Costa (Renault Clio) até devem ter sorrido interiormente com o abandono de David Nunes, algo que lhes possibilitou escalar um posto na tabela de modo automático. Só que Cardoso, que não tinha andamento para Mota, preferia segurar a sua melhor classificação de sempre:

um segundo lugar. E com Bastos, que estreava o seu novo carro, acontecia o mesmo em relação a Cardoso. Sobrava Barros, numa outra estreia seguida com atenção pelo “cantar” irrepreensível do motor francês (apesar de nunca ter revelado capacidade para incomodar Luís Mota), que acabou, ingloriamente, por ser traído pela embraiagem antes mesmo de entrar na última PEC do rali.

O ponto mais alto de interesse do rali acabou, assim, por ser transferido para o Desafio Modelstand. Diogo Gago, que havia recuperado a liderança deste troféu monomarca na prova anterior, o Rali de Loulé, disputado no início deste mês, e com seis pontos de avanço sobre o seu grande adversário desde a primeira hora, Gil Antunes, estava a uma simples vitória do triunfo final. Os dois pilotos fizeram-se à estrada tal e qual como se previa: disponíveis a lutar até ao final. E nenhum dos dois ludibriou quaisquer expectativas. Gago atacou a Superespecial e “deu” a Antunes quase um segundo. No sábado de manhã, logo em Gens/Covelo I, Gil Antunes ripostou e colocou a fasquia à concorrência directa num patamar muito elevado, conquistando 12 segundos a Diogo Gago. Mas Gago não se fez rogado e prosseguiu no seu ritmo, averbando 8.07,2 minutos no terceiro troço, mais de dois minutos e meio melhor do que Antunes, que não deverá esquecer tão cedo aqueles quase nove quilómetros de Medas onde por três vezes a braçadeira de um tubo da gasolina se recusou a manter no seu devido sítio comprometendo todas as aspirações. “Fiquei sem hipóteses”, sintetizava, no final, Gil Antunes, apesar de toda a boa disposição que manteve.

“Trabalhámos para isto”, contrapunha Diogo Gago, em análisesíntese da sua prova, e notoriamente satisfeito. “Sabíamos que, sábado, teríamos de ter um andamento muito rápido, e a verdade é que, sobretudo de manhã, andámos muito fortes. Por outro lado, tínhamos noção de que a classificativa de Gens, à tarde, iria decidir o rali”. Pois bem, à partida para Gens II, Gago dispunha mais de 2.14 minutos de avanço sobre Antunes. Depois da quinta PEC, Gago somava mais quatro décimos de segundo à sua vantagem. Estava na altura de levantar o pé, deixando para Antunes uma espectacular recuperação que o guindou até ao quinto lugar da “geral”, segundo do troféu. O último lugar do pódio reservado aos concorrentes Peugeot foi para João Castela. No Troféu Fastbravo, a vitória sorriu ao regressado Rui Garcia, que foi acompanhado no pódio por Jorge Ribeiro (que ganhou o troféu de 2012) e Herculano Antas. A sétima edição do Rali Cidade de Gondomar teve, à partida, pouco mais de quatro dezenas de concorrentes – tendo sido a de Fernando Peres a mais notória das ausências, por motivos familiares – e terminaram classificadas 22 equipas, o que espelha bem a exigência dos troços montados pelo GAS.

1.º Daniel Nunes

1.52,9 min.

2.º Nuno Cardoso

a 0,6 seg.

3.º João Barros

a 1,8 seg.

4.º Diogo Gago

a 3,0 seg.

5.º Luís Bastos

a 3,1 seg.

2.ª PEC · Gens/Covelo I 1.º Luís Mota

6.00,5 min.

2.º Daniel Nunes

a 1,9 seg.

3.º Nuno Cardoso

a 16,2 seg.

4.º Luís Bastos

a 21,6 seg.

5.º Gil Antunes

a 23,8 seg.

3.ª PEC · Medas I 1.º Luís Mota

7.28,3 min.

2.º Daniel Nunes

a 6,6 seg.

3.º Nuno Cardoso

a 10,6 seg.

4.º Luís Bastos

a 29,4 seg.

5.º João Barros

a 36,8 seg.

4.ª PEC · Vilarinho I 1.º Luís Mota

10.21,7 min.

2.º Gil Antunes

a 15.7 seg.

3.º Luís Bastos

a 19,1 seg.

4.º João Barros

a 25,4 seg.

5.º Diogo Gago

a 32,1 seg.

5.ª PEC · Gens/Covelo II 1.º Luís Mota 2.º Nuno Cardoso

6.01,4 min. a 4,7 seg.

3.º Luís Bastos

a 5,7 seg.

4.º João Barros

a 16,9 seg.

5.º Diogo Gago

a 17,7 seg.

6.ª PEC · Medas II 1.º Luís Mota

7.31,1 min.

2.º Nuno Cardoso

a 0,7 seg.

3.º Luís Bastos

a 6,7 seg.

4.º Gil Antunes

a 18,3 seg.

5.º Diogo Gago

a 19,9 seg.

7.ª PEC · Vilarinho II 1.º Luís Mota

10.29,8 min.

2.º Nuno Cardoso

a 2,4 seg.

3.º Diogo Gago

a 9,6 seg.

4.º Gil Antunes

a 11,4 seg.

5.º Luís Bastos

a 12,2 seg.

CLASSIFICAÇÃO FINAL 1.º Luís Mota/Alexandre Ramos Mitsubishi EVO VII 49.54,7 min. 2.º Nuno Cardoso/Telmo Campos Mitsubishi EVO VII a 33,9 seg. 3.º Luís Bastos/José Janela Mitsubishi EVO V

a 1.28,8 min.

4.º Diogo Gago/Jorge Carvalho Peugeot206 GTI a 2.28,5 min. 5.º Gil Antunes/Carlos Ramiro Peugeot 206 GTI a 4.44,6 min. 6.º João Castela/Ricardo Faria Peugeot 206 GTI a 5.19,1 min. 7.º Sérgio Vaz/Ilberino Santos Peugeot 206 GTI a 5.32,0 min. 8.º Paulo Moreira/Marco Macedo Opel Corsa OPC a 5.59,3 min. 9.º Pedro Fins/Sérgio Rocha Peugeot 206 GTI a 6.35,0 min. 10.º António Oliveira/Rui Raimundo Peugeot 205 GTI a 6.59,3 min. 11.º Helder Miranda/Vítor Hugo Pereira Seat Ibiza a 7.07,8 min. 12.º Ruben Moura/José Moreira Citroen Saxo a 8.03,3 min. 13.º Joaquim Pacheco/Nuno Silva Citroen C2 a 8.16,6 min. 14.º Sérgio Moutinho/Pedro Rio Fiat Punto 1.8 HGT a 9.16,6 min. 15.º Rui Garcia/Luís Sá Seat Marbella

a 9.24,6 min.

16.º Jorge Ribeiro/Daniel Pereira Seat Marbella a 9.26,8 min. 17.º Herculano Antas/Luís Silva Seat Marbella a 9.51,5 min. 18.º Gonçalo Dias/Jaime Dias Seat Marbella a 10.07,7 min. 19.º Mariana Carvalho/Alexandra Santos Peugeot 206 GTI a 11.24,9 min. 20.º Osvaldo Santos/Hugo Pinheiro Peugeot 306 GTI a 11.33,2 min. 21.º Daniela Rodrigues/Laura Natividade Citroen Saxo a 13.00,2 min. 22.º José Mendes/Júlio Sousa Nissan Micra a 14.57,8 min.


d:

Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 | A Manhã

13

DESPORTOS Futebol | Modalidades

Gondomar cede empate Pouca sorte da equipa da casa perante equipa minhota de Limianos que veio conquistar um ponto J. PAULO COUTINHO

•• PAULO ALMEIDA

O JOGO

O

O arranque do Gondomar Sport Clube nesta fase do campeonato da 2.ª Divisão, Zona Norte, continua frouxo, ainda que a equipa mostre ser capaz de ir muito mais além do que o antepenúltimo lugar que ocupa na classificação geral. No domingo cedeu mais um empate, a zero, frente à Associação Desportiva Limianos. Os jornalistas que acompanharam a deslocação dos minhotos foram unânimes: o Limianos veio a Gondomar conquistar um ponto. A previsão é que o Gondomar venha a causar problemas a muitas equipas. O jogo foi equilibrado, com pendor positivo para a equipa da casa que, mais uma vez, revelou uma superioridade técnica e táctica sobre o adversário. O Gondomar mandou uma bola ao poste e outra à barra, mostrou boas combinações entre os avançados e no jogo a meio campo, com uma defesa segura, com poucos deslizes. Falta sorte, experiência, confiança. O jogo começou muito embrulhado a meio campo, com o Limianos a mostrar uma linha atacante perigosa, com Tanela e Arnold a necessitarem de muitos cuidados por parte dos centrais gondomarenses. À passagem do quarto de hora o Gondomar reage com uma série de ataques bem construídos, a redundar em cantos ou em livres, que depois não eram aproveitados. Aos 32 minutos a primeira bola ao poste. No seguimento de uma jogada de Igor pela direita, que arrasta consigo a defesa, centro para Júlio César,

Gondomar Limianos

0 0

Estádio S. Miguel (relvado) Espectadores Cerca de 150 Árbitro Pedro Ferreira (AF Braga) Assistentes Fernando Pereira e Paulo Miranda GONDOMAR S. C. César; Tiago Graça n; Joel n; Tiago Gil; Marcos André; Júlio César; Luís Neves; Ricardo Carvalho; Pinto; Júlio (Denilson, 50’) e Igor. Treinador José Alberto A. D. LIMIANOS Litos; Lucas; Vítor Hugo; Beck; Vasco (Ribeira, 70’); Diego n (Jean Philipe, 90’); Arnold; Pedro Maciel n; Nera; Boris Tchikoulaev e Tanela n (Telmo, 85’). Treinador Carlos Cunha

Pinto foi um dos esteios do meio campo do Gondomar

isolado na esquerda. O brasileiro chuta contra o adversário e a bola vai ao poste, com o guarda-redes Lito batido. Na resposta, o Limianos, em contra-ataque rápido, no seguimento da jogada anterior, vê Tanela meter também a bola no poste.

MUITO JOGO, POUCA SORTE

“Está a faltar um pouco de sorte, porque continuamos a jogar bem”, referiu José Alberto ao “A Manhã”, no final do jogo. O treinador do Gondomar, desanimado com empate, salientou que a equipa merecia mais pelo jogo que construiu, pelas oportunidades que criou. Apesar de a média de idades dos jogadores ser baixa, não é uma

questão de pouca experiência, mas de confiança e um pouco de sorte, adiantou o treinador. José Alberto frisou que era importante a equipa não perder o jogo, apesar do empate saber a pouco. “A equipa estava a jogar bem e com bom ritmo, por isso não valia a pena fazer mais substituições”, explicou o treinador.

Agora a barra Na segunda parte, o Gondomar entrou a grande velocidade, pressionando a meio campo e na linha defensiva do adversário. A bola estava do lado da equipa da casa, mas os remates, que não foram muitos, saiam para fora. O Limianos tardou na reacção, conseguia sair em força em direcção à baliza de César, mas a defesa da equipa da casa conseguia recuperar a bola e relançar o jogo pelas laterais.

A pressão do Gondomar, durante quase toda a segunda parte, originou uma série de livres em frente à área adversária, mas com resultados inconsequentes. Aos 86 minutos, quando o Limianos, a jogar em contra-ataque e, gradualmente, se vai tornando mais perigoso, Luís Neves é chamado a cobrar um livre frente à área visitante. A bola, muito bem marcada, sobrevoa a barreira e vai cair na barra, sendo aliviada para canto. Foi praticamente a última grande oportunidade do jogo. A arbitragem foi insegura, com alguns casos que podem ter comprometido o resultado. O delegado da equipa da casa foi expulso. Referência final para o público, que voltou a ser escasso.


A Manhã | Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012

Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 | A Manhã

14

15

d: Futebol | Modalidades A JORNADA

No sobe e desce da jornada, o empate do Gondomar permitiu avançar um lugar, mas é o Sousense que está em alta, com a vitória sobre o Tocha, subiu três lugares, ocupando agora o oitavo posto, na Zona Centro. Nos distritais, o S. Pedro da Cova regressa às vitórias, de-

Surpresas nos distritais

II DIVISÃO NORTE Gondomar – Limianos

CLASSIF.

Canoagem :d

II DIVISÃO CENTRO 0-0

J V E D M S P

Sousense – Tocha

CLASSIF.

1-0

J V E D M S P

pois da “limpeza de balneário”, com um expressivo 4-2 sobre o Baião. Por sua vez, o Rio Tinto continua a trepar na tabela, estando agora no sexto posto, depois de vencer o Valonguense em casa, com dois golos sem resposta. Na 1.ª Divisão, Série 2, grandes surpre-

sas. O Ataense, que se tem revelado um forte candidato à promoção, sofreu a primeira derrota, na deslocação à Grandra, enquanto o C.A. Rio Tinto, que ainda não tinha vencido, bateu o Citânia de Sanfins, por duas bolas sem resposta. O Gens perdeu fora por 2-1, com

o NunÁlvares. Na 2.ª Divisão, Série 1, o Estrelas de Fânzeres voltou a perder, em casa, e a mesma sorte coube ao Medense, na deslocação ao Ramaldense. Quanto ao Melres, continua a marcar muitos golos, 3-1, em casa, contra o Marechal Gomes da Costa.

DIVISÃO HONRA AFP

I DIVISÃO SÉRIE 2 AFP

II DIVISÃO SÉRIE 1 AFP

Aliança de Gandra – Ataense 2-1 Rio Tinto – Citânia de Sanfins 2-0 Nun’Álvares – Gens 2-1

Melres – M. Gomes da Costa 3-1 Est. Fânzeres – Aldeia Nova 0-2 Ramaldense – Medense 2-0

S. Pedro Cova – Baião Rio Tinto – Valonguense CLASSIF.

4-2 2-0

J V E D M S P

CLASSIF.

J V E D M S P

CLASSIF.

J V E D M S P

1º Desp. Chaves

6 4 1 1 11 3 13

1º Cinfães

6 3 3 0 13 7 12

1º Perafita

7 5 2 0 12 2 17

1º Gondim-Maia

7 4 1 2 13 10 13

1º SC Campo

2º Mirandela

6 4 1 1 10 6 13

2º Coimbrões

6 3 3 0 12 8 12

2º Lixa

7 4 0 3 10 5 12

2º Pedrouços

7 4 1 2 18 11 13

2º Inter Milheirós 6 4 1 1 10 5 13

3º Tirsense

6 3 3 0 9 6 12

3º Benf. C. Branco 6 2 4 0 9 6 10

3º Barrosas

7 3 3 1 12 10 12

3º Castêlo Maia

7 3 3 1 6 5 12

3º GD Aldeia Nova 6 4 1 1 11 9 13

4º Famalicão

6 3 2 1 11 5 11

4º S. João Ver

6 3 1 2 8 6 10

4º Nogueirense

7 3 2 2 12 10 11

4º Aliança Gandra 7 3 3 1 14 9 12

4º Os Lusitanos

6 3 3 0 14 7 12

5º Limianos

6 2 4 0 4 2 10

5º Anadia

6 3 1 2 5 4 10

5º Canidelo

7 3 2 2 9 7 11

5º Alfenense

7 4 0 3 6 7 12

5º Melres DC

6 3 2 1 14 4 11

6º Varzim

6 2 3 1 5 2 9

6º Sp. Espinho

6 2 3 1 3 2 9

6º Rio Tinto

7 3 2 2 9 7 11

6º Ataense

7 3 3 1 9 6 12

6º Canelas 2010 5 3 2 0 12 6 11

7º Vizela

6 2 3 1 4 3 9

7º Ac. Viseu

5 2 2 1 9 4 8

7º Baião

7 3 2 2 8 7 11

7º SC Nun´Alvares 7 3 2 2 11 12 11

7º CD Torrão

6 3 1 2 11 7 10

8º Ribeirão

6 2 2 2 6 6 8

8º Sousense

6 2 2 2 6 7 8

8º Oliv. Douro

7 3 1 3 8 11 10

8º Citânia Sanfins 7 3 1 3 9 7 10

8º CD Portugal

6 2 1 3 9 10 7

9º Padroense

6 2 2 2 3 10 8

9º Tourizense

6 1 4 1 9 8 7

9º Candal

6 4 2 0 12 4 14

6 2 3 1 3 1 9

9º Águias de Eiriz 7 3 0 4 8 11 9

10º Boavista

6 1 4 1 3 4 7

10º Operário

5 2 1 2 7 7 7

10º S. Pedro Cova 7 3 0 4 12 11 9

10º Folgosa da Maia 7 2 3 2 7 8 9

10º Ramaldense

6 2 1 3 6 13 7

11º Fafe

6 2 1 3 5 6 7

11º Cesarense

6 2 1 3 6 8 7

11º S. Martinho

6 2 3 1 10 10 9

11º Maia Lidador

11º Águas Santas

6 2 1 3 11 11 7

12º Vilaverdense

6 1 3 2 4 8 6

12º AD Nogueirense 6 2 0 4 6 10 6

12º Alpendorada

7 2 3 2 7 9 9

12º Moc. Sangemil 7 2 3 2 7 7 9

12º At. Vilar

5 2 1 2 8 7 7

13º Amarante

6 1 2 3 6 5 5

13º Tocha

6 1 2 3 6 7 5

13º D. Sandinenses 7 2 2 3 8 8 8

13º Vila Caiz

7 3 0 4 10 13 9

13º Medense

6 2 0 4 7 12 6

14º Gondomar

6 0 3 3 5 8 3

14º Pampilhosa

6 1 2 3 7 11 5

14º Serzedo

7 2 2 3 7 8 8

14º FC Vilarinho

7 2 2 3 6 9 8

14º Arcozelo

5 1 1 3 10 8 4

15º Infesta

6 1 0 5 5 10 3

15º Lusitânia

6 1 2 3 6 11 5

15º Valonguense

7 1 4 2 2 4 7

15º AD Marco 09

7 2 1 4 7 8 7

15º M. G. Costa

5 1 1 3 6 11 4

16º Joane

6 0 2 4 3 10 2

16º Sp. Bustelo

6 0 3 3 3 9 3

16º Sobrado

7 2 0 5 7 12 6

16º Gens

7 2 1 4 7 10 7

16º Est. Fânzeres

6 0 1 5 1 16 1

17º Perosinho

7 1 2 4 8 13 5

17º Leões Seroa

7 2 1 4 11 11 7

17º Sp. S. Vitor

5 0 0 5 6 15 0

18º Ermesinde

7 1 1 5 8 17 4

18º CA Rio Tinto

7 1 2 4 5 9 5

Próxima jornada (7.ª): 4 Novembro · 15h Ribeirão – Gondomar

Próxima jornada (7.ª): 4 Novembro · 15h Ac. Viseu – Sousense

Próxima jornada (8.ª): 4 Novembro · 15h Nogueirense – S. Pedro da Cova Lixa – Rio Tinto

Boas prestações nos escalões de formação Enquanto os resultados do Gondomar S. C., na 2.ª Divisão, Zona Norte, não são os melhores, apesar do potencial da equipa, na 1.ª Divisão, Série 2 Juniores, a situação é muito diferente. Aqui é o Gondomar que segue à frente na classificação, isolado, com sete jogos e sete vitórias. A equipa júnior conta com o melhor ataque da prova, com 29 golos marcados e seis sofridos. Ao fim da sétima jornada já conseguiu três goleadas: 4-0 ao Lixa, 6-2 ao Infesta, 9-0 ao Dragões Sandinenses. O Gondomar segue em primeiro, com 21 pontos, a dois de distância do segundo classificado, o Paços de Ferreira. Referência também para o

Sousense, que segue em quinto lugar, com boas prestações na prova, mas com um percurso mais irregular. A 1.ª Divisão Série 2 é disputada por jovens até aos 17 anos de idade. Na 1.ª Divisão, Série 2, Iniciados, Sub-15, quem segue à frente é o Sousense. A equipa dos escalões de formação de Foz do Sousa, ao fim da sétima jornada, está em primeiro lugar, com o mesmo número de pontos do Desportivo das Aves e do Aliança da Gandra, todos com cinco vitórias e dois empates. O Gondomar, que também disputa este campeonato, segue em dificuldade, em antepenúltimo, apenas com uma vitória e seis derrotas.

7 2 3 2 5 6 9

Próxima jornada (8.ª): 4 Novembro · 15h Ataense – Vila Caiz Folgosa da Maia – CA Rio Tinto Gens SC – Aliança de Gandra

ARQUIVO “A MANHÔ

9º FC São Romão 5 2 1 2 6 9 7

Próxima jornada (7.ª): 4 Novembro · 15h Sp. São Vítor– Melres DC At. Vilar – Estrelas de Fânzeres Medense – FC São Romão

Campeonato distrital de BTT no concelho A Associação de Ciclismo do Porto organizou, domingo, em Gondomar, mais uma prova a contar para o campeonato regional de BTT, nas categorias de cadetes, juniores, elites sub-23 e masters. A prova contou com a participação de diversos atletas da Área Metropolitana do Porto e de toda a região Norte, entusiastas dos percursos de montanha. Os circuitos e trilhos do concelho de Gondomar são bastante procurados durante todo o ano.

Entusiastas da modalidade procuram circuitos e trilhos do concelho

Medalhados de Londres vão estar no troféu Cláudio Poiares Regata anual em homenagem ao atleta do Náutico de Marecos deverá contar com cerca de 400 atletas Os canoístas Emanuel Silva e Fernando Pimenta, que alcançaram a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres, este ano, vão estar presentes no Troféu Cláudio Poiares, que vai ter lugar na praia de Marecos, no dia 10 de Novembro. A regata organizada anualmente em homenagem ao jovem tetraplégico pelo Clube Náutico de Marecos deverá contar com cerca de 400 atle-

tas, dos infantis aos seniores, indicou Jaime Vieira, presidente da colectividade. Mas a grande atracção são os canoístas medalhados em Londres, que já confirmaram a presença em Jovim. Não deverão competir, pois não têm estado a treinar, mas serão uma referência para todos os atletas. O Troféu Cláudio Poiares é uma regata fora do circuito das competições nacionais, já com alguma tradição, aberta a todos

O troféu tem uma participação preponderante por parte dos clubes da bacia do Douro, do Minho e de Aveiro

os clubes, mas com uma participação preponderante por parte dos clubes da bacia do Douro, do Minho e de Aveiro. Trata-se de uma prova de fundo, com uma distância entre os dois e os seis quilómetros, conforme os escalões, bastante procurada por se realizar fora da época competitiva. O troféu é organizado desde 1997, primeiro pelo clube de canoagem dos SMAS do Porto, e agora pelo Clube Náutico de Marecos.

Cláudio Poiares é um jovem que ficou tetraplégico, depois de um acidente no rio Douro, e que todos os anos é homenageado com uma regata de canoagem, de que era praticante. Conforme é habitual, estará presente em Marecos. Emanuel Silva e Fernando Pimenta alcançaram a medalha de prata na prova de K2 1000 metros, nos Jogos Olímpicos de Londres, em Agosto último.


o:

s:

A Manhã | Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012

16

OPINIÃO Rio Fernandes

Para que serve Gondomar? Sobre o direito ao futuro

2 ATELIER. As Casas da Juventude de Gondomar e de Rio Tinto realizam, até dia 16, a oficina “À descoberta das compotas”, entre as 10 e as 17.30 horas. Iniciativa sujeita a marcação prévia.

RIO FERNANDES

Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 | A Manhã

17

SETE DIAS Sugestões até 14 de Novembro •••

LEITURA. Ao longo do mês de Novembro, aos sábados, pelas 11.30 horas, a Biblioteca Municipal, no âmbito da iniciativa ‘Histórias para Bebés’, promove a leitura de “Aquiles o pontinho”, de Guia Risari. Entrada livre.

Música J. PAULO COUTINHO

NOTÍCIA RECENTE DIZ QUE OS PORTUGUESES CONFIAM NAS FORÇAS DE SEGURANÇA.

guntado desde a liderança da Câmara Municipal ou, cada um de nós, à hora das eleições, para que servia Gondomar, que futuro se queria para Gondomar e os seus residentes. Houve um tempo em que se falou muito de turismo (e das potencialidades do Rio Douro), também se acreditou na cultura e no ensino para inverter a suburbanidade, falou-se da oportunidade da abertura da autoestrada para criar um novo centro e lançar áreas industriais. Afinal… no turismo, a eucaliptização das serras, o desleixo junto aos principais rios e a descaraterização de alguns lugares (ao contrário do que se faz por exemplo em Gaia), deixa lugar para pouca esperança… No ensino e cultura, mais vale nada dizer: alguém sabe onde anda o muito prometido museu de ourivesaria ou quantos cursos de formação pós-graduada existem? Alguém comparou o número de volumes na biblioteca pública com a de outros concelhos? Quanto às áreas empresariais, infelizmente vimos negócios de compra e venda de solos em vez de se valorizar a fixação de empresas que ge-

CONFIRMO. NA ÚLTIMA MANIF À PORTA DO PARLAMENTO, PODIAM TER-ME MORTO...

ravam mais emprego e melhor remunerado (ao contrário do que aconteceu e acontece na Maia e em Matosinhos). Novo centro? Mas onde fica o centro do concelho? Entre as ervas que separam as escolas de Gondomar da rotunda que tem um coração a andar à volta? Entre a Igreja de Rio Tinto e a confusão que não acaba junto ao Parque Nascente, no antigo mercado e que inclui ruas em lugares onde é proibido construir e rios entubados? Em contrapartida, apostou-se em quê? Gastou-se o dinheiro que tínhamos e o que não tínhamos, onde e para quê? Não digo que não se tenha gasto muito dinheiro. Sim, gastou-se. Mas, vale a pena verificar que se gastou mal. Senão, todos os indicadores não nos colocariam na cauda do desenvolvimento… Um dia temos de acabar com esta forma de governar Gondomar, em que o que se faz serve antes de mais para ganhar eleições, em vez das eleições serem apenas o primeiro passo para se fazer o que é importante para o futuro dos gondomarenses, e para os gondomarenses do futuro!

MAS SÓ ME PARTIRAM UM BRAÇO! #08 © ONOFRE VARELA

O

é lamentável ver como, face a Vila Nova de Gaia, Maia, Matosinhos, ou mesmo na comparação com Valongo (para não falar do Porto), Gondomar continua bem na cauda dos municípios da metrópole (dita Grande Porto), quer seja o desenvolvimento avaliado no poder de compra médio dos residentes, ou na dependência das pessoas de trabalho e aquisição de bens e serviços fora do concelho, ou mesmo no preço médio do m2 do terreno ou de uma casa. Continuamos um dormitório (do Porto e agora também de Matosinhos, Maia e outros concelhos) e aprofundamos a diferença com lugares, que de uma ou de outra forma, aumentaram a sua qualidade e urbanidade. Porquê? Por falta de estratégia, digo eu. Falta de capacidade de traçar um rumo e persegui-lo. Enquanto se fizeram obras (pavilhões multiusos, piscinas,…), novas vias (Conduta, …), se beneficiou do investimento de outros (auto-estrada, linha de metro, escolas, …) e se apostou na habitação social com forte endividamento dos gondomarenses para muitas décadas, ninguém parece ter-se per-

O Orfeão de Gondomar é um dos grupos que abre o evento DIREITOS RESERVADOS

•••

EXPOSIÇÃO. Inaugura na Biblioteca Municipal “Mãe Natureza”, uma exposição de fotografia de Miguel Oliveira, organizada pela ARGO. Até ao fim do mês.

9

•••

3 TEATRO. Prossegue a 13.ª edição do Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto, com a apresentação de “Teatro de Revista”, pelo Grupo de Teatro Cena Jovem. Nas instalações do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto, às 21.30 horas.

LEITURA. A ‘Hora do conto’, que a Biblioteca Municipal realiza aos sábados, vai continuar a divulgar a obra de Maria Teresa dos Santos Silva. Em Novembro, aos sábados, pelas 16.30 horas, pode ouvir-se “Contos do Arco da Velha: o saco das nozes”, seguido de atelier de ilustração.

•••

COLHEITA DE SANGUE. Vão ser realizadas, hoje a amanhã, duas colheitas de sangue, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Melres, entre as 9 e as 12.30 horas.

5 RELIGIÃO. Arranca a XIII Semana Bíblica, na cripta da Igreja dos Capuchinhos, sob o tema “Os desafios da nova evangelização”. O painel de oradores é cons-

cia proferida por D. Manuel Clemente, bispo do Porto.

6

Geógrafo / Professor Universitário desenvolvimento das condições de vida de cada um de nós resulta de duas dimensões: por um lado, do que ocorre individualmente, no trabalho, na saúde, com a nossa família e em outros aspetos que marcam o essencial da nossa vida; por outro, depende do que ocorre no território onde vivemos. Ou seja, nós podemos ter boa saúde, por exemplo, mas estamos sempre condicionados pela facilidade que tivermos em chegar a um médico ou um hospital. Ou podemos ser felizes na casa que temos, mas estamos condicionados pela qualidade da rua e do passeio, o custo da água e do saneamento, assim como a variação do valor da casa na altura de a alugar ou vender. Espero que quem me lê tenha emprego, se sinta feliz em família, tenha bons amigos e goze de boa saúde. Mas já duvido que sejam muitos os que se sentem felizes com as condições que o município onde vivem lhes oferece. Para aqueles que como eu são gondomarenses (por nascimento e residência, ou apenas numa destas dimensões)

tituído por Frei Herculano Alves, Frei Bernardo, Frei Acílio Mendes, Rui Santiago e Cristina Sá Carvalho. Até dia 10.

O Coral Fides de Valbom canta no segundo sábado

Arranca no sábado, e prolonga-se até 1 de Dezembro, a 11.ª edição dos “Corais D’Ouro”. Serão cinco noites de música, animadas por um total de 19 grupos corais do concelho. O final do ano é, por tradição, a altura escolhida para a realização desta iniciativa, organizada pelo Grupo Coral Nossa Senhora dos Aflitos, com o apoio do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal. O certame tem vindo, ano após ano, a demonstrar a inegável qualidade dos diferentes grupos corais de Gondomar. A edição deste ano arranca com a participação de “Os Psallitinhos”, do Orfeão de Gondomar, do Grupo Chama e do Grupo Coral Psallite. Depois, a 10 de Novembro, será a vez das actuações do Coro Infantil do Centro Social

de Soutelo, do Orfeão da Associação Estrelas de Silveirinhos, do Madrigal – Grupo Coral de Soutelo e, ainda, do Fides – Orfeão de Valbom. No dia 17 a noite está reservada para o Coral Juvenil do Orfeão de Rio Tinto, o Orfeão de S. Pedro da Cova, o Grupo Coral N.ª Sra. das Mercês e para o Orfeão de Rio Tinto. A 24 de Novembro sobem ao palco o Coral Infantojuvenil Kyrios, o Grupo JoviMaisAlém, o Coral da Ala Nun’Álvares de Gondomar e, por último, o Kyrios. Encerram o “Corais D’Ouro” deste ano, no dia 1 de Dezembro, o Cantabile, o Grupo Coral de Jovim e o BMG Chorus (da Banda Musical de Gondomar). Os espectáculos têm lugar no Auditório Municipal, com início às 21.30 horas.

EXPOSIÇÃO. O Multiusos acolhe até domingo a 17.ª edição do Ornishow Internacional do Douro, organizado pelo Clube Ornitológico de Gondomar. Sexta, das 15 às 20 horas; sábado, das 10 às 20 horas; domingo, das 10 às 17 horas.

10 TEATRO. Integrado na 13.ª edição do Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto, o Grutepo, do Sport Club da Cruz, apresenta “Isto é que é Revista”. Na sala do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto, às 21.30 horas. •••

FORMAÇÃO. “Segurança na Internet” é o tema da oficina orientada por Carla Bandeira, destinada a pais e crianças. Na Biblioteca Municipal, às 10.30 horas. Inscrição gratuita, limitada a 20 participantes. •••

•••

HOMENAGEM. A Câmara Municipal e a Paróquia de Gondomar (S. Cosme) prestam homenagem a D. João de França Castro e Moura, cidadão de Gondomar e bispo do Porto entre 1862 e 1868. O programa inicia às 18 horas, junto à casa onde nasceu, na Rua dos Carregais. Às 18.30 horas, no Auditório da Biblioteca Municipal, lugar para uma conferên-

EXPOSIÇÃO. Último dia para ver, na Casa da Juventude de Rio Tinto, “Simbólica”, exposição de pinturas de Daniel Fernandes.

11 MAGUSTO. O Museu Mineiro de S. Pedro da Cova promove a recreação de um magusto tradicional. Às 16 horas.


u:

o:

A Manhã | Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012

18

UTILIDADES Saúde Acessórios

SAÚDE

Farmácias de serviço

Telefones úteis

ACESSÓRIOS

Piri-piri beneficia a saúde

Há quem nunca tenha utilizado piri-piri, mas também há quem o use para condimentar refeições, dar-lhe um toque pessoal e, em simultâneo, auxiliar a sua saúde, pois a baga contém uma série de substâncias benéficas. Há mitos associados ao vulgar piri-piri – que causa gastrite, úlceras, tensão alta e, até, hemorróidas – mas não é verdade: estudos científicos demonstram exactamente o contrário, desde, claro está, que o consumo seja moderado. Curiosamente, a substância química que lhe dá o carácter ardido é exactamente a que possui as propriedades benéficas – Piperina. Ao ingerir um alimento cozinhado com piri-piri, a piperina activa receptores na

TELEFONES ÚTEIS

Os olhos também... bebem

Câmara Municipal

DIREITOS RESERVADOS

língua e boca e transmitem ao cérebro uma mensagem básica: a boca está a arder. Esta informação gera uma resposta imediata, salivamos e transpiramos, isto é, o corpo tenta refrescar-se. O piri-piri não provocou qualquer dano real, mas o cérebro, enganado, reage e produz endorfinas, provocando uma sensação de bemestar, um estado alterado de consciência muito agradável, e sem qualquer gota de álcool! Por isso, é que quanto mais arder o piri-piri mais endorfina é produzida e quanto mais endorfina menor dor e menos enxaqueca. Além disso, as substâncias picantes do piripiri estimulam as secreções do estômago, melhorando a digestão.

Fazer com que os consumidores se sintam atraídos por todos os produtos expostos numa loja não é tarefa fácil. Sobretudo quando se coloca lado a lado alimentos e bebidas. A profusão de cores e embalagens dispersa o nosso olhar, que é, inevitavelmente, direcionado para o que é mais básico – os alimentos – ou as bebidas – sobretudo, se necessitarmos em absoluto delas. Tratando-se de vinhos, essa dificuldade aumenta exponencialmente. Porque, essencialmente, há que os classificar por categorias e, depois, aquilo que realmente os distingue, fica reduzido numa pequena etiqueta colada na garrafa.

É, por isso, que há uma preocupação cada vez maior na colocação dos produtos em exposição. E aos designers coloca-se um desafio igualmente superior: como mostrar centenas de garrafas aparentemente semelhantes de uma forma atraente, interessante e eficaz? Como ajudar o consumidor a aprender mais sobre vinhos? Portugal, país de vinho, e bom, ainda não tem grandes exemplos de preocupação nessa área, mas nas grandes capitais mundiais já há alguns exemplos do que se pode fazer. Como se diz popularmente, os olhos também comem, neste caso, também bebem… DIREITOS RESERVADOS

224660500

Forças de segurança PSP Gondomar 224663370 PSP Rio Tinto 224853850 GNR 224830858 Polícia Mun. 224662710 Bombeiros Areosa Gondomar Melres S. Pedro Cova Valbom

Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 | A Manhã

19

ÓCIO Passatempos

Palavras cruzadas 1

2

3

4

5 6

Sudoku 7

8

9 10 11

1

8

3

2

5

6

229732009

6

224830001

9

7

224833118

8

224830041

9

Juntas de Freguesia Baguim Monte 224899666 Covelo 224760850 Fânzeres 224853480 Foz do Sousa 224542709 Gondomar 224833552 Jovim 224500387 Lomba 255766346 Medas 224760676 Melres 224760275 Rio Tinto 224890287 S. Pedro Cova 224663990 Valbom 224648760

10

Equipamentos Municipais Auditório 224642373 Biblioteca 224664770 Casa Juventude Gondomar 224672050 Casa Juventude Rio Tinto 224854210 Atendimento 224660536 Posto Turismo 224636454

4 © SEMANÁRIO “A MANHÔ

HORIZONTAIS

VERTICAIS

1 - Medricas. 2 - Falta na grande … origina grande penalidade. Recipiente para cozer os alimentos. 3 - Género de solanáceas cujas folhas, depois de preparadas, servem para fumar, mastigar ou cheirar. Cooperativa que edita o Semanário “A Manhã”. 4 - Planta brassicácea. 5 - Grito de dor. Alameda (abrev.). Calão de rabo (plural, inv.). 6 - Tanto. 7 - Primeiro nome do presidente da Junta de Freguesia do Covelo. Pôr os pontos nos… 8 - Membro anterior das aves. Tudo o que é oposto ao bem. 9 - Diz-se da que é baptismal. 10 - Bigorna de aço, pequena e sem hastes. Variante de raleira. 11 - Isto… aquilo. Mal vestido.

1 - Atleta de ténis da Ala Nun’Álvares que esteve recentemente no campeonato europeu. Indivíduo que morreu em estado de santidade. 2 - Unidade de medida agrária. Nota musical (inv.). 3 - Mulher velha e corcunda. Influxo divino que deleita a alma humana. 4 - Vogais. 5 - Transformar em cal, por meio do fogo ou por corrosão. 6 - Ser contrário. O que se respira. 7 - Além. Grande pasmo ou espanto. 8 - Planta aliácea. Extra-terrestre. 9 Susceptível de erecção. Forma de saudação (inv.). 10 - Carta de jogar. 11 - Cercado de valas ou de sebes. Faz o gato.

6

9

4

6

9

2

1

7

4 5 3 8

5 7 1 4

7 2 8 3

2 9 6 5

6 3

5 8

1 3 7 9

2 9 1 8

4 5 2

6

HORIZONTAIS: 1 - CAGAROLA. 2 - ÁREA. PANELA. 3 - TABACO. IR. 4 - ARABETA. 5 AI. AL. SUC. 6 - TÃO. 7 - SILVINO. IS. 8 - ASA. MAL. 9 - PIA. 10 - TAS. RAREIRA. 11 - OU. ROTO.

Farmácia São Caetano Rio Tinto

4

DIA 10

Farmácia Pereira Rio Tinto

1

DIA 5

Farmácia da Areosa Rio Tinto

8

Farmácia Central Rio Tinto

REFORÇO

Farmácia Nova de Valbom DIA 31 Valbom Farmácia Silveira Fânzeres

7

Farmácia Castro Gondomar (S. Cosme)

Farmácia Magalhães S. Pedro da Cova

2

Farmácia Carrilho Bela Vista – S. P. Cova

DIA 3

3

DIA 14

DIA 11

3

DIA 9

DIA 7

7

DIA 4

Farmácia Marques Baguim do Monte

4

Farmácia das Oliveiras Rio Tinto

Farmácia S. Pedro S. Pedro da Cova

3

Farmácia Quinta da Igreja Farmácia de Aguiar Fânzeres Gondomar (S. Cosme)

Farmácia Central Valbom

9

Farmácia Cardoso Gondomar (S. Cosme)

DIA 2

6

DIA 13

1

DIA 8

5

DIA 3

DIA 6

8

DIA 14

DIA 10

Farmácia Central Rio Tinto

4

Farmácia de Fânzeres Fânzeres

6

Farmácia Silva Dias Rio Tinto

8

Farmácia do Monte Valbom

1

Farmácia Silveira Fânzeres

5

Farmácia Meneses Nogueira Baguim do Monte

2

Farmácia Cruz Maia Gondomar (S. Cosme)

DIA 1

Soluções

9

DIA 12

7

DIA 7

4

DIA 2

7

DIA 13

9

DIA 9

1

DIA 5

3 8 7 1

6

8

4 9

7 3

3

7

9

2 3

5 2

*

-15% GABINETE DE PSICOLOGIA

DRA. MARINA CARNEIRO COELHO

4

Horóscopo

31 de Outubro a 7 de Novembro

CARNEIRO. Situações que fogem ao seu controlo podem trazer-lhe alguns dissabores. Tire proveito da sua intuição e mantenha o equilíbrio. Mais vale nada dizer, a dizer algo de que poderá arrepender-se. As soluções serão encontradas no diálogo. TOURO. Adivinham-se alterações na sua carreira profissional. O seu talento e a sua criatividade estão em evidência. Aproveite a altura para mostrar os seus anseios laborais. O seu estado de saúde necessita de mais atenção e cuidados. GÉMEOS. Semana calma no trabalho. Romance e paixão no horizonte, mas nada de entusiasmos exagerados. Não desperdice as boas energias que lhe estão a ser enviadas. Graças à sua dedicação e trabalho, o romance tornar-se-á mais firme. CARANGUEJO. No trabalho, um facto inesperado pode surgir. Tenha atenção com os assuntos profissionais. No campo afectivo, uma noite pode propiciar uma envolvência salutar. Conte com a companhia do seu amor e mostre-lhe a sua importância. LEÃO. É tempo de se livrar de tudo o que a(o) tem perturbado. Trace novas metas para o futuro e lute por elas. O seu coração está generoso. Na vida amorosa, não exija demais dos outros e seja mais tolerante. Boa energia e boa disposição. VIRGEM. Contrariedades laborais podem surgir. Use a sua capacidade de raciocínio para ultrapassar esses problemas. Irá ter chance de se evidenciar novamente. Enfrente todos estes contratempos com um sorriso e tudo será mais facilmente solucionado. BALANÇA. Notícias familiares poderão trazer-lhe alegrias. Aproveite a ocasião para estreitar os laços com amigos e familiares. Os aspectos financeiros são importantes; contudo, a nossa felicidade também advém das nossas realizações.

Pós-Graduada em Tratamento Psicológico Licenciada em Psicologia Membro Efectivo da Ordem dos Psicólogos nº 83

ESCORPIÃO. Surpresas agradáveis com os amigos. Tente canalizar essa energia positiva para garantir bons momentos de felicidade. Semana indicada para retribuir uma visita há muito prometida. Harmonia no campo familiar e afectivo.

Programação Neurolinguística. Hipnose Terapêutica. Regressão (Método Brian Weiss e outros)

SAGITÁRIO. Algumas dúvidas assolarão o seu espírito nesta semana. Desconfie das intenções dos outros, mas não melindre ninguém. No amor, não tenha medo de ser feliz. Confie na sua intuição e receberá boas vibrações astrais.

Tratamentos: Depressão, ansiedade, perturbações alimentares, dificuldades de concentração/aprendizagem, fobias, traumas e outros

5

Farmácia Giesta Areosa – Rio Tinto

2

Farmácia Fonseca Fânzeres

7

Farmácia Cardoso Gondomar (S. Cosme)

8

Farmácia Sousa Reis Rio Tinto

4

Farmácia Bela Vista Bela Vista – Fânzeres

6

Farmácia do Chão Verde Rio Tinto

3

DIA 31

9

DIA 11

6

DIA 6

8 2

DIA 1

1

2

6 7

3

3

DIA 12

6

11

5

DIA 8

1

9

7

5

1

DIA 4

3

5

8

VERTICAIS: 1 - CÁTIA. SANTO. 2 - ARA. IS. 3 - GEBA. ILAPSO. 4 - AAA. 5 - CALCINAR. 6 - OPOR. AR. 7 - LA. ASSOMBRO. 8 - ANIBU. ET. 9 - ERECTIL. IO. 10 - ÁS. 11 - VALADO. MIA.

PERMANENTE

****

Originário do Japão, trata-se de um jogo de lógica muito simples e viciante. O objectivo é preencher o quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números em cada linha e em cada coluna. Também não se pode repetir números em cada quadrado de 3x3.

4

224760640

Fácil

2

FARMÁCIAS DE SERVIÇO

Farmácia das Oliveiras Rio Tinto

Horóscopo

* Desconto aplicável na primeira consulta

Rua Júlio Dinis, 728-5º sala 518 Porto Tlm. 916680712 www.hipnose-regressao.com.pt

CAPRICÓRNIO. Não esconda a sua sensibilidade. Confie em si. A sua intuição é óptima. Cuide-se das falsas amizades e das traições. Reconheça os seus erros e avance. Deve tomar decisões importantes. O seu par vai dar-lhe o conforto necessário. AQUÁRIO. Sentirá uma atracção nova e arrebatadora. Cuidado. Não se deixe ir em aventuras. Questione-se e decida se isso é realmente o que deseja! Prescinda do seu orgulho e seja honesta(o) consigo. Analise se é amor ou amizade! PEIXES. Você acredita na sinceridade alheia. Contudo, não perderá nada, se testar a sinceridade de certas amizades. No amor, momento propício para reforçar o compromisso e entendimento com a sua “cara metade”.


a5: A Manhã | Quarta-feira, 31 de Outubro de 2012

Propriedade e edição: IR - Imprensa Regional, CRL Sede e Redacção: Rua Dr José Mª Santos Moura, 114, 4º D – 4435-483 Rio Tinto NIPC 510 263 542 Tlm. 968 563 361 · ir.cooperativa@gmail.com

20

Director: Paulo F. Silva Director-adjunto: Paulo Almeida Redacção: Cândido Xavier, J. Paulo Coutinho (Fotografia), Onofre Varela (Cartoon), Orlando Castro, Paulo Almeida e Paulo F. Silva Grafismo: Cândido Xavier Dep. Comercial: publicidade.amanha@gmail.com

ATÉ QUINTA

redaccao.amanha@gmail.com assinaturas.amanha@gmail.com Impressão: Empresa do Diário do Minho Rua Santa Catarina, 4A · 4710-306 Braga Distribuição: Folhas&Papelotes Tiragem: 3000 exemplares Periodicidade: Semanal Reg. ERC: 126269 Depósito legal: 348531/12 Siga-nos em www.facebook.com/pages/ Semanário-A-Manhã

J. PAULO COUTINHO

EM CIMA DA HORA

JÚLIO ROLDÃO

PSP de Gondomar passa a ter esquadra de trânsito

Jornalista com actividade suspensa

Eternidades

PAULO F. SILVA

Reorganização administrativa continua a gerar contestação

Esquadra de Trânsito vai funcionar ao lado da Divisão da PSP, em Rio Tinto

Já está em funcionamento a Esquadra de Trânsito da Divisão de Gondomar da PSP, que terá funções de fiscalização da circulação rodoviária, controlo de tráfego e registo de acidentes. A Esquadra de Trânsito completa assim o ciclo de adaptação orgânica da PSP ao concelho de Gondomar, sendo aquela força responsável pelo policiamento nas freguesias de Rio Tinto, Baguim do Monte, Gondomar (S. Cosme) e Valbom, onde habitam mais de 106 mil cidadãos, correspondendo a cerca de 63,25% da população do concelho. Em 2008 foi criada a Divisão de Gondomar da PSP que, para além das três esquadras territoriais (Rio Tinto, Gondomar e Valbom) e do Posto de Atendimento da Areosa, compreende ainda a Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial (EIFP) e, agora, a Esquadra de Trânsito. A Esquadra de Trânsito, a EIFP e a Esquadra de Rio Tinto estão sedeadas na sede da Divisão sita na Rua da Boavista, em Rio Tinto (paralela à Avenida Dr. Domingos Gonçalves de Sá, nas traseiras do supermercado “Continente”). Para aumentar a capacidade e condições de trabalho, foi

adaptado um espaço contíguo ao edifício que alberga a Divisão de Gondomar, funcionando aí o atendimento ao público da Esquadra de Trânsito, e onde deverão ser tratados todos os assuntos relacionados com trânsito/foro rodoviário ocorridos na área da atuação da PSP em Gondomar, nomeadamente certidões de acidentes, que passam a ser requeridas e levantadas na secretaria da Esquadra de Trânsito. As obras de adaptação contaram com o apoio das juntas de freguesia de Rio Tinto e de Baguim do Monte. Estes novos meios em funcionamento, para além do aumento da presença policial, permitirão também libertar as patrulhas das esquadras referidas das tarefas ligadas a acidentes de viação, permitindolhes dedicarem mais tempo ao policiamento junto das populações. Mantém-se em funcionamento a 4.ª Esquadra de Investigação Criminal no edifício da Estação da CP, que resultou também de um forte investimento da Junta de Freguesia de Rio Tinto que, em 2007, recuperou aquele espaço, após celebrar protocolos com a CP, REFER e PSP.

Autarca de S. Pedro da Cova lidera protesto contra a extinção de freguesias O presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova alertou que a reforma administrativa autárquica “imposta pelo Governo” pode levar a “uma proliferação de boicotes”, nas próximas eleições autárquicas, que vão decorrer no próximo ano. Em declarações à Lusa, num protesto que teve lugar na Praça dos Poveiros, no Porto, Daniel Vieira, que integra a Plataforma Nacional Contra a Extinção de Freguesias referiu que a realização de boicotes nas próximas autárquicas “é um cenário que muitos autarcas estão já a colocar”. Os eleitos locais, acrescentou, ponderam “não participar sequer no processo da reorganização administrativa, neste processo de junção, extinção e agregação de freguesias”. Segundo Daniel Vieira, a reorganização administrativa territorial autárquica “é necessária”, mas “não sem o envolvimento dos autarcas”. “Nós não dizemos que não é necessária, bem pelo contrário, esta Plataforma até tem vindo a colocar a

necessidade do cumprimento da Constituição no que diz respeito à regionalização”, frisou, acrescentando ser “fundamental” rever a lei de atribuições e competências das autarquias locais. Defendendo a ideia “não à imposição, sim a uma reforma que envolva os autarcas e as populações”, o responsável lembrou que “este processo começou com um documento verde, com critérios que não faziam nenhum sentido”. “O Governo, percebendo que não tinha capacidade para aplicar esse documento, tentou passar essa responsabilidade para as autarquias, querendo que os autarcas de freguesia e de município fossem os coveiros das suas freguesias”, sublinhou. João Avelino, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, que também participou no encontro, que decorreu no sábado, referiu que a “extinção de freguesias acarretará a extinção de cerca de 2000 postos de trabalho em cerca de 8000 que existem no país”.

Há dias, na Sala 2 da Casa da Música, num Porto aqui tão perto, fui levado para o Amazonas pelo percussionista Naná de Vasconcelos. Nem Lui Coimbra, que também participou no espectáculo, enfrentou uma chuva assim, a cair no rio. Quente como todas as chuvas tropicais e tudo isto só com vozes e a bater palmas. A noite abriu com um berimbau inesquecível que, só por si, valeu o dia inteiro e valeu a própria noite. Um berimbau como aquele que acompanha Vinicius. “Quem de dentro de si não sai//Vai morrer sem amar ninguém”. Há momentos que deviam prolongar-se para sempre e pessoas que deviam ser eternas. No dia que se seguiu ao dia da dolorosa partida do poeta e escritor Manuel António Pina, anacronista de eleição, uma amiga, a quem eu terei apresentado o Pina num café ao cimo da portuense Rua de Júlio Dinis, disse-me que ele era uma dessas pessoas que deviam ser eternas. Não encontro elogio melhor do que este da Teresa Silveira. Um dia destes, quando as saudades apertarem mais, voltarei a procurar conforto na poesia dele, sabendo que ele inventou, como poucos, palavras que identificam, com rigor inesperado, a verdadeira dimensão dos nossos próprios pesadelos e dos nossos próprios sonhos.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.